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Módulo I - Fundos de Investimento

20% a 25%
ÍNDICE da prova

1. Aspectos Gerais 5

1.1. Fundo de Investimento 5

1.2. Fundo de Investimento (FI) e Fundo de investimento em Cotas de FI (FIC) 5

1.3. Tipos de Fundos: Abertos, Fechados, Com carência, Sem carência e Exclusivo 7

1.3.1 Fundo Aberto 7

1.3.2 Fundo Fechado 7

1.3.3 Fundo Sem Carência 7

1.3.4 Fundo Com Carência 7

1.3.5 Fundo Exclusivo 7

1.4. Condomínio 9

1.5. Cota 9

1.6. Propriedade dos Ativos de Fundos de Investimentos 9

1.7. Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros (Chinese Wall) 9

1.8. Observação às Normas (Compliance) 10

1.9. Direitos e Obrigações dos Condôminos 10

1.10. Segregação de Funções e Responsabilidades: 12

1.10.1. Administrador 12

1.10.2. Gestor 12

1.10.3. Distribuidor 12

1.10.4. Custodiante 13

1.10.5. Auditor Independente 13

1.11. Objetivo do Fundo e Política de Investimento 15

1.12. Tipos de Ativos Financeiros. Conceito (art. 2º da ICVM 450) 15

1.12.1. Vantagens e Desvantagens de Fundo de Investimentos versus Ativos Individuais 16

1.13. Divulgação de Informações para Venda e Distribuição: 17

1.14. Prestação de Contas aos Cotistas: 22

1.14.1. Divulgação de Cota e Rentabilidade 22

1.14.2. Periodicidade de Balanços e Demonstrações Contábeis, 22

1.14.3. Assembléias Gerais de Cotistas 23

(continua)

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1.14.4. Composição e Diversificação de Carteira 23

1.14.5. Informações Periódica 24

1.14.6. Informações Eventuais 24

1.1.5. Fatores que afetam o valor da cota: 23

1.16. Metodologia adotada para a contabilização de ativos (Marcação a Mercado): 25

1.16.1. Efeito da Não Marcação a Mercado no Carregamento dos Ativos até o Vencimento 26

1.17. Dinâmica de Aplicação e Resgate: 26

1.17.1. Prazos de Conversão de Cotas 26

1.17.2. Prazos de Liquidação Financeira ou Pagamento do Resgate 27

1.17.3. Cota de Fechamento 27

1.17.4. Cota de Abertura 27

1.17.5. Prazo de Carência para Resgate 28

1.17.6 Fechamento dos Fundos para Aplicações 28

1.17.7 Fechamento dos Fundos para Regate 29

1.18. Aplicações Por Conta e Ordem 30

2. Principais estratégias de gestão 32

2.1. Fundos de Investimento com Gestão Passiva 32

2.1.1. Renda Fixa 32

2.1.2. Renda Variável 32

2.2. Fundos de Investimento com Gestão Ativa. 33

2.2.1. Renda Fixa 33

2.2.2. Renda Variável 33

3. Principais Modalidades de Fundo de Investimento 34

3.1. Classificação dos Fundos quanto à composição do patrimônio: 34

3.1.1. Fundo de Curto Prazo 34

3.1.2. Fundo Referenciado 34

3.1.3. Fundo de Renda Fixa 35

3.1.4. Fundo Cambial 36

3.1.5. Fundo Multimercado 36

3.1.6. Fundo de Dívida Externa 37

3.1.7. Fundo de Ações 37

3.2. Limites por emissor e por modalidade de ativo financeiro 38

(continua)

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3.3. Classificação dos Fundos 39

3.3.1. Quanto ao prazo médio da carteira: Fundos de Curto e Longo prazo 39

3.3.2. Quanto ao limite de alocação em títulos com médio e alto risco de crédito: Fundos de 40
Crédito Privado.
3.4. Outros Fundos: Definição e Principais Características 44

3.4.1. FIDC – Fundo de Investimento em Direito Creditório 44

3.4.2. Fundos de Investimento Imobiliário - FII 45

3.4.3. Fundos de Índices (PIBB) 46

4. Código de Auto-Regulação ANBID para Fundos de Investimentos 49

4.1. Princípios Gerais (Cap. II, art. 6) 49

4.2. Prospecto e Selo ANBID (Capítulo III artigo 7 ao 9) 49

4.3. Diretrizes para publicidade e divulgação de material técnico de fundos de investimento (Cap.IV) 52

4.3.1. Divulgação de rentabilidade de fundos de investimento 52

4.3.2. Comparação de rentabilidades – formas de abordagem e consistências 53

4.4. Marcação a Mercado (Capítulo V) 53

4.5. Distribuição de Fundos de Investimento – Capítulo XI (Código antigo Capítulo VI) 54

5. Taxas, Tipos e Formas de Cobrança 58

5.1. Taxa de Administração 58

5.2.Taxa de Performance 58

5.3. Taxa de Ingresso e Taxa de Saída 60

5.4. Outras despesas ou encargos do fundo 60

5.5. Regra de Alteração 60

6. Carteira Administrada 63

7. Avalie Seu Conhecimento 65

8. Resumo 66

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Acho Melhor Contratar um Especialista!

Tomar decisões de investimento não é uma tarefa fácil. Requer conhecimento acerca dos diversos tipos de aplicações
disponíveis no mercado. Exige um processo de avaliação contínua da economia e as perspectivas dos diversos
mercados.

Para simplificar o acesso do investidor ao mercado, as instituições financeiras organizam e administram fundos de
investimento que é uma maneira simples de acessar os mercados. Quando adere a um fundo de investimento o cliente
está contratando uma prestação de serviço de um especialista - o administrador do fundo - para gerir os seus recursos
em regime de melhores esforços.

Seu papel é entender as diversas modalidades de fundos disponíveis no mercado e na instituição financeira que você
representa e identificar o mais adequado para atender às necessidades e expectativas de cada investidor em
particular.

Títulos
Nota
Públicos
promissória

Ações

Fundo de
CDB Investimento

Debêntures

Swap

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1. Aspectos Gerais

1.1 Fundo de Investimento

Um fundo de investimento é uma comunhão de recursos financeiros, constituída sob a forma de condomínio,
destinado à aplicação em títulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos financeiros disponíveis no
mercado financeiro e de capitais.

Caracteriza-se por ser uma prestação de serviço em regime de melhores esforços. Isso significa que o administrador
e demais prestadores de serviços utilizarão de todos os meios e métodos para alcançar os melhores resultados. Não
significa, entretanto, uma promessa de rentabilidade ou ausência de riscos. O investimento não é garantido pelo
administrador, gestor, FGC ou qualquer outro mecanismo de proteção.

Muita atenção! Fundo de Investimento não gera captação de recursos para a instituição
financeira administradora, como no caso dos depósitos a prazo.
O patrimônio dos cotistas é mantido em uma carteira de investimento em nome do Fundo de
Investimento que tem um CNPJ diferente.

1.2 FI - Fundo de Investimento e FIC – Fundo de Investimento em Cotas de FI

Um fundo de investimento pode se estruturado sob a forma de um FI – Fundo de Investimento ou de um FIC – Fundo de
Investimento em Cotas de FI. Vamos entender a diferença entre eles.

FI – Fundo de Investimento: a carteira do fundo é composta por ativos financeiros e modalidades operacionais
disponíveis no mercado: títulos públicos, títulos privados, ações, derivativos, etc.

FIC - Fundo de Investimento em Cotas de FI: a carteira do fundo é composta por, no mínimo, 95% do Patrimônio
Líquido, em cotas de Fundos de Investimento de uma mesma classe. Neste caso, a situação encontrada com mais
frequência no mercado são FICs que compram cotas de um mesmo FI – conforme demonstração do diagrama abaixo.
Porém, existem FICs que compram cotas de diversos fundos e são conhecidos como Fundo de Fundos.

A principal razão pela qual as instituições financeiras criam diversos FICs que compram cotas de um mesmo FI é
atender a segmentação de clientes.

A carteira de um FIC deve ter, no mínimo, 95% de cotas de FIs de


uma mesma classe.

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Observe no diagrama FICs que compram 100% de cotas de um mesmo FI. A porta de entrada do
cliente é por um dos FICs, destinados a clientes de segmentos distintos, de acordo com o valor
inicial exigido e a taxa de administração cobrada.

FI PLANETA

Títulos públicos e privados;


Ações; Derivativos; etc.

Taxa Administração
0,5% a.a.

FIC TERRA FIC MARTE FIC VÊNUS

Cotas FI Planeta Cotas FI Planeta Cotas FI Planeta

Taxa adm. 3,5% a.a. Taxa adm. 2,0% a.a. Taxa adm. 0,5% a.a.
Aplicação inicial Aplicação inicial Aplicação inicial
R$500,00 R$50.00,00 R$500.000,00

Agora observe no diagrama um FIC que compra cotas de vários FIs. A porta de entrada do cliente
é o FIC Multifundos que tem um único administrador e diversos gestores.

FIC MULTIFUNDOS

Cotas FI Gestor A
Cotas FI Gestor B
Cotas FI Gestor C
Taxa Administração
entre 1% e 2% a.a.

FI GESTOR A FI GESTOR B FI GESTOR C

Títulos públicos e privados; Títulos públicos e privados; Títulos públicos e privados;


Ações; Derivativos; etc. Ações; Derivativos; etc. Ações; Derivativos; etc.

Taxa adm. 2,0% a.a. Taxa adm. 1,3% a.a. Taxa adm. 1,0% a.a.

Nestes casos, o FIC deve informar em seu regulamento e prospecto,


a faixa da taxa de administração que será cobrada.

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1.3 Tipos de Fundos

Tanto os FIs quanto os FICs têm regras diferentes em relação às condições de entrada e saída do fundo, ou seja,
aquisição e resgate de cotas. E existem também as regras que estabelecem se existe ou não carência para que o
cotista receba os rendimentos. Esse é o nosso próximo assunto. Acompanhe.

1.3.1 Fundo Aberto


 Não tem vencimento – significa que o investidor não precisa renovar sua aplicação.
 Admite aquisição e resgate de cotas a qualquer momento.
 Adequado para investidores que precisam de liquidez. Fundo Aberto ou Fechado
Palavra chave: RESGATE
1.3.2 Fundo Fechado
 Fundo pode ter vencimento ou não.
 Aquisição de cotas deve ser feita somente durante o prazo de aquisição de cotas.
 O resgate de cotas ocorre somente no dia do vencimento do fundo ou quando este for liquidado.
 Se quiser resgatar antes do vencimento o investidor deverá vender suas cotas no mercado secundário.
 Não é recomendado para investidores com necessidade de liquidez.

1.3.3 Fundo sem Carência


 Não estabelece prazo mínimo para pagar rendimentos. O cotista pode pedir resgate a qualquer momento e terá
direito à rentabilidade total proporcionada nesse período.
 Eventuais impostos serão recolhidos. Fundo com ou sem carência
Palavra chave: RENDIMENTO
1.3.4 Fundo com Carência
 Fundo determina prazo mínimo de permanência para que o cotista tenha direito a receber os rendimentos
proporcionados pelo Fundo.
 Admite que o resgate seja feito antes mas, nesse caso, o cotista não terá direito a receber os rendimentos –
semelhante ao procedimento do saque na Poupança fora da data de aniversário. Na verdade, o IOF ficará com todo o
rendimento.

1.3.5 Fundo Exclusivo


Pertence a um único cotista que será, necessariamente, investidor qualificado. Nesse caso, as regras de aplicação e
resgate assim como aspectos de carência serão definidos entre o administrador é o único cotista.

Fundo Exclusivo
Palavra chave: INVESTIDOR QUALIFICADO

 Fundo exclusivo de investidores qualificados NÃO exige o prospecto.


Fique  Pode cobrar taxa de performance livremente de acordo com o regulamento do fundo.
ligado  Pode estabelecer qualquer critério para conversão de cota e prazo para pagamento de
resgates.

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Exercício 1
Com base nas características descritas, indique o tipo de fundo de investimento que combina com a
descrição.

Aberto sem carência Aberto com carência Fechado Exclusivo

 Não tenho vencimento – o investidor que adquire cotas está investindo por prazo indeterminado.
1  Minha porta de entrada está sempre aberta - investidores podem comprar cotas a qualquer momento.
 A rentabilidade é diária e o investidor recebe a rentabilidade do período que ficou no fundo.

 Sou um condomínio com vencimento predeterminado ou não.


 Minha porta de entrada fica aberta somente durante um período. Depois disso, quem está fora não entra e
2 quem está dentro não sai.
 Para resgatar o capital e receber os rendimentos o investidor precisa esperar o vencimento do fundo.
 Se precisar sair do fundo antes do vencimento deve vender suas cotas no mercado secundário.

 Minhas cotas pertencem a um único investidor. É isso mesmo, um só!


3  O investidor que quiser ter um fundo igual a mim precisa ser “qualificado”.
 Se o investidor for Pessoa Física ou Jurídica precisa ter, no mínimo, R$300mil em investimentos e assinar
um termo específico.

 Sou parecido com a Poupança porque também tenho “data de aniversário”.


4  Não gosto que ninguém saia do grupo antes do meu aniversário.
 Só pago rentabilidade para quem ficar e festejar meu aniversário comigo.
 Quem quiser sair antes vai levar pra casa somente o capital que investiu.

Gabaritos: (1) aberto sem carência; (2) fechado; (3) exclusivo; (4) aberto com carência

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1.4 Condomínio
Um condomínio pressupõe que todos os participantes desse condomínio – denominados cotistas – têm direitos e
obrigações iguais. Aplica-se o conceito de equidade, ou seja, tratamento equânime entre os cotistas.

1.5 Cota
Corresponde à fração ideal do patrimônio líquido do fundo, devendo ser nominativa e escriturada em nome de seu
titular. É valor mobiliário, portanto, são fiscalizados pela CVM Comissão e Valores Mobiliários.

O valor da cota é apurado através da divisão do Patrimônio Líquido pela quantidade de cotas do fundo, sendo ambos
do mesmo dia.

Cota de Fundo de Investimento é valor mobiliário. Portanto, todos os Fundos de


Fique Investimentos são regulados e fiscalizados pela CVM – Comissão de Valores
ligado Mobiliários.

Valor da cota =
Patrimônio Líquido ÷ Quantidade de Cotas

1.6 Propriedade dos Ativos dos Fundos de Investimento


Todos os ativos que compõem a carteira do Fundo de Investimento pertencem ao Fundo e, portanto, aos cotistas do
fundo. Lucros e Perdas são distribuídos igualmente entre os cotistas na valorização (ou desvalorização) da cota.

1.7 Segregação entre Gestão de Recursos Próprios e de Terceiros

Para assegurar que os direitos dos cotistas serão preservados e para evitar situações de conflitos de
interesses, a CVM determina que a Pessoa Jurídica responsável pela gestão de recursos de terceiros
mantenha essa atividade separada da atividade de gestão de recursos próprios.
Boa política para evitar conflitos de interesse, não é mesmo? Esse conceito é conhecido como “chinese wall” –
Muralha da China. Como essa segregação acontece, na prática?
(1) O Administrador contrata a prestação de serviço de uma empresa especializada na gestão de recursos de
terceiros – uma “Asset Management”, ou;
(2) Cria uma diretoria dentro da própria estrutura do Administrador responsável exclusivamente pela gestão de
recursos de terceiros. Essa diretoria deve ser separada de outra que seja responsável pela gestão de recursos
do próprio administrador, normalmente, a Tesouraria.

Chinese Wall
Quem gerencia o dinheiro da instituição financeira não pode gerenciar,
também, o dinheiro dos Fundos!
Por quê? Para evitar situações de conflito de interesses.

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1.8 Observação às Normas (Compliance)

A Instituição Financeira administradora deve assegurar o cumprimento das normas vigentes, emanadas do órgão de
regulação e fiscalização – a Comissão de Valores Mobiliários, e do órgão de auto-regulação, a ANBID.

1.9 Direitos e Obrigações dos Condôminos

Direitos
 Ter acesso ao Regulamento e ao Prospecto do fundo.
 Ter ciência da política de investimento e dos riscos dela decorrente.
 Ser informado sobre o jornal utilizado para divulgação de informações do fundo e as taxas cobradas.
 Ter acesso ao valor do patrimônio líquido do fundo, ao valor da cota e à rentabilidade acumulada no mês e no ano
civil a que se referirem. É dever do administrador fornecer essas informações.
 Além dessas informações, o administrador deve colocar à disposição dos cotistas o valor e a composição da
carteira.
 Receber, anualmente, documentos contendo informações sobre os rendimentos obtidos no ano civil, o número de
cotas de sua propriedade e seu respectivo valor.
 Receber mensalmente extrato dos investimentos.

