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Antiga audiência de conciliação, regida pelo artigo 331 do CPC . Se não for caso de
“extinção do processo”, nem de “julgamento antecipado da lide”, o juiz designará “audiência
preliminar”, para tentativa de conciliação, à qual deverão comparecer as partes ou seus
procuradores habilitados a transigir; obtida a conciliação, será homologada por sentença;
não havendo conciliação, pela recusa das partes, ou pela ausência de ambas ou de uma
delas, o juiz, na mesma audiência, sempre que possível, dará a “decisão de saneamento”,
não sendo possível dar de imediato, o juiz chamará os autos à conclusão, proferindo depois a
decisão por despacho. Na decisão o juiz fixará os pontos sobre os quais a prova versará,
decidirá incidentes até então pendentes, deferirá provas a serem produzidas e designará
audiência de instrução e julgamento.
É ato público porque pode ser acompanhado por qualquer pessoa. Apenas nos casos de
segredo de justiça a audiência é realizada a portas fechadas.
Será admitida a conciliação nos litígios relativos a direitos patrimoniais de caráter privado,
nas causas pertinentes ao Direito de Família, nos casos e para os fins em que a lei admite
transação, ou seja, deve versar sobre direitos materiais disponíveis.
1.3.1 Conciliação
A conciliação deve ser tentada nos direitos patrimoniais disponíveis e, nos indisponíveis onde
couber transação; se houver acordo, tem que ser homologado.
Chegando a acordo, o juiz mandará tomá-lo por termo, que, assinado pelas partes e
homologado pelo juiz, terá valor de sentença (homologatória ou terminativa).
Não havendo conciliação passa-se ao saneamento do processo.
1.3.2 Saneamento
Não havendo necessidade de prova oral, não haverá audiência de instrução e julgamento,
conforme infere-se da leitura do CPC, art. 331, § 2º, verbis, § 2º “Se, por qualquer motivo,
não for obtida a conciliação, o juiz fixará os pontos controvertidos, decidirá as questões
processuais pendentes e determinará as provas a serem produzidas, designando audiência
de instrução e julgamento, se necessário”.
Desta análise dos atos praticados durante a fase postulatória poderá resultar:
5. Oitiva das testemunhas (as perguntas são feitas somente pelo juiz, mas os advogados das
partes, ao final, podem fazer reperguntas, a fim de esclarecer ou completar o depoimento da
testemunha - de acordo com a praxe, o advogado formula a repergunta dirigindo-se ao juiz,
e este então interroga a testemunha para obter o esclarecimento; o depoimento da
testemunha é tomado por termo, em folha datilografada, mediante ditado resumido do juiz
ao escrevente).
6. Debates (terminada a colheita das provas, o juiz dará a palavra aos advogados das
partes, para debates).
Havendo conciliação na A.I.J. será esta reduzida a termo e homologada por sentença ,
extinguindo-se o processo (com ou sem julgamento de mérito, conforme o caso). A sentença
de conciliação produz todos os efeitos de um título executivo.
A conciliação pode ser feita pelo comparecimento das partes, advogado ou preposto com
poderes para transigir, destarte, mesmo sem presença da própria parte, o advogado ou
preposto (com poderes para transigir) poderá, em nome desta, compor a conciliação.
Não obtida a conciliação, passa-se a instrução.
1. Peritos e assistentes;
2. Depoimento pessoal do autor;
3. Depoimento pessoal do réu;
4. Testemunhas do autor;
5. Testemunhas do réu.
Cumpre lembrar que, a prova pericial é produzida antes da AIJ para que nesta possa ser
debatida. Quesitos suplementares e de esclarecimento são respondidos primeiro (peritos e
assistentes) para em seguida tomar os depoimentos restantes. Saliente-se que não pode ser
tomado o depoimento de uma parte na presença da outra.
Finda a instrução o juiz dará a palavra ao advogado do autor e, depois, ao do réu, pelo prazo
sucessivo de 20 minutos para cada um, prorrogável por mais dez a critério do juiz. Se estiver
intervindo o Ministério Público como fiscal da lei, falará após as partes em igual prazo.
Havendo litisconsorte ou terceiro (assistente, litisdenunciado, chamados ao processo), o
prazo mais a prorrogação serão somados e divididos entre os do mesmo grupos de partes
plúrimas, salvo se entre elas houver acordo diferente. Se houver opoente (art. 56), este
sustentará suas razoes dantes das partes, em primeiro lugar, porque a oposição é uma ação
prejudicial que coloca o autor e réus primitivos na oposição de réus.
