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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 3 de Agosto de 2003, às 10:14 a.m.

Exercı́cios Resolvidos de Dinâmica Clássica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Instituto de Fı́sica

Matéria para a QUARTA prova. Numeração conforme a quarta edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo 14.1 QUESTIONÁRIO . . . . . . . . . . . . 2


14.2 EXERCÍCIOS E PROBLEMAS . . . . 2
14 Capı́tulo 14 - OSCILAÇÕES 2 14.3 PROBLEMAS ADICIONAIS . . . . . 8

Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br


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14 Capı́tulo 14 - OSCILAÇÕES

Para pequenas amplitudes, o pêndulo é isócrono,
isto é, o perı́odo não depende da amplitude. Contudo,
quando as oscilações se dão a ângulos maiores, para
14.1 QUESTIONÁRIO os quais a aproximação 45768,9:8
já não é válida, o
8";

perı́odo torna-se uma função crescente de , o ângulo
2. Quando a massa

é suspensa de uma determina- de máximo afastamento da posição de equilı́brio. Uma
da mola A e a massa menor

é suspensa da mola discussão interessante a esse respeito está feita no volu-
<
B, as molas são distendidas da mesma distância. Se me , capı́tulo do Moysés Nussenzveig.
os sistemas forem colocados em movimento harmônico
simples vertical com a mesma amplitude, qual deles terá 11. Um pêndulo suspenso do teto de uma cabine de
mais energia? elevador tem um perı́odo T quando o elevador está
 parado. Como o perı́odo é afetado quando o eleva-

   
Da equação de equilı́brio para um corpo suspenso de dor move-se (a) para cima com velocidade constante,

 
      
uma mola, , concluimos que . A (b) para baixo com velocidade constante, (c) para bai-
energia do oscilador é , portanto . xo com aceleração constante para cima, (d) para cima

=  
com aceleração constante para cima, (e) para cima com

=  
aceleração constante para baixo , e (f) para bai-
4. Suponhamos que um sistema consiste em um bloco
xo com aceleração constante para baixo ? (g)
de massa desconhecida e uma mola de constante tam-
Em qual caso, se ocorre em algum, o pêndulo oscila de
bem desconhecida. Mostre como podemos prever o
cabeça para baixo?
perı́odo de oscilação deste sistema bloco-mola simples-
mente medindo a extensão da mola produzida, quando 
penduramos o bloco nela.
     16. Um cantor, sustentando uma nota de freqüência

 "!$# %  %
No equilı́brio temos . O perı́odo do apropriada, pode quebrar uma taça de cristal, se este for
oscilador é , onde a razão desconhecida de boa qualidade. Isto não pode ser feito, se o cristal
pode ser substituı́da pela razão . &() ' for de baixa qualidade. Explique por quê, em termos da
constante de amortecimento do vidro.

5. Qualquer mola real tem massa. Se esta massa for 


O cristal da taça é um sistema oscilante fortemente
levada em conta, explique qualitativamente como isto amortecido. Quando uma força externa oscilante é re-
afetará o perı́odo de oscilação do sistema mola-massa. movida, as oscilações de pequena amplitude no sistema
 diminuem rapidamente. Para uma força externa osci-
lante cuja freqüência coincida com uma das freqüências
de ressonância da taça, a amplitude das oscilações é
7. Que alterações você pode fazer num oscilador
limitada pelo amortecimento. Mas, quando a amplitude
harmônico para dobrar a velocidade máxima da mas-
máxima é atingida, o trabalho efetuado pela força ex-
sa oscilante?
terna supera o amortecimento e a taça pode então vir a
 A velocidade máxima do oscilador é * % ,+.- %
.
romper-se.

-%
As possibilidades de duplicar essa velocidade seriam (i)

duplicando a amplitude
/
, (ii) trocar a mola de cons-

0 /
tante por outra de constante , (iii) trocar a massa
. Claro, há inúmeras possibilidades 14.2 EXERCÍCIOS E PROBLEMAS

por outra massa
de alterar e tal que 2+ 13 "+
.
Seção 14-3 Movimento Harmônico Simples: A Lei de
Força
10. Tente prever com argumentos qualitativos se o
perı́odo de um pêndulo irá aumentar ou diminuir, quan- 3E. Um bloco de /?>A@B@
kg está suspenso de uma certa
do sua amplitude for aumentada. mola, estendendo-se a C7DE>A@
cm além de sua posição de
repouso. (a) Qual é a constante da mola? (b) O bloco

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é removido e um corpo com @E>GFH@B@


kg é suspenso da (c)
 ! 
= I g  A> @ML pn I < ! L I DQ>A@MLqbdH4 I D ! i < L nr DKDE>GF m/s
mesma mola. Se esta for então puxada e solta, qual o
perı́odo de oscilação?
 (d) ! CN!
fase D ! i
(a) No equilı́brio, a força exercida pela mola é igual

< <
ao peso da massa. Então
  JI /?>A@K@ML ION >APQC7L T
$   M/ F
 @QRSC7D N/m (e) ^ + <!
"! H! CK>GF Hz
(b) O perı́odo será
^ 
 "! U @ERWFH@K@   _ @Q>ADXY s R
(f)

 TH!$U V  X/ F @E> P s
20P. Um bloco de  >A@B@ kg está suspenso de uma certa
mola. Se suspendermos um corpo de <B@K@ g embaixo do
10E. Uma massa de FH@Q>A@
g é presa à extremidade infe-
bloco, a mola esticará mais  >A@K@ cm. (a) Qual a cons-
tante da mola? (b) Se removermos o corpo de <K@B@ g e
rior de uma mola vertical e colocada em vibração. Se a
velocidade máxima da massa é C7FE>A@
cm/s e o perı́odo
@E>GFH@B@
s, ache (a) a constante de elasticidade da mola,
o bloco for colocado em oscilação, ache o perı́odo do
movimento.
(b) a amplitude do movimento e (c) a freqüência de
oscilaçâo. 
(a) Para calcular a constante da mola usamos
 Aı́ temos um exercı́cio que é aplicação direta de
a condição de equilı́brio com a segunda massa, res-
ponsável pela deformação adicional da mola:
”fórmulas”:
 1 s T c- 1
+ H! "! C  >GFBY rad/s
(a)

 E@ >GFH@K@ I @Q>A<K@B@BL ItN >aPEC]L V I @Q>A@ 


$ Z+ [ I C  >GFBYKL  I @E>A@MFH@ML YX> N @ N/m
 $ C7FH@ N/m
(b) Calculada a constante da mola, vamos ao perı́odo:
 % * + % @E >\C]F @Q>A@EC  m
(b)

C >GFBY  T"!$U
(c) ^   
`_ >A@ Hz  V"! U C]>AFH@B@ @ E@ >uY"< s

16E. Um corpo oscila com movimento harmônico sim-


ples de acordo com a equação 26P. Um bloco está numa superfı́cie horizontal (uma
- I DE>a@ LcbdH4fe I < !
m rad/s rad Lhg(i j! 0 <
mesa oscilante), que se agita horizontalmente num mo-
klR
vimento harmônico simples com a freqüência de  >a@
Em g  >A@ Hz. O coeficiente de atrito estático entre o bloco e a
s, quais são (a) o deslocamento, (b) a ve- superfı́cie é @E>aF
. Qual pode ser a maior amplitude do
locidade, (c) a acelera ção e (d) a fase do movimento? MHS, para que o bloco não deslize sobre a superfı́cie?


Também, quais são (e) a freqüência e (f) o perı́odo do
movimento? A força responsável pela oscilação não deve exceder
 a força máxima do atrito estático:
(a)
c- % Tvxway
- I g  A> @ML I DE>A@MLmbdH4 I D ! i ! L Q< >A@ m
< +  - % zvxwa
^ 
(b) / ! - % vx ZwG vxwa
 a> @BL n I < ! L I DE>a@BL347576 I D ! i ! on / N
* Ig T -% ! ^ 
< m/s /
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- % Q< >\C7@ cm O sinal negativo indica que a massa está abaixo da


posição de equilı́brio, dirigindo-se para a posição de
30P. Certa mola sem massa está suspensa do teto com máximo afastamento, do ”lado negativo”.
um pequeno objeto preso à sua extremidade inferior. (c) Para determinar a massa do primeiro objeto ligado à
O objeto é mantido inicialmente em repouso, numa mola, usamos a relação , tomando : $ Ty+  +21x Z+0H
K{
posição tal que a mola não fique esticada. O objeto é $ I  i  1 L + 1 

K{ y+  I  i  1 L +
então liberado e oscila para cima e para baixo, sendo sua
posição mais baixa C7@
cm de . (a) Qual a freqüência

 @E>C@ /
da oscilação? (b) Qual a velocidade do objeto quando
estáPE>a@cm abaixo da posição inicial? (c) Um objeto de
<K@B@
kg
massa de g é ligado ao primeiro objeto; logo após,
(d) Quando as oscilações acontecem com ambos os ob-
o sistema oscila com metade da freq’üência original.
Qual a massa do primeiro objeto? (d) Com relação a , {
jetos presos à mola, a posição de equilı́brio do sistema
passa a ser
onde é o novo ponto de equilı́brio (repouso) com ambos

os objetos presos à mola?
I  i  1 L $  I  i  1 L + 1  1 1
 (a) Os dados do problema sugerem o uso do princı́pio  1 1 + /  E@ >  @ m
da conservação da energia. Colocamos o referencial pa-
ra a energia potencial gravitacional na posição mais bai-
  C/ ‚n  Y
Ms X
xa: 33P. Duas molas idênticas estão ligadas a um bloco de
massa e aos dois suportes mostrados na Fig. .

]. z+  
Mostre que a freqüência da oscilação na superfı́cie sem
atrito é
^ C U 2
+ |U "  " !  R
+ C\/ rad/s 
ƒ-
Qualquer deslocamento da massa produz um igual
de distenção e compressão das molas, tal que a força
(b) Ainda trabalhando com a conservação da energia,
PE>a@
K E ƒ- Z+  ƒ-
resultante atuando na massa é
abaixo de : B{
mudamos o referencial agora para a posição a cm


yX 1   * i Xc 1
 +  K
]X 1 n}+   1  *  ^ C U K
"! 
* @E>GFHD m/s
Também podemos chegar a este resultado pela equação 
35P. Duas molas são ligadas e conectadas a determinada
massa , como mostrado na Fig. C\/

. A superfı́cie n P
 % E@ >A@MF g @
de movimento. A amplitude do MHS subseqüente é

é sem atrito. Se ambas as molas tiverem uma constante

{ m e tomando quando a massa está
~ @ de força , mostre que a freq’üência da socilação de
em , temos a constante de fase : é
^ C U
 I gL Z % bdH4 + g H ! "  R
n @Q>A@B< @E>A@MF€bdH4 + g
bdH4 + g T >  C/B< rad 
 
Suponhamos que as molas tem constantes diferen-
Para a velocidade da massa, deformação -Q„… z-  i - 
tes, e . Qualquer deslocamento da massa produz a
, que também podemos escre-
* I gL n+s % 47576 + g ver como
-Q„… z† I C  i C  L Bwq‡ˆ]{S†‰ŠG‹Œwh"„tw
* I C\/XL I @Q>A@MFKL47576 I  >  C/B<ML n Q@ >aFHD m/s

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C  i  -
wq‡qˆ]{Œ‰ŠG‹Swh"„tw X  K (a) Em qual valor de a energia potencial da partı́cula

Para a freqüência teremos então


é igual à metade da energia total? (b) Quanto tempo
leva para que a partı́cula mova-se para esta posição , a -
^ C M B
partir do ponto de equilı́brio?

H !TŽ I  i  L  
Considerando as molas iguais, com   T , vem rizontal sem massa de forma que ele possa rolar, sem
50P*. Um cilindro sólido está ligado a uma mola ho-

^ C U
32). A constante da mola é <E>a@ N/m. Se o sistema
deslizamento, sobre uma superfı́cie horizontal (Fig. 14-
"! H
esteja estendida de @Q>  F m, ache (a) a energia cinética
for liberado de uma posição de repouso em que a mola
.
translacional e (b) a energia cinética rotacional do ci-
Seção 14-4 Movimento Harmônico Simples: lindro quando ele passa pela posição de equilı́brio. (c)
Considerações Sobre Energia Mostre que nessas condições o centro de massa do ci-

FE>A@K@
lindro executa um movimento harmônico simples com
42E. Um objeto de kg numa superfície horizon- perı́odo
C@K@B@
 J"! U <MK – >
tal sem atrito é ligado a uma mola com constante
N/m. O objeto é deslocado FH@Q>A@
cm horizontalmente
e empurrado a uma velocidade inicial de m/s, naC7@E>a@
onde –
é a massa do cilindro. (Sugestão: Ache a deri-
direção do ponto de equilı́brio. (a) Qual a freqüência do
vada da energia mecânica total em relação ao tempo.)
 X- 
movimento? Quais são (b) a energia potencial inicial do
sistema bloco-mola, (c) a energia cinética inicial e (d) a  
 @E>\7C @
A energia mecânica total do oscilador é m.
amplitude da oscilação?
Com os dados fornecidos, obtemos J. Na
 (a) A freqüência do movimento é
posição de equilı́brio, a energia total é só cinética
^ + T
" !  >  F Hz 
 C –—* i sC ˜ + R

Como o cilindro rola sem escorregar, * +2™ e a ener-
(b) A energia potencial inicial é

€ Q ‘- gia cinética rotacional pode ser expressa em termos da
 velocidade linear * :
  @E>GFH@ML C7@K@B@BL @E>GFKL  C  F J
I I I   
(c) A energia cinética inicial é  C –—* i ‚C I C – ™ L I ™ * L

’$  *   
  C –—* i C I C –—* L
’$ @E>GFKL Fc>a@BL C@Q>A@ML  T FH@ J
I I I A energia cinética de rotação vale a metade da energia
(d) Com a conservação da energia temos cinética de translação. Portanto, (a)

 “  ’ $  c- % ’ @E>a@KDMY
 i  translação J

- @E>aPMY m (b)
m
’ @E>A@B<K< J R
46P. Uma partı́cula de <Q>A@ kg está em movimento
rotação

harmônico simples em uma dimensão e move-se de (c) Seguindo a sugestão do enunciado, a energia
mecânica total do oscilador é
  
acordo com a equação
-V I Fc>a@ mcL bdH4fe I !j0 < rad/s Lqg n”!j0 / rad k•R  C –—* i C ˜ + i C X-
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 C –—*i C I C – ™ L I ™ * L i C X- quando a esfera é liberada desta posição?

