Professional Documents
Culture Documents
Declaro ainda que este Trabalho de Fim do Curso não foi submetido em
momento algum, no seu todo ou em parte, em nenhuma Universidade ou
outra instituição de ensino superior para qualquer grau académico nem está
a ser apresentado para obtenção de outro grau para além daquele a qu e diz
respeito.
O Candidato
_________________________________
Declaro que, tanto quanto me foi possível verificar, este Trabalho de Fim
do Curso é resultado da investigação pessoal e independente do candidato.
O Professor Orientador
___________________________________
¢ c c c
cc
c
c
O papel de Angola na SADC.
Este Trabalho de Fim do Curso foi julgado adeq uado e aprovado na sua
versão final pela Direcção do Curso de Relações Internacionais no
dia_____ de____ 2010
Professor
____________________________________________________________
________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
________________________________________
c
c
c
c
c
Agostinho Neto()
c
CONCEIÇÃO, Maria Pedrocccc cc ........................
Trabalho de Fim do Curso de Relações Internacionais, Unuversidade
técnica de Angola, Luanda,2010.
¢c
c
¢c
c
]
cc
] c
c
c
DECLARAÇÃO DE AUTORIA...................................................................I
FOLHA DE APROVAÇÃO.........................................................................II
DEDICATÓRIA.................................................................................. ........III
AGRADECIMENTOS.................................................... ............................VI
RESUMO................................................ ....................................................V
RÉSUME.....................................................................................................VI
SIGLAS.....................................................................................................V II
INTRODUÇÃO........................................................................... ...............1
RECOMENDAÇÕES....................................................... ..............................
BIBLIOGRAFIA................................................................................. ...........
ANEXOS........................................................................................... ..............
INTRODUÇÃO
No que tange o papel de Angola na sub - região, salienta-se que até aos anos
60 o país permaneceu fora dos principais temas políticos desta região.Com
o desenvolvimento da sua luta de libertação nacional e principalmente com
a intervenção militar da África do Sul, em 1975, através do seu exército
regular, tornou-se de facto parte integrante da região.
c
c c c] c c
!!"cc ##c"c$#%$c
Com o surgimento dos Países da Linha da Frente surge também ³uma luz
no fundo do túnel´, pelo facto destes criarem bases sustentáveis que
permitiram a coordenação de esforços para apoiar a luta de libertação
política dos povos namibianos e zimbabuéanos bem como para a queda do
regime segregacionista do apartheid na África do Sul, tarefa esta que exigiu
particularmente um esforço titânico da Repú blica de Angola ao assumir
que ³&'#c '(c c )#$(c *#$+c c,-.c$c
$#c c /$(**012c c (3*$2c 45$c c 'c 'c c -c c
#c $($$#c c
2c c '.2c c c $#c c
'#c $+c c #$#2c 6.c c $c %c '5$$#c c c
#$'-.c c c '#2 7c resultando assim as independências da
Namíbia e do Zimbabwé e o fim do apartheid na África do Sul.
c
]"c c c
Este nível de dependência por parte dos países da região Autral, originou
uma chantagem política por parte do regime segregacionista que vigorou na
África do Sul, o Apartheid que utilizou as suas vantagens económicas ou
pressões militares para tentar impor os seus interesses na região.
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
D
c'cccB&c&c/?c
+90c
: cEBFccBccc
c&cC( ccG&cc& c
c,ccH3c !3Hc"( c c
particularmente, porque a participação do empr esariado, nomeadamente do
sector privado é diminuta. A cooperação e a integração não podem
desenvolver-se apenas ao nível de representantes do Estado, havendo
necessidade de um engajamento mais eficaz do sector privado. Um dos
grandes problemas que a Organização enfrentou foi a falta de participação
efectiva de empresas públicas ou privadas nos seus investimentos a curto,
médio ou longo prazos. Por outro lado, sendo a SADC uma organização
descentralizada, compete à cada Estado membro, através das suas Unida des
de Coordenação ou Comissões Sectoriais, negociar, assinar contratos ou
acordos de cooperação com os vários Parceiros de Cooperação
Internacional ou agências financiadoras para implementar os programas e
os projectos regionais. Esta descentralização confere ao Estado um papel
relevante no processo decisório, independentemente do regime político
proceguido pelo mesmo. A título de exemplo, podemos salientar a posição
assumida pelos governos de Angola e Moçambique que tendo optado pelo
marxismo-leninismo, participavam em igualidade de circunstâncias, com os
demais Estados da Organização.
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
$
c6c
c
cG0c%c
cccc/c/cc&ccc
ccccc c !! c"( c$$ cc
"c c c
<!"c c'c$-.c
Dose anos mais tarde, os lideres da SADC decidiram criar um estatuto legal
e mais formal, passando o enfoque da coordenação de projectos de
desenvolvimento para tarefas mais complexas de integração das suas
economias numa economia regional.
