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CURSOS ON-LINE – DIR.

TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS - ICMS-SP


PROFESSOR ALEXANDRE LUGON

Caros concursandos e futuros colegas!


Há muito já venho aguardando uma melhor oportunidade para colaborar
com vocês via cursos “on-line”. As oportunidades já surgiram em
algumas ocasiões, mas por motivos variados fomos adiando esta nova
jornada de trabalho. Agora espero me dedicar mais aos alunos que,
muitas vezes, não têm a oportunidade de acesso aos cursos
especializados voltados para concurso público ou, mesmo o tendo,
procuram uma segurança maior para lograr êxito.
No início, quando comecei a estudar para concursos públicos, tinha uma
visão ainda muito limitada quanto à melhor estratégia a adotar visando
um aprendizado correto. Muitos preferem estudar sozinhos, outros
preferem freqüentar os cursos preparatórios. Realmente é de grande
valia para o aluno a experiência daqueles que estão há anos engajados
na rotina dos concursos públicos. A orientação objetiva de professores
acostumados a fazer questões de prova em concurso público oferece aos
alunos um caminho muito mais seguro a trilhar. As aulas teóricas
passam a ser muito mais do que meros ensaios acadêmicos, mas sim
um roteiro de estudo conjugado a exemplos de provas de forma a
moldar o aprendizado. As aulas devem ser direcionadas para a direção
da doutrina majoritária, das jurisprudências do Supremo Tribunal
Federal , STJ e outros.
Um dos aspectos mais relevantes ao longo desta modesta trajetória foi
identificar a excelência e importância dos cursos de exercícios. Os
módulos de teoria não seriam suficientes para a preparação do aluno
rumo às provas. Necessário se faz o exercício constante do aluno,
adequando a teoria aos casos que, rotineiramente, caem em provas.
Portanto, neste trabalho que propomos a desenvolver em conjunto,
vamos abordar exercícios específicos na Disciplina Direito Tributário
para levar à tona os aspectos mais relevantes do programa do concurso
ICMS.
Vamos dar ênfase maior às questões da banca examinadora do concurso
ICMS-SP 2006, Fundação Carlos Chagas, sem, no entanto, excluir a
apreciação eventual de uma ou outra questão relevante, seja da ESAF
ou UNB, ou seja qualquer outra banca examinadora que possa
completar o aprendizado de um tópico essencial.
O nosso curso terá a duração de 6 encontros. Será um trabalho
estritamente objetivo com alvo definido, buscando dar condições ao
aluno de fazer a prova de Direito Tributário com maior rapidez e
precisão.
O programa básico a ser seguido será aquele voltado ao concurso ICMS
SP enfatizando principalmente, dentre outros, os seguintes temas:

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PROGRAMA BÁSICO
1. UNIDADE I
Introdução ao estudo do Direito Tributário:
Receitas Públicas
Direito Tributário X Direito Financeiro
Definição de Tributo
1.1.Espécies tributárias:
Impostos
Taxas
Contribuições de Melhoria
Empréstimos Compulsórios
Contribuições Para-fiscais

2. UNIDADE II
Competência Tributária:
Competência para estabelecer normas gerais de Direito Tributário
Competência da União, Estados, D.F. e Municípios para instituir
Tributos.
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar:
Princípios Constitucionais Tributários e Imunidades

3. UNIDADE III
Legislação Tributária:
Leis
Emendas à Constituição
Leis Delegadas
Leis Complementares
Leis Ordinárias
Medidas Provisórias
Decretos Legislativos
Resoluções do Senado Federal
Tratados e Convenções Internacionais
Decretos

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Normas Complementares
Convênios ICMS
Vigência da Legislação Tributária
Aplicação da Legislação Tributária- Exceções à Irretroatividade
Interpretação e Integração

4. UNIDADE IV
Obrigação Tributária:
Elementos estruturais
Fato Gerador
Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
Prestações
Obrigação Tributária Principal e Acessória
Princípio do "Non Olet"
Convenções Particulares
Solidariedade
Capacidade Tributária Passiva
Domicílio Tributário
Responsabilidade Tributária:
Responsabilidade por Substituição e por Transferência
Responsabilidade dos Sucessores
Responsabilidade de Terceiros
Responsabilidade por Infrações

5. UNIDADE V
Crédito Tributário:
Natureza Jurídica
Lançamento Tributário:
Definição
Regência do Lançamento Tributário
Hipóteses de Alteração
Modalidades do Lançamento Tributário
Hipóteses de suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário:

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Moratória
Depósito do Montante Integral
Reclamações e Recursos
Liminares e Tutelas Antecipadas
Parcelamento
Extinção do Crédito Tributário
Pagamento
Compensação
Transação
Remissão
Prescrição e Decadência
Ação de consignação em pagamento
Conversão do depósito em renda
Pagamento antecipado e ulterior homologação
Decisão administrativa irreformável
Decisão judicial transitada em julgado
Dação em pagamento em bens imóveis
Exclusão do Crédito Tributário
• Isenção
• Anistia

6. UNIDADE VI
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário

7. UNIDADE VII
Administração Tributária - Fiscalização

8. UNIDADE VIII
Direito Penal Tributário

Portanto, vamos dar início aos nossos trabalhos. A nossa aula


de apresentação versará sobre o tema RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA.

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AULA ZERO: RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

01. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) No ato de


aquisição de um estabelecimento comercial ficou convencionado entre
as partes que o adquirente somente responderia pelos impostos
incidentes sobre as operações tributáveis ativadas após a celebração do
contrato negocial. Nesta hipótese, os impostos relativos às operações
pretéritas:
a) só podem ser cobrados do adquirente, como sucessor, se forem
apurados até a data da aquisição do estabelecimento.
b) só podem ser cobrados do adquirente, pois o alienante foi excluído
da relação jurídica tributária.
c) só podem ser cobrados do alienante, pois a convenção particular é
oponível à Fazenda Pública.
d) podem ser cobrados do alienante ou do adquirente, como sucessor.
e) não podem ser cobrados do alienante, pois a hipótese é de evasão
lícita.

Comentários.
A questão versa sobre a prevalência da lei sobre os contratos em se
tratando da definição dos elementos estruturais da relação jurídica
tributária. De acordo com o inciso II do art. 121 do Código Tributário
Nacional, a figura do “responsável tributário” , como sujeito passivo
indireto, depende de previsão expressa em lei:
“Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.... II - responsável,
quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra
de disposição expressa de lei.”
No entanto, a elaboração de contrato entre particulares para definição
de responsabilidade é lei apenas entre as partes, não prevalecendo para
fins de atribuição de responsabilidade tributária perante a Fazenda
Pública, uma vez que a definição de sujeito passivo é matéria objeto de
legalidade, exigindo previsão expressa em lei. É o que dispõe o art. 123
CTN, segundo o qual as convenções particulares não prevalecem para
fins de alteração da definição legal do sujeito passivo, salvo previsão na
própria lei:
“Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos,

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não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição
legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes”.
Por último, cabe ressaltar que, no caso exposto, tratando-se de
sucessão de fundo de comércio, em situação regular, ou seja, fora de
um processo de falência ou de recuperação judicial, estaria correto
atribuir ao adquirente do fundo a responsabilidade pelos tributos
devidos pelo fundo adquirido até a data da aquisição, desde que haja
continuidade, pelo adquirente, na respectiva exploração. O que pode
variar é o grau de responsabilidade, ora em caráter pessoal (diz o CTN
“integral”), ora em caráter subsidiário. Segundo o art. 133 CTN: “A
pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial,
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a
mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde
pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos
até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração
do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o
alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
outro ramo de comércio, indústria ou profissão.”.
Gabarito oficial: alternativa “d”.
Portanto, correto o gabarito oficial (alternativa “d”), uma vez que a
convenção particular não prevalece sobre a definição legal de
responsável, nos termos do art. 133 CTN. Definição de responsabilidade
tributária é assunto que exige previsão em lei.
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a responsabilidade do
sucessor é para os fatos geradores ocorridos até a data da
transferência, independentemente de ter havido ou não, até esta data, a
apuração do crédito tributário. Vale o surgimento prévio da obrigação
pela ocorrência do fato gerador.
A alternativa “b” está errada, pois o alienante somente estaria excluído
da responsabilidade na hipótese do art. 133, I CTN, caso o alienante
cessasse totalmente suas atividades, o que não foi mencionado na
questão.
A alternativa “c” está errada, pois, como já explicamos, nos termos do
art. 123 CTN, as convenções particulares, regra geral, não têm poder de
alterar definição legal do sujeito passivo. Trata-se de matéria objeto de
legalidade.
A alternativa “e” está errada. Além do já exposto, face à definição do
alienante como responsável legal, conforme art. 133, I CTN, não há
como excluir a aplicação de tal dispositivo pela alegação de um
planejamento tributário. A evasão lícita é nome impróprio atribuído

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como sinônimo de elisão fiscal, ou seja, redução ou exclusão de tributo
por meios lícitos. Não seria a justificativa da questão. Prevalece a
alternativa “D”.

02. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso


sistema tributário, a responsabilidade por infração:
a) não dispensa procedimento constitutivo da respectiva penalidade,
assegurada ampla defesa.
b) não está sujeita aos institutos da decadência ou prescrição
tributárias.
c) é exclusiva do contribuinte, não alcançando os demais sujeitos
passivos da obrigação tributária.
d) não pode ser aplicada, autonomamente, aos demais sujeitos
passivos da obrigação tributária.
e) deve ser apurada mediante comprovação da conduta dolosa ou
culposa do contribuinte.

Comentários.
Está correto o gabarito oficial: alternativa “a”.
Em se verificando a existência de infração à legislação tributária, cabe
constituição do crédito por lançamento de ofício, para aplicação de uma
multa, conforme dispõe os incisos VI e VII do art. 149 CTN:
“art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade
administrativa nos seguintes casos: ...VI - quando se comprove ação ou
omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê
lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII - quando se comprove
que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo,
fraude ou simulação”.
Portanto, haverá ato de constituição de crédito tributário, assegurando-
se a ampla defesa, como princípio constitucional.
A alternativa “b” está errada. Uma vez que a constituição do crédito
seja relativa a tributos ou penalidades, está sujeita a prazo decadencial,
prazo este que é fatal, sob pena de perda da faculdade de lançar por
parte da Fazenda Pública. No caso de infração, aplica-se a contagem
segundo o art. 173 CTN:
“art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário
extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver

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anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data
em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela
notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento.”
Além do exposto, uma vez constituído o crédito pelo lançamento, a sua
exigibilidade via ação judicial de execução fiscal fica sujeita,
invariavelmente, a prazo prescricional, cuja inércia da Fazenda Pública
acarreta perda da faculdade de exigir. Isso se aplica tanto aos tributos
como também às penalidades pecuniárias, ambos prestações
integrantes do crédito tributário. Vide art. 174 CTN: “a ação para a
cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da
data da sua constituição definitiva.”
A alternativa “c” está incorreta, uma vez que a responsabilidade por
infrações poderá ser atribuída tanto ao contribuinte como aos
responsáveis tributários, que são os sujeitos passivos indiretos da
relação jurídica, diferenciando-se dos contribuintes, que possuem
relação direta e pessoal com o fato gerador. Isso fica evidenciado nas
várias hipóteses de responsabilidade tributária, como, por exemplo, no
§único do art. 134 CTN, que define como responsável solidário o terceiro
responsável, estendendo a estes a responsabilidade pelas multas de
caráter moratório:
“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com
este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis: ....Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica,
em matéria de penalidades, às de caráter moratório.”
A alternativa “d” também está incorreta, uma vez que o CTN prevê
hipóteses de responsabilidade pessoal do agente, principalmente quando
este age com excesso de poder, como, por exemplo, evidenciado no art.
135 CTN:
“Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior (art. 134 CTN) , ...”
A alternativa “e” está errada, pois, ao contrário do Direito Penal
Tributário, que tem por objeto os crimes e contravenções, no Direito
Tributário Penal, cujo objeto são as infrações administrativo-fiscais, a
regra é que a responsabilidade pelas infrações não depende de
comprovação de conduta dolosa, basta a culpa, ou seja basta
negligência ou imprudência. Repito que no Direito Tributário Penal,

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entenda-se, aquele que cuida da análise das infrações administrativo-
fiscais, a responsabilidade por infrações é, via de regra, objetiva, salvo
exigência expressa em contrário na lei: “Art. 136. Salvo disposição de
lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária
independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade,
natureza e extensão dos efeitos do ato.” Já no Direito Penal Tributário a
responsabilidade se diz subjetiva, depende do dolo.

03. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) O art. 134 CTN


dispõe que o síndico é responsável pelos tributos devidos pela massa
falida. Neste caso, o dispositivo legal refere-se a fatos geradores
ativados:
a) pela massa falida ou pelo síndico, a qualquer tempo.
b) pelo falido, antes da quebra.
c) pela massa falida, na condição de contribuinte, após a quebra.
d) pelo falido e apurados contra a massa falida, após a quebra.
e) pelo falido ou sua massa falida, apurados após a quebra.

Comentários.
Está correto o gabarito oficial: alternativa “C”. Trata-se da
responsabilidade de terceiros, prevista no art. 134 CTN. Há um rol de
terceiros elencados no respectivo artigo aos quais o CTN atribui
responsabilidade tributária por fatos praticados pelos seus
representados. No caso exposto na questão, o síndico responderia pelos
tributos devidos pela “massa falida”, isto é, pelos fatos geradores
praticados pela massa falida na qualidade de contribuinte, entenda-se,
aqueles ocorridos após a decretação da falência, sob a gerência do
síndico.
Mas vale ressaltar a exigência de dois requisitos: (1) a impossibilidade
de exigência do crédito diante da própria massa falida e (2) também
que o terceiro responsável tenha interferido no fato gerador, diga-se, no
caso em comento, que o síndico tenha agido com culpa (negligência ou
imprudência): Art. 134 CTN “nos casos de impossibilidade de exigência
do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem
solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:...V - o síndico e o comissário, pelos tributos
devidos pela massa falida ou pelo concordatário”
A alternativa “a” está incorreta, pois presume fato praticado pelo
síndico. Neste caso este seria contribuinte e não responsável. Também

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se refere a fato praticado pela empresa antes da quebra, o que não
seria objeto da responsabilidade solidária do síndico, no art. 134 CTN.
A alternativa “b”, “d” e “e” estão incorretas, pois envolvem fatos
praticados pelo falido, pressupondo fatos praticados antes da decretação
da falência, mesmo que apurados após a sua decretação. Igualmente
não seriam de responsabilidade solidária do síndico.
Analisando o exposto, vale ressaltar que os fatos praticados pelo falido,
antes pois da decretação da falência, não estiveram sob a gerência e
administração do síndico, portanto, passando à responsabilidade da
massa falida após a falência e não ao síndico da massa. Além disso, os
fatos geradores praticados eventualmente pelo próprio síndico não
teriam relação com a massa falida e o síndico seria o próprio
contribuinte e não responsável.

04. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A denúncia


espontânea da infração fiscal nos termos das disposições codificadas:
a) elide a responsabilidade pela multa fiscal, ainda que apresentada
após o início do procedimento administrativo.
b) não elide a responsabilidade pela multa fiscal.
c) elide a responsabilidade pelo respectivo delito fiscal.
d) não elide a responsabilidade pela multa nem pelo delito fiscal.
e) não elide a responsabilidade pelo pagamento do tributo.

Comentários.
Correto o gabarito oficial: alternativa “e”.
A denúncia espontânea, assim entendida a confissão da infração à
legislação tributária apresentada antes de procedimento de fiscalização
relacionado com a matéria objeto da confissão, desde que acompanhada
do pagamento integral do tributo e juros de mora, exclui a
responsabilidade pela infração. Portanto, trata-se de exclusão da
aplicação da multa fiscal, diga-se, responsabilidade por infrações
administrativo-fiscais, conforme disposto no art. 138 CTN:
“art. 138. a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e
dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela
autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de
apuração.Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia
apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou
medida de fiscalização, relacionados com a infração.”

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Está incorreta a alternativa “a” uma vez que, iniciado o procedimento
de fiscalização relacionado com a infração, não há que se falar mais em
espontaneidade da denúncia.
A alternativa “b” está errada, pois, configurados os requisitos do artigo
mencionado, haveria exclusão da responsabilidade pela multa. Portanto,
a presente assertiva contraria o objeto do próprio art 138 CTN, que é a
exclusão da responsabilidade pela infração.
A alternativa “c” está incorreta, pois o art. 138 CTN não trata de
exclusão de responsabilidade por crimes fiscais, mas sim de exclusão de
responsabilidade por infrações de caráter administrativo-fiscais. O
cometimento de crimes ou delitos fiscais poderá ter extinta a
punibilidade em hipóteses específicas previstas em lei penal, como, por
exemplo no art. 34 Lei 9249/95, diante do pagamento do tributo antes
do recebimento da denúncia.
A alternativa “d” está incorreta pois contraria, na sua primeira parte, o
art. 138 CTN, conforme comentário à alternativa “b”.
Correto portanto o gabarito (alternativa “e”), uma vez que a denúncia
espontânea, para fins de exclusão de responsabilidade da infração,
exige o pagamento integral do tributo e dos juros de mora, portanto não
elide, isto é, não dispensa o pagamento do tributo.

05. MINISTÉRIO PÚBLICO SERGIPE (FUNDAÇÃO CARLOS


CHAGAS) A responsabilidade de terceiros em matéria tributária não se
aplica:
a) pessoalmente, quando da prática de atos ilícitos, sobre os tutores e
curadores, pelos tributos devidos pelos tutelados e curatelados.
b) pessoalmente, sobre os diretores, gerentes ou representantes de
pessoas jurídicas de direito privado, quando seus atos forem lícitos ou
sem excesso de poder.
c) solidariamente sobre os tabeliães pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão de seu ofício.
d) solidariamente, quando da pratica de atos lícitos, sobre os
administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes.
e) solidariamente, sobre os pais, pelos tributos devidos por seus filhos
menores.

Comentários.
Gabarito correto: alternativa “b”.

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A questão envolve a análise dos atos praticados por terceiros
responsáveis conforme disciplinado nos arts. 134 e 135 do CTN. Trata-
se, conforme já explicado em questões anteriores, da responsabilidade
de terceiros.
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que o terceiro responsável
elencado no art. 134 CTN, quando age com excesso de poderes,
extrapolando os limites da representação, passa a ser responsabilizado
pessoalmente pelo crédito tributário:
“Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos:I - as pessoas referidas no artigo 134 CTN”.
A alternativa “c” está errada, uma vez que o art. 134 CTN elencou os
tabeliães como responsáveis solidários pelos atos praticados por eles, ou
perante eles, em razão de seu ofício. De fato, como já exposto
anteriormente na questão n.º 03 desta aula, esta responsabilidade do
terceiro responsável exige dois requisitos: a impossibilidade de
exigência do crédito contribuinte interferido no fato gerador e também
que o terceiro responsável tenha, diga-se, nesse caso, que o tabelião
tenha agido com culpa (negligência ou imprudência). A única crítica que
a doutrina faz é quanto ao equívoco traduzido no próprio art. 134 CTN:
uma vez que exige a impossibilidade de se exigir o tributo do
contribuinte para, só então, admitir a responsabilidade do terceiro
responsável, este último não deveria ser designado como responsável
“solidário” e sim como responsável “subsidiário”. A intenção do
legislador era criar uma solidariedade, mas a essência do art. 134 CTN
traduziu uma subsidiariedade. Vale ressaltar, que a quase totalidade dos
concursos, no entanto, adotam como gabarito a atribuição de
responsabilidade solidária para os terceiros responsáveis nos moldes do
art. 134 CTN:
“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com
este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis: VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de
ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou
perante eles, em razão do seu ofício¨.”
A alternativa “d” está incorreta, pois, de acordo com o art. 134 CTN, os
administradores de bens de terceiros, que interfiram no fato gerador,
isto é, que venham a agir com negligência ou imprudência – culpa -,
mesmo sendo lícito o ato, poderão se enquadrar na atribuição de
responsabilidade solidária do respectivo art. 134: “Nos casos de
impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo

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contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: III - os
administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes”.
Vale ressaltar que só seriam pessoalmente responsáveis no caso da
prática de atos ilícitos, conforme art. 135 CTN.
A alternativa “e” está incorreta, pois se enquadra nas hipóteses de
responsabilidade solidária conforme disposto no art. 134 CTN:
“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com
este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos
menores;”. Com as devidas críticas que já elaboramos anteriormente,
seria uma hipótese de responsabilidade solidária, nos moldes literais do
CTN.
Portanto, o gabarito fica sendo a alternativa “b”, uma vez que a prática
de atos lícitos não configura hipótese de responsabilidade pessoal
conforme previsto no art. 135 CTN.

06. MINISTÉRIO PÚBLICO PERNAMBUCO (FUNDAÇÃO CARLOS


CHAGAS) - Em tema de responsabilidade tributária é incorreto
afirmar que:
a) a sucessão pode ocorre sobre bens, denominada responsabilidade por
sucessão real.
b) inexiste diferença entre responsabilidade por transferência e por
substituição.
c) a responsabilidade por transferência pode dar-se também por
subsidiariedade.
d) a prática de ato com excesso de poder ou infração de lei também
resulta em responsabilidade por substituição.
e) o espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de
cujus até data da abertura da sucessão.

Comentários.
Gabarito: alternativa “b”. Alternativa incorreta.
A responsabilidade, quanto ao momento de surgimento da figura do
“responsável” classifica-se em duas modalidades: responsabilidade por
substituição e responsabilidade por transferência. A primeira exige que
no momento da ocorrência do fato gerador já exista o responsável
designado como tal. Exemplo: uma concessionária, ao revender os

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veículos adquiridos da montadora, não irá recolher o seu ICMS, uma vez
que a montadora, no momento do respectivo fato gerador em foco,
quando da venda inicial do veículo para a concessionária, já está
designada como responsável que deverá ou já terá recolhido o tributo
no lugar da concessionária. Portanto, quando da ocorrência do fato
gerador, já existe o responsável.
Ao contrário, no caso da responsabilidade por transferência, quando da
ocorrência do fato gerador, só existe o contribuinte. Isso significa que o
surgimento do responsável, designado em lei, depende de fato posterior
ao fato gerador, portanto, intermediário entre o fato gerador e o
surgimento da figura do responsável. Exemplo: na sucessão “causa
mortis” os tributos devidos pelo “de cujus” não pagos até a abertura da
sucessão passam para a responsabilidade do Espólio. Este último é
responsável que surge, não no momento do fator gerador, mas apenas
após a abertura da sucessão. Portanto, a alternativa “b” está incorreta.
A alternativa “a” está correta. Real vem de “res”, significa “coisa”.
Trata-se de sucessão de bens imóveis ou bens móveis, seja “inter vivos”
ou “causa mortis”. Exemplo nos art. 130 e 131 CTN: “Art. 130 CTN - Os
créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os
relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a
contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-
rogação ocorre sobre o respectivo preço”. Já no art. 131: “São
pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos
tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; II - o sucessor a
qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus
até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.”
A alternativa “c” está correta. Exemplo na sucessão de fundo de
comércio, prevista no art. 133, II CTN. O surgimento do responsável
exige fato posterior ao fato gerador, na questão, a transferência do
fundo de comércio. No caso do alienante continuar a exploração ou
reiniciar dentro de 6 meses da data da alienação do fundo, o adquirente
será subsidiariamente responsável pelos tributos devidos pelo fundo
adquirido, ativados até a data da transferência.
A alternativa “d” está correta, pois o sujeito passivo na condição de
responsável já existe desde a prática do fato gerador, configurando a tal
da substituição tributária.

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A alternativa “e” está correta pois coincide com a sucessão “causa
mortis” prevista no art. 131, III CTN: “Art. 131. São pessoalmente
responsáveis: III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a
data da abertura da sucessão.”

07. ICMS SP 2002 – VUNESP - O sócio gerente da empresa WDR,


que se retirou da sociedade em 1995, registrando a alteração social na
Junta Comercial e informado o fato pela DECA na data da sua retirada:
a) não pode ser responsabilizado pelos débitos fiscais da empresa, uma
vez que ela continuou suas atividades.
b) não pode ser responsabilizado pelos débitos fiscais da empresa
posteriores a sua retirada.
c) pode ser responsabilizado solidariamente pelos débitos fiscais da
empresa , de qualquer período, enquanto ela estiver em atividade.
d) pode ser responsabilizado solidariamente pelos débitos fiscais da
empresa , de qualquer período, enquanto ela estiver em atividade,
comportando benefício de ordem.
e) pode ser responsabilizado por substituição tributária pelos débitos
fiscais da empresa posteriores a sua retirada, se previsto
contratualmente.

Comentários.
Gabarito oficial: alternativa “b”.
A responsabilidade do sócio pelos tributos devidos pela empresa
configura hipótese de responsabilidade solidária nos moldes do art. 134,
VII CTN: “No caso de liquidação de sociedade de pessoas”. No entanto,
o sócio gerente figura como responsável pessoal apenas quando praticar
atos que configurem excesso de poder nos termos do art. 135 CTN:
“Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior; ... III - os diretores, gerentes
ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.”
Diante do exposto, o simples fato de ser sócio gerente não lhe atribuiria
tal responsabilidade, salvo configurado o dolo, a infração, o excesso de
poder. Em se retirando da sociedade não haveria a possibilidade de
enquadramento legal como responsável, pois não mais estaria na
gerência da empresa.

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A alternativa “a” está errada, pois caberia responsabilidade para os atos
praticados com excesso de poder sob sua gerência, ocorridos antes da
sua retirada.
A alternativa “c” está errada, pois a responsabilidade solidária somente
se daria nos moldes do art. 134, VII CTN: “nos casos de impossibilidade
de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou
pelas omissões de que forem responsáveis: ....VII - os sócios, no caso
de liquidação de sociedade de pessoas.”
A alternativa “d” está errada pelo motivo exposto na alternativa “c”,
sem prejuízo de se afirmar que na solidariedade tributária não cabe
benefício de ordem nos termos do art. 124 parágrafo único CTN.
A alternativa “e” está errada, uma vez que a responsabilidade tributária
decorre de previsão expressa em lei, não cabendo às convenções
particulares alteração da previsão legal, salvo exceção na própria lei
tributária. Vide art. 123 CTN (já analisado).

08. PROCURADOR FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF . Em atenção


ao tema substituição tributária, marque com V a assertiva verdadeira e
com F a falsa, assinalando ao final a opção correta correspondente.
( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo
Tribunal Federal, o fato gerador presumido é provisório e, por isso, dá
ensejo à restituição ou complementação do imposto pago na hipótese de
sua não-realização ou realização em dimensão diversa da presumida.
( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo
Tribunal Federal, o fato gerador presumido não é provisório mas sim
definitivo, não dando ensejo à restituição ou complementação do
imposto pago, senão, no primeiro caso, na hipótese de sua não-
realização final.
( ) A substituição tributária progressiva, ou para frente, é técnica de
tributação introduzida no ordenamento jurídico brasileiro pela Emenda
Constitucional no 03, de 17 de março de 2003, e regulamentada pela Lei
Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996.
( ) Instituto que atende ao princípio da praticabilidade da tributação, a
substituição tributária pode ser: regressiva, ou para trás, tendo por
efeito o diferimento do tributo; e progressiva, ou para frente,
pressupondo a antecipação do fato gerador, calculando-se o tributo
devido de acordo com uma base de cálculo estimada.
a) V, F, F, F
b) F, V, F, V

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c) F, V, V, F
d) V, F, V, V
e) V, F, V, F

Comentários.
Gabarito oficial: alternativa “b”.
Trata-se da responsabilidade por substituição tributária progressiva ou
“para frente”, prevista no art. 150 §7 CF. Trata-se da inclusão pela EC
3/93 de dispositivo constitucional permitindo que a lei atribua a alguém
a qualidade de responsável por imposto ou contribuição face à fato
gerador que ainda não tenha ocorrido, exigindo, portanto, pagamento
antecipado por um fato que presuma-se vai ocorrer no futuro: é o
instituto do fato gerador “presumido”.
O dispositivo constitucional prevê restituição do tributo caso o fato
gerador não ocorra: "Art. 150 § 7º CF: A lei poderá atribuir a sujeito
passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de impostos ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da
quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido."
A ocorrência do fato gerador presumido, porém em dimensão diversa da
presumida, isto é, por um valor a maior ou a menor, não acarreta
restituição do tributo eventualmente recolhido de forma antecipada nem
seu reajuste a maior. Este é o entendimento atual do STF que está em
fase de reavaliação mediante processos judiciais em tramitação.
O presente instituto do fato gerador presumido, com recolhimento
antecipado do imposto, antes mesmo da ocorrência do respectivo fato
gerador, deverá ser usado em hipótese de substituição tributária “para
frente” ou progressiva, ou seja, aquela em que o substituído está na
operação subseqüente. Ex: o caso já exposto da montadora de veículos
recolhendo antecipadamente os tributos que a concessionária deveria
recolher nas operações de venda final ao consumidor.
Não há que se confundir a substituição progressiva com a substituição
regressiva, esta última também chamada de “diferimento”, ou seja,
aquela em que o substituído está na operação precedente. Por exemplo,
contribuinte recolhendo os tributos devidos pela operação anterior,
substituindo aquele que havia vendido a mercadoria anteriormente para
o próprio contribuinte e fazendo recolhimento por um fato gerador que
já havia ocorrido anteriormente.
Face ao exposto, estão corretas apenas as afirmativas II e IV.

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09. ISS FORTALEZA 2003 – ESAF - Marque a resposta correta, em


consonância com as disposições pertinentes do Código Tributário
Nacional.
a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação tributária
principal que tem relação pessoal e direta coma situação que constitua
o respectivo fato gerador.
b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à
pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz.
c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o
fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis.
d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo
sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a
fiscalização do tributo.
e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir
lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes, hipótese em que fica afastada a responsabilidade do
contribuinte pelo pagamento dos tributos, dando lugar à
responsabilidade tributária integral do terceiro que tem relação direta e
pessoal com a situação constitutiva do gerador.

Comentários.
Gabarito: alternativa “c”.
A alternativa “a” está errada, pois o vínculo do responsável com o fato
gerador é um vínculo indireto e decorre da lei. No caso de vínculo direto,
estamos diante da figura do contribuinte. Vide art. 121 CTN.
A alternativa “b” está errada, pois a capacidade tributária passiva não
depende da capacidade civil. Basta a ocorrência do fato gerador e o
respectivo vínculo do sujeito passivo. Vide art. 126 CTN.
A Alternativa “c” está correta, pois, nos termos do art. 124, I, CTN,
quando duas ou mais pessoas praticam o mesmo fato gerador, aplica-se
o instituto da solidariedade tributária: “Art. 124. São solidariamente
obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal;”
A alternativa “d” está incorreta, uma vez que cabe recusa do domicílio
de eleição quando este dificulta ou impede a fiscalização ou a
arrecadação: “Art. 127 § 2º CTN - A autoridade administrativa pode
recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a

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arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do
parágrafo anterior.”
A alternativa “e” está incorreta, uma vez que os acordos particulares
ou convenções particulares não têm força legal para definição de sujeito
passivo tributário. Trata-se de matéria objeto de lei. Portanto um
contrato não prevalece sobre uma lei. Lei só se altera por outra lei, não
cabendo aos contratos a alteração da definição legal do sujeito passivo.
Vide art. 123 CTN.

10. ICMS RN 2005- ESAF - Avalie o acerto das formulações adiante e


marque com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a
resposta correta.
( ) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente
responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha
ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão
do legado ou da meação.
( ) Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com
este, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis, os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus
tutelados ou curatelados.
( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,
transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável
pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
a) VFF
b) VFV
c) VVV
d) FFV
e) FVV

Comentários.
Gabarito oficial alternativa “b”.
A primeira assertiva está verdadeira, de acordo com o art. 131, II CTN :
“Art. 131. São pessoalmente responsáveis:... II - o sucessor a qualquer
título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a
data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
montante do quinhão do legado ou da meação.” Trata-se de sucessão
“causa mortis” seja de bens móveis ou imóveis, segundo a qual os

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sucessores terão responsabilidade limitada e proporcional ao montante
recebido na sucessão.
A segunda assertiva está errada, pois contraria o disposto no art. 134
CTN. Esse artigo já foi objeto do nosso estudo e traduz uma
responsabilidade subsidiária em sua essência, apesar da indicação no
texto como sendo “solidária”. O texto exige que, para a atribuição de
responsabilidade aos terceiros responsáveis, não seja possível exigir o
tributo do contribuinte e que o terceiro tenha interferido no fato
gerador, seja por ação ou omissão. Ressaltamos que o artigo em foco
enfatiza expressamente e literalmente uma responsabilidade “solidária”.
Trata-se da intenção do legislador conturbada no texto do próprio
artigo, que traduz somente haver a responsabilidade caso seja
impossível exigir o tributo do contribuinte. Portanto, já ressaltamos ser
um artigo em conflito, determinando uma solidariedade, mas explicando
na essência uma subsidiariedade.
Não obstante, é importante frisar que, em concurso público, é tradição
o gabarito “responsabilidade solidária” e, mesmo que se copie o texto do
art. 134 CTN, conforme a própria assertiva que estamos analisando,
devemos atentar para a literalidade do texto, sem adulterá-la.
Concluindo, erra o texto quando diz em seu início “...mesmo na
possibilidade de se cobrar o tributo do contribuinte...”, pois o art. 134
CTN exige a impossibilidade de se executar o contribuinte para o
surgimento da responsabilidade dita “solidária” no artigo.
A terceira assertiva está verdadeira, pois traduz a sucessão tributária
empresarial, onde empresa que sucede outra empresa responsabiliza-se
pelos tributos devidos pela empresa sucedida até o ato da sucessão.
Vide art. 132 CTN: “Art. 132 - A pessoa jurídica de direito privado que
resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra
é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.”

11. AUDITOR INSS 2002 - ESAF - A fiscalização do Instituto


Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou ação fiscal na empresa XYZ,
em 20 de junho de 2002, para verificar o cumprimento de obrigações
tributárias, inclusive o recolhimento de contribuições devidas à
seguridade social, ocasião em que foi lavrado o respectivo termo de
início de fiscalização. No referido termo, o agente fiscal do INSS intimou
a empresa a apresentar os documentos comprobatórios de escrituração
em seus livros, bem assim os comprovantes de recolhimento das
contribuições devidas. Em 15 de julho de 2002, percebendo que poderia
ser apenado por haver cometido infração à legislação pertinente,
consistente no fato de ter deixado de recolher aos cofres públicos

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contribuição descontada de seus empregados, o representante legal da
empresa, antes mesmo de apresentar à fiscalização os documentos
solicitados no termo inicial de fiscalização, denunciou espontaneamente
a infração, incluindo em tal denúncia a prova de recolhimento aos cofres
do INSS do valor integral da contribuição, acrescido dos juros de mora
exigidos por lei. É sabido que a referida contribuição, recolhida pelo
sujeito passivo, submete-se à modalidade de lançamento por
homologação. Com base nos elementos ora apresentados e tendo em
vista a legislação pertinente à matéria, é correto afirmar que a
responsabilidade pela infração cometida:
a) ficou excluída, considerando-se que houve denúncia espontânea
da infração, acompanhada do pagamento integral da contribuição e dos
juros de mora.
b) Não ficou excluída, porquanto a autoridade administrativa
competente do INSS deveria, previamente ao pagamento, arbitrar o
montante do valor da contribuição devida, em consonância com as
normas legais reguladoras do lançamento por homologação.
c) Não ficou excluída, pois não se considera espontânea a denúncia
apresentada após o início do procedimento de fiscalização, ainda que
tenha sido pago o valor integral da contribuição e dos juros de mora
devidos.
d) Não pode remanescer na esfera administrativa do INSS,
considerando-se que o pagamento integral da contribuição e dos juros
de mora devidos extingue a punibilidade criminal do agente.
e) Possibilitará que haja condenação do agente pela prática de crime
de sonegação fiscal, considerando-se que deveria ter sido pago,
inclusive, o valor da multa de mora incidente sobre a contribuição
recolhida fora do prazo fixado em lei.

Comentários.
Gabarito oficial: alternativa “c”.
Trata-se de assunto já abordado anteriormente relativo à denúncia
espontânea disciplinada no art. 138 CTN. O dispositivo afasta a
responsabilidade por infrações à legislação tributária na hipótese de
confissão espontânea da infração desde que acompanhada do
pagamento integral do tributo e dos juros de mora. Nos termos do
parágrafo único, “não se considera espontânea a denúncia apresentada
após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de
fiscalização, relacionados com a infração”. Na questão acima, a
denúncia não foi espontânea, uma vez que foi efetivada em 15 de julho

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de 2002, tendo, no entanto, a fiscalização sido iniciada em 20 de junho
de 2002.

12. ISS FORTALEZA 2003 – ESAF - Marque a resposta correta,


observadas as pertinentes disposições do Código Tributário Nacional.
a) O sucessor a qualquer título, o cônjuge meeiro e os serventuários da
Justiça, estes nos atos em que intervierem, respondem pessoal e
integralmente pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha
ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão
do legado ou da meação.
b) Na impossibilidade de a Fazenda Pública exigir da massa falida o
cumprimento de obrigações tributárias, o síndico responde
solidariamente com a massa, nos atos em que ele intervier ou pelas
omissões de que for responsável, pelos tributos e correspondentes
multas moratórias e punitivas, devidos pela massa falida.
c) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,
transformação ou incorporação de outra ou em outra não responde
pelos tributos devidos pelas pessoas jurídicas fusionadas, transformadas
ou incorporadas.
d) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade ou a posse de bens móveis e imóveis sub-rogam-se nas
pessoas dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a
prova de sua quitação.
e) Os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

Comentários.
Gabarito: alternativa “e”.
A alternativa “e” versa sobre a responsabilidade pessoal dos
empregados nos atos dotados de excesso de poder: “Art. 135 CTN. São
pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações
tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou
infração de lei, contrato social ou estatutos: ....II - os mandatários,
prepostos e empregados.”
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a responsabilidade dos
sucessores e cônjuge meeiro pelos tributos devidos pelo “de cujus” até a
data da partilha ou adjudicação é limitada ao montante do quinhão do
legado ou da meação, mas, no entanto, não inclui os serventuários de
justiça, de acordo com o art. 131, II CTN.

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A alternativa “b” está incorreta, uma vez que a responsabilidade dita
“solidária” no art. 134 CTN, e por nós já estudada anteriormente, não se
estende às multas de caráter formal, mas apenas às multas de caráter
moratório. Vide o parágrafo único do próprio artigo.
A alternativa “c” está incorreta, uma vez se tratar de hipótese de
sucessão tributária empresarial, prevista no art. 132 CTN, segundo o
qual “a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,
transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável
pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas”. Trata-se,
portanto, de responsabilidade pessoal decorrente de uma transferência
de responsabilidade tributária.
A alternativa “d” está incorreta, uma vez se tratar de sucessão
tributária “intervivos” de bens móveis e imóveis. Na sucessão de bens
imóveis, a prova de quitação constante do ato de transferência exclui a
responsabilidade do sucessor por tributos anteriores relativos ao imóvel
adquirido. Trata-se do art. 130 CTN. No entanto, tal dispositivo não se
aplica na sucessão de bens móveis, regida pelo art. 131, I CTN: “São
pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos
tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos”. Conste prova de
quitação no ato de transferência ou não, o sucessor há de ser
responsabilizado pelos tributos devidos pelo bem móvel até a data da
sucessão.

13. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) - Entre os


sujeitos passivos de ICMS, não podem ser elencados:
a) os entes com personalidade jurídica de direito público.
b) os importadores de mercadorias do exterior.
c) os substitutos tributários.
d) as cooperativas.
e) os prestadores de serviços de transporte municipal.

Comentários.
Gabarito oficial: alternativa “e”.
Trata-se da análise do fato gerador do ICMS, nos termos do art. 155, II
CF: “operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior”. Portanto, os serviços de transporte municipal, diga-se

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intramunicipal, não estão no campo de incidência do ICMS, mas sim
sujeitos ao ISS, face ao art. 156, III CF.

Sucessos!
Lugon.

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LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA

01. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) No ato de


aquisição de um estabelecimento comercial ficou convencionado entre
as partes que o adquirente somente responderia pelos impostos
incidentes sobre as operações tributáveis ativadas após a celebração do
contrato negocial. Nesta hipótese, os impostos relativos às operações
pretéritas:
a) só podem ser cobrados do adquirente, como sucessor, se forem
apurados até a data da aquisição do estabelecimento.
b) só podem ser cobrados do adquirente, pois o alienante foi excluído da
relação jurídica tributária.
c) só podem ser cobrados do alienante, pois a convenção particular é
oponível à Fazenda Pública.
d) podem ser cobrados do alienante ou do adquirente, como sucessor.
e) não podem ser cobrados do alienante, pois a hipótese é de evasão
lícita.

02. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso


sistema tributário, a responsabilidade por infração:
a) não dispensa procedimento constitutivo da respectiva penalidade,
assegurada ampla defesa.
b) não está sujeita aos institutos da decadência ou prescrição
tributárias.
c) é exclusiva do contribuinte, não alcançando os demais sujeitos
passivos da obrigação tributária.
d) não pode ser aplicada, autonomamente, aos demais sujeitos passivos
da obrigação tributária.
e) deve ser apurada mediante comprovação da conduta dolosa ou
culposa do contribuinte.

03. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) O art. 134 CTN


dispõe que o síndico é responsável pelos tributos devidos pela massa
falida. Neste caso, o dispositivo legal refere-se a fatos geradores
ativados:
a) pela massa falida ou pelo síndico, a qualquer tempo.
b) pelo falido, antes da quebra.
c) pela massa falida, na condição de contribuinte, após a quebra.

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d) pelo falido e apurados contra a massa falida, após a quebra.
e) pelo falido ou sua massa falida, apurados após a quebra.

04. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A denúncia


espontânea da infração fiscal nos termos das disposições codificadas:
a) elide a responsabilidade pela multa fiscal, ainda que apresentada
após o início do procedimento administrativo.
b) não elide a responsabilidade pela multa fiscal.
c) elide a responsabilidade pelo respectivo delito fiscal.
d) não elide a responsabilidade pela multa nem pelo delito fiscal.
e) não elide a responsabilidade pelo pagamento do tributo.

05. MINISTÉRIO PÚBLICO SERGIPE (FUNDAÇÃO CARLOS


CHAGAS) A responsabilidade de terceiros em matéria tributária não se
aplica:
a) pessoalmente, quando da prática de atos ilícitos, sobre os tutores e
curadores, pelos tributos devidos pelos tutelados e curatelados.
b) pessoalmente, sobre os diretores, gerentes ou representantes de
pessoas jurídicas de direito privado, quando seus atos forem lícitos ou
sem excesso de poder.
c) solidariamente sobre os tabeliães pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão de seu ofício.
d) solidariamente, quando da pratica de atos lícitos, sobre os
administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes.
e) solidariamente, sobre os pais, pelos tributos devidos por seus filhos
menores.

06. MINISTÉRIO PÚBLICO PERNAMBUCO (FUNDAÇÃO CARLOS


CHAGAS) - Em tema de responsabilidade tributária é incorreto
afirmar que:
a) a sucessão pode ocorre sobre bens, denominada responsabilidade por
sucessão real.
b) inexiste diferença entre responsabilidade por transferência e por
substituição.
c) a responsabilidade por transferência pode dar-se também por
subsidiariedade.

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d) a prática de ato com excesso de poder ou infração de lei também
resulta em responsabilidade por substituição.
e) o espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de
cujus até data da abertura da sucessão.

07. ICMS SP 2002 – VUNESP - O sócio gerente da empresa WDR,


que se retirou da sociedade em 1995, registrando a alteração social na
Junta Comercial e informado o fato pela DECA na data da sua retirada:
a) não pode ser responsabilizado pelos débitos fiscais da empresa, uma
vez que ela continuou suas atividades.
b) não pode ser responsabilizado pelos débitos fiscais da empresa
posteriores a sua retirada.
c) pode ser responsabilizado solidariamente pelos débitos fiscais da
empresa , de qualquer período, enquanto ela estiver em atividade.
d) pode ser responsabilizado solidariamente pelos débitos fiscais da
empresa , de qualquer período, enquanto ela estiver em atividade,
comportando benefício de ordem.
e) pode ser responsabilizado por substituição tributária pelos débitos
fiscais da empresa posteriores a sua retirada, se previsto
contratualmente.