< –—*  i C X-   O momento de inércia da esfera sólida é


 /  ™  
˜ – E
@ a
> B
P K
F F
Como a energia mecânica total é constante, šG› „ @ . F kg.m
š
Usando nas duas parcelas do lado direito da equação aci- A constante de torção do fio é
ma as relações para a posição, velocidade e aceleração
£y ¤ cF >a@K<
8
do MHS, obtemos N.m/rad
-
@ < –—*œ * g i X - œ g O perı́odo das oscilações então é
œ œ
  V"! U £˜ V >GF N s
@ < – I nž+…- m 47576 + gL I nž+ - m bdH4 + gLAi X - m b dH4 + g I nž+…- m 47576 + gL
amplitude angular de ! rad e um perı́odo de @Q>aFH@ s.
54P. A roda de balanço de um relógio oscila com uma
Após as devidas simplificações, resulta

+  B Ache (a) a velocidade angular máxima da roda, (b) a


<B– de !j0K rad e (c) a aceleração angular da roda, quando
velocidade angular da roda quando seu deslocamento é

Outra forma de se chegar ao perı́odo pedido é ”cons- seu deslocamento é de / rad.


!j0
truindo” a equação diferencial que descreve o MHS. A
força resultante atuando é
 (a) Assumimos, claro, que o movimento oscilatório
- ^ que a constante de fase ¥ @ :
inicia na posição de máximo deslocamento angular, de
–Ÿœ g  

n X
$
- n modo
œ
atrito
máx.
+ z+ 8 / !  rad/s
m
A segunda na lei na forma angular fornece a força de

8 ! I gL 8 b\dH4 + g
(b)

atrito estático
^™ C  C
˜B  I  – ™ L I ™ L œ  - m

atrito
œ g  z! bdH4€/ ! g
^ C - / ! g !
 –¡œ g  < rad
œ
atrito
Levamos este resultado para a equação da velocidade do
+ I gL pn}+  8 47576 + g
Levando este resultado para a equação da força resultan-
te, vem - MHSA:
C
I –¢i  –LHœ g  i X- @ + n / !  47563@Q>aF pn <E>A/MF !  rad/s
m

 - Bœ
œ g  i <B– - @ 8 I gL ¦§ rad, temos
(c) Na equação para a aceleração angular, quando

œ on¨+  8 bdH4 + g
-
Na segunda parcela da equação
+  acima, a quantidade f
  I 
g L

m

 fI gL on / !3© rad/s R


multiplicando é igual a , levando ao perı́odo do
MHS do cilindro.

Seção 14-5 Um Oscilador Harmônico Simples Angu- Seção 14-6 Pêndulos


lar

52P. Uma esfera sólida de NF


kg com um raio de C7F
cm uniforme (de massa – ™
64E. Um pêndulo fı́sico consiste em um disco sólido
e raio ), suportado num pla-

@E>  @
é suspensa de um fio vertical preso ao teto de uma sala. no vertical por um eixo localizado a uma distância do
Um torque de N.m é necessário para girar a esfera centro do disco (Fig. 14-35). O disco é deslocado de um
œ
de um ângulo de @E>aPBF
rad. Qual o perı́odo da oscilação, pequeno ângulo e liberado. Ache uma expressão para o

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¬   G‰ ­
i ® . A força restauradora do MHS é †
n =  74 56¯8 . Para pequenas oscilações, 475689°8
perı́odo do movimento harmônico simples resultante.

e fazendo 8 ² ³ ± , podemos escrever a equação do MHS
efetiva
Usamos aqui diretamente a equação para o perı́odo
do pêndulo fı́sico, mas antes precisamos aplicar o teo- para a variaável 4
rema dos eixos paralelos para ter o momento de inércia
 #   § 0"™ 
do eixo de rotação passando pelo ponto se suspensão do
œ g 4 i i* 4 @Q>
disco:
   œ ª
˜ ˜ i  œ C – ™ i  œ
§
cm onde

A expresão para o perı́odo então é +  I#  i * 0"™  L


™ i   ^ ª
  H ! Ž ] œ ¦
œ
nos leva à freqüência ´ .
69P. Uma haste com comprimento ª oscila como um 
75P. Uma haste longa e uniforme de comprimento e ª
pêndulo fı́sico, com eixo no ponto « na Fig. 14-37. (a)
massa gira livremente no plano horizontal em tor-
no de um eixo vertical, através do seu centro. Uma

termos de ª e - , a distância do ponto de suspensão ao
Deduza uma expressão para o perı́odo do pêndulo em determinada mola com constante de força é ligada

centro de massa do pêndulo. (b) Para qual valor de -m0 ª


horizontalmente entre uma extremidade da haste e uma

(c) Mostre que, se ª CK>a@K@ m e


parede fixa, como mostra a Fig. 14-38. Quando a has-
s N >aPK@ m/s , este mı́nimo
o perı́odo é mı́nimo?
é CB>aFH< s.
te está em equilı́brio, fica paralela à parede. Qual o
perı́odo das pequenas oscilaçãoes que resultam, quando
 (a) Repetimos aqui o problema anterior; com a a haste é ligeiramente girada e liberada?

aplicação do teorema dos eixos paralelos para obter o  A mola exerce um torque restaurador sobre a barra
momento de inércia, temos para o perı́odo:
 H- 
dado por

 H ! Ž ª C iT" MC - ¤ n
X- ª  o nµ I ª  8BL ª 
³
Da segunda lei angular, ¤ ˜r  , com ˜ %   , escre-
-
(b) Precisamos agora derivar a expressão do perı́odo em
relação à variável e fazendo a derivada igual a zero, vemos a equação para o MHS da barra

ª
 / -  ª  izC "- 
obtemos
8
˜ œ g  i / 8 @Q>
œ 
- U C  na qual identificamos + © %  , do que resulta o perı́odo
ª C  @E> P N 
(c) Aplicando este valor obtido, - @E>  P N ª , e os de-  "!U < R
lor  CB>aFK< s.
mais dados na expressão do perı́odo encontramos o va-
mı́n.

72P. Um pêndulo simples de comprimento ª e massa


 está suspenso em um carro que está viajando a uma
Seção 14-8 Movimento Harmônico Simples Amorte-

velocidade constante * , em um cı́rculo de raio ™ . Se


cido

, o >A@B@
o pêndulo executa pequenas oscilações numa direção 83P. Um oscilador harmônico amortecido consiste em
y
radial em torno da sua posição de equilı́brio, qual será a um bloco (
†, ¶n· * C7@E>a@
kg), uma mola ( N/m) e
sua freqüência de oscilação? uma força de amortecimento
 Fc>a@
. Inicialmente,
 ele oscila com uma amplitude de cm; devido ao
Além da força gravitacional, o pêndulo está sob amortecimento, a amplitude é reduzida para três quar-

=
forme. Sua aceleração efetiva vale então efetiva ·
a ação da força centrı́peta do movimento circular uni- tos do seu valor inicial, quando são completadas quatro
oscilações. (a) Qual o valor de ? (b) Quanta energia foi

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”perdida” durante essas oscilações? carro então pára e os quatro passageiros desembarcam.

 Considerando ·¹¸`¸ ¬ %  , da equação para a posição Quanto sobe a carroceria do carro em sua suspensão
devido ao decréscimo de peso?
obtemos
< - T- 5 _ ­• º¼ »  Vamos resolver o problema em unidades SI. A massa
/ m m
total é
·
Como é suposto pequeno,  H
 s
! # % V

 >aPEC s que,  T i 
levado à equação anterior, fornece o valor de · @Q>\C@ 
total carro passageiros

kg/s.
(b) A energia inicial do oscilador é   X-   NBN PÀi I /ML I PECB>ADMFKL C7<  /Q>aFK@ kg
@E>a<EC7< J. Para g /B , teremos
o m total

­h º¼» A amplitude máxima ocorre quando * /Q>A/XY m/s. Para


 I /K¹L  5 _ o @E>\C"Y"D J a distância entre as costelas temos -Á <E> N D m. Agora
podemos calcular o perı́odo
-
 * /?<Q>>/cN DY @E>aPKPKD s
Descontando esse valor da energia inicial, teremos a
energia perdida pelo amortecimento, que é @E>C<XY J.
máx.

A freqüência angular é + Â ¦ YX>a@ N rsd/s e a cons- 
85P. Considere que você está examinando as carac-
 @B@K@ kg. A suspensão ”cede” C7@ cm, quando o peso tante elástica do sistema de suspensão é $ z +
terı́sticas do sistema de suspensão de um automóvel de
DBDBFKPK@ N/m. Com os passageiros a bordo, a deformação
total

do automóvel inteiro é colocado sobre ela. Além dis-


so, a amplitude da oscilação diminui FH@½ durante uma
da suspensão é
oscilação completa. Estime os valores de e · para o X
 
   C<  /Q>GF(¾ N >aPEC
sistema de mola e amortecedor em uma roda, conside-
total
DKDMFHPK@ @Q>\C N F m
rando que cada uma suporta FH@K@ kg.
Sem os passageiros, a deformação é
 Escrevendo a condição de equilı́brio para cada uma   NBN P.¾ N >APQC
K
 r
 @E>C\/cY m
DBDBFKPK@
carro
das rodas, temos

I FH@K@ML ION >APQC7L T I @E>C@BL O quanto a carroceria sobe após o desembarque dos pas-

$ /Q> N @BFT¾C@ N/m § sageiros, calculamos pela diferença


  n}  @Q>A@H/MP m
¬  um pequeno valor para · , tomamos +¿
Pressupondo
¦ Convertendo as unidades para confirmar o resultado,
@Q>A@K/BP m correspondem às CB> N @ polegadas nas respos-
% N > N @BF rad/s e o perı́odo  ´ @Q>ADB< s e tas do livro.
levamos estes resultados para a equação da posição do
movimento amortecido:
º¼»
@E>aFK@ - z- 5 _  
m m
14.3 PROBLEMAS ADICIONAIS

Tomando o logaritmo natural dos dois lados da equação


chegamos ao valor da constante de amortecimento
88. Um oscilador harmônico simples consiste em um
bloco ligado a uma mola de constante N/m. T Ã @K@
· CKC7@K@ kg/s
O bloco desliza para frente e para trás ao longo de uma

equilı́brio em -Z @
e amplitude @Q>  @
linha reta, numa superfı́cie sem atrito, com ponto de
m. Um gráfico
Seção 14-9 Oscilações Forçadas e Ressonância *
da velocidade do bloco como uma função do tempo g
B @B@ é mostrado na Fig. 14-42. Quais são (a) o perı́odo do

g @
87P. Um carro de libras, transportando quatro movimento harmônico simples, (b) a massa do bloco,
CPB@
g @E>C@
pessoas de libras, viaja em uma estrada de terra co- (c) o deslocamento do bloco em , (d) a aceleração
berta de pequenas ondulações (costelas), com saliências do bloco em s e (e) a energia cinética máxima
separadas de C<
pés. O carro balança com amplitude alcançada pelo bloco.
máxima quando sua velocidade é de C@
milhas/h. O

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 3 de Agosto de 2003, às 10:14 a.m.

 
 @Q>  @ s.
(a) Basta observar o gráfico para obter o perı́odo: Precisamos primeiro determinar a posição do centro
 N
(b) A massa do bloco calculamos pela relação $ Ty+ ,
de massa das duas hastes. Do capı́tulo sabemos que
  n H
0 
 I M@ Lxi " I ª L n ª >
[ H!j 0  @K! @  @Q>  @ kg cm
/
 C@ onde ª e  são, respectivamente, o comprimento e a
(c) O deslocamento do bloco em g @ é massa de cada uma das hastes. A origem do sistema de
referência está colocado no ponto Ä . Então, o centro
- I @BL z- @Q>  @ m
distância ª 0 / abaixo do ponto Ä . Portanto, aı́ temos a
m
de massa do sistema formado pelas duas hastes está à

(d) Para a aceleração em g @Q>\C@ s, distância ”d” do centro de massa do pêndulo ao ponto
 
= I g @E>C@ML on I C@B@ ! L I @Q>  @MLmbdH4 !¨ C N Yc>/M@ m/s
de suspensão. O momento de inércia do sistema é

˜ ˜ i ˜
(e) A energia cinética máxima alcançada pelo bloco é
 C  F 
’ C  *  E< > F
m N
m J ˜ <C  ª i C   ª C   ª
Levando os valores de ˜ e para a expressão do perı́odo,
teremos
œ
91. Um pêndulo fı́sico consiste em duas hastes com um
metro de comprimento que são ligadas como mostra a
Fig. 14-44. Qual o perı́odo de oscilação com um eixo  TH! Ž FH< ª   a> F N s R
inserido no ponto ? Ä

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 8 de Dezembro de 2003, às 12:32 p.m.

Exercı́cios Resolvidos de Dinâmica Clássica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Instituto de Fı́sica

Matéria para a QUARTA prova. Numeração conforme a quarta edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo 15.2.3 Gravitação Próximo à Su-


perfı́cie da Terra . . . . . . . . 3
15 Gravitação 2 15.2.4 Gravitação no Interior da Terra . 4
15.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 15.2.5 Energia Potencial Gravitacional 4
15.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . 2 15.2.6 Planetas e Satélites: Leis de Ke-
15.2.1 A Lei da Gravitação de Newton 2 pler . . . . . . . . . . . . . . . 7
15.2.2 Gravitação e o Princı́pio de 15.2.7 Órbitas de Satélites e Energia . 8
Superposição . . . . . . . . . . 2 15.2.8 Problemas Adicionais . . . . . 10

Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br


(listam3.tex)

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15 Gravitação 15.2.2 Gravitação e o Princı́pio de Superposição

E 15-6 (14-7/6  )
15.1 Questões A que distância da Terra, medida ao longo da linha que
une os centros da Terra e do Sol, deve estar uma son-
da espacial para que a atração gravitacional anule a da
Q 15-11 Terra?
A força gravitacional exercida pelo Sol sobre a Lua é  No ponto onde as forças se equilibram temos
quase duas vezes maior que aquela exercida pela Terra.
DCFEG DC;H)
Por que a Lua não escapa da Terra?   
  