Foi então que Chefes de Estados e de Gove rno assinaram uma Declaração e
Tratado que permitiu a criação da Comunidade para o Desenvolvimento da
África Austral (SADC), numa Cimeira realizada em Windhoek em 17 de
Agosto de 1992. Esta foi criada com um objectivo principal de fortalecer e
consolidar de forma duradoura as afinidade s históricas, sociais e culturais e
dos laços entre os povos da região.
Para além do acima referenciado é sabido que a sub -região Austral passou
por vários constrangimementos impostos pelo regime do apartheid que
vigorava na região, facto que permitiu que em 1989 os Chefes de Estados e
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
H
cc&cc&ccc&cc*ccccc./cc
c&c
*cc !3 ccI&::JcccFcc0(2B6c&cB6ccB6ccc
BF c
c&cc&:J&c:c&cccc0(2B6c&c
.:7KcCcLccc(c&c
(cc !! c
de governo se reunissem em Harare - Zimbabué onde decidiram criar a
SADC.
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
m
c 0c E;'c Jc &c "(&c c $c c c //&c "c (B6c (c c Ac Bc
"c"LccJ(c"c(cc&cc
cc(c"2 cc"(&c&:J&c
ccc&&:ccc;BFcc0(2B6c"ccc"B6cc
cCc(cc"&cc(B6c(c&ccccc&cc
c/6cc& cccc
Concluindo, a criação da SADC, surge da necessidade dos Estados
membros da SADCC transformarem uma organização voluntária cuja
existência assentava num Memorando de Entendimento para uma
instituição juridicamente vinculativa que se baseava apartir dr um Tratado ,
surgindo ainda para mudar os objectivos da organização para dar maior
peso ao bem-estar económico, à melhoria da qualidade de vida e a paz,
liberdade, segurança e justiça. c
<7"cc3c((*ccc$#1$cc. c
<<"c$3$2c*9#$cc$(#8$cc c
Para prossecução desta missão, serve -se dos seguintes princípios que se
encontram plasmados no Artigo 4º do Tratado da SADC:
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
3
cE0M
ccJc
/c;B6c4c&c;cc;(B6cE(c8
(c"( < c0:cc 3 c
!
c;:&c"( cD c
3c Alcançar o desenvolvimento e crescimento económico através da
integração regional, aliviar a pobreza, melhorar o padrão de vida dos
povos da África Austral e apoiar os que são socialmente
desfavorecidos;
3c Desenvolver valores, sistemas e instituições políticos comuns;
3c Promover e defender a paz e a segurança;
3c Promover o desenvolvimento auto sustentado na base da auto -
suficiência colectiva e a interdependência entre os Estados;
3c Conseguir a complementaridades entre as estratégias e programas
nacionais e regionais;
3c Promover e optimizar o emprego produt ivo e a utilização dos
recursos da região;
3c Conseguir a utilização sustentável dos recursos naturais e a protecção
efectiva do meio ambiente;
3c Reforçar e consolidar as afinidades e laços históricos, sociais e
culturais desde há muito existentes entre os povo s da região.
Entretanto, para que estes objectivos sejam alcançados a SADC deverá:
3c Harmonizar políticas e planos socioeconômicos dos Estados
membros;
3c Encorajar os povos da região e suas instituições a tomarem
iniciativas que visem o desenvolvimento de ví nculos sociais e
culturais no seio da região e a participação plena na implementação
de programas e projectos da SADC;
3c Criar instituições e mecanismos apropriados com vista a
mobilização dos recursos necessários para a implementação de
programas e operações da SADC e suas instituições;
3c Desenvolver políticas destinadas a eliminação progressiva de
obstáculos a livre circulação de capitais e força de trabalho,
mercadorias e serviços, e em geral, a livre circulação de pessoas da
região, entre os Estados membros;
3c Promover o desenvolvimento, transferência e domínio da
tecnologia;
3c Melhorar a gestão e o rendimento económicos através da
cooperação regional;
3c Promover a coordenação e harmonização das relações
internacionais dos Estados membros;
3c Assegurar o interesse e compreensão, a cooperação e apoio
internacionais, e mobilizar afluxos de recursos, públicos e privados
para a região;
!B
Os projectos e programas da SADC têm também o suporte da NEPAD .c
c
$'c7!c
c
Portanto, o papel de Angola remonta a época dos Países da Linha da
Frente. A sua contribuição foi profundamente determinante porquanto o
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
È
+/c'c"cc//&cccc&c&cAc/ccB6cc
c"c")"ccc&c:cc/cc"L"c& ccc"c
ccccJ(c"cc"B6cc/cc"(&cc//&cc
c
seu governo, o seu povo e as suas forças armadas suportaram e enfrentaram
em várias frentes a pesada máquina de guerra racista e consequentemente
alteraram a correlação de forças a favor dos povos até então subjugados à
dominação colonial, o que permitiu que hoje fossem livres, independentes e
soberanos. O empenho de Angola à esta causa nobre, contribuiu não apenas
para o fortalecimento da organização mas também para alcançar outros
patamares que conduziram ao surgimento da SADCC e posteriormente da
SADC. Deste modo, a República de Angola granjeou por mérito próprio
admiração, respeito e prestígio nas regiões austral e cent ral e em particular
na própria África do Sul.