08. PROCURADOR FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF . Em atenção


ao tema substituição tributária, marque com V a assertiva verdadeira e
com F a falsa, assinalando ao final a opção correta correspondente.
( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo
Tribunal Federal, o fato gerador presumido é provisório e, por isso, dá
ensejo à restituição ou complementação do imposto pago na hipótese de
sua não-realização ou realização em dimensão diversa da presumida.
( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo
Tribunal Federal, o fato gerador presumido não é provisório mas sim
definitivo, não dando ensejo à restituição ou complementação do
imposto pago, senão, no primeiro caso, na hipótese de sua não-
realização final.
( ) A substituição tributária progressiva, ou para frente, é técnica de
tributação introduzida no ordenamento jurídico brasileiro pela Emenda
Constitucional no 03, de 17 de março de 2003, e regulamentada pela Lei
Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996.
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substituição tributária pode ser: regressiva, ou para trás, tendo por

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efeito o diferimento do tributo; e progressiva, ou para frente,
pressupondo a antecipação do fato gerador, calculando-se o tributo
devido de acordo com uma base de cálculo estimada.
a) V, F, F, F
b) F, V, F, V
c) F, V, V, F
d) V, F, V, V
e) V, F, V, F

09. ISS FORTALEZA 2003 – ESAF - Marque a resposta correta, em


consonância com as disposições pertinentes do Código Tributário
Nacional.
a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação tributária
principal que tem relação pessoal e direta coma situação que constitua
o respectivo fato gerador.
b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à
pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz.
c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o
fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis.
d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo
sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a
fiscalização do tributo.
e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir
lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes, hipótese em que fica afastada a responsabilidade do
contribuinte pelo pagamento dos tributos, dando lugar à
responsabilidade tributária integral do terceiro que tem relação direta e
pessoal com a situação constitutiva do gerador.

10. ICMS RN 2005- ESAF - Avalie o acerto das formulações adiante e


marque com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a
resposta correta.
( ) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente
responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha
ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão
do legado ou da meação.
( ) Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com

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este, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis, os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus
tutelados ou curatelados.
( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,
transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável
pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
a) VFF
b) VFV
c) VVV
d) FFV
e) FVV

11. AUDITOR INSS 2002 - ESAF - A fiscalização do Instituto


Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou ação fiscal na empresa XYZ,
em 20 de junho de 2002, para verificar o cumprimento de obrigações
tributárias, inclusive o recolhimento de contribuições devidas à
seguridade social, ocasião em que foi lavrado o respectivo termo de
início de fiscalização. No referido termo, o agente fiscal do INSS intimou
a empresa a apresentar os documentos comprobatórios de escrituração
em seus livros, bem assim os comprovantes de recolhimento das
contribuições devidas. Em 15 de julho de 2002, percebendo que poderia
ser apenado por haver cometido infração à legislação pertinente,
consistente no fato de ter deixado de recolher aos cofres públicos
contribuição descontada de seus empregados, o representante legal da
empresa, antes mesmo de apresentar à fiscalização os documentos
solicitados no termo inicial de fiscalização, denunciou espontaneamente
a infração, incluindo em tal denúncia a prova de recolhimento aos cofres
do INSS do valor integral da contribuição, acrescido dos juros de mora
exigidos por lei. É sabido que a referida contribuição, recolhida pelo
sujeito passivo, submete-se à modalidade de lançamento por
homologação. Com base nos elementos ora apresentados e tendo em
vista a legislação pertinente à matéria, é correto afirmar que a
responsabilidade pela infração cometida:
a) ficou excluída, considerando-se que houve denúncia espontânea da
infração, acompanhada do pagamento integral da contribuição e dos
juros de mora.
b) Não ficou excluída, porquanto a autoridade administrativa
competente do INSS deveria, previamente ao pagamento, arbitrar o
montante do valor da contribuição devida, em consonância com as
normas legais reguladoras do lançamento por homologação.

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c) Não ficou excluída, pois não se considera espontânea a denúncia
apresentada após o início do procedimento de fiscalização, ainda que
tenha sido pago o valor integral da contribuição e dos juros de mora
devidos.
d) Não pode remanescer na esfera administrativa do INSS,
considerando-se que o pagamento integral da contribuição e dos juros
de mora devidos extingue a punibilidade criminal do agente.
e) Possibilitará que haja condenação do agente pela prática de crime de
sonegação fiscal, considerando-se que deveria ter sido pago, inclusive, o
valor da multa de mora incidente sobre a contribuição recolhida fora do
prazo fixado em lei.

12. ISS FORTALEZA 2003 – ESAF - Marque a resposta correta,


observadas as pertinentes disposições do Código Tributário Nacional.
a) O sucessor a qualquer título, o cônjuge meeiro e os serventuários da
Justiça, estes nos atos em que intervierem, respondem pessoal e
integralmente pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha
ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão
do legado ou da meação.
b) Na impossibilidade de a Fazenda Pública exigir da massa falida o
cumprimento de obrigações tributárias, o síndico responde
solidariamente com a massa, nos atos em que ele intervier ou pelas
omissões de que for responsável, pelos tributos e correspondentes
multas moratórias e punitivas, devidos pela massa falida.
c) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,
transformação ou incorporação de outra ou em outra não responde
pelos tributos devidos pelas pessoas jurídicas fusionadas, transformadas
ou incorporadas.
d) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade ou a posse de bens móveis e imóveis sub-rogam-se nas
pessoas dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a
prova de sua quitação.
e) Os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

13. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) - Entre os


sujeitos passivos de ICMS, não podem ser elencados:
a) os entes com personalidade jurídica de direito público.
b) os importadores de mercadorias do exterior.

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c) os substitutos tributários.
d) as cooperativas.
e) os prestadores de serviços de transporte municipal.

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AULA 1: ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

01. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 )

Direito Tributário é o conjunto de normas que


a) regula o destino dos valores arrecadados a título de tributo dentro da máquina
do Estado
b) regula o comportamento dos agentes públicos na condução orçamentária da
Administração Pública Direta e Indireta
c) regula o comportamento dos agentes públicos na condução orçamentária apenas
da Administração Pública Direta
d) regula o comportamento das pessoas de levar dinheiro aos cofres públicos
e) compõem a Lei Orçamentária, a Lei Plurianual e a Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

O gabarito oficial é a alternativa “ D”.


As alternativas “a”, “b” e “c” estão incorretas, pois, apesar do Direito Tributário
ser uma disciplina que surge de uma especialização do Direito Financeiro, de fato,
quem normatiza ou regula o comportamento dos agentes na condução orçamentária,
bem como a destinação dos tributos é o Direito Financeiro, quando este disciplina o
“orçamento público”. Vale ressaltar novamente: o Direito Financeiro normatiza a
atividade financeira do Estado, isto é, as receitas públicas, as despesas públicas, crédito
público e orçamento público.
Em contrapartida, o Direito Tributário se especializou no estudo e na normatização
de uma das Receitas Públicas, provavelmente a mais importante: o tributo.
O disposto nas alternativas “a”, “b” e “c” não se confunde com aquilo que se
denomina “repartição de receita tributária”, conforme está previsto na Constituição
Federal, nos art. 157 a 162. Estes percentuais de repartição de receita tributária são
hipóteses excepcionais de vinculação de receita de impostos, bem como outros tributos,
determinados pela Constituição e são objeto da disciplina Direito Tributário.
A alternativa “e” também está errada, pois como já mencionado, as leis
orçamentárias, a Lei Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias são instrumentos da
normatização do orçamento público, o qual é objeto de normatização pelo Direito
Financeiro.
A alternativa “d” dada como gabarito é uma afirmativa muito ampla e não muito
feliz. Isto porque no universo dos ingressos públicos, o tributo é apenas umas das
receitas públicas, mas não a única. Isto significa que nem todo dinheiro levado aos
cofres públicos será um tributo. Há outras receitas públicas como, por exemplo, os
preços públicos e os preços quase privados. As receitas públicas podem ser
classificadas: receitas públicas originárias ( atividade atípica de Estado ) e receitas
públicas derivadas ( atividades típicas de Estado ). Todos esses recursos são receitas
públicas, no entanto, o tributo é apenas uma espécie de receita pública classificada
como “receita derivada”, pois advém de atividade típica de Estado, dotado de “Poder de
Império”. Conclui-se, portanto, que o gabarito “d”, foi um tanto infeliz, uma vez que a
receita pública é normatizada pelo Direito Financeiro, exceto uma delas: o tributo.
Portanto, nem todo dinheiro levado ao cofre público corresponde a tributo ou seja, nem
todo dinheiro levado ao cofre público será objeto do Direito Tributário.

Poderíamos repetir a clássica definição de Direito Tributário como um “ramo


didaticamente autônomo do Direito Público que estuda e normatiza as relações

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jurídicas entre o Estado e o contribuinte, relativas à instituição, fiscalização e
arrecadação da receita pública derivada específica referente ao conceito de tributo.”

02. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 )

Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do Código Tributário


Nacional, é correto afirmar que o tributo

a) pode constituir sanção de ato ilícito


b) está submetido à reserva legal
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza
d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária.
e) é toda prestação pecuniária facultativa

Gabarito oficial “B”.


Segundo o CTN, no seu art. 3º “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Portanto, ressalvada a alternativa “b”, as demais alternativas estão em desacordo com a
definição de tributo,
Incorreta alternativa “a” , pois sanção de ato ilícito é sempre uma penalidade, como por
exemplo a multa fiscal. Tributo não é punição, mas sim prestação pecuniária que se
paga pela prática de ato lícito previsto em lei tributária.
Incorreta a alternativa “c”, pois os tributos são prestações pecuniárias, portanto em
dinheiro, salvo exceção prevista no CTN, como por exemplo, a dação em pagamento em
bens imóveis, se autorizada em lei. Portanto, não admite pagamento de tributos em
valores que não se expressem em moeda. Daí se conclui que a prestação de serviços não
é meio de pagamento de tributos, diga-se o que se chamaria pagamento de tributo “in
labore”.
Incorreta a alternativa “d” por discordar da própria definição de tributo no art 3.º CTN,
uma vez que a atividade de cobrança do tributo diz-se plenamente vinculada, ou seja,
não há juízo de conveniência ou oportunidade no lançamento, pois, é ato não
discricionário da Fazenda Pública. Vide art. 142 CTN. “A atividade administrativa de
lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.”
A alternativa “e”, está incorreta, pois, ao contrário do disposto na questão, tributo não é
prestação facultativa, uma vez que tem natureza legal, ou seja, é instituído em lei. Isto
decorre do princípio da legalidade disposto no art. 150, I CF “Art. 150. Sem prejuízo de
outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”. No
entanto, as prestações de natureza contratual, por exemplo, um “preço público” ou
“tarifa” têm natureza contratual, daí o seu caráter facultativo, o que os diferencia dos
tributos.
Correto o gabarito alternativa “b”, como já exposto no parágrafo anterior, face á
natureza legal da prestação denominada tributo.

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03. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 )

A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva


obrigação, sendo:
a) relevante para qualificá-la a destinação legal do produto da sua arrecadação.
b) relevante para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.
c) relevante a correta destinação do valor arrecadado.
d) relevante para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei.
e) irrelevante para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Gabarito alternativa “e”.


Correto o gabarito em detrimento das demais alternativas que versam sobre o mesmo
tema. A questão tem fundamento legal no art. 4.º CTN: “Art. 4º A natureza jurídica
específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais
adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.”. O CTN, ao
ser publicado, em 1966, trazia no seu art. 4.º a diferença entre as espécies tributárias
básicas: imposto, taxa e contribuição de melhoria: o fato gerador. A correta
identificação do fato gerador determina a espécie tributária. Nos termos do art. 5.º
CTN, tinham natureza tributária à época: “rt. 5º Os tributos são impostos, taxas e
contribuições de melhoria”.
A denominação e demais formalidades adotadas em lei seria irrelevante para identificar
um tributo. Isto significa que um tributo desingnado “taxa”, com fato gerador de
imposto, imposto ele seria, não taxa. A lei seria plenamente válida.
A destinação legal do produto arrecadado também não seria o fator determinante para a
identificação do tributo.
Temos que tomar muito cuidado na correta identificação do tributo, uma vez que, após
essa identifcação feita passaremos a analisar as demais características daquele tributo.
Por exemplo: uma taxa não pode ter base de cálculo de imposto ( art. 145 par. 2.º CF):
“art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos: § 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.”
Ocorre que mesmo que o tributo tenha nome de taxa, pode não ser uma taxa e sim um
imposto, pela análise do fato gerador. Daí não haveria nenhuma inconstitucionalidade.
Seria válido, portanto, fazermos duas questões da ESAF a respeito, como subsídio para
este estudo.

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PRIMEIRA QUESTÃO SUBSIDIÁRIA:

AFRF 1998/ ESAF Certo projeto de lei criando uma "taxa" para remunerar o serviço
de processamento da declaração do imposto tem por fato gerador o aferimento de renda
superior a 3 mil reais. Noutro dispositivo, cria-se uma "contribuição de melhoria", que
tem por fato gerador a saída de mercadorias de estabelecimentos industriais situados em
vias públicas asfaltadas pela União. Um terceiro artigo institui um "imposto sobre
grandes fortunas" para o qual se prevê, como fato gerador, a transmissão causa mortis
de imóveis de valor superior à determinada quantia.
Chamado a opinar sobre esse projeto, estaria incorreta a seguinte asserção:

a) o projeto de lei está escorreito, pois obedece aos princípios da legalidade e da


anterioridade tributárias
b) taxa não pode ter fato gerador idêntico ao que corresponda a imposto e, no primeiro
caso, o fato gerador corresponde ao do imposto de renda
c) o fato gerador da contribuição de melhoria, no projeto, não guarda relação com a
valorização do imóvel
d) o fato gerador do imposto criado corresponde ao de um imposto que não compete à
União
e) há impropriedade na denominação dos tributos que se pretende criar

Gabarito oficial alternativa “a”. O gabarito oficial não nos é muito relevante. Não há
dados no texto para avaliação da observância ao princípio da anterioridade. Daí ser a
alternativa incorreta desejada na questão.
Relevantes as demais alternativas as quais estão corretas. Ocorre que no texto há a
criação de três tributos, todos com uma denominação incorreta, pois eles serão
identificados pelos seus fatos geradores respectivos. Exemplo: no primeiro dispositivo o
tributo não é uma taxa e sim um imposto. Observe que no texto o autor denomina o
tributo como “taxa” e logo em seguida determina o fato gerador com sendo de um
“imposto”. Diante desta conclusão, mesmo que tenha base de cálculo de imposto será
plenamente constitucional, pois não se trata de uma taxa e sim de um imposto.

SEGUNDA QUESTÃO SUBSIDIÁRIA

AFTN – SET/94 ESAF


I – O Município X criou a “taxa de instalação industrial” , a ser cobrada das industrias
que se instalassem na zona industrial por ele criada. Para incentivar a instalação de
fabricas naquele distrito industrial, previu a Lei que a taxa somente seria devida quando
se iniciasse a produção, seria de 1% do valor dos produtos que saíssem do
estabelecimento. A lei municipal não definiu expressamente o fato gerador daquele
tributo.
II – O Município Y criou a “taxa de iluminação pública”, cuja base de calculo, para
maior justiça fiscal, foi graduada segundo a capacidade econômica, aferida pelo valor da
energia elétrica consumida pelo contribuinte.
III – O Município Z instituiu, pelo exercício do poder de policia sobre o zoneamento de
atividades, a taxa de localização de estabelecimentos bancários, que incidiria à módica
alíquota de 1 milésimo por cento do valor dos empréstimos concedidos pelo
contribuinte.

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Assinale agora qual é, respectivamente, a situação jurídica dessas três taxas:

a) Todas as três são juridicamente validas


b) Somente uma é valida, sendo inconstitucionais as outras duas
c) Somente duas são juridicamente validas: a primeira e a terceira
d) Somente são validas as duas primeiras: uma porque ligada ao poder de policia local,
relativo ao zoneamento urbano; a outra, porque se refere a prestação de serviço
publico, diretamente ao contribuinte ou posto à sua jurisdição
e) Todas as três são invalidas juridicamente.

Gabarito oficial alternativa “e”.


Vale uma ressalva. A questão é muito antiga e, atualmente, a taxa de iluminação
pública, disposta na segunda assertiva, foi considerada pelo STF como inconstitucional
a partir de 2000, por ser um serviço inespecífico e indivisível. Hoje é possível a
cobrança da CIP – contribuição para custeio da iluminação pública. Vide art. 149-A CF.
O nos é relevante observar no texto é que o autor determina que nos três casos, são
instituídas taxas com base de cálculo de impostos, daí a sua inconstitucionalidade.
Observe que o autor não entra na análise do fato gerador, isto é, diz ter sido instituído
uma taxa e ponto final! Não há, como na primeira questão subsidiária, um tributo
designado taxa e com fato gerador de imposto. Nesta questão em análise (SEGUNDA
QUESTÃO SUBSIDIÁRIA ) os tributos são taxas. Portanto, neste tipo de questão, o
autor não quer entrar na discussão quanto à natureza do tributo, ele determinou o
tributo criado e agora resta a análise final da base de cálculo. Como já sabemos, uma
taxa não pode ter base de cálculo de imposto, daí, nas três análises serem
inconstitucionais.

TERCEIRA QUESTÃO SUBSIDIÁRIA:

ICMS MG 2004 Considerando-se o conceito de tributo e a classificação de suas


espécies, é INCORETO afirmar que:

a) A classificação das espécies tributárias independe da denominação e demais


características formais adotadas pela lei, sendo necessário, no entanto, a análise do fato
gerador e da base de cálculo da obrigação instituída.
b) As taxas podem ser exigidas tanto pela União, pelos Estados-membros, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios, desde que realizem a prestação do serviço público
específico e divisível ou o coloquem à disposição do contribuinte.
c) O imposto de acordo com o Código Tributário Nacional, é um tributo cujo fato
gerador independe da prática de uma atividade estatal específica em relação ao
contribuinte, sendo expressamente vedada pela Constituição Federal de 1988 a
vinculação de sua arrecadação ou transferência constitucional a uma despesa específica.
d) O tributo não constitui sanção de ato ilícito, isto é, a exigência preconizada pela
legislação não pode caracterizar a aplicação de uma penalidade pela prática de ato
contrário à sua determinação

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Gabarito oficial alternativa “c”.
Nos interessa analisar a alternativa “a”. Está correta. Fez-se uma afirmativa mais
abrangente do que o art. 4.º CTN, incluindo-se na relevância, para identificar a natureza
jurídica do tributo, a análise, não só do fato gerador, mas também da sua base de
cálculo. Correta a afirmativa, pois forma um contexto verdadeiro. O universo de fato
gerador e base de cálculo identifica corretamente um tributo. Mas, em contrapartida,
vale ressaltar que somente a base de cálculo não seria suficiente. Por exemplo, se
soubéssemos que um tributo é denominado taxa e tem base de cálculo o valor do
imóvel, não seria isso suficiente para afirmarmos ser taxa ou imposto. Seria necessário a
correta identificação do fato gerador. Caso fosse fato gerador de taxa, seria no contexto
um tributo inconstitucional, mas em sendo fato gerador de imposto, seria constitucional.
A alternativa “b” está correta pois coincide com o fato gerador de taxa de serviço, nos
termos do art. 77 CTN.
A alternativa “c” dita como incorreta, fez uma afirmativa um tanto confusa. Em
verdade, na sua primeira parte, ressalta o art. 16 CTN, segundo o qual o imposto é
tributo não vinculado, cujo fato gerador representa uma manifestação econômica do
contribuinte. Seu fato gerador é fato do indivíduo, não depende, portanto, de
contraprestação imediata do Estado. Vide art. 16 CTN “Art. 16. Imposto é o tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte.” Na segunda metade da afirmativa, ressalta a
determinação constitucional de que imposto é tributo de receita não vinculada por
expressa proibição constitucional nos termos do art. 167, IV CF
“Art. 167. São vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de
saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212
e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.”
Vale observar que há exceções expressas onde se exige a vinculação da receita do
imposto à despesas específicas, como para a saúde, o ensino e outras. Daí a terceira
afirmativa da questão estar incorreta.

A alternativa “d” está correta e já foi abordada em questões anterirores.

04. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005)

Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é o fato de


que as taxas:

a) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as


contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que as
contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade

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c) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm
como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente valorização
imobiliária
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos à
disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é
facultativo
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm
como contrapartida apenas a valorização imobiliária.

Gabarito oficial alternativa “c”.


As taxas têm como fato gerador uma contraprestação estatal relacionada à serviços
públicos específicos e divisíveis ou ao exercício regular do poder de polícia, enquanto
as contribuições de melhoria têm como fato gerador a valorização imobiliária
decorrente de obra pública.

Quanto às taxas vide art. 145, II CF que é repetido no art. 77 CTN: “ CF Art. 145. A
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição”

Quanto às contribuições de melhoria vide art. 145, III CF e art. 81 CTN. “Art. 145. A
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos: III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas”
“ CTN Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”

Vale observar que tanto as taxas como as contribuições de melhoria são “tributos
vinculados” ou seja, seus fatos geradores estão vinculados a uma contrapartida imediata
do Estado em relação ao contribuinte. Ao contrário dos impostos, classificados como
“tributos não vinculados”, uma vez que o fato gerador não se relaciona com atuação do
Estado dirigida ao contribuinte, e sim com a manifestação econômica do próprio
contribuinte. Vide art. 16 CTN.
Também é importante ressaltar que o fato gerador da taxa e definido não somente no
CTN, no seu art. 77, bem como na própria CF art.145, II. Já, com relação às
contribuições de melhoria, a CF art. 145, III não definiu o seu fato gerador, deixando-o
em aberto. Segundo o STF, fica recepcionado o art. 81 CTN” ....valorização imobiliária
decorrente de obra pública”

Diante do exposto, podemos concluir que a alternativa “a” está incorreta, pois a
contribuição de melhoria não se relaciona com serviços públicos, somente a taxa. As
contribuições de melhoria têm como fato gerador a valorização imobiliária decorrente
de obras públicas.
A alternativa “b” está incorreta, pois ambas são tributos vinculados, conforme já
explicado por nós.

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A alternativa “c” está correta, pois se enquadra no contexto já explicado. Fazemos uma
pequena ressalva. Deveriam ter especificado que as taxas visam custeio de serviços
públicos específicos e divisíveis, e não qualquer serviço público. Vale a nossa crítica
A alternativa “d” está incorreta, pois relaciona as contribuições de melhoria aos
serviços públicos e, além disso, as torna facultativa, o que não é característica de
tributos, os quais são compulsórios dada a natureza legal.
A alternativa “e” está incorreta, primeiro por não especificar os serviços públicos
vinculados às taxas, conforme já ressaltamos; além disso, as contribuições de melhoria
estão relacionadas à valorização imobiliária decorrente de obras públicas e não qualquer
valorização imobiliária.

05 ( Fundação Carlos Chagas- Ministério Público - Sergipe 2005)

A respeito dos tributos previstos na Constituição, é correto afirmar que:


a) a contribuição de melhoria não pode ser exigida antes do início da obra pública.
b) os empréstimos compulsórios poderão ser instituídos pela União, pelos Estados,
pelos Municípios e pelo Distrito Federal para atender despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública.
c) as taxas podem ter a mesma base de cálculo de imposto.
d) na ausência do exercício do poder de tributar pelos Estados e pelos Municípios,
a União poderá dispor, por intermédio de lei ordinária federal, sobre os tributos de
competência dessas pessoas políticas.
e) após a Emenda Constitucional n.º 29, de 13.09.2000, o Imposto sobre
Propriedade Territorial Urbano pode ser exigido através de alíquotas progressivas desde
que o Município possua plano diretor.

Gabarito oficial alternativa “a”. Correto o gabarito uma vez que pressupõe a
contribuição de melhoria que a valorização seja decorrente de obra pública, conforme já
estudamos no art. 81 CTN. Antes de seu início não teria sido decorrente da realização
de uma obra. O STF aceita, no entanto, que seja cobrada mesmo antes do término da
obra, basta que tenha ocorrido, para o respectivo imóvel, o seu fato gerador, isto é, a
valorização imobiliária.

A alternativa “b” está incorreta, pois empréstimo compulsório é tributo especial de


competência exclusiva da União. Vide art. 148 CF.

A alternativa “c” está incorreta nos termos do art. 145 § 2.º CF, conforme já em
questões anteriores : “art.145. § 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.”

A altenativa “d” está incorreta uma vez que os entes tributantes têm competência
definida na Constituição para impostos, não cabendo invasão de competência no campo
de atuação das entidades tributantes. Um ente tributante deve restringir-se ao seu
campo de competência, não podendo, inclusive, nem delega-la, nos termos do art. 7
CTN. “Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito
público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição”. Vale observar que o

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que se admite é a delegação das funções de fiscalizar, arrecadar e executar, mas não da
função de instituir os tributos. Daí se afirmar que a competência como um todo é
indelegável. O que se admitiria seria apenas a delegação da capacidade de se exigir o
cumprimento da obrigação, o que envolve apenas as três funções restantes: fiscalizar,
arrecadar e executar.
Retornando ao cerne da questão, sendo o exercício da competência uma faculdade do
ente tributante, diante da inércia de seu titular, outro ente não poderia invadir sua
competência, pois o exercício é inapropriável, cada uma tem uma esfera de competência
designada pela Constituição que direta e expressamente ou através da técnica da
predominância do interesse.

A alternativa “e” está incorreta pois a EC 29/00 atribuiu aos Municípios a competência
para instituir alíquotas progressivas de IPTU em função do valor venal do imóvel. Vide
art. 156 § 1, I CF. “ 156 Compete aos municípios: "§ 1º Sem prejuízo da
progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto
no inciso I poderá:" Vale ressaltar no próprio artigo a antiga permissão da
progressividade do IPTU em função do tempo, o que permanece válido: Art. 182. A
política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes... § 4º - É facultado
ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-
utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:.....II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo”. Portanto, conclui-se que, a EC 29/00 não tem vínculo com a
progressividade extra-fiscal explicitada no art. 182 par.4.º , II CF. A EC 29/00 trata de
possibilitar a progressividade das alíquotas de IPTU em função da capacidade
econômica, ou seja, em função do valor do imóvel, o que antes era negado pelo STF.

06. ICMS SP 2002 ( VUNESP)

As taxas de Fiscalização e Serviços Diversos como instituídas nos termos da Lei


7645/91 são:
a) tributos vinculados
b) impostos não vinculados
c) contribuições parafiscais
d) preços públicos retribuitórios
e) impostos vinculados

Gabarito correto alternativa “a”.


Conforme já foi anteriormente explicado na questão n.º 04, no quarto parágrafo dos
respectivos comentários, as taxas têm como fato gerador um situação prevista em lei
que está vinculada a uma atuação Estatal, a uma contraprestação imediata do Estado em
relação ao contribuinte. Ao contrário, os impostos são tributos que dependem apenas do
próprio contribuinte na manifestação de sua capacidade econômica, daí denominados
tributos não vinculados, nos moldes do art. 16 CTN.
Incorretas as alternativas “b” e “e” , pois taxas e impostos são tributos totalmente
distintos. Já estudamos na questão n.º 04 a função de ambos como tributos básicos com
funções diferenciadas no Sistema tributário Nacional. As taxas têm função de ressarcir

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custo de serviços públicos específicos e divisíveis, enquanto os impostos visam
redistribuição de riqueza, função meramente redistributiva e não ressarcitiva.
Incorreta a alternativa “c”, pois as contribuições especiais são tributos especiais, hoje,
dotadas de natureza jurídica tributária. Visam custeio de atividades paralelas às funções
de Estado, como custeio da Seguridade Social e outras. Não se confundem com as taxas,
pois estas últimas são tributos básicos, com fato gerador definido em norma geral e
função tributária definida, conforme já por nós estudado, relacionando-se com os
serviços públicos específicos e divisíveis ou com poder de polícia.
Incorreta a alternativa “d”, pois os preços públicos são receitas originárias, de natureza
contratual, facultativos, o que os diferem dos tributos, em especial, das taxas, as quais
são compulsórias, instituídas em lei.

07. (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005)

De acordo com o parágrafo 4.º do art. 177 CF, acrescentado pela EC n.º 33/01, poderá
ser instituída contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades
de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus
derivados e álcool combustível. Em relação à CIDE relativa às atividades de petróleo, a
contribuição é:

a) receita originária, nos termos do parágrafo 1.º do art. 20 CF


b) contribuição de melhoria na importação e comercialização
c) preço público, por se tratar de atividade relativa a petróleo
d) receita derivada provinda de contribuição especial tributária
e) movimentação de caixa

Gabarito oficial alternativa “d”. Correto o gabarito oficial, pois, conforme já abordamos
o tema, na questão n.º 01, os tributos são espécies de receitas públicas derivadas, advém
de função típica de Estado. Ao contrário as receitas públicas originárias, advém de
função atípica de Estado, destacando-se os preços públicos. Além disso, vale ressaltar
que as contribuições especiais, dentre as quais a CIDE, bem como as contribuições
sociais e os empréstimos compulsórios têm natureza tributária especial, sem fato
gerador rigidamente direcionado em norma geral, ficando a cargo da lei instituidora. O
que os diferencia dos impostos, taxas e das contribuições de melhoria é o fato de
aqueles têm função de custeio de despesa especial, como Seguridade Social,
Intervenção no modelo econômico, ao passo que estes, os impostos, as taxas e
contribuições de melhoria têm função tributária rígida e definida pela análise estrita do
seu fato gerador. Quero dizer que uma contribuição especial pode ter mesmo fato
gerador de um imposto, por exemplo, sem no entanto, se transforma em imposto, uma
vez que, ao contrário dos impostos, visa o custeio de uma atividade especial: exemplo a
CIDE do petróleo visa subsídios a preço de combustíveis, desenvolver projetos
ambientais relacionados à industria do petróleo e outros... Em resumo, as contribuições
especiais e os empréstimos compulsórios não são identificados apenas pela análise de
seu fato gerador, mas sim por circunstâncias especiais que lhes tornam um tributo
especial: custeio de atividades especiais. Daí o art. 4.º CTN ter sua rigidez direcionada
ao art. 5.º CTN, ou seja, aos impostos, taxas e contribuições de melhoria.

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08. (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005)

A contribuição para custeio da iluminação pública, recém introduzida em nosso sistema


tributário

a) tem natureza extra-fiscal


b) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios ou
Distrito Federal
c) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios
d) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes políticos
e) equipara-se às taxas

Gabarito oficial alternativa “b”. Tem fundamento no art. 149 A da Constituição Federal.
“Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma
das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o
disposto no art. 150, I e III. Elas foram atribuídas aos Municípios e Distrito Federal
para fazer face ao custeio da iluminação pública, uma vez ter o STF declarada com
inconstitucional a cobrança de taxas de iluminação pública, por ser serviço público
inespecífico ( geral ) e indivisível. Tem função, portanto fiscal, visando custeio da
iluminação pública. Ressalte-se que estão sujeitas à anterioridade, bem como ao
requisito da noventena previstos nos art. 150, III, “b” e “c” CF. Art. 150. Sem prejuízo
de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício
financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de
decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b;

09 (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005)

Em nosso sistema tributário, a progressividade das alíquotas pode ser utilizada com
finalidades extra-fiscais, para instituição de
a) IR
b) IR e IPTU
c) IPTU e ITR
d) IR e ITR
e) IPTU e ICMS

Gabarito oficial alternativa “c”. A progressividade extra-fiscal de alíquotas é admitida


para dois impostos: IPTU e ITR. Vide art. 182, § 4.º, II CF ( IPTU ): Art. 182. A
política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes... § 4º - É facultado
ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-
utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:.....II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo”. Vide também art. 153,§ 4, I CF 4º O imposto previsto no

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inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas”.
As demais alternativas estão incorretas. O Imposto de Renda admite progressividade,
nos moldes do art. 153, § 2, I CF, mas a progressividade se faz em função da renda, ou
seja, trata-se de progressividade em função da capacidade econômica, e não em função
de critérios de controle, diga-se, extra-fiscal, como solicitado na questão. Além disso
vale ressaltar que o IPTU admite dois critérios de progressividade de alíquotas, um
deles já exposto acima ( em função de critérios extra fiscais ), a progressividade no
tempo e outro critério disposto no art. 156, § 1o., I CF, ou seja, em função do valor do
imóvel, o que caracteriza progressividade em função da capacidade econômica. “art.
156 § 1o., I Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, II,
o IPTU poderá ser :"I – ser progressivo em razão do valor do imóvel”

Quanto ao ICMS, este não admite progressividade de alíquotas por nenhum dos dois
critérios, seja em função de caráter extra-fiscal ou em função da capacidade
contributiva. Crítica: o ICMS poderá ser seletivo e, nesta hipótese, teria função extra-
fiscal, o que implica em progressividade na razão inversa da essencialidade do produto.
Mas esta questão teria que ser tratada como critério de seletividade e, não creio fosse
tratada como critério de progressividade. Portanto, vale a regra, ICMS não é
progressivo.

10 (Fundação Carlos Chagas- Procurador Manaus)

Em nosso Sistema financeiro, o pedágio cobrado pela utilização de rodovias qualifica-se


como
a) Taxa de serviço
b) Taxa de polícia
c) Preço público
d) Imposto sobre serviço prestado
e) Contribuição social

Gabarito oficial alternativa “c”.


Em verdade muitos autores divergem a respeito. Longe de ser questão simples de
resolver, uns dizem “taxa” enquanto outros “preço público”. Em verdade, acho
brilhante o prof. Sacha Calmon quando define: “ depende da natureza da sua instituição-
se por lei será uma taxa, se contratual será um preço público.” Portanto, não vamos
ficar presos a uma reposta, vai depender de como ele será instituído. No entanto, é
comum nesta pergunta, em concursos, o gabarito “preço público”, o que resulta de uma
realidade brasileira, onde, hoje em dia, os pedágios têm tido feição contratual e não
instituição por lei. Daí o gabarito tradicional: preço público. Vale observar que alguns
autores, ainda diferenciam as tarifas, como espécies de preço público, cobrados
mediante delegação de serviço público por entes privados. Mesmo assim, o gabarito
será dado pelo gênero- preço público- e não pela espécie – tarifa.

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11. (Fundação Carlos Chagas- ICMS DF- 2001)

As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque
a) Não são passíveis de inscrição como dívida ativa
b) Obedecem ao princípio da legalidade
c) Constituem sanções de atos ilícitos
d) Observam o princípio da anterioridade
e) São aplicadas pelos gentes da fiscalização

Gabarito alternativa “c”. Na questão n.º 02 já abordamos o assunto, diferenciando


tributo das multas. Na verdade o art. 3.º CTN que define tributo º “Tributo é toda
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada”, deixa bem claro que tributo não tem natureza
punitiva, ao contrário das multas. Vale ressaltar que o art. 3.ºCTN é perfeito para a
definição das multas, desde que fizéssemos a devida alteração “ ...que constitua sanção
de ato ilícito...”
Incorreta a alternativa “b”, pois tanto os tributos como as multas, por constituírem o
objeto da obrigação tributária principal, sofrem lançamento para constituição do
respectivo crédito tributário. O não pagamento no prazo permite execução fiscal que, no
entanto, vai depender de prévia inscrição em dívida ativa, pois sem o título executivo
extra judicial, a CDA ( certidão de dívida ativa ), não há como se instrumentalizar uma
ação de execução fiscal. Portanto, as multas também exigem inscrição como dívida
ativa.
Incorreta a alternativa “b” pois ambos sujeitam-se à legalidade: CTN Art. 97. Somente a
lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; ....V - a cominação
de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras
infrações nela definidas”
Incorreta a alternativa “d”, uma vez que as multas não estão submetidas à
Anterioridade, apenas os tributos. Vide art. 150, III, b CF. Art. 150. Sem prejuízo de
outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: ...b) no mesmo exercício financeiro em
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;”
Incorreta a alternativa “e” pois ambos são exigidos pela fiscalização, pois, como já foi
exposto, são objeto de lançamento para constituição do crédito tributário, sendo
inclusive a multa objeto de lançamento de ofício nos moldes do art. 149 CTN. “O
lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos: ...IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer
elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; V -
quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada,
no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove
ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à
aplicação de penalidade pecuniária; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou
terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;”

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12. ( Agente Fiscal Mato Grosso Do Sul 2001)

As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder


Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia administrativa e
financeira, são chamadas:
a) acessórias
b) complementares
c) extraordinárias
d) extrafiscais
e) parafiscais

Gabarito correto alternativa “e”.


Os tributos são classificados: fiscais, extra-fiscais e parafiscais. Considera-se fiscal um
tributo quando tem função eminentemente arrecadatória visando cumprir as funções de
Estado, exemplo, IR, IPTU, ICMS. Classifica-se como extra-fiscal, quando prevalece
além da função arrecadatória, outra, a de controle ou intervenção na economia.
Destacam-se II, IE, IPI, IOF, ITR. Vale ressaltar que o ICMS seletivo e o IPTU
progressivo no tempo teriam função extra-fiscal, o que seria exceção à regra.
Por último, a parafiscalidade implica em tributo que visa custeio de função paralela à de
Estado, exemplo as contribuições da seguridade social cobradas do empregador sobre a
folha salarial. Além disso, é característica também da parafiscalidade a transferência da
capacidade ativa ( função de exigir o cumprimento da obriação ) e dos recursos à
entidade beneficiada.
Note-se, no, entanto, que nem toda transferência de capacidade ativa implica em
parafiscalidade.

13. ( Agente Fiscal Mato Grosso Do Sul 2001)

Com referência à instituição de empréstimos compulsórios, assinale abaixo a assertiva


correta:
a) O empréstimo compulsório não é uma espécie de tributo, não estando sujeito à
exigência de prévia autorização orçamentária
b) A União pode institui-lo por meio de lei ordinária federal
c) Cabe à lei complementar definir as hipóteses excepcionais para sua instituição
d) Aos empréstimos compulsórios aplicam-se as disposições constitucionais
relativas aos tributos e às normas gerais de Direito Tributário
e) A competência para instituir empréstimo compulsório é da União, podendo ser
excepcionalmente atribuída ao Distrito Federal.

Correto o gabarito alternativa “d”.

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O empréstimo compulsório é tributo de competência da União. Vide art. 148 CF. “ A
União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para
atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A
aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à
despesa que fundamentou sua instituição.”
Incorreta a alternativa “a”, pois a súmula 418 STF não tem mais eficácia, uma vez que,
desde a EC 01/69 ele já ganha natureza tributária, segundo jurisprudência do próprio
STF, ainda não resumida em nova súmula.
Incorreta a alternativa “b”, pois é necessária lei complementar federal em qualquer
hipótese, inclusive no caso de guerra, calamidade pública ou investimento público.
Incorreta a alternativa “c”. Não há que se confundir fato gerador com as circunstâncias
autorizadoras. Se a pergunta é quando a União poderá criar o tributo por lei
complementar, a resposta será umas das 3 circunstâncias autorizadoras: I - para atender
a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional. Estas não são fatos geradores, mas sim os fundamentos que
autorizam a publicação da lei instituidora pela União. Outra coisa é definir o seu fato
gerador, aquela circunstância prevista em lei, que, em nela se enquadrando, fica o
contribuinte obrigado ao pagamento do tributo. O empréstimo compulsório pode se
utilizar de qualquer fato gerador, inclusive copiar fato gerador de imposto, pois imposto
não se transforma, uma vez que o empréstimo tem uma característica que lhe diferencia
dos demais tributos: restituição obrigatória.
Incorreta alternativa “e”, uma vez ser de competência exclusiva da União, competência
dita indelegável, como já estudamos no art. 7.º CTN.

QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1

AFRF 2002-2 ESAF A assertiva errada, entre as constantes abaixo, é a que afirma que
a) a instituição de empréstimos compulsórios só pode ser feita por lei complementar.
b) um dos fundamentos possíveis do empréstimo compulsório é a calamidade pública.
c) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de empréstimos
compulsórios.
d) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter urgente
não se aplica o princípio da anterioridade.
e) os recursos provenientes de empréstimo compulsório só podem ser aplicados para
atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição.

Gabarito oficial alternativa “d”.


Vale ressaltar que, nos termos do art. 150 § 1 CF, o empréstimo compulsório só
configura exceção à anterioridade nas hipóteses de guerra externa e calamidade pública.
Vale ressaltar que, na alternativa “e” é dito como tributo de receita vinculada.

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QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 2

AFTN – DEZ/91 Lei Complementar da União instituiu empréstimo compulsório para


absorver temporariamente poder aquisitivo da população, em face da tendência à
hiperinflação. Esse empréstimo compulsório:

a) é inconstitucional por ter sido instituído por lei complementar.


b) Deveria ter sido instituído por lei ordinária federal.
c) é constitucional por ter sido instituído por lei complementar.
d) é inconstitucional, pois não corresponde às hipóteses constitucionais de empréstimo
compulsório.
e) É constitucional, pois se trata de matéria urgente e de relevante interesse nacional.

Gabarito oficial alternativa “d”.


As circunstâncias autorizadoras estão previstas na atual CF 88, no art. 148 CF. O CTN
não foi recepcionado no seu art. 15, III , pois contraria a atual disciplina do texto
constitucional.. Vide CTN Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais,
pode instituir empréstimos compulsórios: I - guerra externa, ou sua iminência; II -
calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis;
III - Conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. Já a Constituição
disciplina o empréstimo compulsório, sem ter incluído o disposto no art. 15, III CTN.
“CF Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de
caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III,
"b".”

14 . ( Auditor Do Tribunal De Contas Do Es- 2001- adaptada)

Qual dos impostos abaixo admitem a característica de seletividade e não


cumulatividade?
a) IR e Imposto de Exportação
b) IPVA
c) IPI e ICMS
d) IR e IPI
e) ITR e IPTU

Gabarito alternativa “c”.


Vale ressaltar que a seletividade é exigida obrigatoriamente para o IPI e
facultativamente para o ICMS. Já a não-cumulatividade é obrigatória para os dois
impostos.
Vide art. 150, § 3, I e II CF 3º - O imposto previsto no inciso IV do art. 153: I - será
seletivo, em função da essencialidade do produto; II - será não-cumulativo,
compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas
anteriores; e art. 155, , § 2.º , I e III CF "§ 2º O imposto previsto no inciso II do
art 155 , atenderá ao seguinte:" I - será não-cumulativo, compensando-se o que for
devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços
com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito

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Federal; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos
serviços

15.( Fiscal De Tributos Estaduais Do Pará- 2002)

Identifique o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o não enriquecimento injusto:


a) imposto
b) taxa
c) empréstimo compulsório
d) contribuição social
e) contribuição de melhoria

Gabarito oficial alternativa “e”.


Já abordamos em questões anteriores a contribuição de melhoria e verificamos a sua
função ressarcitiva do custo de uma obra pública que acarrete valorização imobiliária.
Seu fundamento ético-jurídico se prende à esta função de evitar enriquecimento injusto
diante de uma valorização imobiliária fruto de obra pública em detrimento de toda uma
sociedade. Vale ressaltar que o exercício da competência é facultativo. Vide art. 81
CTN.

16. ( Auditor Do Tribunal De Contas Do Es- 2001)

Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte:
a) imposto
b) taxa
c) contribuição de melhoria
d) pedágio
e) preço público

Gabarito oficial alternativa “a”. Já fizemos anteriormente a abordagem do art. 16 CTN,


onde definimos imposto como tributo não vinculado. Vide questão n.º 04.

QUESTÃO SUBSIDIÁRIA

AFTN/89 ESAF Quando tem por fato gerador uma situação que independe de qualquer
atividade estatal especifica relativa ao contribuinte, diz-se um “tributo não vinculado”.
Nesse sentido, é “tributo não vinculado”.
a) a taxa de fiscalização
b) a contribuição de melhoria
c) a taxa de limpeza publica
d) a taxa de melhoramento dos portos.
e) O imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza.