Obrigações
 O cotista tem a responsabilidade de analisar os fundos disponíveis para aplicação e verificar a compatibilidade deles
com seus objetivos pessoais.
 Ao comprar cotas de um fundo de investimento, ele está aderindo a um condomínio que possui regras estabelecidas
em regulamento e prospecto e, conseqüentemente, concordando com elas.
 Conhecer as características do tipo de investimento que optou. Para isso, deve avaliar, através da leitura do
regulamento e prospecto o objetivo do fundo e sua política de investimento. A composição de carteira fornece as
informações relativas aos ativos em que os recursos estão investidos.
 Monitorar, através da divulgação diária em jornais, do extrato e dos demais meios fornecidos pelo administrador, se
o fundo vem cumprindo a estratégia descrita no regulamento e prospecto.
 Observar as recomendações de prazo mínimo de investimento e os riscos decorrentes da busca pelo objetivo do
fundo.
 Nunca investir sem ler atentamente o Prospecto e o Regulamento do fundo devendo dirimir eventuais dúvidas.
 Comparecer nas Assembléias Gerais. Essa é a melhor oportunidade para exercer seus direitos e se valer dos
benefícios de investir em fundos.
 Manter seus dados cadastrais atualizados para que o administrador possa enviar os avisos de convocação da
Assembléia Geral de Cotistas entre outros documentos importantes.

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Exercício 2
Encontre a definição correta de cada um dos conceitos abaixo.

Patrimônio Valor Fundo de


Cota Cotista
Líquido da Cota Investimento

É apurado através da divisão


1 Patrimônio Líquido pela quantidade de cotas do fundo.

Soma dos ativos da carteira do Fundo, marcados


2 a mercado, mais valores a receber, menos despesas

Condomínio, destinado à aplicação em títulos e


3 valores mobiliários, para atingir determinado objetivo.

Fração ideal do patrimônio líquido do fundo, devendo ser


4 nominativa e escriturada em nome de seu titular

Investidor adere ao fundo e, nessa condição,


5 detém parte do patrimônio do fundo,
na proporção de cotas que possui.

Gabarito: (1) Valor da Cota; (2) Patrimônio Líquido; (3) Fundo de Investimento; (4) Cota; (5) Cotista.

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1.10 Segregação de Funções e Responsabilidades

1.10.1 Administrador
A administração do fundo compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e
à manutenção do fundo, que podem ser prestados pelo próprio administrador ou por terceiros por ele contratados, por
escrito, em nome do fundo.
Além do serviço obrigatório de auditoria independente, o administrador poderá contratar, em nome do fundo, os
seguintes serviços, com a exclusão de quaisquer outros não listados:
I – a gestão da carteira do fundo;
II – a consultoria de investimentos;
III – as atividades de tesouraria, de controle e processamento dos títulos e valores mobiliários;
IV – a distribuição de cotas;
V – a escrituração da emissão e resgate de cotas;
VI – custódia de títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros; e
VII – classificação de risco por agência especializada.

1.10.2 Gestor
É o responsável pela gestão dos recursos aplicados em um Fundo de Investimentos. Sua principal atribuição é
escolher os ativos que irão compor a carteira do Fundo, selecionando aqueles com melhor perspectiva de
rentabilidade, dado um determinado nível de risco compatível com a política de investimento do Fundo.
O Gestor pode ser a mesma instituição financeira responsável pela Administração do Fundo desde que mantenha
diretoria constituída para exercer essa atividade somente.
O Gestor poderá também ser uma empresa especializada, pertencente ou não ao mesmo conglomerado do
administrador. São conhecidas no mercado com empresas de “Asset Management”.

1.10.3 Distribuidor
É responsável por colocar ou vender as cotas do Fundo de Investimento aos investidores. O distribuidor é o agente que
tem o contato direto com o cotista. O administrador pode ser o próprio distribuidor de fundos ou pode contratar terceiros
para este serviço, por exemplo, uma Corretora ou Distribuidora.

Fique Olha você aqui!


ligado Você é um distribuidor de Fundos de Investimento.

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1.10.4 Custodiante

Os serviços de custódia compreendem a liquidação física e financeira dos ativos, sua guarda, bem como a
administração e informação de proventos associados a estes ativos. O serviço não envolve negociação ou qualquer
tipo de aconselhamento sobre o investimento.

A custódia permite a segregação de funções entre quem toma a decisão de investimento e quem faz a liquidação
financeira e a guarda dos ativos, trazendo mais transparência e segurança para o processo.

Caso o administrador não seja credenciado pela CVM como prestador de serviços de custódia de valores mobiliários,
o fundo deve contratar instituição credenciada para esta atividade.

1.10.5 Auditor Independente

As demonstrações contábeis do fundo devem ser auditadas anualmente por auditor independente registrado na CVM,
observadas as normas que disciplinam o exercício dessa atividade. Os honorários e despesas do auditor
independente constituem encargo do Fundo de Investimento e lhe são debitadas diretamente.

O administrador e cada prestador de serviço contratado respondem perante a CVM, na


Fique esfera de suas respectivas competências, por seus próprios atos e omissões contrários à
ligado lei, ao regulamento do fundo e às disposições regulamentares aplicáveis.

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Exercício 3
Indique qual dos personagens é responsável pela atividade descrita na primeira coluna.
Atenção: o personagem pode aparecer mais de uma vez.

Administrador Gestor Distribuidor Auditor Custodiante Cotista

ATIVIDADE RESPONSÁVEL

1. Responsável pelo fundo, pelas informações devidas ao investidor e aos órgãos reguladores.

2. Contrata, entre outros, os serviços de gestão da carteira do fundo, distribuição de cotas,


custódia e auditoria externa.

3. Responsável pela gestão dos recursos aplicados em um Fundo de Investimentos.

4. Escolhe os ativos que irão compor a carteira do Fundo, dado um determinado nível de risco
compatível com a política de investimento do Fundo.

5. Tem contato direto com o cotista sendo responsável por vender as cotas do Fundo de
Investimento aos investidores.

6. Pode contratar instituições intermediárias para realizar a distribuição de cotas, autorizando-as


a realizar a subscrição ou a aquisição de cotas do fundo para clientes.

7. Contrata a prestação de serviço de um especialista para administração e gestão de recursos


financeiros formalizando sua adesão a um fundo de investimento.

8. Assume a responsabilidade de identificação e cadastramento do investidor.

9. Se responsabiliza pela liquidação física e financeira dos ativos, sua guarda, bem como a
administração do recebimento de dividendos, exercer direito de subscrição de ações, etc.

10. Audita anualmente as demonstrações contábeis do fundo.

11. Convoca os cotistas – por meio de correspondência – a participar de Assembléia Geral de


Cotistas para deliberar assuntos de interesse do fundo.

Gabarito: (1) Administrador; (2) administrador; (3) gestor; (4) gestor; (5) distribuidor; (6) administrador; (7) cotista;
(8) distribuidor; (9) custodiante; (10) auditor; (11) administrador

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1.11 Objetivo do Fundo e Política de Investimento

Definição - O objetivo de investimento deve responder à pergunta “onde o fundo pretende chegar”. A política de
investimento, por sua vez, diz respeito aos “meios” utilizados, devendo responder à questão “como o objetivo será
atingido”.

Finalidade - A correta definição e divulgação do objetivo do fundo e da política de investimento que será adotada pelo
gestor permite ao investidor conhecer os riscos aos quais o capital investido está exposto e quais são os instrumentos
de gestão de riscos utilizados pelo gestor.

Ambas as informações – Objetivo e Política de Investimento – são informações obrigatórias no regulamento e


prospecto do Fundo de Investimento.

Você sabe que um fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituída sob a forma
de condomínio, destinado à aplicação em ativos financeiros. A IN 450 da CVM deixou claro
quais são esses ativos financeiros. Vamos conhecê-los.

1.12. Tipos de Ativos Financeiros. Conceito (art. 2º da ICVM 450)

Segundo o artigo 2º da IN CVM 450 consideram-se ativos financeiros:


I – títulos da dívida pública*;
II – contratos derivativos*;
III – ações*, debêntures*, bônus de subscrição*, seus cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de
desdobramento, certificados de depósito de valores mobiliários, cédulas de debêntures, cotas de fundos de
investimento*, notas promissórias*, e quaisquer outros valores mobiliários, que não os referidos no inciso IV, cuja
emissão ou negociação tenha sido objeto de registro ou de autorização pela CVM;
IV – títulos ou contratos de investimento coletivo, registrados na CVM e ofertados publicamente, que gerem direito de
participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm
do esforço do empreendedor ou de terceiros;
V – certificados ou recibos de depósitos emitidos no exterior com lastro em valores mobiliários de emissão de
companhia aberta brasileira*;
VI – o ouro, ativo financeiro, desde que negociado em padrão internacionalmente aceito;
VII – quaisquer títulos, contratos e modalidades operacionais de obrigação ou co-obrigação de instituição financeira; e
VIII – warrants**, contratos mercantis de compra e venda de produtos, mercadorias ou serviços para entrega ou
prestação futura, títulos ou certificados representativos desses contratos e quaisquer outros créditos, títulos, contratos
e modalidades operacionais desde que expressamente previstos no regulamento.

* Estes ativos são abordados no programa de certificação CPA20

** Warrant: Título, emitido pela empresa, que dá ao seu proprietário o direito de comprar uma ação do emissor a um específico
preço, previamente definido durante um certo tempo, previamente determinado.

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1.12.1. Vantagens e Desvantagens de Fundo de Investimentos versus Ativos Individuais


Vantagens

• O investidor contrata um especialista para tomar as decisões de investimento e a seleção de ativos que vão compor a
carteira do fundo de investimento.

• Contará também com a regulamentação e fiscalização das autoridades de regulação e auto-regulação.

• O administrador e demais prestadores de serviço utilizam instrumentos de gestão de risco de forma a controlar e
reduzir, na medida do possível os riscos potenciais do investidor.

• Os órgãos reguladores limitam a concentração de risco de crédito em títulos de um mesmo emissor – uma forma
saudável e simples de gerenciar o risco de crédito.

Desvantagens

 O investidor não participa diretamente da política de investimento e da escolha dos ativos da carteira de investimento.
Transferiu essa responsabilidade para o administrador e/ou gestor do fundo.

 O procedimento de marcação a mercado não é adotado pelo investidor que adquire ativos individuais. Esse fato
representa uma aparente “estabilidade” de preços mas acaba por ocultar o verdadeiro valor de mercado dos ativos
mantidos pelo investidor.

 Quando investe individualmente o investidor acaba concentrando mais suas posições de riscos e, nem sempre,
possui instrumentos de gestão de riscos.

Ativos Individuais: o investidor está no comando das decisões de investimento, market


timing (quando se posicionar nos mercados), asset allocation (de que mercados
participar), stock picking (selecionar as ações que devem se destacar em relação ao
mercado). Controla e gerencia pessoalmente os riscos da carteira.
Fique
ligado Aderir a um Fundo de Investimento: escolhe o fundo que atende seu objetivo de
investimento, com política de investimento adequado ao seu perfil de risco e contrata
um especialista para administrar, gerir e controlar seus investimentos.

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1.13 Divulgação de Informações para Venda e Distribuição


Você deve estar querendo saber COMO o investidor contrata, formalmente, a prestação de serviço, não é mesmo?
Pois bem, ANTES de investir é preciso ler com atenção os documentos que contém as diversas sobre os fundos: o
regulamento, o prospecto e o termo de adesão.

Termo de Adesão
Todo cotista ao ingressar no fundo deve atestar, mediante termo próprio, que:
I – recebeu o regulamento e, se for o caso, o prospecto;
II – tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de investimento;
III – tomou ciência da possibilidade de ocorrência de patrimônio líquido negativo, se for o caso, e, neste caso, de sua
responsabilidade por conseqüentes aportes adicionais de recursos.

O administrador deve manter à disposição da CVM o termo contendo essas


Fique declarações, devidamente assinado pelo investidor, ou registrado em sistema
ligado eletrônico que garanta o atendimento dessa exigência.

Regulamento
Cada fundo tem um regulamento, registrado em cartório, que contém principalmente o objetivo, política de
investimento, taxas e todas as demais informações sobre o seu funcionamento, determinado a partir de regras
estabelecidas pelo órgãos reguladores. O regulamento deve, obrigatoriamente, dispor sobre:
 qualificação do administrador do fundo;
 quando for o caso, referência à qualificação do gestor da carteira do fundo;
 qualificação do custodiante;
 espécie do fundo, se aberto ou fechado;
 prazo de duração, se determinado ou indeterminado;
 política de investimento, de forma a caracterizar a classe do fundo;
 taxa de administração, fixa e expressa em percentual anual do patrimônio líquido (base 252 dias);
 taxas de performance, de ingresso e de saída, se houver;
 demais despesas do fundo, desde que devidamente autorizadas;
 condições para a aplicação e o resgate de cotas;
 distribuição de resultados;
 público-alvo;
 referência ao estabelecimento de intervalo para a atualização do valor da cota, quando for o caso;
 exercício social do fundo;
 política de divulgação de informações a interessados, inclusive as relativas à composição de carteira; e
 política relativa ao exercício de direito do voto do fundo, pelo administrador ou por seus representantes legalmente
constituídos, em assembléias gerais das companhias nas quais o fundo detenha participação.

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Prospecto
O prospecto deve conter todas as informações relevantes para o investidor relativas à política de investimento do fundo
e aos riscos envolvidos. Veja a seguir quais são as informações que ele deve conter, obrigatoriamente:
I – metas e objetivos de gestão do fundo, bem como seu público-alvo;
II – política de investimento e faixas de alocação de ativos, discriminando o processo de análise e seleção dos
mesmos;
III – relação dos prestadores de serviços do fundo;
IV – especificação, de forma clara, das taxas e demais despesas do fundo;

V – condições de compra de cotas do fundo, compreendendo limites mínimos e máximos de investimento, bem como
valores mínimos para movimentação e permanência no fundo;
VI – condições de resgate de cotas e, se for o caso, prazo de carência;
VII – identificação dos riscos assumidos pelo fundo e informação sobre a política de administração dos riscos assumidos
pelo fundo, se for o caso.
VIII - política de divulgação de informações a interessados, inclusive as de composição de carteira, que deverá ser
idêntica para todos que solicitarem.
IX - quando houver, identificação da agência classificadora de risco do fundo, bem como a classificação obtida.

Prospecto - Obrigatório na distribuição de todos os Fundos de Investimento


exceto os distribuídos exclusivamente a Investidor Qualificado.

Termo de Ciência de Risco de Crédito


O fundo de investimento que realizar aplicações em quaisquer ativos ou modalidades operacionais de responsabilidade
de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50% de seu patrimônio
líquido, deverá observar as seguintes regras, cumulativamente àquelas previstas para sua classe:
I – na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito Privado”;
II – o regulamento, o prospecto e o material de venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de que o fundo
está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido; e
III – o ingresso no fundo será condicionado à assinatura de termo de ciência dos riscos inerentes à composição da
carteira do fundo sendo proibida a utilização de sistema eletrônico para esse fim.

O termo de ciência de risco deverá ser assinado sempre que o fundo tiver acima
Fique de 50% do PL em ativos de direito privado.
ligado

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Informações relevantes (disclaimers)

Existe uma série de informações e alguns documentos que o investidor precisa conhecer antes de aderir ao Fundo de
Investimento que escolheu. Você já deve ter ouvido e lido inúmeras vezes, alguns avisos que são obrigatoriamente
inseridos em todas as publicações e propaganda, especialmente quando são divulgadas as rentabilidades alcançadas
pelos fundos. Vamos conhecê-los.

“A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.”

“O fundo de investimento de que trata este prospecto não conta com garantia de seu administrador, gestor da
carteira, ou de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos.”

“O investimento neste fundo apresenta riscos. Ainda que seu gestor de carteira mantenha sistema de
gerenciamento de riscos, não há garantia de completa eliminação da possibilidade de perdas, tanto para o fundo
de investimento e para o investidor.”