]cCc
c ]cc
] c cD"
c c c
=!"cc(3$c3#$cc$(:#$c
=7"cc(3$cc5cc'- c
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
cE
8;
c'"/cc'Bccc
cE/ccJcc&B6c c
8c c"(c < c
Angola primou claramente por uma política de defesa avançada, o que lhe
tem permitido grangear admiração, respeito e simpatia da comunidade
internacional e , em particular dos Estados membros da SADC.
=<"cc(3$cc$#-.c%($cc]$c(1$ c
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
<
c-
+1+c7& c0"cc"(c D< c
D
c
c7(c&ccc
cc
cc(@c(
cc:Nc
ccJc&c
&&c"c"/B6c(6ccB6ccc"c"c!c6ccc
@cc*ccccc./cc01
c2cc3c4c< cc*cc !!<cc
c(" c
A possibilidade das Estado poderem atingir patamares altos do seu
produto interno bruto, advem das relações económicas por eles
estabelecidos com outros Estados do mundo, servindo de catalizador
das relações inter estatais.
"c(c$($c'2cc(cc$#-.c$cc
#$cc3#$c$$cc$(#c %($Gc
"c (c 'c '2c #(c c c -c c (* c
'5$$#c c &'c c ##1$c $$c (c '6$c c
:$c3cc#(cc$(#c%($cc$c
(:c %c #c (c c *53$c c $#-.c
%($c.cc&'$$*(#c#$ !Hc
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
È
%cc c"c c Acc 'cc&Jc+cc
ccc c
8B&ccc&Jcc &c8c4c!c ccc <cccc 7c
+cc
(ccc:ccG8B&cc&Jc+cc
cc
(c
"( c cc cc
destaca-se uma das espécies raríssima do mundo, a Ralanca Negra
Gigante.
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
Èm
*cc'ccE"O:cc
(c"cPFcc;(B6cE( c%cc
/ccccc
(ccc $cc
(cc #c"( c<
c
3
cP2c
cG
(cc'ccc'c c"(c# c
2- Apesar do desgaste e da destruição provocada pelo conflito interno,
Angola nunca negou ajuda militar, política e diplomática aos parceiros
regionais que dela precisavam (África do Sul, Namíbia, Zimbabwe,
República Democrática do Congo);
5- Pela sua experiência polít ica, Angola tem uma tendência natural para se
identificar com as aspirações mais legítimas dos países da SADC. Para
além da paz e da segurança a estes países interessam políticas e estratégias
de integração regional que os tire do atraso económico em que se
encontram, de forma efectiva, desinteressada e consequente. Tal como
contribuiu com o seu sangue para a defesa da soberania e da estabilidade
dos seus irmãos da SADC, todos acreditam que, Angola colocará os seus
recursos económicos e financeiro ao serviço da causa da integração
económica regional;
c
Comércio livre
Dados recentes indicam que dos 107 580 milhões de dólares norte
americano do PIB total da SADC, mais de 80.000 milhões, ou seja 80%,
pertencem à África do Sul.19
$(cc
cccccccccccccccccccccccccccccccccccccccc cccccccccccccccc
c.c@ccB6c"cc//&ccc
c !3D c
cB6cc"c(/ccc;"ccc
c&c8Qcc cc
:cc !3 c
c
cccccccE/cc':B6c"ccJcc&B6cccc c
ccccccc c
ccc
mc7cccE)cc<$<H 0cc
cc (cRc&cT&cc'Lc
cc')c&c (ccAc0:c H cc c
cccccccc
cc&6c+cc
c"c $ c
)c8 ccc'"c9:*c c
cc%ccJccEBFc%c8c !!H c c
ccccccc(c8/cLcccUcRc<VcB6c8:ccc
ccccccc D c
ÈÈ
&(ccc
c$cc"?c
/Bcc
cc'"/c"c $ c
Èc;&/c+cc&:%ccE"O:ccccccc c
ccccccc < c
c
¢ Ic