  I
onde CFE e CJH são  as massas da Terra e do Sol,  é
a massa da  sonda, a distância do centro da Terra até

a sonda, e
 a distância do centro do Sol até a sonda.
Chamando de : a distância
 do centro
 da Terra até o cen-
15.2 Problemas e Exercı́cios tro do Sol, temos que K:ML e, portanto, que
 
15.2.1 A Lei da Gravitação de Newton C E C H
  
 : L  '
=
 I
E 15-1 (14-1/6  edição) donde, extraindo a raiz quadrada e re-arranjando, segue

Qual deve ser a separação entre uma partı́cula de  kg  :ON F


C E :
e outra de   kg, para que sua força de atração gravita-   N C E 8PN C H

Q8KR J

C H F C E
cional seja 
 N?
  /
.S
O módulo da força gravitacional é   , 
 
donde tiramos que Q8KT \4U SASWVX+YAZB[
  "! $! # U SA]WVX+YA^"_
     
 %&(' )    ' )  '
   /,`=
@ - ] m 
  *
 %+ 
 -, m  Perceba quão útil foi realizar a simplificação algebrica-
mente antes de substituir os valores numéricos.

E 15-4 (14-3/6  ) P 15-15 (14-13/6  )


Um dos satélites Echo consistia em um balão esférico de O problema que segue foi retirado do exame “Olı́mpico”
alumı́nio inflado, com . m de diâmetro# e massa igual a de 1946, da Universidade Estatal de Moscou (veja
/ kg. Suponha que um meteoro de kg passe a m da Fig. 15-31). Fazemos uma cavidade esférica numa bola
superfı́cie do satélite. Qual a força gravitacional sobre o de chumbo de raio 7 , de tal modo que sua superfı́cie
meteoro, devida ao satélite, nesse instante? toca o exterior da esfera de chumbo, passando também
 Use 0132435   , onde 62 e 35 são as massas pelo seu centro. A massa da esfera, antes de ser feita
do satélite e do meteoro,
 respectivamente. A distância a cavidade, era C . Qual a intensidade da força gravi-
entre os centros é 1798;:  <8; => -? m, onde 7 tacional com que a esfera côncava atrairá uma pequena
é o raio do satélite e : a distância entre sua superfı́cie e esfera de massa  , que está a uma distância : do seu
o centro do meteoro. Portanto centro, medida ao longo da linha que passa pelos cen-
"! !$# B# tros das esferas e da cavidade?

@ -)A ' / ' '  Se a esfera de chumbo não fosse oca, a magnitude
0 1) ,
@ - %& N  
-?  da força que ela exerceria em  seria  DCa :` .

Parte desta força é devida ao material que é removido.

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 8 de Dezembro de 2003, às 12:32 p.m.

Calcule a força exercida sobre  por uma esfera que en- E 15-18 (14-15/6  )
cha a cavidade, na posição da cavidade, e subtraia-a da
força feita pela esfera sólida. A que altura, medida a partir da superfı́cie da Terra, a
 aceleração da gravidade será X , m/s ?
A cavidade tem raio b7  . O material que preenche-
a tem a mesma densidade (= massa/volume) que a esfera  
 Para começar, perceba que X ,M1,) ?  .
sólida. Ou seja,Wjá o fator comum .c , { 
e cancelando-se
 e A aceleração devida gravidade  é dada por bDC ,
temos que C;d fC 7 , onde  CJd é  a massa que
onde C é a massa da Terra e é a distância do centro
preenche a cavidade. Portanto, com b7  , temos
da Terra  até o ponto onde se mede a aceleração. Subs-
We e tituindo 7m81{ € , onde 7  é o raio da Terra e € é a
7 ? C
C d  egCh eiCj  altitude, obtemos DC 7a81€ '  . Resolvendo-se
7 7 ?
 esta equação para € e usando os valores numéricos for-
 da cavidade está a uma distância : L
O centro  necidos no Apêndice C, temos
:kL97  da massa  , de modo que a força que a ca- 
vidade exerce sobre  é €  L@7

 C ? '
     DC
:DLl7  '   } { Ll7
A magnitude da força exercida pela esfera furada é  ‚! $! #

@ - A '  ,.?
@ - &ƒ ' ! #
 L 
@ -`„
mK  LF   DCamn L  X ,
:  ? :MLl7  'Oo
!
DCa   @
- „ m 
 n pL  
:  ?rqs tLl7 .: 'vuw)o

P 15-29 (14-??/6  )
15.2.3 Gravitação Próximo à Superfı́cie da Terra
Um corpo está suspenso numa balança de mola num na-
vio que viaja ao longo do equador com velocidade … . (a)
Mostre que aleitura
{ da balança será muito próxima de
E 15-16 (14-??/6  ) †
ˆ

Y † ‰
‡ 
 y
Š … ' , onde Š é a velocidade angular da Ter-
Se o perı́odo de um pêndulo é exatamente s no equador, ra e é a leitura da balança quando o navio está em
Y
qual será seu perı́odo no pólo sul? Utilize a Fig. 15-7. repouso. (b) explique o sinal de mais ou menos.
  (a) As forças que atuam num objeto sendo pesado são
O perı́odo
{ de um pêndulo simples é dado por xf
WcyR { z , onde z é o comprimento do pêndulo. Co- a força da gravidade, para baixo, e a força da mola, para
mo é diferente em lugares diferentes da superfı́cie da cima, cujas magnitudes chamaremos de Œ‹ e † , res-
Terra, o perı́odo de um pêndulo varia quando ele é car- pectivamente. A leitura da balança fornece o valor de
regado de um lugar para outro. Portanto, os perı́odos no † . Como o objeto está viajando num cı́rculo de raio
pólo sul e no equador são, respectivamente, 7 , possui uma aceleração centrı́peta. A segunda lei de
Newton fornece-nos
z z
xr|M1Wcy} { e x%~t1Wc } { † 
| ~  ‹ L K9
I I 7
 {  { I
cuja razão é x | x ~  R ~ | . Desta última expressão onde é a velocidade do objeto medida num referencial
obtemos 
inercial e  é a massa do objeto.
 {  # fŠŽ70‡… , onde
~ ,X ?. # A relação entre as velocidades é
x |  { x ~  s ' 1) ,., s Š é a velocidade angular da Terra  quando gira, e … é a
| ,  ?` `
X
I velocidade do navio em relação à Terra. O sinal 8 é usa-
onde os valores numéricos foram tirados da Fig. 15-7. do se o navio estiver navegando no mesmo sentido que a
porção de água sob ele (de oeste para leste) e negativa se

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navegar no sentido contrário (de leste para oeste). Com onde C é a massa total da Terra e 7 é o raio da Terra.
isto tudo, a segunda lei de Newton fica A aceleração devida à gravidade é

† ŠŽ79‡F… '  {  DC


Œ‹L 9   
7  "!7  !$#
 l
‚! -%# & ' ) ,`?
.&ƒ '
Ao expandir o parentesis podemos desprezar o termo …$ 
pois a magnitude de … é muito menor que ŠŽ7 . Portanto 
@ - „ ' 
 ,X ?` m/s/
† ŠŽ7Ž‡;WŠŽ7…
 ‹ L  
K { 
7 (b) Agora šDC 7 , onde C é a massa conjunta
I
de modo que !
do núcleo mais o manto e 7 é o raio externo do manto,
 .$<
› - „ m, de acordo com a Fig. 15-35. A massa em
01G‹‘L kŠ  79’;/“Šy…” questão é Cjm ` ,` Ž
= - &ƒ 8*X ) œ
D - ƒ 1) ,.Q
= - &ƒ
kg, onde a primeira parcela é a massa do núcleo e a se-
†
Com o navio parado,† …b•†  , a leitura é Y fŒ‹*L gunda a do manto. Portanto
kŠŽ7 e, portanto,
† {  Y ’mWkŠy… . Substituindo ‚! O! #
agora  por obtemos, finalmente, que { 
"! A '  ,/›
@ -`ƒ '
Y  b,X ?. m/s/
 /$
@ - „ '+
† † Šy…
 {•˜ 
Y—– Q’ (c) Um ponto a . km abaixo da superfı́cie está na inter-
!
face manto-núcleo, na superfı́cie de uma esfera de raio
(b) O sinal L é usado se o navio navegar em direção ao 7a  .$
3 - „ m. Como a massa é suposta uniforme-
leste, enquanto que o sinal 8 é usado quando navegar mente distribuida, pode ser encontrada multiplicando-se
em direção ao oeste. a massa por e unidade
e de volume pelo volume da esfera:
C  7 7 ž ' CJE , onde CFE é a massa total da Ter-
ra e 7 E é o raio da Terra. Portanto, simplificando de
15.2.4 Gravitação no Interior da Terra
antemão um fator  „ comum a ambos os raio, temos
e
7
P 15-34 (14-25/6  ) C  n e CFE
7! ž o
 /$
A Fig. 15-35 mostra, em corte, o interior da Terra (a  n ! #  ,.?
 &ƒ '  ,) 
@ - &ƒ kg 
figura não está em escala). Longe de ser uniforme, a  o
Terra está dividida em três regiões: uma crosta exte-
A aceleração da gravidade é
rior, o manto e um núcleo interior. A figura mostra
‚! O! #
as dimensões radiais destas regiões, bem como as mas- { 
"! A '  ,) M
@ -`ƒ ' #
sas contidas em cada uma. A massa total da Terra é  b,X , m/s/
 /$
@ - „ '+
 ,.?™
9 - ƒ kg e seu raio é 6370 km. Supondo que { a
Terra é esférica e ignorando sua rotação, (a) calcule
na superfı́cie. (b) Suponha que um poço (o Moho) é
escavado desde a superfı́cie até a região que separa a 15.2.5 Energia Potencial Gravitacional
crosta{ do manto, a . km de profundidade; qual o valor
de no fundo deste poço? (c) Considerando que a Terra
é uma esfera uniforme com massa e raios { iguais aos da
verdadeira Terra, qual seria o valor de a uma profundi- P 15-46 (14-31/6  )
dade de .{  km? (Veja o Exercı́cio 15-33.)(Medidas pre-
As três esferas da Fig. 15-38, com massas   ?.. g,
cisas de funcionam como sondas bastantes sensı́veis
   -` g e  e Ÿ/` g, estão com seus centros ali-
para estudar a estrutura do interior da Terra, embora os
nhados, sendo zJ0  cm e :b cm. Você movimenta
resultados possam ser mascarados por variações de den-
a esfera do meio até que a sua distância centro a centro
sidade locais.)
de  e seja : ¡ cm. Qual o trabalho realizado sobre
 (a) A magnitude da força numa partı́cula com massa  (a) por você e (b) pela força gravitacional resultante
 
 na superfı́cie da Terra é dada por fšDCa 7 , sobre   , devido às outras esferas?

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 (a) O trabalho feito por você ao mover a esfera de Considere a energia potencial final como sendo zero e
¥
massa 
 é igual à variação da energia potencial do sis- seja ¬ a energia cinética final. Então
tema das três esferas. A energia potencial inicial é
¥ ¥ ± ¢ ²(³¥ ´ Y ¢¤£ £
¢¤£        e    e
 ¬ K¬ 8‰®¯°  8;¬
0L L L
: z z L@:
l { {
I  Lp 7 E 8;/ 7 E
enquanto que a energia potencial final é
{
¢Ž¥        e    e   7 E 
mL L L 
zlL@: z : Como o resultado é positivo, o foguete tem energia
cinética suficiente para escapar do campo gravitacional
O trabalho é, portanto,
terrestre.
¥ 
† ¢y¥ ¢ £ (b) Chamemos de ™…$  a energia cinética final. Então
 L   r¦   L@ e § – L ˜ ¥  {
: z Ll:
l ™…O Mb 7 E e, portanto,
¥ {
‚! O! # …  R  7 E 
 
@ - A ' )¨ - '

§
˜ P 15-48 (14-35/6  )
¦ ) ?.L@X . – X . L X `?
(a) Qual é a velocidade de escape num asteróide cujo
raio tem .. km e cuja aceleração gravitacional na su-
 8 
 A J  perfı́cie é de m/s ? (b) A que distância da superfı́cie
irá uma partı́cula que deixe o asteróide com uma velo-
Perceba quão útil foi realizar a simplificação algebrica- cidade radial de .. m/s? (c) Com que velocidade um
mente antes de substituir os valores numéricos. Em par- objeto atingirá o asteróide, se cair de uma distância de
¢ £
ticular,
¢ ¥ existe um termo em ambas expressões de e .` km sobre a superfı́cie?
que se cancelam ao considerarmos o trabalho. 
(b) O trabalho feito pela força gravitacional é (a) Usamos aqui o princı́pio da conservação da ener-
gia. Inicialmente a partı́cula está na¢ superfı́cie £ do  as-
† ¢y¥ ¢ £ Ÿ
 <
L D
 a
C  7 ,
L L L ' L© 
@ - A J  teróide e tem uma energia potencial
onde C é a massa do asteróide, 7 é o seu raio, e  é a
massa da partı́cula ejetada. £ Considere
 a energia cinética
inicial como sendo ¬ i™…$  . A partı́cula con-
P 15-47 (14-33/6  ) segue apenas escapar se sua energia cinética for zero
quando ela estiver infinitamente afastada do asteróide.
Um{ foguete é acelerado até uma velocidade …ª
As energias cinética e potencial são nulas. Portanto, a
 N 7 E próximo à superfı́cie da Terra (aqui 7 E é o
conservação da energia nos diz que
raio da Terra) e, então, orientado para cima. (a) Mos-
tre que ele escapará da Terra. (b) Mostre que a sua ve- ¢y£ £ DCa
8J¬ mL 8 ™…  b)
locidade,{ quando estiver muito distante da Terra, será 7 
…* N  7 E .  { {
Substituindo DC 7 por 7 , onde é a aceleração da
 (a) Basta usar-se o princı́pio da conservação da ener- gravidade na superfı́cie, e resolvendo para … encontra-
gia. Inicialmente o foguete mos que
¢¤£ está na superfı́cie
 da { Terra
{ e
e a energia potencial é «L<DCa 7‘E «Lp 7‘E , …› R  7  R  ' ..
 '
onde C é a massa da Terra,  a massa{ do foguete,  e
7E é o raio da Terra. Usamos o£ fato que  KDC { 7 E . # e
 .
@-  m/s 
A energia cinética inicial é ¬ f™…$ ;­/ 7‘E
onde, de{ acordo com os dados do problema, usamos (b) Inicialmente a partı́cula está
 na superfı́cie. A ener-
¢ £
…*1 N 7 E . gia£ potencial é  DCa 7 e a energia cinética é
•
Para o foguete conseguir escapar, a conservação da ener- ¬ µ™…$  . Suponha a partı́cula a uma distância
gia deve fornecer uma energia cinética final positiva, € acima da superfı́cie quando ela atinge momentanea-
¢Ž¥
não importando quão longe da Terra o foguete ande. mente o repouso. A energia potencial final é 

