Professional Documents
Culture Documents
GAIA
Por:
Dezembro 2008
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
1. Resumo
Philip Zimbardo
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Philip_Zimbardo"
Nas suas próprias palavras e já com esse objectivo em mente ele descreve uma
experiencia anterior (igual a de Stanley Milgram 1):
1
Stanley Milgram (1933-1984) psicólogo graduado da Universidade de Yale que conduziu a experiência
dos pequenos mundos (a fonte do conceito dos seis graus de separação) e a Experiência de Milgram sobre
a obediência à autoridade - Wikipedia
II
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
Assim começou o meu interesse em mostrar que é fácil pôr pessoas a fazer
coisas contra o que pensam ser a sua consciência."
Na experiência que ele imaginou em Stanford foi construída uma simulação de uma
prisão em que os papéis de guardas prisionais e de prisioneiros foram atribuídos a
estudantes voluntários de forma aleatória. Todos os participantes possuíam
características psicológicas semelhantes e pretendia-se estudar os efeitos da vida numa
prisão em ambos os grupos.
Estava prevista uma duração de quinze dias e, segundo as regras, poderia ser
abandonada por qualquer dos participantes a qualquer momento.
Ao “guardas” foi-lhes incutida a noção do seu poder juntos dos “presos” informando-os
que poderiam efectuar pressão sobre eles, sem violência física, de forma a mantê-los
disciplinados e mostrando que o “sistema” na pessoa dos guardas, tinha poder total
sobre eles e sobre a sua liberdade.
III
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
O grupo dos guardas foi-se dividindo em três tipos; Os justos que cumpriam as regras
da prisão, os “bons rapazes” que faziam pequenos favores aos presos e que nunca os
castigavam e um terceiro grupo que eram hostis, arbitrários e que adoraram durante toda
a experiência as sucessivas e inventivas formas de humilhação que infligiam aos presos.
Nenhum dos testes de personalidade feitos préviamente foram capazes de prever este
tipo de comportamento e a única coisa que puderam comprovar foi que os presos com o
grau de autoritarismo mais elevado conseguiram suportar melhor os rigores da
experiência que os restantes.
A experiência teve que ser terminada porque vários dos presos apresentavam sintomas
de distúrbios psicológicos e pelo menos um terço dos guardas agiam de forma cada vez
mais arbitrária e sádica ao mesmo tempo que os restantes sentiam-se impotentes para
agir.
A maior parte dos guardas mostrou desagrado por a experiencia ter terminado mais cedo
que o previsto.
O próprio Philip Zimbardo conclui que se estava a deixar “dominar” pelo seu papel de
director da prisão ao estar mais preocupado com uma possível fuga em massa dos seus
“presos” do que com a saúde psicológica dos voluntários.
IV
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
2. Índice
1. Resumo............................................................................................................... II
2. Índice.................................................................................................................. V
3. Introdução............................................................................................................ 1
4. Objectivos............................................................................................................ 4
5. A Experiência ...................................................................................................... 5
5.1. O método................................................................................................... 5
5.3. Os voluntários............................................................................................ 6
5.5. Os guardas................................................................................................. 7
6. Conclusões ........................................................................................................ 14
V
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
3. Introdução
O mundo é um palco.
William Shakespeare 2
A ausência de estímulos traz desânimo e pode levar a depressão enquanto que a tensão obriga-
o a actuar e reagir. O excesso de tensão, em contrapartida, pode levar a um grau extremo de
enfraquecimento e até mesmo ao colapso.
Alguns indivíduos têm melhor capacidade que outros para resistir a tensões que, causadoras
de fortes conflitos internos, levam à desagregação de uns e à mudança (evita-se a palavra
evolução) de outros.
A principal lição que devemos extrair destes estudos é que o objectivo principal dos referidos
mecanismos de defesa é, em ultima análise, o de proteger a nossa auto-imagem. Fazem-no
aprovando as nossas acções e justificando-as muitas das vezes alterando a nossa percepção da
forma como os factos aconteceram na realidade.
2
William Shakespeare (1564-1616) Poeta e dramaturgo Inglês
1
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
Como o ser humano é um ser social, cada indivíduo necessita de interagir com outros que de
alguma forma partilham interesses, afectos ou ideias formando os chamados grupos sociais.
