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Vamos permitir que dividam a comunidade do Parque das Nações?

Caro (a) morador (a) / comerciante do Parque das Nações,


Já imaginou ter de levar os seus filhos a escolas de Sacavém, Camarate, Bobadela, ou S. João da
Talha, para apontarmos alguns exemplos de escolas do concelho de Loures, próximas do Parque das
Nações, apesar de ter escolas no seu bairro (o Parque das Nações)?
Já imaginou, em caso de doença, ter de ir a Centros de Saúde de Moscavide e Sacavém (Camarate),
apesar de ter um Centro de Saúde no Parque das Nações, eventualmente a escassos metros do seu lar?
Já imaginou, ter hospitais públicos em Lisboa, próximos de sua casa e, em caso de necessidade, ter ir
para o Hospital de Loures?
Já imaginou a sede da sua Paróquia – a Paróquia do Parque das Nações -, agregadora desta nova
comunidade, que todos construímos e em que nos integramos, contrariamente ao que sucede em toda
a cidade de Lisboa e no país em geral, ficar fora da freguesia que se pretende criar?
Já imaginou ter de se deslocar a Sacavém para tratar de assuntos fiscais, tendo uma Repartição de
Finanças no Parque das Nações, a escassos metros da sua residência?
Já imaginou ter uma Esquadra no seu bairro, eventualmente até à porta de casa, e ter de se deslocar
para o interior dos Olivais, Moscavide ou Sacavém, para tratar de qualquer assunto com estas
autoridades?
Já imaginou que consequências advirão para infra-estruturas que, apesar de terem sido criadas para
serem geridas de forma única virem a sê-lo por duas câmaras e três freguesias, com as ineficiências
conhecidas decorrentes das dificuldades de coordenação e o impacto que isso terá na sua qualidade de
vida?
Já imaginou ter de se deslocar a Moscavide ou Sacavém para tratar de algum assunto na Junta de
Freguesia (certidões de residência, licenciamentos...), tendo uma Junta de Freguesia no Parque das
Nações, próximo da sua casa ou do seu estabelecimento?
Já imaginou ter de se deslocar a Moscavide ou Sacavém, para exercer o seu direito de voto nos actos
eleitorais, tendo mesas de voto a dois passos, no Parque das Nações?
Pois tudo isto será uma realidade, o mais tardar já em 2013, caso seja aprovada na Assembleia
Municipal de Lisboa e, de seguida, na Assembleia da República, a proposta de criação da freguesia do
Oriente, com os limites propostos no acordo celebrado entre o PS e o PSD, no passado dia 21 de
Janeiro, que deixa de fora um terço do Parque das Nações, mas agrega na mesma uma zona dos Olivais
compreendida entre a linha de caminho de ferro e Av. Infante D. Henrique, os bairros das Laranjeiras e
dos Machados.
Será a destruição da Cidade imaginada, apresentada ao pais e ao mundo como um modelo exemplar de
recuperação urbana e como uma âncora para as cidades e vilas de Portugal - lembram-se dos
programas Polis que têm sido desenvolvidos pelo país fora?
Mas não tem de ser assim. Não pode ser assim. Não permitiremos que seja assim.
Compreendemos a dificuldade da Câmara de Lisboa e, obviamente, dos subscritores do acordo,
formularem uma proposta que fosse para além dos limites do concelho. Nessa medida, consideramos a
proposta, apesar dos limites formulados não corresponderem aos do Parque das Nações, positiva, na
medida em que permite relançar o debate sobre a criação da freguesia, na opinião pública e, mais
importante do que isso, no orgão com competência exclusiva para deliberar sobre tal matéria – a
Assembleia da República.
Entendemos, assim, esta proposta – e temos razões para pensar ser esse, igualmente, o entendimento
dos subscritores do acordo em causa – como um ponto de partida e não de chegada.
Ou seja, pretenderão com esta proposta suscitar na Assembleia da República o debate sobre a criação
da freguesia do Parque das Nações, englobando todo o seu território, como faz sentido e tem sido
reconhecido pela maioria dos partidos politicos, como sucedeu, recentemente, em 23 de Abril de 2010,
na Assembleia da República e na própria Assembleia Municipal de Lisboa no dia 27 de Abril de 2010.
Efectivamente, recusamo-nos a admitir que os subscritores ignorem, além dos compromissos
publicamente assumidos ao longo dos últimos doze anos sobre o futuro do Parque das Nações e a
necessidade de ter uma gestão única, que este espaço é por todos reconhecido como uma grande
centralidade da cidade de Lisboa, habitado por uma comunidade que atinge, neste momento, pelo
menos, os 20.000 habitantes e que estão a deixar de fora a sede da sua própria Paróquia – Paróquia do
Parque das Nações.
De resto, um princípio que não pode deixar de ser tido em conta numa revisão administrativa do território
é o de não dividir comunidades e a comunidade do Parque das Nações não pode ser uma excepção.
É que, o Parque das Nações é mais do que um território. É uma grande comunidade com cerca de
20.000 habitantes – dentro de dois ou três anos, atingirá, mesmo, os 25.000 a 30.000 -, com uma
Paróquia própria, com laços estabelecidos entre si e um forte sentimento de pertença a este território,
que nada mais é do que um bairro da cidade de Lisboa. E as comunidades não podem ser dividas.
Nenhum poder tem legitimidade legal ou moral para o fazer.
Cabe, pois, a cada um de nós, moradores, comerciantes e empresários do Parque das Nações fazer
sentir aos nossos autarcas, partidos políticos e Assembleia da República que a freguesia que se
pretende criar terá, por tudo o que vem dito, de englobar a integralidade do Parque das Nações.
Recusamo-nos, mesmo, a aceitar qualquer argumentação no sentido de que é preciso o sacrifício da
cisão – criando-se, para já, a freguesia do Oriente deixando de fora um terço do território, para um dia,
num futuro que ninguém sabe nem pode garantir, voltar a ser unido todo o Parque das Nações. Que
ninguém conte connosco para uma solução dessas!
O Parque das Nações é uma comunidade una e indivisível.
Os nossos legítimos direitos têm, necessariamente, de estar presentes e ser salvaguardados na
decisão final sobre a revisão administrativa da cidade de Lisboa, que terá lugar na Assembleia da
República.
A AMCPN irá desenvolver ao longo das próximas semanas ou meses várias iniciativas junto dos
moradores, comerciantes e opinião pública em geral, na defesa do Parque das Nações. Mantenha-se
informado (a). Visite o nosso site em www.amcpn.com, inscreva-se na Newsletter, inscreva-se no
facebook. Divulgue as consequências da criação duma freguesia que deixe de fora um terço do Parque
das Nações.
A cidade imaginada, a cidade dos oceanos, local que escolheu para viver, constrói-se todos os
dias através de acções e iniciativas de todos nós. É esta herança que queremos deixar aos nossos
filhos, netos e gerações vindouras, e para a qual contamos consigo.

Parque das Nações, Fevereiro de 2011


MOSCAVIDE
A AMCPN
SACAVÉM

Casal dos Machados Qta das Laranjeiras


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