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Goiânia
2004
CLAYTON ARAÚJO FREITAS
JOÃO WESLEY ALVES MONTEIRO
Goiânia
2004
CLAYTON ARAÚJO FREITAS
JOÃO WESLEY ALVES MONTEIRO
______________________________________
Prof. MSc. Carlos Galvão Pinheiro Jr
Presidente da Banca
_______________________________________
Prof. Dr. Gelson da Cruz Jr
_______________________________________
Eng. Eletricista Alex da Rosa
III
AGRADECIMENTOS
Ao professor e orientador deste projeto final de curso, Carlos Galvão Pinheiro Jr pelo
incentivo, motivação e flexibilidade no decorrer de todo o trabalho.
Aos nossos colegas de graduação Luciano de Oliveira Costa, Giscar Fernandes V.
de Paiva, pelo auxílio na obtenção de material para efetuar os nossos estudos.
Ao professor Ubaldo Eleutério da Silva, professor do CEFET-Goiás, que nos
ofereceu a oportunidade de acompanhar o seu projeto de mestrado na UNB, o qual serviu de
base para o nosso projeto final de curso.
Somos ainda, extremamente gratos àqueles que direta e indiretamente contribuíram
para a realização desse trabalho.
V
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS-----------------------------------------------------------------------VII
LISTA DE FIGURAS--------------------------------------------------------------------------------VIII
LISTA DE TABELAS---------------------------------------------------------------------------------IX
RESUMO--------------------------------------------------------------------------------------------------X
INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------------11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS----------------------------------------------------------------75
VII
Lista de Abreviaturas
API - Aplication Programming Interface
CLP - Controlador Lógico Programável
CMOT - CMIP (Common management Information Protocol) over TCP/IP
DOD - Departament of Defense
FreeNMS - Free Network Management System
IAB - Internet Architecture Board
ICMP - Internet Control Message Protocol
IETF - Internet Engineering Task Force
LAN - Local Area Network
MIB - Management Information Base
MRTG - Multi Router Grapher
OID - Object Identifier
OSI - Open Systems Interconnection
PDU - Protocol Data Unit
QoS - Quality of Service
ReMAV - Redes Metropolitanas de Alta Velocidade
RFC - Request For Comment
RMON - Remote Monitoring
SGRI - Sistema de Gerenciamento de Redes Integradas
SLA - Service Level Agreement
SMI - Structure of Management Information
SMP - Simple Management Protocol
SNMP - Simple Network Management Protocol
SNMPv2c - Simple Network Management Protocol version 2 Community Based
SNMPv3 - Simple Network Management Protocol version 3
TCP - Transmission Control Protocol
TCP/IP - Transmission Control Protocol/ Internet Protocol
UDP - User Datagram Protocol
WAN - Wide Area Network
VIII
Lista de Figuras
RESUMO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
No presente capítulo será feita uma discussão a respeito das raízes históricas
que inspiraram o surgimento do SNMP, discutindo-se sua arquitetura,
formato do quadro de mensagens, além das vantagens e desvantagens. A
construção de Agentes também será debatida no contexto.
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2.1 HISTÓRICO DA GERÊNCIA DE REDES TCP/IP
De forma a fazer um breve histórico da gerência de redes em TCP/IP remonta-se às
origens do próprio TCP/IP.
A origem do TCP/IP foi um projeto, de 1969, do Departamento de Defesa dos
Estados Unidos (DoD). Tinha como objetivos estudar uma forma de aumentar o
compartilhamento de recursos computacionais numa rede e, além disso, buscavam uma
forma de comunicação mais confiável do que as vulneráveis linhas de cobre do sistema de
telefonia, isso como um resultado do auge da Guerra Fria, onde um dos aspectos que
amedrontavam os setores de defesa era a perda total de comunicações em virtude de um
ataque nuclear. Assim, para resolver esses problemas, o DoD reuniu suas pesquisas no
Advanced Research Projects Agency (ARPA) que teve como resultado a criação da
precursora da Internet, a ARPANET.
