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DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA
PROGRAMA DE REFORÇO
DAS ATIVIDADES
PEDAGÓGICAS TEÓRICAS
ÍNDICE GERAL
Amebídeos..........................................................................035
2. Ancilostomídeos ..................................................................077
A. CAMPO DA PARASITOLOGIA
A.1 Sentido amplo (lato senso): Fazem parte, todos os vírus, algumas espécies
de: Bactérias, Fungos, Protozoários, Platelmintos, Nematelmintos, Artrópodes e de
Algas microscópicas.
B.2 Sentido estrito (estrito senso): Onde por razões convencionais são alocados
somente algumas espécies de: Protozoários, Helmintos e Artrópodes compreendendo
também em algumas instituições de ensino o estudo dos Fungos parasitas.
B. ADAPTAÇÃO PARASITÁRIA
A perda parcial de um ou mais sistemas metabólicos e da capacidade de utilizar
outra fonte nutricional no meio ambiente externo, em todo seu ciclo de vida ou em
parte dele, faz com que o parasita se instale em seu hospedeiro e dependa da sobrevida
deste, principalmente se tratando dos endoparasitas, em que, caso ocorra morte do
hospedador, o parasita normalmente também sucumbe. Como estratégia de sobrevivência
e transmissão, o parasita “busca” reduzir sua capacidade de agressão em relação ao seu
hospedeiro, o que se dá por seleção natural, no sentido de uma melhor adaptação a
determinado(s) hospedeiro(s). Neste caso, quanto maior for à agressão, menos adaptado
é este parasita a espécie que o hospeda, e consequente possibilidade de morte deste, o que
tende com o passar dos anos à seleção de amostras (cepas) menos virulentas para este
hospedador.
C. HABITAT PARASITÁRIO
Tal como acontece com os seres de vida livre, que têm um habitat definido em
determinada área geográfica estudada, a localização de um parasita em seu hospedeiro não
se dá ao acaso, mas sim é conseqüência de uma adequação parasitária a determinado
segmento anatômico que passa a ser assim o seu ecossistema interno, em decorrência
sofre as conseqüência das ações naturais de resistência de seu hospedeiro. Podemos por
assim dizer que o “habitat” parasitário é o local mais provável de encontro de
determinado parasita em seu hospedeiro, sendo que para os helmintos normalmente
consideramos, quanto não se especifica a fase de desenvolvimento em questão, o habitat da
forma adulta.
de vida livre como é o caso de nematóides, paulatinamente após entrar em contato com o
homem, devem ter se adaptados a esse suporte nutricional em razão de perda de autonomia
metabolica, se tornando parasitadas do homem ou espécie filogenticamente próximas,
com é o caso do parasitismo por Enterobius vermicularis, que podem parasitar além da
especie humana, símios antropóides.
E.2 Heteroxeno: Onde são necessários mais de um hospedeiro para que o ciclo se
complete, existindo pelo menos uma forma do parasita exclusivo de um tipo de hospedeiro.
Quando existem dois hospedeiros, é denominado ciclo dixeno (P.e. Gên. Taenia e
Trypanosoma cruzi); entretanto, quando são necessários mais de dois hospedeiros, de
ciclo polixeno (P.e. Gên. Diphyllobothrium).
F. ESPECIFICIDADE PARASITÁRIA
G. TIPOS DE HOSPEDEIRO
G.3. Reservatório: É representado pelo (s) hospedeiro (s) vertebrado (s) natural (is)
na região em questão.
Obs.: O termo vetor é utilizado como sinônimo de transmissor, representado
principalmente por um artrópode ou molusco ou mesmo determinado veículo de
transmissão, como água ou alimentos, que possibilite a transmissão parasitária. Alguns
autores utilizam o termo vetor biológico quando ocorre no interior deste animal a
multiplicação e/ou o desenvolvimento de formas do parasita (se constituindo em
hospedeiro) e vetor mecânico nas situações onde não existem tais condições, transmitindo
assim o parasita com a mesma forma de desenvolvimento de ciclo que chegou ao
mesmo, não sendo portanto um hospedeiro.
H. INFECÇÃO x INFESTAÇÃO
H.1 Localização:
Infestação: Localização parasitária na superfície externa (ectoparasitas). P.e. Carrapatos
e piolhos.
Infecção: Localização interna parasitária (endoparasitas). P.e. Giardia lamblia e
Schistosoma mansoni. Por esta definição, infecção seria a penetração seguida de
multiplicação (microrganismo) ou desenvolvimento (helmintos) de determinado agente
parasitário.
H.2 Dimensão:
Infestação: Corresponde ao parasitismo por metazoários. P.e. Enterobius vermicularis e
Schistosoma mansoni.
Infecção: Definida pelo parasitismo por microrganismos. P.e. Giardia lamblia e
Trypanosoma cruzi. Em conseqüência, infecção seria a penetração seguida de
multiplicação de microrganismo.
Obs. Existe ainda um sentido não parasitário para o termo infestação, que corresponde à
presença de número considerável no meio ambiente externo de animais e/ou vegetais não
desejados pelo ser humano. P.e. Infestação de cobras, lacraias, ervas daninhas e etc.
I. CONTAMINAÇÃO
Obs.: Em razão de alguns especialistas por não considerarem os vírus seres vivos e sim
partículas, é denominada sua presença em determinado ser, não uma infecção, mas sim
contaminação.
Para que seja definido tal mecanismo, deve ocorrer análise quanto à porta entrada
no organismo do hospedeiro (via de infecção) e neste momento se ocorreu ou não gasto de
energia pelo parasita (forma de infecção).
J.4 Mecanismos particulares: Em alguns casos, para que fique mais claro o real
mecanismo de infecção, empregamos expressões características como:
* Transplacentário
* Transmamário
* Transfusional
* Por Transplantação.
L.2.1 MECANISMOS
Obs.: Quando temos uma resposta do organismo do hospedeiro ao parasitismo, sem que
ocorra consequente manutenção da homeostase, surge, em função desse desequilíbrio, o
que denominamos manifestações clínicas (sinais e/ou sintomas) da parasitose em
questão.
A. Tegumento cutâneo
C. Fagócitos Profissionais
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C.2 Eosinófilos: Estas células apresentam potencial fagocitário bem inferior ao dos
neutrófilos, porém, em menor escala, apresentam-se com capacidade microbicida por
mecanismos análogos aos dos neutrófilos.
D. Resposta inflamatória
D.1 Aguda: É a que ocorre na fase inicial de contato com o agente e existe um predomínio
de neutrófilos.
D.2 Crônica: Quando a causa injuriante não é eliminada em período inicial, ocorre uma
mudança no tipo celular predominante, onde agora se é encontrado em maior número os
mononucleares (linfócitos e M∅s) e uma tendência, em várias situações, a formação de
granulomas e/ou células gigantes, bem como processos fibróticos em escala variada.
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O. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
A. Pesquisa visual:
- Sangue: Exame direto entre lâmina e lamínula: P.e. Trypanosoma cruzi e esfregaço
(distensão delgada) P.e. Gênero Plasmodium; Métodos de concentração: gota espessa
(P.e. Gênero Plasmodium), Strout (T. cruzi); Knott (P.e. Wuchereria bancrofti e
Mansonela oozardi); Filtração em sistema MilliporeM.R. P.e. Wuchereria bancrofti e
Mansonela oozardi.
- Fezes: Exame direto entre lâmina e lamímula: Encontro de ovos (P.e. Ancilostomídeos)
e larvas (Strongyloides stercoralis) pertencentes a helmintos e cistos e formas
trofozoíticas de protozoários (Giardia lamblia). Métodos de concentração (P.e. Faust e
col; Lutz; Ritchie): pesquisa de ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários e de
tamisação em: malha média (proglotes de Taenia sp) e malha fina (adultos de
Enterobius vermicularis).
A base desta reação é a medição da área afetada pela inflamação mediada por LT,
observada após 48 a 72 h pós-introdução do Ag específico do parasita alvo, em nível
intradérmico. Esta reação não revela necessáriamente parasitismo presente, mas sim
resposta ao Ag problema, podendo a mesma ser fruto de infecções passadas pelo agente ou
mesmo por reações cruzadas com o Ag introduzido. Por essas razões a IDR é considerada um
teste prognóstico. Utilizamos a IDR com maior frequência, em leishmaniose tegumentar e em
algumas micoses.
O.6 Imagens
* Fômite: É qualquer objeto, vestimenta ou afim que possa por estar contaminado e
consequentemente veicular determinada forma parasitaria que possibilite transmissão
do mesmo. P.e. Roupas íntimas, material para exames clínicos e seringas.