Por grupo social entende-se uma unidade composta por pessoas com papéis
interdependentes orientadas para objectivos comuns e que regulam o seu
comportamento por um conjunto de “normas” estabelecidas pelos próprios elementos
do grupo. (Sprinthall&Collins, 2007)
Como alguns exemplos de grupos sociais podemos ter a família, a roda dos amigos, a turma
da escola, etc.
Por papel social entende-se o conjunto de normas, direitos, deveres e explicativas que
condicionam o comportamento dos indivíduos junto a um grupo ou dentro de uma
instituição. (Wikipedia)
No caso de uma família espera-se que o pai mantenha o respeito e seja um “elemento
protector”, numa comunidade religiosa espera-se que um padre seja um “bom exemplo” e
esteja sempre disponível para atender as necessidades “do seu rebanho”.
Não é de admirar portanto que essas defesas altamente elaboradas e inconscientes na sua
grande maioria sejam tão eficazes que acabem por esconder a real personalidade do seu
próprio proprietário.
A maior parte de nós, por muitos “clichés” e anúncios de heroísmo ou altruísmo que se
arvore, não sabe do que é capaz perante uma situação extrema antes de se ver confrontado
com essa mesma situação.
2
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
O velho conselho do oráculo de Delfos “Conhece-te a ti mesmo” não é uma tarefa fácil;
Grandes estudiosos desde os longínquos anos em que Platão viveu debateram e estudaram o
comportamento humano tentando perceber os mecanismos que defendem, moldam a
personalidade e reagem perante o ambiente que o rodeia.
Skinner 4, 1957
Dos muitos estudos e testes desenvolvidos pelos cientistas, talvez um dos mais controversos
tenha sido o efectuado em 1971 na Universidade de Stanford por uma equipa de
investigadores chefiados pelo psicólogo Philip Zimbardo.
Pretendendo provar que os traços de personalidade inerentes aos presos e aos guardas
prisionais são fundamentais para o entendimento de situações abusivas nas prisões, elaborou
uma experiencia com 24 voluntários numa prisão simulada dentro da própria universidade.
É desta experiência, do seu desenvolvimento, resultados obtidos e esperados, que iremos falar
neste nosso trabalho.
3
Platão de Atenas (428-347 a.C.) – Filósofo grego
4
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) foi um autor e psicólogo Americano. Conduziu trabalhos pioneiros em
psicologia experimental e foi o pioneiro do Behaviorismo Radical, abordagem que busca entender o
comportamento em função das interligações entre história filogenética e ambiental do indivíduo. - Wikipedia
3
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
4. Objectivos
O objectivo desta pesquisa é provar que não só as pessoas moldam o ambiente mas também o
ambiente molda as pessoas.
Exibidas acima em destaque estão duas frases do responsável deste projecto, Dr. Philip
Zimbardo, e são bem explícitas do que se espera desta experiencia.
Ao colocar a si próprio esta questão, ele pretende provar que se colocarmos pessoas “boas”
em maus lugares, a maldade virá ao de cima e surgirão pessoas más onde menos se espera.
Desta forma poder-se-á observar os efeitos psicológicos que a vida na prisão causa sobre
prisioneiros e guardas.
4
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
5. A Experiência
5.1. O método
Como as situações comportamentais extremas quer dos guardas quer dos presos
sucedem normalmente ao fim de grandes períodos de tempo como meses ou mesmo
anos. Nesta experiência, ter-se-ão que provocar essas reacções no mais curto período
possível.
Não será permitido o acesso a qualquer tipo de meio de calcular o tempo, como relógios
ou janelas para o exterior. (Distorção da noção de tempo)
Utilizarão permanentemente uma túnica sem roupa interior porque os presos reais
também se sentem humilhados e reduzidos na sua virilidade. (Humilhação)
Terão uma corrente num dos tornozelos para recordar a situação de preso de forma que
mesmo a dormir, ao voltar-se, o ruído lembra-lo-à que se encontra privado de liberdade.