Se a causa apresentar questões complexas de fato e de direito, o debate oral poderá ser
substituído por memoriais (embora, hodiernamente, seja regra e não exceção), caso em que
o juiz designará dia e hora para seu oferecimento. – §3º do art. 454. Importante frisar que
alegações finais não são obrigatórias.
• Oral: far-se-á a prolação da sentença na própria audiência, neste caso a intimação das
partes se dá na própria audiência.
• Escrita: a sentença pode ser proferida também por escrito, observado o prazo impróprio de
10 dias para a prolação.
A audiência será documentada nos autos mediante termo lavrado pelo escrivão, contendo
em resumo o ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos, proferidos em
requerimento das partes ou em incidentes, e a sentença, se desde logo prolatada.
O termo, se datilografado, será em todas as folhas rubricado pelo juiz e subscrito pelos
advogados, órgão do Ministério Público e pelo escrivão. O termo ficará guardado em livro
próprio, transladando-se cópia autêntica para os autos.
Respostas
É ato público porque pode ser acompanhado por qualquer pessoa. Apenas nos casos de
segredo de justiça a audiência é realizada a portas fechadas.
2. O art. 455 preicetua: “não sendo possível concluir, num só dia, a instrução, o debate e o
julgamento, o juiz marcará seu prosseguimento para dia próximo”. Significa dizer que
mesmo sendo fracionada, ou seja, mesmo que parte dos trabalhos sejam realizados em
outra data, a audiência não perde seu caráter de unidade, sendo esta nova audiência apenas
uma continuidade da anterior.
• É ato uno, único. No sendo possível concluir, num só dia, a instrução, o debate e o
julgamento, o juiz marcará seu prosseguimento para dia próximo. Mesmo fracionada, a
audiência não perde seu caráter de una. Não haverá duas audiências, mas uma única,
realizada em duas sessões distintas.
• É ato solene, porque formal, devendo seguir as prescrições legais que o regulam.
• É eventual, pois nem sempre ocorrerá. Sendo possível o julgamento antecipado da lide
(art. 330) ou bastando à prova pericial para a solução da lide, a audiência de instrução e
julgamento não será designada. Somente se necessária à colheita de prova oral é que a
audiência será realizada.
• A prorrogação ocorre quando a audiência houver sido iniciada, com o pregão das partes,
mas tenha de prosseguir em data futura, p.ex., pela falta de uma das pessoas cuja presença
essencial ou pelo adiantado da hora.
8. Motivo justo está descrito no art. 183, §1º é fato grave, imprevisível, alheio à vontade da
parte que o impediu de praticar o ato por si ou mandatário, assim, o impedimento deve ser
anterior ao início da audiência que torne inexigível o comparecimento ao ato, ou seja, é
ocorrência séria, contundente, que faz com que a pessoa se veja impedida de ir a juízo, em
dia e hora marcados. Somente a ocorrência que não poderia ser prevista de antemão enseja
o encerramento da audiência.
9. Até o início da audiência, sob pena do ato não ser adiado (453, § 1º). Essa hipótese
poderá ser mitigada quando o advogado demonstre que não era possível comprovar o
impedimento de comparecer à audiência até o início do ato, é que se deve admitir a alegação
após abertos os trabalhos, v.g., advogado sofre grave acidente a caminho da audiência.
10. A pessoa que quer causa ao adiamento da audiência responderá pelas despesas
acrescidas (453, § 3º).
VII. Sentença (456) – oferecidas as alegações finais, oralmente ou por escrito, o passo
seguinte é a prolação da sentença. A sentença pode ser proferida na própria audiência. Mas
o juiz poderá optar por proferir sentença escrita, para o que terá prazo de 10 dias. Tal prazo
é impróprio e sua inobservância não implica em qualquer vício ao procedimento, podendo
acarretar, somente, sanção correcional ao magistrado. As partes já saem da audiência
intimadas quanto à sentença nela proferida (242, §1º). Note-se que se consideram intimadas
da sentença tanto as partes presente à audiência, como as ausentes que estejam intimadas
para a audiência.
12. O art. 331, caput e § 1º revogaram os artigos 447 a 449 do CPC. Por sua vez o art. 331
§2º revogou o artigo 451 do referido Código. Destarte, as regras sobre a tentativa de
conciliação passaram a ser regidas pelo 331, não sendo mais, portanto, aplicáveis as regras
do 447 a 449 e 451. E, não raro, já terá havido prévia tentativa de conciliação, em audiência
preliminar previamente designada para este fim (331). Desta forma, ao iniciar a instrução o
art. 451 não mais será aplicável neste momento, pois, os pontos controvertidos já terão sido
fixados preteritamente.