“As informações contidas nesse prospecto estão em consonância com o regulamento do fundo de investimento,
porém não o substitui. É recomendada a leitura cuidadosa, tanto deste prospecto, quanto do regulamento, com
especial atenção para as cláusulas relativas ao objetivo e à política de investimento do fundo de investimento, bem
como às disposições do prospecto que tratam dos fatores de risco a que este está exposto.”

“Este fundo de investimento utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de
investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais
para seus cotistas.”

“Para avaliação da performance do fundo de investimento, é recomendável uma análise de período de, no mínimo,
12 meses.”

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Das Obrigações do Administrador do Fundo


Incluem-se entre as obrigações do administrador, dentre outras:
I – diligenciar para que sejam mantidos, às suas expensas, atualizados e em perfeita ordem:
a) o registro de cotistas;
b) o livro de atas das assembléias gerais;
c) o livro ou lista de presença de cotistas;
d) os pareceres do auditor independente;
e) os registros contábeis referentes às operações e ao patrimônio do fundo; e
f) a documentação relativa às operações do fundo, pelo prazo de cinco anos.
II – no caso de instauração de procedimento administrativo pela CVM, manter a documentação referida no inciso
anterior até o término do mesmo;
III – solicitar, se for o caso, a admissão à negociação das cotas de fundo fechado em bolsa de valores ou em
mercado de balcão organizado;
IV – pagar a multa cominatória, nos termos da legislação vigente, por cada dia de atraso no cumprimento dos prazos
previstos nesta Instrução;
V – exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos, todos os direitos decorrentes do patrimônio e das atividades do
fundo, ressalvado o que dispuser o regulamento sobre a política relativa ao exercício de direito de voto do fundo;
VI – elaborar e divulgar as informações previstas no legislação;
VII – manter atualizado junto à CVM a lista de prestadores de serviços contratados pelo fundo;
VIII – empregar, na defesa dos direitos do cotista, a diligência exigida pelas circunstâncias, praticando todos os atos
necessários para assegurá-los, e adotando as medidas judiciais cabíveis;
IX – exercer suas atividades buscando sempre as melhores condições para o fundo;
X – custear as despesas com propaganda do fundo, inclusive com a elaboração do prospecto;
XI – transferir ao fundo qualquer benefício ou vantagem que possa alcançar em decorrência de sua condição de
administrador, admitindo-se, excepcionalmente, que o administrador de fundo de cotas aplicador seja remunerado
pelo administrador do fundo investido;
XII – manter serviço de atendimento ao cotista, responsável pelo esclarecimento de dúvidas e pelo recebimento de
reclamações, conforme definido no regulamento ou prospecto do fundo;
XIII – observar as disposições constantes do regulamento e do prospecto;
XIV – cumprir as deliberações da assembléia geral;
XV – fiscalizar os serviços prestados por terceiros contratados pelo fundo.
Parágrafo único. O serviço de atendimento ao cotista deve ser subordinado diretamente ao diretor responsável
perante a CVM pela administração do fundo ou a outro diretor especialmente indicado à CVM para essa função, ou
ainda, conforme o caso, a um diretor indicado pela instituição responsável pela distribuição ou gestão do fundo,
contratado pelo fundo.

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Das Vedações
É vedado ao administrador praticar os seguintes atos em nome do fundo:
I – receber depósito em conta corrente;
II – contrair ou efetuar empréstimos, salvo em modalidade autorizada pela CVM;
III – prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma;
IV – vender cotas à prestação, sem prejuízo da integralização a prazo de cotas subscritas;
V – prometer rendimento predeterminado aos cotistas;
VI - realizar operações com valores mobiliários admitidos a negociação em bolsa de valores ou em mercado de balcão
organizado por entidade autorizada pela CVM fora desses mercados, ressalvadas as hipóteses de distribuições
públicas, de exercício de direito de preferência e de conversão de debêntures em ações, exercício de bônus de
subscrição e nos casos em que a CVM tenha concedido prévia e expressa autorização;
VII – utilizar recursos do fundo para pagamento de seguro contra perdas financeiras de cotistas; e
VIII – praticar qualquer ato de liberalidade.
Os fundos de investimento poderão utilizar seus ativos para prestação de garantias de operações próprias realizadas
em bolsas, bem como emprestar e tomar títulos e valores mobiliários em empréstimo, desde que tais operações de
empréstimo sejam cursadas exclusivamente através de serviço autorizado pela CVM ou pelo Banco Central do Brasil.

Da Substituição do Administrador e do Gestor


O administrador e o gestor da carteira do fundo devem ser substituídos nas hipóteses de:
I – descredenciamento para o exercício da atividade de administração de carteira, por decisão da CVM;
II – renúncia; ou
III – destituição, por deliberação da assembléia geral.
Nas hipóteses de renúncia ou descredenciamento, ficará o administrador obrigado a convocar imediatamente a
assembléia geral para eleger seu substituto, a se realizar no prazo de até 15 (quinze) dias, sendo também facultado
aos cotistas que detenham ao menos 5% (cinco por cento) das cotas emitidas, em qualquer caso, ou à CVM, nos
casos de descredenciamento, a convocação da assembléia geral.
No caso de renúncia, o administrador deverá permanecer no exercício de suas funções até sua efetiva substituição,
que deverá ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de liquidação do fundo pelo administrador.
No caso de descredenciamento, a CVM deverá nomear administrador temporário até a eleição de nova
administração.

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1.14 Prestação de Contas aos Cotistas

O administrador do fundo está obrigado a prestar contas aos cotistas diversos aspectos relacionados ao contrato de
prestação de serviço.
Dentre eles, destacamos:
 Divulgação de Cota e Rentabilidade
 Periodicidade de Balanços e Demonstrações Contábeis
 Assembléias Gerais
 Composição e Diversificação de Carteira

1.14.1. Divulgação de Cota e Rentabilidade


O administrador do fundo está obrigado a:
I – divulgar, diariamente, o valor da cota e do patrimônio líquido do fundo aberto;
II – remeter mensalmente aos cotistas extrato de conta contendo, dentre outras informações:
 Saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo do mesmo;
 Rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o último dia útil do mês de
referência do extrato.
 Divulgar, adicionalmente, a rentabilidade mensal e a rentabilidade acumulada nos últimos 12 meses.

1.14.2. Periodicidade de Balanços e Demonstrações Contábeis


 O exercício do fundo deve ser encerrado a cada 12 meses, quando serão levantadas as demonstrações contábeis
do fundo relativas ao período findo.
 As demonstrações contábeis devem ser colocadas à disposição de qualquer interessado que as solicitar ao
administrador, no prazo de 90 dias após o encerramento do período.
 As demonstrações contábeis do fundo devem ser auditadas anualmente por auditor independente registrado na
CVM, observadas as normas que disciplinam o exercício dessa atividade.

A Rentabilidade dos Fundos divulgada mensalmente:


Fique
 Refere-se ao período entre o último dia útil do mês anterior e o último dia útil
ligado
do mês de referência, e
 É bruta – não reflete a incidência do imposto de renda.

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1.14.3. Assembléia Geral de Cotistas


Sabe quem “manda” em um Fundo de Investimento? Os cotistas! É isso mesmo.
A Assembléia Geral de Cotistas é a instância máxima do fundo (é um condomínio, lembra?) e somente ela tem
poderes para aprovar certos assuntos.
Assuntos que compete somente à Assembléia de Cotistas aprovar:
I – as demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;
II – a substituição do administrador, do gestor ou do custodiante;
III – a fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou liquidação;
IV – o aumento da taxa de administração;
V – a alteração da política de investimento;
VI – a emissão de novas cotas, no fundo fechado;
VII – a alteração do regulamento.

Como o cotista é convocado a participar da Assembléia?


 A convocação da assembléia geral deve ser feita por correspondência encaminhada a cada cotista com
antecedência mínima de 10 dias da data da realização.
 A Assembléia de Cotistas ocorre anualmente para aprovar as demonstrações contábeis do fundo relativas ao
exercício encerrado. Pode ocorrer excepcionalmente para aprovar outros assuntos de interesse comum dos
condôminos.
 A Assembléia Geral se instalará com a presença de qualquer número de cotistas.
 O resumo das decisões da assembléia geral deverá ser enviado a cada cotista no prazo de até 30 dias após a data
de realização da assembléia, podendo ser utilizado para tal finalidade o extrato de conta.

1.14.4. Composição e Diversificação de Carteira

O administrador deve disponibilizar as informações relativas à composição da carteira com periodicidade, no mínimo,
mensal, de forma equânime entre todos os cotistas.

Caso o fundo possua posições ou operações em curso que possam vir a ser prejudicadas pela sua divulgação, o
demonstrativo da composição da carteira poderá omitir a identificação e quantidade das mesmas, registrando somente
o valor e sua percentagem sobre o total da carteira.

As operações omitidas deverão ser divulgadas no prazo máximo de:


I – 30 dias, improrrogáveis, nos fundos das classes “Curto Prazo” e “Referenciado”;
II – nos demais casos, 90 dias após o encerramento do mês, podendo esse prazo ser prorrogado uma única vez, em
caráter excepcional, e com base em solicitação fundamentada submetida à aprovação da CVM, até o prazo máximo
de 180 dias.

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1.14.5. Informações Periódicas


O administrador do fundo é obrigado a:
A) divulgar diariamente o valor da cota e do patrimônio líquido do fundo aberto;
B) remeter mensalmente aos cotistas extrato de conta contendo:
 nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;
 nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
 nome do cotista;
 saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo do mesmo;
 rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o última dia útil do mês de
referência do extrato;
 data de emissão do extrato da conta; e
 o telefone, o correio eletrônico e o endereço para correspondência do serviço de atendimento ao cotista,
responsável pelo esclarecimento de dúvidas e pelo recebimento de reclamações, conforme definido no
regulamento ou prospecto do fundo;

C) disponibilizar as informações do fundo, inclusive as relativas à composição da carteira, de forma


equânime entre todos os cotistas.

Caso o fundo possua posições ou operações em curso que possam vir a ser prejudicadas pela sua divulgação,
o demonstrativo da composição da carteira poderá omitir a identificação e quantidade das mesmas, registrando
somente o valor e sua percentagem sobre o total da carteira.

1.14.6. Informações Eventuais

O administrador é obrigado a divulgar imediatamente, através de correspondência a todos os cotistas e de


comunicado através do Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM, qualquer ato ou fato
relevante ocorrido ou relacionado ao funcionamento do fundo ou aos ativos integrantes de sua carteira.

Conceito de Fato Relevante


Considera-se relevante qualquer ato ou fato que possa influir de modo
ponderável no valor das cotas ou na decisão dos investidores de adquirir, alienar
ou manter tais cotas.

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1.15. Fatores que afetam o valor da cota

O valor da cota, apurado diariamente pelo administrador do fundo, é calculado pela relação entre o patrimônio líquido e
a quantidade de cotas.
Patrimônio Líquido
Valor da Cota =
Quantidade de Cotas

O patrimônio líquido do fundo, por sua vez, é apurado mediante a soma dos ativos disponíveis na carteira do
Fundo, marcados a mercado, mais valores a receber, menos despesas (taxa de administração, performance - se
houver - e outras despesas autorizadas).

PATRIMÔNIO LÍQUIDO =
Valor atual dos ativos da carteira MAIS
Valores a receber MENOS Despesas

Sendo assim, os fatores determinantes do valor da cota de um fundo de investimento são:


 a composição da carteira e os riscos inerentes aos ativos; e
 a taxa de administração e outras despesas autorizadas.

1.16 Metodologia adotada para a contabilização dos ativos - Marcação a Mercado

O procedimento de “Marcação a Mercado”, feito diariamente pelos administradores dos Fundos de Investimento, tem o
objetivo de calcular o valor da cota de cada fundo com base no valor de mercado dos ativos que compõem a carteira
do fundo.

Por que esse procedimento é necessário? Para que o valor da cota seja exatamente o que tiver de ser – nem mais,
nem menos. Caso contrário, alguns cotistas podem ser prejudicados e outros favorecidos, ou seja, haverá transferência
de riqueza entre os cotistas.

Os ativos de renda fixa integrantes das carteiras dos fundos de investimento devem ser registrados pelo valor
efetivamente pago, inclusive corretagens e emolumentos, e classificados nas seguintes categorias:
a) ativos para negociação;
b) ativos mantidos até o vencimento.

Na categoria ativos para negociação devem ser registrados títulos e valores mobiliários adquiridos com a finalidade de
serem ativa e freqüentemente negociados.

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Na categoria ativos mantidos até o vencimento devem ser registrados títulos e valores mobiliários quando, na data da
aquisição, houver intenção dos cotistas em preservar volume de aplicações compatível com a manutenção de tais
ativos na carteira do fundo até o vencimento, desde que sejam observadas, cumulativamente, as seguintes
condições:
a) o fundo de investimento seja destinado a um único investidor, a investidores pertencentes ao mesmo
conglomerado ou grupo econômico-financeiro ou a investidores qualificados;
b) haja solicitação formal de todos os cotistas, na qual deve constar declaração de que possuem capacidade
financeira para levar ao vencimento os ativos classificados nesta categoria;
c) todos os cotistas que ingressarem no fundo a partir da classificação nesta categoria declarem
formalmente, por meio do termo de adesão ao regulamento do mesmo, sua capacidade financeira e anuência
à classificação de títulos e valores mobiliários integrantes da carteira do fundo na categoria mencionada
neste item.

1.16.1. Efeito da Não Marcação a Mercado no Carregamento dos Ativos até o Vencimento
A manutenção de parte dos ativos da carteira de um fundo classificados como “ativos mantidos até o vencimento”
pode gerar uma situação de estresse para o administrador caso o pedido de resgate dos cotistas surpreenda e atinja
um volume significativo do patrimônio do fundo. Além disso, pode ocultar o verdadeiro valor de mercado desses ativos
e, de certa forma, promover transferência de riqueza entre os cotistas.

1.17 Dinâmica de Aplicação e Resgate

Cada fundo de investimento deve estabelecer o critério segundo o qual o capital investido será convertido em cotas no
momento da aplicação e vice-versa, e como as cotas serão convertidas em dinheiro no momento do resgate.

O administrador deve definir basicamente três regras: (1) prazo para conversão na aplicação; (2) prazo para conversão
no resgate; (3) prazo para pagamento do resgate.

1.17.1 Prazo de Conversão de Cotas

Na aplicação poderá ser adotada a cota de D0 ou D+1.


No resgate, o regulamento do fundo indica qual o prazo para conversão de cota, a contar do dia do pedido.

Os fundos distribuídos no varejo pelas instituições financeiras utilizam no Resgate, normalmente, o mesmo critério
utilizado na emissão de cotas, ou seja, D0 ou D+1. Mas é possível encontrar fundos com prazo de conversão de, por
exemplo, 30 dias entre o pedido de resgate e a conversão de cotas.

Conversão de cotas
Fique Aplicação: D0 ou D+1
ligado Resgate: conforme regulamento do fundo

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1.17.2 Prazo de Liquidação Financeira ou Pagamento do Resgate

Nem sempre a data da liquidação financeira – data em que o pagamento do resgate é processado – é o
mesmo da data de conversão. A CVM admite que o prazo de pagamento do resgate seja processado em até 5
dias úteis a contar da data de conversão das cotas.

No caso dos Fundos de Ações, por exemplo, a conversão de cota é, normalmente, em D+1 e o pagamento do
resgate em D+3 (após conversão).

Fique Pagamento do Resgate


ligado Em até 5 dias úteis a contar da data de conversão de cotas.

Fundos destinados a Investidores Qualificados


Podem estabelecer livremente prazos para conversão de cotas e pagamento de resgate.

1.17.3 Cota de fechamento


O valor da cota do dia é apurado no encerramento do dia. Ela reflete as oscilações de preço do dia, positivas
ou negativas.

Como o valor da cota é calculado somente no encerramento do dia e divulgado no dia útil seguinte, o cotista
não conhece exatamente o valor da cota que está sendo utilizada para converte seu capital em cotas (na
aplicação) ou vice-versa para converter suas cotas em capital (no resgate).

1.17.4 Cota de Abertura


O valor da cota do dia é calculado a partir do patrimônio líquido do dia anterior, devidamente atualizado por
um dia.

Neste caso o cotista conhece, no momento da aquisição de cotas, o valor da cota que irá converter seu capital
em cotas e conhece, portanto, a quantidade de cotas que adquiriu. O mesmo acontece no momento do
resgate.