Gabarito oficial alternativa “e”

17. AFTN – SET/94 ESAF

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Determinada lei estadual instituiu tributo designado taxa de transporte e descreveu sua
base de calculo como sendo o valor do frete. Elegeu os transportadores como
responsáveis pelo pagamento desse tributo, que deveriam pagá-lo antes mesmo da
concretização do transporte, assegurando, no entanto, imediata e preferencial restituição
da quantia paga, caso não se realizasse o transporte. Dada a natureza jurídica do tributo,
a atribuição ao sujeito passivo da obrigação tributaria da condição de responsável.
a) não se poderia dar, porque o tributo é uma taxa.
b) Poderia dar-se, porque o tributo é um imposto.
c) Poderia dar-se, porque o tributo é uma contribuição.
d) Não se poderia dar, porque o tributo é uma contribuição.
e) Não se poderia dar, porque o tributo é um imposto.

Gabarito oficial alternativa “b”.


Em observando o texto, identificamos um tributo denominado taxa, com fato gerador de
imposto. Diante do art. 4.º CTN, por nós já estudado, trata-se de imposto e não de taxa.
Resta na questão identificar a possibilidade de exigência do imposto antes da ocorrência
do fato gerador. Trata-se de permissivo constitucional no art. 150 par. 7.º CF, ou seja, é
o instituto do fato gerador presumido: “"§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de
obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de impostos ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido”.
Vale observar que o instituto em questão se aplica apenas aos impostos e contribuições,
não às taxas.
Concluímos, que como no texto, o tributo era um imposto e não uma taxa, foi correta a
lei na utilização do permissivo constitucional do fato gerador presumido.

18. AFTN – SET/94 ESAF

Sobre o valor de “verdade” dos enunciados que seguem, podemos afirmar:


I – os fatos geradores são figuras típicas dos tributos não-vinculados, não compondo a
estrutura impositiva das taxas que decorrem de um fato revelador de uma atividade
estatal, direta e especificamente dirigida ao contribuinte.
II – Taxa é um tributo não-vinculado que tem como base de calculo uma grandeza
dimensível de fato estranho a qualquer atividade estatal referida ao obrigado.
III – O traço característico que diferencia a taxa da contribuição de melhoria, é que esta
ultima tem como pressuposto o fato de o produto de sua arrecadação ter destinação legal
voltada à realização de obra publica que valorize o imóvel do contribuinte.
a) os três enunciados são falsos.
b) os três enunciados são verdadeiros.
c) I – verdadeiro II – verdadeiro III – falso
d) I – falso II – falso III – verdadeiro
e) I – falso II – verdadeiro III – falso

Gabarito oficial alternativa “a”

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A primeira assertiva erra, pois, qualquer que seja o tributo, quer tributo vinculado ou
não-vinculado, deve ter como elemento de sua estrutura a existência de fato gerador,
sem o qual o tributo não existe. Vide a explicação de tributo vinculado na questão n.º
04.
A segunda assertiva está incorreta, pois já definimos taxa como tributo vinculado, que
exige contraprestação imediata do Estado em relação ao contribuinte. Vide a explicação
de tributo vinculado na questão n.º 04.
A terceira assertiva está incorreta. Primeiramente, nos termos do art. 4.º CTN, a
diferença entre taxa e contribuição de melhoria se faz pela análise do fato gerador e,
não, pela destinação do produto arrecadado. Em acréscimo, apesar de ambas terem
função ressarcitiva do respectivo custo, é prática usual do legislador, em ambas, que o
recurso não seja direcionado por lei para a manutenção do respectivo custo, e que
retorne ao bolo orçamentário. Isto caracteriza tributo de “receita não vinculada” o que
não prejudica a sua função, qual seja, ressarcir o custo, uma vez que o recurso vai repor
o montante retirado do orçamento para o respectivo custeio,

19. AFTN – MAR/94

O imposto é um tributo que:


a) admite, sendo geral, sua vinculação a órgão, programa, fundo ou despesa.
b) apresenta-se vinculando seu fato gerador a uma atuação estatal em favor do
contribuinte.
c) tem por função arrecadar recursos para custear ass despesas gerais da
Administração em favor da coletividade ou de grupo sociais específicos.
d) Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
especifica, relativa ao contribuinte.
e) Oferece ao contribuinte, como hipótese de incidência, a prestação efetiva ou
potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis.

Gabarito correto alternativa “d”.


Vide art. 16 CTN. Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
Portanto, como já estudamos, é tributo não vinculado.
Incorreta a alternativa “a”, pois contraria o disposto no art. 167, IV CF, em regra o
define como sendo tributo de receita não vinculada. “ são vedadas : IV - a vinculação
de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o
disposto no § 4º deste artigo”
Incorreta a alternativa “b” pela mesma justificativa do comentário à alternativa “d”,
diga-se, é tributo não vinculado
Incorreta a alternativa “c” pela mesma justificativa da alternativa “a”, diga-se, é tributo
de receita não vinculada, regra geral.
Incorreta a alternativa “e”, pois refere-se ao fato gerador de taxas.

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20. ICMS RN 2005 ESAF


Preencha as lacunas do texto abaixo e escolha, em seguida, a opção que contém a
seqüência em que foram preenchidas.
• Para fins de instituição e cobrança de taxas, o Código Tributário Nacional considera
os serviços públicos:
_________________, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de
cada um dos seus usuários; ___________________, quando possam ser destacados em
unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas;
________________ utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer
título.

a) específicos/ unitários/ potencialmente


b) individuais/ autônomos/ virtualmente
c) utilizáveis/ independentes/ normalmente
d) potenciais/ necessários/ essencialmente
e) divisíveis/ específicos/ efetivamente

Gabarito oficial alternativa “e”.


Trata-se de simples definição do fato gerador da taxa de serviço no art. 77 e 79 CTN.

CTN Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

CTN Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I -


utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer
título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II -
específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de
unidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

LISTA GERAL DE TODOS OS EXERCÍCIOS RESOLVIDOS NA AULA 1

01. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 )

Direito Tributário é o conjunto de normas que


f) regula o destino dos valores arrecadados a título de tributo dentro da máquina
do Estado
g) regula o comportamento dos agentes públicos na condução orçamentária da
Administração Pública Direta e Indireta
h) regula o comportamento dos agentes públicos na condução orçamentária apenas
da Administração Pública Direta
i) regula o comportamento das pessoas de levar dinheiro aos cofres públicos

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j) compõem a Lei Orçamentária, a Lei Plurianual e a Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

02. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 )

Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do Código Tributário


Nacional, é correto afirmar que o tributo

f) pode constituir sanção de ato ilícito


g) está submetido à reserva legal
h) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza
i) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária.
j) é toda prestação pecuniária facultativa

03. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 )

A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva


obrigação, sendo:
f) relevante para qualificá-la a destinação legal do produto da sua arrecadação.
g) relevante para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.
h) relevante a correta destinação do valor arrecadado.
i) relevante para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei.
j) irrelevante para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação.

04. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005)

Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é o fato de


que as taxas:

f) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as


contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis
g) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que as
contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade
h) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm
como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente valorização
imobiliária
i) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos à
disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é
facultativo
j) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm
como contrapartida apenas a valorização imobiliária.

05 ( Fundação Carlos Chagas- Ministério Público - Sergipe 2005)

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A respeito dos tributos previstos na Constituição, é correto afirmar que:


f) a contribuição de melhoria não pode ser exigida antes do início da obra pública.
g) os empréstimos compulsórios poderão ser instituídos pela União, pelos Estados,
pelos Municípios e pelo Distrito Federal para atender despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública.
h) as taxas podem ter a mesma base de cálculo de imposto.
i) na ausência do exercício do poder de tributar pelos Estados e pelos Municípios,
a União poderá dispor, por intermédio de lei ordinária federal, sobre os tributos de
competência dessas pessoas políticas.
j) após a Emenda Constitucional n.º 29, de 13.09.2000, o Imposto sobre
Propriedade Territorial Urbano pode ser exigido através de alíquotas progressivas desde
que o Município possua plano diretor.

06. ICMS SP 2002 ( VUNESP)

As taxas de Fiscalização e Serviços Diversos como instituídas nos termos da Lei


7645/91 são:
f) tributos vinculados
g) impostos não vinculados
h) contribuições parafiscais
i) preços públicos retribuitórios
j) impostos vinculados

07. (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005)

De acordo com o parágrafo 4.º do art. 177 CF, acrescentado pela EC n.º 33/01, poderá
ser instituída contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades
de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus
derivados e álcool combustível. Em relação à CIDE relativa às atividades de petróleo, a
contribuição é:

f) receita originária, nos termos do parágrafo 1.º do art. 20 CF


g) contribuição de melhoria na importação e comercialização
h) preço público, por se tratar de atividade relativa a petróleo
i) receita derivada provinda de contribuição especial tributária
j) movimentação de caixa

08. (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005)

A contribuição para custeio da iluminação pública, recém introduzida em nosso sistema


tributário

f) tem natureza extra-fiscal


g) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios ou
Distrito Federal
h) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios
i) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes políticos
j) equipara-se às taxas

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09 (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005)

Em nosso sistema tributário, a progressividade das alíquotas pode ser utilizada com
finalidades extra-fiscais, para instituição de
f) IR
g) IR e IPTU
h) IPTU e ITR
i) IR e ITR
j) IPTU e ICMS

10 (Fundação Carlos Chagas- Procurador Manaus)

Em nosso Sistema financeiro, o pedágio cobrado pela utilização de rodovias qualifica-se


como
f) Taxa de serviço
g) Taxa de polícia
h) Preço público
i) Imposto sobre serviço prestado
j) Contribuição social

11. (Fundação Carlos Chagas- ICMS DF- 2001)

As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque
f) Não são passíveis de inscrição como dívida ativa
g) Obedecem ao princípio da legalidade
h) Constituem sanções de atos ilícitos
i) Observam o princípio da anterioridade
j) São aplicadas pelos gentes da fiscalização

12. ( Agente Fiscal Mato Grosso Do Sul 2001)

As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder


Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia administrativa e
financeira, são chamadas:
f) acessórias
g) complementares
h) extraordinárias
i) extrafiscais
j) parafiscais

13. ( Agente Fiscal Mato Grosso Do Sul 2001)

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Com referência à instituição de empréstimos compulsórios, assinale abaixo a assertiva
correta:
f) O empréstimo compulsório não é uma espécie de tributo, não estando sujeito à
exigência de prévia autorização orçamentária
g) A União pode institui-lo por meio de lei ordinária federal
h) Cabe à lei complementar definir as hipóteses excepcionais para sua instituição
i) Aos empréstimos compulsórios aplicam-se as disposições constitucionais
relativas aos tributos e às normas gerais de Direito Tributário
j) A competência para instituir empréstimo compulsório é da União, podendo ser
excepcionalmente atribuída ao Distrito Federal.

14 . ( Auditor Do Tribunal De Contas Do Es- 2001- adaptada)

Qual dos impostos abaixo admitem a característica de seletividade e não


cumulatividade?
f) IR e Imposto de Exportação
g) IPVA
h) IPI e ICMS
i) IR e IPI
j) ITR e IPTU

15.( Fiscal De Tributos Estaduais Do Pará- 2002)

Identifique o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o não enriquecimento injusto:


f) imposto
g) taxa
h) empréstimo compulsório
i) contribuição social
j) contribuição de melhoria

16. ( Auditor Do Tribunal De Contas Do Es- 2001)

Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte:
f) imposto
g) taxa
h) contribuição de melhoria
i) pedágio
j) preço público

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17. AFTN – SET/94 ESAF

Determinada lei estadual instituiu tributo designado taxa de transporte e descreveu sua
base de calculo como sendo o valor do frete. Elegeu os transportadores como
responsáveis pelo pagamento desse tributo, que deveriam pagá-lo antes mesmo da
concretização do transporte, assegurando, no entanto, imediata e preferencial restituição
da quantia paga, caso não se realizasse o transporte. Dada a natureza jurídica do tributo,
a atribuição ao sujeito passivo da obrigação tributaria da condição de responsável.
f) não se poderia dar, porque o tributo é uma taxa.
g) Poderia dar-se, porque o tributo é um imposto.
h) Poderia dar-se, porque o tributo é uma contribuição.
i) Não se poderia dar, porque o tributo é uma contribuição.
j) Não se poderia dar, porque o tributo é um imposto.

18. AFTN – SET/94 ESAF

Sobre o valor de “verdade” dos enunciados que seguem, podemos afirmar:


I – os fatos geradores são figuras típicas dos tributos não-vinculados, não compondo a
estrutura impositiva das taxas que decorrem de um fato revelador de uma atividade
estatal, direta e especificamente dirigida ao contribuinte.
II – Taxa é um tributo não-vinculado que tem como base de calculo uma grandeza
dimensível de fato estranho a qualquer atividade estatal referida ao obrigado.
III – O traço característico que diferencia a taxa da contribuição de melhoria, é que esta
ultima tem como pressuposto o fato de o produto de sua arrecadação ter destinação legal
voltada à realização de obra publica que valorize o imóvel do contribuinte.
f) os três enunciados são falsos.
g) os três enunciados são verdadeiros.
h) I – verdadeiro II – verdadeiro III – falso
i) I – falso II – falso III – verdadeiro
j) I – falso II – verdadeiro III – falso

19. AFTN – MAR/94

O imposto é um tributo que:


f) admite, sendo geral, sua vinculação a órgão, programa, fundo ou despesa.
g) apresenta-se vinculando seu fato gerador a uma atuação estatal em favor do
contribuinte.
h) tem por função arrecadar recursos para custear ass despesas gerais da
Administração em favor da coletividade ou de grupo sociais específicos.
i) Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
especifica, relativa ao contribuinte.
j) Oferece ao contribuinte, como hipótese de incidência, a prestação efetiva ou
potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis.

20. ICMS RN 2005 ESAF

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Preencha as lacunas do texto abaixo e escolha, em seguida, a opção que contém a
seqüência em que foram preenchidas.
• Para fins de instituição e cobrança de taxas, o Código Tributário Nacional considera
os serviços públicos:
_________________, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de
cada um dos seus usuários; ___________________, quando possam ser destacados em
unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas;
________________ utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer
título.

f) específicos/ unitários/ potencialmente


g) individuais/ autônomos/ virtualmente
h) utilizáveis/ independentes/ normalmente
i) potenciais/ necessários/ essencialmente
j) divisíveis/ específicos/ efetivamente

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01. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)


É correto afirmar que

a) os tributos são recolhidos na rede bancária mediante delegação da capacidade


tributária
b) os conceitos de competência e capacidade tributária são equivalentes
c) a competência e a capacidade tributária são indelegáveis
d) a competência é indelegável, mas a capacidade tributária pode ser delegada
e) os entes públicos centralizados são investidos de competência, e os
descentralizados, de capacidade tributária.

Gabarito oficial alternativa “d”.


Comentários: Trata-se de se estabelecer a diferença básica entre “competência tributária” e
“capacidade tributária ativa”. A competência tributária traduz parcela do Poder Político
atribuído às entidades tributantes, na esfera tributária, ou seja, o Poder de Tributar.
Compreende funções inerentes à instituição de tributos, à fiscalização, à arrecadação de
tributos e à execução de leis, serviços, atos ou decisões administrativas, visando à
aplicação da lei tributária. No entanto, vale observar que, salvo a atribuição de instituir
tributos, as demais mencionadas ( fiscalizar, arrecadar, executar ) traduzem a capacidade de
exigi-lo. Na relação jurídica tributária, a capacidade de exigir o cumprimento do dever
jurídico do sujeito passivo tributário é de titularidade daquele que ocupa o pólo ativo da
obrigação tributária, na qualidade de sujeito da relação jurídica que vai cobrar, diga-se,
exigir do pólo passivo o cumprimento da obrigação. Trata-se, portanto, daquele que o CTN
denomina “sujeito ativo”, portanto, o titular da capacidade tributária ativa. Vide art. 119
CTN: “Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento.”
Ocorre que nem sempre o titular da competência exerce todas as atribuições inerentes à
competência, transferindo à outra pessoa jurídica de direito público a capacidade para as
atribuições de fiscalizar, arrecadar, executar. Isto significa que há a transferência da
capacidade ativa. Por exemplo, caso a União instituísse uma contribuição social sobre a
folha salarial, a ser paga pelo empregador, e transferisse ao INSS a capacidade para exigir
seu cumprimento, o sujeito ativo seria o INSS e não a União. Observe que a função de
instituir o tributo é inerente ao titular da competência, sendo intransferível, daí se dizer que
a competência como um todo é indelegável. No entanto, as funções de exigir cumprimento
poderiam ser transferidas, desde que a outra pessoa jurídica de direito público. Vide art. 7.º
CTN: “A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar
ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em
matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra...§ 1º A
atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa
jurídica de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer
tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.”
Vale observar, ainda, que a simples transferência isolada da função de arrecadar,
admitida esta mesmo à entes privados, não configura delegação de competência, nem
transferência de capacidade ativa, mas sim, o simples cometimento de um encargo, o
encardo de arrecadar. Vide o parágrafo 3.º do art. 7.º CTN:... § 3º Não constitui delegação

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de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de


arrecadar tributos.”

Portando, nos termos do que foi exposto acima, correto o gabarito oficial alternativa “d”.
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a transferência da função de arrecadação
isolada, configura mero cometimento de encargo e não transferência de competência ou
capacidade ativa, conforme exposto no texto acima.
A alternativa “b” está incorreta, uma vez que, como já explicamos acima, a expressão
“competência” é bem mais abrangente do que “capacidade ativa”, não se confundindo.
Alguém pode ser titular da competência sem ser sujeito ativo tributário. A recíproca é
verdadeira, alguém pode ser sujeito ativo tributário, sem ser titular da competência
tributária.
A alternativa “c” está incorreta, pois, nos termos do art. 7.º CTN já verificamos que a
competência é indelegável, mas a capacidade ativa é transferível
A alternativa “e” está incorreta, uma vez que a atribuição da capacidade ativa aos entes
descentralizados é indevida, uma vez que o próprio ente centralizado, titular da
competência, poderia ser sujeito ativo, basta que exerça as atribuições inerentes à exigência
do cumprimento da obrigação tributária.

QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1.
Procurador da Fazenda Nacional- 2004- ESAF Considerados os temas competência
tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a
falsa, assinalando ao final a opção correspondente.

I. A competência tributária é delegável.


II. A capacidade tributária ativa é indelegável.
III. A União é quem detém a competência tributária no que toca às contribuições sociais
para o financiamento da Seguridade Social.
IV. Lei complementar pode delegara qualquer pessoa jurídica de direito público a
competência tributária.

a) V,F,V,V
b) F,V,F,V
c) F,F,V,F
d) V,V,V,F
e) F,V,F,F

Gabarito official alternativa “c”

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02. ICMS SP
A competência tributária, representando delimitação do poder de tributar, é matéria de
índole constitucional, sendo, por tal motivo, fixada pela Constituição Federal. Quanto à
referida competência é correto afirmar que:

a) são titulares do poder de tributar, no Brasil, a União, os Estados, o DF, os


municípios e suas respectivas autarquias.
b) A competência tributária não admite renúncia nem delegação, por parte do titular do
poder de tributar que a recebeu da Constituição, porém, seu exercício será
facultativo, podendo o titular deixar de arrecadar os tributos que lhe competem.
c) Os municípios não detêm competência tributária, uma vez que são os Estados onde
os mesmos se localizam que legislam sobre tributos municipais
d) Os Estados não detêm competência tributária, uma vez que é a União que por eles
legisla, em termos de tributos estaduais, tendo os Estados apenas a função de
arrecadá-los.
e) A União, os Estados e os Municípios possuem competência legislativa e,
conseqüentemente, a competência tributária, porém o Distrito Federal não possui
competência tributária, pois não possui poder legislativo próprio.

Gabarito oficial alternativa “b”.


Como já foi exposto na questão n.º 01, a competência é indelegável. Vale afirmar que o
Poder de Tributar é conferido pelo Constituinte, não admitindo renúncia, o que não se
confunde com o seu exercício. Exercício da competência envolve a instituição do tributo
por lei. Trata-se do exercício positivo da competência, ou como alguns preferem, o simples
exercício da competência. Apesar do disposto na Lei de Responsabilidade fiscal sobre a
necessidade da criação dos tributos previstos na Constituição, é pensamento majoritário na
doutrina, que o exercício da competência é uma faculdade do seu titular e não uma
obrigação. Por exemplo, o imposto sobre grandes fortunas não foi ainda instituído pela
União, depende, para tanto, da publicação de uma lei. Sem lei , o tributo não existe.
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a competência tributária pressupõe autonomia
política. As autarquias não a possui. Poderá, quando for o caso, receber transferência de
capacidade tributária ativa.
A alternativa “c” está incorreta, uma vez que os Municípios são titulares de Poder de
Tributar, com rol privativo de impostos, o qual não poderá sofre invasão pelos Estados.
Vide art. 156 CF.
A alternativa “d” está incorreta, uma vez que uma vez que os Estados são titulares de Poder
de Tributar, com rol privativo de impostos, o qual não poderá sofre invasão pela União.
Vide art. 155 CF.
A alternativa “e” está incorreta, uma vez que uma vez que Distrito Federal é titular de
Poder de Tributar, com rol privativo de impostos, idêntico ao dos Estados, nos termos do
art. 155 CF. Vale ressaltar, que a federação brasileira tem característica peculiar, ou seja, a
presença de duas entidades políticas que normalmente não fazem parte da estrutura de uma
federação: os municípios e o Distrito Federal. Além disso, vale ressaltar que o DF têm

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também competência tributária cumulativa, nos termos do art. 147 CF, uma vez que não se
subdivide em municípios.

QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1

( ICMS –SP/2002 VUNESP )

A Constituição Federal, no capítulo reservado ao Sistema Tributário Nacional, discrimina


as competências tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
distingue as espécies de tributos e estabelece as limitações ao poder de tributar,
determinando que:
a) os tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelos municípios não obrigam os
referidos entes entre si
b) os impostos e as taxas são especialmente diferenciados na competência da União,
dos Estados e dos municípios, e as contribuições cabem a todos eles,
cumulativamente
c) a cobrança do imposto exige a publicação da lei que o instituiu no exercício
financeiro anterior, aplicando-se a mesma aos fatos geradores ocorridos após sua
vigência
d) É obrigatória a instituição do tributo por lei e permitido o aumento, daqueles já
instituídos, por decreto
e) É permitido à União conceder isenção de impostos estaduais e municipais, com a
finalidade de promover o desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes
regiões do país.

Gabarito oficial alternativa “c”.


Trata-se da aplicação dos princípios da anterioridade e da irretroatividade nos moldes do
art. 150, III, “b” e “c” CF.
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a imunidade recíproca, prevista no art. 150,
VI, “a” CF se aplica à vedação de cobrança de impostos sobre o patrimônio, a renda e
serviços entre as entidades políticas, e não, para qualquer tributo.
A alternativa “b” está incorreta, pois a competência das entidades no que se refere a
impostos é privativa, diga-se, cada um tem seu rol exclusivo. No Direito Tributário,
competência privativa entenda-se sinônimo de exclusiva, pois como já aprendemos, é
indelegável. Mas no que diz respeito às taxas e contribuições de melhoria, há um rol de
competência compartilhada entre as entidades federadas.
A alternativa “d” está incorreta uma vez que o princípio da legalidade, previsto no art 150, I
CF, regulado no art. 97 CTN, é aplicável tanto para instituição quanto para a majoração de
tributos. A dispensa de lei, com o permissivo de utilização dos decretos, somente nas
hipóteses de exceção à legalidade, nos moldes do art. 153 §1.º CF. ( II,IE,IPI,IOF) ou em
caso excepcional para a CIDE do petróleo, nos moldes do art. 177, § 4o., I, b CF.
A alternativa “e” está incorreta. Vale lembrar que a CF 88 adota o sistema de competência,
onde a regra é a concessão de isenção pelo próprio titular da competência, vedado, regra
geral que seja concedida por ente diverso do seu titular. Vide art. 151, III CF: “É vedado à

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União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios.”.

03. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Entre os sujeitos passivos do ICMS, não podem ser elencados

a) os entes com personalidade de direito público


b) os importadores de mercadorias do exterior
c) os substitutos tributários
d) as cooperativas
e) os prestadores de serviços de transporte municipal

Gabarito oficial alternativa “e”.


Correto o gabarito, uma vez que os prestadores de serviços de transporte municipal são
contribuintes de ISS, nos termos do art. 156, III CF. Para o ICMS, a CF no art. 155, fez
previsão de fato gerador diverso: prestação de serviço de transporte intermunicipal e
interestadual, bem como de serviço de comunicação. Não há que se confundir a
possibilidade de que os prestadores de serviços de transporte municipal também pratiquem
outros fatos geradores e sejam contribuintes de outros tributos, inclusive o próprio ICMS,
mas, para isso, há que se verificar o fato gerador específico do ICMS. Isso não foi objeto da
alternativa “e”.
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que, regra geral, não há vedação constitucional à
tributação de pessoas jurídicas de direito público em relação ao ICMS. Vale ressaltar que a
imunidade recíproca se refere a impostos sobre o patrimônio, renda e serviços.
A alternativa “b” está incorreta, uma vez que, com o advento da EC 33/01, o Congresso
firmou no texto constitucional o disposto no art. 155 § 2, IX, “a” CF, admitindo o
importador como contribuinte do ICMS, inclusive pessoa física não contribuinte habitual
do impostos: “incide ICMS sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior
por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer
que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o
imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da
mercadoria, bem ou serviço”.
A alternativa “c” está incorreta, uma vez que na substituição tributária, o contribuinte fica
sendo substuído pelo responsável tributário, o substituto. Portanto, o substituto é sujeito
passivo indireto, na qualidade de responsável tributário
A alternativa “d” está incorreta, pois não há impedimento constitucional à tributação das
cooperativas.

04. (Fundação Carlos Chagas- Procurador Maranhão 2005 )

Aos Municípios, Estados e União, respectivamente, competem instituir impostos, dentre


outros, sobre

a) Transmissão causa mortis, transmissão inter vivos, e operações de crédito ,

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câmbio e seguro
b) Territorial rural, serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos
automotores
c) transmissão inter vivos, Transmissão causa mortis e Territorial rural
d) serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores e
Transmissão causa mortis
e) operações de crédito , câmbio e seguro; Territorial rural e circulação de
mercadorias

Gabarito alternativa “c”.


A questão tem como fundamento o disposto na CF art. 153, 155 e 156 acerca da
competência privativa para impostos. “Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos
nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos
industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei
complementar.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I -
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II - operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior; III - propriedade de veículos automotores Art. 156. Compete aos Municípios
instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão "inter
vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e
de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua
aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos
em lei complementar”.
Vale ressaltar que os impostos sobre transmissão se subdividem em transmissão “inter-
vivos” e “causa-mortis”. No que se refere à transmissão inter-vivos, cabe destacar a
possibilidade de transmissão à título gratuito ( doação- ITDC ) ou oneroso ( compra e
venda- ITBI ).
Face ao exposto, o gabarito oficial, alternativa “c” fez indicação de competência para o
município de impostos sobre transmissão inter-vivos, mas não especificou se seria título
gratuito ( doação ) ou oneroso ( compra e venda). Daí concluímos não ser o gabarito muito
preciso, ma, no entanto, não há melhor opção dentre as alternativas.

05 (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Em nosso sistema tributário, o Distrito Federal é competente para instituir


a) isenções de impostos municipais, nos limites do seu território.
b) Impostos estaduais e federais
c) Qualquer tributo, à exceção das contribuições sociais
d) Somente os impostos deferidos á competência dos Estados
e) Isenções de impostos federais

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Gabarito oficial alternativa “a”.


O Distrito Federal é titular de Poder de Tributar, com rol privativo de impostos, idêntico ao
dos Estados, nos termos do art. 155 CF. Vale ressaltar, que a federação brasileira tem
característica peculiar, ou seja, a presença de duas entidades políticas que normalmente
não fazem parte da estrutura de uma federação: os municípios e o Distrito Federal. Além
disso, vale ressaltar que o DF têm também competência tributária cumulativa, nos termos
do art. 147 CF, uma vez que não se subdivide em municípios. Portanto terá competência
para impostos municipais. Daí,resulta o poder de conceder isenção de impostos municipais.
Vale lembrar que a CF 88 adota o sistema de competência, onde a regra é a concessão de
isenção pelo próprio titular da competência, vedado, regra geral que seja concedida por ente
diverso do seu titular. Vide art. 151, III CF: “É vedado à União: III - instituir isenções de
tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.”. Apesar da
regra mencionada acima, o Distrito Federal poderia conceder isenção de tributos municipais
face à competência cumulativa para instituir impostos municipais, descrita no art. 147 CF.
As alternativas “b”, “c” e “e” estão incorretas face ao exposto no texto acima, destacando-
se a competência do DF para impostos elencados em rol privativo, idêntico ao dos Estados,
no entanto, estendendo-se para impostos municipais, face à competência cumulativa. No
entanto, não teria competência para impostos da União.
A alternativa “d” está incorreta, uma vez que, além dos impostos idêntico aos do Estado,
há, conforme já mencionado, competência cumulativa para impostos municipais, nos
termos do art. 147 CF.

06. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Configura fato gerador do ITCD:


a) Constituição de direito reais sobre imóveis
b) Constituição de usufruto sobre imóveis
c) Doação de bens imóveis aos entes públicos
d) Doação de bens móveis, direitos, títulos e créditos
e) Dação em pagamento

Gabarito oficial alternativa “d”.


Trata-se de avaliação do rol de competência dos Estados e Distrito Federal, previsto no art.
155, I CF. –“transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos”.
As demais alternativas não se enquadram na previsão de fato gerador para o ITCD.
A alternativa “c”, não foi elencada como gabarito, pressupondo a hipótese de imunidade
recíproca prevista no art. 150, VI, “a” CF e 150 § 2.º CF.
A alternativa “e” está incorreta, face à dação em pagamento ser uma transferência de bem a
título oneroso, admitida pelo CTN, no caso de bens imóveis, como modalidade indireta de
extinção de crédito tributário, nos termos do art. 156, XI CF.

07. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Uma empresa de transporte coletivo municipal, sediada no DF, que adquire combustível de
outra unidade da federação para consumo próprio

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a) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, mas isenta do ICMS


sobre combustível
b) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, e do ICMS,
relativamente ao combustível
c) Não é contribuinte do ISS
d) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados e imune à incidência do
ICMS sobre combustível
e) Não é contribuinte do ICMS

Gabarito oficial, alternativa “b”.


A questão envolve a compreensão dos art. 155 § 2.º, X, “b” CF, bem como do art. 4. LC
87/96 e do art. 2.º § 1, III LC 87/96

LC 87/96 art. 2.º § 1º O imposto incide também: III - sobre a entrada, no território do
Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos
dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado
onde estiver localizado o adquirente.”
LC 87/96 “ Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. ...........IV –
adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia
elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização.”
A questão foi mal formulada, primeiramente, porque não indicou ser o combustível
derivado do petróleo. Na verdade, a imunidade prevista no art. 155 § 2.º, X, “b” CF é
restrita à derivados do petróleo. O ICMS não incidirá: “b) sobre operações que destinem a
outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados, e energia elétrica.”. Com bem disse um aluno, empresa de transporte consome
diesel e não álcool combustível. Por este prisma, vamos tentar salvar a questão. Partindo
dessa premissa, a transferência do combustível derivado do petróleo foi imune para saída
do estado de origem.
Ocorre que o adquirente, no estado de origem, na hipótese de aquisição de mercadoria
decorrente de operação imune, prevista no art. 155 § 2.º, X, “b” CF, deverá recolher ICMS
quando da saída da mercadoria de seu estabelecimento, ou, em consumindo ou
incorporando ao ativo fixo, deverá recolhe-la quando da entrada no Estado, seja ou não
contribuinte habitual do imposto. Vide art. 2.º § 1, III LC 87/96 “O imposto incide também:
...III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando
não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.”.
Concluindo a questão, a empresa de transporte, em questão seria contribuinte do ICMS
devido na entrada da mercadoria no Estado de destino.
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Além do exposto, como se trata de transporte municipal, a empresa também será


contribuinte do ISS, pois transporte intramunicipal também constitui fato gerador de outro
imposto, ISS, previsto no art. 156, III CF, o que difere do transporte intermunicipal, o qual
seria, objeto do ICMS, nos termos do art. 155, II, CF. Portanto, está correto o gabarito
alternativa “b”.

08. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Em nosso sistema tributário, o ICMS e o ISS incidem conjuntamente sobre


a) Transporte de natureza municipal
b) Serviços e peças utilizados na retífica de motores
c) Recauchutagem de pneus
d) Aviamento de receitas médicas
e) Guarda e estacionamento de automóveis

Gabarito oficial alternativa “b”.


Trata-se da verificação da incidência do ICMS e ISS, conjuntamente ou em separado
em hipóteses diversas. Dispõe o art. 156, III CF sobre a incidência do ISS, determinando:
“Compete aos Municípios instituir impostos sobre: ...III - serviços de qualquer natureza,
não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar”. Portanto, para que o
município faça incidir ISS, necessário não se tratar de serviço da competência do Estado,
prevista neste art 155,II CF:”... Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
impostos sobre: ...II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no exterior”. Além dessa exigência, para que o
município possa fazer incidir ISS sobre um determinado serviço, necessário que este tenha
sido elencado pela União em lei complementar federal. Trata-se hoje da lei complementar
LC n.º 116/93, que foi publicada em substituição ao antigo decreto-lei 406/68. Observar
que a Lei complementar em questão não institui ISS, apenas elenca um rol de serviços que
serão tributáveis, à critério facultativo dos municípios. Há casos, no entanto, que uma
mercadoria é prevista na Lista do ISS, prevista na respectiva LC116/03, mas não será
objeto de circulação ( ato de comércio), sendo apenas fornecida a mercadoria como
indispensável à prestação do serviço. Nesta hipótese a lei complementar, que elabora a lista
do ISS, não faz qualquer ressalva indicando a incidência do ICMS. Para que a mercadoria,
prevista na lista do ISS, seja objeto de ICMS, é necessária que a Lei Complementar faça
uma ressalva, indicando a circulação de ICMS para aquela mercadoria. Trata-se do previsto
no art. 7.º § 2.º LC116/03 em substituição do antigo Decreto-Lei 406/68 em seu art. 8.º §
único.
Em hipótese diversa, caso o serviço prestado não esteja elencado na Lista do ISS,
prevista na LC116/03, não há que se cogitar de incidência do ISS, o serviço não será
tributado por falta de tipificação. Em outra hipótese, caso o serviço prestado não esteja
elencado na Lista do ISS, prevista na LC116/03, mas esteja sendo prestado juntamente com
fornecimento de mercadoria, haverá incidência sobre o valor total da operação, nos termos
do art. 155, § 2, IX, b CF “... incidirá também: b) sobre o valor total da operação, quando

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mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária


dos Municípios”
O gabarito alternativa “b” revela serviço constante da lista do ISS, LC 116/03,
portanto sujeito ao ISS, porém com ressalva para mercadorias, que ficaram sujeitas à
incidência do ICMS.
As alternativas “a”, “c” e “e” estão incorretas por constituírem hipóteses de
incidência de ISS, sendo serviços constantes da Lista elaborada pela LC 116/03, sem que
haja fornecimento de mercadorias associadas. Para a outra hipótese, alternativa “d”, não há
tipificação do ISS.

09. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Em nosso sistema tributário, está sujeita a incidência exclusiva do ISS a seguinte atividade:
a) Fornecimento de alimentação em bares e restaurantes
b) Aviamento de fórmulas médicas
c) Colocação de molduras em estampas ou pinturas
d) Conserto de motores, com fornecimento de peças e componentes
e) Edição de livros, jornais e periódicos

Gabarito oficial alternativa “c”. Trata-se de hipótese de serviço tipificada na Lista do ISS,
sem fornecimento de mercadoria associada. Vide art. 156, III CF, conforme já explicado na
questão anterior.
A alternativa “a” está incorreta face à incidência do ICMS sobre o valor total da operação.
O fornecimento de alimentação em bares e restaurantes é fato gerador previsto na LC
87/96: “Art. 2° O imposto incide sobre: I - operações relativas à circulação de
mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e
estabelecimentos similares”. Trata-se, portanto, de circulação de mercadorias, associadas
à prestação de serviços não compreendidos na competência dos municípios. Daí a
incidência do ICMS sobre o valor total da operação. Vide art. 155 § 2, IX, b CF: incide
ICMS “b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com
serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios”,
A alternativas “b” e “e” estão incorretas, face à não incidência por ausência de tipificação
na Lista da LC 116/03.
A alternativa “d” está incorreta, pois revela serviço constante da lista do ISS, LC 116/03,
portanto sujeito ao ISS, porém com ressalva para mercadorias, que ficaram sujeitas à
incidência do ICMS. Trata-se do previsto no art. 7.º § 2.º LC116/03 em substituição do
antigo Decreto-Lei 406/68 em seu art. 8.º § único.

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10. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Nas operações interestaduais entre contribuintes do ICMS, o


a) destinatário deve se creditar da alíquota interestadual e se debitar da alíquota interna
b) remetente deve aplicar a alíquota interna
c) remetente é isento do imposto
d) imposto é diferido para o destinatário da mercadoria ou serviço
e) destinatário deve se debitar da alíquota interestadual

Gabarito oficial alternativa “a”.


Trata-se da aplicação do princípio da não cumulatividade ao ICMS, conforme ditame
constitucional no art 155, § 2.º, I CF, segundo o qual o valor a ser recolhido em cada
operação será debitado, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
No entanto, há de se acrescentar que, em uma operação de saída de mercadoria de um
Estado para outro Estado, sendo operação entre contribuintes, a saída do Estado de origem
se fará mediante aplicação da alíquota interestadual, sendo que, no Estado de destino,
quando da revenda ou do consumo, o destinatário, diante da prática do fato gerador, deverá
recolher o ICMS pela aplicação da alíquota interna do Estado de destino, compensando-se
o que fora recolhido na operação anterior pela alíquota interestadual. Vide o disposto no art.
155, § 2, VII CF. “- em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a
consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual,
quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o
destinatário não for contribuinte dele;”

11. ( ICMS –SP/2002 VUNESP )

Atendendo ao princípio da não-cumulatividade, o RICMS garante ao contribuinte do ICMS


o creditamento do imposto anteriormente cobrado

a) na apuração do imposto a recolher


b) na apuração do impostos devido por produtor rural em saída não tributada
c) relativamente às mercadorias entradas, mas não relativamente aos serviços
recebidos
d) relativamente às mercadorias entradas, exceto o imposto recolhido sobre o consumo
de energia elétrica
e) relativamente aos serviços recebidos, mesmo quando beneficiados pela isenção

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Gabarito oficial alternativa “a”. Os fundamentos da questão são idênticos aos apresentados
na questão n.º 09. Trata-se do princípio da não cumulatividade.
A alternativa “b” está incorreta, pois o produtor rural, nesta hipótese será substituído. Trata-
se da substituição regressiva, com diferimento no recolhimento do imposto para a operação
subsequente.
A alternativa “c” está incorreta, pois o creditamento do ICMS, decorrente do princípio da
não-cumulatividade se aplica também ao serviços objeto do ICMS.
A alternativa “d” está incorreta, pois o creditamento do ICMS, decorrente do princípio da
não-cumulatividade se aplica também à energia elétrica, em casos específicos, previstos no
art. 33, II LC 87/96.
A alternativa “e” está incorreta, pois em caso de isenção, os créditos anteriores serão
anulados, salvo disposição de lei em contrário, nos termos do art. 155, §2, II CF.

12. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Um imposto é não-cumulativo quando:

a) Incide sobre o valor acrescido das mercadorias ou serviços em todas as etapas do


processo
b) Não admite a incidência de outro imposto sobre a mesma operação contábil
c) Não admite a incidência de taxa ou acréscimos legais sobre a mesma operação
tributável
d) É monofásico, incidindo somente na primeira passagem da mercadoria ou serviço no
ciclo produtivo
e) Incide sobre a última passagem da mercadoria ou serviço no ciclo produtivo

Gabarito oficial alternativa “a” .


Trata-se da aplicação do princípio da não-cumulatividade ao ICMS, conforme ditame
constitucional no art 155, § 2.º, I CF, segundo o qual o valor a ser recolhido em cada
operação será debitado, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.
Incorretas as alternativas “b” e “c”, pois a não-cumulatividade não se confunde com a
possibilidade de incidência de outro imposto sobre a mesma operação contábil. Não há que
se proibir a bitributação, salvo nas hipóteses expressamente previstas na Constituição ou
em caso de invasão de competência.
O ICMS monofásico é não-cumulativo, nos moldes do art. 155, § 2, XII, h CF. No entanto,
como haverá apenas uma única incidência, não haverá créditos em operações anteriores,
uma vez se tratar de incidência única. Isto não que dizer que a não-cumulatividade, que é
princípio observado pelo ICMS, se confunda com a regra de incidência única prevista no
artigo exposto.

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A alternativa “e” é incorreta pois colide com a definição do respectivo princípio da não-
cumulatividade já exposta.

QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1

( Fundação Carlos Chagas- Auditor PI )

A observância do princípio da não-cumulatividade

a) É de rigor, para todos os impostos previstos em nosso sistema tributário


b) É de rigor apenas para os impostos deferidos à competência dos Estados
c) Permite que somente o valor agregado em cada passagem de mercadoria pelo ciclo
produtivo sofra a incidência do imposto
d) É incompatível com a técnica do diferimento do tributo
e) Pelo contribuinte, libera o consumidor da repercussão tributária

Gabarito alternativa “c”.


Incorretas as alternativa “a” e “b”, uma vez que a não-cumulatividade somente será
obrigatória ao IPI, ICMS, imposto residual e contribuições sociais residuais.
Incorreta a alternativa “d”, uma vez que o diferimento é simples técnica de substituição
regressiva, com recolhimento postecipado do tributo, no entanto, respeitado o princípio da
não-cumulatividade.
Incorreta a alternativa “e”, pois repercussão tributária, sinônimo de translação, é
característica dos impostos indiretos, onde o sujeito passivo de direito tem o dever legal de
recolher o tributo, como no ICMS, mas transfere, por sistemática legal, o encargo
financeiro a uma terceiro, que deverá desembolsa-lo na qualidade de sujeito passivo de
fato. Isso é plenamente compatível com a aplicação da não-cumulatividade, em nada
obstando o cumprimento do princípio.

13. ( Fundação Carlos Chagas- Procurador PI 2005 )

Em sede de competência tributária, é correto afirmar que:

a) lei ordinária federal poderá instituir novos impostos, desde que


não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
previstos no texto constitucional
b) lei ordinária federal poderá instituir isenções de tributos
estaduais e municipais
c) somente a União poderá instituir contribuições sociais
d) somente o Município poderá instituir taxas por serviços
prestados

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e) o ITR é um tributo federal que, nos termos de permissivo


constitucional, poderá ser fiscalizado e cobrado pelos
Municípios.

Gabarito oficial alternativa “e”.


Trata-se o permissivo do art. 153, §4, III CF, segundo o qual o município poderá exercer
opção para ser sujeito ativo do ITR: “III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que
assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer
outra forma de renúncia fiscal.”

A alternativa “b” está incorreta, pois a instituição de imposto novo, pelo exercício da
competência tributária residual, exige lei complementar federal. Vide art. 154, I CF.”Art.
154. A União poderá instituir: I- mediante lei complementar, impostos não previstos no
artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;”
A alternativa “b” já objeto de questões anteriores, sendo incorreta por ferir o sistema
tributário atual, o qual exige, regra geral, a concessão de isenções pelo próprio titular da
competência, denominada isenção autônoma. A possibilidade de isenção heterônoma seria
exceção nos moldes do ICMS e do ISS em hipóteses de exportação, o que abordaremos
futuramente. Vide, por exemplo, art. 155, § 2, XII, “e” CF.
A alternativa “c” está incorreta, pois há hipótese em que a competência para contribuições
será do Estado, DF ou Município: art. 149 §1.º CF ¨” Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em
benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será
inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.”

A alternativa “d” está incorreta, conforme já estudado, pois a taxa é de competência


compartilhada entre todas as entidades da federação, cada uma, segundo a predominância
do seu interesse.