A ARPANET cresceu muito rapidamente, tendo inicialmente apenas poucas dezenas
de hosts e logo depois crescendo para centenas de hosts, acomodando milhares de
terminais e rapidamente ficou claro que um dos principais problemas da ARPANET seria a
interoperabilidade. Diferentes hosts de diferentes fabricantes deveriam ser conectados,
precisando de sistemas de suporte à troca de arquivos, interação entre os terminais e hosts.
O problema se tornou ainda maior quando a ARPANET se tornou o centro da
crescente Internet, uma coleção de LANs (Local Area Networks) e WANs (Wide Area
Networks).
De modo a resolver o problema da interoperabilidade, foi desenvolvido um
conjunto de protocolos padronizados, os quais, na década de 70, deram origem aos atuais
protocolos da pilha TCP/IP. Estes protocolos foram considerados como padrões oficiais
para o Internet Architecture Board (IAB) através de Requests For Comments (RFCs).
Finalmente, os protocolos fundamentais dessa pilha TCP/IP nasceram de padrões
utilizados em tecnologias militares.
O TCP/IP preencheu as exigências do DoD e se tornou o padrão dessa organização.
Um aspecto interessante e inesperado foi o crescimento do TCP/IP em aplicações não
militares. Este crescimento começou a se intensificar na metade da década de 80,
exatamente quando estavam sendo feitos esforços para desenvolver um consenso
internacional em torno dos protocolos desenvolvidos pelo OSI. Afirmava-se que o OSI se
tornaria o responsável pela completa interoperabilidade dos sistemas, mas o TCP/IP
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cresceu muito nos últimos anos e continuou crescendo a cada dia, ainda mais depois da
popularização da Internet.
O TCP/IP se tornou tão mais popular no meio comercial por vários motivos,
incluindo o fato de já ser um conjunto de protocolos maduros, já profundamente testados,
que provêem a interoperabilidade dos sistemas e com um alto nível de funcionalidade. Já o
OSI demorou demais para apresentar uma versão comercialmente funcional, tendo seu
desenvolvimento muito lento. Apesar dele apresentar uma funcionalidade muito mais rica
que o TCP/IP, ele se tornou complexo demais, deixando a sua implementação muito difícil
e com um grande overhead. Portanto exige-se mais para conseguir a interoperabilidade de
software com o OSI do que com o TCP/IP.
Durante o desenvolvimento do TCP/IP pouco se estava pensando em relação à
gerência da rede. Inicialmente apenas os desenvolvedores dos protocolos e programadores
utilizavam a rede, de um tamanho ainda bastante reduzido. Desta forma, caso algum
problema ocorresse, os poucos especialistas que existiam conseguiam, com poucas e
simples ferramentas, vasculhar a rede, descobrir e corrigir o problema.
Durante a década de 70 não foi desenvolvida nenhuma ferramenta, nem um
protocolo em especial para o gerenciamento da rede. O protocolo Internet Control
Message Protocol (ICMP) era a única “ferramenta” simples que era efetivamente utilizada
no início da Internet para a gerência da rede. Disponível em qualquer equipamento que
suporte IP, o ICMP permite que se enviem mensagens de controle de roteadores e hosts
para um host, de forma a fornecer alguma informação a respeito de problemas na rede.
Uma das características mais importantes para o gerenciamento de redes suportado pelo
ICMP é o de mensagens echo/echo-reply. O mecanismo dessas mensagens permite que se
descubra se é possível a comunicação entre duas entidades da rede, isto é conseguido
porque quando uma mensagem do tipo echo é recebida, a entidade é obrigada a retornar o
conteúdo da mensagem como uma mensagem do tipo echo-reply. Outro par de mensagens
útil é a time-stamp/time-stamp-reply, o qual fornece um mecanismo para verificar as
características de atraso na rede.