Em conjunto com as túnicas todas iguais, utilizarão uma touca que esconderá o cabelo
dando a sensação de serem todos iguais. (Descaracterização)
5.2. Infra-estruturas
O plano gizado para esta experiencia consiste em construir uma prisão simulada com
todos os adereços de uma verdadeira; Grades, celas, refeitório e, claro, guardas
prisionais.
5
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
Uma das celas, completamente fechada, foi designada “solitária” para castigar os
“presos” pior comportados.
5.3. Os voluntários
Oferecia-se um pagamento de 15 dólares por dia para cada voluntário que ficasse até ao
fim da experiência e cada um teve de assinar um documento certificando que estavam
cientes que iriam ser encarcerados e sofrer diversas formas de pressão psicológica,
ausência de privacidade bem como sofrer alguns atropelos aos seus direitos cívicos com
o objectivo de estudar as suas reacções.
5.4. Os presos
6
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
5.5. Os guardas
Aos guardas também não foi dada nenhuma formação especial sobre como
desempenharem o seu papel. Em vez disso, seriam livres de fazer o que fosse
necessário, dentro de limites e sem violência para manter a ordem e o respeito dos
presos.
Também eles estavam a ser avaliados na sua posição dominante recém adquirida.
Cada um deles é detido na sua casa, são-lhe lidos os direitos, algemado e, vendado,
transportado para a esquadra para identificação.
Um carro celular transporta-os (vendados) até à prisão simulada onde são recebidos, um
a um, pelo “director da prisão” cuja missão é fazê-los sentir a gravidade da situação e a
sua posição como presos.
7
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
São distribuídas túnicas numeradas, nenhuma roupa interior, um gorro feito de meia de
senhora, chinelos de borracha e uma corrente metálica presa em volta de um dos
tornozelos para lembrar continuamente a sua situação de presos.
Com o gorro na cabeça, evita-se o rapar do cabelo, prática comum nas prisões e
instituições militares que faz com que todos fiquem parecidos aumentando a sensação de
anonimato.
O mais importante, porém, é que esta era uma forma dos guardas aplicarem o seu
controlo sobre os prisioneiros.
No início estes últimos não tomavam muito a sério estas contagens e ainda encaravam o
assunto como brincadeira e os guardas não conseguiam ainda serem donos do seu papel
e sentiam-se inseguros incapazes de exercer a sua autoridade.
Com a calma relativa do primeiro dia não se podia prever o rebentar de uma rebelião na
manhã do segundo.
8
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
Quando o turno da manhã chegou houve grande discussão sobre o que fazer, de que
forma repor a ordem. Os guardas recém-chegados achavam que o turno da noite tinha
sido demasiado brando com os presos que estavam a abusar deles.
Sem recorrerem a reforços, ambos os turnos em conjunto tomaram uma decisão que
deixou os investigadores boquiabertos.
Os líderes da rebelião foram presos afastados dos outros numa "solitária" escura e
praticamente insonorizada.
A primeira grande batalha estava ganha mas os guardas não poderiam ficar dependentes
de estar permanentemente armados e em igualdade numérica. Um deles sugeriu a
utilização de técnicas de acção psicológica em vez de força física e planearam um
conjunto de medidas.
Designaram uma das celas de "Cela Privilegiada" e pegaram nos três prisioneiros menos
envolvidos na rebelião e mudaram-nos para lá. Devolveram-lhes as camas e as túnicas e
foram autorizados a tomar banho, comer e lavar os dentes. Os restantes ficavam como
estavam.
Após meio dia de castigo, os guardas misturaram os presos outra vez confundindo-os ao
ponto de começarem a achar que os "Privilegiados" eram informadores, encarando-os
com desconfiança.
Para os guardas, os presos eram um bando de rufiões que se virariam contra eles na
primeira oportunidade e que teriam de os dominar com mão de ferro.
Todos os aspectos do dia-a-dia dos presos estava debaixo de total e arbitrário controlo
dos guardas por isso, até o satisfazer as necessidades fisiológicas se tornou um
privilégio que os guardas concediam ou retiravam segundo a sua vontade.
9
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
Não tardou que o cheiro a fezes e urina contribuísse para aumentar degradação do
ambiente.
