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Séculos XIV ao XV :
início do ethos Moda com a quebra da
ancestralidade, individualização dos sujeitos e
valorização do presente e do novo.
trajes diferenciam-se conforme os sexos
(homens= gibão e braie; mulheres= vestido);
busca da auto-promoção = preocupação do
homem consigo mesmo;
Séculos XVI ao XVIII
desenvolvimento da burguesia. A riqueza produzida e os novos
valores morais e sociais quebram com as leis suntuárias
estabelecidas, e os estamentos deixam de existir para surgir as
classes sociais;
a aparência tem teor nacional e forte poder político;
os artesãos-costureiros reproduzem a vestimentas ditadas nas
cortes principescas;
capricho e artifício exagerados nas roupas de ambos os sexos,
mas, principalmente, para a masculina;
uso do novo como instrumento de representação e afirmação
social da elite por meio de sofisticações teatrais;
a moda agencia a individuação extremamente, por não estar
organizada em nenhum sistema produtivo.
Século XIX e XX
apogeu da sociedade burguesa e do
narcisismo individualista;
preponderância da moda sobre o feminino,
enquanto no masculino, tornou-se mais
discreta e sóbria;
a moda instituiu-se como lógica social,
produzindo ,junto com a burguesia e o estado
mderno/liberal, a revolução democrática;
moda massificada, a partir da alta-costura até
a publicidade das grandes indústrias.
Distinções entre o homem medieval
e o renascentista
Homem medieval:
Valores centrados na religiosidade cristã;
Sua condição ao nascer definia sua forma de viver; não tentava modificar nada nem
inovar. Entendia-se como sujeitado da vontade divina e parte da coletividade;
Almejava a salvação da alma;
Toda ruptura representava insurreição à Deus.
Homem renascentista:
- Valores centrados na crença da supremacia da razão e na busca da perfeição estética;
- Sujeito de sua história, individualista e cosmopolita, buscava a inovação e a
experimentação do inusitado;
- Almejava ser reconhecido por sua inteligência e talento, buscando a imortalidade
através de suas obras;
- A ruptura estava na ordem do dia, exemplificada nas grandes navegações e na
reforma protestante.
Sociedade moderna – XV -
XVIII
- Sociedade estratificada, ascensão social possível
apenas à pequena parcela da população;
- Noção de poder político atrelada à mística medieval;
- Trabalho – relação direta matéria-prima,produtor e
consumidor;
- Vida comunitária – integrada permitia o
reconhecimento mútuo de importância e significado
social.
Ao longo desses séculos os distintos aspectos foram
ampliando sua magnitude até a formulação duma outra
configuração histórica.
Sociedade industrial – XIX - XX
- Sociedade estratificada tendo com a difusão da escolarização a
generalização da ascensão social e ampliação da classe média;
- Noção de poder vinculada à imparcialidade da razão e dos poderes
tripartidos e impessoais. Estado burocrático;
- Trabalho – relação indireta, o produtor afasta-se da matéria prima, é
secundarizado pela máquina e desconhece o consumidor de seu
trabalho;
- Vida comunitária reduzida aos grupos diretos de relação: família,
trabalho, igreja; Desconhecimento e indiferença generalizada.
- Criação de formas disciplinadas de aprendizado e vivência: escola,
clube, atividade esportiva, etc;
- Meios de comunicação como condição de ligação entre o particular e
o coletivo.
A urbanização e a industrialização foram as dinâmicas de reelaboração
das sociabilidades modernas, os motores da modernização e o
ultimato do homem tradicional.
Crise da sociedade
industrial – 1960
- Crítica da razão e do capital como meios de progresso
social;
- Contestação da moralidade apregoada centrada na
indissolubidade do casamento, na autoridade paternal, na
submissão feminina;
- Crítica a toda forma de autoridade;
- Condenação dos resultados mais imediatos do progresso
material, como poluição, destruição da natureza e
esvaziamento do sentido da vida;
- Desprezo pela vida material, vinculada ao consumismo e a
artificialidade das relações.
- Desprezo pelo valor moral que “o trabalho dignifica o
homem” .
Modernização e
resultados gerais:
- Afastamento do sujeito da produção direta de sua vida
material = “desencaixe”;
- Subjetivação do ser como indivíduo psíquico e emocional;
- “Reencaixe” do sujeito à vida social pelo consumo (razão
de ser) e pela informação (como e o que ser);
- Significação dos sujeitos pelo conjunto expresso em sua
aparência: índices de pertencimento social, intelectual e
sexual.
- Consagração do objeto e do consumo como forma
constituidora do ser.