Estas mensagens ICMP podem ser utilizadas de forma a criar simples, mas
poderosas ferramentas. Um bom exemplo disso é o programa PING (Packet Internet
Groper). Usando o ICMP e mais algumas opções adicionais como o número de pedidos e o
número de tentativas de solicitação, o PING pode ter várias funções. Como exemplos tem-
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se: determinar se um equipamento de rede pode ser alcançado, verificar se uma rede pode
ser alcançada e verificar as operações entre um servidor e um host. O PING pode ser
utilizado para verificar a taxa de perda de pacotes em uma sub-rede, podendo desta forma
ajudar no isolamento de áreas de congestionamento e pontos de falha.
Até a década de 80, o PING e outras ferramentas também simples foram suficientes
para se conseguir gerenciar a rede. Mas a partir daí, o crescimento da Internet se tornou
exponencial e do desenvolvimento de novas e mais poderosas ferramentas de
gerenciamento se tornou essencial. O grande aumento do número de hosts na Internet
causou também um grande aumento na complexidade, com um número muito maior de
sub-redes, de entidades a serem gerenciadas e também entidades que têm responsabilidades
por gerenciar parte da Internet.
Desta forma, com uma rede com proporções cada vez maiores, era impossível
deixar a cargo de poucos o seu gerenciamento, e ainda com ferramentas simples. Era
necessário que se desenvolvesse um protocolo padronizado com mais funcionalidades que
o PING e ao mesmo tempo simples de ser aprendido e usado por uma grande variedade de
pessoas. O ponto de partida do desenvolvimento de ferramentas desse tipo foi o Simple
Gateway Monitoring Protocol (SGMP), de 1987. Com ele três outras abordagens surgiram:
9 High-Level Entity Management System (HEMS): generalização de um dos
primeiro protocolos de gerenciamento de rede usado na Internet o Host Monitoring
Protocol (HMP);
9 Simple Network Management Protocol (SNMP): surgiu como um
aperfeiçoamento do Simple Gateway Management Protocol (SGMP);
9 CMIP over TCP/IP (CMOT): tentativa de incorporar o máximo possível do
protocolo (CMIP – Commom Management Information Protocol), serviços e estrutura do
banco de dados padronizado pela ISO para o gerenciamento de rede.
No início de 1988, a IAB avaliou estas propostas e aprovou um adicional
desenvolvimento do SNMP como uma proposta de mais curto prazo do que o CMOT. Isto
porque se pensava que em um razoável período de tempo as redes TCP/IP seriam
substituídas por protocolos baseados no OSI e dessa forma não se queria investir por um
longo período de tempo em protocolos que seriam abandonados, assim, o SNMP teria
apenas as funcionalidades mínimas para suportar o gerenciamento das redes TCP/IP e
funcionar também como uma experiência na área da gerência de rede. O SNMP foi
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escolhido, em detrimento do HEMS que tinha muito mais funcionalidades, exatamente
pelo motivo de não se querer gastar esforço extra em uma arquitetura de rede que não
parecia ter continuidade. Já se o CMIP pudesse ser implementado sobre o TCP/IP, quando
finalmente as redes baseadas na pilha de protocolos OSI se tornassem populares, a
transição seria simples e rápida. De forma a solidificar essa estratégia, foi definido que
ambos os protocolos, CMOT e SNMP, usariam o mesmo banco de dados de objetos
gerenciados, ou seja, os mesmos conjuntos de variáveis de controle e de formatos de
dados, desta forma uma única estrutura das informações SMI (Structure of Management
Information) e base de informações MIB.
Entretanto, ficou claro que seria impraticável manter a compatibilidade de objetos
entre os dois protocolos. No gerenciamento OSI, os objetos são vistos como entidades
sofisticadas, com atributos, procedimentos associados, capacidade de notificação e outras
características complexas. Já no SNMP, para mantê-lo simples, os objetos não são
realmente o que se considera objeto do ponto de vista da orientação a objetos, mas são
apenas variáveis com algumas características básicas, como tipos de dados, se são somente
leitura ou tem acesso de escrita entre outras. Dessa forma foi decidido pela IAB, que a
idéia de uma SMI/MIB comum para os dois protocolos não era viável, e o
desenvolvimento do SNMP e CMOT poderia seguir independentemente.