Um dos investigadores interrogou o preso e censurou-o por ser fraco. Perguntou-lhe que
tipo de abusos tão grandes estava a sofrer em comparação com os que sofreria numa
prisão real e propôs-lhe tornar-se informador em troca de melhor tratamento.
Ele respondeu que iria pensar e na contagem seguinte comunicou aos outros
prisioneiros, em pânico, que não era possível sair, não se podia desistir começando a
gritar e a agir como um louco. Levou algum tempo até que os investigadores se
convencessem que ele estava descontrolado e teria mesmo de ser libertado.
Os investigadores temiam que os familiares exigissem a libertação dos seus filhos assim
que vissem o estado da prisão, por isso, lavaram e limparam presos e celas,
alimentaram-nos condignamente e puseram musica ambiente pelos intercomunicadores.
- Só podiam estar duas visitas com cada preso e durante dez minutos apenas
10
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
Durante este período chegou aos ouvidos de Zimbardo que o preso 8612, libertado no
dia anterior, estaria a planear invadir a "prisão" com um grupo de amigos para libertar os
seus companheiros nas horas seguintes à visita.
Como ultimo recurso chegou mesmo a pensar em mandar deter novamente o 8612 e
devolvê-lo à cela.
Por fim acabou por cair em si e aperceber-se que não estava a agir como um
investigador mas como o Director de uma prisão e decidiu não fazer nada a não ser
aguardar e observar.
O rumor acabou por revelar-se isso mesmo e graças a ele, durante um dia inteiro não foi
feita nenhuma recolha de informação nem nenhuma análise, tão embrenhados que todos
estavam na prevenção da fuga.
A cada um deles deu a entender que estavam realmente presos e se pretendiam sair dali
O único que se recusou a falar com o padre foi o 819 que se sentia doente e recusava-se
a comer. Preferia ser visto por um médico e não por um padre.
11
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
Entre as várias perguntas que lhes fizeram inquiriram se estariam dispostos a perder
todo o dinheiro que ganharam na experiencia até agora em troca de serem postos em
liberdade. A maior parte respondeu que sim.
Cada um deles foi mandado para a cela novamente enquanto era tida em consideração a
proposta.
Nenhum deles pensou sequer que poderia fazer isso a qualquer momento bastando para
isso dizer que não queriam continuar e recusando-se a voltar para a cela.
Por esta altura o relacionamento entre prisioneiros e guardas estava no seu auge. Os
guardas, perfeitamente integrados no seu papel executando um trabalho por vezes
aborrecido e outras vezes interessante.
Alguns dos guardas eram mais inventivos que outros nas formas de humilhação que
infligiam aos presos e mostravam gostar do que faziam perante a impotência dos outros
que não se atreviam a intervir.
O último acto de rebelião foi executado pelo preso 416. Fora o ultimo a ser admitido em
substituição de uma das baixas e, ao contrário dos restantes presos que foram sendo
molestados gradualmente, chegou no ponto alto da pressão psicológica e os restantes
disseram-lhe que aquilo era uma prisão a sério de onde não poderia escapar.
O 416 reagiu fazendo uma greve de fome para forçar a sua libertação. Como retaliação,
os guardas prenderam-no na solitária por três horas, apesar das suas regras indicarem
que uma hora seria o limite. A recusa em alimentar-se manteve-se.
Nesta altura, o 416 deveria ser um herói para os restantes presos mas na verdade todos o
12
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
Na quinta noite alguns familiares dos presos pediram ao "Director da prisão" que
arranjasse um advogado para libertar os seus filhos pois assim foram instruídos por um
padre que os visitou.
O advogado que visitou os presos no sexto dia estava também ao corrente de toda a
experiência e sabia que também ele era um personagem.
No entanto, chegado a este ponto e chamado à realidade por alguns dos seus
colaboradores e até por alguns amigos, Philip Zimbardo manda interromper a
experiencia.
De observar que, durante toda a experiencia, nenhum guarda desistiu, faltou, chegou
tarde ao trabalho ou pediu para sair mais cedo.
Assim terminava 6 dias depois uma experiencia que tinha a duração prevista de 14
devido a um escalada de acontecimentos muito mais rápida do que tinha sido prevista
inicialmente.