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 ¥
L<DCa 7K8b€ ' e a energia cinética final é ¬ « . Duas estrelas de nêutrons estão separadas por e uma
Com isto, a conservação da energia nos fornece que distância de \ $+Y m. Ambas possuem massa de - Y kg
e raio de  m. Se estiverem inicialmente em repouso
DCa DCa
L 8 ™…  mL  uma em relação à outra: (a) com que rapidez estarão se
7  7P8P€ movendo, quando sua separação tiver diminuı́do para a
{ metade do valor inicial? (b) Qual a velocidade das duas
Substituindo-se DC por 7 e cancelando  obtemos
estrelas, imediatamente antes de colidirem?
{
{ 7  
L 7‰8 …  0L (a) O momento das duas estrelas é conservado, e co-
 798;€
I
mo elas tem a mesma massa, suas velocidades e energias
donde tiramos que cinéticas são iguais. Usamos o princı́pio da conservação
{ da energia.
¢ £ W £
 7 ¡L<DCm  , onde C
€  { L@7 A energia potencial inicial é  £
 7bL@…  é massa de qualquer uma das estrelas e sua separação
e
 ' ..
@ - '  e inicial centro a centro. A energia cinética inicial é ze-
 e LF/`
 ¢ £
 ' ..
 ' L -.` ' ro, ¹ , pois as estrelas ¢ ¥ estão emW repouso. £ A ener-
\ gia potencial final é 
 ©
L /
 D
 m
C  , uma vez que a
 ) 
@ - m  £
separação final é   . A energia  cinética final do siste-
¥
(c) Inicialmente a partı́cula está a uma distância € aci-
ma é ¬ m
 a
C …  ©
 ‰
8 a
C …  
 a
 Ca…  . Com isto tudo,
a conservação da energia nos diz que
ma
¢ £ da superfı́cie,  em repouso. Sua energia potencial é

£ <
L D
 a
C  7m8a€ ' e sua energia cinética inicial
é ¬ · . Imediatamente DCm .DCm
¢y¥ antes de atingir
 o asteróide L  £ L  £ 8;Ca…  
a energia potencial é ¸L<DCa 7 . Escrevendo
™…$  para energia cinética, a conservação da energia
nos diz que Portanto

DCa DCa DC
L  L
m 8 ™…   …   £
7P8‰€ 7 
{  ‚! !O# e
Cancelando-se  e substitutindo-se DC por 7 obte- 
  A(' - Y'
 K?X 
@ - ƒ m/s 
mos  + Y
{
7 
 {
L L 7‰8 …   (b) Imediatamente
 ¥ antes de colidirem
\ a separação dos
798;€  centros é ·/7š·™
‰  m, onde 7 é o raio de
Resolvendo então para … encontramos qualquer uma das estrelas.  ¥ A energia potencial final é
¢y¥
dada por ¡L<DCm e a equação da conservação
 {
{  7  da energia fica agora sendo
…   b
7 L
7P8‰€
DC  .DC 
L  £ 
 L  ¥ 8;Ca… 
e
e  ' /`
 '  I
 }  ' /`
@ - ' L e
. .<8b .` '
 de onde obtemos que
e e
 R `..LP -`. '
@ -  N 

…  } DC  ¥ L  £ ˜
e –  
 ` r 
 m/s  
! $! # e
 
@ - A+º Y – \ L ˜
Observe que se pode simplificar “de cabeça” o que esta 
@ -  +Y
dentro do radical. Esta prática é salutar!!! :-))
 ` ?
@ -`» m/s 

P 15-51 (14-37/6  )

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15.2.6 Planetas e Satélites: Leis de Kepler o que é um número e tanto de estrelas, não?...

P 15-56 (14-41/6  )
E 15-60 (14-45/6  )
Um dos satélites de Marte, Fobos, está numa órbita cir-
cular de raio ,X k
J - „ m com um perı́odo de 7 h e 39 (a) Qual a velocidade linear que um satélite da Terra de- !
m. A partir destes dados, calcule a massa de Marte. ve ter para ficar em órbita circular a uma altitude de 
  km? (b) Qual o perı́odo de revolução desse satélite?
O perı́odo x e o raio da órbita estão relacionados
 pe-
We
la lei dos perı́odos (de Kepler): x©MŸq .c% DC '¼u ,  (a) Chamando de  o raio da órbita, então a magni-
onde C B# é a ! massa de Marte.
! O# perı́odo é 7h 39m, que tude da força gravitacional que atua no satélite é dada
perfaz
<8J `, '
D /` s. Portanto 
por DCa  , onde C é a massa da Terra e  é a mas-
We e
`c% ‚! O! .# c% ,) *
 „ # '
sa do satélite.
 A magnitude da aceleração do satélite é
Cj  dada por …O . onde … é a sua velocidade. A segunda
x  
@ - A('  W ` '+  
! #
lei de Newton fornece-nos D
 a
C  Á
 Â
 k
 …O . Co-
! e # da Terra ! é  e
P - ! „ m, o raio da órbita é
 o! raio
mo
 
  kg   
3 - „ 8J 
3 -   . 
™  „ m. Portanto,
O Apêndice# C informa que a massa CJ½ de Marte é a velocidade é dada por
igual a )¨ - vezes a massa da Terra. Portanto 
# ! ! e DC
CJ½¾K)¨ - C E   `,.?
@ -  kg …  
I  "! $! #
uma boa concordância. Não seria de se esperar que o 
@ -!  %  &Ã' ) ,`?
 &ƒ'

autor do livro deixasse de verificar isto ao escolher os /
@ - „
dados do problema, claro... ;-) # e
  ?`
 m/s 
E 15-58 (14-43/6  ) 
e (b) Como a circunferência da órbita é /c , o perı́odo é
O Sol, cuja massa vale *
F - Y kg, orbita em torno da  ‚!
Via Láctea, que está a uma distância de g
‰ - Y m, Wc /c # /
@ - „ ' e
xK  e .
 s
com perı́odo de ›
J .] anos. Supondo que todas as …  ?`
@ -
I
estrelas da Galáxia têm massa igual à do Sol e que estão #
distribuı́das de maneira uniforme num volume esférico ou, equivalentemente, ?   minutos.
em torno do centro da Galáxia e, além disto, que o Sol
está praticamente na superfı́cie desta esfera, faça uma
estimativa grosseira do número de estrelas na Galáxia. E 15-62 (14-47/6  )
 Chamemos de ¿ o número de estrelas na Galáxia, de
C a massa do Sol, e 7 o raio de Galáxia. A massa total Um satélite ! da Terra está numa órbita elı́ptica com apo-
da Galáxia é ¿ C e a magnitude geu de  km e perigeu de -?` km. Calcule (a) o semi-
 da força gravitacional eixo maior e (b) a excentricidade da órbita. (Sugestão:
atuante no Sol é KM¿ Cm 7 . A força aponta para
o centro da Veja o exemplo 15-10.)
 Galáxia. A magnitude da aceleração do Sol
é À >…$ 7 , onde … é a sua velocidade. Chamando de 
(a) A maior distância entre o !satélite # e o centro ! da
x o perı́odo do movimento  do Sol em torno  do centro da Terra (i.e.,
e ! # o apogeu), é 7    a

-
 „ 
8 

Galáxia, então …*1/c%7 x e À*b` c  7 x  . A segunda



lei de Newton fornece-nos M¿ÁCm 7<b`c%-Cm7 x‘ .

  !  # k
‰

-
 „ m. A menore distância ! (o perigeu) é
7<|@ 
9 - „ 8> ! # ?.™
‰   .k
9 - „ m. Em
O número ¿ desejado é, portanto,
e ambas expressões,  ;


 „ m é o raio da Terra. Da
`c%7 Fig. 15-16 vemos que o semi-eixo maior é
¿· 
x  C
# \ 7  J 8 7 |
Como 
.] anos são  ?`?
$ segundos, temos À 
e "! #  !
.c% ) 
@ -.&Y '  ©8  . '
@ - „ ! !
¿š "! !$# B# e e K¨ M
@ - +Y    
@ - „ m 
 '  ?`? '+  '
@ - A+º Y4º Y 
I
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(b) As distâncias do perigeu e apogeu estão relaciona- portanto, as  estrela estão


 localizadas nos pontos   ' ,
das com o semi-eixo maior e a excentricidade através z  ' e z  z N  ' . A coordenada  Ê d  do centro
I
das fórmulas de  I massa é Ê d I  $ CÌ8¡zQC k8>zˆC ' `C ' 
7  bÀ Q8;Ä ' 7 | KÀ <LlÄ ' 
z ™8¹ z ' šª  z  enquanto que  Ë d   $CÍ8
e Cmz N 8M$C ' `C '  z N  ' 1z  N ' . A
I distância de uma estrela qualquer até o centro de massa
Somando obtemos

7  8J7<| 
7  8;7p|M/À isto é À*  z  z  z
 7a R Ê d 8JË d  8  
I   N
Subtraindo obtemos
7  lL 7 | Substituindo-se este valor de 7 da lei de Newton acima,
7  L@7<|D1/ÀOÄ isto é ď  obtemos
/À
I
Portanto DCm ÃÆ Ç`È . É N DCa…O
1C 
7  lL 7 | 7  L@7 | z  z
Ä  
.À 7! # 8 7<! |
J Como ƐÇ`È ` É   N  , dividindo a equação acima por
! 
 ! # L !  `
K) )   C obtemos D
 C Q
z ©
 9
 O
…  z , ou seja,
 <8  ` 
DC
Observe que já simplificamos o fator  „ que aparece …* 
no numerador e denominador acima. z

P Å 15-74 (14-55/6  )
Três estrelas idênticas, de massa C , estão nos vértices 15.2.7 Órbitas de Satélites e Energia
de um triângulo equilátero de lado z . Qual deve ser
sua velocidade, se elas se movem numa órbita circular
que circunscreve o triângulo, sob a influência somente E 15-76 (14-57/6  )
de sua interação gravitacional mútua e mantendo suas
posições relativas nos vértices do triângulo? Um asteróide, com massa 3
9 -”ƒ vezes a massa da
 Cada estrela é atraida em direção a cada uma as outras Terra, está numa órbita circular em torno do Sol, a uma
 distância igual a duas vezes à distância da Terra ao Sol.
duas por uma força de magnitude DCm zQ , ao longo a
(a) Calcule o perı́odo orbital do asteróide em anos. (b)
linha que une cada par de estrelas. A força resultante em
Qual a razão entre a energia cinética do asteróide e a da
cada estrela tem magnitude DC %ƐÇ`È ``É z  e aponta
Terra?
para o centro do triângulo (i.e. para o centro de massa do
 We
sitema). Tal força é uma força centrı́peta e mantém as  (a) Usamos a lei dos perı́odos x©Á `c  DC ' ,
e
estrelas na mesma órbita circular se suas velocidades fo- onde CÎ . ,.,
Á  Y kg é a massa do Sol e é o raio
rem apropriadas para manter a configuração. Chamando da órbita. O raio da órbita é duas vezes o raio da órbita
 
de 7 o raio da órbita circular, a segunda lei de Newton da Terra, ou seja, 1 E  /
@ -.S ' m. Portanto
fornece-nos   e
DCm ÃÆ Ç`È . É …$ .c 
C  x 
z  7 DC
e
.c  .`
 S-'
As estrelas orbitam em torno do seu centro de massa,  } ‚! !O# e
que coincide com o centro do triângulo e o centro do 
 A ' . ,.,*
@ - Y '
!
cı́rculo. Suponha que o triângulo tenha um de seus la-  ?X ,
 » s 
dos alinhados com a horizontal e escolha um sistema
de coordenadas com o eixo horizontal Ê passando por Este valor equivale a
este lado, com a origem situada na estrela à esquerda, !
e com o eixo vertical Ë passando por esta mesma  es- ! )
?  ,
@"! - » ‚!
trela. A altitude de um triângulo equilátero é z N e, 1) ? anos 
 ' W '  '  '

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(b) A energia cinética de qualquer asteróide ou pla- # e


  órbita circular de raio é dada por ¬ 
neta numa   W*
 m/s 
DCa  ' , onde  é a massa do asteróide ou planeta.