O SNMP é um protocolo não orientado à conexão; nenhuma ação prévia é
necessária no envio de mensagens; nenhuma ação é necessária após as mensagens terem
sido enviadas. Isso tem como conseqüência a perda de garantia que as mensagens do
protocolo chegarão ao destino. Porém, na prática, a maioria das mensagens é entregue, e
aquelas que não são podem ser retransmitidas. Esta característica impõe mais robustez ao
sistema, visto que como não existe a preocupação com a orientação à conexão, nem o
gerente, nem o sistema gerenciado necessitam um do outro para operar.
O SNMP é um protocolo da camada de aplicação designado para facilitar a troca de
informações de gerenciamento entre dispositivos de rede. Usando os dados transportados
pelo SNMP, os administradores de rede podem gerenciar mais facilmente a performance
da rede, encontrar e solucionar problemas e planejar com mais precisão uma possível
expansão da rede.
Atualmente, o SNMP é o mais popular protocolo para gerenciamento de diversas
redes comerciais como as usadas em universidades, centros de pesquisas e provedores de
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acesso e de informações. Esta popularização se deve ao fato de que o SNMP é um
protocolo relativamente simples, porém suficientemente poderoso para resolver os difíceis
problemas apresentados quando se tenta gerenciar redes heterogêneas.
Com o passar dos tempos, o SNMP acabou se tornando inadequado para certas
aplicações maiores e mais complexas. Apesar de ainda ser extremamente útil para um
grande número de aplicações, muitos desenvolvedores estavam entre um protocolo sem
muitas funcionalidades e inadequado para seus objetivos (SNMP) e outro ainda era apenas
um promessa (sistemas de gerenciamento do OSI).
O gerente deve satisfazer os direitos de cada um para que isso possa ser feito da
melhor maneira possível.
Um dos grandes problemas do SNMP é a segurança. Não existe forma de autenticar
a origem de uma mensagem SNMP. A existência do nome de comunidade não garante
absolutamente nada em matéria de segurança, visto que ela não é criptografada, qualquer
entidade poderia capturar um pacote e obter o nome de comunidade atualmente utilizado
pelo sistema. Devido a essa deficiência, muitos fabricantes decidiram por não implementar
a mensagem set, prevenindo a modificação de valores no equipamento gerenciado. Isto
diminuía ainda mais as já reduzidas capacidades do SNMP, tornando-se apenas uma
ferramenta de monitoramento. Então, para contornar esse problema, um conjunto de RFCs
foram lançadas a partir de julho de 1992 tentando definir um “secure SNMP”.
Entretanto, o SNMP seguro ainda possuía várias deficiências. Assim, nesse mesmo
ano, uma nova proposta surgiu, definida como Simple Management Protocol (SMP).
Vários avanços foram feitos em relação ao SNMP, são eles:
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9 O SNMP foi criado para a gerência de qualquer tipo de recurso e não
apenas para recursos de rede. Ele pode ser utilizado para o gerenciamento de aplicações, de
sistemas e comunicação gerente-gerente;
9 Manteve a simplicidade, permitindo que fossem criadas implementações
pequenas e rápidas. Ainda acrescentou-se a capacidade de se transferir uma grande
quantidade de informações de gerenciamento de uma vez;
9 Incorporou os recursos de segurança encontrados no SNMP seguro;
9 Foi projetado para ser executado sobre as pilhas de protocolo TCP/IP, e
outras arquiteturas de comunicação. Pode operar em conjunto com plataformas SNMP já
instaladas, utilizando apenas parte de seus recursos.
Após a publicação do SNMP seguro preferiu-se fazer uma única transição entre o
SNMP já existente e uma segunda versão do SNMP que incorporasse os avanços em
termos de funcionalidade e também os aspectos de segurança presentes no SNMP seguro e
no SMP. Grupos de trabalho foram criados, e em março de 1993 foi lançada a nova versão
do SNMP, denominada SNMPv2.
O SNMPv2 incorpora novas características e funcionalidades à versão anterior.
Quanto à definição da MIB e de sua estrutura, foram acrescentados novos tipos de dados,
como tipos inteiros com um maior número de bits. A macro que define os objetos da MIB
também foi estendida, e as cláusulas de TYPE-NOTATION e STATUS foram revisadas.