Cota de Abertura
Cota de fechamento do dia anterior corrigida.
Fique
Podem utilizar cota de abertura os fundos:
ligado  Curto Prazo
 Referenciado e
 Renda Fixa (de curto prazo)

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1.17.5 Prazo de Carência para Resgate

O fundo de investimento pode estabelecer um prazo de carência – uma espécie de “aviso prévio” para processar
um pedido de resgate. Caso o cotista tenha necessidade imediata dos recursos e não esteja disposto a esperar o
prazo determinado pelo fundo, estará sujeito ao pagamento de uma taxa, também prevista no regulamento e
prospecto.

Sempre que um fundo de investimento estabelecer data de conversão diferente da data de resgate, pagamento do
resgate em data diferente do pedido de resgate ou prazo de carência para o resgate, deverá incluir estes fatos
com destaque na capa do prospecto e em todo o material de divulgação.

1.17.6 Fechamento dos Fundos para Aplicações


O administrador poderá suspender, a qualquer momento, novas aplicações no fundo, desde que tal suspensão se aplique
indistintamente a novos investidores e cotistas atuais.
 A suspensão do recebimento de novas aplicações em um dia não impede a reabertura posterior do fundo para
aplicações.
 O administrador deve comunicar imediatamente aos intermediários sobre a eventual existência de fundos que não
estejam admitindo captação.
 O fundo deve permanecer fechado para aplicações enquanto perdurar o período de suspensão de resgates.
 O regulamento deverá prever as condições para recebimento de aplicações e resgates nos feriados estaduais e
municipais.

O administrador pode fechar o fundo a qualquer momento para novas aplicações.


Fique
Os pedidos de resgates continuam sendo processados normalmente.
ligado Atenção!! A regra se aplica a todos os cotistas indistintamente.

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1.17.7 Fechamento dos Fundos para Resgates

Em casos excepcionais de iliquidez (falta de liquidez) dos ativos componentes da carteira do fundo, inclusive em
decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do
tratamento tributário do fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, o administrador poderá declarar o
fechamento do fundo para a realização de resgates, sendo obrigatória a convocação de Assembléia Geral Extraordinária,
no prazo máximo de 1 dia, para deliberar, no prazo de 15 dias, a contar da data do fechamento para resgate, sobre as
seguintes possibilidades:
I – substituição do administrador, do gestor ou de ambos;
II – reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate;
III – possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários;
IV – cisão do fundo; e
V – liquidação do fundo.
O fechamento do fundo para resgate deverá, em qualquer caso, ser imediatamente comunicado à CVM.

O administrador pode fechar o fundo para resgates em situações de iliquidez - ausência de


Fique
compradores para os títulos no mercado. Para isto deverá comunicar imediatamente a CVM e
ligado
convocar uma assembléia.

Acabamos de conhecer duas situações consideradas “fato relevante” e que


devem ser divulgadas a todos os cotistas dos fundos.

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1.18 Aplicação por Conta e Ordem

a) Caracterização
O fundo de investimento poderá contratar instituições intermediárias integrantes do sistema de distribuição de valores
mobiliários para realizar a distribuição de cotas, autorizando-as a realizar a subscrição ou a aquisição de cotas do
fundo por conta e ordem de seus respectivos clientes.

b) Responsabilidades da Instituição intermediária (distribuidor) e direitos dos cotistas


1) Providenciar que todo cotista ao ingressar no fundo deve atestar, mediante termo próprio, que:
 recebeu o regulamento e, se for o caso, o prospecto;
 tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de investimento;
 tomou ciência da possibilidade de ocorrência de patrimônio líquido negativo, se for o caso, e, neste caso, de sua
responsabilidade por conseqüentes aportes adicionais de recursos.
2) manter à disposição da CVM o termo contendo as declarações acima referidas, devidamente assinado pelo
investidor, ou registrado em sistema eletrônico.
3) criar registro complementar de cotistas, específico para cada fundo em que ocorra tal modalidade de subscrição ou
aquisição de cotas.

c) Informações Obrigatórias
As instituições intermediárias que atuam por conta e ordem de clientes assumem todos os ônus e responsabilidades
relacionadas aos clientes, inclusive quanto a seu cadastramento, identificação e demais procedimentos que, na forma
desta Instrução, caberiam originalmente ao administrador, em especial no que se refere:
 ao fornecimento aos clientes de prospectos, regulamentos e termos de adesão, a serem obrigatoriamente
encaminhados pelos administradores aos intermediários, para tal finalidade;
 à responsabilidade de dar ciência ao cotista de que a distribuição é feita por conta e ordem;
 à manutenção de serviço de atendimento aos seus clientes, para esclarecimento de dúvidas e pelo recebimento de
reclamações;
 à obrigação de efetuar a retenção e o recolhimento dos tributos incidentes nas aplicações ou resgates em fundos de
investimento, conforme determinar a legislação tributária.

d) Possibilidade de manutenção das aplicações em caso de finalização da distribuição.


Na hipótese de rescisão do contrato firmado entre o fundo e o intermediário que esteja atuando por conta e ordem de
clientes, deve ser facultado ao cotista permanecer como investidor no fundo, comprometendo-se a instituição
intermediária, neste caso, a identificar e fornecer ao administrador toda a documentação cadastral do cliente.

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e) Segregação dos recursos aplicados do patrimônio da instituição distribuidora


As aplicações ou resgates realizados nos fundos de investimento por meio de instituições intermediárias que estejam
atuando por conta e ordem de clientes serão efetuadas de forma segregada, de modo que os bens e direitos
integrantes do patrimônio de cada um dos clientes, bem como seus frutos e rendimentos, não se comuniquem com o
patrimônio da instituição intermediária.

f) Exercício de Direito de Voto nas Assembléias dos Fundos


Tanto o cotista como o intermediário que esteja atuando por conta e ordem de clientes, têm direito de participação e
voto nas assembléias dos fundos.

g) Condições necessárias para o exercício do direito


Previamente à realização das assembléias gerais de cotistas, o intermediário que esteja atuando por conta e ordem de
clientes deve fornecer aos clientes que assim desejarem, declaração para o fim de exercício do direito de voto, com as
seguintes informações:
 quantidade de cotas por eles detidas
 indicação do fundo
 nome ou denominação social do cliente
 o código do cliente
 o número de seu CPF ou CNPJ, sendo este documento prova hábil da titularidade das cotas.

O intermediário que esteja atuando por conta e ordem de clientes pode comparecer e votar nas assembléias gerais de
cotistas dos fundos, representando os interesses de seus clientes, desde que munido de procuração com poderes
específicos, discriminando inclusive o dia, hora e local da referida assembléia.

Fique No caso de distribuição de cotas realizada intermediários cabe ao distribuidor intermediário


ligado que atua por conta e ordem dos cotistas providenciar o cumprimento das exigências já
citadas relacionadas a prospecto, regulamento, termo de adesão e demais documentos
requeridos.

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2. Principais estratégias de gestão

2.1 Fundos de Investimento de Gestão Passiva

A estratégia dos fundos passivos (ou indexados) é a de ACOMPANHAR um benchmark. São encontrados tanto na
modalidade de Renda Fixa como de Renda Variável.

2.1.1 Renda Fixa


Os Fundos Renda Fixa DI são os mais comuns do mercado e têm o objetivo de acompanhar a flutuação da taxa de
juros praticada pelo mercado. Podem ser encontrados ainda com o objetivo de acompanhar a variação da taxa de
câmbio – os Fundos Cambiais, ou também, acompanhar os principais índices de preços do mercado como o IPCA ou
IGPM.

2.1.2 Renda Variável


Também é possível compor um fundo com o objetivo de acompanhar um benchmark do mercado de ações. Assim como
os fundos de renda fixa, as carteiras são compostas de forma a reproduzir a carteira teórica do índice de mercado. As
carteiras mais reproduzidas são a do IBOVESPA e do IBrX. Índices setoriais e de governança corporativa também são
adotados.

Fique Os fundos de gestão passiva pertencem à classe da CVM denominados Referenciados cuja
carteira deve ter, no mínimo, 95% em ativos atrelados ao índice de referência.
ligado

2.1.3 Estratégias para manter a aderência aos índices de referência e as respectivas limitações
Embora o gestor implemente estratégia visando a maior aderência possível ao índice de referência, existem fatores
que impedem que essa aderência seja perfeita. Dentre outros fatores podemos citar:
I – Parte da carteira – limitada pela CVM a 5% do patrimônio - pode investir em ativos não aderentes ao índice de
referência.
II – A utilização de derivativos para conseguir a aderência da carteira.
III – O critério de Marcação a Mercado adotado pelo administrador.
IV – A variação do cupom de juros de títulos pós-fixados – as NTNs, por exemplo. Além da correção de determinado
índice, esses títulos pagam um cupom de juros cujo preço pode oscilar ao longo do tempo.
V – A taxa de administração e outras despesas.
VI – No caso dos fundos Ibovespa e IBrX, o critério de cálculo do valor da cota:
Os índices de mercado – segundo critério da Bovespa - são calculados pelo preço de fechamento das ações.
Os fundos de ações também calculam o valor de suas cotas baseados no preço de fechamento, porém na hipótese
de ativos sem negociação nos últimos 90 (noventa) dias, o valor do título deverá ser avaliado pelo menor entre os
seguintes valores:
• custo de aquisição;
• última cotação disponível;
• último valor patrimonial do título divulgado à CVM; ou
• valor líquido provável de realização obtido mediante adoção de técnica ou modelo de precificação.

Fundos de gestão passiva têm o objetivo de ACOMPANHAR


determinado índice de referência ou benchmark.

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2.2 Fundos de Gestão Ativa

O objetivo dos fundos de gestão ativa é SUPERAR determinado índice de referência. Para atingir esse objetivo, o
gestor adota estratégias de exposição a riscos de mercado, de crédito e de liquidez, com ou sem alavancagem da
carteira.

2.2.1 Renda Fixa


Os fundos Renda Fixa ativos tentar superar a rentabilidade do índice de referência assumindo estratégias tais como:
Risco de crédito: o gestor pode implementar uma estratégia de risco de crédito agressiva adquirindo
grandes posições de títulos do setor privado saindo da zona de conforto das carteira compostas
basicamente por títulos públicos.

Risco de liquidez: uma carteira de duration mais longa, de ativos com baixa classificação de rating e ações
de segunda ou terceira linha (menos negociadas), certamente terá mais dificuldade que uma carteira
defensiva em momentos de crise de liquidez no mercado.

Alavancagem: alguns fundos utilizam a estratégia de alavancagem com derivativos para atingir seus
objetivos. Com risco, assumem uma posição de risco maior do que o patrimônio do fundo. Potencializam,
dessa forma, os resultados da carteira, positivos ou negativos.

2.2.2 Renda Variável


Os fundos de Renda Variável ativos também são desafiados a superar os índices de mercado e para alcançar esse
objetivo assumem estratégias tais como:

Mercado de Derivativos: contratos futuros e opções são, geralmente, posições mais voláteis que
a as posições no mercado à vista.

Risco de mercado: posições em ações de segunda e terceira linha, menos negociadas do que as favoritas
“blue chips”, posições concentradas em ações de empresas de setores específicos ampliam o risco não
sistemático.

Alavancagem: alguns fundos utilizam a estratégia de alavancagem com derivativos para atingir seus
objetivos. Com risco, assumem uma posição de risco maior do que o patrimônio do fundo. Potencializam,
dessa forma, os resultados da carteira, positivos ou negativos.

Fundos de gestão ativa têm o objetivo de SUPERAR determinado benchmark


Alavancagem: Posição de risco da carteira é MAIOR do que o patrimônio

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De acordo com a CVM – Comissão de Valores Mobiliários, os Fundos de Investimento são classificados
em função da composição da carteira de ativos. Vamos conhecer as classes segundo a Instrução
Normativa 409/456.

3. Principais Modalidades de Fundo de Investimento

3.1. Classificação dos Fundos quanto à composição do patrimônio

3.1.1 Fundo Curto Prazo


Os fundos classificados como "Curto Prazo" deverão aplicar seus recursos exclusivamente em:
a) Títulos públicos federais
b) Títulos privados cujo emissor seja classificado na categoria baixo risco de crédito com certificação por agência de
classificação de risco localizada no País.
c) Os títulos serão prefixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, ou títulos indexados a índices de
preços.
d) O prazo médio da carteira será inferior a 60 dias e o prazo máximo de qualquer ativo do fundo será de 375 dias.
e) Será permitida a utilização de derivativos somente para proteção da carteira.

O cotista que optar por essa classe de fundo fará uma opção clara pelo menor fator de risco. Entretanto, pagará alíquota
maior de imposto de renda.

 Prazo médio da carteira do fundo inferior a 60 dias!


 Não aceita risco de crédito!
 Derivativos: somente para proteger!

3.1.2 Fundo Referenciado


Os fundos classificados como "Referenciados" têm o objetivo de acompanhar determinado indicador de desempenho
que deverá estar identificado na sua denominação. E deve cumprir as seguintes condições:
I - Mínimo 80% do PL deverá ser representado por:
a) títulos de emissão do Tesouro Nacional;
b) títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado na categoria baixo risco de crédito, com
certificação por agência de classificação de risco localizada no país.
Significa dizer que o gestor pode investir até 20% do PL em títulos privados com risco de crédito mais elevado.

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II - Mínimo 95% do PL em ativos financeiros de forma a acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do indicador de
desempenho ("benchmark") escolhido.
Significa dizer que o gestor pode investir até 5% do PL em operações não aderentes ao índice de referência.
III - Atuação nos mercados de derivativos somente para realização de operações com o objetivo de proteger posições
detidas à vista, até o limite dessas.
Significa dizer que o gestor não pode usar derivativos para assumir risco ou alavancagem – situação na qual a
posição de risco é maior que o patrimônio.

Fundos “Referenciados” se caracterizam por:


 Ser de gestão passiva
 Política de investimento: acompanhar determinado benchmark
 Principal fator de risco: seu indicador de desempenho
O fundo mais comum da classe é o Fundo Renda Fixa DI indicado em cenários de elevação
dos juros, ou ainda, para investidores que desejam aderência à taxa de juros de mercado.

3.1.3 Fundo Renda Fixa


Os principais fatores de risco da carteira de um fundo classificado como "Renda Fixa" deverão ser:
 A variação da taxa de juros doméstica, ou
 A variação de índice de preços, ou
 Ambos
Os fundos classificados como "Renda Fixa" deverão possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados aos
fatores de risco que dão nome à classe.
Significa dizer que o gestor pode investir até 20% do PL em outros fatores de risco, como câmbio ou ações.
Não há nenhuma restrição em relação a estratégias com derivativos.

Fundos Renda Fixa se caracterizam por:


 Ser de gestão ativa
 Política de investimento: superar determinado benchmark
 Principal fator de risco: taxa de juros e índices de preços
 Buscam ganhar mais do que os Fundos DI assumindo posições em taxa de juros prefixada,
vencedoras em cenários de queda da taxa de juros.
 Alguns fundos dessa classe tentam superar a taxa de mercado assumindo posições em
títulos de emissão do setor privado, com maior exposição ao risco de crédito.

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3.1.4 Fundo Cambial


O principal fator de risco da carteira de um fundo classificado como "Cambial" deve ser a variação de preços de moeda
estrangeira e a variação do cupom cambial e deve ter, no mínimo, 80% da carteira do fundo em ativos relacionados a
seu objetivo principal.

Significa dizer que o gestor pode investir até 20% do PL em outros fatores de risco, como juros ou ações. Não
há nenhuma restrição em relação a estratégias com derivativos.

Fundos “Cambiais” se caracterizam por:


 Oferecer proteção a investidores que desejam preservar seu poder de compra em moeda
estrangeira.
 Indicados para investidores com dívida em moeda estrangeira.
 Ganham em cenários de elevação da taxa de câmbio.

3.1.5 Fundo Multimercado

Os fundos classificados como "Multimercado" devem possuir políticas de investimento que envolvam vários fatores
de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial.

Cada fundo determinará em seu regulamento e prospecto sua política de investimento, estabelecendo percentuais
mínimos e máximos de atuação em cada um dos mercados que irá investir.

O gestor pode investir livremente, respeitando o regulamento do fundo. Não há restrição para risco de
crédito e é comum a estratégia de alavancagem com derivativos nos fundos dessa classe.