Tal energia é proporcional à massa e inversamente a . (b) O perı́odo é
A razão entre a energia cinética do asteróide e a energia  ¼#
/c Wc #  ) 
 „ '
cinética da Terra é xK  e
  … W*

¬  E 
@ -)rƒÃ3E E e
    m M
@ - rƒ    ?/*
@ - s
¬ E  E  E  E
 ! # I
que equivalem a .?/$ 1,  minutos.
(c) Chamando-se de Ï a energia inicial, então a ener-
P 15-79 (14-59/6  ) Y
gia após \ Ð órbitas é Ï  Ï Y L¹ÐGÑ , onde Ñ 
Usando a conservação da energia e a Eq. 15-47, mostre ` 
K - J/orbita. Numa órbita circular, a energia e
que, para um objeto em órbita elı́ptica em torno de um o raio da órbita
 estão relacionados pela fórmula ϸ
planeta de massa C , sua distância ao centro do planeta, L<DCa   ' , de modo  que o raio após Ð órbitas é da-

, e sua velocidade … estão relacionadas por do por mL<DCa /Ï ' . A energia inicial é
"! !$#
 
¼#A ' ) ,`?
@ -`ƒ ' ./ '
…  KDC  L ˜  Ï Y  L
– À   ) 
@ - „ '
! !
 A energia total é dada por Ϲ¡L<DCa  .À , onde  L  
@ - S J 
'
C é a massa do corpo central (o Sol, por exemplo), 
é a massa do objeto (um planeta, por examplo), e À é o A energia após Ð60 .. órbitas é
semi-eixo maior da órbita.
Ï  ÏaL ÐGÑ
! ! \
P 15-84 (14-63/6  )  L 
@ - S L /` ' . *
 '
Calcule (a) a velocidade e (b) o perı́odo de um satélite ! #
de `/ kg numa órbita, aproximadamente  L  
@ - S J 
! circular, em
torno da Terra, a uma altitude de $ km. Suponha,
O raio após .. órbitas é, portanto,
agora, que o satélite \ está perdendo energia a uma taxa
média de . ›
 J, em cada volta completa em torno
"! !$#
 
%&!  ' # ) ,`?*
.&ƒ ' ./ '
da Terra. Tomando como aproximação razoável que a  L
L  
@ - S
órbita passe a ser um “cı́rculo cujo raio diminui lenta- ! #
mente”, determine são, para este satélite, (c) a altitude,   ?
@ - „ m 
(d) a velocidde e (e) o perı́odo, quando o satélite com-
pletar /` voltas. (f) Qual o módulo da força resistente A altitude desejada é
média sobre o satéliet? (g) O momento angular deste   "! # ! # \
sistema em torno do centro do centro da Terra é conser- €“ L E   ?L  '
@ - „ KX¨ 
 m
vado?  I
onde E é o raio da Terra.
 (a) A força que atua no satélite tem magnitude igual
 (d) A velocidade é
a DCa  , onde C é a massa do corpo atraente cen- 
tral
 (o Sol, por exemplo),  é a massa do satélite, e DC
…  
é o raio da órbita. A força aponta parao centro da
órbita. Como a aceleração do satélite é …$ , onde … é  "! !$#

@ -!  %# &Ã' ) ,`?
 &ƒ'
a velocidade,
 a segunda
W lei de Newton fornece-nos que W 
DCa ‘9™…O , donde tiramos que …*R DC  ?
@ - „
. # !$# e
O raio da órbita é a soma ! # do raio! Terra com #
e a altitude da  
 m/s 
órbita, ou seja,  
= - „ 8 `Q
D    ) œ
D - „
m. Portanto (e) O perı́odo é
 ‚! O! #  "! #

#    A ' ) ,`?
@ - ƒ ' /c Wc # O!  #
?
 „ ' ! e
…  xK  e K
@ - s
 ) 
 „ … 

I
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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 8 de Dezembro de 2003, às 12:32 p.m.

!  !
o que equivale a  . ‘1,. X minutos. (g) A força resistiva exerce um torque no satélite, de mo-
(f) Chamando de  a magnitude da força média e de Ò do que o momento angular não é conservado. Observe
a distância viajada pelo satélite, então o trabalho feito que como o sistema Terra-satélite e quase isolado, seu
†
pela força é šL<DÒ . Este trabalho é a varaição  da momento angular conserva-se com boa aproximação.
energia: ӝÏÔ¶L<DÒ , donde obtemos ¶ÔL©ÓÏ Ò .
Calculemos esta expressão para a primeira órbita. Para
uma órbita completa temos
 B# 15.2.8 Problemas Adicionais
ҏ1/c 1Wc  X 
@  „ ' KX `
@ - » m
\ I
e ӝÏLM . *
 J. Portanto
\
Ó Ï LM . *
 e
m0L 0L 1 ) 
@ -  N E 15-?? (15-??/6  )
Ò r *
@ - »

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Exercı́cios Resolvidos de Dinâmica Clássica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Instituto de Fı́sica

Matéria para a QUARTA prova. Numeração conforme a quarta edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo 16.2.3 O Princı́pio de Arquimedes . . . 4


16.2.4 Linhas de Corrente e a Equação
16 Fluidos 2 da Continuidade . . . . . . . . 5
16.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
16.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . 2 16.2.5 Aplicações da Equação de Ber-
16.2.1 Densidade e Pressão . . . . . . 2 noulli . . . . . . . . . . . . . . 6
16.2.2 Fluidos em Repouso . . . . . . 3 16.2.6 Problemas Adicionais . . . . . 7

Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br


(listam3.tex)

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16 Fluidos
P 16-7 (15-??/6  edição)

Uma caixa vedada com uma tampa de A pol  de área


16.1 Questões é parcialmente evacuada. Se uma força de 9!$B libras
é necessária para tirar a tampa da caixa e a pressão at-
mosférica do exterior é de %C lib/pol  , qual é a pressão
Q 16-??
do ar na caixa?
 
A magnitude da força necessária para tirar a tampa é

D 2 10 3 FEG4H>
onde 10 é a pressão fora, 1E é a pressão interna, e  é a
16.2 Problemas e Exercı́cios área da tampa. Isto fornece-nos
 9!B
16.2.1 Densidade e Pressão E I 0 3 %C 3 J- lb/pol  
 %
Observe que como /0 foi dada em lb/pol  e  é dada
E 16-3 (15-1/6  edição) em pol  , não foi necessário converter-se unidades. A
Encontre o aumento de pressão de um fluido em uma resposta final, é óbvio, não está no SI.
seringa quando uma enfermeira aplica uma força de 
N ao êmbolo da seringa, de raio   cm. P 16-8 (15-7/6  edição)

O aumento de pressão é a força aplicada dividida pela Em 1654, Otto von Guericke, burgomestre (prefeito)
área, isto é,
   , onde  é o raio do de Magdeburg e inventor da bomba de vácuo, deu uma
pistão da seringa. Portanto demonstração pública para provar sua tese de que dois
 grupos de oito cavalos não seriam capazes de separar

  '&(%!) Pa  dois hemisférios de latão unidos, dentro dos quais se fez
 "!# !#$% 
vácuo. Realmente, os cavalos não conseguiram sepa-
rar os hemisférios. (a) Pressupondo que os hemisférios
tenham paredes finas, de forma que K na Fig. 16-34
E 16-5 (15-3/6  edição) possa ser considerado o raio interno e externo, mos-
A janela de um escritório tem dimensões de *+  m por tre que a força necessária para separar os hemisférios
  m. Como resultado de uma tempestade, a pressão do é ? LMK'9
, onde
é a diferença entre as pressões
ar do lado de fora cai para !+ ,$- atm, mas a pressão de interna e externa na esfera. (b) Fazendo K igual a *$! cm
dentro permanece de  atm. Qual o valor da força que e a pressão interna como !+N%! atm, encontre a força que
puxa a janela para fora? os cavalos teriam de exercer para separar os hemisférios.
 (c) Por que foram usados dois grupos de cavalos? Ape-
O ar de dentro empurra a janela para fora com uma nas um grupo não provaria a tese da mesma forma?
força dada por /.% , onde /. é a pressão dentro do es- 
critório e  é a área da janela. Analogamente, o ar do Em cada ponto sobre a superfı́cie dos hemisférios
lado de fora empurra para dentro com uma força dada existe uma força lı́quida para dentro, normal à su-
por 10 , onde /0 é a pressão fora. A magnitude da perfı́cie, devida à diferença de pressão entre o ar dentro
força lı́quida é, portanto, e fora da esfera. Para poder separar os dois hemisférios
cada conjunto de cavalos precisa exercer uma força que
 2 .3 /04 tenha uma componente horizontal pelo menos igual à
soma das componentes horizontais de todas as forças
5 3 !+ ,$-$64 !#%*7&89! ) :*# ;6: % que atuam sobre o hemisfério que puxam.
Considere uma força que atua no hemisfério puxado pa-
# ,<&89!= N > ra a direita e que faça um ângulo O com a horizontal.
Sua componente horizontal é
P6Q$ROS; , onde S; é
onde usamos o fato que  atm ?$ !+9*@&89! ) Pa. um elemento infinitesimal de área no ponto onde a força

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 2 de Janeiro de 2004, às 10:50 a.m.

está aplicada. Tomamos tal área como sendo a área do e será mı́nima quando ela anular-se. Portanto, ve-se
anel com O constante na superfı́cie. O raio do anel é que a diferença de pressão que deve ser mantida pela
K sen O , onde K é o raio da esfera. Se a largura angular bomba é
do anel é S$O , em radianos, então sua largura é K'S$O e sua
área é S;T UVMK' sen OWSO . Com isto, a componente 3 ^ Ji$j$kp D",$!!;",+ B;:-# %q JC# r&89!= Pa 
horizontal lı́quida a força do ar é dada por
Z\[] E 16-16 (15-13/6  )

YX MK 
^ senO P6Q$RO_S$O
Membros da tripulação tentam escapar de um submari-
[] no danificado, %!! m abaixo da superfı́cie. Que força

MK 
sen  OM` ^ LMK 
 a eles têm de aplicar no alçapão, de $  m por !+ -$! m, pa-
`
` ra empurrá-lo para fora? Considere a densidade da água
Esta é a força mı́nima que deve ser exercida por ca- do oceano %!$C kg/m h .
da conjunto de cavalos para conseguir separar os he- 
A pressão na profundidade S do alçapão é ^1s i$jS ,
misférios.
onde i é a densidade da água do oceano e ^ é a pressão
(b) Lembrando que  atm  !#%*H&b%! ) Pa, temos
atmosférica. A força para baixo da água no alçapão é
2 ^ s ijS4 , onde  é a área do alçapão. Se o ar no
YXc d :!# *$  :!# ,!$64$ !+9*c&(%!)6 eC#gf$f7&89!$h N 
submarino estiver na pressão atmosférica, então exer-
cerá uma força ^  para cima. A força mı́nima que de-
(c) Um conjunto de cavalos teria sido suficiente se um
ve ser aplicada pela tripulação para abrir o alçapão tem
dos hemisférios tivesse sido amarrado a uma árvore
magnitude dada por
grande ou a um prédio. Dois conjuntos de cavalos foram
provavelmente usados para aumentar o efeito dramático  2 ^ s ijS4 3 ^ 
da demonstração.
i$jS;

16.2.2 Fluidos em Repouso 59!$$C6",# B$64%!!$64$ $"!+ -$!$t fgc&(%! ) N 

P 16-18 (15-15/6  )
E 16-11 (15-9/6  )
Dois vasos cilı́ndricos idênticos, com suas bases ao mes-
As saidas dos canos de esgotos de uma casa construı́da mo nı́vel, contêm um lı́quido de densidade i . A área da
em uma ladeira estão B#g m abaixo do nı́vel da rua. Se base é  para ambos, mas em um dos vasos a altura do
o cano de esgoto se encontra a   m abaixo do nı́vel da lı́quido é u/v e no outro é u . Encontre o trabalho realiza-
rua, encontre a diferença de pressão mı́nima que deve 
do pela força gravitacional ao igualar os nı́veis, quando
ser criada pela bomba de recalque para puxar esgoto de os dois vasos são conectados.
densidade média ,$!! kg/m h . 
Quando os nı́veis são os mesmos a altura do lı́quido é
 u wu v s u  x  , onde u v e u  são as alturas originais.
Considere o bombeamento no cano num instante
qualquer. A força mı́nima da bomba é aquela que ser- Suponha que u v é maior do que u . A situação final po-

ve para equilibrar a força da gravidade no esgoto com a de ser atingida tomando-se um porção de lı́quido com
força da bomba no cano. Sob tal força mı́nima o esgoto volume Hwu1v 3 uF e massa iHwu1v 3 uF , no primeiro
será empurrado sem mudar sua energia cinética. vaso, e baixando-a por uma distância u 3 u . O trabalho

A força da gravidade no esgoto é i$j;k6 , onde i é a sua feito pela força da gravidade é
densidade, k ( lB#g 3  m n-#  m) é o comprimento y
do cano, e  é a área da secção reta do cano. Se ^ for LiHwu vz3 u1Gj:u 3 u  {
a pressão no cano, então ^  é a força que empurra o Substituindo-se u| wu v s u  }V nesta expressão acha-
esgoto para baixo no cano. Se for a pressão exercida mos o resultado pedido:
pela bomba, então a força da bomba no esgoto é 1 .
y 
A força lı́quida no esgoto é dada por i$jc:u/v 3 u    

o 3 ^ 4 3 ij;k6

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P 16-22 (15-17/6  ) 16.2.3 O Princı́pio de Arquimedes


Na Fig. 16-38, o oceano está a ponto de invadir o conti-
nente. Encontre a profundidade u do oceano, usando o
E 16-31 (15-??/6  )
método do nı́vel de compensação mostrado no Problema
21. Uma lata tem volume de %V!$! cm h e massa de 9*$! g.
 Quantas gramas de balas de chumbo ela poderia carre-
Suponha que a pressão é a mesma em todos pontos
a uma distância S~ V! km abaixo da superfı́cie. Para gar, sem que afundasse na água? A densidade do chum-
pontos no lado esquerdo da figura tal presão é dada por bo é 
 
   g/cm h.