14. Fundação Carlos Chagas- Ministério Público Sergipe – 2005 )

À respeito dos princípios e das limitações ao Poder de Tributar que regem o Sistema
Tributário, é correto afirmar que

a) as contribuições sociais destinadas à Seguridade Social e as contribuições de


intervenção no domínio econômico devem obedecer ao princípio da anterioridade
nonagesimal.
b) os empréstimos compulsórios instituídos para atender despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública, só podem ser exigidos no exercício financeiro
seguinte ao da publicação da lei que os instituiu.
c) as contribuições sociais destinadas à Seguridade Social, recolhidas pelo
Empregador, podem ter suas alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas , em razão
da atividade econômica da empresa ou da utilização intensiva de mão de obra.
d) O princípio da irretroatividade veda não somente a cobrança de tributos em relação

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a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os instituiu ou


aumentou, mas também em relação às multas que devem ser aplicadas,
independentemente se são mais benéficas ou não ao contribuinte.
e) Os impostos extra-fiscais ( imposto de importação, exportação, IPI e IOF ) podem
ter suas alíquotas alteradas sem a necessidade de lei estabelecendo condições e
limites para tal modificação.

Gabarito alternativa “c”.


Trata-se da possibilidade do estabelecimeto de alíquotas diferenciadas por critérios
incidentais, nos moldes do art. 195§ 9.º CF.
Vale ressaltar que tal hipótese também se aplica a dois impostos, IPTU e IPVA, nos moldes
do art. 155, §6, II CF e 156, §1,II CF.

A alternativa “a” está incorreta. O princípio da anterioridade nonagesimal é exceção ao


princípio da anterioridade, sendo o primeiro previsto no art. 195 parágrafo 6.º CF.
Aplica-se às contribuições sociais. Há que cogitar de anterioridade nonagesimal quando
o tributo respeita apenas à exigência dos 90 dias a partir da sua publicação para a
respectiva cobrança. No entanto, a CIDE respeita o princípio matriz, anterioridade. É
verdade que também respeita a “noventena”, apelido dado à exigência do prazo mínimo
de 90 dias nos termos do art. 150, III, “c” CF, que deverá ser observado, em regra,
conjugado à anterioridade. No entanto, noventena somente se confundiria com
anterioridade nonagesimal, caso o tributo apenas respeitasse a noventena, como por
exemplo, o IPI. Não é o caso da CIDE. Por último, vale fazer uma ressalva: caberia
cogitar da anterioridade nonagesimal apenas em hipótese excepcional, prevista no art.
177, par. 4.º , I , b CF.
A alternativa “b está incorreta, uma vez que, nesta hipótese, os empréstimos
compulsórios não estão obrigados à anterioridade, nos termos do art. 150 §1 CF.
A alternativa “d está incorreta, uma vez que há hipótese excepcional de retroatividade
de lei que define infrações ou lhe comina penalidades, quando mais benéfica do que a
lei anterior, para caso não definitivamente julgado, nos moldes do art. 106, II CTN.
A alternativa “e” está incorreta, uma vez que o permissivo constitucional de dispensa
da legalidade, em caráter excepcional, exige que a alteração de alíquota do II, IE,IPI e
IOF, feita por ato do poder executivo, respeite os limites máximos e mínimos previstos
em lei. Vide art. 153§ 1.º CF.

15. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 )

Em nosso sistema tributário a seletividade, em função da essencialidade dos produtos


fabricados ou comercializados, é atributo exclusivo do:

a) IPI
b) ICMS

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c) IPI e do ICMS
d) IR, IPI e ICMS
e) IPI, ICMS e ISS

Gabarito alternativa “c”.


Vale ressaltar que o IPI deverá ser seletivo, enquanto o ICMS poderá sê-lo. Nesta última
hipótese, o ICMS que normalmente é tributo fiscal, assume característica extra-fiscal.

16. ( Fundação Carlos Chagas- Ministério Público- Pernambuco- 2002)

Tendo em vista o Sistema Tributário Nacional, considere os princípios abaixo:

I. Os princípios da capacidade contributiva e da proibição do confisco têm o mesmo


significado face ao idêntico fundamento constitucional.
II. A possibilidade de a União instituir isenção de tributos dos Estados e municípios, nos
casos de relevância e interesse público, não ofende o princípio da uniformidade da
tributação.
III.No direito positivo brasileiro, a aplicação do princípio da anterioridade da lei tributária é
regra, sendo exceção os tributos não sujeitos a tal princípio.
IV.Atendendo ao princípio da liberdade de tráfego, os titulares de competência tributária
não podem, de regra, estabelecer limites ao fluxo de pessoas ou mercadorias por meio de
tributos interestaduais ou intermunicipais.
V.O princípio da uniformidade geográfica, por guardar semelhança com o princípio da
igualdade, não comporta qualquer atenuação ou exceção em sua aplicabilidade.

Diante disso, APENAS são corretos


(A) I e II.
(B) I e V.
(C) II e III.
(D)) III e IV.
(E) IV e V.

Alternativa correta “d”.


A afirmativa I está incorreta, uma vez que o princípio da capacidade contributiva, previsto
no art 145§1 CF, analisado sobre o prisma da característica essencial do tributo, o fato

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gerador, revela que todo imposto gradua a capacidade econômica do contribuinte, enquanto
as taxas e contribuições de melhoria, graduam a contraprestação no seu custo, daí serem,
estes dois últimos sujeitos ao princípio do custo-benefício. Já o princípio do não confisco
revela uma tributação com razoabilidade na alíquota, para não arrebatar a renda ou o
patrimônio do contribuinte, previsto no art. 150, IV CF. São princípios diferentes, ambos,
no entanto, derivados da isonomia.
A afirmativa II já foi estudada anteriormente e ofende o disposto no art. 151, III CF.
A afirmativa III também já foi objeto de comentários. Exceções ao princípio da
anterioridade estão previstas no art. 150 §1. CF.
A afirmativa IV revela o princípio disciplinado no art. 150, V CF, derivado também da
isonomia, e que protege a liberdade de locomoção, sendo, portanto, uma garantia
individual, consubstanciando cláusula pétrea expressa.
A afirmativa V está errada, uma vez que a tributação uniforme exigida pelo Constituinte à
União, tendo como premissa a isonomia, como tratamento igual às situações equivalentes,
encontra na própria isonomia, fundamento de exceção, quando, situações sócio-econômicas
não equivalentes, serão ajustadas mediante a concessão de isenções, incentivos fiscais e
outros benefícios, visando a consagração da justiça fiscal. Portanto, o princípio comporta
exceções, nos moldes do art. 151, I CF, justamente para realização da isonomia àqueles
que se encontrem em situação não equivalente. “ Art. 151. É vedado à União: I - instituir
tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de
outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País”.

17. ( Fundação Carlos Chagas- Advogado Alagoas )

O princípio da capacidade contributiva aplica-se


a) Somente aos empréstimos compulsórios
b) A todos os tributos
c) Aos impostos, taxas e contribuições de melhoria
d) Apenas aos impostos
e) Exclusivamente às contribuições parafiscais

Gabarito oficial alternativa “d”.

O princípio da capacidade contributiva, previsto no art 145 §1 CF, analisado sobre o prisma
da característica essencial do tributo, o fato gerador, revela que todo imposto gradua a
capacidade econômica do contribuinte, daí sujeito ao princípio da capacidade contributiva.
Já as taxas e contribuições de melhoria, graduam a contraprestação estatal, dimensionando
o seu custo, daí serem, estes dois últimos sujeitos ao princípio do custo-benefício e não ao
princípio da capacidade contributiva.

145 § 1º - “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do

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contribuinte.”

QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1.

UNB-AGU-2003- Analise a veracidade:

Visando implementar a justiça fiscal, a Constituição Federal consagra o princípio da


capacidade contributiva, segundo o qual os tributos devem ser graduados de acordo coma
capacidade econômica do contribuinte.

Comentário.
Afirmativa verdadeira. Cuidado! Devemos atentar para o princípio da capacidade
contributiva por outro enfoque, sobre um prisma um tanto mais abrangente, além da letra da
Constituição. Trata-se um outro enfoque, onde, qualquer tributo, e não apenas os impostos,
terá função de consagrar isonomia, através da justiça fiscal, através de mecanismos
diversos, como, por exemplo a concessão de isenções, benefícios fiscais, incentivos e etc...
Seria possível uma taxa, uma contribuição e, não só os impostos, atingir esta meta. Daí,
sobre um novo prisma, é princípio mais abrangente.

18. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Em nosso sistema tributário, é correto afirmar que o princípio da

a) Capacidade contributiva é inaplicável às multas fiscais e às tarifas


b) Legalidade é inaplicável às tarifas
c) Isonomia não admite a progressividade das alíquotas tributárias
d) Anterioridade tributária se aplica a todos os impostos de competência da União
e) Seletividade se aplica ao ICMS e ao IPI

Gabarito oficial alternativa “e”.


Trata-se de aplicação facultativa ao ICMS e obrigatória ao IPI, conforme já foi exposto. O
ICMS está disciplinado no art. 155, §2, III - poderá ser seletivo, em função da
essencialidade das mercadorias e dos serviços. O IPI está previsto no art. 153, §3, I - O
imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;.
Vale ressaltar que a frase foi um tanto dúbia, dando a margem de dúvida quando a
obrigatoriedade ou não para o ICMS. A resposta merece ser mais precisada pelo
examinador.

A alternativa “a” está falsa, pois o STF estende a capacidade contributiva às multas, num
prisma abrangente de consagração da isonomia.
A alternativa “b” foi tida como falsa, no entanto, merece nossa crítica, uma vez que as
tarifas, espécies de preço público, são facultativas exatamente face a sua natureza
contratual, ao contrário das taxas, compulsórias, face a sua natureza legal. Daí, a questão
gerar dúvida quanto ao alcance do examinador, contrariando inclusive súmula do STF.
A Alternativa “c” está errada, uma vez que a progressividade de alíquotas é instrumento de

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justiça fiscal, portanto, ferramenta da isonomia econômica.


A alternativa “d” está errada, pois já estudamos a possibilidade de exceções, conforme
previsto no art. 150, § 1CF.

19. ( Fundação Carlos Chagas – Procurador Manaus )

Em nosso sistema tributário, é vedado ao município instituir


a) ISS sobre serviços de transporte municipal
b) IPTU com alíquotas progressivas em função do valor do imóvel
c) Contribuição para o custeio dos serviços de iluminação pública
d) Alíquotas diferenciadas para o IPTU, segundo a localização e o uso do imóvel
e) ISS sobre serviços prestados aos entes públicos

Gabarito oficial alternativa “e”.


O examinador abraçou a hipótese da não incidência constitucional, ou seja, da imunidade
recíproca, prevista no art. 150, VI, a CF. No entanto, a resposta dada poderia ser mais
especificada pelo examinador.

A alternativa “a” está falsa, uma vez que já verificamos ser hipótese de incidência de ISS,
prevista na lista do ISS, LC 116/03.
A alternativa “b” está falsa, uma vez que o IPTU é imposto real que admite
progressividade de alíquota em função da capacidade econômica, conforme previsto no art.
156 par. 1o. , I CF, fruto da EC 29/00. “§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a
que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:" I – ser
progressivo em razão do valor do imóvel; e II – ter alíquotas diferentes de acordo com a
localização e o uso do imóvel."
A alternativa “c” está falsa, uma vez que a EC 39/02 incluiu dispositivo constitucional, no
art. 149- A CF para permitir aos municípios e DF “instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no
art. 150, I e III.”
A alternativa “d” está falsa, face ao permissivo consititucional no art 156 par. 1o. , I CF,
fruto da EC 29/00. “§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art.
182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:" ...; e II – ter alíquotas diferentes
de acordo com a localização e o uso do imóvel."

20 ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 )

A progressividade é uma técnica impositiva que, em nosso país, pode ser utilizada

a) em todos os tributos do nosso sistema tributário


b) nos impostos federais e municipais
c) nos impostos que incidem sobre a renda e sobre o patrimônio
imobiliário
d) nos impostos que incidem sobre a circulação de riquezas
e) em todos os impostos que incidem sobre o consumo

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Gabarito oficial “c”.


Em verdade, um tanto impreciso o gabarito, uma vez que a técnica da progressividade de
alíquotas é adotada segundo dois critérios. Primeiro, a progressividade em função da
capacidade contributiva é permitida ao IR e ao IPTU, conforme disposto nos art. 153, par.
2., I CF e 156 par. 1o. , I CF. Em outro prisma, a progressividade de caráter extrafiscal
seria admitida para o IPTU e ITR, nos termos dos art. 182, par. 4.,II CF e 153 , par.4, I
CF.

21. (Fundação Carlos Chagas- Procurador Maranhão 2005 )

Considere as seguintes afirmações:

I. Os Estados, DF e os Municípios poderão estabelecer diferença tributária entre


bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
II. É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados,
DF e Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos
agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para
seus agentes.
III. Os Estados, DF e Municípios podem instituir taxas, dentre outros, sobre os
templos de qualquer culto, serviços das instituições de educação e de assistência
social sem fins lucrativos.

Conclui-se que SOMENTE está correto o que se afirma em


a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III

Gabarito alternativa “c”


Afirmativa I fere o princípio da não diferenciação de alíquotas para bens ou serviços em
função da procedência ou destino, previsto no art 152 CF.
Afirmativa II fere o princípio da não tributação mais onerosa disposto no art. 151, II CF.
Afirmativa III está correta, uma vez que a imunidade recíproca não abrange taxas, mas
apenas impostos, nos termos do art. 150, VI, a CF.

01. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)


É correto afirmar que

a) os tributos são recolhidos na rede bancária mediante delegação da capacidade


tributária
b) os conceitos de competência e capacidade tributária são equivalentes

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c) a competência e a capacidade tributária são indelegáveis


d) a competência é indelegável, mas a capacidade tributária pode ser delegada
e) os entes públicos centralizados são investidos de competência, e os
descentralizados, de capacidade tributária.

02. ICMS SP
A competência tributária, representando delimitação do poder de tributar, é matéria de
índole constitucional, sendo, por tal motivo, fixada pela Constituição Federal. Quanto à
referida competência é correto afirmar que:

a) são titulares do poder de tributar, no Brasil, a União, os Estados, o DF, os


municípios e suas respectivas autarquias.
b) A competência tributária não admite renúncia nem delegação, por parte do titular do
poder de tributar que a recebeu da Constituição, porém, seu exercício será
facultativo, podendo o titular deixar de arrecadar os tributos que lhe competem.
c) Os municípios não detêm competência tributária, uma vez que são os Estados onde
os mesmos se localizam que legislam sobre tributos municipais
d) Os Estados não detêm competência tributária, uma vez que é a União que por eles
legisla, em termos de tributos estaduais, tendo os Estados apenas a função de
arrecadá-los.
e) A União, os Estados e os Municípios possuem competência legislativa e,
conseqüentemente, a competência tributária, porém o Distrito Federal não possui
competência tributária, pois não possui poder legislativo próprio.

03. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Entre os sujeitos passivos do ICMS, não podem ser elencados

a) os entes com personalidade de direito público


b) os importadores de mercadorias do exterior
c) os substitutos tributários
d) as cooperativas
e) os prestadores de serviços de transporte municipal

03. (Fundação Carlos Chagas- Procurador Maranhão 2005 )

Aos Municípios, Estados e União, respectivamente, competem instituir impostos, dentre


outros, sobre

a) Transmissão causa mortis, transmissão inter vivos, e operações de crédito ,


câmbio e seguro
b) Territorial rural, serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos
automotores
c) transmissão inter vivos, Transmissão causa mortis e Territorial rural
d) serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores e

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Transmissão causa mortis


e) operações de crédito , câmbio e seguro; Territorial rural e circulação de
mercadorias

04. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Em nosso sistema tributário, o Distrito Federal é competente para instituir


a) isenções de impostos municipais, nos limites do seu território.
b) Impostos estaduais e federais
c) Qualquer tributo, à exceção das contribuições sociais
d) Somente os impostos deferidos á competência dos Estados
e) Isenções de impostos federais

05. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Configura fato gerador do ITCD:


a) Constituição de direito reais sobre imóveis
b) Constituição de usufruto sobre imóveis
c) Doação de bens imóveis aos entes públicos
d) Doação de bens móveis, direitos, títulos e créditos
e) Dação em pagamento

06. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Uma empresa de transporte coletivo municipal, sediada no DF, que adquire combustível de
outra unidade da federação para consumo próprio
a) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, mas isenta do ICMS
sobre combustível
b) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, e do ICMS,
relativamente ao combustível
c) Não é contribuinte do ISS
d) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados e imune à incidência do
ICMS sobre combustível
e) Não é contribuinte do ICMS

07. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Em nosso sistema tributário, o ICMS e o ISS incidem conjuntamente sobre

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a) Transporte de natureza municipal


b) Serviços e peças utilizados na retífica de motores
c) Recauchutagem de pneus
d) Aviamento de receitas médicas
e) Guarda e estacionamento de automóveis

08. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Em nosso sistema tributário, está sujeita a incidência exclusiva do ISS a seguinte atividade:
a) Fornecimento de alimentação em bares e restaurantes
b) Aviamento de fórmulas médicas
c) Colocação de molduras em estampas ou pinturas
d) Conserto de motores, com fornecimento de peças e componentes
e) Edição de livros, jornais e periódicos

09. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Nas operações interestaduais entre contribuintes do ICMS, o


a) destinatário deve se creditar da alíquota interestadual e se debitar da alíquota interna
b) remetente deve aplicar a alíquota interna
c) remetente é isento do imposto
d) imposto é diferido para o destinatário da mercadoria ou serviço
e) destinatário deve se debitar da alíquota interestadual

10. ( ICMS –SP/2002 VUNESP )

Atendendo ao princípio da não-cumulatividade, o RICMS garante ao contribuinte do ICMS


o creditamento do imposto anteriormente cobrado

a) na apuração do imposto a recolher


b) na apuração do impostos devido por produtor rural em saída não tributada
c) relativamente às mercadorias entradas, mas não relativamente aos serviços
recebidos
d) relativamente às mercadorias entradas, exceto o imposto recolhido sobre o consumo
de energia elétrica
e) relativamente aos serviços recebidos, mesmo quando beneficiados pela isenção

11. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

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Um imposto é não-cumulativo quando:

a) Incide sobre o valor acrescido das mercadorias ou serviços em todas as etapas do


processo
b) Não admite a incidência de outro imposto sobre a mesma operação contábil
c) Não admite a incidência de taxa ou acréscimos legais sobre a mesma operação
tributável
d) É monofásico, incidindo somente na primeira passagem da mercadoria ou serviço no
ciclo produtivo
e) Incide sobre a última passagem da mercadoria ou serviço no ciclo produtivo

12. ( Fundação Carlos Chagas- Procurador PI 2005 )

Em sede de competência tributária, é correto afirmar que:

a) lei ordinária federal poderá instituir novos impostos, desde que


não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
previstos no texto constitucional
b) lei ordinária federal poderá instituir isenções de tributos
estaduais e municipais
c) somente a União poderá instituir contribuições sociais
d) somente o Município poderá instituir taxas por serviços
prestados
e) o ITR é um tributo federal que, nos termos de permissivo
constitucional, poderá ser fiscalizado e cobrado pelos
Municípios.

13. Fundação Carlos Chagas- Ministério Público Sergipe – 2005 )

À respeito dos princípios e das limitações ao Poder de Tributar que regem o Sistema
Tributário, é correto afirmar que

a) as contribuições sociais destinadas à Seguridade Social e as contribuições de


intervenção no domínio econômico devem obedecer ao princípio da anterioridade
nonagesimal.
b) os empréstimos compulsórios instituídos para atender despesas extraordinárias,
decorrentes de calamidade pública, só podem ser exigidos no exercício financeiro
seguinte ao da publicação da lei que os instituiu.
c) as contribuições sociais destinadas à Seguridade Social, recolhidas pelo
Empregador, podem ter suas alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas , em razão

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da atividade econômica da empresa ou da utilização intensiva de mão de obra.


d) O princípio da irretroatividade veda não somente a cobrança de tributos em relação
a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os instituiu ou
aumentou, mas também em relação às multas que devem ser aplicadas,
independentemente se são mais benéficas ou não ao contribuinte.
e) Os impostos extra-fiscais ( imposto de importação, exportação, IPI e IOF ) podem
ter suas alíquotas alteradas sem a necessidade de lei estabelecendo condições e
limites para tal modificação.

14. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 )

Em nosso sistema tributário a seletividade, em função da essencialidade dos produtos


fabricados ou comercializados, é atributo exclusivo do:

a) IPI
b) ICMS
c) IPI e do ICMS
d) IR, IPI e ICMS
e) IPI, ICMS e ISS

15. ( Fundação Carlos Chagas- Ministério Público- Pernambuco- 2002)

Tendo em vista o Sistema Tributário Nacional, considere os princípios abaixo:

I. Os princípios da capacidade contributiva e da proibição do confisco têm o mesmo


significado face ao idêntico fundamento constitucional.
II. A possibilidade de a União instituir isenção de tributos dos Estados e municípios, nos
casos de relevância e interesse público, não ofende o princípio da uniformidade da
tributação.
III.No direito positivo brasileiro, a aplicação do princípio da anterioridade da lei tributária é
regra, sendo exceção os tributos não sujeitos a tal princípio.
IV.Atendendo ao princípio da liberdade de tráfego, os titulares de competência tributária
não podem, de regra, estabelecer limites ao fluxo de pessoas ou mercadorias por meio de
tributos interestaduais ou intermunicipais.
V.O princípio da uniformidade geográfica, por guardar semelhança com o princípio da
igualdade, não comporta qualquer atenuação ou exceção em sua aplicabilidade.

Diante disso, APENAS são corretos


(A) I e II.
(B) I e V.
(C) II e III.
(D)) III e IV.
(E) IV e V.

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16. ( Fundação Carlos Chagas- Advogado Alagoas )

O princípio da capacidade contributiva aplica-se


a) Somente aos empréstimos compulsórios
b) A todos os tributos
c) Aos impostos, taxas e contribuições de melhoria
d) Apenas aos impostos
e) Exclusivamente às contribuições parafiscais

17. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Em nosso sistema tributário, é correto afirmar que o princípio da

a) Capacidade contributiva é inaplicável às multas fiscais e às tarifas


b) Legalidade é inaplicável às tarifas
c) Isonomia não admite a progressividade das alíquotas tributárias
d) Anterioridade tributária se aplica a todos os impostos de competência da União
e) Seletividade se aplica ao ICMS e ao IPI

18. ( Fundação Carlos Chagas – Procurador Manaus )

Em nosso sistema tributário, é vedado ao município instituir


a) ISS sobre serviços de transporte municipal
b) IPTU com alíquotas progressivas em função do valor do imóvel
c) Contribuição para o custeio dos serviços de iluminação pública
d) Alíquotas diferenciadas para o IPTU, segundo a localização e o uso do imóvel
e) ISS sobre serviços prestados aos entes públicos

19 ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 )

A progressividade é uma técnica impositiva que, em nosso país, pode ser utilizada

a) em todos os tributos do nosso sistema tributário


b) nos impostos federais e municipais
c) nos impostos que incidem sobre a renda e sobre o patrimônio
imobiliário
d) nos impostos que incidem sobre a circulação de riquezas
e) em todos os impostos que incidem sobre o consumo

20. (Fundação Carlos Chagas- Procurador Maranhão 2005 )

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Considere as seguintes afirmações:

I. Os Estados, DF e os Municípios poderão estabelecer diferença tributária entre


bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
II. É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados,
DF e Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos
agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para
seus agentes.
III. Os Estados, DF e Municípios podem instituir taxas, dentre outros, sobre os
templos de qualquer culto, serviços das instituições de educação e de assistência
social sem fins lucrativos.

Conclui-se que SOMENTE está correto o que se afirma em


a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III

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01 (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

No Distrito Federal são imunes ao IPTU os terrenos:


a) pertencentes à Igreja, mas sem destinação religiosa
b) ocupados por posseiros ou sem-terra
c) de propriedade dos entes autárquicos federais
d) pertencentes às empresas públicas federais ou estaduais
e) pertencentes às sociedades de economia mista

Gabarito alternativa “c”.

O gabarito tido como verdadeiro, indica a imunidade recíproca das autarquias. De fato, a
imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, “a” CF para as entidades políticas, é extensiva
às autarquias e fundações públicas, pelo disposto no parágrafo 2.º do art. 150 CF. “Art. 150.
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio,
renda ou serviços, uns dos outros; § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao
patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.” Vale ressaltar tratar-se de uma imunidade condicionada à vinculação às
finalidades essenciais ou delas decorrentes.

Incorreta a alternativa ‘a’, uma vez que a imunidade geral atribuída aos templos também
está condicionada à vinculação às finalidades essenciais, ao contrário do que diz a assertiva
da alternativa em questão. Vide art. 150, VI, ‘b’ CF. ““Art. 150. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto; § 4º - As
vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a
renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.”

A alternativa ‘b” está incorreta uma vez não corresponder às hipóteses constitucionais de
previsão de imunidade.

As alternativas ‘d’ e ‘e’ estão incorretas, pois, como já exposto no art. 150 , VI, ‘a’ CF e
150 § 2 CF, comentário da assertiva letra ‘c’ acima, a imunidade recíproca é extensível às
autarquias e fundações públicas. Portanto, não é extensível a toda a administração indireta,
não o sendo às empresas públicas nem às sociedades de economia mista. Há situações
excepcionais em que o STF interpreta a Constituição, estendendo a imunidade recíproca
também às empresas públicas quando exercerem “delegação de serviços públicos”, como
foi a decisão aplicada à Empresa de Correios e Telégrafos que exercem o serviço de
“postagem”. Entende o STF, portanto, que as empresas públicas delegatárias de serviços
público ou, mesmo, se exercessem atividade econômica, no entanto, em regime de
monopólio, teriam imunidade recíproca por extensão.

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1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 01


ICMS RN 2005 ( ESAF) Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta
correta.

Cabe à União exigir o imposto sobre produtos industrializados antes de decorridos noventa
dias da data de publicação da lei que o majorar?
Empresa pública federal goza de imunidade tributária no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços vinculados às suas atividades que não tenham fins lucrativos?
Cabe aos Estados e ao Distrito Federal estabelecer hipótese de imunidade tributária em
relação a fato que esteja sujeito à incidência do imposto sobre propriedade de veículos
automotores?
As contribuições sociais para a seguridade social só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data de publicação da lei que as houver instituído ou aumentado?

a) Não, sim, não, não


b) Não, não, não, sim
c) Sim, sim, sim, não
d) Sim, não, sim, sim
e) Sim, sim, não, não

Gabarito oficial alternativa “b”.


Vale ressaltar, em complemento à questão n.º 01 já explicada anteriormente, a assertiva n.º
II. Em regra, as empresas públicas não possuem imunidade, salvo na hipótese excepcional
prevista de delegação de serviço público ou atividade econômica em regime de monopólio.
Portanto, para a assertiva II a resposta é “não”.

Na assertiva I, o IPI não poderá ser cobrado antes dos 90 dias, uma vez que este se submete
à denominada “noventena” do art. 150, III, “c” CF. Portanto, como o IPI, é uma exceção
ao princípio da anterioridade, por ter sido incluído no rol das exceções, no art. 150 §1 CF,
mas, no entanto, não foi incluído como exceção à noventena, deverá aguardar os 90 dias da
publicação para a respectiva cobrança. Poderíamos dizer que, como ele só se sujeita aos
90 dias, estaria sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal.

Na afirmativa III, vale ressaltar que Estados não concedem imunidade. Imunidade é não
incidência prevista na Constituição Federal.

Na afirmativa IV, é correto afirmar que as contribuições sociais está sujeitas ao princípio da
anterioridade nonagesimal, previsto no art. 195 § 6 CF.” § 6º - As contribuições sociais de
que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da
publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto
no art. 150, III, "b". CF.

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02. ( ICMS –SP/2002 VUNESP )

A não exigência do ICMS nas operações de saída de livro jurídico da loja revendedora para
o consumidor final local é considerada hipótese de
a) Não-incidência
b) Isenção
c) Imunidade
d) Anistia
e) Remissão

Gabarito oficial alternativa “c”.


As hipóteses de não incidência previstas na Constituição Federal configuram imunidade
tributária. Não há que se confundi-las com as hipóteses de não incidência previstas em lei,
que revelam uma isenção. Na questão, trata-se da imunidade objetiva prevista no art. 150,
VI, d CF. “ é vedado instituir impostos sobre d) livros, jornais, periódicos e o papel
destinado a sua impressão.”

03. PROCURADOR DF 2004


Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas;
em seguida, assinale a opção que apresenta resposta correta.

I. É legítima a cobrança de IPTU de lotes vagos e prédios comerciais de entidade


religiosa.
II. É admitida a cobrança cumulada de taxa de serviço de limpeza de logradouros públicos
e de coleta domiciliar de lixo.
III. É lícita a utilização de informes pertinentes à CPMF para a constituição de crédito
tributário relativo a impostos.
IV. Os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos são
abrangidos por imunidade tributária.

a) F, F, V, F
b) F, V, V, F
c) F, F, V, V
d) V, F, V, V
e) V, F, F, F

Gabarito oficial alternativa “c”.

A afirmativa I é falsa, uma vez que o STF concedeu imunidade geral de impostos sobre
patrimônio, renda e serviços aos templos, extensível aos lotes vagos e prédios comerciais.

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Trata-se de mudança de posição, face à decisão muito antiga quando ainda negava esta
imunidade. Praticamente, depois dessa mudança de posicionamento do STF, quanto aos
templos, a imunidade ganhou um caráter bem mais abrangente, sendo vedada sua extensão,
no entanto, diante de contratos de locação, mesmo assim, salvo se a renda da locação não
reverter para a função essencial.

A afirmativa II é falsa, pois a cobrança de taxa de coleta de lixo é permitida, não o sendo a
taxa de limpeza pública, face ao STF ter entendimento de ser este um serviço não
específico, diga-se, geral, bem como também indivisível. Portanto, não caberia cobrança de
taxa, por ofensa ao fato gerador, previsto no art. 145, II CF e art. 77 CTN.
A afirmativa III é verdadeira, face a se tratar de norma procedimental, ou seja, critério de
apuração, nos termos do art. 11 Lei 9311/96 e do art. parágrafo 2.º, do art. 1.º LC 105/01.
A afirmativa IV é verdadeira, face à decisão do STF dando à imunidade recíproca
interpretação extensiva aos filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais
e periódicos.

04( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral do Estado de São Paulo)

Assinale a falsa:

a) A imunidade do art. 150, VI, a CF é decorrente do princípio da isonomia dos entes


constitucionais, sustentado pela estrutura federativa de Estado e pela autonomia dos
municípios
b) A imunidade tributária é aplicável apenas a impostos porque estes são concebidos
em atendimento às despesas gerais do Estado, ao passo que os demais tributos pressupõe
prestações diretas, imediatas e pessoais.
c) O art. 184 § 5.º CF que dispõe sobre isenção de tributos relativos às operações de
transferência de bens imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, veicula típica
imunidade tributária
d) A imunidade prevista no art. 150, VI, d CF é objetiva, pouco importando a
qualificação da entidade que opera tais bens.
e) Somente as pessoas políticas detentoras de competência tributária podem conceder e
revogar isenções.

Gabarito oficial alternativa “b” tido como falso..


A afirmativa “b” está falsa, face á existência de casos de imunidades específicas
relacionadas a outros impostos, como, por exemplo, as contribuições sociais, nos termos do
art. 195 parágrafo 6.º CF.

A alternativa “a” é verdadeira, pois a imunidade recíproca, conforme já exposto


anteriormente, se alicerça na unidade federativa de Estado, sendo cláusula pétrea expressa,
nos termos do 60§4.º CF. Por exemplo, quando à União foi permitido, pela EC 3/93,
cobrar o antigo “IPMF” dos Estados e Municípios, o STF considerou inconstitucional tal

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permissão por ofensa à respectiva cláusula pétrea.

A alternativa “c” é verdadeira, pois, mesmo com a imprecisão de terminologia, dizendo ser
“isento”, quando a Constituição protege um fato contra tributação, trata-se de uma
imunidade tributária.

A alternativa “d” está correta, pois a imunidade é do livro, jornal, periódico e do papel
destinado a sua impressão, não se estendendo à entidade. Trata-se de imunidade objetiva,
alcançando o II, IE, IPI e o ICMS apenas. Não alcança a entidade, não abrangendo,
portanto, IR ou PIS e COFINS.

A alternativa “e” está correta, uma vez que o poder de conceder isenção é fruto do exercício
da competência, apesar de ser uma exoneração do tributo, é próprio do titular da
competência tributária.

05. ( Fundação Carlos Chagas – Procurador Manaus )

Configura hipótese de imunidade tributária no âmbito municipal, a incidência de


a) ITBI sobre os compromissos de compra e venda de imóveis
b) IPTU sobre os imóveis pertencentes às editoras e livrarias
c) ISS sobre os serviços prestados com relação empregatícia
d) ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica
e) Taxas relativas a serviços prestados aos entes públicos federais ou estaduais

Gabarito oficial alternativa “d”


Trata-se do previsto no art. 156, parágrafo 2.º, I CF. “§ 2º - O imposto previsto no inciso II
do art. 156: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou
direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se,
nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou
direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil”

A alternativa ‘a’ está falsa por falta de previsão constitucional.

A alternativa ‘b’ está falsa, uma vez que a imunidade objetiva dos livros, como já exposta,
não alcança a entidade, mas apenas o próprio livro. Trata-se de imunidade objetiva,
alcançando o II, IE, IPI e o ICMS apenas. Não alcança a entidade, não abrangendo,
portanto, IR ou PIS e COFINS.

A alternativa ‘c’ está falsa por falta de previsão constitucional.

A alternativa ‘e’ está falsa por falta de previsão constitucional, uma vez que a imunidade
geral prevista no art. 150, VI CF não se aplica às taxas, mas apenas aos impostos. Além

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disso, vale ressaltar que o art. 5, XXXIV CF é caso de imunidade específica de taxas, não
alcançando serviços prestados aos entes públicos federais ou estaduais

06. ( Fundação Carlos Chagas- Minist. Público Amazonas – 2006 )

Assinale a afirmação que viola as regras constitucionais à competência tributária ou à


limitação do poder de tributar

a) Compete à União instituir impostos sobre a renda obtida pelos partidos políticos,
das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos
b) Caberá à Lei Complementar dispor sobre os conflitos de competência entre os entes
políticos e estabelecer normas gerais em matéria tributária
c) Os impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou
valores mobiliários são de competência da União
d) Somente a União pode instituir empréstimos compulsórios
e) Ocorrerá o fonômeno da parafiscalidade quando a entidade a quem se delegou o
poder de arrecadar o tributo, receber autorização legal para ficar e aplicar aqueles valores
em suas próprias finalidades

Gabarito oficial alternativa “a”. Trata-se da imunidade geral prevista no art. 150, VI, c CF
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c)
patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; “ Vale ressaltar que trata-se de
imunidade condicionada, nos termos do art. 150 par. 4.º CF.

A alternativa “b” está correta nos termos do art. 146, II e III CF.

A alternativa “c” está correta nos termos do art. 153, V CF

A alternativa “d” está correta nos termos do art. 148 CF

A alternativa “e” está correta. Já foi objeto de explicação na aula n.º 01 a parafiscalidade,
sendo requisito seu a transferência da capacidade ativa e dos recursos ao ente que irá
administrar os tributos. Vale ressaltar que nem toda transferência de capacidade ativa ou de
recursos implica em parafiscalidade, por se relacionar às funções paralelas ás funções
típicas de Estado. Ex. A União institui contribuição social sobre a folha salarial e determina
ao INSS a administração dos recursos bem como a capacidade para exigir o seu
cumprimento, face tratar-se de tributo voltado a uma função paralela ás funções típicas de

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Estado, qual seja o custeio da Seguridade Social.

07. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor PI )

A prestação de serviços de comunicação social, através da recepção livre e gratuita de


imagens televisivas, em nosso sistema tributário, configura hipótese de:
a) isenção tributária
b) não incidência tributária
c) imunidade fiscal
d) incidência de ICMS
e) incidência de ISS

Gabarito oficial alternativa “c”.


Trata-se do previsto no art. 155, parágrafo 2o., X, d CF. O ICMS “X - não incidirá: d) nas
prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção livre e gratuita”. Vale ressalvar que o disposto neste artigo foi
incluído pela EC 42/03, permanecendo a previsão de incidência apenas para os serviços de
comunicação onerosa.

08. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor PI )

Em nosso sistema tributário, o município não participa da arrecadação


a) do IPI
b) da contribuição de intervenção no domínio econômico
c) do IR-fonte
d) do IPVA
e) do ITR

Gabarito oficial alternativa “b”.


Trata-se de gabarito um tanto impreciso, mas, provavelmente, a melhor opção. No que
concerne às contribuições interventivas, caberia percentual aos municípios do montante de
25% a ser repartido pelos Estados, relativo ao recebido por estes da União, do total
arrecadado com a CIDE do petróleo. Vide art. 159, parágrafo 4.º CF. “Art. 159. A União
entregará: III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio
econômico prevista no art. 177, § 4º, vinte e cinco por cento para os Estados e o Distrito
Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que refere o inciso II, c, do
referido parágrafo; § 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada
Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que
se refere o mencionado inciso.”Portanto, somente nesta hipótese os Municípios participarão

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da arrecadação da CIDE.

As demais alternativas estão incorretas, porque os municípios participam da receita de


todos os demais tributos, conforme disposto nos art. 157 a 159 CF, conforme discriminado
a seguir:

1. IPI: art. 159. A União entregará: II - do produto da arrecadação do imposto sobre


produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal,
proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.”

2. IR fonte: Art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto


da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre
rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que
instituírem e mantiverem;
3. IPVA e ITR: Art. 158. Pertencem aos Municípios: II - cinqüenta por cento do produto da
arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos
imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153,
§ 4º, III; III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios”

09. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 )

Distintos fatos geradores do ICMS cujas alíquotas são aumentadas nos dias 30 de agosto e
30 de novembro de determinado exercício poderão ser cobrados a partir

a) de 1.º janeiro e 1.º março do exercício seguinte, respectivamente


b) de 1.º de dezembro do mesmo exercício e 1.º de janeiro do exercício seguinte,
respectivamente
c) de 1.º março do exercício seguinte
d) da respectiva publicação e vigência
e) do primeiro dia do exercício seguinte

Gabarito alternativa “a”.


O ICMS é tributo que atende aos dois princípios: anterioridade e noventena. Vide art. 150,
III CF. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo
exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; ) antes
de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b”.

Observe que não foi incluído no rol das exceções no art. 150 par. 1.º CF.
Portanto, para a primeira hipótese, publica da lei em 30 agosto, aplica-se em 1.º janeiro
seguinte. Nesta hipótese já se está atendendo ao prazo mínimo de 90 dias. Na segunda
hipótese, publicada a lei em 30 novembro, aplica-se no exercício seguinte, observado o
prazo mínimo de 90 dias, 1.º de março.

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10. ( Fundação Carlos Chagas- ICMS BA)

As alíquotas diferenciais foram introduzidas em nosso sistema tributário recentemente,


como técnica incidental que pode ser adotada pelo:

a) ITBI e IPTU
b) IR e IPTU
c) IR, IPI e IPTU
d) IPTU e IPVA
e) IPI, ICMS e ISS

Gabarito alternativa “d”. A CF 88 prevê três hipóteses de alíquotas diferenciais por


critérios incidentais, diga-se, por critérios aleatórios, que não sejam qualquer
progressividade: IPTU, IPVA e Contribuições Sociais do Empregador.

IPTU- art. 156 parágrafo 1o., II CF "§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que
se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: II – ter alíquotas
diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel."

IPVA art. 155 parágrafo 6o, II CF § 6º O imposto previsto no inciso III: II - poderá ter
alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização

Contribuição Social, 195 par. 9.º CF “As contribuições sociais previstas no inciso I deste
artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade
econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou de condições
estruturais do mercado de trabalho”.

Observe que não há que se confundir as alíquotas diferenciadas por critérios incidentais
com as alíquotas progressivas já estudas na aula n.º 02.

11. (UNB – AGU 2005- questão adaptada)

Analise a veracidade das alternativas abaixo e indique o número de alternativas


verdadeiras.

I. Considere a seguinte situação hipotética. Determinado estado da Federação editou

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norma geral de direito tributário sobre matéria acerca da qual a legislação federal era
omissa. Posteriormente, a matéria veio a ser objeto de disposição específica na legislação
federal. Nessa situação, se a lei federal for completamente oposta à estadual, ficará esta
integralmente sem eficácia enquanto perdurar a validade daquela.

Verdadeiro. Trata-se de competência concorrente, competência para se legislar sobre


Direito Tributário. Não se trata de criar tributo e sim, norma geral. A omissão da União
defere aos Estados competência legislativa plena, mas sobrevindo lei federal a norma do
Estado incompatível ficará com sua eficácia suspensa. Vide art. 24 CF. CF “ § 3º -
Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre
normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário”

II. Apesar da forma federativa do Estado brasileiro, o Senado Federal tem competência
para avaliar o desempenho das administrações tributárias das unidades da Federação.

Verdadeiro. Trata-se de dispositivo incluído pela EC 42/03, no art. 52, XV CF.

III. Entre os princípios tributários, encontra-se o da igualdade de tratamento tributário aos


contribuintes que estejam sob mesma situação. A Constituição Federal, porém, considera
que, entre as pessoas jurídicas com fins lucrativos, as empresas de grande porte devem
receber tratamento diferenciado do assegurado às demais.

Verdadeiro. Observe que o princípio da isonomia, no art. 150, II CF, prevê tratamento igual
para os equivalentes e desigual para os não equivalentes. “Art. 150. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos,
títulos ou direitos;”. Daí, uma empresa de grande porte deverá ter tratamento diferenciado
das demais sob pena de ofensa ao princípio da isonomia. Por exemplo, elas não são
incluídas no SIMPLES, somente as microempresas e as empresas de pequeno porte.

IV. As receitas provenientes de exportação não são sujeitas à incidência de contribuições


sociais nem de IPI.

Verdadeiro. Trata-se de imunidade prevista na CF art. 153,par.3.º , III CF e 149 par. 2.º, I
CF.

a. 1
b. 2
c. 3
d. 4
e. nenhuma

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GABARITO D

12. (UNB – AGU 2005- questão adaptada)

Analise a veracidade das alternativas abaixo e indique o número de alternativas


verdadeiras.

I. É constitucionalmente admissível que a União crie uma contribuição de intervenção


no domínio econômico sobre minerais e energia elétrica.

Verdadeiro. Vale ressaltar que a CF prevê imunidade no caso apenas para impostos,
ressalvada a incidência de II, IE e ICMS. Portanto, não há imunidade de contribuição
interventiva. Vide CF 155 § 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput
deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações
relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo,
combustíveis e minerais do País.”

II. Caso a União deseje criar uma contribuição de intervenção no domínio econômico
sobre a comercialização do milho, a Constituição Federal faculta-lhe estabelecer uma
alíquota fixa por saca de milho, independentemente do valor sobre o qual se efetivem as
operações.

Gabarito verdadeiro. Alíquota fixa é aquela onde não se aplica percentual, trata-se da
aplicação de unidade monetária por unidade de medida de mercadoria. Ex. 1 real por saca.
Vide art. CF 149 § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de
que trata o caput deste artigo: III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o
faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor
aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.

III. Considere a seguinte situação hipotética: Determinado estado decidiu, a partir de


2004, instituir contribuição social, a ser cobrada de seus servidores, para custeio do sistema
de previdência dos servidores estaduais. Nessa situação, a Constituição Federal faculta à
unidade federada a referida instituição, desde que a alíquota não ultrapasse a estabelecida
pela União para a contribuição dos servidores federais.