Fundos “Multimercado” se caracterizam por:


 Ser de gestão ativa
 Política de investimento: superar determinado benchmark
 Principal fator de risco: nenhum em particular – assume risco em diversos mercados
São recomendados para investidores de perfil moderado e/ou agressivo que buscam
alternativas de investimentos para diversificar seu patrimônio. Adequados para horizonte de
tempo de médio e longo prazo e para investidores que estão dispostos a correr mais risco
em busca de maior retorno.

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3.1.6 Fundo de Dívida Externa

O principal fator de risco da carteira de um fundo classificado como “Dívida Externa” deve ser a variação de preços dos
títulos da dívida externa soberana, representada pelo títulos emitidos pela União no exterior para captação de recursos
em moeda estrangeira.

Os fundos classificados como "Dívida Externa" deverão aplicar, no mínimo, 80% de seu patrimônio em títulos
representativos da dívida externa de responsabilidade da União, sendo permitida a aplicação de até 20% do patrimônio
líquido em outros títulos de crédito transacionados no mercado internacional, respeitada a concentração de 10% do PL
por emissor.

Embora o gestor do fundo faça a aquisição de títulos no exterior (em moeda estrangeira), as aplicações e
resgates são feitas no Brasil, em reais.

3.1.7 Fundo de Ações

O principal fator de risco da carteira de um fundo classificado como "Ações" deve ser a variação de preços de
Ações. No mínimo, 67% do patrimônio do fundo deve estar representado pelos seguintes ativos:
a) ações admitidas à negociação em bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado;
b) bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de ações admitidas à negociação em bolsa de
valores ou entidade do mercado de balcão organizado;
c) cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índice de ações negociadas em bolsa de valores ou
entidade do mercado de balcão organizado;
d) Brazilian Depositary Receipts classificados como nível II e III. BDR (Brazilian Depositary Receipt)
são recibos negociados na Bovespa
que representam ações de
empresas estrangeiras

Fundos “de Ações” se caracterizam por:


 Ser, normalmente, de gestão ativa
 Principal fator de risco: ações
 Posição mínima em ações: 67% do PL do fundo
 Não há limite de concentração por emissor – existem fundos que investem em ações de
uma única empresa (Exemplos: Petrobras e Vale)
 A parcela representada por títulos de renda fixa deve observar os limites de concentração
por emissor.

É proibida a aquisição de ações de emissão do administrador, exceto no caso do fundo cuja


Fique política de investimento consista em buscar reproduzir índice de mercado do qual as ações
ligado do administrador ou de companhias a ele ligadas façam parte, caso em que tais ações
poderão ser adquiridas na mesma proporção de sua participação no respectivo índice.

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3.2 Limite por emissor e por modalidade de ativo financeiro


Os Fundos de Investimento têm um limite máximo de exposição por emissor de títulos visando reduzir, através da
diversificação, o risco de crédito da carteira. Observe na tabela a regra da CVM.

Característica do Emissor % máximo do PL do Fundo

Títulos Públicos (União Federal) 100%

Instituição Financeira (inclusive o administrador e empresas 20%


coligadas): CDB e LH, por exemplo.

Fundo de Investimento 10%

Instituição não-financeira de capital aberto 10%


(Debêntures e Nota Promissória, por exemplo)

Instituição não-financeira de capital fechado ou 05%


Pessoa Física

Novidade neste tema! Títulos emitidos por empresa de capital fechado e/ou pessoa física
limitados a 5% do PL do fundo. E agora existe limite por modalidade de ativos também. Veja
o item abaixo.

Limites por Modalidade de Ativo Financeiro


Além de respeitar os limites por emissor, o fundo observará o limite de 20% do patrimônio para o conjunto dos
seguintes ativos:
 cotas de FI e FIC regulados pela IN 409/450 da CVM.
 cotas de Fundos de Investimento Imobiliário.
 cotas de FI e FIC em Direitos Creditórios.
 cotas de fundos de índice negociados em Bolsa ou balcão organizado.
 Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI.

Outra novidade!
Ativos negociados no exterior. Mais risco à vista!!

Limite de aplicações em ativos financeiros negociados no exterior por tipo de fundo

Qualquer fundo de investimento poderá manter em sua carteira ativos financeiros negociados no exterior, até o limite de:
 100% para os fundos classificados como “Dívida Externa”,
 20% para os classificados como “Multimercado”, e
 10% nas demais classes.
O regulamento, o prospecto e o material de venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de que o fundo está
autorizado a realizar aplicações em ativos financeiros no exterior.

O fundo Multimercado que adquirir cotas de fundos classificados como Dívida Externa e de cotas de fundos
de investimento sediados no exterior não está sujeita à incidência de limites de concentração por emissor.

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3.3 Classificação dos Fundos

3.3.1 Quanto ao Prazo Médio da Carteira: Fundos de Curto e Longo Prazo

O prazo médio da carteira do Fundo de Investimento pode ser de curto prazo e longo prazo e, em função dele, será
determinada a alíquota de imposto de renda aplicável ao cotista.

Fundo de Curto Prazo Fundo de Longo Prazo

Prazo médio da carteira Prazo médio da carteira


igual ou inferior a 365 dias superior a 365 dias

O fundo classificado como “Referenciado”, “Renda Fixa”, “Cambial”, “Dívida Externa” ou “Multimercado” que dispuser,
em seu regulamento ou prospecto, que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal destinado a fundos de longo
prazo previsto na regulamentação fiscal vigente estará obrigado a:
I – incluir a expressão “Longo Prazo” na denominação do fundo; e
II – atender às condições previstas na referida regulamentação de forma a obter o referido tratamento fiscal.
O fundo que mencionar ou sugerir, em seu regulamento, prospecto ou em qualquer outro material de divulgação, que
tentará obter o tratamento fiscal previsto para fundos de longo prazo, mas sem assumir o compromisso de atingir esse
objetivo, ou que irá fazê-lo apenas quando considerar conveniente para o fundo, deverá incluir no prospecto e em seu
material de divulgação, em destaque, a seguinte advertência: “Não há garantia de que este fundo terá o tratamento
tributário para fundos de longo prazo”.

O fundo classificado como “Referenciado”, “Renda Fixa”, “Cambial”, “Dívida Externa” ou


Fique
“Multimercado” que tiver o compromisso de obter o tratamento fiscal destinado a fundos de
ligado
longo prazo é obrigado a incluir a expressão “Longo Prazo” na denominação do fundo.

Cuidado para não confundir este conceito de “Fundo de Curto Prazo” definido pela Receita
Federal para efeito de tributação (prazo médio de até 365 dias) com o conceito
anteriormente estudado da Classe de Fundo Curto Prazo, definido pela CVM, em relação à
composição da carteira (prazo médio inferior a 60 dias).

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3.3.2 Quanto ao Limite de Alocação em Títulos com Médio e Alto Risco de Crédito: Fundos de Crédito Privado
O fundo de investimento classificado como Curto Prazo, Referenciado, Renda Fixa, Cambial e Multimercado, que
realizar aplicações em quaisquer ativos ou modalidades operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou
jurídicas de direito privado que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50% de seu patrimônio líquido, deverá
observar as seguintes regras, cumulativamente àquelas previstas para sua classe:
I – na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito Privado”;
II – o regulamento, o prospecto e o material de venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de que o fundo
está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido; e
III – o ingresso no fundo será condicionado à assinatura de termo de ciência dos riscos inerentes à composição da
carteira do fundo sendo proibida a utilização de sistema eletrônico para esse fim.

A expressão “crédito privado” é obrigatória quando o percentual em ativos emitidos por


Fique pessoa jurídica ou física de direito privado exceder 50% do PL.
ligado Alerta no prospecto e assinatura de termo de ciência de risco são obrigatórios.

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Fundos Destinados exclusivamente a Investidores Qualificados

O FIC Multimercado distribuído no varejo poderá investir, no máximo, 20% do Patrimônio Líquido em:
 cotas de fundo de investimento imobiliário; e
 cotas de fundos de investimento em direitos creditórios.

Aos Fundos Multimercados destinados exclusivamente a investidores qualificados não se


aplica o limite de 20% mencionado acima. Os limites serão estabelecidos no regulamento de
cada fundo.

Dos Limites por Modalidade de Ativo Financeiro

Além de respeitar os limites por emissor, o fundo de investimento distribuído no varejo observará o limite de 20%
do patrimônio para o conjunto dos seguintes ativos:
 cotas de FI e FIC regulados pela IN 409/450 da CVM.
 cotas de Fundos de Investimento Imobiliário.
 cotas de FI e FIC em Direitos Creditórios.
 cotas de fundos de índice negociados em Bolsa ou balcão organizado.
 Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI.

Esse limite dobra para 40% quando se tratar de Fundo exclusivo para
Investidor Qualificado.

Limite de exposição por emissor e modalidade de ativos

Já vimos que os Fundos de Investimento distribuídos no varejo têm um limite máximo de exposição por emissor
de títulos visando reduzir, através da diversificação, o risco de crédito da carteira. Entretanto...

Os limites de concentração por emissor, por modalidade de ativo e em ativos negociados no


exterior não se aplicam aos fundos destinados exclusivamente a investidores
qualificados e cujo regulamento exija investimento mínimo, por investidor, de R$
1.000.000,00, desde que o fundo respeite a classificação CVM.

Os FICs (Fundo de Investimento em Cotas de FI) "Multimercados", desde que destinados exclusivamente a
investidores qualificados, poderão adquirir cotas de:
- Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes,
- Fundos de Investimento Imobiliário,
- Fundos de Investimento em Participações,
- Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FI e FIC).
Observados os limites previstos nos seus regulamentos e prospectos, se houver.

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Exercício 5
Preencha a tabela abaixo indicando o percentual e/ou a quantidade de dias correspondente a cada uma das
situações apresentadas. Os números estão indicados abaixo e ele pode aparecer mais de uma vez.

5% 10% 20% 67% 80% 95% 100% 60 dias 375 dias

Afirmativa % ou dias

1. Percentual mínimo do PL de um fundo de investimento classificado como ”Ações” nos fatores de risco
que dão nome à classe.

2. Prazo médio da carteira de um fundo de investimento classificado como de “Curto Prazo”, em função
do perfil de risco do fundo, de acordo com critério da CVM, deverá ser inferior a.

3. Percentual mínimo do PL de um fundo de investimento classificado como ”Renda Fixa” e “Cambial”


nos fatores de risco que dão nome às classes.

4. Percentual máximo do PL de um fundo de investimento investido em títulos de um mesmo


conglomerado financeiro, inclusive se do próprio administrador.

5. Percentual mínimo do PL de um fundo classificado como ”Referenciado” em posições atreladas direta


ou indiretamente ao índice de referencia.

6. Prazo máximo dos títulos que podem compor a carteira de um fundo de investimento classificado
como de “Curto Prazo”, segundo a CVM.

7. Percentual máximo do PL de um fundo de investimento investido em títulos de um mesmo


conglomerado não-financeiro, de capital aberto.

8. Percentual máximo do PL de um fundo de investimento investido em títulos emitidos por uma mesma
pessoa jurídica de capital fechado ou pessoa física.

9. Percentual mínimo do PL de um fundo classificado como ”Curto Prazo” em títulos públicos federais ou
privados de baixo risco de crédito.

Gabarito: (1) 67%; (2) 60 dias; (3) 80%; (4) 20%; (5) 95%; (6) 375 dias; (7) 10%; (8) 5%; (9) 100%

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Exercício 6

A seguir você vai encontrar diversas afirmativas a respeito das classes de Fundos de
Investimento. Indique se ela é Falsa ou Verdadeira.

Afirmativa F ou V

1. Na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito Privado” sempre que a concentração
da carteira em títulos de crédito de pessoa física ou pessoa jurídica de direito privado exceder a 50% do
patrimônio do fundo.

2. O ingresso no fundo de investimento de cuja denominação constar a expressão “Crédito Privado” será
condicionado à assinatura de termo de ciência dos riscos sendo proibida a utilização de sistema
eletrônico.

3. Qualquer fundo de investimento poderá manter em sua carteira, ativos financeiros negociados no
exterior, até o limite de:
• 100% para os fundos classificados como “Dívida Externa”,
• 20% para os classificados como “Multimercado”, e
• 10% nas demais classes.

4. Os limites de concentração por emissor e por modalidade de ativo não se aplicam aos fundos
destinados exclusivamente a investidores qualificados de qualquer valor inicial de aplicação.

5. Um FIC "Multimercado", destinado exclusivamente a investidor qualificado, e conforme limites


estabelecidos em seu regulamento, pode adquirir cotas de:
– Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes,
– Fundos de Investimento Imobiliário,
– Fundos de Investimento em Participações,
– Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FI e FIC).

6. O fundo classificado como Referenciado deve investir no mínimo 80% da carteira em títulos atrelados
direta ou indiretamente ao seu indicador de desempenho.

7. Além de respeitar os limites por emissor, o fundo de investimento distribuído no varejo observará o
limite de 20% do patrimônio para o conjunto dos seguintes ativos:
• cotas de FI e FIC regulados pela IN 409/450 da CVM.
• cotas de Fundos de Investimento Imobiliário.
• cotas de FI e FIC em Direitos Creditórios.
• cotas de fundos de índice negociados em Bolsa ou balcão organizado.
• certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI.

8. O limite de 20% para o conjunto de ativos citados acima dobra para 40% quando se tratar de Fundo
exclusivo para Investidor Qualificado.

Gabarito: (1) verdadeiro; (2) verdadeiro; (3) verdadeiro; (4) falso; (5) verdadeiro; (6) falso; (7) verdadeiro;
(8) verdadeiro.

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3.4 Outros Fundos: definições e principais características

3.4.1 FIDC - Fundo de Investimento em Direitos Creditórios

Podem ser constituídos sob a forma de fundos abertos ou fechados e devem ser distribuídos exclusivamente a
investidores qualificados. Os recursos obtidos através da distribuição das cotas deverão ser, necessariamente,
aplicados em direitos creditórios e/ou títulos representativos desses direitos, originários de operações realizadas nos
segmentos financeiro, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arrendamento mercantil e de prestação de serviço,
respeitados os seguintes critérios de concentração:

• Mínimo de 50% aplicado em direitos creditórios, podendo o restante ser aplicado em outros ativos;

• Direitos creditórios contra uma mesma pessoa física ou jurídica não podem exceder 10% do patrimônio do fundo.

É permitido ao Fundo de Recebíveis, emissão de cotas com classificação de risco distintas:

Cotas Seniores: são aquelas que possuem prioridade no recebimento em relação às cotas subordinadas quando da
amortização ou resgate (liquidação), e devem ter apenas uma única classe, ou seja, todas com as mesmas
características; e,

Cotas Subordinadas: são aquelas que subordinam-se às cotas seniores, podendo ser de diversas classes, com
características e prioridades distintas entre elas. São normalmente subscritas pelo cedente dos recebíveis da
carteira do fundo.

 Além de serem distribuídos exclusivamente a investidores qualificados, os FIDC


exigem um valor mínimo de aplicação de R$25.000.
 Mínimo de 50% do PL em direitos creditórios.
 A incidência do imposto de renda sobre os rendimentos dos FIDC é idêntica à
aplicável aos fundos de investimento em geral, que você conhecerá em detalhes na
apostila de Tributação.

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3.4.2 Fundo de Investimento Imobiliário - FII

Os Fundos Imobiliários, à semelhança dos fundos de ações, renda fixa, derivativos, etc., são regulados e fiscalizados
pela CVM, por se tratar de captação de recursos do público para investimento. A quota de um fundo imobiliário é valor
mobiliário, conforme estabelece o artigo 3º da Lei 8.668/93.
Os Fundos Imobiliários são formados por grupos de investidores, com o objetivo de aplicar recursos, solidariamente, no
desenvolvimento de empreendimentos imobiliários ou em imóveis prontos. Do patrimônio de um fundo podem participar
um ou mais imóveis, parte de imóveis, direitos a eles relativos, etc. O modelo de FII adotado no Brasil possui as
seguintes características :
- Pode ser constituído de bens e direitos imobiliários, que podem ser utilizados para integralização;
- É, obrigatoriamente, administrado por instituição financeira;
- Não tem personalidade jurídica própria. A instituição financeira que o administra "empresta" sua
personalidade jurídica ao fundo, tornando-se proprietária fiduciária dos bens integrantes do patrimônio, os
quais não se comunicam com o patrimônio da instituição;
- Pelo menos 75% do patrimônio do fundo deve estar aplicado em bens e direitos imobiliários. O saldo em
caixa deve ser aplicado em ativos de renda fixa;
- Para os casos de fundos destinados a construir imóveis, as integralizações podem ser parceladas em séries.
Os fundos podem, também, efetuar aumento de capital mediante a emissão de novas quotas;
- É um fundo fechado, ou seja, não permite resgate das quotas. O retorno do capital investido se dá através da
distribuição de resultados, da venda das quotas ou, quando for o caso, na dissolução do fundo com a venda
dos seus ativos e distribuição proporcional do patrimônio aos cotistas.