A versão 2 do SNMP manteve os tipos de pacotes da versão anterior e acrescentou
mais 3 novos pacotes: GetBulkRequest, InformRequest e Report.
A mensagem GetBulkRequest é utilizada para recuperar uma grande quantidade de
dados, sendo como um aperfeiçoamento ao GetNextRequest. Ela funciona como se fossem
executados vários GetNextRequest em uma única PDU, alterando apenas a sintaxe de dois
campos, o campo Error-status passa a ser Non-Repeaters e Error-Index passa a ser Max-
Repetitions.
A mensagem de InformRequest é dedicada a comunicação gerente-gerente, sendo
utilizada para a transmissão de informações que sejam locais a um gerente.
Para a PDU de Report não existe uma definição conhecida. Sabe-se que as citações
em relação a essa PDU são acompanhadas do seguinte comentário:
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“O uso da semântica que precisa da PDU de Report não são definidas. Qualquer
ferramenta de administração baseada em SNMP que faça uso desta PDU deve definir seu
uso e sua semântica”.
Depois de alguns anos de experiência com o SNMPv2 se fez revisão de suas
especificações, fazendo-se a retirada dos aspectos de segurança do SNMPv2, deixando
apenas algumas modificações. Essa nova revisão do SNMP utilizou-se do conceito de
comunidade, empregado no SNMPv1, sendo, portanto, renomeado para “SNMPv2 baseado
em comunidade” ou SNMPv2c.
Dessa forma, o SNMPv3 consegue contornar o problema que existia nas versões
anteriores, acrescentando-se as características de privacidade, autenticação e controle de
acesso sem que se necessite especificar um protocolo completamente novo, facilitando a
transição dos equipamentos que atualmente já suportam as versões anteriores. Além disso,
o SNMPv3 definiu uma arquitetura mais modular, especificando quais partes devem ser
implementadas pelos clientes e quais são as responsabilidades dos gerentes, tornando,
dessa forma, mais fácil o avanço das funcionalidades do protocolo sem a necessidade da
definição de um novo padrão, bem como propor estratégias de transição mais claras e
fáceis.
As mensagens de GetRequest são utilizadas para obter instâncias de objetos que são
identificados no campo variable bindings da PDU. O agente responde este tipo de
mensagem com GetResponse, contento no campo request-id o mesmo número do pacote
de recebimento, e no campo variable bindings são colocados os valores das instâncias
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solicitadas. As operações de GetRequest são atômicas, ou todos os objetos solicitados são
recuperados ou é retornado um erro com o código devido.
As mensagens de GetNextRequest são praticamente iguais as de GetRequest. A
diferença é que para o GetRequest são retornados os valores das instâncias solicitadas, já
no GetNextRequest são retornados os valores das próximas instâncias àquelas solicitadas,
seguindo a ordem lexicográfica dos OIDs (Object Identifier). E ainda, da mesma forma que
o GetRequest, a operação GetNextRequest é atômica, informando um erro se algum dos
objetos solicitados não puder ser recuperado.
Ainda seguindo o mesmo padrão das mensagens GetRequest, as mensagens
SetRequest contêm os nomes das instâncias dos objetos que terão os valores de suas
instâncias alterados e os novos valores para cada uma das instâncias. O agente também
responde essa mensagem com um GetResponse contendo o mesmo request-id do pacote
recebido, e a operação de set também é atômica, se alguma das instâncias não puder ser
atualizada, seja por erro na sua identificação, seja pelo envio de um valor incorreto, será
informado um erro e a operação não será concluída com sucesso.
Ao contrário das outras mensagens, as mensagens de Trap não necessitam de
nenhuma resposta por parte da estação gerenciadora, e são enviadas assim que algum
evento de relevância tenha ocorrido na estação gerenciada. As informações enviadas por
uma Trap são muitas vezes específicas da implementação, sendo que os valores enviados
no campo variable bindings são estritamente dependentes da implementação.