Falso. Caso o servidor estadual ou municipal esteja sujeito à regime previdenciário público
criado pelo próprio Estado ou Município, a competência para instituir a contribuição social,
que regra geral seria da União, passa a ser do próprio Estado ou Município. No entanto, a
alíquota não pode ser inferior ao do servidor federal, e não, como disse a assertiva,
superior. “CF 149 § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos
servidores titulares de cargos efetivos da União.”

a. VVV

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b. VFV
c. FFV
d. VVF
e. FFF

Gabarito alternativa D

13. ( UNB- ADVOGADO PETROBRAS- 2003- )

A respeito do poder de tributar das entidades federativas, julgue os itens a seguir.

I. O princípio da anterioridade, por se revestir da natureza de cláusula


pétrea da Constituição da República de 1988, não poderá ser afastado da incidência dos
impostos decorrentes do exercício da competência residual pela União, ainda que tal
determinação conste expressamente em texto de emenda constitucional.

Verdadeiro. Segundo o STF o princípio da anterioridade é garantia individual, sendo,


portanto, cláusula pétrea expressa. Portanto, não cabe exceção por Emenda à Constituição.

II. Cabe a lei complementar federal dispor sobre o fato gerador e a base de
cálculo dos impostos previstos na Constituição da República, inclusive do imposto sobre
serviços (ISS) e do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).

Verdadeiro. Nos termos do art. 146, III CF, caba à lei complementar estabelecer normas
gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de
suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. Portanto, a lei complementar
não vai instituir o ISS ou o IPVA, mas apenas definir norma geral para seus respectivos
fatos geradores, base de cálculo e contribuintes, entenda-se, definição a nível de norma
geral. Isto não se confunde com a definição dos fatos geradores, base de cálculo e
contribuintes que deverá ser feita também na lei instituidora dos respectivos tributos.

III. A contribuição de intervenção no domínio econômico hoje vigente


incide sobre as receitas decorrentes da exportação, para o exterior, de gasolina, disel e
querosene de aviação.

Falso. Fundamento no art. 149 par. 2.º I CF “2º As contribuições sociais e de intervenção
no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas
decorrentes de exportação;”. Trata-se de hipótese de imunidade tributária.

a. VVV
b. VVF
c. VFV
d. VFF

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e. FFF
GABARITO B

1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 13

AFRF 2003 ESAF


Indique a opção que preenche corretamente as lacunas, consideradas as pertinentes
disposições constitucionais.

1 As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico previstas no caput do


art. 149 da Constituição Federal _______________ sobre as receitas decorrentes de
exportação.
__________________ sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus
derivados e álcool combustível.
2 As contribuições de intervenção no domínio econômico, previstas no art. 149 da
Constituição Federal, estão submetidas ao princípio da ______________.

a) incidirão/ podendo incidir também/ anterioridade


b) não incidirão/ mas poderão incidir/ anterioridade
c) não incidirão/ mas poderão incidir
d) incidirão/ não podendo incidir/ anterioridade
e) não incidirão/ não podendo incidir também/ anterioridade mitigada ou nonagesimal

Gabarito alternativa “b”


Fundamentos já explanados anteriormente. Vide art. 149 parágrafo 2.CF. Atente-se,
também que as CIDEs respeitam o princípio da anterioridade. Nãoconfundir com as
contribuições sociais, sujeitas à anterioridade nonagesimal.

14. ICMS RN 2005 ( ESAF)


Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas,
em seguida, marque a resposta correta.
( ) A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a instituições de assistência
social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social
privada se não houver contribuição dos beneficiários.
( ) É permitido à União exigir imposto sobre a renda auferida por Municípios que provenha
de aluguel de imóveis a eles pertencentes.
( ) O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda quando alugado a
terceiros, permanece imune ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana
(IPTU), desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal
entidade.

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a) V, V, V d) F, F, V
b) V, V, F e) F, V, F
c) V, F, V

Gabarito alternativa “c”

A afirmativa I é verdadeira, pois o STF estende a imunidade das entidades de assistência


social, sem fins lucrativos, prevista no art. 150, VI, “c” CF. às entidades fechadas de
previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.

A afirmativa II é falsa, uma vez que a imunidade recíproca das entidades políticas é
incondicionada. Vale ressaltar, no entanto, que está sujeita à restrições do art 150 par. 3.º
CF, onde se lê “desde que não explore atividade econômica”. “150 § 3º - As vedações do
inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços,
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto
relativamente ao bem imóvel”. No entanto, a doutrina majoritária entende que locação não
seria ato de comércio, portanto, não se enquadraria na restrição do parágrafo 3.º , salvo se
fosse locação para fins comerciais.

A afirmativa III é verdadeira, uma vez que trata-se de imunidade condicionada, prevista no
art. 150, VI, “c” CF. Vale observar o parágrafo 4.º do art. 150 CF. § 4º - As vedações
expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. O
STF considera que, diante do contrato de locação, que por si desclassifica a imunidade,
poderá, no entanto, ser mantida a imunidade caso a renda da locação reverta para a função
essencial.

1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 14

PROCURADOR DF 2004 ESAF


Avalie as formulações seguintes e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta
correta:

I. É indevida a exigência do IPTU em relação aos imóveis alugados a terceiros,


pertencentes às entidades que gozam de imunidade tributária, referidas no art. 150, VI, c, da
Constituição Federal, desde que a renda dos aluguéis seja aplicada nas finalidades
essenciais de tais entidades.

Verdadeiro. Vide comentário da questão anterior

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II. A imunidade tributária conferida pelo art. 150, VI, c, da Constituição Federal às
instituições de assistência social sem fins lucrativos alcança as entidades fechadas de
previdência social que conferem benefícios aos seus filiados mediante o recolhimento das
contribuições pactuadas.

Falso. O STF somente estende a imunidade do artigo citado às entidades fechadas de


previdência social desde que não cobrem contribuição de seus filiados.

III. Os Estados e o Distrito Federal não têm competência para instituir empréstimo
compulsório, ainda que se destine ao atendimento de despesas extraordinárias de caráter
urgente que decorram de calamidade pública.

Verdadeiro. Competência da União. Art. 148 CF

IV. A Constituição Federal impede que as contribuições sociais para a seguridade social
tenham base de cálculo própria de impostos.

Falso. Não há impedimento, uma vez que são tributos especiais, caracterizados, não
somente pelo fato gerador, mas por outras características, como, por exemplo, seu fim:
custeio da seguridade social

a) somente I, II e II são verdadeiras.


b) somente I e III são verdadeiras.
c) somente II e III são verdadeiras.
d) somente I, III e IV são verdadeiras.
e) somente III e IV são verdadeiras.

Gabarito alternativa “b”

2.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 14


AFRF 2003 ESAF
Analise:
1 Entidade fechada de previdência privada, que só confere benefícios aos seus filiados
desde que eles recolham as contribuições pactuadas, goza de imunidade tributária?
2 Segundo entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, filmes fotográficos
destinados à composição de livros, jornais e periódicos estão abrangidos por imunidade
tributária?
3 A Constituição Federal veda a instituição de contribuição social para a seguridade
social sobre o lucro auferido por pessoas jurídicas, que decorra de comercialização de
livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua impressão?

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a) Não sim, não


b) Não, não, sim
c) Não, não, não
d) Sim, sim, não
e) Sim, não, sim

Gabarito alternativa “a”


Conteúdo já explanado em questões anteriores

15. ICMS RN 2005 ( ESAF)


Marque a opção correta.

a) Cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir e cobrar adicional de até cinco por cento
do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos
territórios, a título de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente
sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital.
b) Não é permitido instituir e cobrar a taxa de conservação de estradas de rodagem cuja
base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre propriedade territorial rural.
c) O imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos é instituído e
cobrado pelos Municípios.
d) É permitido à União continuar a exigir o imposto sobre movimentação ou transmissão
de valores e de créditos e direitos de natureza financeira, que instituiu com base na Emenda
Constitucional n°3, de 17 de março de 1993.
e) É permitido à União, aos Estados e ao Distrito Federal instituir, nos respectivos âmbitos
de atuação, contribuições de intervenção no domínio econômico.

Gabarito alternativa “b”.


Trata-se de aplicação de dispositivo já estudado, no art. 145 par. 2.º CF.

Vale ressaltar que estão incorretas as alternativas “a” e “c”, uma vez que o AIR e o IVVC
foram extintos pela EC 03/93.
Incorreta a alternativa “d”, pois o IPMF foi considerado inconstitucional, uma vez que a EC
3/93, neste tributo, autorizou exceção à anterioridade e violou a imunidade recíproca.
Incorreta a alternativa “e”, uma vez que CIDE é de competência exclusiva da União, nos
termos do art. 149 CF.

16. ( AFRF 2005 ESAF )


I. Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir contribuições de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, desde que para o custeio, em benefício dos respectivos sujeitos passivos, e no
âmbito territorial do ente tributante?

Não, uma vez que CIDE é de competência exclusiva da União, nos termos do art. 149 CF.

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II. A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a


comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico
combustível (CIDE) foi instituída pela União com a finalidade de financiamento de projetos
de proteção ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico?

Não, uma vez que a destinação da sua receita segue o disposto no inciso II, do parágrafo 4.º
do art. 177 CF II - os recursos arrecadados serão destinados: a) ao pagamento de subsídios
a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de
petróleo; b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do
petróleo e do gás; c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.

III. Compete aos municípios o imposto sobre a cessão, a título oneroso, de direitos à
aquisição, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos
reais sobre imóveis?

Sim, por se enquadrar na hipótese prevista no art. 156, II CF. Exemplo: na compra de um
imóvel em inventário, de fato o que se faz é uma escritura de cessão de direitos
hereditários, sujeita, portanto ao ITBI

a) Não, não, sim


b) Não, não, não
c) Sim, sim, sim
d) Não, sim, sim
e) Não, sim, não

Gabarito oficial alternativa “a”

17. ( AFRF 2005 ESAF )


O campo de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados abrange:
a) todos os produtos relacionados na TIPI.
b) todos os produtos relacionados na TIPI, com alíquota, mesmo os com alíquota zero.
c) todos os produtos, exceto aqueles a que corresponde a otação “Zero”.
d) todos os produtos com alíquota.
e) todos os produtos, mesmo os com alíquota zero ou com a notação NT, ainda que não
relacionados na TIPI.

Gabarito oficial alternativa “b”.

Todos os casos de alíquota, mesmo zero, situam-se no campo de incidência tributário, digo,
há fato gerador, apesar da alíquota zero. Alterando-se a alíquota, tributa-se.
Na hipótese da notação NT, trata-se de uma não incidência prevista na lei. É como se a lei
dissesse a expressão “não incide tributo sobre o fato X”. Portanto, fora do campo de

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incidência.
Portanto, nem todos os produtos da TIPI terão incidência, pois alguns vêm com a notação
NT.
Melhor alternativa, portanto “b”.

18. ( AFRF 2005 ESAF )


Considerando o que decorre do sistema constitucional tributário brasileiro, julgue os itens a
seguir, e marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a
opção correspondente.
( ) A progressividade do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana pode ser
estipulada em função de subutilização do solo urbano.

Verdadeiro. Com certeza trata-se da hipótese de progressividade do IPTU no tempo,


prevista no art. 182, §4, II CF, progressividade caráter extra-fiscal, ou seja, para controle do
cumprimento da função social da propriedade. Isto também é possível para o ITR, nos
termos do art. 153 parágrafo 4., I CF

( ) As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza são estipuladas


por lei complementar.

Verdadeiro. Trata-se do diposto no art. 156 parágrafo 3, III CF. “156 § 3º Em relação ao
imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementarI - fixar as suas
alíquotas máximas e mínimas”

( ) A chamada “competência residual da União” consiste na possibilidade de instituir


imposto não cumulativo, podendo, eventualmente, a base de cálculo desse ser a mesma de
outro, já prevista na Constituição.

Falso. Trata-se do previsto no art. 154, I CF. A competência residual é a atribuição para a
União instituir, por lei complementar, imposto “novo”, entenda-se com fato gerador e base
de cálculo diferentes dos demais previstos no seu rol de competência e da competência dos
demais entes. “Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos
não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.”

( ) A medida provisória que majore contribuição para o financiamento da Previdência


Social somente poderá surtir efeitos no exercício seguinte se convertida em lei até o último
dia do exercício precedente.

Falso, tal afirmativa estaria correta para os impostos sujeitos à anterioridade. Vide art. 62
§2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro

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seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Quanto às contribuição, segundo o STF, a MP deverá aguardar 90 dias a contar da sua
primeira publicação, em respeito à anterioridade nonagesimal, mesmo sem que se tenha
ainda convertido em lei. 195 § 6º - “As contribuições sociais de que trata este artigo só
poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as
houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".

a) V V F V
b) F F V F
c) V F V F
d) F V F F
e) V F F V

Gabarito alternativa “VVFF” questão anulada

1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 18

PFN 2004- ESAF


Considerando o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal Federal, assinale
a resposta que completa constantemente a assertiva.

“A alíquota de contribuição social destinada ao financiamento da Seguridade Social,


majorada por medida provisória que tenha sido editada na primeira metade do exercício
financeiro, objeto de reedição e conversão em Lei, poderá ser exigida...”

a) depois de decorridos noventa dias da data da publicação da Lei resultante da conversão.


b) depois de decorridos noventa dias da data da publicação da medida provisória
originária.
c) depois de decorridos noventa dias da data da reedição da medida provisória.
d) no próximo exercício financeiro.
e) depois de decorridos noventa dias do início do próximo exercício financeiro.

Gabarito alternativa “b” Vide explicação anterior.

19. ( Fundação Carlos Chagas- Procurador PI 2005 )

Em sede de competência tributária, é correto afirmar que:

a) lei ordinária federal poderá instituir novos impostos, desde que não tenham fato gerador
ou base de cálculo próprios dos previstos no texto constitucional
b) lei ordinária federal poderá instituir isenções de tributos estaduais e municipais
c) somente a União poderá instituir contribuições sociais

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d) somente o Município poderá instituir taxas por serviços prestados


e) o ITR é um tributo federal que, nos termos de permissivo constitucional, poderá ser
fiscalizado e cobrado pelos Municípios.

Gabarito alternativa “e”.


Trata-se da possibilidade do município fiscalizar e arrecadar o ITR, mediante termo de
opção. Vide art. 153 parágrafo 4., III CF. 153 § 4º O imposto previsto no inciso VI do
caput III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei,
desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
A alternativa “b” está incorreta pois fere a regara constitucional da isenção autônoma, isto
é, a regra de que a isenção será concedida pelo respectivo ente tributante titular da
competência, conforme disposto no art. 151, III CF. “É vedado à União: III - instituir
isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.”.
A alternativa “c” está incorreta, pois fere a competência dos Estados, DF e Municípios para
contribuições sociais dos seus servidores para o respectivo regime previdenciário, nos
termos do art. 149 parágrafo 1. CF.
A alternativa “d” contraria a competência compartilhada entre todas as entidades de
federação para instituição de taxas, respeitado o âmbito das respectivas atribuições para a
prestação de serviços públicos.

20. ICMS MG 2004


Considerando-se a competência tributária, é CORRETO afirmar que:

a) A instituição de normas que evitem o conflito de competência entre os entes


federados prescinde de lei complementar, devendo as referidas pessoas jurídicas de
direito público estabelecerem tais regras por Convenio.
b) A lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação para
prevenir desequilíbrios da concorrência, cabendo à União, por lei, estabelecer
normas de igual objetivo.
c) A União, para instituir validamente os empréstimos compulsórios e as contribuições
de intervenção no domínio econômico, depende que estes estejam previstos em lei
complementar.
d) O exercício da competência residual das contribuições de intervenção no domínio
econômico, pela União, deve se realizar por lei complementar.

Gabarito alternativa “b”


Trata-se de instituto previsto na Constituição Federal, art. 146-A CF, introduzido pela EC
42/03, como instrumento fiscal de combate ao monopólio, dentre outros atribuídos á
União. “Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação,
com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de
a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo”

A alternativa “a” está incorreta pois, nos termos do art. Art. 146, III CF, cabe à lei

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complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a


União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

A alternativa “c” está incorreta, uma vez que as Contribuições interventivas, CIDE, não são
objeto de lei complementar. Basta a instituição por lei ordinária. Logicamente, se o
legislador decidir instituí-las por lei complementar, não haverá impedimentos, face ao
quorum de maioria absoluta, como foi o caso do COFINS, instituído por lei complementar
e alterado sucessivamente por lei ordinária. No entanto, não havia necessidade. No caso do
empréstimo compulsório, no entanto, é necessário a instituição por lei complementar,
inclusive no caso de guerra externa ou calamidade pública.

A alternativa “d” está incorreta, uma vez que a competência residual da União,
originariamente atribuída para a instituição de imposto residual, com base no art. 154, I CF,
foi estendida às contribuições sociais, com fundamento de validade no art. 195 parágrafo
4.º CF “195 § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. “. Portanto, não se
cogita de contribuição interventiva residual, mas sim de contribuição social residual.

01 (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

No Distrito Federal são imunes ao IPTU os terrenos:


f) pertencentes à Igreja, mas sem destinação religiosa
g) ocupados por posseiros ou sem-terra
h) de propriedade dos entes autárquicos federais
i) pertencentes às empresas públicas federais ou estaduais
j) pertencentes às sociedades de economia mista

02. ( ICMS –SP/2002 VUNESP )

A não exigência do ICMS nas operações de saída de livro jurídico da loja revendedora para
o consumidor final local é considerada hipótese de
f) Não-incidência
g) Isenção
h) Imunidade
i) Anistia
j) Remissão

03. PROCURADOR DF 2004


Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas;
em seguida, assinale a opção que apresenta resposta correta.

V. É legítima a cobrança de IPTU de lotes vagos e prédios comerciais de entidade


religiosa.
VI. É admitida a cobrança cumulada de taxa de serviço de limpeza de logradouros públicos
e de coleta domiciliar de lixo.

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VII. É lícita a utilização de informes pertinentes à CPMF para a constituição de crédito


tributário relativo a impostos.
VIII. Os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos são
abrangidos por imunidade tributária.

a) F, F, V, F
b) F, V, V, F
c) F, F, V, V
d) V, F, V, V
e) V, F, F, F

04( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral do Estado de São Paulo)

Assinale a falsa:

f) A imunidade do art. 150, VI, a CF é decorrente do princípio da isonomia dos entes


constitucionais, sustentado pela estrutura federativa de Estado e pela autonomia dos
municípios
g) A imunidade tributária é aplicável apenas a impostos porque estes são concebidos
em atendimento às despesas gerais do Estado, ao passo que os demais tributos pressupõe
prestações diretas, imediatas e pessoais.
h) O art. 184 § 5.º CF que dispõe sobre isenção de tributos relativos às operações de
transferência de bens imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, veicula típica
imunidade tributária
i) A imunidade prevista no art. 150, VI, d CF é objetiva, pouco importando a
qualificação da entidade que opera tais bens.
j) Somente as pessoas políticas detentoras de competência tributária podem conceder e
revogar isenções.

05. ( Fundação Carlos Chagas – Procurador Manaus )

Configura hipótese de imunidade tributária no âmbito municipal, a incidência de


f) ITBI sobre os compromissos de compra e venda de imóveis
g) IPTU sobre os imóveis pertencentes às editoras e livrarias
h) ISS sobre os serviços prestados com relação empregatícia
i) ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica
j) Taxas relativas a serviços prestados aos entes públicos federais ou estaduais

06. ( Fundação Carlos Chagas- Minist. Público Amazonas – 2006 )

Assinale a afirmação que viola as regras constitucionais à competência tributária ou à


limitação do poder de tributar

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f) Compete à União instituir impostos sobre a renda obtida pelos partidos políticos,
das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos
g) Caberá à Lei Complementar dispor sobre os conflitos de competência entre os entes
políticos e estabelecer normas gerais em matéria tributária
h) Os impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou
valores mobiliários são de competência da União
i) Somente a União pode instituir empréstimos compulsórios
j) Ocorrerá o fonômeno da parafiscalidade quando a entidade a quem se delegou o
poder de arrecadar o tributo, receber autorização legal para ficar e aplicar aqueles valores
em suas próprias finalidades

07. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor PI )

A prestação de serviços de comunicação social, através da recepção livre e gratuita de


imagens televisivas, em nosso sistema tributário, configura hipótese de:
f) isenção tributária
g) não incidência tributária
h) imunidade fiscal
i) incidência de ICMS
j) incidência de ISS

08. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor PI )

Em nosso sistema tributário, o município não participa da arrecadação


f) do IPI
g) da contribuição de intervenção no domínio econômico
h) do IR-fonte
i) do IPVA
j) do ITR

09. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 )

Distintos fatos geradores do ICMS cujas alíquotas são aumentadas nos dias 30 de agosto e
30 de novembro de determinado exercício poderão ser cobrados a partir

f) de 1.º janeiro e 1.º março do exercício seguinte, respectivamente


g) de 1.º de dezembro do mesmo exercício e 1.º de janeiro do exercício seguinte,
respectivamente
h) de 1.º março do exercício seguinte
i) da respectiva publicação e vigência
j) do primeiro dia do exercício seguinte

10. ( Fundação Carlos Chagas- ICMS BA)

As alíquotas diferenciais foram introduzidas em nosso sistema tributário recentemente,

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como técnica incidental que pode ser adotada pelo:

f) ITBI e IPTU
g) IR e IPTU
h) IR, IPI e IPTU
i) IPTU e IPVA
j) IPI, ICMS e ISS

11. (UNB – AGU 2005- questão adaptada)

Analise a veracidade das alternativas abaixo e indique o número de alternativas


verdadeiras.

V. Considere a seguinte situação hipotética. Determinado estado da Federação editou


norma geral de direito tributário sobre matéria acerca da qual a legislação federal era
omissa. Posteriormente, a matéria veio a ser objeto de disposição específica na legislação
federal. Nessa situação, se a lei federal for completamente oposta à estadual, ficará esta
integralmente sem eficácia enquanto perdurar a validade daquela.

VI. Apesar da forma federativa do Estado brasileiro, o Senado Federal tem competência
para avaliar o desempenho das administrações tributárias das unidades da Federação.

VII. Entre os princípios tributários, encontra-se o da igualdade de tratamento tributário aos


contribuintes que estejam sob mesma situação. A Constituição Federal, porém, considera
que, entre as pessoas jurídicas com fins lucrativos, as empresas de grande porte devem
receber tratamento diferenciado do assegurado às demais.

VIII. As receitas provenientes de exportação não são sujeitas à incidência de contribuições


sociais nem de IPI.

a. 1
b. 2
c. 3
d. 4
e. nenhuma

12. (UNB – AGU 2005- questão adaptada)

Analise a veracidade das alternativas abaixo e indique o número de alternativas


verdadeiras.

IV. É constitucionalmente admissível que a União crie uma contribuição de intervenção


no domínio econômico sobre minerais e energia elétrica.

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V. Caso a União deseje criar uma contribuição de intervenção no domínio econômico


sobre a comercialização do milho, a Constituição Federal faculta-lhe estabelecer uma
alíquota fixa por saca de milho, independentemente do valor sobre o qual se efetivem as
operações.

VI. Considere a seguinte situação hipotética: Determinado estado decidiu, a partir de


2004, instituir contribuição social, a ser cobrada de seus servidores, para custeio do sistema
de previdência dos servidores estaduais. Nessa situação, a Constituição Federal faculta à
unidade federada a referida instituição, desde que a alíquota não ultrapasse a estabelecida
pela União para a contribuição dos servidores federais.

a. VVV
b. VFV
c. FFV
d. VVF
e. FFF

13. ( UNB- ADVOGADO PETROBRAS- 2003- )

A respeito do poder de tributar das entidades federativas, julgue os itens a seguir.

IV. O princípio da anterioridade, por se revestir da natureza de cláusula


pétrea da Constituição da República de 1988, não poderá ser afastado da incidência dos
impostos decorrentes do exercício da competência residual pela União, ainda que tal
determinação conste expressamente em texto de emenda constitucional.

V. Cabe a lei complementar federal dispor sobre o fato gerador e a base de


cálculo dos impostos previstos na Constituição da República, inclusive do imposto sobre
serviços (ISS) e do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).

VI. A contribuição de intervenção no domínio econômico hoje vigente


incide sobre as receitas decorrentes da exportação, para o exterior, de gasolina, disel e
querosene de aviação.

a. VVV
b. VVF
c. VFV
d. VFF
e. FFF

14. ICMS RN 2005 ( ESAF)

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Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas,
em seguida, marque a resposta correta.
( ) A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a instituições de assistência
social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social
privada se não houver contribuição dos beneficiários.
( ) É permitido à União exigir imposto sobre a renda auferida por Municípios que provenha
de aluguel de imóveis a eles pertencentes.
( ) O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda quando alugado a
terceiros, permanece imune ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana
(IPTU), desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal
entidade.

d) V, V, V d) F, F, V
e) V, V, F e) F, V, F
f) V, F, V

15. ICMS RN 2005 ( ESAF)


Marque a opção correta.

f) Cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir e cobrar adicional de até cinco por cento
do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos
territórios, a título de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente
sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital.
g) Não é permitido instituir e cobrar a taxa de conservação de estradas de rodagem cuja
base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre propriedade territorial rural.
h) O imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos é instituído e
cobrado pelos Municípios.
i) É permitido à União continuar a exigir o imposto sobre movimentação ou transmissão
de valores e de créditos e direitos de natureza financeira, que instituiu com base na Emenda
Constitucional n°3, de 17 de março de 1993.
j) É permitido à União, aos Estados e ao Distrito Federal instituir, nos respectivos âmbitos
de atuação, contribuições de intervenção no domínio econômico.

16. ( AFRF 2005 ESAF )


I. Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir contribuições de
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, desde que para o custeio, em benefício dos respectivos sujeitos passivos, e no
âmbito territorial do ente tributante?

II. A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a


comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico
combustível (CIDE) foi instituída pela União com a finalidade de financiamento de projetos
de proteção ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico?

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III. Compete aos municípios o imposto sobre a cessão, a título oneroso, de direitos à
aquisição, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos
reais sobre imóveis?

a) Não, não, sim


b) Não, não, não
c) Sim, sim, sim
d) Não, sim, sim
e) Não, sim, não

17. ( AFRF 2005 ESAF )


O campo de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados abrange:
a) todos os produtos relacionados na TIPI.
b) todos os produtos relacionados na TIPI, com alíquota, mesmo os com alíquota zero.
c) todos os produtos, exceto aqueles a que corresponde a otação “Zero”.
d) todos os produtos com alíquota.
e) todos os produtos, mesmo os com alíquota zero ou com a notação NT, ainda que não
relacionados na TIPI.

18. ( AFRF 2005 ESAF )


Considerando o que decorre do sistema constitucional tributário brasileiro, julgue os itens a
seguir, e marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a
opção correspondente.
( ) A progressividade do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana pode ser
estipulada em função de subutilização do solo urbano.

( ) As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza são estipuladas


por lei complementar.

( ) A chamada “competência residual da União” consiste na possibilidade de instituir


imposto não cumulativo, podendo, eventualmente, a base de cálculo desse ser a mesma de
outro, já prevista na Constituição.

( ) A medida provisória que majore contribuição para o financiamento da Previdência


Social somente poderá surtir efeitos no exercício seguinte se convertida em lei até o último
dia do exercício precedente.

a) V V F V
b) F F V F
c) V F V F
d) F V F F
e) V F F V

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19. ( Fundação Carlos Chagas- Procurador PI 2005 )

Em sede de competência tributária, é correto afirmar que:

f) lei ordinária federal poderá instituir novos impostos, desde que não tenham fato gerador
ou base de cálculo próprios dos previstos no texto constitucional
g) lei ordinária federal poderá instituir isenções de tributos estaduais e municipais
h) somente a União poderá instituir contribuições sociais
i) somente o Município poderá instituir taxas por serviços prestados
j) o ITR é um tributo federal que, nos termos de permissivo constitucional, poderá ser
fiscalizado e cobrado pelos Municípios.

20. ICMS MG 2004


Considerando-se a competência tributária, é CORRETO afirmar que:

e) A instituição de normas que evitem o conflito de competência entre os entes


federados prescinde de lei complementar, devendo as referidas pessoas jurídicas de
direito público estabelecerem tais regras por Convenio.
f) A lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação para
prevenir desequilíbrios da concorrência, cabendo à União, por lei, estabelecer
normas de igual objetivo.
g) A União, para instituir validamente os empréstimos compulsórios e as contribuições
de intervenção no domínio econômico, depende que estes estejam previstos em lei
complementar.
h) O exercício da competência residual das contribuições de intervenção no domínio
econômico, pela União, deve se realizar por lei complementar.

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01. ICMS SP 2002 ( VUNESP )


Os benefícios e os incentivos fiscais, assim considerado o subsídio, a isenção, a redução de
base de cálculo, o crédito presumido, a anistia ou remissão, deverão ser concedidos:

a) mediante lei complementar federal, se relativo a crédito presumido de ICMS, nas


operações interestaduais
b) com autorização de lei complementar nacional, referendada por lei ordinária federal,
estadual ou municipal, que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária
c) com autorização de lei ordinária nacional, mediante lei ou decreto federal, estadual
ou municipal, que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária
d) mediante lei específica federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente a
meteria ou o tributo a que se refere e, quanto ao ICMS, autorizadas por deliberação dos
Estados e do DF, na forma regulada por lei complementar federal
e) mediante decreto federal, estadual ou municipal que disponha exclusivamente sobre
a desoneração tributária, respeitadas as condições estabelecidas pela lei de
Responsabilidade Fiscal.

Gabarito alternativa “d”

Trata-se da disciplina dos chamados “favores fiscais”, cujo exigência de lei específica foi
estendida pela EC 03/93 a diversos benefícios, tais como, o subsídio, a isenção, a redução
de base de cálculo, o crédito presumido, a anistia ou remissão. Dispõe o parágrafo 6.º do
art. 150 CF: “"§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de
crédito presumido, anistia ou remissão, relativas a impostos, taxas ou contribuições, só
poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição,
sem prejuízo do disposto no artigo 155, § 2º, XII, g."
Observe que foi feita uma exceção ao final do respectivo parágrafo, indicando que o ICMS
receberá disciplina diversa, exigindo deliberação dos Estados, nos termos regidos em lei
complementar federal. O citado implica que os favores fiscais, como por exemplo, uma
isenção, relacionados ao ICMS, não serão concedidos por ato unilateral do próprio Estado,
necessitando deliberação conjunta entre os mesmos: 155, § 2º, XII, g."compete à lei
complementar g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.”

02. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


A concessão de isenção do ICMS em nosso sistema tributário, depende:
a) de resolução do Senado Federal
b) exclusivamente de lei ordinária estadual
c) de lei ordinária federal autorizativa
d) de permissivo de lei complementar
e) de convênio celebrado entre as unidades federativas

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Gabarito alternativa “e”.


Vale ressaltar o comentário à questão n.º 01. Nos termos do art. 155, § 2º, XII, g.
"compete à lei complementar: g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados
e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados”. Observe que a lei complementar em questão é a LC 87/96, que até o
momento não versa sobre a respectiva regulamentação. Portanto, transitoriamente, isenção
de ICMS será concedida mediante convênio entre os Estados, regido este pela LC 24/75,
celebrado no CONFAZ, e aprovado pela unanimidade dos Estados presentes. Vide art. 34
parágrafo 8.º CF: “§ 8º - Se, no prazo de sessenta dias contados da promulgação da
Constituição, não for editada a lei complementar necessária à instituição do imposto de que
trata o art. 155, I, "b", os Estados e o Distrito Federal, mediante convênio celebrado nos
termos da Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, fixarão normas para regular
provisoriamente a matéria”.

03. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


As alíquotas internas do ICMS são:

a) aplicadas nas operações interestaduais, quando o destinatário da mercadoria não for


contribuinte do tributo
b) inferiores às previstas para as operações interestaduais
c) fixadas por lei complementar
d) uniformes para todas as mercadorias e serviços
e) aplicadas quando o destinatário da mercadoria, em outro Estado da federação, for
contribuinte do imposto

Gabarito alternativa “a”.


Trata-se da aplicação do disposto no art. 155, § 2º, VII CF. “ VII - em relação às operações
e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado,
adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;”
A alternativa “b” está errada, uma vez que, nos termos do art. VI, “salvo deliberação em
contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as
alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de
serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;”
A alternativa “c” está errada, uma vez que o ICMS é objeto de lei ordinária estadual, não
sendo exigido lei complementar para sua alíquota.
A alternativa “d” está errada, uma vez que não há previsão constitucional para tal
exigência.
A alternativa “e” está errada, pois contraria o disposto no art. 155, § 2º, VII CF.

04. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Em nosso sistema tributário o aplicador da norma

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a) deve interpretar analogicamente dispositivos que tipifiquem infrações tributárias


b) pode empregar analogia, desde que não implique exigência de tributo não previsto
em lei
c) não pode empregar critérios de equidade
d) não pode se valer de princípios do direito público em geral
e) dever interpretar extensivamente dispositivos que concedam isenções fiscais

Gabarito alternativa “b”. Trata-se de previsão no CTN, no parágrafo 1.º do art. 108,
proibindo-se que os elementos da estrutura do tributo ( %, fato gerador, base de cálculo e
contribuintes), quanto omitidos na lei instituidora do tributo, possam ser supridos pela
aplicação analógica da lei de casos semelhantes ao respectivo fato gerador. Se uma lei
deixa de mencionar uma alíquota, não caberia analogia para suprir a lacuna da lei, uma vez
que estaria sendo cobrado tributo não instituído, por falta de elemento essencial de sua
estrutura.

Incorreta a alternativa “a”, uma vez que analogia é método de integração cuja exigência
não foi prevista em caráter obrigatório ,no CTN, para infrações. Integração significa o
preenchimento da lacuna da lei. Há casos não solucionados diretamente pelo texto legal,
por falta de previsão específica. Nestas hipóteses o CTN elencou vários métodos para a
solução de casos concretos de maneira a suprir esta omissão do legislador. Vide art 108
CTN: “Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a
legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I a analogia; II - os
princípios gerais de direito tributário; III - os princípios gerais de direito público; IV - a
eqüidade.”

Incorreta a alternativa “c”, uma vez que cabe equidade como o último dos critérios de
integração previstos no art. 108 CTN

Incorreta a alternativa “d”, uma vez que cabe a utilização dos princípios gerais do direito
público como o penúltimo dos critérios de integração previstos no art. 108 CTN

Incorreta a alternativa “e”, uma vez que o Código Tributário Nacional exige, para as
isenções, modalidade de exclusão do crédito, interpretação literal. Portanto veda
interpretação extensiva. Vide art. 111 CTN: “Interpreta-se literalmente a legislação
tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II - outorga
de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.”

05. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

Um contribuinte, utilizando-se de documentação apócrifa, aliena a incauto um imóvel rural


inexistente ( terra-papel), recolhendo o ITBI devido na transação. Descoberta a fraude e
rescindido, de comum acordo, o respectivo contrato de compra e venda, o tributo
regularmente recolhido

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a) pode ser devolvido ao comprador ou vendedor, dependendo da convenção das


partes
b) não pode ser devolvido ao comprador ou vendedor porque a venda foi fraudulenta e
a fraude legitima o tributo
c) não pode ser devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o
fato gerador do imposto.
d) Deve ser devolvido ao comprador, porque se trata de venda a non domino, nula de
pleno direito
e) Deve ser devolvida ao comprador, a título de reparação de danos

Gabarito alternativa “c”.


Trata-se da interpretação do fato gerador. Interpretar é buscar o conteúdo, diga-se, o
alcance do artigo de uma lei ou de um instituto legal. Diferentemente, quando se cogita de
integração, trata-se, como já exposto na questão anterior, de buscar preencher a omissão do
legislador para solução de casos concretos. Dentre os critérios de interpretação, o CTN, no
seu art. 118, I determina a necessidade de não se levar em consideração a “nulidade” ou
“anulabilidade” eventual de uma determinada situação jurídica. Pode parecer estranho ou
até contrário ao bom senso, mas esta é uma análise rígida que devemos adotar,
principalmente diante de um concurso público, face ao previsto no mencionado artigo:
“118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica
dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como
da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos”

Vale ressaltar que a alternativa “c”, gabarito oficial, menciona, na frase, “não pode ser
devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o fato gerador do
imposto”, dando a entender a impossibilidade de devolução. Prefiro acreditar que a norma
geral não exige a devolução, o que não seria, propriamente proibido, mas sim, inexigível do
legislador ordinário.

06. PROCURADOR SERGIPE 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

No que concerne à interpretação e à integração da legislação tributária, tal como tratadas


pelo Código Tributário Nacional, é correto afirmar que:
a) Os princípios gerais de direito tributário deverão ser o primeiro instrumento a ser
utilizado, pela autoridade administrativa, para aplicar a legislação tributária na ausência de
disposição expressa.
b) Deve-se interpretar literalmente a legislação tributária que disponha sobre outorga
de imunidades e isenções
c) Os princípios gerais de direito privado devem ser utilizados para definição dos
efeitos tributários dos institutos, conceitos e formas de direito privado.
d) A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos,
conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela
Constituição Federal, para definir ou limitar competências tributárias
e) Segundo o CTN não há nenhuma hipótese em que a norma tributária deve ser
interpretada de forma literal

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Gabarito oficial alternativa “d”. Trata-se de réplica fiel do disposto no artigo 110 CTN. “A
lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e
formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição
Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou
dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias”. Por exemplo, imagine
uma lei instituidora de tributo, ITBI, que definisse em determinado artigo um bem imóvel
como abrangendo também os veículos automotores. Teríamos uma lei tributária, dando ao
instituto “bem imóvel” interpretação extensiva e diversa daquela dada pelo próprio Direito
Civil, disciplina que cria o referido instituto. Tal procedimento é, portanto, vedado.

Incorreta a alternativa “b”, uma vez que o primeiro método de integração, em verdade, é a
analogia. Vale relembrar que integração significa o preenchimento da lacuna da lei. Há
casos não solucionados diretamente pelo texto legal, por falta de previsão específica. Nestas
hipóteses o CTN elencou vários métodos para a solução de casos concretos de maneira a
suprir esta omissão do legislador. Vide art 108 CTN: “Na ausência de disposição expressa,
a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na
ordem indicada: I a analogia; II - os princípios gerais de direito tributário; III - os princípios
gerais de direito público; IV - a eqüidade.”

Incorretas as alternativas “b” e “e”. Vide art. 111 CTN: “Interpreta-se literalmente a
legislação tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II -
outorga de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias”.
Portanto, na alternativa “b” foi mencionado, incorretamente, a “imunidade”, pois para este
instituto não há exigência de interpretação literal. Por várias vezes, o STF, aplica às
hipóteses de imunidade interpretação extensiva.
Já a alternativa “e” nega a existência de interpretação literal, contrariando o próprio art.
111 CTN.

Incorreta a alternativa “c”, uma vez que, nos termos do próprio CTN, os princípios gerais
do direito privado são usados para interpretação dos seus institutos, mesmo quando usados
por lei tributária, mas não para atribuir efeito jurídico no campo tributário. Vide art. 109
CTN: “Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do
conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos
respectivos efeitos tributários.”

1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 06.


PFN 2004 ESAF
Em relação ao tema interpretação e integração da legislação tributária, regulado pelo
Código Tributário Nacional, avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as
verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta.

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( ) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre dispensa do


cumprimento de obrigações tributárias acessórias, suspensão ou extinção do crédito
tributário e outorga de isenção.

Falso, uma vez que, nos termos do art. 111 CTN, não se enquadram na exigência de
interpretação literal as hipóteses de extinção do crédito tributário.

( ) Em caso de dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à


natureza ou extensão dos seus efeitos, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado a
lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades.

Verdadeiro, por se tratar da interpretação mais favorável ao contribuinte “ in dúbio pró


réu” para a lei que define infrações, ou lhe comina penalidades, nos termos do art. 112
CTN.

( ) O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei; o
da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.

Verdadeiro, por aplicação dos parágrafos 1.º e 2.º do art. 108 CTN: § 1º O emprego da
analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. § 2º O emprego da
eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.”

2.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 06.

AFRF 2003 ESAF


Relativamente à interpretação e integração da legislação tributária, avalie o acerto das
afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a
opção correta.

( ) Interpreta-se da maneira mais favorável ao sujeito passivo a legislação tributária que


disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

Verdadeiro, por disposto no art. 111 CTN, já anteriormente exposto por nós.

( ) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do


conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, bem assim para definição dos
respectivos efeitos tributários.

Falso, por disposto no art. 109 CTN, já anteriormente exposto por nós. Note-se que os
efeitos tributários serão objeto da própria lei tributária, o que não se confunde com a
definição dos institutos privados, objeto dos princípios gerais do direito privado.

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( ) Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação


tributária utilizará sucessivamente, na rigorosa ordem, a analogia, os princípios gerais de
direito público, os princípios gerais de direito tributário e a equidade.

Falso, por disposto no art. 108 CTN, já anteriormente exposto por nós. Houve inversão na
ordem dos métodos de integração, o que não se admite, pois deverão ser usados na ordem
sucessiva prevista no próprio artigo.
3.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 06.

ISS FORTALEZA 2003 ESAF


O Código Tributário Nacional estabelece expressamente a seguinte regra no seu capítulo
intitulado “Interpretação e Integração da Legislação Tributária”.

a) em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, os dispositivos de lei tributária que
tratam de fato gerador, definem infrações, ou lhes cominam penalidades, devem ser
interpretados da maneira mais favorável ao sujeito passivo.

Falso, pois o art. 112 CTN, que exige interpretação mais favorável ao contribuinte, se
aplica quando houve situação de dúvida em lei que trate de infrações e não na lei que define
tributos. Observe que a alternativa “a” mencionou “os dispositivos de lei tributária que
tratam de fato gerador, ....”, dando margem de interpretação abrangente também aos
tributos.

b) os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do


conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos
respectivos efeitos tributários.

Verdadeiro, já explicado anteriormente, conforme disposto no art. 109 CTN.

c) a legislação tributária que dispõe sobre lançamento de crédito tributário deve ser
interpretada literalmente.

Falso, por não se enquadrar nas hipóteses previstas no art. 111 CTN. Lançamento não é
hipótese de exclusão nem de suspensão, mas sim de constituição do crédito tributário.

d) o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo previsto em lei.

Falso, porque a vedação de emprego da analogia, no art. 108 parágrafo 1.º, dirige-se ao
tributo não previsto em lei.

e) na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação


tributária utilizará, sucessivamente, na rigorosa ordem que se segue, a analogia, os
princípios gerais de direito público, os princípios gerais de direito tributário e a eqüidade.

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Falso, por disposto no art. 108 CTN, já anteriormente exposto por nós. Houve inversão na
ordem dos métodos de integração, o que não se admite, pois deverão ser usados na ordem
sucessiva prevista no próprio artigo.

07. PROCURADOR PI 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

Um contribuinte sonegou um tributo no ano de 2000, sendo certo que o auto de infração
somente foi lavrado no ano de 2005, quando estava em vigor alíquota menos gravosa de
tributo devido.
Nesta hipótese, o Fisco
a) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o
lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário
d) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas

Gabarito oficial alternativa “a”. Trata-se da aplicação do disposto no art. 144 CTN c.c. art.
105 CTN. Isto é, nada mais do que a aplicação rígida do princípio da irretroatividade, com
fundamento na CF art. 150, III, “a” CF: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III -
cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei
que os houver instituído ou aumentado”. Diante do mencionado dispositivo, o CTN no art.
105 CTN, faz sua regulamentação dispondo: “A legislação tributária aplica-se
imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja
ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.” Portanto,
em se tratando de tributos, haverá a necessidade da aplicação, quando do lançamento, da lei
em vigor à época do fato gerador, sob pena de se fazer retroagir a lei nova e posterior, em
afronta aos dispositivos citados. Veja a determinação do art. 144 CTN. “O lançamento
reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então
vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”.

Não há que se deixar de mencionar a hipótese excepcional de retroatividade de lei


tributária, para tributos, prevista no art. 106, I CTN. Mas não se trata de aplicação ao caso
exposto, por se tratar de retroatividade de lei tributária “expressamente interpretativa”, ou

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seja, não se trata de retroagir lei modificativa. Vide art. 106, I CTN: A lei aplica-se a ato ou
fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;” Esse dispositivo
admitiria a retroatividade por ser interpretação autêntica, advinda do mesmo órgão, não se
tratando de lei nova, que cria ou altera tributos, mas sim lei interpretativa.