13
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
6. Conclusões
Foi notório na reacção dos prisioneiros a forma como o seu comportamento regrediu
controlado pelo medo e pela necessidade de sobrevivência abandonando as suas
características pessoais. Da mesma forma, os guardas, reagiram criando personagens
que exerciam pressão psicológica e medo sobre os outros.
#2 – O poder situacional é mais relevante nas situações em que os participantes não podem
recorrer a padrões de conduta anteriores para o seu novo comportamento e não têm
referências históricas na sua maneira habitual de agir e se proteger
Ambos os grupos acabaram por perder a noção de que se tratava de uma situação
simulada sentindo-se os guardas perfeitamente integrados naquele papel e no grupo a
que pertenciam e os presos totalmente desligados da realidade e perfeitamente
“recalcados” na sua posição de reclusos.
14
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
#6 – A natureza humana pode ser transformada, dentro de certos parâmetros sociais, de forma
tão dramática como a operada quimicamente no livro “Jeckyll and Hyde”.
15
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
Esta experiência prova que devem ser realizados testes especiais para os
candidatos a tarefas como Policias, Guardas Prisionais, etc. que envolvam a
experimentação em ambientes simulados a fim de detectar “anomalias”
comportamentais invisíveis aos comuns testes psicológicos.
16
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Experiment
Esta, porém, devolveu conclusões bastante diferentes. Nem os guardas se deixaram “dominar”
pelo seu papel nem os presos se submeteram à “tirania” dos guardas. Ao sexto dia ocorreu
uma revolta que tornou o sistema impossível de continuar.
Por ultimo foi efectuada uma troca dos presos pelos guardas mas os resultados estavam a ser
tão assustadores, com linhas muito mais duras que anteriormente, que a produção resolveu
terminar a experiência receando pelo bem-estar dos participantes.
Em Abril de 2007 uma notícia revelou que estudantes em Waxahachie, Texas que estavam a
participar num exercício que simulava os nazis e os judeus durante o Holocausto, deixaram-se
cair em padrões de abusos que passavam por agredir fisicamente e cuspir sobre os “judeus”
tomando demasiado à letra o seu papel de “nazis”.
http://www.jpost.com/servlet/Satellite?pagename=JPost/JPArticle/ShowFull&cid=117615276
8653
Em Portugal, 2007 (mais ao estilo brandos costumes), oito alunos foram passar um dia à
prisão para conhecer o dia-a-dia de presos, pouco mais velhos que eles, no Estabelecimento
Prisional de Leiria e tiveram a oportunidade de, durante um dia conhecer o que é a privação
de liberdade.
http://www.regiaodeleiria.pt/index.php?lop=conteudo&op=705f2172834666788607efbfca35a
fb3&id=0094eb7d9dc080e6fe137bbc8bbbbc74&drops%5Bdrop_edicao%5D=404
17
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
O aproveitamento turístico no ano 2000, uma vez mais nos Estados Unidos, a casa de
detenção do condado de Salt Lake viu a oportunidade de ganhar algum dinheiro com a prisão
totalmente nova e ofereceu a quase uma centena de americanos a oportunidade de viver um
dia na prisão.
http://veja.abril.com.br/090200/p_060.html
O enredo foi algo ficcionado para dar uma continuidade e um interesse constante à história
mas as ideias principais estavam lá.
http://en.wikipedia.org/wiki/Das_Experiment
18
Quanto Tempo Para Esquecer Quem És
8. Referências e Bibliografia
Vala, Jorge e Monteiro, Maria Benedicta - Psicologia Social, Fundação Calouste Gulbenkian
A experiencia de Stanford
http://skeptoid.com/episodes/4102
http://www.prisonexp.org/slide-1.htm
http://psicologiaexperimental.blogs.sapo.pt/tag/zimbardo
http://human-testing.suite101.com/article.cfm/lessons_from_the_stanford_prison_experiment
http://en.wikipedia.org/wiki/Stanford_prison_experiment
http://www.dfabricius.de/files/zimbardoPRISON.pdf
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/psicologia_da_tirania.html
A experiência britânica
http://crimepsychblog.com/?p=987
http://www.bbcprisonstudy.org/
19