Rendimento
Existe disposição legal obrigando que o Administrador distribua a seus quotistas, no mínimo, 95% do lucro
eventualmente auferido pelo Fundo.

Resgate e Negociação de Cotas


Por ser constituído como condomínio fechado, não é admitido ao Fundo de Investimento Imobiliário o resgate de
quotas. No entanto, é admitida sua negociação em mercado.

As cotas podem ser transferidas tanto em transações privadas quanto no mercado secundário de valores mobiliários,
nos mercados de balcão ou bolsas de valores.

 O Fundo Imobiliário é Fundo fechado – não permite resgate de cotas.


 O investidor deve aguardar a data de vencimento do fundo, vender suas cotas no mercado
secundário ou transferí-las para outro investidor que tenha interesse em adquirí-las.
 Tem tributação diferenciada dos demais – aguarde informação na Apostila de Tributação

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3.4.3 Fundo de Índice - PIBB


1. O que é o Fundo?

O PIBB - Fundo de Índice Brasil 50 - Brasil Tracker é um fundo de investimento constituído sob a forma de condomínio
aberto, cujas cotas são negociáveis no mercado secundário, na Bovespa.
O objetivo do fundo é refletir, na medida do possível, as variações e rentabilidade do IBrX-50.

2. O que são PIBBs?


PIBBs são cotas de emissão do Fundo. Cada PIBB representa uma fração ideal da carteira do Fundo da qual fazem
parte todas as ações que compõem a carteira teórica do IBrX-50.
Desta forma, ao investir em PIBBs, o investidor estará também investindo, indiretamente, nas mesmas ações que
compõem a carteira teórica do IBrX 50, quase que na mesma proporção em que estas compõem a carteira teórica do
IBrX-50.

3. O que significa PIBB?


PIBB quer dizer Papéis Índice Brasil BOVESPA.

4. O que é um fundo de índice?


É um fundo regulamentado pela instrução nº. 359/02 da CVM, que busca replicar o desempenho de um determinado
índice de mercado. No caso do Fundo, este índice é o IBrX-50.

5. Como e onde Investir


As cotas do PIBB são colocadas no mercado mediante uma oferta pública que tem um período predeterminado para
adesão, através dos agentes vendedores participantes da oferta. O BNDES já fez duas ofertas para a compra de cotas
do PIBB, uma em 2004 e outra em 2005. No momento não é possível investir nos fundos com opção de venda.

Os PIBBs são admitidos para negociação na Bovespa do mesmo modo que qualquer outro valor mobiliário nela
negociado. Os PIBBs serão emitidos exclusivamente sob forma escritural e as negociações de PIBBs serão
compensadas e liquidadas através da CBLC. Não serão emitidos certificados de PIBBs.

6. A Garantia do BNDES
No lançamento do produto, o BNDES garantiu a recompra ao investidor, em condições pré-estabelecidas, não sendo
hoje mais possível contar com esta garantia.

 Oferta de 2004: o fundo aceitou aplicações de no mínimo R$300 para pessoa física ou jurídica não financeira e os
investidores tiveram a garantia de recompra limitada a R$ 25 mil.

 Oferta de 2005: o fundo aceitou aplicações de no mínimo R$300 para pessoa física ou jurídica não financeira e os
investidores tiveram a garantia de recompra limitada a R$ 50 mil.

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7. As Modalidades de PIBB
Há duas modalidades distintas de Fundos PIBB que foram constituídos para participar na oferta pública:

A – Fundos PIBB com opção de venda


 Valor mínimo de investimento sugerido de R$ 300,00. Os agentes vendedores poderão estabelecer limites
menores de investimento;
 Valor máximo de investimento – R$25.000,00 (oferta de 2004) e R$ 50.000,00 (oferta de 2005);
 Disponível somente para investidores pessoas físicas ou jurídicas não financeiras;
 O exercício da opção de venda caberá exclusivamente ao administrador do Fundo PIBB com opção de venda,
que o fará no melhor interesse de seus cotistas.

B – Fundos PIBB sem opção de venda.


 Valor mínimo de investimento sugerido de R$ 300,00. Os agentes vendedores poderão estabelecer limites
menores de investimento;
 Valor máximo de investimento – R$500.000,00.
 Disponível somente para investidores pessoas físicas ou jurídicas não financeiras.

8. O investidor pode investir em mais de um Fundo PIBB?


Os investidores de varejo - pessoas físicas ou jurídicas não financeiras - que optarem por participar da oferta por meio
da aplicação nos Fundos PIBB poderão aplicar em apenas um único Fundo PIBB sem opção de venda e/ou um único
Fundo PIBB com opção de venda. Neste caso, os dois investimentos deverão ser administrados pela mesma instituição
financeira.

9. O investidor pode resgatar as ações a qualquer hora?


Somente caso o cotista tenha PIBBs em lotes que sejam múltiplos inteiros de 200.000 PIBBs. Não sendo este o caso,
os cotistas somente poderão resgatar seu investimento através da venda de seus PIBBs no mercado secundário, ou
seja, diretamente no pregão da BOVESPA.

10. Pode haver Rateio na Oferta Pública?


O BNDES define o montante da oferta que será feita ao público. Se na oferta de varejo houver demanda maior do que o
ofertado, poderá ocorrer rateio proporcional entre os investidores. Nesse caso, as instituições envolvidas na oferta
devolverão aos investidores os valores que foram depositados em excesso no momento da reserva, deduzidos os
encargos e sem correção monetária.

11. Como é definido o valor da cota de aquisição?


O preço que será pago para compra de cotas do PIBB será definido após o encerramento do período de reserva,
levando-se em consideração a oferta dos investidores institucionais e o valor de mercado das ações que compõem o
fundo.

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Exercício 7
Indique se é Falsa ou Verdadeira a afirmativa sobre Outros Fundos.

Afirmativa F ou V

1. A carteira do FIDC terá no mínimo 50% do PL em direitos creditórios.

2. Além de serem distribuídos exclusivamente a investidores qualificados, os FIDC exigem um valor


mínimo de aplicação de R$50.000.

3. As Cotas Seniores de um FIDC são aquelas que possuem prioridade no recebimento em relação às
cotas subordinadas quando da amortização ou resgate.

4. O investidor de varejo pode aplicar em apenas um fundo PIBB com opção de venda, por ocasião da
oferta pública.

5. O Fundo de Investimento Imobiliário – FII é constituído como fundo fechado, consequentemente suas
cotas não são resgatáveis antes do vencimento.

6. A modalidade de Fundo PIBB com opção de venda, permite ao investidor o resgate a qualquer
momento, com garantia do capital investido.

7. O Fundo de Investimento Imobiliário – FII deve ter sua carteira composta por, no mínimo, 75% do
Patrimônio Líquido em bens e direitos imobiliários.

Gabarito: (1) Verdadeiro; (2) Falso; (3) Verdadeiro; (4) Verdadeiro; (5) Verdadeiro; (6) Falso; (7) Verdadeiro.

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4. Código de Auto-Regulação ANBID para Fundos de Investimentos


4.1 Princípios Gerais (Capítulo II, artigo 6)

Art. 6º – As Instituições Participantes devem observar as seguintes regras de auto-regulação:

1) desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos de investimento dos Fundos de Investimento, bem
como a promoção e divulgação de informações a eles relacionadas de forma transparente, visando sempre ao
fácil e correto entendimento por parte dos investidores;

2) cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado que toda pessoa
prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer
infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas sob sua gestão;

3) evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária mantida com os cotistas dos Fundos de Investimento;

4) evitar práticas que possam vir a prejudicar a indústria de Fundos de Investimento e seus participantes,
especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições específicas de cada uma das
Instituições Participantes, estabelecidas em contratos, regulamentos e na legislação vigente

Parágrafo Único – Entende-se por relação fiduciária a relação de confiança e lealdade que se estabelece
entre os cotistas dos Fundos de Investimento e as Instituições Participantes, no momento em que às
mesmas é confiada a administração e/ou a gestão das carteiras dos Fundos de Investimento.

4.2 Prospecto e Selo ANBID(Capítulo III, artigos 7 ao 9)

Art. 7º – As Instituições Participantes devem tomar providências para que sejam disponibilizados aos
investidores, quando de seu ingresso nos Fundos de Investimento, prospectos atualizados e compatíveis
com o regulamento dos Fundos de Investimento (os “Prospectos”).
Parágrafo Único – O Prospecto será facultativo para os fundos de investidores qualificados.

Art. 8º – Os Prospectos dos Fundos de Investimento devem conter as principais características destes
últimos, dentre as quais todas as informações relevantes para dar conhecimento ao investidor de suas
políticas de investimento e dos riscos envolvidos, bem como dos direitos e responsabilidades dos cotistas,
devendo conter, no mínimo, os elementos obrigatórios, conforme descrito a seguir:

I – Indicar obrigatoriamente as seguintes informações:


a) denominação do Fundo de Investimento;
b) classificação ANBID do Fundo de Investimento;
c) base legal;
d) prestadores de serviços: (i) administrador; (ii) gestor; (iii) custodiante; (iv) distribuidor;
(v) responsável pelos serviços de registro escritural de cotas; e (vi) auditor; e
e) política de divulgação de informações.

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II – Objetivo de investimento – descrever, obrigatoriamente, os objetivos de investimento do Fundo de


Investimento, mencionando, quando for o caso, metas e parâmetros de performance;

III – Política de investimento – descrever, obrigatoriamente, como o Fundo de Investimento pretende atingir o seu
objetivo de investimento, identificando as principais estratégias técnicas ou práticas de investimento a serem
utilizadas, os tipos de títulos e valores mobiliários nos quais o Fundo de Investimento pode investir (incluindo
derivativos e suas finalidades), políticas de seleção e alocação de ativos, e, quando for o caso, políticas de
concentração. Também deverão ser definidas as faixas de alocação de ativos e os limites de concentração e
alavancagem, quando for o caso;

IV – Fatores de risco – indicar, obrigatoriamente, todo e qualquer fato relativo ao Fundo de Investimento que possa,
de alguma forma, afetar a decisão do potencial investidor no que diz respeito à aquisição das cotas do Fundo de
Investimento. Dentre os fatores de risco devem constar ainda as seguintes informações:
a) risco de mercado – descrever os principais fatores de risco que possam afetar preço ou retorno dos ativos
integrantes da carteira do Fundo de Investimento, bem como as principais condicionantes desses fatores
de risco;
b) risco de crédito – especificar os possíveis riscos do emissor e da contraparte das operações realizadas
pelo Fundo de Investimento;
c) risco de liquidez – descrever as condições de liquidez dos mercados e seus efeitos sobre os ativos
componentes da carteira do Fundo de Investimento e as condições de solvência do Fundo de
Investimento;
d) risco proveniente do uso de derivativos – descrever os riscos associados ao uso de derivativos e, quando
for o caso, a possibilidade de verificação de patrimônio líquido negativo para o Fundo de Investimento.
Nessa hipótese, deverá ser utilizado o aviso correspondente na capa do Prospecto;
e) riscos específicos – descrever, quando houver, outros riscos que possam afetar a performance do Fundo
de Investimento.

V – Gerenciamento de riscos – recomenda-se que seja incluída a descrição do sistema de gerenciamento de risco
utilizado para o Fundo de Investimento;

VI – Público alvo – descrever a quem o Fundo de Investimento pode interessar: descrever, obrigatoriamente, as
necessidades do investidor que o Fundo de Investimento visa a atender;

VII – Regras de movimentação – indicar, obrigatoriamente, carências e procedimentos de aplicação e resgate, bem
como indicar onde o cotista poderá obter as informações referentes a valores de movimentação;

VIII – Política de distribuição de resultados, se aplicável – informar, obrigatoriamente, prazos e condições de


pagamento;

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IX – Taxas – informar, obrigatoriamente, os valores da taxa de administração e a taxa de performance, quando for o
caso, e de ingresso e saída, se houver, ou outra taxa que venha a ser cobrada pela indústria de Fundos de
Investimento, especificando a forma de apropriação e pagamento;

X – Breve histórico do administrador e do gestor – recomenda-se a inclusão de breve histórico do administrador e


do gestor;

XI – Regras de tributação do Fundo de Investimento – devem ser, obrigatoriamente, incluídas as regras de


tributação do Fundo de Investimento na data do Prospecto; e

XII – Atendimento ao cotista – especificar, obrigatoriamente, onde o investidor poderá obter o regulamento, o
histórico de performance, eventuais informações adicionais ou fazer reclamações e sugestões.

Art. 9º – Na capa dos Prospectos dos Fundos de Investimento administrados pelas Instituições Participantes, que
sejam elaborados em conformidade com todos os requisitos estabelecidos nesse Código de Auto-Regulação,
devem ser impressos o Selo ANBID e a data do Prospecto.

§1º – Deve ser impresso com destaque na capa, na contracapa ou na primeira página do Prospecto, aviso com o
seguinte teor:
ESTE PROSPECTO FOI PREPARADO COM AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO ATENDIMENTO DAS
DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO DE AUTO-REGULAÇÃO DA ANBID PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO,
BEM COMO DAS NORMAS EMANADAS DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. A AUTORIZAÇÃO
PARA FUNCIONAMENTO E/OU VENDA DAS COTAS DESTE FUNDO DE INVESTIMENTO NÃO IMPLICA, POR
PARTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS OU DA ANBID, GARANTIA DE VERACIDADE DAS
INFORMAÇÕES PRESTADAS, OU JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DO FUNDO, DE SEU
ADMINISTRADOR OU DAS DEMAIS INSTITUIÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS.

§2º – Quando for o caso, e de acordo com o nível de exposição a risco de cada Fundo de Investimento, devem ser
ainda impressos, obrigatoriamente, com destaque, na capa, na contracapa ou na primeira página do Prospecto,
um dos seguintes avisos ou avisos semelhantes que expressem o mesmo teor:

ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE
DE SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM
RESULTAR EM PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS OU ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO
UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DE SUA POLÍTICA DE
INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM
SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS OU

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ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO UTILIZA ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE
DA SUA POLÍTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATÉGIAS, DA FORMA COMO SÃO ADOTADAS, PODEM
RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS, PODENDO INCLUSIVE
ACARRETAR PERDAS SUPERIORES AO CAPITAL APLICADO E A CONSEQÜENTE OBRIGAÇÃO DO
COTISTA DE APORTAR RECURSOS ADICIONAIS.

§3º – Devem ser ainda impressos com destaque na capa, na contracapa ou na primeira página do Prospecto, os
seguintes avisos ou avisos semelhantes com o mesmo teor:

O INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO APRESENTA RISCOS


PARA O INVESTIDOR. AINDA QUE O GESTOR DA CARTEIRA MANTENHA SISTEMA DE GERENCIAMENTO
DE RISCOS, NÃO HÁ GARANTIA DE COMPLETA ELIMINAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE PERDAS PARA O
FUNDO DE INVESTIMENTO E PARA O INVESTIDOR O FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE
PROSPECTO NÃO CONTA COM GARANTIA DO

ADMINISTRADOR DO FUNDO, DO GESTOR DA CARTEIRA, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU,


AINDA, DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS – FGC. A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NÃO
REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA.

AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESSE PROSPECTO ESTÃO EM CONSONÂNCIA COM O REGULAMENTO DO


FUNDO DE INVESTIMENTO, MAS NÃO O SUBSTITUEM. É RECOMENDADA A LEITURA CUIDADOSA TANTO
DESTE PROSPECTO QUANTO DO REGULAMENTO, COM ESPECIAL ATENÇÃO PARA AS CLÁUSULAS
RELATIVAS AO OBJETIVO E À POLÍTICA DE INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO, BEM COMO ÀS
DISPOSIÇÕES DO PROSPECTO QUE TRATAM DOS FATORES DE RISCO A QUE O FUNDO ESTÁ EXPOSTO.