2.8 PROXIES
O uso do SNMP exige que todos os agentes, bem como as estações de trabalho
suportem uma pilha de protocolos em comum, ou seja, o UDP e IP. Isto limita o
gerenciamento direto de certos equipamentos e exclui outros, como pontes e modems, que
não suportem qualquer parte da suíte de protocolos do TCP/IP. Ainda, existem numerosos
sistemas, como certos computadores pessoais que implementam o TCP/IP para suas
aplicações, mas que não desejam acrescentar o peso do SNMP, lógica do agente e dados da
MIB em seu sistema.
De modo a permitir a gerência de sistemas que não suportam a implementação do
SNMP, foi desenvolvido o conceito de proxy. Neste esquema, o agente SNMP funciona
como um proxy para um ou mais equipamentos. Veja a Figura 2.8.1.
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CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
Foi definido que o nodo Internet tem como identificador 1.3.6.1, ou seja,
iso.org.dod.internet, e serve de prefixo para os demais nodos definidos nesse mesmo
documento:
9 directory: reservado para uso futuro para OSI;
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9 mgmt: utilizado para objetos definidos nos documentos aprovados pelo
IAB;
9 experimental: usado para identificar objetos utilizados apenas como
experimento na Internet;
9 private: utilizados para identificar objetos definidos unilateralmente.
Objetos adicionais podem ser definidos para a MIB II de três formas diferentes:
9 A subárvore MIB II pode ser expandida, ou mesmo completamente
substituída por uma nova versão (por exemplo, MIB III). No caso de expansão, precisa-se
apenas criar um novo nodo abaixo da MIB II;
9 Uma MIB experimental pode ser construída para uma aplicação em
especial. Esses objetos inicialmente são colocados no ramo experimental, e posteriormente,
podem, passando pela aprovação dos órgãos competentes, serem colocados no ramo
mgmt;
9 Extensões privadas podem ser adicionadas na subárvore private.
A subárvore private tem, atualmente, apenas um nodo filho, enterprises, esta
porção da subárvore é utilizada para permitir que os fabricantes possam aprimorar o
gerenciamento de seus equipamentos.
Uma MIB pode ser descrita como uma árvore abstrata com um root anônimo. Os
níveis da árvore são compostos pelos ítens de dados individuais. Identificadores de objetos
(OID) identificam ou nomeiam unicamente os objetos da MIB na árvore. Identificadores
de objetos são como números de telefones, eles são organizados hierarquicamente com um
específico dígito associado por diferentes organizações.
A MIB e a MIB-II padrão para a Internet, contém 171 objetos. Estes objetos são
agrupados por protocolos (incluindo TCP, IP, UDP, SNMP, e outros) e outras categorias,
incluindo "sistemas" e "interfaces".
Grupo Informação
system informações básicas do
sistema
Interfaces interfaces de rede
at tradução de endereços
ip protocolo ip
icmp protocolo icmp
tcp protocolo tcp
udp protocolo udp
egp protocolo egp
transmission meios de transmissão
snmp protocolo snmp
CAPÍTULO 5
ESTUDO DE CASO
Neste capítulo, foi feito um estudo de caso com a aplicação do SNMP sendo
realizada conjuntamente com Controladores Lógico-Programáveis. Este
estudo tem como base o projeto realizado pelo estudante Alexandre Cervieri,
diplomado em Ciências da Computação, pela UFRS em dezembro 1999.
Procurou-se enfocar os pontos chaves utilizados no trabalho, sem abordar
muito a parte de configurações, que foram próprias do autor original. No
texto, foi exposto algumas propostas sugeridas por Alexandre, das quais, uma
serviu como base para sua implementação.
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5.1 APLICAÇÃO COM CLP – CONTROLADORES LÓGICO-
PROGRAMÁVEIS
Os CLPs são os substitutos eletrônicos para grandes painéis de relés em aplicações
de chão de fábrica, e não somente para atividades de controle repetitivas que envolvem
temporização simples, lógica, e sequenciamento de entradas e saídas discretas. O avanço
tecnológico aumentou muito as suas funcionalidades, acrescentando às suas aplicações:
funções de controle de variáveis, aquisição de dados, geração de relatórios e controle
supervisório.