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* Incidência: É a frequencia (número de casos novos) que uma doença ocorre num
determinado período de tempo.
Os seres vivos são classificados como integrantes dos reinos Monera, Plantae,
Fungi, Protista e Animalia, Em algumas instituições de ensino, o campo da Parasitologia
compreende os integrantes dos Protistas (protozoários) e Animalia (nematelmintos,
platelmintos e artrópodes), enquanto em outras é acrescido a estes o reino Fungi (fungos).
Para que determinada espécie seja aceita como nomina válida, é necessário
que a mesma preencha determinados quisítos. Em seres que apresentam multiplicação
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sexuada, estes devem se entrecruzar, originando descendente fértil. Nos seres em que a
reprodução se faz de forma exclusivamente assexuada, a observação de semelhanças
morfológicas e/ou comportamento biológico eram no passado os critérios viáveis.
Como tais elementos muitas vezes são subjetivos e de difícil operacionalização, atualmente,
existe uma tendência a se acrescentar critérios bioquímicos, em nível celular,
representados principalmente pela análise isoenzimatica e da sequencia de DNA.
Quando existem somente pequenas diferenças entre os seres em análise, poderemos criar
a categoria de subespecie, onde é acrescentado um terceiro vocábulo. P.e.
Trypanosoma brucei (espécie) e T. brucei gambiensi (subespécie).
25. Quais são os reinos e que grupos seriam de importância em parasitologia estrito
senso?
26. Existem exceções nos sufixos empregados na nômina científica? Justifique.
27. Sempre que existe uma infecção ela determina manifestações clínicas no
hospedeiro? Justifique sua resposta.
28. O que entende por patogenia? E por virulência? E manifestações clínicas?
29. Quais são os mecanismos gerais de agressão mais comuns nas Parasitoses?
30. Cite os períodos clínicos e parasitológicos, definindo cada um deles. Existe
sempre correlação entre períodos clínicos e parasitológicos respectivamente?
Justifique sua resposta.
31. Cite as principais diferenças entre resistência inespecífica e específica,
exemplificando.
32. Quais são os 3 principais fatores de relevância para que uma infecção seja
sintomática ou não.
33. Cite as células componentes do Sistema Fagocitário Mononuclear (S.F. M.), sua
localização e célula precursora a nível circulatório e medular.
34. Que macrófagos residentes são responsáveis pela fagocitose de patógenos
invasores nas seguintes vias:
A. Inalatória
B. Circulatória
C. Tecido conjuntivo e pele
35. Qual o significado do termo imunidade concomitante?
36. O que é desvio para a esquerda no leucograma específico? O que significa a
nível funcional?
37. Defina inflamação, citando o sufixo que é utilizado para designar esta situação
orgânica.
38. Cite as principais células apresentadoras de Ag, determinando suas localizações
específicas.
39. Que classes de Ig ativam significativamente o sistema complemento? Elas têm a
mesma capacidade? Por quê?
40. Dê exemplos de ativadores da via alternada do complemento. Que vantagem
reacional existe pela possibilidade de ativação inicial por esta via?
41. Assinale com um X a (s) células que preenche (m) as características da coluna
da esquerda respectivamente.
Mononuclear
Polimorfonuclear
Cel. Precursora em
M.O.
Granulócito
Fagócito
Profissional
Cel. Principal da
resposta imune
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Cels. Principais na
1ª linha de defesa
na resposta à
infecção
Semelhante à
mastócito
Muito encontrado
em parasitoses e
hipersensibilidade
tipo I
Integrantes do
Sistema
Fagocitário
Mononuclear
(SFM)
I. PROTOZOOLOGIA
C. LISE INTRA-CELULAR:
Lisossomos - São vesículas que contém enzimas hidrolíticas em estado inativo, tendo
com principal função a digestão de macromoléculas.
D. LOCOMOÇÃO:
C. CICLO VITAL
E. IMUNIDADE PROTETORA
F. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
outros corantes apropriados, facilmente identifica essas formas parasitárias. Nas fezes
moldadas, onde encontraremos grande número de cistos, os métodos de concentração
são os mais indicados, por sua sensibilidade, como exemplificado pelos métodos de Faust e
col. e de Ritchie. Para tentarmos anular possíveis períodos de negatividade, em função
da eliminação de pequeno número de cistos, é conveniente o uso de soluções conservadoras
como o de MIF, para coleta de várias amostras fecais (comumente 3), e posterior entrega do
conjunto ao laboratório que processará o material fecal assim conservado, em técnica(s)
conveniente(s) como por exemplo a de Ritchie.
G. EPIDEMIOLOGIA
I. PROFILAXIA
_______________________________________________________________
C. CICLO VITAL
GRAU II: Células epiteliais planas, bacilos de Döderlein, grupos isolados de cocos G+
(eventualmente G-), outros bacilos e leucócitos.
GRAU III a: células epiteliais planas, cocos G+ e G--, redução dos bacilos de Döderlein (não
são os bacilos predominantes), outros bacilos e leucócitos.
D.1.2 MASCULINO: presença de esfíncter em uretra posterior, meio uretral pouco propicio à
multiplicação de T. vaginalis, resposta imune (principalmente por IgA sec) e reações
inflamatórias locais.
D.2.1 FEMININA: Ocorre alteração do pH na agressão, tanto pela ação parasitária, como
em alguns casos por alterações orgânicas pré-existentes, que pode se situar entre 5.0 a 8.5
(Entre 7.0 e 8.5 - vaginite ulcerativa).
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
F. EPIDEMIOLOGIA
F.1.1. Feminina:
E. Prostitutas: 16 a 73%
F.1.2 Masculina
G. PROFILAXIA
B. MORFOLOGIA
C. CICLO VITAL
produzido muito mais por reação do hospedeiro do que por ação direta dos parasitas. As
reações do homem ao parasitismo, serão sumarizadas a seguir.
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
Imunológico: Pesquisa de anticorpos séricos (IgM e/ou IgG) através dos métodos de
ELISA e RIFI (Reação de Imunofluorescência Indireta) ou Reação Intradérmica (somente
em casos de leishmaniose tegumentar).
F. EPIDEMIOLOGIA
Além do mecanismo passivo cutâneo que é o responsável pela maioria absoluta das
infecções, pode ocorrer ainda nas infecções tegumentares de região genital de outros
animais, como o cão, a transmissão passiva genital. Já na leishmaniose visceral, apesar de
muito rara, foram assinalados casos, inclusive humanos, de transmissão transplacentária. Em
razão do pequeno número e do estado clínico dos homens infectados pela L. chagasi e L.
donovani , apesar de viável do ponto de vista teórico, a transmissão transfusional não é
significativa do ponto de vista epidemiológico.
Janeiro. Este parasitismo foi confirmado em outras regiões do nosso país como o Estado de
São Paulo e do Amazonas. No exterior no Panamá, e na Venezuela, foi detectada a presença
de leishmaniose canina em zonas endêmicas de forma tegumentar da doença.
Além do Canis familiaris, outros animais domésticos têm sido estudados para se
avaliar a possibilidade de suas participações como reservatórios do parasita, como os
equídeos. Assim, foi relatada a ocorrência de equídeos naturalmente infectados pela L. b.
braziliensis na Venezuela. Estudando áreas onde ocorreu epidemia de leishmaniose no
Estado do Rio de Janeiro, foram encontradas lesões de onde isolaram L. braziliensis em
homens, cães e equídeos, e não foram encontrados em animais silvestres. Esses casos
foram correlacionados com a importação de asininos de áreas endêmicas. Esses estudos
sugeriram a importância destes animais na dispersão deste parasita.
H. PROFILAXIA
Além do descrito acima, poderemos também lançar mão de várias medidas gerais
tais como: diagnóstico e tratamento dos indivíduos parasitados, utilização de repelentes em
casos de passeio/trabalho em áreas endêmicas, utilização de telas e cortinados em
residências e canis de áreas endêmicas, porém esta malha deve ser muito fina.
Os mais importantes parasitas do homem neste gênero são o T. brucei (T. brucei
rhodesiense e T. brucei gambiense) que é o responsável pela Tripanossomíase
Africana ou Doença do sono e o T. Cruzi que determina a doença de Chagas ou
Tripanossomíase Americana.