4.3 Diretrizes para Publicidade e Divulgação de Material Técnico de Fundos (Cap. IV)

4.3.1 Divulgação de rentabilidade de fundos de investimento- devem ser obedecidas as seguintes regras:

A - Rentabilidade bruta
Informar que a rentabilidade divulgada não é líquida de impostos, ou seja, a rentabilidade divulgada é bruta.

B - Prazos mínimos para divulgação de rentabilidade


b.1) ser sempre utilizado período mínimo de 1 (um) mês calendário, sendo vedada a divulgação de
rentabilidades apuradas em períodos inferiores a esse prazo.

b.2) intervalo de tempo que, no mínimo, demonstre a rentabilidade:


 do mês anterior à composição da peça;
 desde o início do ano corrente, ou do início do Fundo, até o último dia útil do mês anterior à composição da
peça; e
 últimos 12 meses.

C - Forma de cálculo da rentabilidade mensal


Os cálculos apresentados nas peças de comunicação devem sempre ser feitos com base em ano padrão de 252
(duzentos e cinqüenta e dois) dias úteis.

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4.3.2 Comparação de rentabilidades – formas de abordagem e consistências

4.3.2.1. Uso de Benchmarks e Indicadores Econômicos

A rentabilidade de um Fundo deve ser comparada com um parâmetro, se este for explicitamente estabelecido em
regulamento ou prospecto, constante da política de investimento e/ou dos objetivos do próprio Fundo (exemplo: DI
no caso de Fundo referenciado DI) ou, caso este não exista, com o parâmetro determinado para apuração da taxa
de performance do próprio Fundo.

O Fundo de Investimento, possuindo ou não parâmetro próprio para política, objetivo ou performance determinado
em seus regulamentos ou prospectos, pode apresentar comparativo de sua rentabilidade com indicadores
econômicos de mercado, desde que deixe claro que tal indicador é mera referência econômica, e não parâmetro
objetivo do Fundo.

Caso seja iniciada tal comparação, deve ser feita de maneira consistente e continuada, sendo utilizada nas
divulgações comparativas subseqüentes, de forma a não se utilizar, a cada período, o indicador que melhor
beneficie a performance apresentada pelo Fundo.

4.4 Marcação a Mercado (Capítulo V)

Artigo 12 – As Instituições Participantes devem utilizar a Marcação a Mercado (“MaM”) no registro dos ativos
de todos os Fundos de Investimento que administrem.

§1º – A MaM consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de cotas dos Fundos
de Investimento, pelos preços negociados no mercado em casos de ativos líquidos ou, quando este preço não
é observável, por uma estimativa adequada de preço que o ativo teria em uma eventual negociação feita no
mercado.

§2º – A MaM tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos Fundos de
Investimentos, além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que as
oscilações de mercado dos preços dos ativos, ou dos fatores determinantes destes, estarão refletidas nas
cotas, melhorando assim a comparabilidade entre suas performances.

Artigo 13 – Caberá ao Conselho de Auto-Regulação expedir normas e manuais que deverão ser observados
pelas Instituições Participantes no que se refere à MaM.

Parágrafo Único – Caso haja indícios de descumprimento de regras de MaM expedidas pela ANBID, por parte
de Instituições Participantes, a Área Técnica da ANBID pode solicitar esclarecimentos por escrito à Instituição
Participante em questão, elaborando, caso considere que os esclarecimentos não foram suficientes, relatório
a ser apreciado pela Comissão de Acompanhamento.

O manual simplificado do administrador com os critérios que serão adotados para marcar a
mercado os ativos das carteiras dos Fundos deve ser divulgado ao público em geral.
Normalmente está disponível no site das instituições financeiras.

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4.5 Distribuição de Fundos de Investimento - Capítulo XI (Código antigo Capítulo VI)

Art. 32. Caracteriza-se como distribuição de Fundos de Investimento, para os efeitos desse Código, a oferta de cotas
de Fundo de Investimento a investidor ou potencial investidor, de forma individual ou coletiva, resultando ou não em
captação de recursos para o Fundo de Investimento.
§1º A publicidade e o envio de informações sobre o Fundo de Investimento, de forma esporádica ou continuada, deve
incluir informações de como o investidor, ou potencial investidor pode contatar o(s) distribuidor(es) autorizado(s).
§2º Apresentações técnicas, sem o objetivo de ofertar cotas de Fundo de Investimento, não configuram atos de
distribuição.
§3º A distribuição de cotas de Fundos de Investimento deve ser exercida por distribuidor habilitado e autorizado pela
CVM para o exercício de tal atividade.
§4º É responsabilidade do distribuidor, em relação a seus clientes:
I. a prestação adequada de informações sobre o Fundo de Investimento, esclarecendo suas dúvidas e
recebendo reclamações;
II. o fornecimento de Prospectos, Regulamentos, termo de adesão e demais documentos obrigatórios;
III. o controle e manutenção de registros internos referentes à compatibilidade entre as movimentações dos
recursos dos clientes e sua capacidade financeira e atividades econômicas, nos termos das normas de
proteção e combate à lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores; e
IV. o atendimento aos requisitos da regulação e da auto-regulação em relação à adequação dos investimentos
recomendados (suitablility).

Art. 33. As Instituições Participantes que atuam na distribuição de cotas de Fundos de Investimento via agências, no
varejo, devem atender a padrões mínimos de informações aos investidores, de acordo com o canal utilizado, na forma
do disposto neste artigo.
§1º Os sítios na rede mundial de computadores disponibilizados pelas Instituições Participantes devem ter seção
exclusiva sobre Fundos de Investimento, com o seguinte conteúdo mínimo sobre cada Fundo de Investimento:
I. descrição e objetivos de investimento;
II. público alvo;
III. Política de Investimento;
IV. escala de perfil de risco segundo metodologia própria;
V. condições de aplicação, amortização (se for o caso) e resgate (cotização);
VI. limites mínimos e máximos de investimento e valores mínimos para movimentação e permanência no
Fundo de Investimento;
VII. taxa de administração, de performance e demais taxas;
VIII. tributação aplicável;
IX. rentabilidade, observado o art. 16 das “Diretrizes de Publicidade e Divulgação de Material Técnico”;
X. avisos com o seguinte teor:

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FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTAM COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR DO FUNDO, DO


GESTOR DA CARTEIRA, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO, OU, AINDA, DO FUNDO
GARANTIDOR DE CRÉDITO – FGC;
A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA;
e
É RECOMENDÁVEL A LEITURA CUIDADOSA DO PROSPECTO E REGULAMENTO DO FUNDO DE
INVESTIMENTO PELO INVESTIDOR AO APLICAR SEUS RECURSOS;
XI. referência ao local de acesso ao Prospecto, Regulamento, lâminas descritivas e com explicitação do
telefone da central de atendimento aos investidores; e
XII. link para o portal de educação financeira da ANBID “Como Investir” (www.comoinvestir.com.br).

§2º Na rede de agências, deve-se manter à disposição:


I. dos interessados, material impresso, ou passível de impressão, atualizado, com o mesmo conteúdo mínimo
obrigatório descrito para a seção exclusiva de Fundos de Investimento no sítio na rede mundial de computadores; e
II. dos gerentes, ambiente com seção exclusiva, seja na rede mundial de computadores, na rede interna, ou ainda em
outra forma de comunicação interna adotada pelas Instituições Participantes, que permita o acesso à seção com o
conteúdo descrito no parágrafo 1º.

§3º Adicionalmente, é obrigatório afixar nas agências, em local visível e de fácil acesso ao público, tabela contendo:
I. categoria ANBID dos Fundos de Investimento distribuídos na agência;
II. telefone da central de atendimento aos investidores; e
III. ao final da tabela, valendo para todas as categorias de Fundos de Investimento ali contidas:
a) Selo ANBID;
b) avisos contidos no inciso X, do parágrafo 1º;
c) a inclusão facultativa, na tabela referida neste parágrafo, de outros produtos de investimentos distribuídos; e
d) avisos com o seguinte teor:
TODAS AS INFORMAÇÕES SOBRE OS PRODUTOS, BEM COMO REGULAMENTO E PROSPECTO, AQUI
LISTADOS PODEM SER OBTIDAS COM SEU GERENTE OU EM NOSSO SITE NA INTERNET.
.
Art. 34. As Instituições Participantes que distribuem cotas de Fundos de Investimento via agências, no varejo, devem
dispor de central de atendimento aos investidores, e central de atendimento aos gerentes, devendo os profissionais
destas centrais possuir a Certificação Profissional ANBID Série 20 (CPA-20), nos termos do Código de Auto-Regulação
da ANBID para o Programa de Certificação Continuada.

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Art. 35. Nos contratos de distribuição em que figurarem Instituições Participantes, deverá obrigatoriamente constar
disposição estabelecendo que o distribuidor deve dar conhecimento ao investidor, na forma que julgar pertinente,
desde que acessível ao cotista, dos seguintes teores, conforme o caso:
I. que o distribuidor pode receber remuneração de distribuição dos administradores dos Fundos de Investimento em
que seus clientes aplicarem recursos, seja na forma de investimento direto, seja por meio de conta e ordem; ou
II. que o administrador de Fundo de Investimento em cotas, objeto da aplicação do cliente, pode receber remuneração
de distribuição relativa ao investimento que o Fundo de Investimento em cotas faz em Fundos de Investimento
administrados por terceiros; e
III. que, em ambos os casos, esta remuneração pode ser diferenciada em função dos diversos Fundos de Investimento
recebendo aplicações.

Art. 36. É vedada a utilização de qualquer instituto jurídico ou estrutura de produto, cuja implicação econômica, de
forma direta ou indireta, resulte em desconto, abatimento ou redução artificial de taxa de administração, performance
e/ou qualquer outra taxa que venha a ser cobrada pela indústria de Fundos de Investimento.

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Exercício 8

Indique se é Falsa ou Verdadeira a afirmativa sobre Código de Auto-Regulação ANBID para Fundos de
Investimento

Afirmativa F ou V

1. As Instituições Participantes devem tomar providências para que sejam disponibilizados aos
investidores, quando de seu ingresso nos Fundos de Investimento, prospectos atualizados e compatíveis
com o regulamento dos Fundos de Investimento.

2. O prospecto do fundo de investimento pode descrever, a critério do administrador, os objetivos de


investimento do Fundo de Investimento, mencionando, quando for o caso, metas e parâmetros de
performance.

3. Na capa dos Prospectos dos Fundos de Investimento administrados pelas Instituições Participantes, que
sejam elaborados em conformidade com todos os requisitos estabelecidos no Código de Auto-Regulação,
devem ser impressos o Selo ANBID e a data do Prospecto.

4. A divulgação de rentabilidade de fundos de investimento deve informar que a rentabilidade divulgada não
é líquida de impostos, ou seja, a rentabilidade divulgada é bruta.

5. Os cálculos de rentabilidade apresentados nas peças de comunicação devem sempre ser feitos com base
em ano civil de 360 dias corridos.

6. A Marcação a Mercado, procedimento obrigatório a ser adotado pelos administradores de fundos, tem
como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos Fundos de Investimentos,
além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas posições dos fundos.

7. A versão completa do manual do administrador relativo aos critérios que serão adotados para marcar a
mercado os ativos das carteiras dos Fundos deve ser divulgado ao público em geral.

8. É responsabilidade do distribuidor, em relação a seus clientes:


I. a prestação adequada de informações sobre o Fundo de Investimento, esclarecendo suas dúvidas e
recebendo reclamações;
II. o fornecimento de Prospectos, Regulamentos, termo de adesão e demais documentos obrigatórios;
III. o controle e manutenção de registros internos referentes à compatibilidade entre as movimentações dos
recursos dos clientes e sua capacidade financeira e atividades econômicas, nos termos das normas de
proteção e combate à lavagem de dinheiro.

9. As Instituições Participantes que distribuem cotas de Fundos de Investimento via agências, no varejo,
devem dispor de central de atendimento aos investidores, e central de atendimento aos gerentes, devendo
os profissionais destas centrais possuir a Certificação Profissional ANBID Série 20 (CPA-20), nos termos do
Código de Auto-Regulação da ANBID para o Programa de Certificação Continuada.

10. A distribuição de cotas de Fundos de Investimento deve ser exercida por distribuidor habilitado e
autorizado pela CVM para o exercício de tal atividade.

Gabarito: (1)verdadeiro; (2) falso; (3) verdadeiro; (4) verdadeiro; (5) falso; (6) verdadeiro; (7) falso; (8) verdadeiro; (9) verdadeiro; (10)
verdadeiro.

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5. Taxas, Tipos e Formas de Cobrança

5.1. Taxa de Administração

O regulamento deve dispor sobre a taxa de administração, que remunerará os seguintes serviços:
 a gestão da carteira do fundo;
 a consultoria de investimentos;
 as atividades de tesouraria, de controle e processamento dos títulos e valores mobiliários;
 a distribuição de cotas;
 a escrituração da emissão e resgate de cotas.
É uma taxa fixa, expressa em % ao ano, por exemplo, 3% ao ano.
 Ela incide sobre o patrimônio do fundo.
 É provisionada diariamente. O valor da cota divulgado diariamente já é líquido, ou seja, já deduziu a taxa de
administração.
 É cobrada independentemente do desempenho do fundo, positivo ou negativo.

No caso dos fundos que compram cotas de outros fundos (FIC), a taxa de administração, compreende a taxa de
administração dos fundos em que investirem. Exemplo: O FI cobra 0,5% ao ano e o FIC 3,0% ao ano.
A taxa de administração que constará do regulamento do FIC será de 3,5% ao ano (0,5%+ 3,0%).

Atenção!
A taxa de administração e outras despesas autorizadas são deduzidas do
patrimônio, portanto, afetam o valor da cota.

5.2. Taxa de Performance

O regulamento do fundo pode determinar que, além da taxa de administração, o fundo cobre uma taxa de
performance. Para isso, é preciso definir três coisas:
a) qual será o parâmetro ou índice para efeito de comparação;
b) qual será o percentual que incidirá sobre a diferença positiva entre o desempenho do fundo e a variação do índice,
e;
c) ciclo de cobrança dessa taxa.

Vamos supor que um Fundo de Renda Fixa adote taxa de performance de 20% sobre o que exceder a variação do
CDI, observado um ciclo semestral de desempenho. Acompanhe no quadro abaixo quando ela pode ser cobrada.

Hipótese do CDI no período = 8,80%


Hipótese de Fundo excedeu a variação Taxa de Performance
rentabilidade do fundo do CDI? Em quanto?
6,70% Não zero
9,80% Sim. 1 ponto percentual 20% sobre 1%. = 0,20%

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A taxa de performance pode ser cobrada de acordo com regras muito específicas da CVM. Perceba que alguns fundos
não podem cobrar essa taxa e os fundos que podem devem observar uma série de condições. Acompanhe.

Classe de Fundo Taxa de Performance

Curto Prazo Não é permitida a cobrança nessas classes de fundos,


exceto que para fundo destinado a Investidor Qualificado.
Referenciado Nos Fundos de Renda Fixa é admitida quando classificados como
Renda Fixa fundos de “longo prazo”.

Cambial Pode ser cobrada, nos fundos indicados, de acordo com as seguintes condições:
I – O parâmetro de referência deve ser compatível com a política de investimento do fundo;
II – O percentual mínimo de 100% do parâmetro de referência;
Multimercado
III – O período para efeito de cobrança é de, no mínimo, semestral;
IV – A cobrança se aplica após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de
Ações administração;
V - A taxa de performance não pode ser cobrada quando o valor da cota do fundo for inferior
ao seu valor por ocasião da última cobrança efetuada.
Dívida Externa

Podemos considerar a linha d'água como sendo a última rentabilidade atingida. A cada
Conceito de
ciclo de cobrança ela deve ser superada para que seja cobrada nova taxa de sucesso. Se
Linha d’água
o gestor superar o recorde anterior, cobra sobre o que excedeu a última marca. Se
superar o benchmark mas não superar seu recorde anterior, não cobra taxa de
performance.

Atenção!
Aos fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados não se aplicam o
conjunto de regras acima. Eles podem cobrar taxa de performance de acordo com o que
dispuser o seu regulamento.