Seja ‡ˆ a massa da lata e ‡‰€ a massa do chumbo.
 b ^ s i ^ j#u s i€}S;S;€ s ijS;H> A força da gravidade sobre o sistema ‘lata + chumbo’ é
"‡ ˆ s ‡ € Gj e a força de empuxo da água é i$j#Š , onde
onde ^ é a pressão atmosférica, i ^ é a densidade da irG J,$,B kg/m h ) é a densidade da água e Š é o volume
água do oceano e u é a profundidade do oceano,  i € é de água deslocada.
a densidade da crosta e S€ a espessura da crosta, e i; No equilı́brio, estas forças balanceiam-se de modo que
é a densidade do manto e S; é a espessura do manto
(até uma profundidade de V! km). Para pontos no lado ‡ ˆ s ‡ € Gjr di$jŠ‹
direito da figura, é dada por
A lata irá conter a maior massa de chumbo quando es-
 ‚ ^ s i€5jS+ tiver quase por afundar de modo que o volume da água
deslocada coincide então como o volume da lata. Por-
Igualando estas duas expressões para e cancelando j tanto
obtemos que
‡ € LiŠ 3 ‡ ˆ :,,B;5%V!$!H&89!#Œ16 3 !+N%*!
i€}Sc Ji ^ u s i€}S€ s iS;c
$ !f kg 
Substituindo S;e ƒS 3 u 3 S€ , tem-se que
Perceba que AV!! cm h DAV!$!H&89! Œ1 mh .
i€}Sc di ^ u s i€}S;€ s i S 3 i'u 3 i„S;€9>

de onde tiramos E 16-34 (15-25/6  )

i€xS€ 3 i€}S s i S 3 i S€ Uma âncora de ferro, quando totalmente imersa na água,
u parece !! N mais leve que no ar. (a) Qual é o volume
i 3 i ^
da âncora? (b) Qual é o peso no ar? A densidade do
i  3 i € :S 3 S € 
ferro é fVB;f! kg/m h .
i 3 i ^ 
"*+ * 3  B$wV! 3 %$ (a) O problema diz que a âncora está totalmente de-
baixo da água. Ela aparenta ser mais leve porque a água
*+ * 3  !
empurra-a para cima com um empuxo de i j#Š , onde

of km  i  é a densidade da água e Š é o volume da âncora. Seu
peso efetivo dentro da água é
Observe que na equação acima substituimos km, não m.
…YŽ J… 3 i  j#Š >
P 16-23 (15-19/6  ) onde … é o seu peso verdadeiro (força da gravidade fora
da água). Portanto
A água se encontra a uma profundidade … abaixo da fa-
ce
y vertical de um dique, como ilustra a Fig. 16-39. Seja … 3 …Ž !!
a largura do dique. (a) Encontre a força horizontal Š ƒ !V;Cc&89! Œ  mh 
i  j ",,$B$6",# B$
resultante exercida no dique pela pressão manométrica
da água e (b) o torque resultante devido a esta pressão (b) A massa da âncora é ‡‘ JiŠ , onde i é a densidade
em relação ao ponto † . (c) Encontre o braço de alavan- do ferro. Seu peso no ar é
ca, em relação ao ponto † , da força horizontal resultante
sobre o dique. …? J‡@j Li$jŠ wfVB;f!;:,# B$w !VC_&89! Œ  

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gCVB@&(%! h N  a água na mangueira tiver velocidade de * pés, com que


velocidade ela sairá dos buracos do esguicho?

Use a equação da continuidade. Seja • v a velocidade
P 16-43 (15-33/6  ) da água na mangueira e • sua velocidade quando ela

Uma matriz fundidora de ferro, contendo um certo deixa um dos furos. Seja 'v a área da secção reta da
número de cavidades, pesa -!$!! N no ar e $!$!! N na mangueira. Como existem – furos, podemos imaginar
água. Qual é o volume das cavidades da fundidora? A a água na mangueira como formando – tubos de fluxo,
densidade do ferro é f Bf g/cm h . cada um indo sair através de um dos furos. A área de
 cada tubo de fluxo é  v – . Se   for a área de um furo,
O volume ŠF€ das cavidades é a diferença entre o vo- a equação da continuidade fica sendo dada por
lume ŠF da matriz fundidora como um todo e o volume
ŠF’ do ferro contido na matriz fundidora: „v
• v J•    
–
Š € ƒŠ  3 Š ’ 
Desta expressão tiramos que
O volume do ferro é dado por Š+’‚ ƒ…“ji’Y , onde … é  v K 
„
o peso da matriz fundidora e i;’ é a densidade do Ferro. •  • v • v >
–  
M – 
O peso efetivo …YŽ na água pode ser usado para encontrar
onde K é o raio da mangueira e  é o raio de um furo.
o volume da matriz fundidora. Ele é menor do que …
Portanto
pois a água empurra a matriz fundidora com uma força
ji  Š  , onde i  representa a densidade da água. Assim K' "!+ *fVC$4
•  $• vp "*+ !; ƒB pés/s 
temos o peso efetivo dado por –W  F:!# !$$C 
… Ž J… 3 ji  +
Š @

Portanto P 16-56 (15-42/6  )

… 3  … Ž A água é bombeada continuamente para fora de um


Š  > porão inundado, a uma velocidade de C m/s, através de
j i 

uma mangueira uniforme de raio  cm. A mangueira
de onde tiramos que passa por uma janela * m acima do nı́vel da água. Qual
é a potência da bomba?
… 3 … Ž … 
Š1€” 3 Suponha que uma massa
c‡ de água é bombeada
ji  ji ’
-$!!! 3 $!$!! -$!!$! num tempo
c— . A bomba aumenta a energia poten-
3 cial da água por
H‡j#u , onde u é a distância vertical
",+ B;:!# ,,Bc&89! h  :,# B$6wf B;fH&89! h 
que a água é elevada, e aumenta sua energia cinética de
!# %;f m h
c‡W•;AV , onde • é sua velocidade final. O trabalho que
a bomba faz é
É imprescindı́vel saber fazer corretamente as conversões
y 
de unidades:
J
c‡mj#u s
c‡W•  >

f B;fH&(%! Πh kg
f B;f g/cm h ef B;fH&(%! h kg/m h  e sua potência é, consequentemente,
9! Œ/ mh y


c‡ 
…? j#u s • %™ 


c—W˜ 
16.2.4 Linhas de Corrente e a Equação da Conti- A taxa de fluxo de massa é
c‡
H—‹ eip• , onde i é a
nuidade densidade da água e  é a área da secção transversal da
mangueira, isto é,
E 16-55 (15-39/6  ) ƒ J  L :!# !#%!$  ƒ*# 6<&89! Œ = m
Uma mangueira de jardim, de diâmetro interno !+gfC pol, Com isto, temos
é conectada a um esguicho que consiste em um cano
com  furos, cada um com !+ !;CV! pol de diâmetro. Se i p•< š",$,B;"*+N9c&89! Œ =96:C$‹ ?$ C;f kg/s 


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Portanto Use a equação de Bernoulli desprezando os termos
de energia potencial, pois os dois tubos de fluxo estão

H‡ 
… j#u s •  ™ essencialmente na mesma altitude:

c— ˜ 
 
C  +ˆ s i$• ˆ  b 1¢ s i;• ¢ >
4gC$f#›G",+ B;:*# !$ s J-$- W   
cœ
onde ˆ é a pressão na superfı́cie de baixo, ¢ a pressão
em superfı́cie de cima, •Aˆ a velocidade do ar na su-
16.2.5 Aplicações da Equação de Bernoulli perfı́cie de baixo, •V¢ a velocidade do ar na superfı́cie
de cima, e i a densidade do ar.
Desejamos encontrar •V¢ de modo que #ˆ 3 F¢\ ‘,!$!
Pa, ou seja,
E 16-58 (15-43/6  )
A água se move com uma velocidade de C m/s através de #2 #ˆ 3 F¢ s
um cano com uma área de seção transversal de  cm  .
• ¢ £ • ˆ
i
A água desce 9! m gradualmente, enquanto a área do
cano aumenta para B cm  . (a) Qual é a velocidade do
#:,!!; s
escoamento no nı́vel mais baixo? (b) Se a pressão no ¤ 59!;  ?$9- m/s 
nı́vel mais alto for gC<&b9! ) Pa, qual será a pressão no $ *
nı́vel mais baixo? Observe que é imprescindı́vel usar as unidades corretas
 de i :
(a) Use a equação da continuidade:  v • v  • ,
 
onde  v é a área do cano no topo e • v a velocidade da g 9! Œ h kg
água no local,  i@ ?$ *<&89! Œ h  *@&(%! Œ h
 é a área do cano no fundo e •  é a cmh 59! Œ   h mh
velocidade da água no fundo. Portanto,
kg
 v   * >
mh
•  •$v wC egC m/s 
  B que foi o número usado para obter • ¢ .
(b) Use a equação de Bernoulli:
P 16-73 (15-??/6  )
 
v s i;• v s i$j#u v I  s i;•  s i$ju  >
   As janelas de um prédio de escritórios têm dimensões
de  m por C m. Em um dia tempestuoso, o ar passa pela
onde i é a densidade da água, u1v sua altura inicial e u janela do 53 ¥ andar, paralelo à janela, com uma veloci-

sua altura final. Portanto, dade de *! m/s. Calcule a força resultante aplicada na
 janela. A densidade do ar é $ * kg/m h .
 v s i1"• v 3 •   s i$j/wu vž3 u   
  Chamando-se de E a pressão interna da sala e de
¥

gCH&89!$) s
a pressão de fora da janela, temos que a força lı́quida
"!# ,,$B@&(%!h6ŸNC  3 :# C$ ¡ 
 na janela é o 1E 3 ¥ 4 , onde  é a área da janela. A
s "!+ ,$,B@&89! h ",+ B;59!$ diferença de pressão pode ser encontrada usando-se a
equação de Bernoulli: ^ s i;•;AV_ ‚ FE , onde • é a velo-
cidade do ar fora e i é a densidade do ar. Supomos que o
 -c&89! ) Pa 
ar dentro da sala está parado. Portanto, FE 3 Li$•A
¥
sendo a força é dada por

E 16-67 (15-49/6  )  
D i$•   5gV*;"*$!$  "*; D$N$'&(%!V= N 
 
Se a velocidade de escoamento, passando por debaixo
de uma asa, é $9! m/s, que velocidade de escoamento
na parte de cima criará uma diferença de pressão de ,!$! P 16-76 (15-??/6  )
Pa entre as superfı́cies de cima e de baixo? Considere a
densidade do ar iW  *r&I%! Œ h g/cm h . (Ver exercı́cio Uma placa de B! cm  e CV!! g de massa é presa por
15-66.) dobradiças em um de seus lados. Se houver ar soprando

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apenas sobre a sua superfı́cie superior, que velocidade P 16-81 (15-25/6  )


deverá ter o ar para sustentar a placa na posição hori-
zontal? Aplicando a equação de Bernoulli e a equação da con-
 tinuidade aos pontos  e  da Fig. 16-22, mostre que a
Este exercı́cio considera uma situação análoga aquela velocidade do escoamento na entrada (ponto  ) é
mostrada na Fig. 16-26, da moça soprando sobre uma
folha de papel. ¨ 

Como a pressão é uniforme sobre superfı́cie o torque •@ £ 
i1:  3 ¨  
que ela exerce pode ser calculado como se o ar atuasse
no centro de massa, o mesmo valendo para a força da

gravidade. Ambos pontos estão na mesma altitude, de modo que
O torque lı́quido anula-se quando a força do ar iguala a a equação de Bernoulli é
força da gravidade. Seja +ˆ a pressão na superfı́cie de
 
baixo, F¢ a pressão na superfı́cie de cima, • a velocida- v s i;• v ‚  s i;•  
de do ar sobre a superfı́cie superior, e i a densidade do   
ar. De acordo com a equação de Bernoulli, A euqação da continuidade é • v D¨;• , de modo que

  •  ƒp• v ¨1 Substituindo esta expressão na equação de
#ˆ¦ ‚ F¢ s i;•  > ou seja +ˆ 3 1¢c i$•   Bernoulli obtemos
 
A magnitude da força do ar é š §o ˆ 3 ¢ 5 , onde     
v s i;• v ‚  s i ™ • v 
é a área da placa. No equilı́brio, l §‡j , onde ‡ é a   ˜ ¨
massa da placa. Portanto Resolvendo-a, temos que

i$•  ƒ L‡j1>
 #2 vž3  4¨  V¨ 

•$v £ £ >
de onde obtemos i1:  3 ¨   i/"  3 ¨  

V‡mj  "!+ C$",+ B;


+ onde usamos
©b /v 3 .
• v ¤ £ J*; m/s  
i 5gV*;"B$!H&89! Π= 
16.2.6 Problemas Adicionais

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Exercı́cios Resolvidos de Dinâmica Clássica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Instituto de Fı́sica

Matéria para a QUARTA prova. Numeração conforme a quarta edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo 17.1 Questionário . . . . . . . . . . . . . . . 2


17.2 Exercı́cios e Problemas . . . . . . . . . 3
17 MOVIMENTO ONDULATÓRIO 2 17.3 Problemas Adicionais . . . . . . . . . . 9

Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br


(listam3.tex)

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17 MOVIMENTO ONDULATÓRIO redistribuição apropriada da sua energia, ou forman-


do uma onda estacionária, com outra redistribuição de
energia.
17.1 Questionário
17-9. Quando duas ondas interferem, existe perda de
17-2. Energia pode ser transferida por partı́culas bem energia? Justifique sua resposta.
como por ondas. Como podemos distinguir experimen-
talmente esses métodos de transferência de energia? 
Não. Existe uma redistribuição da energia. Nos
 pontos de inter ferência destrutiva, a energia é nula,
A energia é transferida entre partı́culas nos eventos mas, conseqüentemente será maior nos pontos de inter-
de colisão, como acontece, por exemplo, num jogo com ferência construtiva.
bolas de bilhar. Quando a energia é tranferida por onda,
também se dá pelas colisões das partı́culas do meio, no
caso das ondas mecânicas, mas as partı́culas movem-se 17-11. Se duas ondas diferem somente em amplitude e
localizadamente, enquanto a onda se propaga por uma se propagam em sentidos opostos através de um meio,
extensão muito maior. Um exemplo notório é o das on- produzirão elas ondas estacionárias? Existirá energia
das sonoras. transportada? Existirão nós?

Não.
17-6. Compare o comportamento de (a) um sistema
massa-mola oscilando num movimento harmônico sim-
ples e (b) um elemento de uma corda esticada onde uma 17-13. Uma onda transmite energia. Ela também trans-
onda senoidal se propaga. Discuta do ponto de vista do fere momento linear. Será possı́vel transferir momento
deslocamento, velocidade vetorial, aceleração e trans- angular?
ferências de energia.


(a) No sistema massa-mola, a energia é localizada,
isto é, a massa detém a energia cinética e a mola, supos- 17-15. Uma corda é esticada entre dois suportes fixos
ta sem massa, detém a energia potencial. Se a energia separados de uma distância  . (a) Para quais harmônicos
total é constante, em algum instante ela é toda da massa, existirá um nó no ponto que dista  de um dos su-
quando esta passa pela posição de equilı́brio e em outro portes? Existirá um nó, um antinó ou uma condição
instante será toda potencial, quando a mola estiver na intermediária num ponto que dista  de um dos su-
sua máxima deformação. Sendo o deslocamento me- portes, se (b) o quinto harmônico foi gerado? (c) o
dido em relação à posição de equilı́brio, a velocidade décimo harmônico foi gerado?
nessa posição é máxima, enquanto a aceleração é nula. 
Nos pontos de máximo deslocamento, a velocidade é (a) Se o nó dista 
 de um dos suportes, a corda está
nula e a aceleração é máxima. vibrando na forma de  meios comprimentos de onda.
(b) Para o elemento da corda esticada, a energia está dis- Então trata-se do terceiro harmônico.
tribuída em vez de localizada, porque todas as partı́culas (b) No ponto que dista  de um dos suportes, exis-
do elemento se movem e sofrem a ação da tensão de tirá um nó tanto para o quinto quanto para o décimo
deformação. O elemento está sob a máxima deformação harmônicos.
quando está na posição de equilı́brio do MHS executado
pelas partı́culas e é também nessa posição que a velo-
17-17. Violonistas sabem que, antes de um concerto,
cidade transversal atinge o seu máximo. Nos pontos de
deve-se tocar um pouco o violão e ajustar suas cordas
maior deslocamento das partı́culas em relaçã à posição
porque, após alguns minutos de execução, as cordas se
de equilı́brio, elas tem velocidade e aceleração nulas.
aquecem e cedem ligeiramente. Como esse pequeno
afrouxamento afeta as freqüências de ressonância das
17-8. Quando duas ondas interferem, uma atrapalha a cordas?
propagação da outra? Explique.