Os CLPs se adaptam a sistemas que precisam de uma grande confiabilidade; onde
seja necessária uma baixa ocupação de espaço físico e haja uma grande quantidade de
dados, necessitando de equipamentos que permitam uma fácil e não traumática expansão.
Com o desenvolvimento das tecnologias de redes de computadores, tornou-se uma
prática comum que nos grandes sistemas industriais houvesse uma interligação de vários
controladores programáveis utilizando essas redes. Além dos controladores, possui-se
ligados a essas redes vários módulos acessórios, como dispositivos de entrada e saída
analógicos e digitais, dispositivos de terminal para interação com o usuário, entre outros.
5.2 - ARQUITETURA DE UM CLP
Um controlador programável é um dispositivo utilizado para o controle de
máquinas ou processos utilizando um programa armazenado em sua memória e os dados
obtidos dos dispositivos de entrada e saída. Ele funciona como sendo um equipamento
digital eletrônico com uma memória programável para o armazenamento de instruções de
forma a implementar funções específicas como lógicas de sequenciamento, temporização,
contagem e aritmética para o controle de máquinas e processos.
De forma a permitir a integração entre os softwares de gerência e os
controladores, o autor do projeto, Alexandre Cervieri, criou uma MIB contendo os
principais objetos a serem gerenciados e um agente capaz de responder às requisições dos
gerentes para esses objetos.
5.3 PROPOSTA DE MIB
Para construção da MIB, Alexandre buscou inicialmente a identificação dos
elementos fundamentais que poderiam ser gerenciados remotamente.
Procurou-se elementos que fossem comuns a todos os controladores utilizados
como casos de estudo, de forma a poder criar uma MIB genérica de controle.
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A forma de organização da MIB foi feita dividindo-a em objetos de gerenciamento
específicos genéricos, seguindo o modelo adotado pela MIB II.
5.4 TRAPS
As traps importantes que foram definidas nessa MIB são aquelas que informam
sobre a alteração do modo de execução do controlador e do tempo de ciclo.
5.5 ALTERNATIVAS DE IMPLEMENTAÇÃO DO AGENTE
5.5.1 AGENTE NO PRÓPRIO CLP
A solução realizada por Alexandre foi a criação de um agente SNMP no próprio
controlador programável, conforme a Figura 5.5.1. O controlador já possuía suporte aos
protocolos da pilha TCP/IP, proporcionando uma economia nos gastos, os quais seriam
maiores se cada controlador tivesse que ser equipado com o agente completo, pilha de
protocolos TCP/IP e todo o hardware que porventura fosse necessário acrescentar para a
sua implementação.
CAPÍTULO 6
Guia Services:
Guia Alerts:
As notificações podem ocorrer através de alarmes sonoros, traps SNMP, e-mail,
Pager, bip ou execução de algum programa, para uma ou para um grupo de pessoas.
Para realizar uma notificação via trap, basta configurar a porta de escuta no
WhatsUp. O Whats Up receber estas traps, previamente configuradas nos agentes.
A notificação por e-mail é de grande utilidade, pois permite ao administrador
verificar possíveis problemas que estejam acontecendo nos dispositivos gerenciados de
uma máquina qualquer. As notificações chegam ao WhatsUp e este como forma de alerta
envia uma mensagem para o administrador com o(s) problema(s).
O WhatsUp permite ainda enviar e-mails para celular. Esta funcionalidade é
importante, permitindo que o administrador saiba imediatamente quando um determinado
problema ocorreu estando ele onde estiver.
O único problema das mensagens por e-mail é o excessivo número de mensagens
geradas. Há uma notificação quando um host/serviço ficou Down e também quando este
voltou a ficar UP.
Guia Notes:
Nesta guia é onde estão as informações gerais a respeito de um determinado host.
Estas informações devem ser colocadas de forma manual pelo administrador da rede ou
pela pessoa que for a responsável pela utilização do software.
A seguir se fornece uma relação de alguns dos softwares usados para fazer gerência
em SNMP:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS