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CARACTERIZAÇÃO HIDROLÓGICA DA BACIA DO RIO PIAUÍ

Disley Prates dos Santos; Emanuelle Lima Pache de Faria; Lucas Santos da Costa;
Tiago Santos da Silva

RESUMO

Uma bacia hidrográfica é usualmente definida como a área na qual ocorre a


captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas
características geográficas e topográficas. Este trabalho teve por objetivo caracterizar a
fisiografia da bacia hidrográfica do rio Piauí – SE, visto que esta caracterização é
indispensável para um levantamento das áreas críticas do ponto de vista da manutenção
da água, e também é condição básica para um planejamento bem sucedido da
conservação e produção de água.

ABSTRACT

A watershed is commonly defined as the area in which there is uptake of water


(drainage) to a main river and its tributaries due to its geographical and topographical.
This study aimed to characterize the physiography of the river basin Piauí - SE, since
this characterization is essential to survey the critical areas from the standpoint of
maintaining water and is also a basic condition for successful planning of conservation
and water production.

1- INTRODUÇÃO

A exploração inapropriada dos ecossistemas resulta na degradação dos recursos


naturais, principalmente do solo e dos recursos hídricos, diminuindo a qualidade de vida
da população, causando impactos sociais principalmente naqueles que dependem da
terra para sobreviver.
Uma Bacia Hidrográfica é o conjunto de terras que fazem a drenagem da água
das precipitações para esse curso de água. É uma área geográfica e, como tal, mede-se
em km². A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis dos terrenos que
orientam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas.
A história do homem sempre esteve muito ligada às bacias hidrográficas: a bacia
do Rio Nilo foi o berço da civilização egípcia; os mesopotâmicos se abrigaram no valo
dos Rios Tigre e Eufrates; os hebreus, na bacia do Rio Jordão; os chineses se
desenvolveram as margens dos rios Yang – Tse e Huang Ho; os hindus, na planície dos
Rios Indo e Ganges. E isso, apenas para citar os maiores exemplos.
Os principais elementos componentes das bacias hidrográficas são os divisores
de água – cristas das elevações que separam a drenagem de uma e outra bacia, fundos
de vale – áreas adjacentes a rios ou córregos e que geralmente sofrem inundações, sub-
bacias – bacias menores, geralmente de alguma afluente do rio principal, nascentes –
local onde a água subterrânea brota para a superfície formando um corpo d’água, áreas
de descarga – locais onde a água escapa para a superfície do terreno.
A caracterização do meio físico de uma bacia hidrográfica, com o intuito de
levantar todas as áreas críticas do ponto de vista da manutenção da água, é condição
básica para um planejamento bem sucedido da conservação e produção de água (Pinto
et al., 2005).

Figura 1: Esquema de Bacia Hidrográfica

Os principais componentes do ecossistema – solo, água, vegetação e fauna –


coexistem em permanente e dinâmica interação, respondendo às interferências naturais
e aquelas de natureza antrópicas. Nesses compartimentos naturais, os recursos hídricos
constituem indicadores das condições dos ecossistemas, no que se refere aos efeitos do
desequilíbrio das interações dos respectivos componentes (Souza, 2002).
No planejamento de uma bacia é indispensável o seu diagnóstico, obtido por
meio das caracterizações fisiográfica e socioeconômica, além da identificação das
práticas de uso atual e manejo dos solos. O tratamento dessas informações espaciais é
fundamental para o controle, organização e ocupação das unidades físicas do meio
ambiente (Silva et al., 1999).
O Estado de Sergipe, situado na Região Nordeste do Brasil, está parcialmente
incluído no chamado Polígono das Secas, caracterizado como uma região com extrema
irregularidade na distribuição das precipitações pluviais, o que gera restrições à
disponibilidade de água para os múltiplos usos (Silva, 2004). Neste cenário de escassez
hídrica se intensifica a procura pelos mananciais subterrâneos que, na maioria das vezes,
têm sua gestão dificultada pela ausência de informações sobre quantidade e qualidade
dos recursos explorados (Hirata et al., 2007).
Tal estado está dividido em seis bacias hidrográficas principais subdivididas em
sub-bacias, ilustradas na figura 2. Entretanto nesse estudo o foco estará voltado para a
caracterização fisiográfica da Bacia do Rio Piauí. O rio Piauí é um rio intermitente que
banha o estado de Sergipe e é considerado a segunda maior bacia hidrográfica do
estado.

Figura 2: Bacias Hidrográficas de Sergipe

2- CARACTERIZAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIAUÍ

O sistema hidrográfico é bastante desenvolvido, sendo constituído pelo curso


d’água principal do rio Piauí, e por diversos afluentes de grande porte, destacando-se,
pela margem direita, os rios Arauá e Pagão, e, pela margem esquerda, os rios Jacaré,
Piauitinga e Fundo. A nascente do rio Piauí está localizada na serra dos Palmares no
município de Riachão do Dantas.
O rio percorre quinze municípios e deságua no oceano Atlântico; fazem parte da
Bacia Hidrográfica do Rio Piauí três sub-bacias, a do rio Jacaré com 955km 2; Arauá
com 673,6 Km2, Piauitinga com 407,3 Km2.

Figura 2: Estuário do Rio Piauí e Real

2.1-
Localização

A bacia hidrográfica do rio Piauí está localizada na porção sul do estado, sendo
delimitada, aproximadamente, pelas coordenadas geográficas 10°45’ e 11°30’ de
latitude sul de 37°15’ e 38°00’ de longitude oeste.

Figura 3: Bacia Hidrográfica Piauí

A Bacia do Rio Piauí limita-se ao norte com a Bacia do rio


Vaza Barris; a oeste com o estado da Bahia e com a Bacia do rio Real; ao sul com a
bacia do rio Real; e, a leste, com o Oceano Atlântico, entre os municípios de
Estância/SE e Jandaíra/BA.

2.2- Extensão

A bacia do rio Piauí possui uma área geográfica de 4.150


Km², equivalentes a 19% do território do estado de Sergipe, e abrange totalmente terras
de seis municípios: Salgado, Santa Luzia do Itanhy, Estância, Boquim, Pedrinhas e
Arauá e parcialmente nove municípios: Indiaroba, Itabaianinha, Itaporanga D’Ajuda,
Lagarto, Poço Verde, Riachão do Dantas, Simão Dias, Tobias Barreto e Umbaúba. A
Bacia do rio Piauí se caracteriza por uma forma aproximadamente retangular, com
extensão de cerca de 100 km, e largura variando entre 35 km, no trecho superior, até um
máximo de 50 Km na sua parte central.

2.3- Características Climáticas

O Regime fluvial da sua bacia reflete as variações de pluviosidade, possuindo no


alto e médio cursos canais, sobretudo, intermitentes. Seu curso inferior detém uma
umidade considerável em relação aos demais trechos, em decorrência da natureza
permeável das rochas e da existência de chuvas mais abundantes. As estiagens
registram-se, geralmente, nos meses de primavera e verão. Suas águas superficiais
contribuem com 80,54% para o abastecimento dos sistemas públicos da bacia,
destacando-se o rio Piauitinga.
O rio Piauí tem afluentes importantes, destacando-se pela margem direita, os rios
Arauá e Pagão, e pela Margem esquerda, os rios Jacaré, Piauitinga e Fundo. O rio Arauá
nasce no município de Itabaianinha, a 225 m de altitude, e desemboca no Piauí, no
município de Arauá. Em todo seu percurso drena uma área de clima úmido, com
período seco de um a três meses e precipitações médias anuais acima de 1000 mm. O
rio Fundo nasce no município de Itaporanga d’Ajuda e recebe alguns sub-afluentes mais
extensos como o Paripueira e o Muculanduba. Está inserido numa área onde ocorrem as
maiores precipitações do Estado detendo um clima úmido com período seco de apenas
um a dois meses (Souza, 1982).
A Bacia do Rio Piauí apresenta três climas predominantes: Litoral Úmido,
Agreste e Semiárido, este último apenas em sua porção noroeste, a qual se insere no
Polígono das Secas. A temperatura média anual se situa em torno dos 24,5 °C. A
precipitação média anual é de 1.200 mm, com bastante variação atingindo, próximo ao
litoral, 2.000 mm e, na região do Polígono das Secas, menos de 800 mm. As
precipitações ocorrem no período de fevereiro a setembro, com variações dentro deste
período de acordo com a região da bacia, concentrando-se, na sua maioria, no intervalo
dos meses de março a julho (Sergipe, 2004).

2.4- Características da Vegetação

A cobertura vegetal, e em particular as florestas e as culturas da bacia


hidrográfica, vêm juntar a sua influência à de natureza geológica dos terrenos,
condicionando a maior ou menor rapidez do escoamento superficial. Existe grande
variabilidade de cobertura vegetal na bacia do rio Piauí, com campos limpos e sujos,
capoeira, caatinga, cerrado, higrófilas, vestígios de mata e mata.

2.5- Características do Solo e Composição Geológica

Em termos geológicos a Província Costeira e Margem Continental, definida por


Almeida et al.,1977, abrange geograficamente a área da Bacia Costeira do Rio Piauí. A
referida província inclui a Bacia Sedimentar de Sergipe (posicionada a leste do Estado,
com avanço sobre a Plataforma Continental), além das formações superficiais terciárias
e quaternárias continentais e os sedimentos quaternários da Plataforma Continental.
O substrato rochoso da Bacia Costeira do Rio Piauí que se encontra atualmente
constituído por gnaisse do Escudo Brasileiro, datado do Pré-cambriano, está superposto
por sedimentos das eras mesozóica (período cretáceo) e cenozóica (terciário e
quaternário) refletidos nos três grandes ciclos deposicionais que ocorreram na Bacia
Sedimentar de Sergipe, relacionados com as diversas fases de sua evolução tectônica:
continental, transicional e marinho. Duas unidades geomorfológicas dominam a área de
estudo: a Planície Costeira e os Tabuleiros Costeiros. A Planície Costeira é resultado da
complexa interação dos fatores climáticos, litológicos, tectônicos e da ação do oceano
sobre o continente. De amplo significado geomorfológico os Tabuleiros Costeiros,
modelados nos sedimentos do Grupo Barreiras, de idade plio-pleistocênica, são
atualmente superpostos ao embasamento cristalino e aos sedimentos mesozóicos da
bacia sedimentar de Sergipe configurando a predominância de rochas do tipo cristalino,
principalmente em sua porção centro-noroeste, associadas a formações calcárias em seu
extremo noroeste. Nesta região, o armazenamento das águas subterrâneas ocorre nas
fissuras, isoladamente ou intercomunicadas, caracterizando os aqüíferos dos tipos
fissural, fissural-cárstico e fissural muito fraturado. Na região centro-leste ocorrem
domínios sedimentares, com predominância de aqüíferos do tipo granular (CPRM,
2007).
Em relação à cobertura vegetal existe uma grande influência na velocidade dos
escoamentos e na taxa de evaporação, desempenhando papel importante e eficaz na luta
contra a erosão dos solos.

2.6 - Sistemas Hidrográficos

O sistema hidrográfico da área em estudo é constituído pelo Rio Piauí (principal)


que nasce na serra dos Palmares, em Riachão do Dantas e, após descrever um curso de
150 km antes de desaguar no Atlântico, entre os municípios de Estância e Jandaíra (BA)
encontra-se com o rio Real, no estuário conhecido como Mangue Seco. Possui diversos
afluentes de grande porte, destacando-se, pela margem direita, os rios Arauá e Pagão, e,
pela margem esquerda, os rios Jacaré, Piauitinga e Fundo.
Os domínios hidrogeológicos existentes acham-se representados pelas formações
Superficiais Cenozóicas, Cristalino e Grupo Estância. As Formações Superficiais
Cenozóicas são constituídas por pacotes de rochas sedimentares que recobrem as rochas
mais antigas da Bacia Sedimentar, da Faixa de Dobramentos Sergipana e do
Embasamento Gnáissico, tem um comportamento de “aqüífero granular”, por possuir
uma porosidade primária. O Cristalino tem comportamento de Aqüífero fissural, cuja
ocorrência da água subterrânea justifica-se pela porosidade secundária representada por
fraturas e fendas, com reservatórios aleatórios, descontínuos e de pequena extensão. Já o
domínio Grupo Estância, envolve os sedimentos essencialmente arenosos e tem como
características fundamentais a presença de fraturamento, litificação acentuada e forte
compactação.

2.7 – Recursos Biológicos

Os recursos biológicos acham-se representados através dos manguezais


formados por poucas espécies lenhosas, encontradas em terrenos lamacentos e
pantanosos sob influência dos movimentos da maré (FRANCO,1981). Registra-se
mangue branco, mangue vermelho, mangue manso, mangue canoé e o mangue de botão,
com algumas espécies fazendo parte desse ambiente tais como: crustáceos (caranguejo,
siri) e aves (socó, papagaio de mangue e garça branca). Outras espécies predominam, a
exemplo das associações de praias e dunas que ocorrem ao longo da orla marítima sob
influência dos ventos provenientes do mar; campos e matas de restinga; campos de
várzeas; Cerrados e matas de terra firme, que se constitui numa continuação de restinga.

2.8 - Importâncias Socioeconômicas

A bacia do rio Piauí destaca-se na produtividade de camarão cultivado,


ocupando o 4° lugar em termos de área produtiva de Sergipe. A maior parte desse
cultivo está localizada no município de Estância, seguido pelo município de Santa Luzia
do Itanhy.
As atividades de maior importância socioeconômica na bacia são: agricultura,
com a produção de laranja, limão, maracujá, mandioca, mamão, tangerina, milho, feijão
e coco; pecuária, destacando-se as criações de bovinos, ovinos, suínos, eqüinos e
galináceos; e mineração, com a exploração de argilas, areia, brita, cal, granito e águas
minerais (Sergipe, 2004).

2.9 - Potencial Hidrogeológico

As Figuras 4 e 5 apresentam as principais fontes naturais de oferta hídrica. A


primeira informa sobre a regionalização das precipitações e a segunda sobre potencial
hidrogeológico dos aqüíferos da bacia.

Figura 5: Tipos de aquíferos e sua distribuição espacial na bacia

Figura 4: Climatologia
Figura 5: Tipos
da Precipitação
de aquíferos
Anual
e sua distribuição espacial na bacia
A Bacia do Rio Piauí tem uma Descarga Média Anual de 22,92 m³/s, com uma
potencialidade anual de 722,8x106 m³.

2.8 - Ofertas e Demanda Hídrica

Em relação à disponibilidade hídrica da bacia, essa apresenta uma


disponibilidade hídrica subterrânea explorável de 140.000.000 m³/ano, e uma
disponibilidade hídrica superficial de 41.469.840 m³/ano, totalizando 181.469.840
m³/ano.
As disponibilidades de água subterrânea se tornam escassas a partir da parte
média e alta da bacia, onde a oferta de água é reduzida e muitas vezes inexistente.
Dentre as demandas hídricas da Bacia do Rio Piauí, as principais são o uso
humano, correspondendo a 23.459.377 m³/ano, o uso para dessedentação animal,
5.405.319 m³/ano, o uso industrial, 811.997 m³/ano, e o uso na irrigação,
correspondendo a 9.583.579 m³/ano. Assim, temos uma demanda total de 39.260.272
m³/ano.

2.9 - Atividades Impactantes

A bacia hidrográfica do rio Piauí, assim como a de outros rios, não escapa da
devastação causada pelo homem. Além dos problemas relacionados com os resíduos
industriais, existem outras atividades que causam danos, como: esgoto a céu aberto,
descarte de lixo, assoreamento de rios e riachos, pesca predatória, uso indiscriminado de
agrotóxicos e desmatamento.

2.10 - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piauí

O órgão responsável por tal bacia foi instituído como CBH-Piauí e iniciou-se em
2004, com base na metodologia participativa aplicada em diversos momentos e em 2005
foi oficializado pelo Decreto do Governo do Estado de nº. 23.375 de 09 de setembro de
2005, publicado no Diário Oficial do Estado de nº. 24.855 pág. 1 e 2 em 12 de setembro
de 2005 e pela Resolução do CONERH/SE de nº. 05 de 27 de junho de 2007.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piauí é composto por 48 membros entre
Titulares e Suplentes eleitos por seus pares dos Segmentos Poder Público, Sociedade
Civil e Usuários e encontra-se na segunda gestão – 2008-2010.
3. CONCLUSÕES

São diversos os problemas de ordem ambiental predominantes na Bacia


Hidrográfica do rio Piauí e em seu trecho inferior, destacando-se a degradação da
qualidade dos mananciais agravada, principalmente, pela falta de um tratamento
adequado dos resíduos sólidos e efluentes domésticos, e bem assim pela contaminação
derivada de fontes diversas, tais como: indústrias, agrotóxicos, lavagem de roupa e
banho, matadouro, postos de gasolina, pocilga, cemitério, e casas de farinha, entre
outros (Bezerra et al., 2007).

A Bacia Costeira apresenta uma série de problemas ambientais capazes de


originar sérios conflitos, entendidos como situações onde aparecem os confrontos de
interesses representados por diferentes atores sociais, em relação à utilização dos
recursos ou até mesmo à gestão do meio ambiente. O reconhecimento dos conflitos e os
seus respectivos rebatimentos territoriais são elementos que representam as relações
socioambientais e que compõem o cenário geográfico da área de estudo, sendo neste
caso, de fundamental importância a identificação dos atores sociais envolvidos em
certos conflitos, para estabelecer critérios sustentáveis visando à gestão de uso e
ocupação do solo. Assim, as bases territoriais atreladas ao esforço de introdução de
instrumentos e tecnologias adaptadas às particularidades locais são caminhos viáveis e
bastante lógicos dados a realidade contraditória, injusta, problemática e heterogênea da
bacia.
Diante das demandas obtidas e das disponibilidades superficiais existentes da
bacia verifica-se um superávit hídrico. Esse valor de superávit é localizado no terço
inferior da bacia na foz do rio Piauí, sendo o volume superficial na parte média e
superior muito inferior, indicando que para o desenvolvimento da parte média e superior
pode ocorrer um déficit hídrico.
As disponibilidades de água subterrânea se tornam escassas a partir da parte
média e alta da bacia, onde a oferta de água é reduzida e muitas vezes inexistente.
A análise permitiu visualizar que regiões da bacia localizadas na porção centro-
litorânea apresentam águas subterrâneas de melhor qualidade em relação à maioria das
variáveis, refletindo a presença dominante do aqüífero granular. As maiores restrições
ao uso da água para atividades de agricultura, como a irrigação, se localizaram na
porção norte da bacia, de domínio cristalino e predominância de clima semiárido. Existe
a tendência de aumento na concentração de sais das águas subterrâneas no sentido
centro-cabeceiras.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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