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INTRODUÇÃO

O presente trabalho confrontará dois grandes movimentos literários – o Romantismo e o


Realismo. Situando-os no contexto histórico de sua época e abordando os principais
autores/obras de cada movimento, procuraremos estabelecer uma oposição entre o primeiro,
iniciado em1836 no Brasil com a publicação de Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves
de Magalhães e o segundo, iniciado no Brasil com a publicação de Memórias Póstumas de
Brás Cubas, Machado de Assis, 1881.
Com muito empenho, sintetizaremos os ideais destas duas grandes escolas literárias que tanto
contribuíram para a formação intelectual das sociedades. A ênfase será dada na produção
literária brasileira, valorizando o papel que nossos autores exerceram na formação da nossa
identidade.

JUSTIFICATIVA

Objetivamos com este trabalho fornecer aos que estudam a literatura brasileira, uma visão
mais esclarecedora do que foram os movimentos Romântico e Realista, reafirmando que
conteúdos como a pátria, o povo e o passado ou a análise objetiva da sociedade da época, só
ganham relevo quando inseridos em um contexto. Aprofundamos na análise dos movimentos
Romântico e Realista por meio de um contraponto pelo motivo de o Realismo ter vindo
romper com as ideologias e modos de expressão artístico-literária vigentes.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento da presente pesquisa, consultamos uma riquíssima bibliografia,


conteúdos confiáveis em meio eletrônico (sites), além de conversas informais com professores
de literatura brasileira.
PANORAMA DA LITERATURA BRASILEIRA

1500 1601 1768 1836 1881 1893


Literatura Barroco – Arcadismo Romantismo Real./ Natural./
de Poema épico – Obras – Suspiros Parnasianismo –
Informação Prosopopéia, de poéticas, de poéticos e Memórias
– Carta de Bento Teixeira Cláudio saudades, de Póstumas de
Pero Vaz de Manuel da Gonçalves de Brás Cubas, de
Caminha Costa Magalhães Machado de
Assis e O
Mulato, de
Aluísio
Azevedo

1893 1902 1922 A partir de 1960...


Simbolismo Pré- Modernism Era contemporânea
– Missal Modernismo – o – Semana – novas vanguardas
(poemas em Os sertões, de da Arte poéticas; crônica
prosa) e Euclides da Moderna como gênero
Broquéis Cunha literário; conto;
(poemas), romance próximo
de Cruz e ao jornalismo...
Sousa

ROMANTISMO/REALISMO:
MOMENTO HISTÓRICO, PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS, CONTRAPONTO.