08. PROCURADOR PI 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

Um contribuinte praticou infração tributária no ano de 2000, sendo certo antes da lavratura
do auto de infração em 2005, foi reduzida a multa fiscal legalmente prevista.
Nesta hipótese, o Fisco

a) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador e rege-se pela lei então vigente
b) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o
lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário
d) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio
ao princípio da aplicação da lei mais benigna
e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas

Gabarito oficial alternativa “d”.


Sem deixar de ressaltar tudo o que foi dito na questão anterior acerca da irretroatividade da
lei tributária, como princípio regra, vale mencionar uma outra exceção, o art. 106, II CTN,
que dispõe sobre a retroatividade da lei mais benigna quanto às infrações: Art. 106. A lei
aplica-se a ato ou fato pretérito: II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a)
quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a
qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha
implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos
severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.”

Observe que, no Direito Tributário, ao contrário do Direito Penal, a lei mais benigna de
infrações somente retroage para casos não definitivamente julgados.

1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 08

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INSS 2002 ESAF


Sobre o tema legislação tributária, é correto afirmar que, nos termos do Código Tributário
Nacional:

a) a aplicação da legislação tributária restringe-se a fatos geradores futuros, isto é,


àqueles ocorridos a partir de sua vigência, em consonância com o princípio constitucional
da irretroatividade das leis.
b) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, quando seja expressamente
interpretativa, incluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados.
c) a lei tributária aplica-se a ato pretérito que não tenha sido definitivamente julgado,
quando deixe de defini-lo como infração.
d) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, não definitivamente julgado, quando
deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, inclusive no
caso de envolver inadimplemento de obrigação principal, desde que o ato ou fato não se
tenha realizado por meio de fraude.
e) é permitido à autoridade administrativa empregar a eqüidade para dispensar o
cumprimento de obrigação tributária principal, quando se depara com ausência de
disposição legal expressa para decidir litígio tributário cujo julgamento é de sua
competência.

Gabarito alternativa “c”, por aplicação do disposto no art. 106, II, “a” CTN.

09. ICMS MG 2005 ESAF

Considerando o disposto no art. 146 CF, marque com Va assertiva verdadeira e F a


assertiva falsa, assinalando ao final a opção correspondente

I. Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário.


II. Lei ordinária pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de
contribuintes.
III. Lei ordinária pode criar modalidades de lançamento do crédito tributário.
IV. Lei ordinária pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em
pagamento de bens móveis

a) VFFF
b) FVFV
c) VFFV
d) FFFV
e) VFVF

Gabarito oficial alternativa “a”.


A alternativa I está correta, pois trata-se da previsão de modalidades de extinção em
“normas gerais”, o que a CF atribui à competência da Lei Complementar Federal, no seu

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art. 146: “III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: ...b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;” Portanto,
se é correto pensar que a lei que vai instituir um tributo deverá elencar as hipóteses de
extinção do crédito, vale também ressaltar que não poderá elencar hipótese de extinção de
crédito não prevista em norma geral, objeto de lei complementar federal.
A alternativa II está incorreta, uma vez que exoneração de tributo dada em lei é objeto de
isenção e não imunidade. Imunidade é limitação constitucional à competência tributária,
diga-se, é hipótese de não incidência constitucional.
A alternativa III está incorreta, uma vez que a definição de normas gerais sobre crédito
tributário, como já comentado na afirmativa I, é objeto de lei complementar federal, nos
termos do art. 146, III, “b” CF.
A alternativa IV está incorreta, uma vez que o CTN somente admite como hipótese de
extinção do crédito tributário, a dação em pagamento em bens imóveis, nos termos do art.
156, XI CTN.

10. PFN 2004 ESAF


Em relação ao ICMS e sua disciplina na Constituição Federal, marque a assertiva que
apresenta resposta correta

a) Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou dos


Governadores de Estados e do Distrito Federal ou, ainda, de um terço dos Senadores,
aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação.
b) Cabe a lei complementar estabelecer alíquotas máximas nas operações internas para
resolver conflito específico que envolva interesse de Estados.
c) Quanto às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final
localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual, quando o destinatário não
for contribuinte do imposto.
d) É facultado ao Senado Federal fixar alíquotas mínimas nas operações internas, mediante
resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros.
e) Não incide sobre a entrada de bem importado do exterior por pessoa física, no caso de o
bem não se destinar ao emprego em atividade profissional, comercial ou industrial

Gabarito oficial alternativa “d”. Trata-se do disposto no inciso V do parágrafo 2.º do art.
155 CF. V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações
internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de
seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito
específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria
absoluta e aprovada por dois terços de seus membros.”

Incorreta a alternativa “a”, por incluir os Governadores dentre os legitimados para


iniciativa. Vide inciso IV do parágrafo 2.º do art. 155 CF; “IV - resolução do Senado
Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada

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pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e


prestações, interestaduais e de exportação”.

Incorreta a alternativa “b” por ferir o disposto no 155 parágrafo 2.º, V CF, já exposto no
comentário ao gabarito oficial.

Incorreta a alternativa “c” por ferir o disposto no art. 155 par.2.º VII CF, uma vez que,
quando o destinatário for não contribuinte, deverá a mercadoria sair do Estado de Origem
pela alíquota interna do Estado de origem: VII - em relação às operações e prestações que
destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a
alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota
interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;”

Incorreta a alternativa “e”, pois a EC 33/01, contrariando antiga súmula do STF, súmula
660, determinou ser incidente o ICMS na importação por pessoa física ou jurídica,
contribuinte ou não, independentemente do destino que se dê à mercadoria: Vide art. 155
par.2.º , IX, “a” CF “ incidirá também: a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados
do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no
exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;”

11. AFRF 2003 ESAF


Responda com base na Constituição Federal.
• Medida Provisória publicada em 10 de dezembro de 2002 que majorou, a partir de 1° de
janeiro de 2003, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza de pessoas
físicas, mas não convertida em lei até 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos
a partir de 1° de janeiro de 2003?
• É admitida a edição de medida provisória para estabelecer, em matéria de legislação
tributária, normas gerais sobre a definição de base de cálculo do imposto de competência da
União sobre propriedade territorial rural?
• No tocante ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação
(ICMS), cabe à lei complementar estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e
prestações, interestaduais e de exportação?

a) sim,sim,sim
b) sim,não,sim
c) sim, não, não
d) não, não, sim
e) não, não, não

Gabarito oficial alternativa “e”.


Quanto às perguntas n.º 01 e n.º 02, caberá resposta negativa, uma vez que a utilização de
medidas provisórias, em matéria tributária, tem limitações processuais e matérias. Quanto
às primeiras, vale ressaltar a necessidade de obediência ao princípio da anterioridade e

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noventena, o que faz exigir a aplicação da MP apenas no exercício seguinte a sua


publicação. Há exceções, que são as mesmas exceções aos princípios da anterioridade e
noventena, previstas no art. 150 par. 1.º CF. Vide no art. 62 par. 2.º CF. “Medida
provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts.
153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver
sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada”. Vale observar a
exigência da conversão em lei no ano anterior ao início da cobrança. Daí a pergunta n.º 1
ser de resposta negativa, pois no texto, a conversão em lei se deu no ano de 2003, não
cabendo a aplicação da MP senão apenas no exercício de 2004.

Quanto às limitações materiais, vale relembrar que uma MP se converte em lei, diga-se, em
lei ordinária. Apesar do raciocínio, face à sistemática do processo legislativo das MPs, já
anteriormente explanado em decisões do STF, o Constituinte atual, no art. 62 par. 1.º CF
vem fazer esta ressalva de forma expressa: “§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias
sobre matéria: III – reservada a lei complementar”. Daí a pergunta n.º 2 ser de resposta
negativa, pois no texto, refere-se à instituição de normas gerais, que, nos moldes do art.
146, III CF, exigem lei complementar federal.

Quanto à terceira indagação, a resposta também é negativa, pois, como já anteriormente


explicado, alíquotas interestaduais e de exportação são objeto de Resolução do Senado
Federal.

1.º QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 11.

AFTN 2002-I ESAF


Segundo decorre da Constituição, especialmente depois da redação dada pela Emenda
Constitucional no 32, de 2001, pode(m) ser objeto de medida provisória.

a) normas sobre limitações constitucionais ao poder de tributar.


b) Matéria tributária disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional
e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
c) Majoração de imposto de renda, quando, embora convertida em lei no mês de
janeiro seguinte, tenha sido aprovada antes do início do exercício em que será cobrada.
d) Aquela que constitua reedição, na mesma sessão legislativa, de outra que não tenha
sido rejeitada, mas apenas perdido sua eficácia por decurso de prazo.
e) Matéria tributária não sujeita a restrição em razão do processo legislativo.

Gabarito alternativa “e”. Valem os comentários à questão anterior.


A alternativa “a” exige lei complementar, não cabendo, portanto, medida provisória.
A alternativa “b” e “d” encontram obstáculo no processo legislativo, nos termos do art. 62
par. 1.º , IV e 62 par. 10.ºCF.
A alternativa “c” viola o par. 2.º do mencionado art. 62 CF.

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62 § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: ...III – reservada a lei


complementar; IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e
pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
62 § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

12. ISS RECIFE 2003 ESAF


Avalie as formulações seguintes e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta
correta.

I. Em consonância com a Constituição Federal, medida provisória que implique


majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício
financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi
editada.
II. De conformidade com a Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966, a legislação
tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos
respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os
convênios de que participem, ou do que disponham o Código Tributário Nacional ou outras
leis de normas gerais expedidas pela União.
III. Os dispositivos de lei que definem novas hipóteses de incidência, referentes a
impostos sobre o patrimônio ou a renda, entram em vigor no primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação, conforme estabelece o Código Tributário
Nacional.
IV. Determina o Código Tributário Nacional que, salvo disposição em contrário, os
convênios que entre si celebram a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
entram em vigor na data da sua publicação.

a) Apenas as formulações I, II e III são corretas.


b) Apenas as formulações I, II e IV são corretas.
c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas.
d) Apenas as formulações II, III, e IV são corretas.
e) Todas as formulações são corretas.

Gabarito oficial alternativa “a”.


A afirmativa I é correta, conforme já explicado anteriormente, nos moldes do art. 62 par. 2.º
CF.

A afirmativa II é correta, pois retrata o princípio da territorialidade tributária, disposto no


art. 102 CTN, com suas exceções para admitir a extraterritorialidade em caso de convênio

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entre duas ou mais entidades de federação ou nas hipóteses permitidas no CTN, como, por
exemplo, no art. 120 CTN.

A afirmativa III é correta por se tratar da aplicação da regra de vigência do art. 104 CTN,
regra especial para os impostos sobre o patrimônio e a renda. Tal artigo não está
recepcionado como regra de anterioridade, mas sim como uma regra especial de “vacatio
legis”, nos dizeres do STF. Vide art. 104 CTN: “Entram em vigor no primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a
impostos sobre o patrimônio ou a renda: I - que instituem ou majoram tais impostos; II -
que definem novas hipóteses de incidência; III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo
se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no
artigo 178.”

A afirmativa IV está incorreta, por contrariar a regra regra especial de “vacatio legis” para
normas complementares prevista no art. 103, III CTN.”Salvo disposição em contrário,
entram em vigor: I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data
da sua publicação; II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus
efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação; III - os convênios a que
se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista”

13. ISS RECIFE 2003 ESAF


É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos
sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos. No entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional, tal
imunidade tributária é subordinada à observância, pelas referidas instituições, do seguinte
requisito, entre outros:

a) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suas controladas no exterior, os seus recursos


na manutenção dos seus objetivos institucionais.
b) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título.
c) no caso de instituições de educação, oferecem gratuitamente pelo menos 50% das vagas
de seus cursos regulares a alunos carentes.
d) não remunerarem seus empregados com salários superiores aos pagos por empresas
públicas, em se tratando de cargos de iguais atribuições.
e) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro
ou participação nos eu resultado.

Gabarito alternativa “b”. Trata-se da análise da imunidade geral do art.150, VI, “c” CF.
“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c) patrimônio,
renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei.” O CTN, no art. 14, regula o caráter “sem fins lucrativos”

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para adequar a referida imunidade dispondo três requisitos necessários para que a entidade
se enquadre nessa característica “I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio
ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001); II -
aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos
de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.”

Diante do disposto acima, a alternativa que reproduz uma dessas exigências é a alternativa
“b”.

.
14. AFTN 2002-II ESAF
O estabelecimento, em caráter geral, da definição da base de cálculo e do fato gerador dos
impostos discriminados na Constituição há de ser feito por

a) lei complementar federal, em todos os casos.


b) exclusivamente por lei complementar federal, para a União, e por lei complementar
estadual para os Estados e Municípios.
c) apenas em lei ordinária federal, estadual e municipal, conforme o caso, tendo em
vista o princípio da autonomia dos Estados e Municípios.
d) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal em qualquer caso.
e) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal quanto aos tributos da
União, por lei estadual ou convênios para os Estados, e por lei municipal, para os
Municípios.

Gabarito alternativa “a”. Trata-se da aplicação da exigência constitucional de lei


complementar federal para estabelecimento de normas gerais em matéria tributária, nos
termos do art. 146, III CF. Observe que temos exemplos de normas gerais no próprio
Código Tributário Nacional, provavelmente a mais abrangente delas. Mas há outras, como
a LC 87/96 ( sobre ICMS) e a LC 116/03 ( sobre ISS ) . Portanto, é bom relembrar que lei
complementar federal também dispõe sobre norma geral de impostos estaduais e
municipais, isto é, atingindo todas as esferas de poder, daí se dizer que atuam como lei
“nacional”. Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria
de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies,
bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos
fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito,
prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo
praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes
especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições
previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239”

A possibilidade de norma geral pelos Estados é exceção à primazia da União, nos moldes
do art. 24 CF. Os Estados terão competência para suplementar a norma geral da União ou
suprir a sua omissão para assuntos do seu interesse, mas vale frizar, a primazia é sempre da

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União. Art. 24. “Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico. § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-
á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.”

1.º QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 14.


AFTN 2002-I ESAF
Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as
falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta.

1 – O Código Tributário Nacional, embora tenha sido aprovado como lei ordinária, pode
regular as matérias para as quais a Constituição, que lhe é posterior, passou a exigir lei
complementar.
2 – Cabe a lei complementar federal, em relação aos impostos em geral, como o ICMS e o
ISS, a definição dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes.
3 – Resolução do Senado Federal, obedecidas as condições constitucionais, poderá
estabelecer, para o ICMS, as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e
de exportação.

a) sim,sim,sim
b) sim,não,sim
c) não,sim,sim
d) sim,sim,não
e) não,não,não

Gabarito oficial alternativa “a”

A afirmativa I e II tem o mesmo fundamento já explicado na questão 14, qual seja, o art.
146, III CF. O CTN, quando da sua publicação em 1966, veio na forma de lei ordinária,
por inexistir, à época a exigência de lei coplementar para as normas gerais, o que só foi
introduzido pela CF 1967, passando o CTN a ser recepcionado com “status” de lei
complementar, isto é, só alterável por lei complementar.

A afirmativa II tem fundamento no art. 146, III, “a” CF, já explicado anteriormente,
segundo o qual, normas gerais em matéria tributária, exigem lei complementar federal.

A afirmativa III tem fundamento no inciso IV do parágrafo 2.º do art. 155 CF; “IV -
resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos
Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas
aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação. Observe a exigência de
Resolução do Senado. Quando a questão disse “ poderá” entenda-se um “poder-dever”.
Difícil o aluno fazer tal raciocínio...

2.º QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 14.

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AFRF2000 ESAF
Escolha, das afirmações abaixo, qual está de acordo com a teoria da recepção das normas
gerais contidas no Código Tributário Nacional – CTN.

a) O CTN continua com força de lei ordinária.


b) O CTN continua lei ordinária, mas com força de lei complementar.
c) O CTN foi recebido como lei complementar, mas é revogável por lei ordinária.
d) Sua força de lei complementar se adstringe aos conflitos de competência tributária
entre a União e os Estados.
e) O CTN é lei complementar em sentido formal, mas lei ordinária em sentido
material.

Gabarito alternativa “b”.


Já explicado na questão n.º 14.

15. AFTN 2002-II ESAF


Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo
geoeconômico e sócia, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades
regionais. Nesse contexto, disporá sobre isenções, reduções ou diferimento temporário de
tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas. Ela o fará mediante

a) resolução do Senado Federal


b) decreto legislativo
c) lei complementar
d) lei ordinária
e) lei delegada ou medida provisória

Gabarito alternativa “d”.


Nos termos do inciso III, do par 2.º do art. 43 CF: Art. 43. Para efeitos administrativos, a
União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a
seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais § 2º - Os incentivos regionais
compreenderão, além de outros, na forma da lei: III - isenções, reduções ou diferimento
temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas”

Vale observar não se tratar de exigência expressa de lei complementar! Daí o gabarito
oficial.

No entanto, dada permissão, pretendemos discordar desse raciocínio, uma vez que a CF
deverá ser interpretada de forma sistemática, uma vez que tributo é matéria disciplinada no
Sistema Tributário Nacional, art. 145 a 162 CF, devendo-se, pois, indagar-se do tipo de

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tributo, uma vez que alguns tributos são objeto de lei ordinária, mas outros, de lei
complementar. Daí, porque o Constituinte, elencou a competência para os diversos tributos,
atribuindo a exigência ou não de lei complementar em função da matéria. Não haveria por
que se interpretar o artigo supracitado de forma isolada, uma vez se tratar de matéria
tributária. Portanto, isenções deverão ser objeto de lei ordinária ou complementar, em
função do tributo.
Por último, cabe lembrar ao aluno, que por mais de uma vez essa questão tem sido
respondida com o mesmo gabarito, ou seja, “União concede isenção de tributos por lei
ordinária”. Vale a experiência do aluno em provas....Por isso não nos cansamos de
aconselhar para que o aluno faça sempre todo concurso possível.

16. AFTN 2002-I ESAF


O Acordo para Isenção de Impostos Relativos à Implementação do Projeto do Gasoduto
Brasil-Bolívia, celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo
da República da Bolívia, em Brasília, em 5 de agosto de 1996, se obedeceu aos comandos
constitucionais, foi aprovado por

a) lei ordinária.
b) lei complementar.
c) lei delegada.
d) decreto legislativo.
e) resolução do Senado federal.

Gabarito oficial alternativa “d”. Trata-se da aplicação dos art. 49,I CF cc art. 59, VI CF: “É
da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre
tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos
ao patrimônio nacional” “Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I -
emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções.”
Observe que os Tratados Internacionais em matéria tributária deverão ser ratificados,
aprovados, pelo Congresso mediante decreto legislativo. Vale ressaltar, no entanto, que a
produção de efeitos internos, como legislação tributária, somente após a publicação de
Decretos do Executivo.

17. INSS 2001 – CESPE UNB ( questão adaptada)


Tributação põe em risco a aposentadoria.
Se você está em dúvida entre aplicar em um fundo de investimento financeiro ou em um de
previdência, espere. É que o governo ainda não decidiu se vai cobrar o IR sobre os
rendimentos dos fundos de pensão e também do plano garantidor de benefícios livres
(PGBL).
Alguns representantes do setor de previdência privada dizem que isso significa a morte dos
PGBLs. Outros, mais otimistas, acham que o golpe não será mortal. Mas todos concordam
que os planos vão perder seu principal apelo.

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Hoje, a grande diferença entre os PGBLs e os fundos de investimentos financeiros (FIFs) é


o fato de os primeiros não pagarem IR sobre os rendimentos. O imposto só incide no final
do plano. Se o aplicador sacar o dinheiro acumulado, paga o IR referente ao montante. Se
optar por receber a pensão vitalícia, o imposto é pago sobre as retiradas mensais de acordo
com a tabela progressiva do IR, que pode chegar a 27% de taxação.
O vice-presidente comercial e de marketing de uma das empresas de previdência privada,
Geraldo Magela, entende que tal decisão desestimularia aplicações de longo prazo. “Isso
nem combina com a política do governo de estimular a poupança”. Ele lembra que, em
países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Inglaterra, a previdência privada goza de
isenção fiscal. “No mundo todo é assim”, reforça Faud Norma, presidente da Associação da
Previdência Privada (ANAPP).
Norman observa que há fundos de pensão fechados que têm imunidade. Já as empresas
abertas de previdência têm isenção de IR sobre os rendimentos das aplicações, que é
dinheiro dos clientes. Paulo Henrique de Souza. “Caderno Invest”. In: Folha de São Paulo,
4/12/2000. p. F6 (com adaptações)

Analise a veracidade das alternativas abaixo, indicando V ( verdadeiro ) ou F ( falso):

I. Considerando o texto DT-I a cerca dos princípios constitucionais tributários, julgue:

( ) Se o Congresso Nacional aprovar lei instituindo IR sobre os rendimentos dos PGBLs e


essa lei for publicada no Diário Oficial do dia 31.12.2001, o imposto incidirá sobre os fatos
geradores ocorridos a partir do dia seguinte, 1o.1.2002.

Verdadeiro. Trata-se da aplicação da regra de “vacatio legis”, art. 104 CTN combinada
com a exigência do respeito ao princípio da anterioridade. Portanto, a lei que innstitui IR
entraria em vigor no exercício seguinte a sua publicação e, nesta mesma data, já estaria
atendendo ao princípio da anterioridade. Note-se que o IR é exceção à noventena, nos
termos do art. 150 par. 1.º CF.

A respeito das fontes do direito tributário, da vigência e aplicação da lei tributária, da


incidência, não-incidência, imunidade e isenção e da interpretação da legislação tributária,
julgue os itens a seguir:

II. ( ) Devido ao princípio da estrita legalidade, que vige no direito tributário, não se
admitem fontes informais, como o costume, para esse ramo do ordenamento jurídico.

Falso, uma vez que os costumes são enquadrados no inciso III do art. 100 CTN, “práticas
administrativas reiteradas” configurando fontes secundárias do Direito Tributário.

III.( ) Considere a seguinte situação hipotética: Uma lei criou determinado imposto e
definiu os elementos necessários à sua cobrança. Pouco depois, uma instrução normativa
(IN) da SRF estatuiu a desnecessidade de recolhimento daquele tributo durante
determinado período. Inúmeros contribuintes, em face da instrução normativa, efetivamente
deixaram de recolher o tributo. Posteriormente, a Receita Federal, constatando a ilegalidade
da IN, por meio de uma nova instrução normativa, anulou-a estabeleceu que os

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contribuintes deviam recolher o imposto no período de contribuintes deviam recolher o


imposto, incidente no período de que trata a instrução anulada, embora dispensada do
pagamento de multa, juros e correção monetária. Nessa situação, a nova IN cumpriu o
disposto no CTN, e os contribuintes não se poderão eximir do recolhimento do tributo.

Verdadeiro. O art. 100 parágrafo único do CTN dispensa a imposição de juros de mora e
penalidades quando o contribuinte cumpre exigência estabelecida em normas
complementares. No caso exposto, IN não poderia dispensar tributo, pois isenção exige lei.
Em se corrigindo o ato normativo, caberá exigência do tributo eventualmente não
recolhido, apenas dispensando-se a imposição de multa, juros e correção monetária.

IV ( ) Em face das garantias constitucionais e das normas do CTN acerca do conceito e da


vigência no tempo da legislação tributária, as ordens de serviço do INSS, que detêm
natureza de atos administrativos normativos, somente, serão aplicáveis, para os
contribuintes, quando possuírem conteúdo tributário, a partir de 1o de janeiro do ano
subseqüente àquele em que forem publicadas.

Falso, pois nos termos do art. 103, I CTN, ato administrativo normativo em matéria
tributária, entra em vigor, salvo previsão em contrário, na data da sua publicação.

01. ICMS SP 2002 ( VUNESP )


Os benefícios e os incentivos fiscais, assim considerado o subsídio, a isenção, a redução de
base de cálculo, o crédito presumido, a anistia ou remissão, deverão ser concedidos:

a) mediante lei complementar federal, se relativo a crédito presumido de ICMS, nas


operações interestaduais
b) com autorização de lei complementar nacional, referendada por lei ordinária federal,
estadual ou municipal, que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária
c) com autorização de lei ordinária nacional, mediante lei ou decreto federal, estadual
ou municipal, que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária
d) mediante lei específica federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente a
meteria ou o tributo a que se refere e, quanto ao ICMS, autorizadas por deliberação dos
Estados e do DF, na forma regulada por lei complementar federal
e) mediante decreto federal, estadual ou municipal que disponha exclusivamente sobre
a desoneração tributária, respeitadas as condições estabelecidas pela lei de
Responsabilidade Fiscal.

02. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

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A concessão de isenção do ICMS em nosso sistema tributário, depende:


a) de resolução do Senado Federal
b) exclusivamente de lei ordinária estadual
c) de lei ordinária federal autorizativa
d) de permissivo de lei complementar
e) de convênio celebrado entre as unidades federativas

03. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


As alíquotas internas do ICMS são:

a) aplicadas nas operações interestaduais, quando o destinatário da mercadoria não for


contribuinte do tributo
b) inferiores às previstas para as operações interestaduais
c) fixadas por lei complementar
d) uniformes para todas as mercadorias e serviços
e) aplicadas quando o destinatário da mercadoria, em outro Estado da federação, for
contribuinte do imposto

04. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Em nosso sistema tributário o aplicador da norma
a) deve interpretar analogicamente dispositivos que tipifiquem infrações tributárias
b) pode empregar analogia, desde que não implique exigência de tributo não previsto
em lei
c) não pode empregar critérios de equidade
d) não pode se valer de princípios do direito público em geral
e) dever interpretar extensivamente dispositivos que concedam isenções fiscais

05. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

Um contribuinte, utilizando-se de documentação apócrifa, aliena a incauto um imóvel rural


inexistente ( terra-papel), recolhendo o ITBI devido na transação. Descoberta a fraude e
rescindido, de comum acordo, o respectivo contrato de compra e venda, o tributo
regularmente recolhido
a) pode ser devolvido ao comprador ou vendedor, dependendo da convenção das
partes
b) não pode ser devolvido ao comprador ou vendedor porque a venda foi fraudulenta e
a fraude legitima o tributo
c) não pode ser devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o
fato gerador do imposto.
d) Deve ser devolvido ao comprador, porque se trata de venda a non domino, nula de
pleno direito
e) Deve ser devolvida ao comprador, a título de reparação de danos

06. PROCURADOR SERGIPE 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

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No que concerne à interpretação e à integração da legislação tributária, tal como tratadas


pelo Código Tributário Nacional, é correto afirmar que:
a) Os princípios gerais de direito tributário deverão ser o primeiro instrumento a ser
utilizado, pela autoridade administrativa, para aplicar a legislação tributária na ausência de
disposição expressa.
b) Deve-se interpretar literalmente a legislação tributária que disponha sobre outorga
de imunidades e isenções
c) Os princípios gerais de direito privado devem ser utilizados para definição dos
efeitos tributários dos institutos, conceitos e formas de direito privado.
d) A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos,
conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela
Constituição Federal, para definir ou limitar competências tributárias
e) Segundo o CTN não há nenhuma hipótese em que a norma tributária deve ser
interpretada de forma literal

07. PROCURADOR PI 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

Um contribuinte sonegou um tributo no ano de 2000, sendo certo que o auto de infração
somente foi lavrado no ano de 2005, quando estava em vigor alíquota menos gravosa de
tributo devido.
Nesta hipótese, o Fisco
a) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o
lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário
d) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas

08. PROCURADOR PI 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

Um contribuinte praticou infração tributária no ano de 2000, sendo certo antes da lavratura
do auto de infração em 2005, foi reduzida a multa fiscal legalmente prevista.
Nesta hipótese, o Fisco

a) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador e rege-se pela lei então vigente
b) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o
lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário

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d) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio
ao princípio da aplicação da lei mais benigna
e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas

09. ICMS MG 2005 ESAF

Considerando o disposto no art. 146 CF, marque com Va assertiva verdadeira e F a


assertiva falsa, assinalando ao final a opção correspondente

I. Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário.


II. Lei ordinária pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de
contribuintes.
III. Lei ordinária pode criar modalidades de lançamento do crédito tributário.
IV. Lei ordinária pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em
pagamento de bens móveis

a) VFFF
b) FVFV
c) VFFV
d) FFFV
e) VFVF

10. PFN 2004 ESAF


Em relação ao ICMS e sua disciplina na Constituição Federal, marque a assertiva que
apresenta resposta correta

a) Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou dos


Governadores de Estados e do Distrito Federal ou, ainda, de um terço dos Senadores,
aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação.
b) Cabe a lei complementar estabelecer alíquotas máximas nas operações internas para
resolver conflito específico que envolva interesse de Estados.
c) Quanto às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final
localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual, quando o destinatário não
for contribuinte do imposto.
d) É facultado ao Senado Federal fixar alíquotas mínimas nas operações internas, mediante
resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros.
e) Não incide sobre a entrada de bem importado do exterior por pessoa física, no caso de o
bem não se destinar ao emprego em atividade profissional, comercial ou industrial

11. AFRF 2003 ESAF


Responda com base na Constituição Federal.
• Medida Provisória publicada em 10 de dezembro de 2002 que majorou, a partir de 1° de
janeiro de 2003, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza de pessoas

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físicas, mas não convertida em lei até 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos
a partir de 1° de janeiro de 2003?
• É admitida a edição de medida provisória para estabelecer, em matéria de legislação
tributária, normas gerais sobre a definição de base de cálculo do imposto de competência da
União sobre propriedade territorial rural?
• No tocante ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação
(ICMS), cabe à lei complementar estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e
prestações, interestaduais e de exportação?

a) sim,sim,sim
b) sim,não,sim
c) sim, não, não
d) não, não, sim
e) não, não, não

12. ISS RECIFE 2003 ESAF


Avalie as formulações seguintes e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta
correta.

I. Em consonância com a Constituição Federal, medida provisória que implique


majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício
financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi
editada.
II. De conformidade com a Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966, a legislação
tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos
respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os
convênios de que participem, ou do que disponham o Código Tributário Nacional ou outras
leis de normas gerais expedidas pela União.
III. Os dispositivos de lei que definem novas hipóteses de incidência, referentes a
impostos sobre o patrimônio ou a renda, entram em vigor no primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que ocorra a sua publicação, conforme estabelece o Código Tributário
Nacional.
IV. Determina o Código Tributário Nacional que, salvo disposição em contrário, os
convênios que entre si celebram a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
entram em vigor na data da sua publicação.

a) Apenas as formulações I, II e III são corretas.


b) Apenas as formulações I, II e IV são corretas.
c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas.
d) Apenas as formulações II, III, e IV são corretas.
e) Todas as formulações são corretas.

13. ISS RECIFE 2003 ESAF


É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos
sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e de assistência social,

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sem fins lucrativos. No entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional, tal
imunidade tributária é subordinada à observância, pelas referidas instituições, do seguinte
requisito, entre outros:

a) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suas controladas no exterior, os seus recursos


na manutenção dos seus objetivos institucionais.
b) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título.
c) no caso de instituições de educação, oferecem gratuitamente pelo menos 50% das vagas
de seus cursos regulares a alunos carentes.
d) não remunerarem seus empregados com salários superiores aos pagos por empresas
públicas, em se tratando de cargos de iguais atribuições.
e) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro
ou participação nos eu resultado.

14. AFTN 2002-II ESAF


O estabelecimento, em caráter geral, da definição da base de cálculo e do fato gerador dos
impostos discriminados na Constituição há de ser feito por

a) lei complementar federal, em todos os casos.


b) exclusivamente por lei complementar federal, para a União, e por lei complementar
estadual para os Estados e Municípios.
c) apenas em lei ordinária federal, estadual e municipal, conforme o caso, tendo em
vista o princípio da autonomia dos Estados e Municípios.
d) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal em qualquer caso.
e) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal quanto aos tributos da
União, por lei estadual ou convênios para os Estados, e por lei municipal, para os
Municípios.

15. AFTN 2002-II ESAF


Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo
geoeconômico e sócia, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades
regionais. Nesse contexto, disporá sobre isenções, reduções ou diferimento temporário de
tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas. Ela o fará mediante

a) resolução do Senado Federal


b) decreto legislativo
c) lei complementar
d) lei ordinária
e) lei delegada ou medida provisória

16. AFTN 2002-I ESAF

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O Acordo para Isenção de Impostos Relativos à Implementação do Projeto do Gasoduto


Brasil-Bolívia, celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo
da República da Bolívia, em Brasília, em 5 de agosto de 1996, se obedeceu aos comandos
constitucionais, foi aprovado por

a) lei ordinária.
b) lei complementar.
c) lei delegada.
d) decreto legislativo.
e) resolução do Senado federal.

17. INSS 2001 – CESPE UNB ( questão adaptada)


Tributação põe em risco a aposentadoria.
Se você está em dúvida entre aplicar em um fundo de investimento financeiro ou em um de
previdência, espere. É que o governo ainda não decidiu se vai cobrar o IR sobre os
rendimentos dos fundos de pensão e também do plano garantidor de benefícios livres
(PGBL).
Alguns representantes do setor de previdência privada dizem que isso significa a morte dos
PGBLs. Outros, mais otimistas, acham que o golpe não será mortal. Mas todos concordam
que os planos vão perder seu principal apelo.
Hoje, a grande diferença entre os PGBLs e os fundos de investimentos financeiros (FIFs) é
o fato de os primeiros não pagarem IR sobre os rendimentos. O imposto só incide no final
do plano. Se o aplicador sacar o dinheiro acumulado, paga o IR referente ao montante. Se
optar por receber a pensão vitalícia, o imposto é pago sobre as retiradas mensais de acordo
com a tabela progressiva do IR, que pode chegar a 27% de taxação.
O vice-presidente comercial e de marketing de uma das empresas de previdência privada,
Geraldo Magela, entende que tal decisão desestimularia aplicações de longo prazo. “Isso
nem combina com a política do governo de estimular a poupança”. Ele lembra que, em
países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Inglaterra, a previdência privada goza de
isenção fiscal. “No mundo todo é assim”, reforça Faud Norma, presidente da Associação da
Previdência Privada (ANAPP).
Norman observa que há fundos de pensão fechados que têm imunidade. Já as empresas
abertas de previdência têm isenção de IR sobre os rendimentos das aplicações, que é
dinheiro dos clientes. Paulo Henrique de Souza. “Caderno Invest”. In: Folha de São Paulo,
4/12/2000. p. F6 (com adaptações)

Analise a veracidade das alternativas abaixo, indicando V ( verdadeiro ) ou F ( falso):

I. Considerando o texto DT-I a cerca dos princípios constitucionais tributários, julgue:

( ) Se o Congresso Nacional aprovar lei instituindo IR sobre os rendimentos dos PGBLs e


essa lei for publicada no Diário Oficial do dia 31.12.2001, o imposto incidirá sobre os fatos
geradores ocorridos a partir do dia seguinte, 1o.1.2002.

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A respeito das fontes do direito tributário, da vigência e aplicação da lei tributária, da


incidência, não-incidência, imunidade e isenção e da interpretação da legislação tributária,
julgue os itens a seguir:

II. ( ) Devido ao princípio da estrita legalidade, que vige no direito tributário, não se
admitem fontes informais, como o costume, para esse ramo do ordenamento jurídico.

III.( ) Considere a seguinte situação hipotética: Uma lei criou determinado imposto e
definiu os elementos necessários à sua cobrança. Pouco depois, uma instrução normativa
(IN) da SRF estatuiu a desnecessidade de recolhimento daquele tributo durante
determinado período. Inúmeros contribuintes, em face da instrução normativa, efetivamente
deixaram de recolher o tributo. Posteriormente, a Receita Federal, constatando a ilegalidade
da IN, por meio de uma nova instrução normativa, anulou-a estabeleceu que os
contribuintes deviam recolher o imposto no período de contribuintes deviam recolher o
imposto, incidente no período de que trata a instrução anulada, embora dispensada do
pagamento de multa, juros e correção monetária. Nessa situação, a nova IN cumpriu o
disposto no CTN, e os contribuintes não se poderão eximir do recolhimento do tributo.

IV ( ) Em face das garantias constitucionais e das normas do CTN acerca do conceito e da


vigência no tempo da legislação tributária, as ordens de serviço do INSS, que detêm
natureza de atos administrativos normativos, somente, serão aplicáveis, para os
contribuintes, quando possuírem conteúdo tributário, a partir de 1o de janeiro do ano
subseqüente àquele em que forem publicadas.

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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

01. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

Um contribuinte, utilizando-se de documentação apócrifa, aliena a incauto um imóvel rural


inexistente ( terra-papel), recolhendo o ITBI devido na transação. Descoberta a fraude e
rescindido o contrato, de comum acordo, o tributo regularmente recolhido:

a) pode ser devolvido ao comprador ou ao vendedor, dependendo da convenção das


partes
b) não pode ser devolvido ao comprador porque a venda foi fraudulenta e a fraude
legitima o tributo
c) não pode ser devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o
fato gerador do tributo
d) deve ser devolvido ao comprador, porque se trata de venada a non domínio, nula de
pleno direito
e) deve ser devolvida ao comprador, a título de reparação de danos

Gabarito alternativa “C”. Trata-se de regra de interpretação, segundo norma especial do


CTN, no inciso I do art. 118, segundo a qual a definição legal do fato gerador é interpretada
abstraindo-se da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos.
Portanto, segundo entendimento doutrinário, a nulidade ou anulabilidade do ato ou negócio
jurídico não interfere na interpretação do fato gerador. O efeito patrimonial operou-se
perante a fazenda pública, mediante o registro da escritura de transcrição do imóvel, apesar
de ser inexistente de fato. Mais fácil entender se fosse uma transferência existente sujeita à
anulação, para a qual se aplicaria o mencionado dispositivo. No entanto, nos termos da
doutrina, mesmo sendo um negócio nulo, cabe também a aplicação do mencionado artigo.
Discordo, no entanto, no gabarito apresentado, com relação ao início da frase “ ....não pode
ser devolvido”. O mencionado art. 118, I CTN, expressa regra de interpretação com
abstração da validade jurídica do ato, mas não expressa proibição de se restituir tributo
diante da invalidação do ato praticado, o que, ficará ao arbítrio do titular da competência.

02. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Em nosso sistema tributário, o sujeito ativo da obrigação tributária
a) pode ser um ente com personalidade jurídica de direito privado, se houver
delegação de competência tributária
b) pode ser investido de capacidade , sem ser titular da competência tributária.
c) É sempre titular da competência para instituir o tributo
d) Não pode cumular as titularidades da competência e da capacidade
tributária
e) Pode ser um ente com personalidade de direito público ou de direito privado

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Gabarito oficial alternativa “B”.


A competência tributária nada mais representa do que a autonomia política específica no
campo tributário, o verdadeiro Poder de Tributar, atribuído pelo Poder Constituinte às
entidades políticas, quais sejam, União, Estados, DF e Municípios, denominados entes da
federação. A competência, no entanto, é de exercício facultativo, o que significa, o
exercício do Poder é uma faculdade do titular da competência.
Mas a competência tributária, envolve outras atribuições, além da instituição do tributo, tais
como a fiscalização, arrecadação e execução de normas, serviços e atos para o seu fiel
cumprimento. Estas últimas três atribuições ( fiscalizar, arrecadar e executar )
compreendem em si a função de exigir cumprimento, função essa que será exercido pelo
pólo ativo da relação jurídica, o SUJEITO ATIVO, nos termos do art. 119: “jeito ativo da
obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu
cumprimento”.
Apesar de alguns autores levantarem a possibilidade de cogitarmos, nos dias de hoje, sobre
a possibilidade ou não de ente privado ser sujeito ativo, principalmente depois que as
contribuições corporativas ganharam natureza jurídica tributária, não devemos nos
direcionar por esse raciocínio em prova de concursos, onde a regra prevalece como
alternativa correta: sujeito ativo é pessoa jurídica de direito público.
Observe, ainda que o titular da competência poderá transferir a capacidade de ser sujeito
ativo, significa, transferir as funções de fiscalizar, arrecadar e executar, desde que a outra
pessoa jurídica de direito público, nos termos do art. 7 CTN: “competência tributária é
indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar
leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.”
Diante do exposto, o titular da capacidade ativa poderia ser ente diverso do titular da
competência, por atribuição dada por este” Ex. a União institui uma contribuição social e
determina ao INSS que exija o cumprimento.

03. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


A transmissão das cotas ou ações de uma sociedade que explora uma gleba rural é uma
hipótese de:
a) incidência de ICMS
b) elisão fiscal de ITBI
c) isenção fiscal de ITBI
d) incidência tributária de ITBI
e) evasão ilícita de ITBI

Gabarito alternativa B
A doutrina esclarece a distinção entre ELISÃO FISCAL e EVASÃO FICAL. A ELISÃO
FISCAL, impropriamente chamada por alguns de EVASÃO LÍCITA, é procedimento lícito
adotado pelo contribuinte para reduzir ou evitar pagamento de tributos. Trata-se do
planejamento tributário, também denominado economia fiscal. A EVASÃO FISCAL seria
método ilícito visando reduzir ou evitar pagamento de tributos.

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Portanto, na questão acima, o contribuinte, para fugir de forma lícita da incidência do


ITBI, ao adquirir um bem imóvel, optou por se planejar e adquirir as cotas ou ações de uma
sociedade que explora uma gleba rural.

04. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


No sistema de incidência plurifásica, o operador econômico que, além do tributo próprio,
recolhe aquele relativo às operações antecedentes ou subseqüentes, figura
a) como contribuinte de direito e sucessor tributário
b) como contribuinte e substituído tributário, simultaneamente
c) como contribuinte e substituto tributário, simultaneamente
d) somente como contribuinte de direito
e) somente como substituto tributário

Gabarito alternativa C.
Nos termos do art 121, I CTN, denomina-se contribuinte quem tenha relação pessoal e
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Portanto, o operador
econômico em questão, para os fatos por ele praticados será contribuinte de imposto.
No entanto, quando a lei lhe atribui função de recolher imposto por fato antecedente,
praticado em operação anterior, por outrem, no lugar do contribuinte ou por operações
futuras que irão ocorrer, atuará como responsável por substituição, nos termos do art. art.
128 CTN, que determina que, “a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial da referida obrigação”.
Vale observar que para este recolhimento fruto da substituição tributária, o sujeito passivo
que irá recolher, no lugar do substituído, será o substituto tributário, designado por lei.
Vale lembrar que responsabilidade não se presume, deverá ser prevista em lei. Vide art. 121
CTN
Art. 121, II CTN “Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária, denominada responsável, quando, sem revestir a
condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.”

PRIMEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 04


AFRF 2003 ESAF
Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas;
em seguida, marque a opção correta.

( ) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes


os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são
próprios.

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Comentários: FALSO. Nos termos do art. 116 CTN, sendo o fato gerador uma situação
fática estaria correto a afirmativa acima, mas em sendo situação jurídica, diga-se uma
ficção criada pelo direito, somente ocorreria o fato gerador, se a situação jurídica fosse
constituída nos termos da lei, do direito aplicável. Vide art. 166, I CTN “Salvo disposição
de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I -
tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios”

( ) A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados


com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária.

VERDADEIRO Trata-se da aplicação da cláusula “anti-elisão”, para os atos lícitos, que


sejam tão limítrofes e próximos dos atos ilícitos, por serem dissimulatórios, que permitem à
autoridade administrativa lançamento de tributos na hipótese de não pagamento de tributos,
desde que autorizado por lei ordinária. Exemplo, se uma empresa de capital social de
1.000.000, visando se enquadrar em regra de isenção prevista em lei, a qual restringe às
empresas de 100000 de capital social, viesse a celebrar um contrato de cisão em 10
empresas, cada qual isenta, face ao enquadramento na faixa de capital social previsto em
lei para a respectiva isenção.

( ) Salvo disposição de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à


responsabilidade pelo pagamento de tributos, podem ser opostas à Fazenda Pública para
modificar a sujeição passiva, desde que o novo sujeito passivo comunique a existência do
convencionado à repartição fazendária competente antes de ocorrer o fato gerador da
correspondente obrigação tributária.