O afrouxamento das cordas tem como conseqüência

Não. As ondas se combinam pelo prinı́pio de a diminuição da velocidade de propagação das on-
superposição formando uma onda progressiva com uma das na corda (   ), alterando o conjunto das

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< 6 7 6 7
freqüências de ressonância, isto é, o violão fica “desafi- D 4C('  3CE  rad/s
?
nado”.
Então, a onda em questão é
2F6 +87 6 +87
 14 94:5; 4C(' C( 
* *G=
17.2 Exercı́cios e Problemas
17-14P. (a) Escreva uma expressão que descreva uma
Seção 17-5 A Velocidade Escalar de Propagação de onda transversal se propagando numa corda, no senti-
uma Onda do com um comprimento de onda de 5 cm, uma
=H*
17-3E. Balançando um barco, um menino produz ondas freqüência de CE Hz e uma amplitude de  cm. (b)
na superfı́cie de um lago até então quieto. Ele obser- Qual é a velocidade escalar máxima de um ponto da
va que o barco realiza  oscilações em  s, cada corda? (c) Qual é a velocidade escalar da onda?
oscilação produzindo uma crista de onda  cm acima

da superfície do lago. Observa ainda que uma deter- (a) Começamos calculando as quantidades < e para
?
minada crista de onda chega à terra, a doze metros de montar a equação da onda:
distância, em  s. Quais são (a) o perı́odo, (b) a ve-
locidade escalar, (c) o comprimento de onda e (d) a
< 
A A
amplitude desta onda? 0 1 A rad/cm 
4


Inicialmente, calculamos a freqüência, que é
 6 7
Hz. As grandezas pedidas são
   -
A 3A C 3IA rad/s e
?
aplicações diretas de “fórmulas”:
2%6 +87 6 7 6 +87
(a) !   cm 95:5; JA IA /
* *>K
#"%$
&(' s (b)
(b) L 2 6 7 6 7
máx. m .  IA 1  cm/s
?

) * +, -.  m/s / (c)

0  6 7 6 7
(c) ) 5 C MCE cm/s /
0 . 
 1  m/
 
17-16P. Uma onda de freqüência  Hz tem uma velo-
(d) cidade de   m/s. (a) Quão afastados estão dois pontos
2 que tem uma diferença de fase de A#
 rad? (b) Qual é a
m 345 m/
diferença de fase entre dois deslocamentos, num deter-
minado ponto, em tempos separados de  ms?
17-6E. Escreva a equação para uma onda se propagando
no sentido negativo do eixo e que tenha uma ampli-  (a) Consideremos a função 2%6   7 da Fig. 17-4a. As
*
tude de  4 m, uma freqüência de   Hz e uma fases da onda nesses dois pontos* defasados devem ser
velocidade de  m/s. iguais:

A forma da onda progressiva é < $ <

* *ONP=RQ
2%6 +87 2 6< +87
 m 94:5; /
* *>=@? 7
<%6 $
<
Precisamos calcular o número de onda angular e a * KS*N Q
freqüência angular :
? 0 7 6 7
 6 7 6 7 6

A A 
A     A#

< $ Q Q  7 6 7 34
' m/
0 B48C(' rad/m * KT* N 
A 
A
6

A 


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+87
(b) Agora consideramos a função 2F6  da Fig. 17-4b:
17-31P. O tipo de elástico usado no interior de algumas
+ +
$
KU? KU? N =VQ
bolas de beisebol e de golfe obedece à lei de Hoo-
ke para uma larga faixa de alongamento do elástico.
6 + + 7
$ Um segmento deste material tem um comprimento (não

? N K Q esticado)  e uma massa Z . Quando uma força e é
>W + 7 6 7 6 7
aplicada,
W
o elástico estica de um comprimento adicional
6
-
A 
A    MA rad /  . (a) Qual é a velocidade escalar (em termos de Z ,
Q W <
 e a constante elástica ) das ondas transversais neste
elástico? (b) Usando sua resposta em (a), mostre que
Seção 17-6 Velocidade Escalar da Onda numa Corda o tempo necessário para um pulso transversal percorrer
W
Esticada oW comprimento do elásticoW é proporcional a 
f  se
hgigR e é constante se kjijR .
17-18E. As cordas de um violino, respectivamente mais
leve e mais pesada, tem densidades lineares de  g/m  W
(a) Com a força aplicada el < W 7  e a densidade
e . X g/m. Qual é a relação dos diâmetros dessas cor-
do elástico dada por a mZn 6   , calculamos a
das, da mais pesada para a mais leve, supondo que são =
velocidade escalar:
feitas do mesmo material?
< W 6 W 7
 e   
D Bo = `
A densidade volumétrica das cordas é Y> 1Z[A%\ N^] .
 Z
Em termos da densidade linear dada, escrevemos YR
#A%\ N . Como as cordas são feitas do mesmo material, (b) O tempo necessário para o pulso transversal percor-
 $  rer o comprimento do elástico é
N /
\ $N \ N +   f Z
N W
< <%6 W 7
Substituindo os dados fornecidos, chegamos à relação     N
=
entre os diâmetros _ $ e _ : W 6 W 7 +
N Se igig ,  N é desprezı́vel e a expressão para
_ $ B'
_ / reduz-se a
N
+qp rZ
`
< W 
17-25P. Uma corda esticada tem uma massa por uni- 
dade de comprimento de . g/cm e uma tensão de 5 W
ou seja,
W
o tempo é proporcional
W
a 
f  .
N. Uma onda senoidal nessa corda tem uma amplitude +
Se Pjij1 , então  , caso em que a expressão
de 45 mm e uma freqüência de 4 Hz e se propaga +
para reduz-se a
no sentido de decrescente. Escreva uma equação para
*
essa onda. +qp Z
` /
<

Com os dados fornecidos, calculamos inicialmente
as grandezas , e < necessárias para explicitar a onda:
? 17-32P*. Uma corda uniforme de massa Z e com-
 5 primento  está pendurada no teto. (a) Mostre que a
> ` ` 1CC(' m/s
  velocidade de uma onda transversal na corda é função
de 2 , a distância até a extremidade mais baixa, e é dada
 6 7 6 7 por @ f s 2 . (b) Mostre que o tempo que uma onda
-
A 
A 4 3IE rad/s transversal leva para percorrer o comprimento da corda
? +
é dado por 3t u s .
< IE "%$

a?


CC('
B^C  m (a) Consideremos o eixo 2 ao longo da corda, com
origem na extremidade inferior da mesma. Para um ele-
Como a onda se propaga no sentido negativo do eixo , mento infinitesimal _Z da massa da corda localizado
*
temos em 2 a partir da origem, temos
2%6 +87 6 "d 7 6 6 +87 6 7 2
 JcbS4 94:5; ^C  EI / _v _Z s 1 s _
* *>=

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que, integrando ao longo da corda, fornece sob uma tensão de X N. Ache (a) o valor máximo da
velocidade transversal L e (b) o valor máximo da com-
6r2 7 2.z 2
 -wVx  s _ H s / ponente transversal da tensão. (c) Mostre que os dois
y
valores máximos, calculados acima, ocorrem para os
Levando este resultado para a relação da velocidade, ob- mesmos valores de2 fase da onda. Qual é o desloca-
temos mento transversal da corda nessas fases? (d) Qual é
a máxima potência transferida ao longo da corda? (e)
6r2 7 Qual é o deslocamento transversal 2 quando esta trans-
6{2 7  2
o f s / ferência máxima de potência acontece? (f) Qual é a

transferência mı́nima de potência ao longo da corda?
(b) Usando o resultado de (a), (g) Qual é o deslocamento transversal 2 quando esta
transferência mı́nima de potência ocorre?
2
_ 2
+ f s 
_ Comecemos por construir a equação da propagação
da onda na corda:
+ z 6 2 7 "i$ 2  X
w}| _ w}~ s N _ `
y y D ` 3E'(X m/s
 ^

+  2 $
 N‚ y 0 '.X
f sS€ ~  3J m
5

+  2%6 +87 6 "F… 7 6 +87


3 o /  . DbT5 95:5; A CI  
* *)K
s
+
sendo em metros e em segundos.
* L
(a) A velocidade transversal escalar máxima máx. obte-
Seção 17-8 Energia e Potência numa Onda Progres- mos de
siva 2
L 64† 7 2
+
ƒ $ é transmitida por uma onda
máx. máx. m
17-33E. A potência
 † ?
de freqüência $ numa corda sob tensão  $ . Qual é a 6 7 6 7 6 "O… 7

A 5 . ‡bS4
potência transmitida ƒ em termos de ƒ $ (a) se a tensão
N
na corda for aumentada para  1 C $ e (b) se, ao invés,
N   J'' m/s
a freqüência for diminuı́da para $  ?
N
 (b) A componente transversal da tensão é
(a) Se a tenão na corda for quadruplicada, a
velocidade de porpagação fica duplicada. Sendo a 2
6 † 7
 transv. H 
potência $
média transmitida por uma onda dada por
2 †
*
ƒ„ % N mN , a duplicação da velocidade implica
N ? e o valor máximo da componente transversal é
na duplicação da potência transmitida.
(b) Como a freqüência aparece ao quadrado na ex- 6 7 <.2
 transv. máx. 
pressão da potência, sua diminuição pela metade, im- m

plicará na redução da potência a um quarto do seu valor 6 7 6 7 6 7 6 "O… 7


X CI 
A . >bT5
inicial.

. I N/
17-35P. Uma onda senoidal transversal é gerada numa
extremidade de uma longa corda horizontal, por uma (c) Tanto a velocidade transversal L como a tensão trans-
barra que se move para cima e para baixo entre extre- versal  transv. tem as suas fases sob a função cosseno.
+87
mos que distam  cm. O movimento é contı́nuo e Então, o mesmo par 6  maximiza ambas as gran-
*
repetido regularmente 5 vezes por segundo. A cor- dezas, mas se esse par maximiza a função cosseno,
+
da tem uma densidade linear de 5 g/m e é mantida ele anula a função seno, ou seja, se < ˆ ,
*RK&?

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2%6 2 7
‰ . (d) A potência transmitida ao longo da

*
corda é dada por 17-41P*. Determine a amplitude da onda resultante da
2 2 combinação de duas ondas senoidais que se propagam
6 † 7 64† 7 < 2 6< +87
ƒ&  + H N
m ŠŒ‹ 9 N no mesmo sentido, possuem mesma freqüência, tem
K † † ? *KT?
* amplitudes de  cm e C  cm e diferença de fase de
Para a potência máxima transmitida temos então, A# rad.

< 2
ƒ máx.  N 
?
m
Consideremos as duas ondas senoidais na posição
6 7 6 7 6 7 6 7 6 "O… 7 :
3
X A CI 
CEA . cbS4 N *
2 $ +
1 95:5; e
C.' W/ ?

(e) O deslocamento 2 correspondente à máxima 2 6 + 7


+87 HC  94:5; A# /
potência transmitida é 2 Ž , já que o par 6  que N ? =
*
maximiza a função cosseno é o que anula a função se- 7
Agora, usando a relação trigonométrica 95:5; 6r•
no. • • 2 =R–
95:5; ŠŒ‹ 9 ŠŒ‹ 9 95:4; na onda onda , efetuamos sua
(f) A potência mı́nima transmitida é nula. –—= – N
soma com 2 $ :
(g) A mı́nima potência +87
transmitida acontece para
2 2 6
m , já que o par  que anula o cosseno é aquele 2 2 $ 2
*
que maximiza o seno. = N

2 + +
3  94:5; C  ŠŒ‹ 9
Secção 17-11 Interferência de Ondas ? = ?

17-38P.