ROMANTISMO
Embora nenhum período literário possa ser delimitado com exatidão, propuseram-se ao longo
da história literária Brasileira alguns marcos simbólicos, que fixaram o surgimento (e o
conseqüente “término”) de cada novo modo de expressão artístico-literária.
O Romantismo teve sua origem na Alemanha e na Inglaterra no final do século XVIII e
predominou na primeira metade do século XIX. Introduzido em Portugal por Garret (1825), o
movimento só entrou em voga no Brasil onze anos depois, com a publicação de Suspiros
poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães (1836).
Temas como o amor e a pátria, a natureza e a religião, o povo e o passado, quando analisados
dentro do contexto histórico do momento, nada mais farão senão sintetizar e refletir a situação
vivida no período. Para que se entenda essa situação, dois acontecimentos que mudaram a
face da Europa em meados do século XVIII e que acabaram repercutindo e gradualmente
mudando a face de várias outras nações, como o Brasil, são relevantes: a Revolução Francesa
e a Revolução Industrial. Com o advento dos ideais iluministas e a passagem da economia
agrária à industrial, a nobreza foi retirada do poder e a burguesia consolidou-se, começando a
dominar, gradativamente, a vida política, social, econômica e cultural. Nas palavras de Karl
Mannheim, “o Romantismo expressa os sentimentos dos descontentes com as novas
estruturas: a nobreza, que já caiu, e a pequena burguesia que ainda não subiu: de onde, as
atitudes saudosistas ou reivindicatórias que pontuam o movimento.” (MANNHEIM apud
BOSI, 1994, p.91). É importante colocar que no Brasil colônia, esta “passagem” da economia
agrária para a economia industrial se deu de forma muito mais lenta e, enquanto a Europa já
vivia o binômio urbano indústria-operário, o Brasil ainda mantinha o latifúndio, o escravismo,
a economia de exportação, vivendo em um regime dominado pela nobreza e pelo alto clero.
Para cobrir essa lacuna, muitos filhos de famílias abastadas do campo, e filhos de
comerciantes luso-brasileiros e de profissionais liberais que formavam então a alta classe
média do país, iam a São Paulo, Recife e Rio receber instrução, principalmente jurídica.
Dentre os primeiros citamos Macedo, Alencar, Álvares de Azevedo, Fagundes Varela,
Bernardo de Guimarães, Franklin Távora. Dentre os segundos, Gonçalves Dias, Casemiro de
Abreu, Castro Alves, Sílvio Romero. Foi dessa forma que se introduziu em nosso meio os
padrões culturais europeus.
Exemplificando essa relação Europa – paradigma para o Brasil, citamos Alencar e Gonçalves
Dias, cujo romance colonial e a poesia indianista, respectivamente, “nascem da aspiração de
fundar em um passado mítico a nobreza recente do país”. (BOSI, 1994, p. 92). Na Europa,
essa “volta ao passado” buscou temas na Idade Média feudal e nas novelas de cavalaria em
oposição à burguesia ascendente. Alencar no seu “romance urbano” explorou a moral do
homem antigo em oposição à grosseria dos novos-ricos; e no romance regionalista, a bravura
do sertanejo em oposição à mesquinharia do homem da cidade. A segunda fase romântica
brasileira mantém relação íntima com o Romantismo Europeu, podendo ser denominada mal-
do-século ou byroniana, sob influência de Byron e Musset. Álvares de Azevedo, Junqueira
Freire e Fagundes Varela se destacam no cultivo de uma poesia com traços de defesa e evasão
- retorno à mãe natureza, refúgio no passado, reinvenção do bom selvagem, exotismo;
abandono à solidão, ao sonho, devaneio. A última fase do movimento, considerada a fase
“engajada” do Romantismo, na Europa representada por Hugo, Carducci, Michelet, ganha
força em nossas letras com Antônio Castro Alves, popularmente alcunhado “o poeta dos
escravos”. Essa terceira fase Romântica abre caminhos ao Realismo.
O Romantismo vai voltar sua atenção para o sujeito, o eu romântico que, vivendo os conflitos
sociais da sua época, entrega-se à evasão. O refúgio é muitas vezes a natureza, não aquela
natureza árcade, meramente decorativa, mas uma natureza expressiva, cúmplice de uma alma
conflitante com o mundo. Prefere-se a noite ao dia: ambiente perfeito para o sonho, a
imaginação. Os códigos clássicos cedem lugar à liberdade criadora do sujeito: poemas sem
cortes fixos, substituição da epopéia pelo poema político e pelo romance histórico, criação do
drama, valorização da melodia. O romance conquista a simpatia popular, que passa a
encontrar na literatura a identificação com seus próprios conflitos emocionais.
Como já mencionado anteriormente, o marco simbólico do início do movimento romântico
em nossas letras é Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, 1836.
Entretanto, na obra do autor só encontramos alguns poucos temas românticos, sendo que seu
reconhecimento se deve à fundação em Paris da Niterói, revista brasiliense (1836), que
difundiu os ideais românticos e contribuiu para a negação dos padrões clássicos. Sendo assim,
podemos dizer que Magalhães juntamente com seus companheiros produziu um Romantismo
mais teórico que prático.