FALSO. A definição legal do sujeito passivo tributário exige lei. Contratos não definem
sujeito passivo, salvo, nas hipóteses excepcionais autorizadas em lei. Vide art. 123 CTN,
nos termos do qual, “salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares,
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes” Portanto, um contrato de locação não determinando locatário como
responsável pelo IPTU, em regra, não vale perante a Fazenda Pública para alteração da
definição legal do sujeito passivo, na verdade, só valeria entre as partes.

a) FVF
b) FFV
c) FFF

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d) VVF
e) VFF

05. AUDITOR PI- 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Em nosso sistema tributário, o sujeito passivo designado contribuinte é o operador
econômico ou financeiro:

a) indicado pela livre escolha do legislador ordinário


b) indicado pela livre escolha do legislador complementar
c) que recolhe aos cofre públicos as quantias devidas a título de tributo
d) que sofre o impacto da carga tributária, sem possibilidade de transferência
e) que se encontra numa relação pessoal e direta com o fato gerador do tributo

Gabarito alternativa E.
Trata-se da aplicação do art. 121, I CTN, que define contribuinte como o sujeito passivo da
obrigação tributária principal que se caracteriza pela prática do fato gerador, isto é, pelo
vínculo direto com o fato gerador. Já o Responsável terá vínculo indireto decorrente de
expressa disposição legal.

06.AUDITOR PI- 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Em nosso sistema tributário, o sujeito passivo designado substituto
a) participa da relação jurídica tributária por livre escolha do legislador ordinário
b) participa da relação jurídica tributária nos termos previstos em lei complementar
c) não participa da relação jurídica tributária
d) somente por antecipação recolhe o tributo devido aos cofres públicos
e) substitui o contribuinte nos tributos incidentes sobre o patrimônio imobiliário

Gabarito alternativa B.
Em verdade, responsável decorre de previsão em lei, nos termos do art. 121, II CTN, “
responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de
disposição expressa de lei.”. Há vínculo com o fato gerador, mas trata-se de vínculo
indireto, ao contrário do contribuinte, este último com vínculo direto. A lei complementar
federal define responsável a nível de norma geral, cabendo à lei de cada ente tributante,
respeitada a lei complementar, a previsão na respectiva lei tributária ao instituir o tributo.
Daí estarem incorretas as alternativas A e C.
A alternativa D estaria incorreta, uma vez que a responsabilidade admite recolhimento
antecipado, nos termos do art. 150 par. 7.º CF, o que é faculdade do legislador para facilitar
a fiscalização, e não uma obrigação. Trata-se da aplicação conjugada do art. 128 CTN e do

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já mencionado art. da Constituição. Nos termos do art. 128, a lei pode atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação.” Acrescente-se a possibilidade de exigência do pagamento mesmo antes da
ocorrência do fato gerador, no termos do art 150 par. 7.º CF “A lei poderá atribuir a sujeito
passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de impostos ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido."
Vale lembrar, no entanto, que este instituto do fato gerador presumido poderá ser usado ou
não à critério do ente tributante.
A alternativa E está incorreta, por criar uma restrição indevida.

07. ICMS SP 2002


A responsabilidade, atribuída por lei, ao fornecedor de determinada mercadoria, pela
retenção e recolhimento do ICMS devido pelas várias e futuras operações subseqüentes, é
considerada, nos termos da legislação tributária vigente:

a) substituição tributária
b) responsabilidade tributária parcial
c) responsabilidade tributária de terceiro
d) responsabilidade tributária por sucessão
e) diferimento

Gabarito alternativa A.

Trata-se da aplicação da substituição tributária aliada à exigência do pagamento antecipado,


antes da ocorrência do fato gerador. Com já dissemos, é o permissivo do art. 150 § 7º, o
fato gerador presumido, segundo o qual “a lei poderá atribuir a sujeito passivo de
obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de impostos ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido”.
Trata-se de substituição progressiva ou para frente, uma vez que, quando da ocorrência do
fato gerador, nas operações futuras, a lei já designou o contribuinte dos fatos ocorridos nas
operações antecedentes, como responsável pelos tributos cujos fatos deverão ocorrer no
futuro. É o exemplo da montadora de veículos, revedendendo o veículo à concessionária,
onde a lei exige da montadora que recolha antecipadamente o ICMS que deveria ser
recolhido na operação subseqüente, quando a concessionária fosse vender o veículo ao
consumidor final.
Incorretos os demais gabaritos, pois não se trata de responsabilidade parcial, mas sim pelo
valor integral; nem se trata de responsabildade de terceiros, do tipo solidária, do art. 134
CTN, muito menos de sucessão tributária, nos moldes dos art. 130 a 133 CTN.
A Alternativa “e” está incorreta, uma vez que diferimento é nome atribuído à
responsabilidade pelo recolhimento por fatos anteriores, de operações precedentes, a
chamada substituição regressiva.

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08.PROCURADOR MARANHÃO – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


No que diz respeito aos sujeitos da obrigação tributária, é certo que:
a) a delegação de atribuições de arrecadação ou fiscalização de tributos implica em
transferência da condição de sujeito ativo
b) na hipótese principal, o sujeito passivo pode ser apenas o contribuinte
c) as pessoas jurídicas de direito público e privado e as pessoas físicas podem figurar
como sujeito ativo
d) em se tratando de obrigação acessória, o sujeito passivo tanto pode ser um
contribuinte como um terceiro
e) a vinculação do sujeito passivo indireto com o fato tributável não poderá dar-se por
transferência ou substituição

Gabarito alternativa D.
Trata-se de distinguir sujeito passivo de obrigação principal ( contribuinte ou responsável )
de sujeito passivo de obrigação acessória. Nos termos dos art. 121 e 122 CTN, sujeito
passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha
relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; II -
responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de
disposição expressa de lei. No entanto, o sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa
obrigada às prestações que constituam o seu objeto. Vale ressaltar, que o sujeito passivo de
obrigação acessória não tem nome especial, mas pode coincidir com o contribuinte ou com
o responsável. Vale lembrar que a obrigação tributária acessória, no art. 113,par.2o. CTN,
de acessória não tem nada, pois pode existir independente da principal. Portanto o sujeito
passivo da obrigação acessória poderá ou não coincidir com o sujeito passivo da obrigação
principal. Daí o gabarito.
A alternativa “b”, um tanto confusa, confesso, mas não foi tida como gabarito. Talvez, se o
autor quisesse se referir a possibilidade de ser apenas o contribuinte o sujeito passivo da
obrigação principal, isso excluiria obrigação principal ao responsável tributário. O que
torna errada a frase. De outro lado, nada impede que um contribuinte, não sendo, portanto,
responsável, seja o único sujeito passivo de uma obrigação principal, o que tornaria o
gabarito verdadeiro. Temos que levar uma “bola de cristal!”....
A alternativa “a” está errada quando mencionou no texto o conectivo “ou”: arrecadação ou
fiscalização. Entenda que a delegação isolada da função de arrecadação não transfere
capacidade ativa, nem delega competência, mas será apenas um cometimento de um
encargo, o encargo de arrecadar tributos, nos termos do art. 7 par. 3..CTN: “§ 3º Não
constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do
encargo ou da função de arrecadar tributos”. Lembre-se, nos termos do art. 7 CTN, a
competência é indelegável, a capacidade ativa é delegável a ente público, mas a função de
arrecadar pode ser transferida isoladamente, mesmo a ente privado.Vejamos novamente:
CTN art. 7 “A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a
outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à
pessoa jurídica de direito público que a conferir.

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§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica
de direito público que a tenha conferido.
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado,
do encargo ou da função de arrecadar tributos.

A alternativa C está incorreta, pois já verificamos a necessidade de ser pessoa jurídica de


direito público para se enquadrar como sujeito ativo.

A alternativa E está incorreta, pois, como já demonstrado na aula ZERO, a responsabilidade


tributária, ao contrário do que foi dito, pode se operar por transferência ou por substituição,
sendo a primeira aquela em que o responsável, para seu surgimento, depende de fato
posterior ao fato gerador, enquanto na substituição, o responsável já existe como tal, desde
o momento da ocorrência do fato gerador. Vide aula ZERO.

PRIMEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 08

CEAL- ADVOGADO ALAGOAS- ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


No que se refere à obrigação tributária, é correto afirmar que
a) a competência tributária do sujeito ativo da obrigação tributária é indelegável, sendo
delegável apenas a capacidade tributária
b) o sujeito ativo da obrigação tributária é o contribuinte ou responsável, visto que
estão obrigados ao efetivo pagamento do tributo
c) o sujeito passivo da obrigação tributária principal é sempre o responsável que tem a
relação direta com o fato gerador
d) o sujeito passivo pode delegar sua capacidade tributária ao sujeito ativo, nas
obrigações tributárias acessórias
e) é sempre possível que alguém seja contribuinte e responsável ao mesmo tempo,
tanto nas obrigações principais, como nas acessórias

Gabarito alternativa ‘A’.


Valem os comentários das questões anteriores.
Quanto ao gabarito, vale frisar, nos termos do art. 7 CTN, que a competência não se delega,
uma vez que somente poderá ser o tributo instituído pelo titular da competência. Já a
capacidade de exigir se cumprimento se transfere ao outro ente público.

SEGUNDA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 08


AGU 2004

Analise veracidade

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“A Constituição Federal admite que a lei faculte aos municípios a cobrança do imposto
territorial rural.”

Verdadeiro, nos termos do art. 153 par. 4, III CF, uma vez que a Constituição permite aos
municípios o exercício da capacidade ativa, mediante opção do próprio município, nos
temos de lei. Dispõe o referido inciso que o ITR será fiscalizado e cobrado pelos
Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do
imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

09. PROCURADOR SERGIPE – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


A obrigação tributária principal , segundo dispõe o Código Tributário Nacional,
a) é um vínculo jurídico que nasce com a ocorrência do fato gerador e somente tem
por objeto pagamento pelo contribuinte, de uma prestação , o tributo ao Estado.
b) Compreende, além do tributo, a penalidade pecuniária
c) É vínculo jurídico que nasce com o lançamento válido
d) Pode ser afetada por circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão
ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua
exigibilidade
e) É vínculo jurídico que nasce com o lançamento homologado pelo Estado

Gabarito alternativa B.
Vale ressaltar que, nos termos do at. 113 CTN, a obrigação tributária principal surge com a
ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária
e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Não há que se confundir com a
obrigação acessória, esta sendo decorrente da legislação tributária e tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos. Vale frisar que a obrigação principal tem prestação de dar e não
de fazer, diga-se, tem prestação de dar TRIBUTO ou MULTA.

Não confundir com o crédito tributário, direito material da fazenda que se constitui com o
lançamento, nos termos do art. 142 CTN. Daí incorretas as alternativas C e E.

Por último, incorreta a alternativa D, face o disposto no art art. 140 CTN, segundo o qual as
circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as
garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a
obrigação tributária que lhe deu origem

PRIMEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 09


ICMS MG 2005
Considerando o tema “obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com
(F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente.

( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador, contudo


depende sempre de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal.

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Falso, pois basta o fato gerador, nos termos do art. 113 par. 1.ºCTN para fazer surgir o
vínculo jurídico fazenda-contribuinte. O lançamento somente se faz necessário para a
formalização desse vínculo, daí surgindo o crédito tributário.

( ) A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade


jurídica dos atos praticados.

Verdadeiro. Já analisada. Vide art. 118, I CTN.

( ) A pessoa interditada judicialmente pode ser considerada sujeito passivo da obrigação


tributária.

Verdadeiro. Já analisada. Vide art. 126 CTN. A incapacidade civil não interfere na
capacidade tributária passiva

( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição


suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a
condição.

Verdadeiro. Nos termos do art. 117, I CTN. É necessário o implemento da condição para
fazer surgir a obrigação, pois aí estará ocorrendo o fato gerador.

SEGUNDA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 09


ISS FORTALEZA 2003 ESAF
Com base em disposições expressas do Código Tributário Nacional, avalie as formulações
seguintes, relativas aos temas obrigação tributária e fato gerador, e, ao final, assinale a
opção que corresponde à resposta correta:

I. Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei, que impõe a
prática ou a abstenção de ato não caracterizador de obrigação tributária acessória.

Falso, nos termos do art. 114 CTN. Uma vez que as prestações de fazer ou não fazer não
integram obrigação principal, mas sim a acessória. Vide art. 114. “Fato gerador da
obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua
ocorrência.”. Não há que se confundir com o fato gerador da acessória, o qual, nos termos
do art. 115 CTN. é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática
ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

II. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser considerados na interpretação da
definição legal do fato gerador.

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Falso. Nos termos do art. 118, II CTN. Já analisado, o fato gerador será interpretado à luz
do efeito patrimonial e não dos efeitos decorrentes e sucessivos. Ex. Se a mercadoria foi
importada, ocorre o fato gerador, mesmo que não tenha sido útil ao importador.

III. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes
os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são
próprios.

Falso. Já analisada no art. 116, I CTN.

IV. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados


com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária.

Verdadeiro. Já analisada no art. 116 parágrafo único CTN

Gabarito A
a) Apenas a formulação IV é correta.
b) Apenas as formulações II e IV são corretas.
c) Apenas as formulações III e IV são corretas.
d) Apenas as formulações I, II, e III são corretas.
e) Apenas as formulações II e III são corretas.

TERCEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 09


ISS FORTALEZA 2003 ESAF
Marque a resposta correta, em consonância com as disposições pertinentes do Código
Tributário Nacional.

a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem


relação pessoal e direta coma situação que constitua o respectivo fato gerador.
b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que o
Código Civil considere absolutamente incapaz.
c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal são solidariamente responsáveis.
d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no
caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo.
e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir lei entre as partes,
pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das
obrigações tributárias correspondentes, hipótese em que fica afastada a responsabilidade do
contribuinte pelo pagamento dos tributos, dando lugar à responsabilidade tributária integral
do terceiro que tem relação direta e pessoal com a situação constitutiva do gerador.

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Gabarito alternativa C.
Trata-se do instituto da solidariedade, nos termos do art. 124 CTN: “são solidariamente
obrigadas I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato
gerador da obrigação principal II - as pessoas expressamente designadas por lei.”

Alternativa A incorreta face ao já exposto no art. 121, II CTN “!responsável, quando, sem
revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.”

Alternativa B incorreta face ao já exposto no art. 126 CTN.

Alternativa D incorreta, uma vez que cabe recusa do domicílio eleito, quando impossibilite
ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, nos termos do art. 127 par. 2.º CTN.

Alternativa E incorreta, face ao já exposto no art.123 CTN, segundo o qual, salvo


disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade
pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Entenda-se
que quem define sujeito passivo tributário é lei e não contrato.

10. PROCURADOR SERGIPE – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Na cisão de uma sociedade, com versão de todo o seu patrimônio para outras duas pessoas
jurídicas preexistentes, a responsabilidade pelos débitos tributários da sociedade cindida,
relativos a fatos geradores anteriores á data da operação, é imputável
a) Apenas à pessoa jurídica para a qual for atribuído semelhante encargo no protocolo
de cisão
b) A cada uma das pessoas jurídicas que absorveu o patrimônio da sociedade cindida,
em caráter solidário.
c) Apenas aos sócios da sociedade cindida, em caráter solidário
d) A cada uma das pessoas jurídicas incorporadoras, na proporção do patrimônio
recebido, sem solidariedade entre si.
e) A cada uma das pessoas jurídicas incorporadoras, apenas na proporção do
patrimônio recebido

Gabarito alternativa D.
Trata-se da sucessão tributária empresarial, nos termos do art. 132 CTN, segundo o qual a
pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de
outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Observe na questão
que cada parte da empresa cindida será incorporada por empresa pré-existente, daí cada

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incorporadora sendo responsável, respectivamente, pelos fatos geradores anteriores, na


proporção do patrimônio recebido, sem solidariedade entre si.

11. TCE AMAZONAS 2006 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


A empresa X adquiriu da empresa Y seu estabelecimento e fundo de comércio e continuou
explorando, naquele local, a atividade da alienante. Sucede que a alienante Y tem inúmeros
débitos tributários. Nesse caso é incorreto afirmar que a empresa X:

a) não teria nenhuma responsabilidade sobre os tributos devidos pela empresa Y se


tivesse adquirido essa por meio de alienação judicial em processo de falência
b) responde integralmente pelo passivo tributário da empresa Y, se esta cessou a
exploração do seu comércio
c) responde subsidiariamente com a empresa Y, se esta dentro de 6 meses, a contar
da data da alienação, outra atividade de comércio
d) responde solidariamente com a empresa alienante, se esta prosseguiu na
exploração de sua atividade em outro local
e) responde subsidiariamente com a empresa alienante , se esta prosseguiu na
exploração de sua atividade em outro local

Gabarito incorreto alternativa D.


Observe que todas as alternativas, de B a E, exceto a D, se enquadram no dispositivo legal,
previsto no CTN, art. 133, segundo o qual, a pessoa natural ou jurídica de direito privado
que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial,
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão
social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar
a exploração do comércio, indústria ou atividade;II - subsidiariamente com o alienante, se
este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação,
nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
Observe que a alternativa D, tido como a incorreta, menciona responsabilidade solidária,
não prevista, portanto, para o caso.
Além disso, vale mencionar a afirmativa ‘A”, correta, nos termos do novo dispositivo,
introduzido pela LC 118/05, no art. 133 parágrafos: § 1o O disposto no caput deste artigo
não se aplica na hipótese de alienação judicial: I – em processo de falência; II – de filial ou
unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. Trata-se da artifício legal
para aquecer a economia, excluindo a responsabilidade de adquirente de estabelecimentos
comerciais, nos temos que dispõe.

12. CEAL- ADVOGADO ALAGOAS- ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

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Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os


seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que

a) esteja constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito, sendo que, para
tais efeitos , os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados , se
suspensiva a condição, após o momento da celebração do negócio
b) esteja definitivamente constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito
aplicável, sendo que, para tais efeitos, de regra, os negócios jurídicos condicionais reputam-
se perfeitos e acabados , se suspensiva a condição, desde o momento do seu implemento
c) se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que
normalmente lhe são próprios, e os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e
acabados quando não houver oposição do sujeito ativo
d) se verifique o seu implemento ou a prática do ato, e em certos casos a celebração do
negócio, seja suspensiva ou resolutória a condição, porém devendo partir-se sempre do
momento em que a situação esteja constituída
e) for constituído, nos termos da lei tributária aplicável, visto que quaisquer negócios
jurídicos reputam-se perfeitos e acabados, não sendo resolutória a condição, desde o
momento da prática do ato ou do momento do seu implemento.

Gabarito alternativa B.
Trata-se da aplicação do disposto no art. 117 CTN, segundo o qual, salvo disposição de lei
em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: I
- sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; II - sendo resolutória
a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
Portanto, na hipótese do gabarito trata-se de fato gerador, situação jurídica, sujeita à
condição suspensiva. Portanto considera-se ocorrido apenas quando do seu implemento.

PRIMEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 012


AGU UNB
Analise a veracidade:
I. Considerando-se que determinado tributo tem como hipótese de incidência uma situação
jurídica, somente haverá o fato gerador quando se verificarem presentes e ocorridas as
circunstâncias materiais necessárias à produção dos efeitos que são normalmente inerentes
a esses fatos.

Falso, pois está confundindo situação jurídica com situação fática, nos termos do art. 116
CTN. Caso já analisado.

II. ( adaptada ) Considere a seguinte situação hipotética:


Pedro vendeu a Afonso um imóvel por R$ 100.000,00. Na escritura ficou ajustada a
condição de que Afonso somente lhe pagaria o preço se fosse declarado vencedor em uma
demanda judicial de que participava. Se fosse sucumbente, ambos se comprometeriam com
a resolução do contrário. No caso exposto, o ITBI é devido somente quanto da sentença
judicial favorável à Afonso.

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Falso, pois no caso exposto, a sentença é tida como condição resolutária. O seu
implemento desfaz a transferência, mas não impede que, desde a escritura lavrada
anteriormente, já se considere ocorrido o fato gerador. Aplica-se o art. 117, II CTN “sendo
resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio”.

SEGUNDA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 12


PFN 2004

Tendo em conta as disposições do Código Tributário Nacional, em relação aos temas


capacidade tributária passiva e solidariedade, é correto afirmar que:

a) a capacidade tributária passiva das pessoas naturais depende da capacidade civil.


b) a capacidade tributária passiva depende da pessoa jurídica estar regularmente
constituída.
c) podem valer-se do benefício de ordem os devedores solidários, que são assim
considerados por deterem interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal.
d) a isenção subjetiva concedida a um não exonera os demais coobrigados.
e) a isenção objetiva não exonera todos os coobrigados.

Gabarito alternativa D

No que se refere às alternativas A e B, incorretas, porque, nos termos do art. 126 do


CTN, a capacidade tributária passiva depende do vínculo com o fato gerador, seja direto ou
indireto, mas não depende da capacidade civil das pessoas naturais, de achar-se a pessoa
natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades
civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios,
bem como não depende também de estar a pessoa jurídica regularmente constituída,
bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
Quanto à alternativa C, trata-se dos efeitos da solidariedade, nos termos dos artigos 124 e
125 CTN, segundo os quais a solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de
ordem.
Vale ressaltar também o disposto no art. 125 CTN, segundo o qual, salvo disposição de lei
em contrário, a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se
outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos
demais pelo saldo. Portanto, correto o gabarito D, pois a isenção ou remissão subjetiva não
aproveita todos os devedores, ficando estes responsáveis pelo saldo.
Incorreta a afirmativa E, pois a isenção ou remissão objetiva, entenda-se, do crédito
exonera a todos.

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TERCEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 12


CESPE-UNB
No atinente à obrigação, à capacidade, ao domicílio, à responsabilidade e ao crédito
tributários, julgue os itens abaixo:

I. ( ) Considere a seguinte situação, que é hipotética inclusive no que tange a legislação:


Duas irmãs, Zuzu e Zozó, são co-proprietárias de um automóvel de elevado valor, por isso,
são devedoras solidárias do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).
Porém, não o pagarão. Algum tempo depois de consumado o lançamento do tributo, Zozó
descobriu-se portadora de cardiopatia grave. No entanto, veio a saber que a lei estadual
concedia isenção de IPVA aos que sofriam daquela patologia. Nessa situação, a despeito da
solidariedade tributária entre as devedoras, a isenção concedida a Zozó não aproveitará a
sua irmã.

Verdadeiro, pois trata-se de isenção subjetiva, nos termos do art. 125, II CTN. Os demais
devedores serão solidários pelo salvo. No caso só há mais uma devedor.

13 ICMS RN 2005
Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo.
I. As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal são solidariamente obrigadas.
II. A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária.
III. O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de
atividades ilícitas.
IV. De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade
judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos
praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da
obrigação tributária.

a) Somente I é verdadeira.
b) Somente I e II são verdadeiras.
c) Somente I, II e III são verdadeiras.
d) Somente II, III e IV são verdadeiras.
e) Somente III e IV são verdadeiras.

Gabarito alternativa A

Alternativa A já objeto de análise verdadeira. Vide art. 124, I CTN.

Alternativa B está falsa. Nos termos do art 113 par. 3.º CTN, “a obrigação acessória, pelo
simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à
penalidade pecuniária, diga-se, se converte em multa”.

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A alternativa C está falsa. Trata-se da aplicação do princípio do “non olet”, ou seja, o fato
gerador, na sua interpretação, deverá o interprete se abstrair da licitude ou ilicitude do
objeto da atividade da qual decorre. Leia-se o art. 118, I, “in fine” CTN, segundo o qual, s
definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da
natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;. Portanto, se alguém aufere renda advindo
de prática de ato ilícito, a renda é fato tributável, não confundindo-se com atividade ilícita
da qual se originou, a qual será punida na esfera criminal.

A alternativa D está incorreta, pois a aplicação da cláusula anti-elisão, prevista no art. 116
par. Único CTN, é atributo da autoridade administrativa. Quem lança é a Fazenda. Já
estudamos o caso.

14 PROCURADOR DF 2004 (adaptada)


Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas;
em seguida, marque a opção correta.

( ) A impetração de mandado de segurança ou a propositura, pelo contribuinte, de ação de


repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do
depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e
multa de mora e demais encargos, implica renúncia ao direito de recorrer na esfera
administrativa e desistência do recurso acaso interposto.

Verdadeiro. Trata-se da renúncia à instância administrativa, decorrente do ajuizamento de


ação judicial relativa ao respectivo crédito tributario. A decisão administrativa não faz
coisa julgada, portanto, o art. 38 par. único da lei 6830/80 fala do disposto acima,
configurando a ação judicial renúncia à discussão na esfera administrativa.

( ) Extingue-se a punibilidade dos crimes contra a ordem tributária, definidos na Lei n°


8.137, de 27 de dezembro de 1990, quando o agente promove o pagamento do tributo ou
contribuição social, inclusive acessórios, no prazo de trinta dias, contado da sentença.

Falso. Nos termos do art. 34 lei 9249 de 1995, somente se dá extinção da punibilidade para
os crimes contra a ordem tributária, objeto da lei 8137/90, quando o agente paga os tributos
antes do recebimento da denúncia.

( ) Não é permitido à administração tributária remeter ao Ministério Público representação


fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária praticados por
particulares, definidos nos arts. 1° e 2° da Lei n° 8.137, de 1990, antes de preferida a
decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário
correspondente.

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Verdadeiro. Trata-se da aplicação do disposto no art. 83 lei 9340/96, exigindo-se o aguardo


da decisão definitiva da esfera administrativa para, posteriormente, ser encaminhado ao
Ministério Público a representação fiscal para fins penais.

Analise a veracidade das alternativas acima, indicando V ( verdadeiro) ou F ( falso),


assinalando, a seguir, a seqüência correta:

a) V,V,V
b) V,F,V
c) V,F,F
d) F,F,V
e) F,F,F

Gabarito B

15. INSS 2001 – CESPE UNB

Tributação põe em risco a aposentadoria.


Se você está em dúvida entre aplicar em um fundo de investimento financeiro ou em um de
previdência, espere. É que o governo ainda não decidiu se vai cobrar o IR sobre os
rendimentos dos fundos de pensão e também do plano garantidor de benefícios livres
(PGBL).
Alguns representantes do setor de previdência privada dizem que isso significa a morte dos
PGBLs. Outros, mais otimistas, acham que o golpe não será mortal. Mas todos concordam
que os planos vão perder seu principal apelo.
Hoje, a grande diferença entre os PGBLs e os fundos de investimentos financeiros (FIFs) é
o fato de os primeiros não pagarem IR sobre os rendimentos. O imposto só incide no final
do plano. Se o aplicador sacar o dinheiro acumulado, paga o IR referente ao montante. Se
optar por receber a pensão vitalícia, o imposto é pago sobre as retiradas mensais de acordo
com a tabela progressiva do IR, que pode chegar a 27% de taxação.
O vice-presidente comercial e de marketing de uma das empresas de previdência privada,
Geraldo Magela, entende que tal decisão desestimularia aplicações de longo prazo. “Isso
nem combina com a política do governo de estimular a poupança”. Ele lembra que, em
países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Inglaterra, a previdência privada goza de
isenção fiscal. “No mundo todo é assim”, reforça Faud Norma, presidente da Associação da
Previdência Privada (ANAPP).
Norman observa que há fundos de pensão fechados que têm imunidade. Já as empresas
abertas de previdência têm isenção de IR sobre os rendimentos das aplicações, que é
dinheiro dos clientes. Paulo Henrique de Souza. “Caderno Invest”. In: Folha de São Paulo,
4/12/2000. p. F6 (com adaptações)

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Considerando o texto DT-I e em relação ao direito tributário, julgue os itens abaixo:

I.Considerando que, em uma situação hipotética, uma empresa de previdência privada


conseguisse demonstrar ao Poder Judiciário que era inconstitucional o IR incidente sobre as
retiradas dos participantes, isso, por si só, não bastaria para que, nos termos do CTN, a
empresa tivesse reconhecido o direito de obter a devolução dos valores recolhidos à
Secretaria da Receita Federal(SRF).

Verdadeiro, com base no art. 166 CTN, a restituição de tributos que comportem, por sua
natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove
haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este
expressamente autorizado a recebê-la. No caso exposto, houve transferência do encargo
tributário da empresa aos participantes da previdência.

II. Considere a seguinte situação hipotética: Um indivíduo fez operar uma empresa de
previdência privada em situação totalmente irregular, sem autorização dos órgãos
legalmente competentes e cujos contratos continham cláusulas imorais e contrárias ao
direito. Um aplicador contratou com essa empresa um plano de previdência privada e, em
determinado momento, veio a resgatar o produto de seu investimento. Nessa situação, ainda
que houvesse lei prevendo IR sobre tais atos jurídicos, esse tributo não poderia incidir,
devido às ilegalidades relacionadas com o contrato e com a empresa e em razão das
nulidades disso decorrentes.

Falso, face ao art 126,III. CTN. A capacidade tributária passiva independe de estar a pessoa
jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou
profissional.

III. Considere a seguinte situação hipotética: Uma empresa de previdência privada firmou
um contrato com seus investidores, mediante escritura pública, comprometendo-se a
observar os ônus tributários incidentes sobre os resgates dos planos. Severo, um dos
participantes do plano, requereu o resgate antecipado dos valores que investiria, mas, por
ocasião do pagamento, a empresa não recolheu os tributos devidos. A fazenda nacional,
posteriormente, ajuizou execução fiscal em face de Severo, o qual opôs embargos à
execução, invocando o contrato que firmara coma empresa. O juiz julgou procedentes os
embargos e extinguiu a execução fiscal, por ilegitimidade passiva de Severo, facultando à
Fazenda Nacional ajuizar nova execução, dessa vez em face da empresa que assumira os
encargos tributários. Nessa situação, o juiz equivocou-se, pois era juridicamente correto que
a fazenda cobrasse a dívida de Severo.

Verdadeiro. Pois no caso exposto, a empresa não foi designada por lei como responsável,
mas sim por contrato com a outra parte. Neste caso, vale a regra de que contrato não define
sujeito passivo. No caso, a empresa não se transformou em substituto tributário, cabendo a
execução de Severo. Vide art. 123 CTN.

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QUESTÕES

01. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

Um contribuinte, utilizando-se de documentação apócrifa, aliena a incauto um imóvel rural


inexistente ( terra-papel), recolhendo o ITBI devido na transação. Descoberta a fraude e
rescindido o contrato, de comum acordo, o tributo regularmente recolhido:

a) pode ser devolvido ao comprador ou ao vendedor, dependendo da


convenção das partes
b) não pode ser devolvido ao comprador porque a venda foi fraudulenta e a
fraude legitima o tributo
c) não pode ser devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato,
aperfeiçoou-se o fato gerador do tributo
d) deve ser devolvido ao comprador, porque se trata de vena a non domínio,
nula de pleno direito
e) deve ser devolvida ao comprador, a título de reparação de danos

02. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Em nosso sistema tributário, o sujeito ativo da obrigação tributária
a) pode ser um ente com personalidade jurídica de direito privado, se
houver delegação de competência tributária
b) pode ser investido de capacidade , sem ser titular da competência
tributária.
c) É sempre titular da competência para instituir o tributo
d) Não pode cumular as titularidades da competência e da capacidade
tributária
e) Pode ser um ente com personalidade de direito público ou de direito
privado

03. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


A transmissão das cotas ou ações de uma sociedade que explora uma gleba rural é uma
hipótese de:
a) incidência de ICMS
b) elisão fiscal de ITBI
c) isenção fiscal de ITBI
d) incidência tributária de ITBI
e) evasão ilícita de ITBI

04. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


No sistema de incidência plurifásica, o operador econômico que, além do tributo próprio,
recolhe aquele relativo às operações antecedentes ou subseqüentes, figura

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a) como contribuinte de direito e sucessor tributário


b) como contribuinte e substituído tributário, simultaneamente
c) como contribuinte e substituto tributário, simultaneamente
d) somente como contribuinte de direito
e) somente como substituto tributário

05. AUDITOR PI- 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Em nosso sistema tributário, o sujeito passivo designado contribuinte é o operador
econômico ou financeiro:

a) indicado pela livre escolha do legislador ordinário


b) indicado pela livre escolha do legislador complementar
c) que recolhe aos cofre públicos as quantias devidas a título de tributo
d) que sofre o impacto da carga tributária, sem possibilidade de
transferência
e) que se encontra numa relação pessoal e direta com o fato gerador do
tributo

06.AUDITOR PI- 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Em nosso sistema tributário, o sujeito passivo designado substituto
a) participa da relação jurídica tributária por livre escolha do legislador ordinário
b) participa da relação jurídica tributária nos termos previstos em lei complementar
c) não participa da relação jurídica tributária
d) somente por antecipação recolhe o tributo devido aos cofres públicos
e) substitui o contribuinte nos tributos incidentes sobre o patrimônio imobiliário

07. ICMS SP 2002


A responsabilidade, atribuída por lei, ao fornecedor de determinada mercadoria, pela
retenção e recolhimento do ICMS devido pelas várias e futuras operações subseqüentes, é
considerada, nos termos da legislação tributária vigente:

a) substituição tributária
b) responsabilidade tributária parcial
c) responsabilidade tributária de terceiro
d) responsabilidade tributária por sucessão
e) diferimento

08.PROCURADOR MARANHÃO – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


No que diz respeito aos sujeitos da obrigação tributária, é certo que:
a) a delegação de atribuições de arrecadação ou fiscalização de
tributos implica em transferência da condição de sujeito ativo

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b) na hipótese principal, o sujeito passivo pode ser apenas o


contribuinte
c) as pessoas jurídicas de direito público e privado e as pessoas
físicas podem figurar como sujeito ativo
d) em se tratando de obrigação acessória, o sujeito passivo tanto
pode ser um contribuinte como um terceiro
e) a vinculação do sujeito passivo indireto com o fato tributável
não poderá dar-se por transferência ou substituição

09. PROCURADOR SERGIPE – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


A obrigação tributária principal , segundo dispõe o Código Tributário Nacional,
a) é um vínculo jurídico que nasce com a ocorrência do fato gerador e somente tem
por objeto pagamento pelo contribuinte, de uma prestação , o tributo ao Estado.
b) Compreende, além do tributo, a penalidade pecuniária
c) É vínculo jurídico que nasce com o lançamento válido
d) Pode ser afetada por circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão
ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem
sua exigibilidade
e) É vínculo jurídico que nasce com o lançamento homologado pelo Estado

10. PROCURADOR SERGIPE – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Na cisão de uma sociedade, com versão de todo o seu patrimônio para outras duas pessoas
jurídicas preexistentes, a responsabilidade pelos débitos tributários da sociedade cindida,
relativos a fatos geradores anteriores á data da operação, é imputável
a) Apenas à pessoa jurídica para a qual for atribuído semelhante
encargo no protocolo de cisão
b) A cada uma das pessoas jurídicas que absorveu o patrimônio da
sociedade cindida, em caráter solidário.
c) Apenas aos sócios da sociedade cindida, em caráter solidário
d) A cada uma das pessoas jurídicas incorporadoras, na proporção
do patrimônio recebido, sem solidariedade entre si.
e) A cada uma das pessoas jurídicas incorporadoras, apenas na
proporção do patrimônio recebido

11. TCE AMAZONAS 2006 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


A empresa X adquiriu da empresa Y seu estabelecimento e fundo de comércio e continuou
explorando, naquele local, a atividade da alienante. Sucede que a alienante Y tem inúmeros
débitos tributários. Nesse caso é incorreto afirmar que a empresa X:

a) não teria nenhuma responsabilidade sobre os tributos devidos pela empresa Y se


tivesse adquirido essa por meio de alienação judicial em processo de falência

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b) responde integralmente pelo passivo tributário da empresa Y, se esta cessou a


exploração do seu comércio
c) responde subsidiariamente com a empresa Y, se esta dentro de 6 meses, a contar
da data da alienação, outra atividade de comércio
d) responde solidariamente com a empresa alienante, se esta prosseguiu na
exploração de sua atividade em outro local
e) responde subsidiariamente com a empresa alienante , se esta prosseguiu na
exploração de sua atividade em outro local

12. CEAL- ADVOGADO ALAGOAS- ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)


Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os
seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que

a) esteja constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito, sendo que, para
tais efeitos , os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados , se
suspensiva a condição, após o momento da celebração do negócio
b) esteja definitivamente constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito
aplicável, sendo que, para tais efeitos, de regra, os negócios jurídicos condicionais
reputam-se perfeitos e acabados , se suspensiva a condição, desde o momento do seu
implemento
c) se verifquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que
normalmente lhe são próprios, e os negócios jurídicos condicionais reputam-se
perfeitos e acabados quando não houver oposição do sujeito ativo
d) se verifique o seu implemento ou a prática do ato, e em certos casos a celebração do
negócio, seja suspensiva ou resolutória a condição, porém devendo partir-se sempre
do momento em que a situação esteja constituída
e) for constituído, nos termos da lei tributária aplicavel, visto que quaisquer negócios
jurídicos reputam-se perfeitos e acabados, não sendo resolutória a condição, desde o
momento da prática do ato ou do momento do seu implemento.

13 ICMS RN 2005
Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo.
I. As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal são solidariamente obrigadas.
II. A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária.
III. O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de
atividades ilícitas.

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IV. De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade


judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos
praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da
obrigação tributária.

a) Somente I é verdadeira.
b) Somente I e II são verdadeiras.
c) Somente I, II e III são verdadeiras.
d) Somente II, III e IV são verdadeiras.
e) Somente III e IV são verdadeiras.

14 PROCURADOR DF 2004 (adaptada)


Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas;
em seguida, marque a opção correta.

( ) A impetração de mandado de segurança ou a propositura, pelo contribuinte, de ação de


repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do
depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e
multa de mora e demais encargos, implica renúncia ao direito de recorrer na esfera
administrativa e desistência do recurso acaso interposto.

( ) Extingue-se a punibilidade dos crimes contra a ordem tributária, definidos na Lei n°


8.137, de 27 de dezembro de 1990, quando o agente promove o pagamento do tributo ou
contribuição social, inclusive acessórios, no prazo de trinta dias, contado da sentença.

( ) Não é permitido à administração tributária remeter ao Ministério Público representação


fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária praticados por
particulares, definidos nos arts. 1° e 2° da Lei n° 8.137, de 1990, antes de preferida a
decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário
correspondente.

Analise a veracidade das alternativas acima, indicando V ( verdadeiro) ou F ( falso),


assinalando, a seguir, a seqüência correta:

a) V,V,V
b) V,F,V
c) V,F,F
d) F,F,V

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e) F,F,F

15. INSS 2001 – CESPE UNB

Tributação põe em risco a aposentadoria.


Se você está em dúvida entre aplicar em um fundo de investimento financeiro ou em um de
previdência, espere. É que o governo ainda não decidiu se vai cobrar o IR sobre os
rendimentos dos fundos de pensão e também do plano garantidor de benefícios livres
(PGBL).
Alguns representantes do setor de previdência privada dizem que isso significa a morte dos
PGBLs. Outros, mais otimistas, acham que o golpe não será mortal. Mas todos concordam
que os planos vão perder seu principal apelo.
Hoje, a grande diferença entre os PGBLs e os fundos de investimentos financeiros (FIFs) é
o fato de os primeiros não pagarem IR sobre os rendimentos. O imposto só incide no final
do plano. Se o aplicador sacar o dinheiro acumulado, paga o IR referente ao montante. Se
optar por receber a pensão vitalícia, o imposto é pago sobre as retiradas mensais de acordo
com a tabela progressiva do IR, que pode chegar a 27% de taxação.
O vice-presidente comercial e de marketing de uma das empresas de previdência privada,
Geraldo Magela, entende que tal decisão desestimularia aplicações de longo prazo. “Isso
nem combina com a política do governo de estimular a poupança”. Ele lembra que, em
países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Inglaterra, a previdência privada goza de
isenção fiscal. “No mundo todo é assim”, reforça Faud Norma, presidente da Associação da
Previdência Privada (ANAPP).
Norman observa que há fundos de pensão fechados que têm imunidade. Já as empresas
abertas de previdência têm isenção de IR sobre os rendimentos das aplicações, que é
dinheiro dos clientes. Paulo Henrique de Souza. “Caderno Invest”. In: Folha de São Paulo,
4/12/2000. p. F6 (com adaptações)

Considerando o texto DT-I e em relação ao direito tributário, julgue os itens abaixo:

I. Considerando que, em uma situação hipotética, uma empresa de previdência privada


conseguisse demonstrar ao Poder Judiciário que era inconstitucional o IR incidente sobre as
retiradas dos participantes, isso, por si só, não bastaria para que, nos termos do CTN, a
empresa tivesse reconhecido o direito de obter a devolução dos valores recolhidos à
Secretaria da Receita Federal(SRF).

II. Considere a seguinte situação hipotética: Um indivíduo fez operar uma empresa de
previdência privada em situação totalmente irregular, sem autorização dos órgãos
legalmente competentes e cujos contratos continham cláusulas imorais e contrárias ao
direito. Um aplicador contratou com essa empresa um plano de previdência privada e, em

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determinado momento, veio a resgatar o produto de seu investimento. Nessa situação, ainda
que houvesse lei prevendo IR sobre tais atos jurídicos, esse tributo não poderia incidir,
devido às ilegalidades relacionadas com o contrato e com a empresa e em razão das
nulidades disso decorrentes.

III. Considere a seguinte situação hipotética: Uma empresa de previdência privada firmou
um contrato com seus investidores, mediante escritura pública, comprometendo-se a
observar os ônus tributários incidentes sobre os resgates dos planos. Severo, um dos
participantes do plano, requereu o resgate antecipado dos valores que investiria, mas, por
ocasião do pagamento, a empresa não recolheu os tributos devidos. A fazenda nacional,
posteriormente, ajuizou execução fiscal em face de Severo, o qual opôs embargos à
execução, invocando o contrato que firmara coma empresa. O juiz julgou procedentes os
embargos e extinguiu a execução fiscal, por ilegitimidade passiva de Severo, facultando à
Fazenda Nacional ajuizar nova execução, dessa vez em face da empresa que assumira os
encargos tributários. Nessa situação, o juiz equivocou-se, pois era juridicamente correto que
a fazenda cobrasse a dívida de Severo.

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01. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MINISTERIO PUBLICO SERGIPE


Considere as seguintes afirmações sobre o crédito tributário:
I. A constituição do crédito tributário, por intermédio do lançamento por declaração, não é
ato privativo de autoridade administrativa.
II. A tutela antecipada e a medida liminar concedida em ação cautelar não são hipóteses de
suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
III. O simples pagamento de tributo sujeito a lançamento por homologação extingue o
crédito tributário.
IV. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da
constituição deste, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho.
SOMENTE está correto o que se afirma em
(A) II e III.
(B) III.
(C) III e IV.
(D)) IV.
(E) I e III.

Gabarito alternativa D

A afirmativa I está incorreta, uma vez que, em qualquer modalidade, compete


privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento.
Trata-se do art 142 CTN. No lançamento por declaração, a declaração é ato que antecede ao
lançamento. O mesmo podemos afirmar quanto ao lançamento por homologação, onde o
pagamento antecipado é ato que antecede o lançamento.
A afirmativa II está incorreta, pois nos termos do art.151, V – a concessão de medida
liminar ou de tutela antecipada, são causas de suspensão da exigibilidade do crédito.
A afirmativa III está incorreta, pois, nos termos do art. CTN, 150 § 1º, o pagamento
antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição
resolutória da ulterior homologação ao lançamento. Observe que trata-se de situação
jurídica não definitiva, mas sujeita à condição resolutória. Não há que se confundir o que
foi dito com o disposto no art. 3.º LC 118/05, acerca da repetição de indébito para tributos
sujeitos à lançamento por homologação, onde, o prazo de repetição de indébito seria
contado do pagamento antecipado, não da homologação. Portanto, para efeitos desta
restituição, considerar-se-ia extinto o crédito no pagamento antecipado. Mas isso é outra
coisa!
A afirmativa IV foi tida como correta. Na verdade não traduziu na íntegra o disposto no
CTN art. 186. “O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o
tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou
do acidente de trabalho”. Observe que a LC 118/05 incluiu, ao final do dispositivo, a
expressão “acidente de trabalho”. O STJ sempre considerou os crédito decorrentes de
acidente de trabalho incluídos no dispositivo, mesmo antes da alteração do CTN.