13. Pregão: é o anúncio público e de viva voz, para que compareçam à sala de audiências do
juízo as pessoas que devam participar do ato.
14. Na primeira hipótese a audiência será adiada. Na segunda a audiência será mantida e o
réu considerado revel.
15. O magistrado poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo
advogado não compareceu à audiência (453, §2º). A ausência injustificada do advogado
conduz à presunção de que não há mais interesse na colheita das provas que requereu.
17. Poderá ser conduzido coercitivamente até a audiência. Não sendo isso possível e,
insistindo as partes na oitiva do perito, será necessário designar nova data para o
prosseguimento da audiência, com condução coercitiva do perito.
18. A ausência de testemunha que esteja intimada não impede a realização da audiência,
procedendo-se à imediata condução coercitiva. Não sendo possível a condução coercitiva
imediata e insistindo a parte na oitiva da testemunha faltante, designar-se-á nova data para
prosseguimento da audiência, com condução coercitiva.
19. Se o representante do MP atuar como fiscal da lei, não acarretará qualquer vício ao
processo. O essencial é que tenha havido intimação para o ato. Se intimado, o membro do
MP não compareceu, a audiência é realizada normalmente.
20. A presença do curador especial, nos casos em atue (art. 9), é essencial. Se o curador
nomeado não foi intimado, será caso de redesignação de audiência. Se foi intimado e não
compareceu, será destituído e substituído por outro que, pode ser nomeado já para
participar da audiência.
22. Permitir que as partes ressaltem os pontos relevantes das provas orais que foram
colhidas. As partes devem ter oportunidade para debates após as colheitas das provas.
23. Não, somente acarretará nulidade dos atos posteriores quando se tratar de provas
colhidas oralmente e estas tiverem sido decisivas para o resultado da lide. Se não foram
utilizadas como fundamento único da sentença, não haverá qualquer irregularidade.
24. Em regra o prazo para debates orais são de 20 minutos prorrogáveis por mais 10
minutos, a critério do magistrado. A prorrogação deverá ser concedida sempre que o prazo
de 20 min. Revelar-se exíguo. Havendo litisconsórcio o prazo será de 30 minutos, dividido
entre eles, conforme previamente convencionado entre os litisconsortes. Não havendo
acordo prévio o tempo será dividido igualmente entre cada um. Havendo oposição primeiro
se manifesta o opoente, por 20 minutos; depois os opostos, cada qual pelo prazo de 20
minutos; MP se for o caso por 20 minutos. Em seguida tratando-se de lide principal, autores,
réus e MP, se o caso, pelos prazos previstos no art. 454, caput ou §1º.
25. Havendo questões complexas, de fato ou direito, que não possam ser analisadas com
vagar nos prazos mencionados, o debate oral poderá ser substituído por memorais. O prazo
é judicial e, em sua estipulação, o magistrado levará em conta o número de litigantes em
cada pólo, a complexidade da matéria e a urgência da decisão.
26. Não, a sentença poderá ser proferida na própria audiência ou por escrito, observado o
prazo impróprio de 10 dias para que o juiz prolate a sentença.
28. As principais ocorrências da audiência, em resumo, de termo lavrado por escrivão, sob
ditado do juiz. Dele também constará o teor integral dos despachos, decisões e sentenças
proferidas em audiência. O termo deverá também, ser rubricado pelo juiz, em todas as
folhas, e assinado, ao final, pelos presentes que tenham tomado parte no feito (juiz, partes,
advogados, representantes do MP e escrivão).
29. Sim, de acordo com o art. 452, §2º “Pode ser dispensada pelo juiz a produção das
provas requeridas pela parte cujo advogado não compareceu à audiência”. Pois, não
comparecendo o advogado tem-se a presunção de que não há mais interesse na colheita das
provas que requereu.
30. Depende, se a ausência do perito se deu por motivo justo não há nenhuma nulidade no
procedimento, visto ser faculdade do Juiz o adiamento do audiência em tais casos.
Mas, se a ausência do perito não for justicada ou o motivo não for justo, p.ex, dissídia do
perito, aí haverá nulidade no procedimento. Essa regra encontra-se inserta no art. 453, II do
CPC.
Referencias Bibliográficas
GRECO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro. São Paulo. Editora
Saraiva, vol. II, ed., 2003.
NERY JR., Nelson. Teoria Geral dos Recursos. São Paulo Editora Revista dos Tribunais. Ed.
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ALVIM, Arruda. Manual de Direito Processual Civil. São Paulo, Editora Revista dos Tribunais,
vols. I e II. 2003.
Marcia Pelissari