A POESIA ROMÂNTICA

PRIMEIRA GERAÇÃO:
Gonçalves Dias – “o primeiro poeta autêntico a emergir em nosso Romantismo” (BOSI,
1994, p. 114).
 Nacionalismo, natureza e religiosidade: “Canção do Exílio” – idolatria da Pátria
amada.
 Lirismo Amoroso: “Se se morre de amor!” – o amor idealizado.
 Indianismo: “I- Juca Pirama” – o índio visto como herói – origem da raça brasileira.
Os mais importantes poemas indianistas de Gonçalves Dias são: “O canto do Piaga”; “I-Juca
Pirama”; “Marabá”; “Leito de Folhas Verdes” e “Canção do Tamoio”.

SEGUNDA GERAÇÃO:
Álvares de Azevedo – “o escritor mais bem dotado de sua geração” (BOSI, 1994, p. 121).
 Mal-do-século; spleen; byronismo; mulher idealizada e pura; frustração; pessimismo;
angústia; solidão; satanismo e atração pela morte.
 Sátira aos valores românticos – a musa, o amor, o herói, o poeta, a poesia e a morte
ironizados.

Casimiro de Abreu
 Apesar do pouco relevo dado às suas obras pelos críticos, Casimiro foi um autor
popular, conquistando a simpatia por meio de seus poemas, com destaque “Meus oito
anos” que trata da infância como espaço e tempo de felicidade perdida.

TERCEIRA GERAÇÃO:
Castro Alves
 O Romantismo social: “Navio Negreiro” – a imensidão do espaço, o sonho de
liberdade, a indignação, a revolução burguesa (republicanismo e abolicionismo).
 O lirismo amoroso: sensualidade e maturidade.

Sousândrade
 Metáforas renovadoras e originais, vocabulário nativista e clássico juntos, jogos
sonoros e gráficos.
 A síntese bem feita: a cor local, o lirismo, a pátria amada, a saudade.

A FICÇÃO ROMÂNTICA
Joaquim Manuel de Macedo
 Assuntos cotidianos e burgueses, – a moça apaixonada e namoradeira, o galã
irresistível, a criada intrometida, as solteironas nos seus namoros – narrativa fácil, sem
análises profundas, sem incorrer em situações trágicas (A Moreninha (1844); O Moço
Loiro (1845)), garantiram ao escritor imensa popularidade.

Manuel Antonio de Almeida


 Memórias de um Sargento de Milícias (1854-55) vem renovar a literatura escrita até
então, desprendendo-se da idealização romântica e aproximando-se de uma crônica
histórica ou segundo alguns estudiosos, principiando, de certa forma, o realismo.

José de Alencar
Segundo Bosi, Alencar ocupou a posição central na história do nosso Romantismo, pela
natureza e extensão da obra que produziu. Seus romances podem ser divididos em quatro
tendências:
 Indianista: O Guarani (1857), Iracema (1864), Ubirajara (1874);
 Históricos: As minas de prata (1865), A guerra dos mascates (1873);
 Regionalista: O Gaúcho (1870), O tronco do ipê (1871), Til (1872), O sertanejo
(1875);
 Urbano: Cinco minutos (1865), A viuvinha (1860), Lucíola (1862), Diva (1864), A
pata da gazela (1870), Sonhos d’ouro (1872), Senhora (1875); Encarnação (publicação
póstuma, 1893).

Visconde de Taunay, Franklin Távora e Bernardo Guimarães


 Escritores regionalistas que ganham destaque com Inocência (Taunay, 1872); O
cabeleira (Távora, 1876); O Seminarista e A escrava Isaura (Guimarães, 1872 e 1875,
respectivamente).

TEATRO
Embora considerado um gênero menor dentro do Romantismo, citamos autores como Martins
Pena, Gonçalves Dias, Alencar, Agrário de Meneses e Paulo Eiró.

REALISMO
É de nosso interesse observar que, muitas das vezes, um movimento literário acaba por negar
o anterior e adiantar algumas características (ou ideologias) que servirão de base para o
movimento seguinte. A última fase Romântica já introduzia o Realismo em nosso meio.
O movimento Realista surge na França com a publicação do romance Madame Bovary de
Gustave Flaubert, em 1857. Alguns fatores contribuem para a formação do pensamento da
época: o cientificismo é aceito como princípio válido na análise e compreensão do mundo e
passa-se a questionar a existência de Deus por meio das teorias evolucionistas (Darwin); a
filosofia também tem papel relevante na sociedade da época por meio da doutrina positivista
que passa a fundamentar o conhecimento do mundo em fatos e na experiência concreta.
No Brasil, o Realismo têm início com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de
Machado de Assis (1881). Segundo Bosi, alguns autores Românticos já revelavam um Brasil
em crise: Castro Alves e Sousândrade com a poesia social, Franklin Távora com o romance
nordestino e Alencar com sua última ficção citadina. O país então passava por uma enorme
transformação em todos os âmbitos da sociedade: o eixo de prestígio, até então situado no
Nordeste, com a extinção do tráfico de escravos e a conseqüente decadência da economia
açucareira, desloca-se para o Sul; as classes médias urbanas começam a revelar seus anseios
liberais, abolicionistas e republicanos. Em conseqüência dessa transformação, a cultura em
geral, em particular a literatura e seus autores que antes estavam à margem da sociedade,
passa a ser considerada como parte integrante da vida social. A fundação da Academia
Brasileira de Letras (1897), vai simbolicamente oficializar essa mudança. (CANDIDO, 1979,
p. 89).
O escritor Realista/Naturalista passa a olhar o mundo de maneira objetiva, negando a visão
subjetiva dos Românticos. A preocupação é retratar o momento histórico, e para isso o
escritor se utiliza de personagens comuns e linguagem coloquial, lançando assim, sua crítica a
sociedade. Embora o Naturalismo seja muitas vezes analisado junto ao Realismo, alguns
traços são mais típicos daquele movimento – as personagens estão condicionadas a fatores
naturais (temperamento, raça, clima) e a fatores sociais e culturais (ambiente, educação), seus
comportamentos e ações são determinados pelo ambiente em que vivem.

Machado de Assis
“O ponto mais alto e mais equilibrado da prosa realista brasileira acha-se na ficção de
Machado de Assis” (BOSI, 1994, p.174).
Fundador e presidente primeiro e perpétuo da Academia Brasileira de Letras, Machado de
Assis é considerado um dos maiores autores da literatura Brasileira. Em suas obras, sobretudo
as da segunda fase da sua produção, Machado disseca a sociedade, mostrando-nos os
problemas que permeiam todas as classes sociais – a vaidade, a futilidade, a hipocrisia, a
ambição, a inveja, a inclinação ao adultério. A ironia, o pessimismo, a metalinguagem, a
análise psicológica das personagens, são algumas das características presentes na obra
Machadiana. Grande na poesia, nos contos, no romance. Ressurreição (1872), A mão e a luva
(1874), Helena (1876), Iaiá Gárcia (1878) são romances que ainda vão apresentar traços
românticos; Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) – considerado “um divisor de águas”
nas obras Machadianas-, Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1889), Esaú e Jacó (1904),
Memorial de Aires (1908) são considerados romances da segunda fase, ou seja,
marcadamente realistas.

Raul Pompéia
Juntamente com Machado de Assis, Raul D’Ávila Pompéia desfrutava do dom memorialista e
da observação moral da sociedade.
O único romance que teve grande êxito foi O Ateneu (1888), dentre várias outras obras que o
autor escreveu e foram ofuscadas pelas qualidades excepcionais da mesma, e que também são
merecedoras de um estudo mais aprofundado.
O Ateneu apesar de estar situado no Realismo mal pode ser definido estritamente realista por
haver traços expressionistas.

Quadro comparativo
ROMANTISMO REALISMO/NATURALISMO
Individualismo e Subjetivismo Objetivismo
Predomínio da emoção Predomínio da razão
Religiosidade Materialismo e Anti-religiosidade
Linguagem predominantemente Linguagem predominantemente
expressiva objetiva (por isso mais simples que
a dos românticos).
Proximidade emocional entre o Distanciamento racional entre o
autor e seus temas autor e seus temas
Escapismo (a literatura como forma Engajamento (a literatura como
de fugir da realidade – evasão no forma de transformar a realidade –
tempo (“volta ao passado”) e no análise da sociedade e crítica
espaço (“valorização da natureza social).
como refúgio”)).
Idealização das personagens Personagens reais; esféricos, ou
seja, com profundidade
psicológica.
Imaginação/fantasia; aceitação do Empirismo; compromisso com a
mistério. verdade.
Idealização da mulher/ amor Mulher fingida, dissimulada/ busca
platônico da ascensão social e do prazer;
amor carnal (Naturalismo)
Nacionalismo Universalismo

NATURALISMO
O marco inicial do Naturalismo no Brasil é a publicação de O Mulato (1881) de Aluísio
Azevedo. Na definição de Antonio Cândido, “Naturalismo significa o tipo de realismo que
procura explicar cientificamente a conduta e o modo de ser dos personagens por meio de
fatores externos, de natureza biológica e sociológica, que condicionam a vida humana.”
(1974, p. 95).
Enquanto o Realismo investiga a sociedade e os caracteres individuais “de dentro para fora”,
por meio de uma análise psicológica complexa, fazendo uso de recursos como a ironia, no
Naturalismo essa investigação é feita “de fora para dentro”, colocando as personagens em um
plano mais simples, caracterizando-as como fantoches manipuláveis pelos fatores biológicos e
sociais, que vão determinar suas ações, pensamentos e sentimentos.
No Realismo a ênfase é dada nas relações entre os homens e a sociedade burguesa: ataque ao
casamento, ao clero, à escravidão do homem ao trabalho com meio de “vencer na vida”; as
contradições sociais são vistas da ótica dos “vencidos” e não dos “vencedores” enquanto no
Naturalismo a ênfase recai na descrição das coletividades, dos tipos humanos que encarnam
os vícios, as taras, as patologias e anormalidades reveladoras do parentesco entre o homem e o
animal, no homem descendo à condição animalesca em sua situação de mero produto das
circunstâncias externas, como a hereditariedade e o meio ambiente.
O Realismo trata os temas de maneira imparcial e objetiva deixando que o leitor faça suas
próprias interpretações e tire suas próprias conclusões. Já no Naturalismo o leitor é
influenciado em suas interpretações e conclusões.

O principal autor do naturalismo foi Aluísio Azevedo que sofreu inegável influencia de Zola e
Eça, mas não podemos deixar de citar nomes que se destacaram também neste período como
Inglês de Sousa que teve apenas um de seus romances reconhecido pela crítica vigente da
época que foi O Missionário (1891) e Adolfo Caminha que tinha gosto por temas escabrosos e
crença na fatalidade do meio, suas obras de maior destaque são A Normalista (1893) e O Bom
Crioulo (1895).

CONCLUSÃO

Após o confronto feito entre o Romantismo e o Realismo, concluímos que um movimento só


veio romper com o outro. Convém esclarecermos, entretanto, que os marcos utilizados na
literatura para o início/término de cada movimento são apenas simbólicos, visto que o
Romantismo em sua terceira fase já apresentava temas que seriam abordados no Realismo.
O Romantismo concedeu à nossa literatura certa independência em relação aos modelos
europeus, mas foi o Realismo, por meio de autores como Machado de Assis, que a consolidou
em nosso meio, promovendo o amadurecimento intelectual da nossa sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. 41. ed. São Paulo: Cutrix, 1994.

CÂNDIDO, Antônio; CASTELLO, J. Aderaldo. Presença da literatura brasileira. 5. ed. São


Paulo: Difusão Européia do livro, 1974.

CONSOLARO, Hélio. Literatura. Disponível em: <http://www.portrasdasletras.com.br>.


Acesso em: 10 mar. 2008.

FARACO, C. E.; MOURA, F. M. Língua e Literatura. 6. ed. São Paulo: Àtica, 1999.

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