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02. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO


O lançamento tributário é:
a) competência derrogada da União para o Estado
b) Imediato, oneroso e identificador do sujeito passivo
c) Procedimento administrativo
d) Obrigação exclusiva do contribuinte

Gabarito alternativa D.
Trata-se da natureza jurídica do lançamento, nos termos do art. 142 CTN, “procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.”.
Diga-se é um procedimento que declara a obrigação e constitui o crédito tributário.

3. ICMS SP 2002 VUNESP


O lançamento
a) é atividade privativa da autoridade administrativa, prevista na lei e restrita á
autuação promovida pela fiscalização
b) é atividade privativa de autoridade administrativa, vinculada e obrigatória, que pode
ser substituída por ordem judicial
c) é definitivo, após a notificação, extinguindo-se a obrigação decorrente somente pelo
pagamento do tributo declarado
d) é atividade privativa de autoridade administrativa, vinculada e obrigatória, que deve
ser exercida mesmo nos casos de imunidade e isenção, quando os respectivos créditos não
serão cobrados por força dessas dispensas
e) reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei
vigente à época

Gabarito alternativa E.
Trata-se da aplicação, via de regra da lei material vigente ao fato gerador, nos termos do
art. 144 CTN, face ao princípio da irretroatividade. Há exceções, porém, não apresentadas
na questão.
As demais alternativas contrariam a natureza jurídica de lançamento, nos termos do art. 142
CTN. Vide o dispositivo: “compete privativamente à autoridade administrativa constituir o
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente
a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,
propor a aplicação da penalidade cabível”. Portanto, não se restringe ao auto de infração,
conforme deixa claro na afirmativa “A” , pois é todo um procedimento, que se inicia com o
primeiro ato de ofício e termina com a notificação do sujeito passivo. Caro colega, há quem
opine em contrário, mas essa é a dogmática do CTN....

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A alternativa D é incorreta pois em caso de imunidade não há fato gerador, não há o que
lançar, enquanto na isenção há proibição expressa ao lançamento em virtude de lei.

04. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO


Quanto às modalidades de lançamento, é correto dizermos que:
a) São duas: de ofício e por declaração
b) São cinco: de ofício, por justificação direta, por justificação indireta, por declaração
e por confissão.
c) São três: por justificação indireta, por justificação direta e por confissão
d) São três: de ofício, por declaração e por homologação

Gabarito alternativa D

Os autores, via de regra sustentam haver três modalidades de lançamento: de ofício, por
declaração e por homologação. Vide art. 149, 147 e 150 CTN. No artigo 149 CTN, o
lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos diversos
casos, dentre os quais, quando a lei assim o determinar. Portanto, não depende de prévio
pagamento ou declaração do contribuinte. Já no lançamento por declaração, nos termos do
art 147 CTN, este é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro,
quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. Por último, nos termos
do art. 150 CTN, o lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da
autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
Observe que há uma modalidade derivada, o arbitramento, a qual é tida por alguns autores
como espécie adaptada aos lançamento de ofício ou por declaração, enquanto outros
adotam como modalidade autônoma. Em concurso já caíram as duas respostas. Vide, por
exemplo o art. 148 CTN “quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tem em
consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade
lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam
omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os
documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado,
ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial’

05. ICMS SP 2002 VUNESP


O lançamento de ICMS é:
a) sempre efetuado pela forma de homologação
b) efetuado por homologação, quando à débito declarado
c) efetuado por homologação, quanto à débito apurado e lançado
d) misto, porque depende da declaração do movimento, pelo contribuinte, e fica
submetido ao cálculo da autoridade lançadora

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e) sempre direto, porque depende de apuração, lançamento ou homologação da


autoridade competente
Gabarito alternativa B.
Na verdade, para os tributos sujeitos à lançamento por homologação, o contribuinte informa
à Fazenda, por meio de declaração, acompanhamento dos valores devidos.
Incorreta a alternativa A, pois na hipótese de dolo, fraude ou simulação caberia lançamento
de ofício. Vide art. 150 par. 4. CTN conjugada ao 149, VII CTN. Cabe lançamento de
ofício, quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu
com dolo, fraude ou simulação. Daí, se concluir, diante do disposto no par.4.º do art. 150
CTN, ao final, que se houver dolo, fraude ou simulação, adotar-se-á lançamento de ofício.
Vide 150 4º “Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação”.

A alternativa C está incorreta, pois em caso de apuração, o lançamento é efetuado de ofício.


Incorreta a alternativa D, pois não se aplica a modalidade de lançamento por declaração.
Por último, incorreta também a alternativa E, pois, regra geral, se utiliza ao ICMS,
modalidade de lançamento por homologação.

06.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO


No Direito Tributário entende-se como moratória:
a) a prorrogação do prazo para pagamento do crédito tributário, com ou sem
parcelamento
b) a declaração expressa ou tácita do contribuinte de que não irá recolher determinado
tributo
c) a prorrogação espontânea e por prazo indeterminado no recolhimento do tributo
federal ou estadual
d) a forma de se obstar a execução do crédito tributário pelo credor, tendo em vista que
o recolhimento é feito judicialmente, e não para o fisco

Gabarito alternativa A

Trata-se de hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, com postergação


no prazo de vencimento, nos termos do art. 151 CTN.

07.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO

Assinale a alternativa que não diz respeito à restituição do tributo:


a) cobrança ou pagamento espontâneo do tributo indevido ou a maior que o devido, em
face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato
gerador efetivamente ocorrido

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b) reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória


c) tributo regularmente lançado, pago pelo devedor quando, dez dias depois do seu
recolhimento, o sujeito passivo se arrepende de seu pagamento e deseja ter seu dinheiro
restituído. Opera-se o princípio do “arrependimento”, vez que existe o objetivo de discutir o
tributo judicialmente.
d) Erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no
cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento
relativo ao pagamento

Gabarito alternativa C.
Esta alternativa nada tem haver com a repetição de indébito tributário, nos termos dos art.
165 a 169 CTN.

Todas as hipóteses se enquadram nos dispositivos acerca da repetição de indébito. A


alternativa “A” , “B” e “C” reproduzem as hipóteses autorizadoras do pedido de
devolução, no art 165 CTN: O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio
protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu
pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I - cobrança
ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação
tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente
ocorrido; II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável,
no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento
relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão
condenatória.”

08.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO


Considere as afirmativas a seguir:

I. Na compensação, se o obrigado ao pagamento do tributo é credor da


Fazenda Pública, poderá ocorrer uma compensação pela qual seja extinta sua obrigação,
isto é, o crédito tributário
II. Transação é acordo, sendo certo ainda que a lei pode facultar, nas
condições que estabeleça aos sujeito ativo e passivo da obrigação tributária, celebrar
transação que, mediante concessões mútuas, importe em terminação do litígio e
conseqüente extinção do crédito tributário
III. Remissão é perdão, é dispensa. Só pode ser concedida pela autoridade
administrativa para tanto expressamente autorizada por lei.
IV. Pela decadência, ocorre a extinção do direito de o fisco constituir o
crédito tributário

São verdadeiras:
a) I, II e III somente

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b) I, II, III e IV
c) III somente
d) II e IV somente

Gabarito “B”
Todas estão corretas. Todas são modalidades de extinção do crédito previstas no art. 156
CTN. Compensação é composição de dívidas, sem litígio entre Fazenda e contribuinte,
prevista no art. 170 CTN. Transação são concessões recíprocas, havendo litígio, entre
Fazenda e Contribuinte, nos termos do art. 171 CTN. Remissão é perdão do crédito, seja
tributo ou infração, desde que lançados, nos termos do art. 172 CTN. Por último, a
decadência, como modalidade de extinção do crédito, indica a perda da faculdade para
lançamento do tributo, pela inércia da Fazenda Pública no prazo fatal previsto em lei.

09. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO

As isenções tributárias podem ser concedidas:

a) por lei ordinária, por lei complementar, por decreto legislativo do Congresso
Nacional, por medida provisória e por portaria
b) por decreto legislativo estadual ou distrital, por lei complementar, por lei ordinária e
por decreto legislativo do Congresso Nacional
c) por lei ordinária somente
d) somente em caso de calamidade pública, desde que seja por lei municipal, estadual
ou federal

Gabarito oficial alternativa C


Em verdade, o examinador refere-se ao art.43 CF. “Para efeitos administrativos, a União
poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu
desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. ......§ 2º - Os incentivos regionais
compreenderão, além de outros, na forma da lei:...III - isenções, reduções ou diferimento
temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas”.
Tradicionalmente, o gabarito é “lei ordinária”, uma vez que o par. 2.º menciona: “...na
forma da lei.”. Não indica lei complementar, daí o equívoco de querer se atribuir isenção de
tributo à exigência exclusiva de lei complementar. Na verdade, deveria se fazer
interpretação sistemática do referido artigo com o Sistema Tributário Nacional, onde a
Constituição elenca alguns tributos objeto de lei complementar e outros de lei ordinária.
Portanto, a isenção deverá seguir a exigência da lei, ordinária ou complementar, de acordo
com a matéria.
Vale frisar, no entanto, que questão, conforme exposto pelo examinador, é freqüentemente
exigida em concurso, com o gabarito indicado: lei complementar.

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10.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI


Um contribuinte sonegou um tributo no ano de 2000, sendo certo que o auto de infração
somente foi lavrado no ano de 2005, quando estava em vigor alíquota menos gravosa do
tributo devido.
Nesta hipótese, o Fisco:

a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o
lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário
d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas.

Gabarito alternativa A

Trata-se da aplicação do princípio da irretroatividade, segundo o qual, lei nova, via de


regra, aplica-se a fatos futuros. Quanto aos tributos, a regra será a aplicação do disposto no
art. 144. CTN. “O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação
e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”.
Caberia, em caráter excepcional, retroatividade da lei tributária expressamente
interpretativa, nos moldes do art. 106, I CTN, o que não foi objeto da questão.

11. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI


Um contribuinte praticou infração tributária o ano de 2000, sendo certo que, antes da
lavratura do auto de infração em 2005, foi reduzida a multa fiscal legalmente prevista.
Nesta hipótese, o Fisco:

a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o
lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário
d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas.

Gabarito alternativa D.
As multas também se sujeitam, via de regra ao princípio da irretroatividade, nos moldes do
art. 144 CTN. Vale também a leitura do art. 105 CTN “ A legislação tributária aplica-se

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imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja
ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.”. No
entanto, em se tratando de infrações, caberá, por analogia ao Direito Penal ( há diferenças),
a aplicação retroativa da lei mais benéfica ao contribuinte, desde que o caso não esteja
transitado em julgado. Vide art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: II - tratando-se
de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando
deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não
tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando
lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.”

12. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI


Decisão prolatada por órgão colegiado da Administração Pública anulou ato de infração
anteriormente lavrado, diante da constatação de vício formal do procedimento fiscal. Nesta
hipótese, consuma-se:
a) decadência do prazo de 5 anos contados do fato gerador
b) prescrição do prazo de 5 anos contados da data da lavratura do auto de infração
c) decadência do prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado da decisão
administrativa
d) prescrição do prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado da decisão
administrativa
e) decadência do prazo de 5 anos contados da data da constatação do vício formal

Gabarito alternativa C.
Trata-se do prazo decadencial, previsto no art.173, II CTN, segundo o qual, o direito de a
Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados da
data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado. Para a doutrina majoritária é um novo prazo
decadencial, considerando-se a regra de que decadência não se interrompe, nem se
suspende. No entanto, para a minoria, é hipótese excepcional de interrupção de decadência.
A ESAF já adotou as duas posições em concurso. A FCC não entrou no mérito.

13. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI


È vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de informação obtida em razão de
ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo, ressalvada a hipótese
de:
a) procedimentos impositivos instaurados contra o contribuinte
b) inscrição dos débitos fiscais em dívida ativa
c) requisição da autoridade policial
d) requisição de órgão da imprensa escrita
e) requisição de partido político

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Gabarito oficial alternativa B.

Trata-se do sigilo fiscal e as hipóteses excepcionais quando a Fazenda não estaria violando
a regra do sigilo, por permissão da própria lei. Vide art. 198. CTN “Sem prejuízo do
disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de
seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios
ou atividades. Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199,
os seguintes: I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; II – solicitações
de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja
comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade
respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por
prática de infração administrativa. § 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas
a: I – representações fiscais para fins penais; II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda
Pública; III – parcelamento ou moratória.” Vale ressaltar também a possibilidade de
permuta de informações entre as fazendas públicas das entidades, mediante convênio, para
permuta de informações, bem como com o estrangeiro, nos termos de tratados
internacionais.

14. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR MARANHÃO


Não estão sujeitos a prestar às autoridades administrativas todas as informações de que
disponham com relação a bens, negócios, ou atividades de terceiros, no exercício de suas
funções próprias, ainda que mediante intimação escrita, os
a) inventariantes
b) leiloeiros oficiais
c) advogados
d) liquidatários
e) síndicos da massa falida

Gabarito alternativa C.
Trata-se do dever de prestar informações ao Fisco, quando intimados por escrito dirigido,
de forma exemplificativa, nos termos do art. 197 CTN. “Mediante intimação escrita, são
obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: I - os tabeliães, escrivães e
demais serventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e
demais instituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os
corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos,
comissários e liquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe,
em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão” No entanto, estão
ressalvados os casos relacionados a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente
obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou
profissão, nos termos do parágrafo único do mencionado dispositivo.

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15. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE


Considera as seguintes proposições sobre crédito tributário:
I. A constituição do crédito tributário, por intermédio do lançamento por
declaração, não é ato privativo da autoridade administrativa
II. A tutela antecipada e a medida liminar concedidas em ação cautelar não
são hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário
III. O pagamento de tributo, sujeito a lançamento por declaração, por si só
já extingue o crédito tributário

Está correto o que se afirma em


a) I, II e III
b) I e II, apenas
c) I, apenas
d) II, apenas
e) III, apenas

Gabarito alternativa E.
A alternativa E versa sobre lançamento por declaração, não por homologação. Este último
já tratamos anteriormente. Quanto ao lançamento de ofício e ao lançamento por declaração,
o pagamento é ato posterior que extingue o crédito, não estando sujeito á condição.
Verdadeira a altenativa III.
A alternativa I está falsa, nos termos do art 142 CTN. Já foi analisada anteriormente.
A alternativa II está falsa, nos termos do art. 151 CTN. Já foi analisada anteriormente.

16. . FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE


Quanto ao direito do contribuinte à restituição de tributos pagos indevidamente, é correto
afirmar que:

a) o prazo de decadência do direito de pleitear a restituição extingue-se com o


decurso de 10 anos contados da data da da data da extinção do crédito tributário ou da data
em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial
que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.
b) A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do
respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver efetuado, em nome
próprio, seu recolhimento, independentemente de quem tenha assumido o respectivo
encargo.
c) Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que
denegar a restituição.

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d) O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à


restituição total ou parcial do tributo pago indevidamente ou a maior, não sendo tal direito,
contudo, extensível à restituição de juros de mora e penalidades pecuniárias.
e) O CTN estabelece hipóteses de interrupção da prescrição para que o
contribuinte possa recuperar tributo pago indevidamente

Gabarito oficial alternativa C.

Trata-se da aplicação do prazo prescricional do art. 169 CTN. “prescreve em dois anos a
ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição.” Vale acrescentar que
o prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso,
por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da
Fazenda Pública interessada.
Alternativa B incorreta, pois, nos termos do art. 166 CTN, a restituição de tributos que
comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será
feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a
terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.. Portanto, não será apenas na
hipóteses elencada na questão.
A alternativa D este incorreta, pois, nos termos do art. 167 CTN, “a restituição total ou
parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das
penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas
pela causa da restituição.” Observe que não há efeito extensivo às multas formais, mas às
multas moratórias e juros de mora sim.

A alternativa E foi tida como incorreta. Permito discordar, uma vez haver no dispositivo já
citado, 169 par.único CTN, hipótese de interrupção de prescrição no ajuizamento da ação
anulatória da decisão que denegou o pedido de restituição. Onde o examinador desejaria
chegar com essa negativa, não vislumbro... Dispõe o artigo.... “o prazo de prescrição é
interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da
data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública
interessada.”

17. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS TCE MIN PÚBLICO AMAZONAS 2006


Tendo em conta as alterações no CTN produzidas pela LC 118/05, em matéria de garantias,
privilégios e preferências do crédito tributário, é correto afirmar que:
a) O crédito tributário, em qualquer hipótese, prefere a todos os outros.
b) Não se presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário
regularmente inscrito como dívida ativa
c) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a concurso de credores ou
habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento
d) A concessão de recuperação judicial não depende da apresentação da prova de
quitação dos tributos

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e) Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar


bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz
determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos

Gabarito oficial alternativa E.


Trata-se de dispositivo novo que versa sobre a penhora eletrônica. Art. 185-A CTN. “ Na
hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à
penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a
indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por
meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens,
especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado
bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam
cumprir a ordem judicial.”
Incorreta a alternativa B por ofensa ao art. 186 CTN, já analisado.
Incorreta a alternativa C por ofensa ao art. 185 CTN, segundo o qual presume-se
fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo
em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como
dívida ativa. Como a questão não mencionou haver reserva de bens suficientes para quitar
o tributo, dá-se a presunção legal de fraude em caráter absoluto.

A alternativa C ofende o disposto no art 187 CTN, segundo o qual o crédito tributário tem
cobrança não sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação
judicial, concordata, inventário ou arrolamento
A alternativa D também está incorreta, uma vez que a concessão de recuperação judicial
exige quitação de tributos. Há no entanto a possibilidade de, por exemplo, parcelamento, o
que o difere da antiga concordata. Vale ressaltar que o art. 191-A CTN admite a certidão
positiva com efeitos de negativa, por exceção. Vide art. 191-A “A concessão de
recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos,
observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei.”

18. UNB AGU 2004


Em relação às garantias e aos privilégios do crédito tributário, julgue os itens a seguir:

I. Um bem gravado com cláusula de impenhorabilidade em razão de


doação de ancestrais não pode ser objeto de penhora em execução fiscal.

Falso, uma vez que somente bens que a lei considera absolutamente impenhoráveis não
serão garantia do crédito. A questão aqui falou de bem gravado pelo contribuinte com
cláusula de impenhorabilidade. Vide art. 184 CTN. “Sem prejuízo dos privilégios especiais
sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito
tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito
passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de
inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da

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cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente


impenhoráveis.”

II. Presume-se como fraude o fato de um contribuinte em débito coma


fazenda pública em fase de execução fiscal iniciar um processo de alienação de bens, caso
não tenha reservado bens ou rendas suficientes para o pagamento do débito.

Verdadeiro, nos termos do art. 185 CTN. Analisado anteriormente. Vale lembrar que a
LC118/05 antecipou o marco inicial para presunção de fraude para a data da inscrição em
dívida ativa.

III. Sendo decretada a falência de uma pessoa jurídica, deve o fisco, de


imediato, promover a habilitação do crédito do Estado junto à massa falida.
Falso, nos termos do art. 187 CTN. Já analisada anteriormente. Tributo é executado no
juízo de Fazenda Pública, não se misturando com processos de inventário, falência e outros.

“Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou
habilitação em falência, concordata, inventário ou arrolamento”

Indique a seqüência correta V ou F


a) VVV
b) VFV
c) VFF
d) FVF
e) FFF

Gabarito oficial alternativa D

QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 18


AFRF 2003 ESAF
Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas;
em seguida, marque a opção correta.

( ) Os bens do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida gravados por ônus real
respondem pelo pagamento do crédito tributário da Fazenda Pública.

Verdadeiro. Art.184 CTN. Já analisada.

( ) Não se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito


passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário regularmente inscrito
como dívida ativa em fase de execução, na hipótese de terem sido reservados bens ou
rendas suficientes ao total pagamento da dívida em fase de execução.

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Verdadeiro. Art. 185 CTN. Já analisada.

( ) Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será preferida sem prova da


quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.

Verdadeiro. Art. 192 CTN. Trata-se de uma garantia do credito tributário.

a) F, V, F
b) F, F, V
c) F, F, F
d) V, V, V
e) V, V, F
Gabarito alternativa D

19. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE


No tocante às hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário e extinção do
crédito tributário, é correto afirmar que:
a) O depósito do montante integral e o pagamento são causas de extinção do crédito
tributário
b) A concessão de tutela antecipada em algumas espécies de ação judicial e o depósito
do montante integral são causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário
c) O parcelamento e a transação são causas de extinção do crédito tributário
d) A remissão e a moratória são causas de extinção do crédito tributário
e) A conversão do depósito em renda e o parcelamento são causas de suspensão da
exigibilidade do crédito tributário

Gabarito alternativa B.

É questão clássica para classificação dos institutos como modalidades de extinção,


suspensão ou exclusão do crédito tributário. Basta o correto enquadramento conforme a
seguir. Nos termos do art. 151 CTN, suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I -
moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos
termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de
medida liminar em mandado de segurança. V – a concessão de medida liminar ou de tutela
antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI – o parcelamento
Nos termos do art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento;II - a
compensação;III - a transação;IV - remissão;V - a prescrição e a decadência;VI - a
conversão de depósito em renda;VII - o pagamento antecipado e a homologação do
lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;VIII - a consignação em
pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;IX - a decisão administrativa
irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser

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objeto de ação anulatória;X - a decisão judicial passada em julgado.XI – a dação em


pagamento em bens imóveis
Nos termos do art. 175. Excluem o crédito tributário:I - a isenção;II - a anistia.

PRIMEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 19


PROCURADOR DF 2004

Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a opção de resposta correta.

• Extinguem o crédito tributário a decisão administrativa irreformável (decisão definitiva


na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória), a remissão e a
anistia?
• A remissão, a compensação, a decadência e a dação em pagamento em bens móveis
extinguem o crédito tributário?
• Suspendem a exigibilidade do crédito tributário o depósito do seu montante integral, as
reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo, a isenção e a concessão de tutela antecipada em ação judicial?
• O Código Tributário Nacional admite que a autoridade administrativa, desde que
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária, desconsidere atos ou
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador
do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária?

a) Não, sim, sim, não


b) Não, não, não, sim
c) Não, sim, não, sim
d) Sim, não, não, não
e) não,não,não,não

Gabarito alternativa B
Todas alternativas já analisadas anteriormente.

SEGUNDA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 19

AFRF 2003 ESAF


Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas;
em seguida, marque a opção correta.
( ) A dação em pagamento em bens móveis,a remissão, a compensação e a decadência
extinguem o crédito tributário.
( ) O parcelamento concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica, o
depósito do montante integral do crédito tributário, a homologação do lançamento e a

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concessão de medida liminar em mandado de segurança suspendem a exigibilidade do


crédito tributário.
( ) As disposições do Código Tributário Nacional, relativas ao parcelamento, aplicam-se,
subsidiariamente, à moratória.

a) V, V, F d) F, F, V
b) V, F, V e) F, F, F
c) V, V, V

Gabarito alternativa E.
Vale ressaltar questão já analisada anteriormente.
A terceira afirmativa merece destaque, nos termos do art. 155-A par 2.º CTN, uma vez que
o erro se traduz no fato de que o parcelamento é espécie de moratória, daí, por que a
questão deveria ter dito ao contrário, “Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as
disposições desta Lei, relativas à moratória”

20 .FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE ( adaptada)


Considere as seguintes afirmações:
I. O direito de pleitear a restituição de tributo pago indevidamente se
extingue com o decurso do prazo de 2 anos, contados da data em que se tornar definitiva a
decisão administrativa
II. Na restituição de vence juros capitalizáveis, a partir do trânsito em
julgado da decisão definitiva que a determinar.
III. A restituição de tributos pagos indevidamente importa na devolução, na
mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias
Somente está correto o que se afirma em
a) II
b) III
c) I e II
d) II e III
e) Nenhuma das alternativas

Gabarito E.
Afirmativa I incorreta, nos temos do art 168, II CTN.” O direito de pleitear a restituição
extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipótese dos
incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; II - na hipótese do
inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou
passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido
a decisão condenatória”. Trata-se do prazo decadencial de 5 anos para o pedido de
repetição de indébito”

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Afirmativa II incorreta, nos termos do art. 167 par único CTN a restiuição vence juros não
capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar”.
Observe, não confundir a correção monetária que se conta desde o pagamento indevido. Os
juros são não capitalizáveis.
A alirmativa III está incorreta, pois não se restituem todas as multas, são as não formais,
nos termos do art. 167 CTN . “A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição,
na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a
infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.”

21. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE

Precedentes do Superior Tribunal de Justiça, assim como do STF, apoiado na súmula 153
do extinto Tribunal Federal de Recursos, apontam o seguinte entendimento sobre a
decadência e a prescrição do crédito tributário:
a) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de
lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir daí, em
princípio o prazo prescricional, que todavia, fica suspenso até que sejam decididos os
recursos administrativos.
b) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de
lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir daí, em
princípio o prazo prescricional, que se esgotará no prazo prescricional de cinco anos,
independentemente de julgamento dos recursos administrativos
c) a cessação do prazo fatal da decadência dá-se tão somente com a solução definitiva
do processo administrativo e não com a lavratura do auto de infração ou a notificação de
lançamento, fluindo, a partir da solução definitiva do processo administrativo, o prazo
prescricional
d) O prazo decadencial não se suspende nem se interrompe, por expressa disposição
legal, correndo antes do auto de infração ou notificação de lançamento, assim como durante
todo o processo administrativo. Escoado este prazo a Administração Pública terá o prazo
fatal de 5 anos para percepção da quantia apurada no processo administrativo, sob pena de
ocorrer a chamada prescrição intercorrente
e) Com a simples lavratura do auto de infração não se consuma o lançamento fiscal,
em razão de sua provisoriedade, porém a decadência é impedida, fluindo, a partir daí o
prazo prescricional, que não se suspende ou interrompe, tendo a Administração Pública
cinco anos para a cobrança do crédito sob pena de prescrição intercorrente.

Gabarito alternativa A
Nos termos do CTN, art. 174, “ a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em
cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva”. Resta a grande pergunta.
Quando o crédito se considera definitivamente constituído, na notificação do lançamento ou
na decisão final do processo administrativo. Nos termos da antiga súmula 153 TFR, na
notificação do lançamento, sendo a impugnação administrativa fator de suspensão da

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prescrição. O STF e STJ evoluíram e ampliaram o entendimento desta súmula, hoje


adotando a “decisão definitiva do processo administrativo, ou, em não havendo
impugnação administrativa, na data da notificação do lançamento.”
Devemos tomar cuidado. A questão é nebulosa na pergunta, mas a intenção é saber o teor
da súmula.

22. PFN ESAF


Julgue os itens abaixo segundo o entendimento atualmente dominante no Superior Tribunal
de Justiça e marque, a seguir, a opção que apresenta a resposta correta.

I. No caso de tributo lançado por auto de infração, diz-se definitivamente


constituído o crédito tributário depois de fluído o prazo para interposição do recurso
administrativo, sem que ele tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto
pelo contribuinte, começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do Fisco.
II. Na pendência do julgamento de impugnação ou recurso administrativo
apresentado tempestivamente, não correm nem prescrição nem decadência.
III. A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida
liminar.
IV. A compensação de créditos tributários pode ser deferida por antecipação
de tutela.

a) Apenas III e IV estão corretos.


b) Apenas IV está errado.
c) Apenas I e II estão corretos.
d) Apenas III está correto.
e) Apenas I e III estão corretos.

Gabarito alternativa B.
As afirmativas I e II traduzem a atual posição do STF e STJ, divergindo, ou melhor,
ampliando o entendimento da antiga súmula 153 TFR.
A afirmativa III está correta, uma vez que não se admite a compensação mediante o
aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do
trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. Portanto, não caberia liminar, nem tutela
antecipada para tal efeito. Daí estar incorreta a alternativa IV.

23. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE

Sobre a ação de consignação em pagamento, prevista no CTN, é correto afirmar que:

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a) a sua propositura, com a oferta de títulos de dívida pública, configura o depósito e


suspende a exigibilidade do crédito tributário
b) tem legitimidade ativa para a propositura da ação o sujeito passivo da obrigação
tributária, assim entendido o contribuinte do imposto, ou o responsável legal, ou o terceiro
interessado
c) poderá ser proposta no caso de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao
pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória
d) poderá versar sobre crédito que o consignante não se proponha a pagar, permitindo,
em razão do princípio da economia processual, discussão na própria ação sobre o montante
efetivamente devido
e) o sujeito passivo da obrigação tributária poderá buscar o reconhecimento do direito
ao parcelamento, que lhe tenha sido negado administrativamente, pela via da ação
consignatória.

Gabarito alternativa C.
Trata-se de ação que não visa contestar o crédito tributário, mas sim, contestar formalidades
indevidas impostas pela Fazenda Pública quanto ao seu recebimento.

Vide art. 164 CTN, quanto às hipóteses que admitem ajuizamento da presente ação, cujo
objeto é a extinção do crédito tributário pela conversão do depósito em renda. “A
importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo,
nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro
tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação
do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III -
de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre
um mesmo fato gerador. A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se
propõe pagar. Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a
importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no
todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das
penalidades cabíveis.

24. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS ADVOGADO ALAGOAS


Considere:

I. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez,


tendo portanto presunção “júris et jure”.
II. Uma das características da dívida ativa é sua constituição bilateral,
porque sempre nasce da vontade dos sujeitos ou partes
III. A falta de um dos requisitos do termo de inscrição da dívida ativa é
causa de nulidade do processo de inscrição, mas a Fazenda Pública pode sana-las até
decisão de primeira instância.
IV. A incidência dos juros de mora não exclui a liquidez do título para a
propositura do executivo fiscal.

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É correto o que consta apenas em:


a) I e II
b) I, II e III
c) I e IV
d) II, III e IV
e) III e IV

Gabarito alternativa E
Afirmativa I está incorreta. Trata-se de presunção legal relativa ou “júris tantum”. Vide art.
204 CTN. “A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o
efeito de prova pré-constituída. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser
ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.”

Afirmativa II está incorreta, uma vez que trata-se da ato unilateral da fazenda, visando
instrumentalizar a ação de execução fiscal mediante a formalização de um título executivo
extra judicial, a Certidão da Dívida Ativa. Vide art. 201. “Constitui dívida ativa tributária a
proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa
competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão
final proferida em processo regular.”

Afirmativa III está correta. Vide art. 202. “O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado
pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo
caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência
de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que
seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo
administrativo de que se originar o crédito. Parágrafo único. A certidão conterá, além dos
requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.”

No entanto, nos termos do art. 203 CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no
artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo
de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira
instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou
interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.”.
Portanto, trata-se de vício sanável antes da ação de embargos ajuizada pelo contribuinte em
face da Fazenda Pública interessada.

Afirmativa IV verdadeira. Observe que um dos requisitos do art. 202 CTN, para a inscrição
em dívida ativa é a fórmula de se calcular os juros de mora. Daí o art. 200 parágrafo único
afirma: “A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do
crédito.

QUESTÕES

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01. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MINISTERIO PUBLICO SERGIPE


Considere as seguintes afirmações sobre o crédito tributário:
I. A constituição do crédito tributário, por intermédio do lançamento por declaração, não é
ato privativo de autoridade administrativa.
II. A tutela antecipada e a medida liminar concedida em ação cautelar não são hipóteses de
suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
III. O simples pagamento de tributo sujeito a lançamento por homologação extingue o
crédito tributário.
IV. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da
constituição deste, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho.
SOMENTE está correto o que se afirma em
(A) II e III.
(B) III.
(C) III e IV.
(D)) IV.
(E) I e III.

02. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO


O lançamento tributário é:
a) competência derrogada da União para o Estado
b) Imediato, oneroso e identificador do sujeito passivo
c) Procedimento administrativo
d) Obrigação exclusiva do contribuinte

3. ICMS SP 2002 VUNESP


O lançamento
a) é atividade privativa da autoridade administrativa, prevista na lei e restrita á
autuação promovida pela fiscalização
b) é atividade privativa de autoridade administrativa, vinculada e obrigatória,
que pode ser substituída por ordem judicial
c) é definitivo, após a notificação, extinguindo-se a obrigação decorrente
somente pelo pagamento do tributo declarado
d) é atividade privativa de autoridade administrativa, vinculada e obrigatória,
que deve ser exercida mesmo nos casos de imunidade e isenção, quando os
respectivos créditos não serão cobrados por força dessas dispensas
e) reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei vigente à época

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04. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO


Quanto às modalidades de lançamento, é correto dizermos que:
a) São duas: de ofício e por declaração
b) São cinco: de ofício, por justificação direta, por justificação indireta, por declaração
e por confissão.
c) São três: por justificação indireta, por justificação direta e por confissão
d) São três: de ofício, por declaração e por homologação

05. ICMS SP 2002 VUNESP


O lançamento de ICMS é:
a) sempre efetuado pela forma de homologação
b) efetuado por homologação, quando à débito declarado
c) efetuado por homologação, quanto à débito apurado e lançado
d) misto, porque depende da declaração do movimento, pelo contribuinte, e fica
submetido ao cálculo da autoridade lançadora
e) sempre direto, porque depende de apuração, lançamento ou homologação da
autoridade competente

06.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO


No Direito Tributário entende-se como moratória:
a) a prorrogação do prazo para pagamento do crédito tributário, com ou sem
parcelamento
b) a declaração expressa ou tácita do contribuinte de que não irá recolher determinado
tributo
c) a prorrogação espontânea e por prazo indeterminado no recolhimento do tributo
federal ou estadual
d) a forma de se obstar a execução do crédito tributário pelo credor, tendo em vista que
o recolhimento é feito judicialmente, e não para o fisco

07.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO

Assinale a alternativa que não diz respeito à restituição do tributo:


a) cobrança ou pagamento espontâneo do tributo indevido ou a maior que o devido, em
face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do
fato gerador efetivamente ocorrido
b) reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória
c) tributo regularmente lançado, pago pelo devedor quando, dez dias depois do seu
recolhimento, o sujeito passivo se arrepende de seu pagamento e deseja ter seu

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dinheiro restituído. Opera-se o princípio do “arrependimento”, vez que existe o


objetivo de discutir o tributo judicialmente.
d) Erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no
cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer
documento relativo ao pagamento

08.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO


Considere as afirmativas a seguir:

I. Na compensação, se o obrigado ao pagamento do tributo é credor da


Fazenda Pública, poderá ocorrer uma compensação pela qual seja extinta
sua obrigação, isto é, o crédito tributário
II. Transação é acordo, sendo certo ainda que a lei pode facultar, nas
condições que estabeleça aos sujeito ativo e passivo da obrigação
tributária, celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe
em terminação do litígio e conseqüente extinção do crédito tributário
III. Remissão é perdão, é dispensa. Só pode ser concedida pela autoridade
administrativa para tanto expressamente autorizada por lei.
IV. Pela decadência, ocorre a extinção do direito de o fisco constituir o
crédito tributário

São verdadeiras:
a) I, II e III somente
b) I, II, III e IV
c) III somente
d) II e IV somente

09. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO

As isenções tributárias podem ser concedidas:

a) por lei ordinária, por lei complementar, por decreto legislativo do Congresso
Nacional, por medida provisória e por portaria
b) por decreto legislativo estadual ou distrital, por lei complementar, por lei ordinária e
por decreto legislativo do Congresso Nacional
c) por lei ordinária somente
d) somente em caso de calamidade pública, desde que seja por lei municipal, estadual ou
federal

10.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI


Um contribuinte sonegou um tributo no ano de 2000, sendo certo que o auto de infração
somente foi lavrado no ano de 2005, quando estava em vigor alíquota menos gravosa do
tributo devido.
Nesta hipótese, o Fisco:

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a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o lançamento
reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais vantajosa
em termos de arrecadação
c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o
lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário
d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas.

11. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI


Um contribuinte praticou infração tributária o ano de 2000, sendo certo que, antes da
lavratura do auto de infração em 2005, foi reduzida a multa fiscal legalmente prevista.
Nesta hipótese, o Fisco:

a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o
lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário
d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas.

12. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI


Decisão prolatada por órgão colegiado da Administração Pública anulou ato de infração
anteriormente lavrado, diante da constatação de vício formal do procedimento fiscal. Nesta
hipótese, consuma-se:
a) decadência do prazo de 5 anos contados do fato gerador
b) prescrição do prazo de 5 anos contados da data da lavratura do auto de infração
c) decadência do prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado da decisão
administrativa
d) prescrição do prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado da decisão
administrativa
e) decadência do prazo de 5 anos contados da data da constatação do vício formal

13. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI


È vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de informação obtida em razão de
ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo, ressalvada a hipótese
de:
a) procedimentos impositivos instaurados contra o contribuinte

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b) inscrição dos débitos fiscais em dívida ativa


c) requisição toa auotoridade policial
d) requisição toe óorgão da imprensa escrita
e) requisição to3.8(e) partito3.8(o po3.8(o)-6.5(l)7.8(í)2.7(ti)7.8(c))-2(o)-1.4( )]TJ-3.0026 -1.1465 TD0 T

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16. . FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE


Quanto ao direito do contribuinte à restituição de tributos pagos indevidamente, é correto
afirmar que:

a) o prazo de decadência do direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso


de 10 anos contados da data da da data da extinção do crédito tributário ou da data
em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão
judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão
condenatória.
b) A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do
respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver efetuado, em
nome próprio, seu recolhimento, independentemente de quem tenha assumido o
respectivo encargo.
c) Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a
restituição.
d) O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição
total ou parcial do tributo pago indevidamente ou a maior, não sendo tal direito,
contudo, extensível à restituição de juros de mora e penalidades pecuniárias.
e) O CTN estabelece hipóteses de interrupção da prescrição para que o contribuinte
possa recuperar tributo pago indevidamente

17. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS TCE MIN PÚBLICO AMAZONAS 2006


Tendo em conta as alterações no CTN produzidas pela LC 118/05, em matéria de garantias,
privilégios e preferências do crédito tributário, é correto afirmar que:
a) O crédito tributário, em qualquer hipótese, prefere a todos os outros.
b) Não se presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito
tributário regularmente inscrito como dívida ativa
c) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a concurso de credores ou
habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento
d) A concessão de recuperação judicial não depende da apresentação da prova de
quitação dos tributos

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e) Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar


bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz
determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos

18. UNB AGU 2004


Em relação às garantias e aos privilégios do crédito tributário, julgue os itens a seguir:

I. Um bem gravado com cláusula de impenhorabilidade em razão de


doação de ancestrais não pode ser objeto de penhora em execução fiscal.

II. Presume-se como fraude o fato de um contribuinte em débito coma


fazenda pública em fase de execução fiscal iniciar um processo de
alienação de bens, caso não tenha reservado bens ou rendas suficientes
para o pagamento do débito.

III. Sendo decretada a falência de uma pessoa jurídica, deve o fisco, de


imediato, promover a habilitação do crédito do Estado junto à massa
falida.

Indique a seqüência correta V ou F


a) VVV
b) VFV
c) VFF
d) FVF
e) FFF

19. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE


No tocante às hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário e extinção do
crédito tributário, é correto afirmar que:
a) O depósito do montante integral e o pagamento são causas de extinção do crédito
tributário
b) A concessão de tutela antecipada em algumas espécies de ação judicial e o depósito
do montante integral são causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário
c) O parcelamento e a transação são causas de extinção do crédito tributário
d) A remissão e a moratória são causas de extinção do crédito tributário
e) A conversão do depósito em renda e o parcelamento são causas de suspensão da
exigibilidade do crédito tributário

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20 .FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE ( adaptada)


Considere as seguintes afirmações:
I. O direito de pleitear a restituição de tributo pago indevidamente se
extingue com o decurso do prazo de 2 anos, contados da data em que se
tornar definitiva a decisão administrativa
II. Na restituição de vence juros capitalizáveis, a partir do trânsito em
julgado da decisão definitiva que a determinar.
III. A restituição de tributos pagos indevidamente importa na devolução, na
mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias

Somente está correto o que se afirma em


a) II
b) III
c) I e II
d) II e III
e) Nenhuma das alternativas

21. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE

Precedentes do Superior Tribunal de Justiça, assim como do STF, apoiado na súmula 153
do extinto Tribunal Federal de Recursos, apontam o seguinte entendimento sobre a
decadência e a prescrição do crédito tributário:
a) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de
lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir
daí, em princípio o prazo prescricional, que todavia, fica suspenso até que sejam
decididos os recursos administrativos.
b) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de
lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir
daí, em princípio o prazo prescricional, que se esgotará no prazo prescricional de
cinco anos, independentemente de julgamento dos recursos administrativos
c) a cessação do prazo fatal da decadência dá-se tão somente com a solução definitiva
do processo administrativo e não com a lavratura do auto de infração ou a
notificação de lançamento, fluindo, a partir da solução definitiva do processo
administrativo, o prazo prescricional
d) O prazo decadencial não se suspende nem se interrompe, por expressa disposição
legal, correndo antes do auto de infração ou notificação de lançamento, assim como
durante todo o processo administrativo. Escoado este prazo a Administração Pública

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terá o prazo fatal de 5 anos para percepção da quantia apurada no processo


administrativo, sob pena de ocorrer a chamada prescrição intercorrente
e) Com a simples lavratura do auto de infração não se consuma o lançamento fiscal,
em razão de sua provisoriedade, porém a decadência é impedida, fluindo, a partir
daí o prazo prescricional, que não se suspende ou interrompe, tendo a
Administração Pública cinco anos para a cobrança do crédito sob pena de prescrição
intercorrente.

22. PFN ESAF


Julgue os itens abaixo segundo o entendimento atualmente dominante no Superior Tribunal
de Justiça e marque, a seguir, a opção que apresenta a resposta correta.

I. No caso de tributo lançado por auto de infração, diz-se definitivamente


constituído o crédito tributário depois de fluído o prazo para interposição
do recurso administrativo, sem que ele tenha ocorrido, ou decidido o
recurso administrativo interposto pelo contribuinte, começando a fluir,
daí, o prazo de prescrição da pretensão do Fisco.
II. Na pendência do julgamento de impugnação ou recurso administrativo
apresentado tempestivamente, não correm nem prescrição nem
decadência.
III. A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida
liminar.
IV. A compensação de créditos tributários pode ser deferida por antecipação
de tutela.

a) Apenas III e IV estão corretos.


b) Apenas IV está errado.
c) Apenas I e II estão corretos.
d) Apenas III está correto.
e) Apenas I e III estão corretos.

23. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE

Sobre a ação de consignação em pagamento, prevista no CTN, é correto afirmar que:


a) a sua propositura, com a oferta de títulos de dívida pública, configura o depósito e
suspende a exigibilidade do crédito tributário

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b) tem legitimidade ativa para a propositura da ação o sujeito passivo da obrigação


tributária, assim entendido o contribuinte do imposto, ou o responsável legal, ou o
terceiro interessado
c) poderá ser proposta no caso de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao
pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação
acessória
d) poderá versar sobre crédito que o consignante não se proponha a pagar, permitindo,
em razão do princípio da economia processual, discussão na própria ação sobre o
montante efetivamente devido
e) o sujeito passivo da obrigação tributária poderá buscar o reconhecimento do direito
ao parcelamento, que lhe tenha sido negado administrativamente, pela via da ação
consignatória.

24. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS ADVOGADO ALAGOAS


Considere:

I. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez,


tendo portanto presunção “júris et jure”.
II. Uma das características da dívida ativa é sua constituição bilateral,
porque sempre nasce da vontade dos sujeitos ou partes
III. A falta de um dos requisitos do termo de inscrição da dívida ativa é
causa de nulidade do processo de inscrição, mas a Fazenda Pública pode
sana-las até decisão de primeira instância.
IV. A incidência dos juros de mora não exclui a liquidez do título para a
propositura do executivo fiscal.

É correto o que consta apenas em:


a) I e II
b) I, II e III
c) I e IV
d) II, III e IV
e) III e IV

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