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5.3 Taxa de Ingresso e Taxa de Saída

Taxa de Ingresso - Taxa cobrada pelas instituições financeiras e/ou seguradoras para a entrada do investidor em
alguns tipos de investimentos. Alguns bancos cobram taxas de ingresso em seus fundos de investimento - caso o
investidor queira comprar cotas desse fundo, ele pagará um percentual para poder adquirir as cotas desejadas. Esta
taxa é, normalmente, expressa em termos percentuais. No Brasil, no momento, raramente se observa a cobrança
dessa taxa.

Taxa de Saída: taxa cobrada pelas instituições financeiras e/ou seguradoras por ocasião do pedido de resgate de
cotas. É, normalmente, expressa em termos percentuais.

São taxas cuja cobrança é admitida e podem ser cobradas ou não, de acordo com a política do administrador. A
maioria dos Fundos de Investimento não aplica essa cobrança. Entretanto ela é praticada nos fundos que
estabelecem prazo longo para conversão de cota no resgate. Caso o cotista não quiser (ou puder) aguardar esse
período, pagará uma espécie de “multa”.

Além das taxas de administração e performance, despesas que o cotista paga ao


administrador do fundo pela prestação de serviço, o fundo ainda tem outros encargos.
Vamos conhecê-las.

5.4 Outras despesas ou encargos do fundo


Além da taxa de administração e da taxa de performance, dentre outras, as seguintes despesas podem ser debitadas
pela instituição administradora:

 Despesas com o registro de documentos em cartório, impressão, expedição e publicação de relatórios;

 Despesas com correspondência de interesse do fundo, inclusive comunicações aos cotistas;

 Honorários e despesas do auditor independente;

 Emolumentos e comissões pagas por operações do fundo;

 Despesas com custódia e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários.

5.5 Regra de alteração

As taxas de administração e performance não podem ser aumentadas sem prévia


aprovação da Assembléia Geral de Cotistas.

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Exercício 9
Identifique nas afirmativas listadas abaixo aquelas que se referem às regras da CVM – Comissão de
Valores Mobiliários sobre a cobrança de Taxa de Performance (de 1 a 8) e outras despesas em Fundos
de Investimento, indicando se é FALSA ou VERDADEIRA.

REGRA F ou V

1. O parâmetro de referência deve ser compatível com a política de investimento do fundo.

2. O percentual do parâmetro de referência não pode ser inferior a 90% do parâmetro.

3. O período para efeito de cobrança é de, no mínimo, trimestral.

4. A cobrança se aplica após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de administração.

5. A taxa de performance não pode ser cobrada quando o valor da cota do fundo for inferior ao seu valor
por ocasião da última cobrança efetuada.

6. Qualquer fundo de investimento pode cobrar taxa de performance desde que previsto no
regulamento.

7. Não é admitida a cobrança de taxa de performance nos fundos pertencentes às classes: curto prazo e
referenciado.

8. A taxa de performance é provisionada diariamente no valor da cota.

9. Além da taxa de administração e da taxa de performance, outras despesas podem ser debitadas pela
instituição administradora, dentre elas:
 Despesas com correspondência de interesse do fundo, inclusive comunicações aos cotistas;
 Honorários e despesas do auditor independente;
 Emolumentos e comissões pagas por operações do fundo;
 Despesas com custódia e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários.

10. O administrador do fundo pode alterar as taxas de administração e performance desde que
encaminhe aviso aos cotistas.

Gabarito: (1) verdadeiro; (2) falso; (3) falso; (4) verdadeiro; (5) verdadeiro; (6) falso; (7) verdadeiro; (8) verdadeiro; (9)
verdadeiro; (10) falso

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Exercício 10

Monte seu Fundo - Você é gerente de produto da área de Investimentos e precisa definir, com
base nos atributos desejados, defina as características do novo Fundo de Investimento.

Atributos Característica

1. O fundo deve permitir que o cliente faça aplicações e resgates a qualquer momento, Aberto, fechado, com ou sem
fazendo jus aos rendimentos do período que permaneceu no fundo. carência?

2. O fundo deve investir em cotas de fundos de investimentos. FI ou FIC?

3. O fundo terá uma carteira diversificada com participação nos mercados de juros, Renda Fixa ou
câmbio, ações e derivativos em geral. Sua classificação, de acordo com a CVM será Multimercado?
....

4. O fundo terá o objetivo de tentar superar determinado benchmark permitindo que o Gestão ativa ou passiva?
gestor assuma riscos nos mercados autorizados de acordo com suas expectativas.

5. O administrador e os demais prestadores de serviço serão remunerados por uma Taxa de administração ou
taxa aplicável sobre o patrimônio líquido e provisionada diariamente no valor da cota taxa de performance?
do fundo.

6. O fundo cobrará também uma taxa sempre que o desempenho do fundo ultrapassar Taxa de administração ou
seu benchmark. taxa de performance?

7. Seu benchmark será ... Taxa Selic ou Ibovespa?

8. Para cobrar uma alíquota de imposto de renda menor, o prazo médio mínimo da Fundo de longo prazo ou
carteira será de 366 dias. curto prazo?

9. O fundo fará a conversão em cotas no mesmo dia da aplicação e do resgate. Cota de fechamento ou cota
Entretanto, o cliente só terá conhecimento do valor da cota utilizada no dia seguinte de abertura?
pois o fundo adotará critério de conversão de cota de ...

10. O fundo será distribuído em agencias bancárias para investidores comuns. Regulamento, Prospecto ou
Portanto, será exigido que o cliente formalize sua adesão mediante o recebimento Termo de Adesão?
de...

Gabarito: (1) aberto, sem carência; (2) FIC; (3) multimercado; (4) gestão ativa; (5) taxa de administração; (6) taxa de
performance; (7) Selic; (8) longo prazo; (9) cota de fechamento; (10) do conjunto dos 3 documentos.

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Além dos Fundos de Investimento, bem populares e procurados por milhares de


investidores, as instituições financeiras também oferecem a prestação de serviço da
Carteira Administrada.

6. Carteira Administrada

A administração de carteira de valores mobiliários consiste na gestão profissional de recursos ou valores


mobiliários, sujeitos à fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários, entregues ao administrador, com
autorização para que este compre ou venda títulos e valores mobiliários por conta do investidor.
A administração profissional de carteira de valores mobiliários só pode ser exercida por pessoa natural ou
jurídica autorizada pela CVM.

É uma prestação de serviço exclusiva que uma instituição financeira presta a um cliente em particular. Assim,
não existe um regulamento mas apenas um contrato específico que determinará as condições acordadas entre
as partes envolvidas.
A composição da carteira observará as determinações específicas do cliente em relação à seleção de ativos
previamente autorizada. Eventuais restrições serão particularmente respeitadas. A gestão da carteira poderá ser
discricionária ou não discricionária.
 Discricionária: gestão livre de condições, não limitada. É, normalmente, a mais adotada.
 Não discricionária: o investidor participa do processo de gestão.

O contrato firmado com o cliente, prévia e obrigatoriamente por escrito, deve conter as características básicas
dos serviços a serem prestados, dentre as quais se incluem:

a) A política de investimentos a ser adotada, que deve estar de acordo com o perfil do investidor, a sua situação
financeira e com os seus objetivos;

b) A remuneração cobrada pelos serviços;

c) As informações sobre outras atividades que o próprio administrador exerça no mercado e os potenciais
conflitos de interesse existentes entre tais atividades e a administração da carteira de valores mobiliários;

d) Os riscos inerentes aos diversos tipos de operações com valores mobiliários nos
mercados de bolsa, de balcão, nos mercados de liquidação futura e nas operações de empréstimo de ações,
que pretenda realizar com os recursos do investidor, explicitando que, a aplicação em derivativos pode resultar
em perdas superiores ao investimento realizado;

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e) A autorização, se for o caso, para que o administrador assuma a contraparte das

operações, sendo que, no caso de cliente pessoa jurídica, deve ser indicado, por escrito, ao administrador, o nome
da pessoa natural com poderes para tal autorização;

f) O conteúdo e periodicidade das informações a serem prestadas pelo administrador ao cliente.

Na administração de carteira de valores mobiliários deve ser assegurada a completa


segregação das demais atividades exercidas pela pessoa jurídica, devendo ser adotados procedimentos
operacionais claros e transparentes.

Tributação

A incidência do imposto de renda e outros tributos se dá a cada fato gerador. Vantagem em relação aos Fundos de
Investimento que recolhem imposto de renda semestralmente.

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7. Avalie Seu Conhecimento


1. “As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, não serão resgatáveis e
terão a forma escritural.” A afirmação, extraída de um prospecto, refere-se a um fundo:
(A) Aberto.
(B) Fechado.
(C) Com carência.
(D) Sem carência.

2. O conceito de “chinese wall” diz respeito à (ao)


(A) administração de fundos de investimento.
(B) fato de o fundo de investimento não poder comprar CDB emitido pelo administrador.
(C) administração de recursos próprios pela tesouraria da instituição financeira.
(D) segregação de função da administração de recursos próprios e recursos de terceiros.

3. O_______ cria o fundo de investimento e o ______ deve implementar a política de investimento


definida no ______.
(A) gestor; administrador; termo de adesão
(B) administrador; gestor; regulamento
(C) distribuidor; administrador; prospecto
(D) administrador; custodiante; regulamento

4. O termo de ciência de risco de crédito deve ser assinado pelos investidores que compram cotas de
fundos que investem em
(A) Títulos emitidos por agentes do setor privado com vencimento acima de 2 anos.
(B) Ações e podem apresentar rentabilidade negativa em alguns períodos.
(C) Títulos emitidos por agentes do setor privado em quantidade superior a 50% do patrimônio.
(D) Derivativos, assumindo posições de risco em volume superior ao patrimônio do fundo.

5. De acordo com as diretrizes do Código de Auto-regulação ANBID para publicidade e divulgação de


desempenho dos fundos de investimento, os administradores
I. devem informar que a rentabilidade divulgada não é líquida de impostos, ou seja, a rentabilidade
divulgada é bruta.
II. devem utilizar período mínimo de 1 mês calendário, sendo vedada a divulgação de rentabilidades
apuradas em períodos inferiores a esse prazo.
III. podem apresentar comparativo de sua rentabilidade com indicadores econômicos de mercado,
deixando claro que tal indicador é mera referência econômica, e não parâmetro objetivo do Fundo.
IV. podem divulgar qualificação, premiação, título ou análise que utilize dados de menos de 12 meses.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II apenas.
(B) III e IV apenas.
(C) I e IV apenas.
(D) I, II e III apenas

Gabarito: 1 B; 2 D; 3 B; 4 C; 5 D.

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8. Resumo
Neste módulo você aprendeu que:

 Fundo de Investimento é um condomínio que permite ao investidor acesso coletivo aos diversos mercados. É
administrado por uma instituição financeira que oferece ao cliente essa prestação de serviço. Além do acesso ao
mercado, a maioria dos fundos disponíveis no mercado oferece liquidez diária e o benefício de uma carteira diversificada
de títulos e valores mobiliários.

 Os prestadores de serviço são, dentre outros: o administrador, o gestor, o distribuidor, o custodiante e auditor externo.
A atividade de gestão de recursos de terceiros deve ser segregada da atividade de gestão de recursos próprios
assegurando o cumprimento ao conceito de “chinese wall”.

 Os documentos que formalizam a contratação do serviço e a adesão do cliente ao fundo de investimento são: o
regulamento, o prospecto e o termo de adesão. Todas as informações relevantes que o investidor deve conhecer antes
de aderir ao fundo estão disponíveis nesses documentos.

 Eventuais alterações no regulamento devem ser necessariamente aprovadas pelos cotistas reunidos em Assembléia
Geral de Cotistas.

 Cada fundo determina as condições de aplicações e resgates informando, no regulamento e no prospecto, qual será o
prazo para conversão de cotas e o prazo para pagamento do resgate.

 O atributo de “liquidez” pode ser definido pela forma de constituição do fundo que poderá ser aberto ou fechado, com
ou sem carência para efeito de direito ao rendimento do período.

 O fundo pode ser estruturado como sendo um Fundo de Investimento – FI, que investe em títulos e valores mobiliários
ou, como sendo um Fundo de Investimento em cotas de fundo de investimento – FIC, situação na qual a carteira será
representada por, no mínimo, 95% de cotas de fundos de mesma classe.

 Cada fundo tem um objetivo de investimento que pretende ser atingido pelo gestor mediante duas estratégias de
gestão: o fundo será ativo (ou gestão ativa) quando o objetivo for o de superar determinado benchmark e será indexado
(gestão passiva) quando o objetivo for o de acompanhar o benchmark.

 Em função da política de investimento os fundos são classificados em 7 (sete) classes distintas, segundo critério da
CVM. A classificação indica quais os principais fatores de risco e os percentuais mínimos e máximos de concentração
nos diversos riscos inerentes a cada classe de fundo.

 A classe de fundo “curto prazo” determina que o prazo médio da carteira do fundo seja inferior a 60 dias. Uso de
derivativos somente para proteger a carteira.

 A classe de fundo “referenciado” determina que pelo menos 95% da carteira esteja vinculado ao indicador de
desempenho (benchmark) do fundo, sendo este, seu principal fator de risco. Uso de derivativos somente para proteger a
carteira.

 A classe de fundo “renda fixa” deve ter no mínimo 80% da carteira em posições de taxa de juros (pré ou pós-fixada)
e/ou índices de preço (inflação), seus principais fatores de risco.

(continua)

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 A classe de fundo “cambial” deve manter no mínimo 80% da carteira em ativos atrelados a moeda estrangeira, seu
principal fator de risco.

 A classe de fundo “multimercado” pode investir nos diversos mercados de acordo com sua política de investimento.

 A classe de fundo “de ações” deve manter pelo menos 67% da carteira em ações.

 O PIBB - Papéis de Índice Brasil BOVESPA - é formado pelas mesmas ações que integram o IBrX-50, índice
calculado pela BOVESPA, que mede o retorno total de uma carteira teórica composta pelas 50 ações mais negociadas
no mercado à vista.

 FIDC – Fundo de Investimento em Direitos Creditórios são fundos abertos ou fechados, destinados exclusivamente a
investidores qualificados e exigem valor inicial mínimo de aplicação de $25.000,00. Único fundo que tem duas classes
de cotistas: sênior e subordinado.

 Fundo de Investimento Imobiliário são fundos fechados que investem, no mínimo, 75% do PL em ativos ou direitos
imobiliários. Sendo fechado, não admite resgates antes do vencimento do fundo (se houver) sendo suas cotas
negociadas no mercado secundário nas bolsas de valores.

 O administrador pode fechar o fundo para novas captações, regra que atinge todos os cotistas indistintamente. O
administrador pode também, em situação de extrema iliquidez (falta de liquidez), fechar o fundo para resgates. Ambos
são fatos relevantes e devem ser comunicados a todos os cotistas.

 O fundo que mantiver acima de 50% da carteira em ativos de crédito privado deve cumprir as seguintes exigências da
CVM: (1) fazer constar da denominação do fundo a expressão “crédito privado”; (2) o regulamento, o prospecto e o
material de venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de que o fundo está sujeito a risco de perda
substancial de seu patrimônio líquido; e (3) o ingresso no fundo será condicionado à assinatura de termo de ciência
dos riscos inerentes à composição da carteira do fundo sendo proibida a utilização de sistema eletrônico para esse fim.

 A remuneração do administrador é feita mediante o pagamento de uma taxa de administração que incide sobre o
patrimônio do fundo. Essa despesa é deduzida diariamente do valor da cota. Alguns fundos cobram também taxa de
performance que incide somente sobre o desempenho que exceder determinado parâmetro, segundo regras fixadas no
regulamento e prospecto do fundo.

 Os fundos podem ser de curto prazo (prazo de até 365 dias) ou de longo prazo (acima de 365 dias). Em função dessa
característica será definida a alíquota do imposto de renda recolhida semestralmente.

 O Código de Auto-Regulação da ANBID determina diversas regras que devem ser observadas pelas instituições
filiadas. Faça uma leitura atenta para conhecer a intenção do código.

 Carteira Administrada é uma prestação de serviço exclusiva que uma instituição financeira presta a um cliente em
particular. A gestão da carteira poderá ser (a) discricionária: gestão livre de condições, não limitada,normalmente, a
mais adotada; ou (b) não discricionária: o investidor participa do processo de gestão. A incidência do imposto de renda
e outros tributos se dá a cada fato gerador. Sendo assim, não sofre a antecipação do recolhimento do imposto
semestral como ocorre nos fundos de investimento.

Certificação Profissional ANBID • série CPA20 Atualização • 2008 67


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