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A dignidade humana é algo que pertence ao ser humano desde que nasce, é uma característica

que o define como um ser humano e faz com que este seja titular de direitos e deveres que
têm que ser respeitados por membros do estado e sociedade.

A dignidade não pode ser renunciada ou negada a um ser humano, e não pode ser “dada”, pois
a dignidade é algo que nos é intrínseco, nunca nos pode ser retirado ou oferecido. É altamente
insubstituível e não pode ser comprada nem vendida, porque tudo o que é digno não permite
ser valorizado (em termos de bens) e substituído.

Cada ser humano é diferente dos outros, mas quando se fala em dignidade humana, estes
tornam-se iguais, onde cada um tem medos, quer atingir a felicidade e bem-estar, a única
diferença é que cada ser humano vive de maneira diferente, tem diferentes maneiras de lidar
com situações da vida, “Mas o sofrimento é sofrido da mesma maneira. A alegria é vivida da
mesma maneira” (ROCHA, 2004)
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão
e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.” (artigo1º
DUDH)

Quando existe uma ausência de dignidade o ser humano torna-se um ser manipulado, torna-se
um instrumento, o que vai atingir o nível de igualdade do ser perante a sociedade (principio de
igualdade).

Dia 10 de Dezembro 1948 foi proclamado pela Assembleia Geral da ONU a Declaração
Universal dos Direitos do Homem onde estão presentes direitos e deveres que abrangem
todos os povos e nações, que estes se esforcem pelo ensino e educação para promover e
desenvolver o respeito desses direitos, deveres e liberdades.

Direito (em latim: ius rectum) significa “aquilo que é justo”

Direito têm um papel fundamental na protecção e na promoção da dignidade humana,


inclusive, quando cria mecanismos destinados a cobrir eventuais violações. Sobressa-se que a
dignidade não existe apenas onde é reconhecida, pois é algo prévio, que deve ser reconhecida
e promovida.

Segundo Cristina Queiroz o conceito de dignidade humana sofreu uma evolução


“ Não se refere ao indivíduo desenraizado da abstracção contratualista setecentista (“teorias
do contrato social”), mas o ser, na sua dupla dimensão de “cidadão” e “pessoa”, inserido numa
determinada comunidade, e na sua relação “vertical” com o Estado e outros entes públicos, e
“horizontal” com outros cidadãos. A ideia de “indivíduo” não corresponde hoje ao valor
(individualista) da independência, mas ao valor (humanista) da autonomia onde se inclui, por
definição, a relação com os outros, isto é a sociablilidade. O conceito de “pessoa jurídica” não
constitui hoje somente a partir da “bipolaridade” Estado/indivíduo, antes aponta para um
sistema “multipolar” no qual as grandes instituições sociais desempenham um papel cada vez
mais relevante”

A dignidade humana é quem torna uma pessoa num ser humano e não numa “coisa”, pois um
ser humano é digno e vários direitos são declarados com o objectivo de proteger o individuo
de dominações por partes de outrem.

Os direitos humanos não vêm a ser respeitados, temos o exemplo das torturas que existem no
nosso planeta, em que seres humanos são expostos a actos brutais, temos o exemplo da
Coreia do Norte onde em 2009 um jurado declarou ao conselho de direitos humanos que a
situação que se vivia nesse país era “terrível e perturbadora”, culpam o seu Regime de partido
único pela situação do país, regime esse que provoca um sofrimento ao povo, sofrimento esse
que inclui fome, tortura e espionagem generalizada.

Pena de morte

Rejeitada por muitos países, a pena é também outra “ofensa” para a dignidade humana pois os
humanos têm direito a vida, é uma resposta simplista em relação a problemas humanos. É
uma resposta superficial à família das vítimas de homicídio e que se vai estender esse
sofrimento para as famílias do prisioneiro, a pena de morte não chega a ser solução para a
abolição de uma cultura violenta, mas sim o agravamento da violência na mesma cultura.
Por vezes os condenados a pena de morte estão também isentos de culpa de homicídio ou do
crime que os levou a esta pena. Por vezes, são transmitidas, ao vivo e para todo o mundo,
execuções de criminosos, imagens que chocam muita gente e que não haveria necessidade de
serem transmitidas, é algo privado e desrespeita direitos humanos relacionados com a
protecção da sua privacidade.

Nos dias de hoje o mundo político vê a dignidade humana como algo retórico e não se traduz
na prática. São desrespeitados imensos dos direitos proclamados pela ONU, uma conjugação
desses direitos poderia vir a tornar o nosso planeta terra num mundo melhor para se viver, um
mundo sem guerras, um mundo onde todos os humanos estivessem bem, mas pelos vistos é
impossível que isso aconteça num mundo onde a lei é contra paz e a paz é contra a lei.

Nos países menos desenvolvidos principalmente em África e América Latina estão presentes
certos casos de exploração infantil, violando os direitos humanos e desrespeitando leis morais.
A exploração de mão-de-obra infantil, é defendia por alguns meios como forma de preparar as
crianças para a sua vida e para reduzir a criminalidade, mas está mais relacionado com a
pobreza, escassas oportunidades educativas. As crianças não vão poder disfrutar de uma
infância feliz, de uma boa educação e vão ser prejudicadas no seu desenvolvimento como ser
humano.
Os países desenvolvidos estão de certa forma relacionados com este problema, existe uma
exploração do mercado de países subdesenvolvidos, pois a sua mão-de-obra é mais barata que
no seu país.
http://www.infopedia.pt/$declaracao-universal-dos-direitos-do-homem,2

http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0613190_08_cap_02.pdf

http://contrapenademorte.wordpress.com/sobre-a-pena-de-morte/
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3638401-EI294,00.html
http://detalhesepormenores.wordpress.com/2009/07/22/o-valor-da-dignidade-humana/

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