Trypanosoma cruzi
B. MORFOLOGIA:
C. CICLO VITAL
E.1 AGUDA: Nesta fase, as lesões orgânicas podem já ser notadas no tegumento (sinal de
porta de entrada), que se for ocular encontraremos edema bipalpebral, unilateral,
frequentemente com dacriadenite (Sinal de Romaña), em função da liberação da forma
tripomastigota, antígenos solúveis e restos da célula hospedeira, que determina lesões
inflamatórias locais. Em função da estimulação do Sistema Fagocitário Mononuclear,
poderemos encontrar hepato-esplenomegalia, que se associa a febre de intensidade variável,
cefaléia e mal-estar. A sintomatologia decorre da intensidade e local de maior agressão do
parasitismo, podendo ser assintomática, olissintomática ou francamente sintomática, neste
último caso, raramente letal.
Obs. Alguns autores deslocam essa forma da fase crônica constituindo-a de forma à parte.
F. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
G. EPIDEMIOLOGIA
H. PROFILAXIA
Os amebídeos, por serem na escala evolutiva, um dos mais antigos grupos ainda
existentes, se adaptaram de forma gradual a grande número de hospedeiros, sendo
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Entamoeba histolytica
D. MECANISMO DE INFECÇÃO: Passivo oral por ingestão de cistos, veiculados por água,
alimentos, ou mesmo por contato oral com mãos contaminadas pelos mesmos.
pleuropulmonar, menos freqüente que a hepática, pode surgir a partir de lesão capsular
hepática, perfuração pleural e instalação posterior pulmonar, ou por via hematogênica. Suas
manifestações: clínicas podem variar muito, sendo as mais freqüentes tosses produtivas com
expectoração de pequena intensidade de tom escuro ou mucóide, febre e dor torácica. A
localização encefálica pode simular várias síndromes de patologias do S.N.C., tendo suas
manifestações clínicas em decorrência da localização e intensidade das lesões locais. Convém
lembrar que em alguns casos o encontro de trofozoitas de amebas nesta localização pode ser
resultado de parasitismo por amebas de vida livre. Outras localizações de extrema raridade
são as cutâneas e cardíacas.
F. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
Obs. Se possível, principalmente nos casos crônicos (menor número de cistos nas fezes),
deve ser realizada pesquisa parasitária em 3 a 5 amostras fecais conservadas por MIF ou
similares, visando maior possibilidade de detecção de cistos de E. histolytica.
C. OUTROS MATERIAIS (fase crônica): Podemos ainda utilizar para pesquisa em casos
particulares, material aspirado de lesões ulceradas pela retossigmoidoscopia, com
posterior coloração pela H.F.
G. EPIDEMIOLOGIA
cutâneas contaminadas. Apesar de poder existir transmissão mecânica por moscas e baratas
coprófagas, a impôrtancia epidemiologica de tais elementos é baixa. Sua prevalência e
gravidade variam muito, quando são analisadas diferentes regiões, sendo a mortalidade
mundial decorrente desta infecção de 40.000 a 110.000 casos por ano. A freqüência de
localizações extra-intestinais, também varia geograficamente, tendo no México, Índia e
norte da África as mais elevadas taxas das mesmas. Apesar dos dados disponíveis em nosso
país serem dispersos e insuficientes, pode-se concluir com os existentes que a região norte
apresenta o maior número de casos graves, sendo encontradas elevadas taxas de
prevalência geral em Manaus, João Pessoa, Belém e Porto Alegre. No Estado do Rio de
Janeiro, raramente ocorrem formas graves, e quando ocorrem, são normalmente casos
importados de outros estados. A faixa etária, predominantemente atingida, compreende
adolescentes e adultos, sendo comparativamente mais raro o parasitismo infantil.
H. PROFILAXIA
F. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
Obs. Para aumentar a sensibildade diagnóstica a pesquisa de formas parasitárias devem ser
realizadas em 3 a 5 amostras fecais, sendo que exceto a última coletada, se utiliza
conservantes como MIF ou similares.
C. OUTROS MATERIAIS (fase crônica): Podemos ainda utilizar para pesquisa em casos
particulares, material aspirado de lesões ulceradas pela retossigmoidoscopia, com
posterior coloração pela H.F.
G. EPIDEMIOLOGIA
A infecção pelo B. coli, apesar de ser cosmopolita, é rara, sendo mais encontrada
em regiões de clima tropical e subtropical, onde como em outras Parasitasses intestinais,
predominam a falta de educação sanitária das populações residentes. O real papel dos suínos
como reservatórios de infeccão é controvertido, sendo na maioria das vezes confirmado, mas
em outras regiões não guardando relação de proporcionalidade entre o número de casos
humanos e a possibilidade de contato direto ou indireto com fezes destes animais. Os símios
não humanos podem ser reservatórios do parasito, mas o seu papel é normalmente restrito
às pessoas que mantêm intimo contato com os mesmos como é o caso dos seus tratadores.
A dificuldade de encistamento do B. coli, possivelmente fruto de resistência natural, é um
fator redutor da disseminação da Parasitose. Os roedores, já foram incriminados por alguns
autores como reservatórios naturais do parasita.
H. PROFILAXIA
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Pelas informações que estão disponíveis, deve-se dar destino adequado às fezes de
suínos, homens parasitados e símios, bem como executar o tratamento de parasitismo
humano.
A. ENTIDADE MÓRDIDA:
B. CICLO VITAL:
A deposição por longo prazo de complexos Ag-Ac pode gerar ativação do sistema
complemento e consequente estado inflamatório, que pode causar insuficiência renal
crônica. Por ser o P. malariae, a espécie que por mais tempo infecta o hospedeiro (em
alguns casos, mais de 20 anos), seguida do P. vivax (algumas vezes até por cinco anos), são
nessa ordem as mais encontradas como geradoras desse quadro renal crônico.
D. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA:
Obs. O sangue periférico deve ser coletado durante, ou até 30 minutos após o acesso
malárico, pois haverá maior número de parasitas no sangue periférico neste período.
D.1.2 Pesquisa de Ac
D.2.2 Pesquisa de Ac e Ag
E. EPIDEMIOLOGIA:
No Brasil temos como regiões endêmicas, a região norte (Amazônia legal), região
centro-oeste (Mato-Grosso e Goiás). Na região sul e Sudeste existem casos isolados.
Para que exista a malária numa região, são necessários três elos fundamentais: o
gametóforo (parasita), o mosquito transmissor, e o homem suscetível.
1. Não são todos os pacientes de malária que apresentam gametócitos circulantes e nem
durante toda a fase da doença; além disso, algumas espécies de Plasmodium apresentam
gametócitos mais tardiamente do que outras;
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1. Não são todas as espécies de Anopheles que são boas transmissoras. No Brasil
destacam-se: A. (Nyssorhynchus) darlingi (interior do país); A (Kerteszia) cruzi e A.
(K) bellator (região Sul do país; zona de bromélias);
2. A distribuição geográfica dos plasmódios está intimamente ligada à presença do vetor e
este, por sua vez, é dependente da geografia ambiente, incluindo tipo de terreno, vegetação,
índice de pluviosidade, temperatura e umidade relativa do ar;
3. A densidade, a longevidade e a antropofilia dos vetores têm grande importância na
epidemiologia da malária.
F. PROFILAXIA:
F.1 Individual - Visa proteger o indivíduo das às investidas dos insetos, ou, pelo uso de
quimioprofiláticos, impedir o aparecimento das manifestações clínicas. Para proteger o
indivíduo, usam-se repelentes, dormir com mosquiteiros ou telar janelas.
F.2 Coletivo - É o método recomendado pela OMS, podendo ser realizado de duas formas
distintas: controle e erradicação. O controle visa reduzir a incidência da doença em certas
áreas ou minorar seus efeitos clínicos, desenvolvendo-se em áreas prioritárias e por tempo
indeterminado (isto é, enquanto necessário).
A erradicação visa extinguir a doença, eliminar os reservatórios (gametóforos) e impedir que
ela recomece depois de erradicada, desenvolvendo-se as atividades dentro dos prazos
determinados. Para que a erradicação obtenha sucesso é necessário, portanto, o
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As medidas de erradicação devem ser muito bem estudadas, pois, em geral, por
atingir ou cobrir grandes áreas, o custo é enorme, envolvendo grande quantidade de pessoal,
viaturas, habitantes e podem variar de região para região na dependência do transmissor
(ores) e hábitos da população entre outras. As fases necessárias para instalação dessas
medidas são:
B. MORFOLOGIA:
C. CICLO VITAL:
Esta fase estaálimitada aos felinos não imunes, que são os únicos hospedeiros
em que o T. gondii pode completar todo seu complexo ciclo vital, particularmente nas
comunidades humanas temos os gatos. Os demais animais (outros mamíferos e aves)
não podem manter senão as fases assexuadas do ciclo e, portanto, desempenham o
papel do hospedeiro intermediário, transmitindo a infecção apenas quando sua carne
serve para a alimentação de outros animais, inclusive o do homem/, ou quando o fazem por
via congênita. Os felinos infectam-se por ingestão de animais parasitados por T. gondii
geralmente roedores, cujos tecidos contêm taquizoítas ou bradizoítas ou por ingestão de
oocistos.
evoluirá dentro do epitélio, formando uma parede externa dupla, dando origem ao oocisto,
depois, na célula epitelial, formarão uma parede externa dupla, dando origem ao oocisto, a
célula epitelial, em alguns dias, sofrerá rompimento, liberando o oocisto imaturo. Essa
forma, através das fezes, alcançará o meio externo e, após um período de cerca de quatro
dias, ficará maduro e apresentando dois esporocistos contendo quatro esporozoítos cada.
1) Passiva oral por ingestão de oocisto contido pricipalmente em veículos como água e
alimentos, ou secundariamente por ingestão destes presentes em jardins, caixas de areia,
latas de lixo ou disseminados mecanicamente por moscas, baratas;
3) passiva oral por pseudocistos e/ou taquizoítas contidos em carne mal cozida;
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
F. EPIDEMIOLOGIA
gatos se infectam principalmente caçando pequenos roedores parasitados, tal como deve
suceder também com outros carnívoros. Mas também podem infectar-se igualmente ao
revolver a terra dos lugares onde costumam defecar e ao lamberem as patas ou o pelo
contaminado com oocistos de origem fecal. Além dos oocistos serem infectantes também
para o homem e que as crianças possam contaminar-se ao brincar em caixas de areia dos
parques infantis (provavelmente frequentadas pelos gatos) ou em função de um maior
contato com estes animais, a origem da toxoplasmose humana deve-se também à ingestão
de carne crua ou mal cozida de gado ou de caça que contenha cistos T. gondii, e o consumo
de produtos cárneos não-cozidos igualmente infectados. A manipulação dessas matérias pode
oferecer risco de transmissão, por via oral, através das mãos contaminadas, podendo
ocorrer transmissão congênita principalmente em gestantes em fase aguda da infecção.
G. PROFILAXIA:
- Evitar o consumo de carne crua ou mal cozida de porco, carneiro, boi (aves e ovos
sendo de menor significado), com consequente cozimento das mesmas, ou salgagem das
mesmas ou tratamento com nitrato;
- Lavar mãos após manipular alimentos crus, após manipular terra, tanques de areia,
contato com gatos, cujo pelos podem estar retidos oocistos que amadurecem em poucos
dias;
- Gatos domésticos devem receber alimentos secos, enlatados ou fervidos e deve-se
evitar, na medida do possível, que cacem e comam carniças; devendo regularmente serem
submetidos a exames coproparasitalógicos para pesquisa de oocistos de T. gondii,
principalmente os mais jovens;
- Evitar contato com gatos vadios ou desconhecidos;
- As fezes dos gatos e o material de forração de seu leito devem ser eliminados
diariamente, antes que os oocistos tenham tempo para embrionar; não envolvendo gestantes
nestas tarefas;
- Tanques de areia devem ser cobertos quando fora de uso pelas crianças;
- Exame e acompanhamento sorológico para T. gondii pré-nupcial e das gestantes.
A. Imunodeficiências primárias
- Células primordiais: P.e. Disgenesia reticular
- Linfócitos B: P.e. Hipoimunoglobulinemia congênita; Deficiência de IgA ou IgM ou
de subclasses de IgG
- Linfócitos T: P.e. Hipoplasia tímica; específica para o agente (Candida albicans,
Leishmania sp.).
- Combinada: P.e. Síndrome de Wiskott-Aldrich; Fisiológica (primeiro ano de vida).
B. Imunodeficiências secundárias
- Desnutrição grave: P.e. Kwashiokor
- Infecção: P.e. Leishmaniose visceral, SIDA, Rubéola.
- Neoplasia: P.e. Leucoses
- Medicamentosa: P.e. Corticóides, ciclofosfamida, quimioterapia anti-neoplásica.
- Exposição à radiação: Cobalto, RX.
B. HABITAT
B.2 Imunodeficientes: Todo intestino delgado, estômago, sistema biliar, pancrêas e sistema
respiratório.
C. HOSPEDEIROS
D. MECANISMO DE INFECÇÃO
E. MULTIPLICAÇÃO
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Apesar deste parasita não se multiplicar em nível intra-celular, o seu contato com
a superfície dessas células como o enterócito, determina em fusão de sua membrana
com a membrana da célula do hospedeiro, o que na localização intestinal implicará em
destruição de microvilosidades, acarretando consequente perda de área absortiva e
liberação de enzimas não degradadas para o intestino grosso, em outras áreas
teremos alterações variadas na decorrência de peculiaridades fisiológicas locais. Ainda em
função desta fixação, teremos uma resposta inflamatória que nos imunocompetentes será
mediada pelo sistema imune local, principalmente por LT, reduzindo as chances de auto-
endo-infecções.
G.1 Gastrointestinais
Na dependência grau lesional podemos encontrar dor tipo cólica e mais raramente febre.
H. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
H.2 Fezes - Em fezes diarréicas, podemos observar algumas vezes grande número de
oocistos o que possibilita a pesquisa pelo método direto. Quando isso não ocorre, podemos
utilizar métodos de concentração onde destacamos o de Sheater. Para confirmação da
etiologia parasitária, em função de suas reduzidas proporções, utilizamos métodos de
coloração onde se obtêm melhores resultados com o de Ziehl-Nielsen modificado, Giemsa
e Safranina azul de metileno. Podem ser usados ainda a microscopia de contraste de
fase e a pesquisa por reação de imunofluorescência direta com Ac monoclonais anti-C.
parvum.
H.3 Aspirados (duodenal, jejunal ou biliar) e secreção respiratória - Além dos métodos de
coloração descritos acima, poderemos utilizar também o contraste de fase e a reação de
imunofluorescencia direta já citadas acima.
Obs. Como precaução de infecções por acidentes de laboratório, pode ser utilizada a solução
de formol tamponado a 10 % nos diversos materiais descritos acima (fezes, aspirados ou
secreção pulmonar).
I. EPIDEMIOLOGIA
. Enterocytozoon
. Encephalitozoon
. Pleistophora
. Septata
. Nosema
C. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
C.2 Fezes - Em fezes diarréicas, podemos observar algumas vezes grande número de
esporos o que possibilita a pesquisa pelo método direto, porém sempre devemos comparar
com morfologia padrão para termos certeza do achado em objetiva de imersão em função do
61
C.3 Aspirados (duodenal, jejunal ou biliar) e secreção respiratória - Além dos métodos de
coloração descritos acima, poderemos utilizar também a reação de imunofluorescencia direta
já citada acima.
D. EPIDEMIOLOGIA
. Toxoplasma gondii
. Entamoeba histolytica
. Giardia lamblia
. Strongyloides stercoralis (nematelminto)
_________________________________________________________________
III. HELMINTOLOGIA
A. MORFOLOGIA
A.1 ADULTOS: O corpo do macho é muito largo, com tegumento recoberto por projeções em
forma de espinhos, cavidade localizada medialmente, constituindo o canal ginecóforo, no
qual, a fêmea se aloja durante a cópula, apresenta ainda, menos de 10 testículos. A fêmea é
maior que o macho, possuindo corpo mais delgado, quase cilíndrico e ovário oval.
A.2 OVOS: Ovos elipsóides afilados na ponta, com casca fina, transparente e com espículo
lateral, larva ciliada (miracidio) no seu interior apresentando movimento ciliar externo
quando observada em médio aumento.
O S. mansoni, em sua fase adulta é encontrado como parasita na luz dos vasos
sanguíneos preferencialmente as vênulas do plexo hemorroidário (plexo mesentérico) e as
ramificações mais finas das veias mesentéricas, particularmente, a mesentérica inferior
63
humana onde a fêmea faz sua oviposição, tendo seus ovos em conseqüência, transporem o
tecido intestinal. Na fase inicial, tais ovos se apresentam embrionados, que após evoluirem
em quatro estágios embrionários, evoluindo finalmente para a formação de larva conhecida
como miracidio. Depois de romperem a mucosa intestinal, facilitados pelo movimento
intestinal, associado à própria reaçào inflamatória, os ovos são eliminados com as fezes e
caso consigam chegar viáveis em coleção hídrica de água doce, libertam o miracídio, que se
locomove por movimento ciliar, suprido por reserva de glicogênio que possibilita sua
vitalidade no máximo por 24 a 48 horas, na tentativa de encontrar seus hospedeiros
intermediários específicos, que são algumas espécies de moluscos do gênero Biomphalaria.
Penetrando nos tecidos do hospedeiro intermediário, os miracídios transformam-se em
esporocistos primários que, por poliembrionia, geram esporocistos-filhos (secundários)
que migram principalmente para as glândulas digestivas do caramujo, gerando uma ou mais
gerações de esporocistos, que finalmente produzem em seu interior cercarias. Pode ocorrer
a partir de cada miracídio a formaçào de até 200.000 cercarias que são liberadas
paulatinamente em pequenos grupos por longo período de tempo, muitas vezes por toda vida
do molusco, esta emergencia geralmente se dá por estímulos relacionados ao aumento da
temperatura da água e luminosidade, o que conscide com as horas do dia onde ocorre maior
atividade humana em contato com a água.
A infecção humana por S. mansoni, na maioria das vezes, costuma ter curso
crônico, assintomático ou oligossintomático podendo produzir alterações anatomopatológicas
cujo caráter e gravidade cobrem extensa gama de situações. Em torno de 2 a 10% dos
infectados desenvolvem lesões hepatoesplenicas graves. Para maior compreensão das
possíveis lesões determinadas no curso da doença, sua patogênese sera dividida em duas
fases clínicas, resumidas abaixo:
Na fase aguda da doença podem ser encontradas alterações em vários tecidos, que
variam em sua intensidade em função do número de formas e das reações orgânicas às
mesmas. No local de penetração das cercarias, pode surgir exantema, prurido e outras
manifestações locais da dermatite cercariana. Porém, por serem as mesmas comuns a
várias afecções, não podem servir como forma diagnóstica clínica desta infecção. Após alguns
dias depois da penetração, as formas em esquistossômulo caem na circulação e passam para
os pulmões, se localizam posteriormente no sistema porta hepática. Durante a etapa de
migração pela circulação, os parasitas podem desencadear uma reação pulmonar, que pode
determinar um espectro de manifestações clínicas que variam desde tosse produtiva,
dificuldade respiratória tolerável e febre, até insuficiência respiratória aguda que pode levar à
morte, quadro este em decorrência da carga parasitária migrante e/ou hipersensibilidade aos
64
Os ovos que circulam pelo sistema das tributárias porta-hepático podem ser
carreados e retidos em outros locais, acarretando assim, um outro frequente sítio de
agressão na esquistossomose mansônica que são os pulmões. A agressão pulmonar ocorre
nesta fase, numa etapa em que o normalmente o hospedeiro se encontra em estado de
hipertensão porta avançado, sendo caracterizada pela retenção de ovos no interior das
arteríolas pulmonares. Da mesma forma que acontece no tecido hepático, o tecido pulmonar
passa a ter um infiltrado inflamatório produzindo o granuloma (endoarterite) e,
posteriormente, o processo fibrótico que acarreta uma condição de hipertensão pulmonar.
Esta hipertensão compromete a o desempenho cardíaco, acarretando em retenção sanguínea,
caracterizando assim quadro de insuficiência cardíaca. Como a mesma tem causa básica
pulmonar, é denominada de “cor-pulmonale“ (coração - pulmonar). Por estudos
amostrais se acredita que em torno de 5% dos infectados por S. mansoni apresentam todas
as formas clínicas citadas.
D. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
D. 1 MÉTODOS COPROPARASITALÓGICOS
Dos 200 a 300 ovos eliminados por dia, somente 20 a 30% deles conseguem
chegar à luz intestinal e consequentemente, 70 a 80% restantes, ficam retidos nos diferentes
tecidos do hospedeiro definitivo. Em consequência disto, o número de ovos que chegam às
fezes é muito pequeno dificultando o coprodiagnóstico. Portanto, são solicitadas de 3 a 5
amostras diferentes de fezes. Os mais sensíveis métodos diagnósticos são: método de
Lutz (Hoffmann, Pons e Janer), que tem como fundamento a sedimentação
espontânea e o método de Kato, que se constitui numa tamisação em malha ultrafina,
seguida de clarificação pelo verde-malaquita glicerina.
E. EPIDEMIOLOGIA
algumas das Pequenas Antilhas. No Brasil sua prevalência foi estimada entre seis a oito
milhões de infectados, antes das campanhas nos últimos anos. Ainda que sua incidencia
venha se reduzindo, em todos os estados a esquistossomose continua expandindo-se
geograficamente, em função da extensão das zonas agrícolas e das áreas irrigadas, sem
que melhorem por isso as condições de vida dos trabalhadores rurais. Os estados do
nordeste e Minas Gerais se constituem nas principais áreas endêmicas do nosso país.
F. PROFILAXIA
A. MORFOLOGIA
A.2 OVOS: São ovos grandes, com 130 a 150 µ m de altura por 60-90 µ m de largura,
forma elíptica, casca fina e opérculo em uma das extremidades. No meio da massa de
células vitelínicas, encontra-se a massa embrionária.
D. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
D. 1 MÉTODOS COPROPARASITALÓGICOS
Indicado apenas na fase crônica, uma vez que na fase aguda não há eliminação de
ovos nas fezes. O mais sensível método diagnóstico é o Método de Lutz, que tem como
fundamento a sedimentação espontânea. O consumo de fígado bovino ou ovino pode
propiciar o encontro de ovos do trematóide nas fezes, ocasionando um resultado falso
positivo. Deve-se neste caso, excluir o fígado da alimentação do paciente por vários dias,
para obter-se um diagnóstico correto.
69
E. EPIDEMIOLOGIA
No Brasil, a fasciolose acomete uma extensa área nos estados da região sul e
sudeste, sendo que no Rio Grande do Sul, onde estão os maiores focos da parasitose,
encontram-se prevalências superiores a 90% em ovinos e bovinos. Os moluscos do
gênero Lymnaea são animais hermafroditas e com hábitos anfíbios, migrando pelas
margens úmidas de lagos, lagoas , riachos e rios tranquilos, bem como pântanos e terrenos
sedimentares recobertos de gramíneas e com água o ano todo. Estes moluscos vivem
geralmente sobre a vegetação aquática submersa ou sobre o lodo do fundo, alimentando-
se de detritos vegetais, de algas e de matérias orgânicas.
F. PROFILAXIA
__________________________________________________________________
PÓS-TESTE: Gênero Fasciola
1. Descreva o ecossitema infectivo desta helmintíase, citando os seus possíveis
hosp.definitivos e intermediários .
2. Disserte sobre a patogenia e as reações orgânicas respectivas nas: 2.1 Fase aguda
2.2 Fase crônica
3. Como é feita a confirmação diagnóstica nesta infecção ?
4. Disserte sobre os principais pontos de importância na epidemiologia e profilaxia desta
parasitose.
5. Po rque o agrião é o principal veiculo para o homem das metacercárias de F. hepatica ?
Obs. Existe uma tendência ainda não aceita de forma unânime entre os especialistas, de
ocorrer subdivisão do gênero Taenia em dois gêneros distintos: Ataeniorrinchus albergando
a espécie A. saginata e gênero Taeniorrinchus com a espécie T. solium. Por razões didáticas
serão mantidas a unidade do gênero Taenia.
B. MORFOLOGIA:
B.4 Colo: Está situado imediatamente abaixo do escólex, não tem segmentação, mas suas
células estão em constante atividade reprodutora, sendo assim a zona de formação de
proglotes jovens.
B.7 Ovo: Formato esférico, marrom, com diâmetro aproximado de 40 µ m, membrana que
apresenta aparencia radiada entre a parte externa e interna contendo embrião hexacanto
(oncosfera) em seu interior, sendo morfologicamente indistinguivel entre as duas espécies.
B.8 Cisticerco: Frmato eliptico ou semiesférico, diametro com maior eixo medindo 8 a 10
mm. Membrana externa limitando com larva única que se é o precursor do escólice e colo,
a larva de T. saginata se apresenta com 4 ventosas no protoescólice e a T. solium tem uma
coroa de acúleos no centro das quatro ventosas.
C. CICLO BIOLÓGICO:
com auxílio dos acúleos. Em seguida buscam as vênulas e atingem as veias e linfáticos
mesentéricos. Atingem a corrente circulatória, sendo transportados por via sanguínea a
todos órgãos e tecidos do organismo, principalmente os que apresentam maior
vascularização. As oncosferas desenvolvem-se para cisticercos nestes tecidos. A infecção
humana através de cisticerco se dará pela ingestão de carne crua ou mal cozida de
porcos ou bovinos infectados. O cisticerco ingerido sofre a ação do suco gástrico,
evagina-se e fixa-se, através do escólice à mucosa do intestino delgado, começando a
produzir proglotes o que depois de algum tempo determina a formação do adulto, que pode
atingir seu tamanho máximo em alguns meses.
O termo leigo solitária para designar a forma adulta do gênero Taenia, tem sua
explicação o fato admitido pela maioria dos especialistas, que o primeiro adulto albergado
pelo paciente determina estado imunitário protetor parcial que dificulta a instalação de
reinfecções pela mesma espécie. Os poucos casos de parasitismo múltiplo seriam
provavelmente devidos a infecção inicial concomitante com vários cisticercos e/ou a uma
imunodeficiência específicas do hospedeiro.
C.2.1 TENÍASE
- Passivo oral através da ingestão de carne crua ou mal cozida de bovinos (T. saginata) ou
suínos ( T. solium).
AUTO-INFECÇÃO EXTERNA (AUTO EXO INFECÇÃO): Passivo oral por ingestão de ovos de
seu próprio parasita que são levados à boca pelas mãos contaminadas ou pela coprofagia
(ovos livres e proglotes).
D.1 Teníase:
Complicações
D.2 Cisticercose:
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
74
E.1 Teníase
a. Observação de proglotes grávidos entre duas lâminas, após clarificação pelo acido
acético:
E.2 Cisticercose
F. EPIDEMIOLOGIA
G. PROFILAXIA:
__________________________________________________________________
_
PÓS-TESTE: Cestóides - Gênero Taenia
B.1 ADULTOS:
Os adultos apresentam corpo segmentado e achatado em forma de fita, medindo
em média 3 a 6 mm de comprimento do estróbilo.
B.4 Colo: Está situado imediatamente abaixo do escólex, não tem segmentação, mas suas
células estão em constante atividade reprodutora, sendo assim a zona de formação de
proglotes jovens.
77
B.5 Estróbilo: É composto por três a quatro proglotes que apresentam somente um poro
genital, sendo um a dois imaturo(s), um maduro e um grávido.
B.6 Proglotes grávidos: Apresenta útero em forma diverticular, com ramos laterais
curtos, contendo em seu interior de 600 a 900 ovos.
B.7 Ovo: Se apresenta esférico, com membrana radiada entre a membrana externa e
interna (embrióforo) e embrião hexacanto (oncosfera) em seu interior.
C. CICLO BIOLÓGICO:
c. Estado reacional do hospedeiro, que varia com o grau de resposta por hipersensibilidade
tipo I e a quantidade de antígenos larvares possivelmente liberados.
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
Hidatidose:
F. EPIDEMIOLOGIA
G. PROFILAXIA:
__________________________________________________________________
_
PÓS-TESTE: Gênero Echinococcus
1. Descreva o ecossitema infectivo desta helmintíase, citando os seus possíveis
hosp.definitivos e intermediários .
2. Disserte sobre a patogenia e as reações orgânicas respectivas nas: 2.1 Fase aguda
2.2 Fase crônica
3. Como é feita a confirmação diagnóstica nesta infecção ?
4. Disserte sobre os principais pontos de importância na epidemiologia e profilaxia
desta Parasitose.
1. Ascaris lumbricoides
B. MORFOLOGIA:µ
B.1 ADULTOS: Longos, cilíndricos, com extremidade anterior trilabiada e posterior afilada.
As fêmeas apresentam parte posterior retilínea e os machos ligeiramente encurvada. Quando
chegam ao seu máximo de desenvolvimento, os machos medem de 15 a 30 cm e as fêmeas
entre 30 a 40 cm. Caso ocorra grande carga parasitária, as dimensões dos adultos podem
ser menores que o mínimo citado.
C. CICLO BIOLÓGICO:
Por seu tropismo pelo oxigênio, perfuram o vaso sanguíneo, onde estão
situadas, bem como o alvéolo, ocorrendo ai reação defensiva inflamatória que associada a
movimento ciliar e da própria larva as impulsiona para os bronquíolos onde sofrem a
segunda muda, se transformando em L3, de comprimento entre 5 e 8 mm. Após 3 a 5 dias,
iniciam ascensão pela árvore respiratória, auxiliadas por movimentação própria e
posteriormente por movimento dos cílios localizados na mucosa do trato respiratório, fazendo
a terceira muda, se transformando em L4 à nível de bronquíolos ou brônquio, já chegando
a medir entre 1 a 2 mm.. Após encaminharem-se pela traquéia e laringe, chegam até a glote
e caso não sejam eliminadas junto a secreção pulmonar para fora do organismo, são
finalmente deglutidas com as secreções alcançando estômago e finalmente chegando ao
intestino delgado, iniciam quarta e última muda que as transforma L5 (adultos jovens), já
apresentando 6 a 9 mm, para posteriormente sofrerem maturação sexual e consequente
condição de cópula. Em 70 a 90 dias as fêmeas iniciam a oviposição. Alguns autores,
81
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA:
Em razão do grande número de ovos eliminados normalmente nas fezes (em torno
de 200.000 ovos por fêmea/dia) e de sua densidade de valor intermediário, praticamente
todos os métodos de concentração Tanto os de sedimentação quanto os de flutuação)
utilizados na rotina, apresentam boa sensibilidade na ascaridíase. Citaremos a seguir as
principais técnicas utilizadas tais como as de Lutz, Ritchie, Faust, Sheater e Willis.
Quando se quer ter uma estimativa do parasitismo, são utilizados os métodos de Kato-Katz
e o de Stoll:
- Obs.: Cuidado com a morfologia dos ovos inférteis ou férteis descorticados nas fezes, pois
a mesma pode determinar falso negativos ou identificação errônea, pois se assemelham a
ovos de ancilostomídeos.
F. EPIDEMIOLOGIA:
Se apresenta como uma infecção cosmopolita, com alta prevalência nas áreas
tropicais, principalmente devido a desorganização educacional sanitária que os países que
ai se situam apresentam e secundariamente pela temperatura média anual e umidade
ambiente elevada, viabilidade do ovo infectante por muitos meses em condições adequadas
no, meio ambiente, grande produção de ovos pela fêmea, dispersão dos ovos através
de chuvas, cursos hídricos, e com menor relevancia a partir de vetores mecânicos tais com
baratas coprófagas e moscas. Um fator de relevancia na transmissão pode ser a grande
concentração de ovos de A. lumbricoides no peridomicílio, em decorrência principalmente
de hábitos de defecação pelos habitantes da própria moradia. A maior prevalência é
encontrada em crianças na faixa etária de um a dez anos.
G. PROFILAXIA:
__________________________________________________________________
____________________________
PÓS-TESTE: Ascaris lumbricoides
B. MORFOLOGIA:
C. CICLO BIOLÓGICO:
E.1. OVOS: Pela sua pequena densidade, as técnicas mais sensíveis são as de flutuação
onde se destacam:
a. Método de Baermann
b. Método de Rugai
Obs. Para ter-se uma estimativa da carga parasitária, procede-se a contagem de ovos por
grama de fezes pelo método de Stoll.
F. EPIDEMIOLOGIA:
G. PROFILAXIA:
__________________________________________________________________________
____________________
PÓS-TESTE: Ancilostomídeos
1. Quais são as principais espécies de ancilostomídeos encontrados no Brasil ?
2. Disserte sobre o ecossistema infectivo deste parasita, destacando as condições ideais de
solo.
3. Disserte sobre a patogenia e manifestações clínicas nestas infecções.
4. Como se faz a confirmação diagnóstica desta Parasitose ?
6. Disserte sobre a confirmação diagnóstica (Preferencial para os alunos do curso de
Farmácia e Biologia)
7. Disserte sobre as principais medidas profiláticas nesta infecção.
3. Strongyloides stercoralis
B. MORFOLOGIA:
B.1 ADULTOS: FÊMEAS: Apresentam corpo fusiforme, com comprimento de 1 a 1,5 mm,
com extremidade romba onde temos a boca com três pequenos lábios. As fêmeas de vida
livre apresentam pequenas diferenças morfológicas em relação as fêmeas
partenogenéticas.
MACHOS: Apresentam comprimento de 0,7 mm, com cauda recurvada ventralmente e dois
espículos pequenos.
B.2 OVOS: Semelhantes aos de ancilostomídeos, porém, quase exclusivamente
encontrados em tecido intestinal.
B.3 LARVAS: As larvas geradas pelo ciclo partenogenético apresentam esôfago
rabditóide L1 e 1 L2 (região anterior cilíndrica, pseudo bulbo na região intermediária e bulbo
posterior) que podem evoluir, de forma direta para L3 que apresentam esôfago filarióide
(longo e cilíndrico).
C. CICLO VITAL:
D. MECANISMOS DE AGRESSÃO:
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA:
a. Método de Baermann
b. Método de Rugai.
F. EPIDEMIOLOGIA:
G. PROFILAXIA:
__________________________________________________________________________
________________
PÓS-TESTE: Strongyloides stercoralis
1. Pode o S. Stercoralis se manter no solo em número crescente por determinado tempo ?
Justifique.
2. Disserte sobre o ecossistema infectivo deste parasita.
3. Disserte sobre a patogenia e manifestações clínicas nestas infecções.
4. Por que os estados de imunodeficiência nesta Parasitose podem acarretar alterações mais
drásticas do que em outras helmintíases intestinais ?
5. Como se faz a confirmação diagnóstica desta Parasitose ?
6. Disserte sobre a confirmação diagnóstica (Preferencial para os alunos do curso de
Farmácia e Biologia).
7. Disserte sobre as principais medidas profiláticas nesta infecção.
III.2.1.2 NEMATÓIDES DE HABITAT EM INTESTINO GROSSO
1. Trichuris trichiura
B. MORFOLOGIA:
91
B.1 ADULTOS: Apresentam região anterior do corpo afiliada e mais comprida que a
posterior que apresenta dilatação em razão de nela serem situados os órgãos reprodutivos e
intestino. Esta aparência externa confere a esta forma, aspecto de chicote. As fêmeas têm
em torno de 4 a 5 cm, possuem a extremidade posterior romba e reta. Os machos têm em
torno de 2,5 a 4 cm e possuem extremidade posterior encurvada, apresentando um espículo
protegido por uma bainha.
C. CICLO BIOLÓGICO:
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA:
Dada a grande fecundidade das fêmeas e também pela densidade dos ovos
serem intermediária, sua pesquisa nas fezes não oferece dificuldade, pela maioria dos
métodos concentração para pesquisa de ovos, tanto os de flutuação (Método de Faust;
Método de Willis) como naqueles que utilizam a sedimentação (p.e Método de Ritchie;
Método de Lutz).
F. EPIDEMIOLOGIA:
G. PROFILAXIA:
__________________________________________________________________________
____________________
PÓS-TESTE: Trichuris trichiura
1. O nome deste parasita é correto do ponto de vista de seu significado ? Justifique.
(Preferencial para os cursos de Farmácia e Biologia)
2. Disserte sobre o ecossistema infectivo deste parasita.
3. Disserte sobre a patogenia e manifestações clínicas nestas infecções.
4. Explique a patogenia da principal complicação nesta Parasitose.
5. Cite os métodos diagnósticos utilizados nesta Parasitose.
93
B. MORFOLOGIA:
C. CICLO EVOLUTIVO:
recoberta de muco que chega a ser sanguinolento. Pontos hemorrágicos também podem
ser encontrados na mucosa do reto. A sensaçào de prurido é intensa levando o indivíduo a
coçar-se o produzir escoriações na pele, que abrem caminho para infecções bacterianas
secundárias. O prurido manifesta-se com periodicidade, à noite logo após deitar-se. Nas
mulheres pode acompanhar de prurido vulvar. Há perturbações do sono que gera
irritabilidade, nervosismo e insônia. Na esfera genital a irritação local pode conduzir a
exagerado erotismo, masturbação. Em casos de infecção intensa por adultos, pode se ter
uma colite crônica, com produção de fezes moles ou diarréias, perturbações do apetite e
emagrecimento. Entre as complicações da enterobíase, alguns autores incluem a apendicite
crônica, seja devido à ação irritante do parasita no local, seja a fenômenos obstrutivos ou à
invasão da mucosa. A invasão da parede do colo pelos vermes e a formação de granulomas
em torno deles, ou de seus ovos, já foram assinaladas, também a perfuração e localização
dos parasitas no peritônio. Nas mulheres, constatou-se a invasão da vulva e da vagina, com
produção de vulvovaginites, ou em casos raros, do útero, trompas, ovário e cavidade
peritoneal, determinando em todos os locais processos inflamatórios de inmtensidade e
manifestações clínicas de intensidade variável.
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA:
F. EPIDEMIOLOGIA:
G. PROFILAXIA:
G.1 Identificar através dos métodos convencionais de exame, tratando os casos positivos
repetidamente (2 a três esquemas terapêutico em intervalos de 20 a 25 dias) para reduzir o
problema das reinfecções constante, já que as larvas não são atingidas pelos medicamentos
que hoje dispomos, bem como a todos os membros da família ou do grupo em causa
__________________________________________________________________________
__________________
PÓS-TESTE: Enterobius vermicularis
1. Disserte sobre o ecossistema infectivo deste parasita.
2. Disserte sobre a patogenia e manifestações clínicas nestas infecções.
3. Cite os métodos diagnósticos utilizados nesta Parasitose.
4. Como se faz a confirmação diagnóstica desta Parasitose ? (Preferencial para cursos de
Farmácia e Biologia)
5. Disserte sobre a confirmação diagnóstica (Preferencial para os cursos de Farmácia e
Biologia)
6. Disserte sobre as principais medidas profiláticas nesta infecção.
III.2.1.3 NEMATODÍASES DE HABITAT EXTRA-INTESTINAL
3.1 FILARíDEOS
1. Wuchereria bancrofti
B. MORFOLOGIA:
A localização dos adultos por longo períodos em sistema linfático, bem como suas
larvas (microfilárias), determina a liberação de antígenos parasitários, desencadeando
processo de responsivo do hospedeiro, inespecífico e/ou humoral e celular, que acarreta
processo inflamatório com tendência cronicidade, hipertrofiando os linfonodos, que por
distensão ativam terminações sensitivas o que explica a dor relatada por alguns
pacientes. Este processo inflamatório, origina área eritematosa e com aumento local de
temperatura, aumento do diâmetro e espessamento de paredes dos vasos linfáticos, que se
apresentam frequentemento com infiltrado inflamatório onde podem predominar eosinófilos
ou mononucleares em função da resposta do hospedeiro e fase da agressão. Por ser um
processo crônico, é frequente a fibrose septal, espessamento da cápsula e eosinofilia local,
com área edematosa inflamatória em todo trajeto linfático atingido, inclusive linfonodos. A
inflamação crônica linfonodal, pode determinar, lesão das válvulas linfáticas, o que
dificulta a circulação linfática.
F. EPIDEMIOLOGIA:
G. PROFILAXIA:
2. Onchocerca volvulus
B. MORFOLOGIA:
B.1 ADULTOS: São longos, delgados e cutícula transversal com estriação transversal
tendo a fêmea entre 40 a 70 cm de altura por 0,3 a 0,4 de diâmetro e o macho 2 a 4 cm de
altura por 0,15 a 0,2 cm de diâmetro.
entra em progressiva regressão, até confinar-se a massa fibrótica residual, que se constitui
na sequela de tais lesões. A longevidade parasitária pode chegar a períodos de 12 15 anos,
porém, sua capacidade reprodutiva, cai progressivamente com o tempo de infecção. Existe a
possibilidade do encontro de adultos entre os espaços nodulares, camadas musculares e
próximos a ossos e articulações. Quando estão presentes nos oncocercomas machos e
fêmeas, ocorre a fecundação das últimas em períodos que variam de 1 a 4 ciclos
reprodutivos anuais, produzindo em cada um deles 200.000 a 400.000 larvas
denominadas microfilárias, que apresentam grande mobilidade, o que possibilita sua
chegada a tecido conjuntivo, tendo vida média de 6 a 30 meses. As lesões cutâneas
determinadas pela presença maciça de microfilárias, acarreta distúrbios inflamatórios,
que mesmo após a morte das mesmas determina aumento de, fibroblastos e polissacarídeos
entre as fibras colágenas o que possivelmente explica o edema epitelial, a despigmentação e
a substituição progressiva do tecido dérmico normal pelo tecido fibroso. Na fase crônica, o
edema epitelial diminui, mas a hiperqueratose e a despigmentação cutânea evoluem
continuamente, ocorrendo simultaneamente a atrofia das glândulas sebáceas e folículos
pilosos, acarretando a flacidez cutânea denominada como geriatrodermia. Podem ocorrer
formas mais graves, com intenso prurido erupção papular e despigmentação localizada.
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA:
F. EPIDEMIOLOGIA:
G. PROFILAXIA:
A profilaxia desta parasitose fica dificultada pelas peculiaridades do ciclo vital dos
transmissores da parasitose, porém, as suas linhas básicas devem buscar o tratamento dos
homens parasitados, a retirada de possíveis sedes de ovos e, larvas e pupas dos rios (galhos,
troncos e afins) e o combate ao adulto.
100
101
__________________________________________________________________________
__________
PÓS-TESTE: FILARÍDEOS
1. Quais são as duas filárias de maior importância à nível médico em nosso país ?
2. Disserte sobre a patogenia e reações orgânicas correspondentes na Wuchereríase e
oncocercose.
3. Cite os métodos de confirmação diagnóstica na Wuchereríase. Existe alguma
preferencia por horário de coleta de sangue para fins diagnósticos ? Justifique.
4. Disserte sobre a confirmação diagnóstica na filariose bancroftiana e oncocercose.
(Preferencial para os alunos dos cursos de Biologia e Farmácia)
5. Disserte sobre a epidemiologia da Wuchereríase e oncocercose.
6. Disserte sobre a profilaxia da filariose linfática e oncocercose.
7. Por que a profilaxia da Oncocercose é muito difícil de ser executada ?
3.2 O HOMEM COMO HOSPEDEIRO PARATÊNICO: “LARVA MIGRANS”
A. AGENTES ETIOLÓGICOS
B. MECANISMO DE INFECÇÃO
D. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
E. EPIDEMIOLOGIA
F. PROFILAXIA
crianças com locais arenosos que possam sofrer contaminação de cães e gatos e cobrir
caixas recreativas de areia após os horários de recreação.
A. AGENTES ETIOLÓGICOS
B. MECANISMO DE INFECÇÃO
Na maioria das infecções (T. Canis), o mecanismo de infecção é passivo oral por
ingestão de ovos contendo larvas de segundo estágio, raramente, nas situações onde os
agentes determinam primariamente larva migrans cutânea e secundariamente sindrome
visceral, o mecanismo é ativo cutâneo, por penetração das larvas respectivas.
D. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
Apesar da biópsia hepática ser viável do ponto de vista operacional, sua baixa
sensibilidade e risco cirúrgico, determina que a mesma seja raramente empregada. O
desenvolvimento de provas de detecção de Ac anti-Toxocara canis de alta sensibilidade
104
E. EPIDEMIOLOGIA
F. PROFILAXIA
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PÓS-TESTE: LARVA MIGRANS
1. Defina Larva Migrans.
2. Quais são os principais agentes etiológicos da: a. Larva Migrans Cutânea b. Larva
Migrans Visceral
3. Disserte sobre a patogenia e reações orgânicas na: a. Larva Migrans Cutânea b.
Larva Migrans Visceral
4. Qual é o diagnóstico diferencial mais importante da LMV ocular ?
5. Disserte sobre a epidemiologia e profilaxia da: a. Larva Migrans Cutânea b. Larva
Migrans Viscera
ENTOMOLOGIA E ACAROLOGIA MÉDICA
B. MORFOLOGIA: São insetos, com o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. Não
possuem asas e apresentam aparelho bucal picador-sugador. As pernas são fortes e no
tarso nota-se uma forte garra que se opõe a um processo na tíbia, esse conjunto (garra e
processo tibial) forma uma pinça, com o qual o inseto fica firmemente “abraçado” ao pêlo
ou vestimenta. Os ovos são colocados aderidos aos pêlos ou as fibras dos tecidos, são
operculados, de coloração branco-amarelada, medindo aproximadamente 0,8 mm de
comprimento por 0,3 mm de largura.
B.3 Pthirus pubis: É a espécie menor, com morfologia característica e com localização
preferencial na região pubiana e perianal, porém, sua localização não é exclusiva
dessas áreas, caso parasitem crianças, pela ausência de pêlos pubianos, seus ovos são
encontrados nos cílios das pálpebras, podendo independente de faixa etária ser
encontrado nos pêlos axilares, nas sobrancelhas, nas pestanas e na barba. Mais
raramente tem sido visto no cabelo. O P. pubis permanece em geral agarrado à base
dos pêlos, com a cabeça contra a pele, ficando suas peças bucais no interior do tecido
cutâneo, algumas vezes por vários dias, mesmo no intervalo entre repastos sangüíneos.
C. CICLO BIOLÓGICO
Todas as etapas do ciclo vital dos piolhos (ovo, ninfa e adulto), desenvolvem-
se sobre o corpo do hospedeiro. Tanto as ninfas como os adultos alimentam-se de
sangue.
E. CONFIRMAÇÃO DE DIAGNÓSTICO:
F. EPIDEMIOLOGIA :
G. PROFILAXIA:
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PÓS TESTE: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS ARTRÓPODES E ANOPLURAS.
109
1. Em linhas gerais, como os artrópodes podem ser importantes do ponto de vista médico ?
2. Que diferenças comportamentais existem entre o Pediculus humanus captis e o P.
humanus corporis ?
3. E para o Phthirus pubis em crianças ?
4. Como os insetos hematófagos determinam em linhas gerais sua patogenia e
manifestações clínicas ?
5. Como se faz a confirmação diagnóstica nas pediculoses ?
6. Disserte sobre os principais pontos de importância na epidemiologia dos anopluras.
7. Disserte sobre a profilaxia destas infestações.
IV.1.2 Ordem Siphonaptera
A. CICLO BIOLÓGICO:
C. EPIDEMIOLOGIA:
110
D. PROFILAXIA:
________________________________________________________________________
___________________
111
A. CICLO BIOLÓGICO:
Como qualquer díptero, este grupo tem um ciclo completo de vida, discriminado abaixo,
onde as fases larvares se desenvolvem em tecidos, visando acúmulo de nutrientes
par a fase seguinte de pupa.
do tecido próximo onde se localiza , sofrendo as mudas larvais. Após este período que
geralmente dura alguns dias, abandona o hospedeiro e cai no solo, caso possível, enterra-
se transforma-se em pupa, construindo um pupário em torno de si, onde após a
maduração se transforma em adulto.
D. EPIDEMIOLOGIA:
E. PROFILAXIA:
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PÓS TESTE: DÍPTEROS
1. qual é a importância geral dos dípteros para o homem ?
2. Esquematize o ciclo dos dípteros determinantes de miíase.
3. Descreva as diferenças entre miíase biontófaga e necrobiontófaga, exemplificando cada
uma delas.
4. Disserte sobre a patogenia e manifestações clínicas nos seguintes tipos de miíase:
a) Berne b) biotófaga c) necrobiontófaga
5. Como se faz a confirmação diagnóstica nas miíases ?
6. Como devem ser retiradas as larvas em cada situaçào de miíase.
7. Disserte sobre os principais pontos de importância na epidemiologia deste grupo
biológico.
8. Disserte sobre a profilaxia destas infestações.
IV.1.4 ORDEM HEMIPTERA
A. MORFOLOGIA:
B. CICLO BIOLÓGICO:
C. MECANISMO DE TRANSMISSÃO:
face anterior do punho e dos cotovelos, nas paredes da axila, nos tornozelos e nos
pés, podendo estender-se a infecção às virilhas, nádegas, genitais externos e
mamas. A cabeça geralmente é poupada, bem como o pescoço e o dorso. Elementos
característicos da sarna são a presença de sulcos escuros (devido à sujeira que se
acumula e às dejeções dos parasitos) e as vesículas perláceas produzidas como reação
à secreção salivar do ácaro.
E. CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA
Demonstração do parasito pode ser efetuada da seguinte forma:
*0 Aplicação de uma fita gomada transparente sobre a pele da região afetada: os
ácaros aderem a fita, que deverá ser depois colada sobre uma lâmina de microscopia e
examinada ao microscópio, com aumento pequeno.
Quando os ácaros são escassos, como nas infecções iniciais ou em pessoas muito
asseadas, buscar os parasitos mediante escarificação da pele na área suspeita e
tratamento do raspado pela potassa a 10% ou pelo lactofenol. Examinar, depois, o
sedimento ao microscópio. Noutros casos, pode-se abrir a galeria cutânea com uma
agulha para procurar o parasito em sua extremidade.
F. EPIDEMIOLOGIA E PROFILAXIA:
Como o ácaro pode sobreviver durante alguns dias no meio ambiente, a sarna
pode ser contraída por pessoas que entrem em contato como nos locais anteriormente
usados pelos doentes, nas casas, hotéis e hospitais; por exemplo quando se sentam em
sofás ou se deitam em camas anteriormente usados por eles.
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PÓS TESTE: ARACNÍDEOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA
1. qual é a importância geral dos aracnídeos para o homem ?
2. Esquematize o ciclo dos aracnídeos.
4. Disserte sobre a patogenia e manifestações clínicas: a) Sarna b) Infestação por
carrapatos
5. Como se faz a confirmação diagnóstica nas sarnas ?
6. Como devem ser retirados os carrapatos aderidos no tegumento cutâneo.
7. Disserte sobre os principais pontos de importância na epidemiologia da sarna humana.
8. Disserte sobre a profilaxia da sarna humana.