Uma fonte  e um detector de ondas de rádio + +
2
estão localizados ao nı́vel do solo a uma distância _ 1  95:5;  Š^‹ 9  /
0 € ? = ?
(Fig. 17-26). Ondas de rádio de comprimento chegam

a , pelo caminho direto ou por reflexão, numa certa A superpsição dessas ondas produz uma onda da mesma
camada da atmosfera. Quando a camada está numa altu- forma de cada uma delas, que escrevemos genericamen-

ra ‘ , as duas ondas chegam em exatamente em fase. te como
À medida que a camada sobe, a diferença de fase entre 2 2 6 + 7
as duas ondas muda, gradualmente, até estarem exata- m 95:5; 
? =VQ
mente fora0 de fase para uma altura da camada ‘ .
=1’ e, usando a mesma identidade trigonométrica, obtemos
Expresse em termos de _ , e ‘ .
’
2 2 6 + + 7
  
Após a reflexão na altura ‘ , as ondas chegam em m 95:5; ŠŒ‹ 9 ŠŒ‹ 9 95:5;
? Q>= ? Q
em fase:
onde é a diferença de fase de 2 em relação a 2 $ . Com-
Q
\ $ _‡ 3 parando as duas formas que temos para 2 , escrevemos
K
6 7
sendo \ $  ‘ N _. N . •
94:5;   :
= Q
Após a reflexão na altura ‘ , as ondas chegam em
 =1’
em oposição de fase:
•
0 ŠŒ‹ 9 &
\ _‡ . Q
N“K
7 6 7 onde • é um fator de proporcionalidade entre as duas
6
sendo \ ” ‘ _. N . Combinando as
N =R’
N
= formas da função 2 . Dividindo as duas relações acima
duas equações para as interferências construtiva e des-
obtemos a constante de fase :
trutiva, vem Q
+
0 B

\ 
\ $ . s
Q
N“K

0 6 7 6 7 6 7
MC  ‘ N _( N  ‘ N _. N  / H X rad /
€ =R’ = K = Q

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Elevando as relações acima ao quadrado e somando, ob- onda estacionária.


temos o fator • :

7
A onda estacionária indicada está vibrando no tercei-
• 6
N 94:5; N Š^‹ 9 N -.‚'
IX ro harmônico, ou seja, ; 3 .
QD= Q
(a) Para a velocidade temos
•
 C/  5 
> ` ` "O… ^CC m/s /
 '(J‡bT5
Agora podemos explicitar a função 2
2 $ 2
:
= N
(b) Para o comprimento de onda,
2%6 +87 6 + 7
3E 94:5; X 
? = 0 
2 n 
onde m ˜ Cnb}R Ž  m. Este problema ;
também pode ser facilmente resolvido pelo método dos
fasores. Com a escolha de uma escala adequada, a am- 6 7 6 7
0  X
… H  m/
plitude e a constante de fase são diretamente medidas 
com régua e transferidor. Refaça o problema usando os
fasores para confirmar o resultado obtido pelo método (c) E para a freqüência,
analı́tico.  ^CC
0 -
CE Hz /


Seção 17 -13 Ondas Estacionárias e Ressonância


17-48E. Uma corda de 5 cm de comprimento é estica-
17-42E. Uma corda sob tensão  i oscila no terceiro da entre suportes fixos. Quais são os três comprimentos
harmônico com uma freqüência … , e as ondas na corda de onda mais longos possı́veis para ondas estacionárias
0
…
tem comprimento de onda . Se a tensão for aumenta- nessa corda? Esboce as ondas estacionárias correspon-
da para  f ™Ct i e a corda novamente levada a oscilar dentes.
no terceiro harmônico,  qual será (a) a freqüência de  0
oscilação em termos de … e (b) o comprimento de onda O comprimento de onda é dado por n &u ; , com
0
em termos de ? … ; š
J.^/›/œ/ se a corda está fixa nas duas extremida-
des. Os três maiores comprimentos de onda serão então,

(a) Da relação i   i 
 , obtemos com a tensão fi- 0
$ - 3.8CE m
nal  f -C i que f &
i . Então, para o “novo” terceiro
harmônico teremos
0
1ž &J me
  6 7  N
3f 
i - 3i /

0 
… ž 3I m/
(b) Para o comprimento de onda, teremos 

0 
i 0
3f  3i 
17-52E. Uma ponta de uma corda de 5 cm é mantida
 3i
fixa. A outra ponta é presa a um anel sem peso que
ou seja, a variação na tensão da corda duplica a veloci- pode deslizar ao longo de uma haste sem atrito, con-
dade e a freqüência, mantendo inalterado o comprimen- forme mostrado na Fig. 17-28. Quais são os três mais
to de onda. longos comprimentos de onda possı́veis para ondas es-
tacionárias nessa corda? Esboce as ondas estacionárias
correspondentes.
17-46E. Uma corda de violão, de náilon, tem uma den-
sidade linear de '(J g/m e está sob uma tensão igual  Quando a corda está presa em só em uma extremida-
a 5  N. Os suportes fixos estão distanciados X cm. de, os comprimentos de onda possı́veis são fornecidos
A corda está oscilando de acordo com o padrão de on- pela relação 0 n ŸCE ; , com ;   J'(4/œ/›/ . Os três
da estacionária mostrado na Fig. 17-27. Calcule (a) maiores comprimentos de onda serão
a velocidade escalar, (b) o comprimento de onda e (c)
0
a freqüência das ondas cuja superposição origina esta $ 1C HCI m 

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0 C
…    me baixa dessa corda? (b) Qual é a velocidade de onda para
 essa corda?

0¡ C Para uma corda fixa nas duas extremidades, temos

ž HX m/
 ; , com ; ŸJ. ^/›/›/ Para as duas freqüências
n

dadas, escrevemos
17-54P. Duas ondas estão se propagando na mesma cor- CE 

da, muito comprida. Um vibrador no extremo esquerdo ; a ; b

da corda gera uma onda dada por


onde ; a e ; b são valores consecutivos dos harmônicos
2 6 7 A 6 "%$ 7 6 "$ + ; , tal que ; a ; b  . Substituindo essa condição na
 cm ŠŒ‹ 9  m I  s )   =
 € *>= igualdade acima, encontramos os harmônicos que cor-
respondem às freqüências dadas, ; a 1C e ; b 3 .
enquanto um outro no extremo direito gera a onda
(a) Para a freqüência fundamental temos
2 6 7 A 6 "$ 7 6 "$ 7F+
  cm ŠŒ‹ 9  m I s  /  CE
 € *vK $ 4E Hz /
C
(a) Calcule a freqüência, o comprimento de onda e a
velocidade escalar de cada onda. (b) Determine os pon- (b) A velocidade da onda é
tos onde não existe movimento (os nós). (c) Em quais 
> - $ 5 E'(/¤ m/s /
pontos o movimento da corda é máximo?

(a) Para obter as grandezas pedidas só precisamos 17-60P. Uma corda de  m de comprimento está osci-
observar as quantidades fornecidas nas duas ondas da- lando na forma de uma onda estacionária de três meios
das: comprimentos de onda, cuja amplitude é   cm. A
velocidade escalar da onda é de 5 m/s. (a) Qual é a
 CA
„? 3 Hz  freqüência? (b) Escreva equações para duas ondas que,
A 
A combinadas, resultem nessa onda estacionária.

0 
A 
A A corda está vibrando no terceiro harmônico, com
-.  me 0
< comprimento de onda 3/  m. Então, (a)
A


0  6 7 6 7 0 -  Hz
) .  .  1C m/s /

(b) A superposição das ondas dadas produz a onda esta- (b) Se a amplitude da onda estacionária é /  cm, a am-
cionária ¢
plitude de cada uma das ondas combinadas 0
é /¤ cm. O
número de onda angular é <  Ž
A# ¦A rad/m e a
6 +87 2 +
 3 m ŠŒ‹ 9 A Š^‹ 9 CA 
freqüência angular é 1
A 4A rad/s. Portanto,
* * ?
2 $ 6 7 6 +87
cujos nós obtemos fazendo ŠŒ‹ 9 A Ÿ , condição satis- / 95:5; A 4 e
* *K
feita para
2 6 7 6 +87
/¤ 95:5; A 4 /
1/  m £^/ m £J./¤ m £^/›/›/ N *D=
*

(c) Os antinós devem satisfazer a condição ŠŒ‹ 9 A 17-63P. Considere uma onda estacionária que é a so-
¥ *
 , cujas posições são ma de duas ondas idênticas se propagando em sentidos
opostos. Mostre que a energia cinética máxima em cada
B/  m£ ./  m£ /  m £^/›/œ/ meio comprimento de onda dessa onda estacionária é
* 
2
A N  N
m .
17-56P. Uma corda está esticada entre suportes fixos 
separados por ' cm. Observou-se que tem freqüências A velocidade transversal de um elemento do meio é
ressonantes em C( e  Hz e nenhuma outra neste 2
L † 2 < +
intervalo. (a) Qual é a freqüência de ressonância mais +§  m 95:4; 94:5; 
† K * ?

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tal que sua energia cinética é dada por Os valores de ; que satisfazem a razão acima são ; $
 e; 3 , do que obtemos
 L N
_¨ _Z N
 0  $
$ 1/  me
2 < +

_ N N 95:5; N 94:5; N / ; $
m
* ? * ?

A energia cinética máxima do elemento é


0 
2 < N 3/  m/
_E¨ m -
_ N
m N 95:5; N / N ; !
* ? * N
 0 
Lembrando
0
que 1
A , integramos _¨ m desde 1 Voltando à relação da tensão, ² $ N$ N , obtemos a
? < *
até G HA# : mais baixa freqüência de vibração do sistema,
*
 ª (a) 3C Hz /
2 (b) As extremidades fixas são nós, evidentemente. O
¨  N N w}© 95:5; N _ 0
m m
? y * * comprimento  $ acomoda um comprimento $ , com 
 ª Jª
< nós, inclusive o do ponto de junção dos0 fios. O com-
2 94:5; 
 N N w © * < * 
¬ y­ primento  acomoda ./¤ comprimentos , com  nós,
m
? y «  K C N N
 incluindo o do ponto de junção. Então, o fio composto
2
%A N ®N O/ tem um total de I nós nesse modo vibrante.

17-64P. Um fio de alumı́nio de comprimento P ™ 


"
cm com área de seção transversal igual a b}5 N
…
cmN e densidade  g/cm é conectado a um fio de
…
17.3 Problemas Adicionais
aço, de densidade '.I g/cm e mesma área de seção
transversal. O fio composto é conectado a um bloco
de massa Z¯ 4 kg, conforme a Fig. 17-30, de 17-65. Uma corda, submetida a uma tensão de  N
forma que a distância  entre a junção e a roldana de e presa em ambas as extremidades, oscila no segundo
N
suporte seja I  cm. Ondas transversais são estabele- harmônico de uma onda estacionária. O deslocamento
cidas no fio usando-se uma fonte externa de freqüência da corda é dado por
variável. (a) Ache a mais baixa freqüência de vibração 7 6 7 +
2 6
que dará origem a uma onda estacionária com nó no 44 m 94:5; A  95:5; 
A 
*
ponto de junção. (b) Quantos nós são observados nessa
freqüência? onde ‰ +
 numa das pontas da corda, é dado em
! * *
metros e em segundos. Quais são (a) o comprimento
 da corda, (b) a velocidade escalar das ondas na corda e
O fio composto está submetido à tensão °Z s
XI N e, lembrando que Y}  ZnŒ±— , a densidade linear
(c) a massa da corda? (d) Se a corda oscilar num padrão
de cada parte, de alumı́nio e aço, é, respectivamente, de onda estacionária referente ao terceiro harmônico,
qual será o perı́odo de oscilação?
"F…
 $ 1Y $ ±3 3/ >bS4 kg/m e

0
(a) Da forma da onda dada, temos < °A# rad/m e
"O… <
š
A# ³C/  m. Como a corda vibra no segundo
 1Y! ±3 °'(/ I‡bS4 kg/m /
N N harmônico, ; - , resulta que
0 
A tensão no fio é Ÿ% N Ÿ N N e lembrando que 0
0
ž ;  , temos  1C/ ZS/

0  0 
 $ N$ N  N (b) A velocidade das ondas na corda obtemos de
N N

C $N CE N D ?< 3


C m/s
 $  N 
; N$ N ; N
N
(c) Com a tensão aplicada e a velocidade do ı́tem (b),
que nos fornece
temos
;  f 
N N N -./¤ 
; $  $ f  $
[ H/ C(' kg/m
N

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A massa da corda então é A cada nó, devemos ter 3 . Portanto,


Z´ Mž / X kg /
ŠŒ‹ 9 A 
(d) Se a corda vibra no terceiro harmônico, a freqüência *
! 
A

 "$ ;
.[ „X/  Hz e o perı́odo de oscilação é A
1/œ s. * 

/ m
*
17-67. Uma onda estacionária resulta da soma de duas
ondas transversais progressivas dadas por (b) A velocidade para qualquer partı́cula da corda osci-
2 $ 6 +87
H  9 A CA 
lante é ¢ ŠŒ‹
*K

2 6 +87 +87 7 6 7 +
H  A CA  Lk6 † 6
ŠŒ‹ 9  + CA /œ5 ŠŒ‹ 9 A 95:5; CA /
N *>= * K *
2 $ 2 + †
onde , e estão em metros e em segundos.
* N
(a) Qual é o menor valor positivo de que corres- Em 1 , a partı́cula tem velocidade nula quando
* *
ponde a um nó? (b) Em quais instantes no intervalo
+
@µ µ™  s a partı́cula em ¶ terá velocidade +
* 95:5; CA 
zero?
+
 CA ; A
(a) Usando a identidade trigonométrica,
 7  7 + ;
• 6·• 6r• 
ŠŒ‹ 9 ŠŒ‹ 9 1 ŠŒ‹ 9 ŠŒ‹ 9 
= –  =}–  KT– C

¢
chegamos à forma da onda estacionária resultante:
+87 +
onde ; B^J.4/œ/›/ . Dentro
+
do+ intervalo em+ questão, a
6
 3/›4 Š ‹ 9 A
Œ Š ‹ 9 CA
Œ / velocidade é nula para H s, 1/¤ s e 3/¤ s.
* *

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Exercı́cios Resolvidos de Dinâmica Clássica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Instituto de Fı́sica

Matéria para a QUARTA prova. Numeração conforme a quarta edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo 18.1 Questionário . . . . . . . . . . . . . . . 2

18 ONDAS - II 2 18.2 Exercı́cios e Problemas . . . . . . . . . 3

Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br


(listam3.tex)

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18 ONDAS - II O interior do cálice é como uma coluna de ar e uma
ressoância acontece para uma dada freqüência do mo-
vimento do dedo. Mudando o nı́vel do vinho no cálice,
18.1 Questionário muda a altura da coluna de ar e a ressonância vai acon-
tecendo para outras freqüências.
18-3. Que evidência experimental existe para afirmar-
mos que a velocidade do som, no ar, é a mesma para
qualquer comprimento de onda? 18-15. Um relâmpago dissipa uma quantidade enorme

de energia e é essencilamente instantâneo pelos padrões
O fenômeno do eco evidencia bem este fato. Se o de nossa vida diária. Como essa energia se transforma
ar fosse um meio dispersivo, o som refletido no eco não no som do trovão?
reproduziria o som emitido.

A corrente elétrica no relâmpago produz um aque-
18-6. Qual é a função comum das válvulas de um pis- cimento do ar, que sofre uma brusca expansão, pro-
tom e da vara do trombone? duzindo a propagação de uma onda sonora de grande
amplitude.

As válvulas do pistom e a vara do trombone tem a
função de alterar o comprimento da coluna de ar no in-
terior destes instrumentos, para produzir as freqüências 18-16. Ondas sonoras podem ser usadas para medir
correspondentes às notas musicais. a velocidade com que o sangue passa pelas veias e
artérias. Explique como.

18-9. Quando você bate em um dos dentes de um dia- 


Ondas ultra-sônicas atingem e são refletidas pelas
pasão, o outro dente também oscila, mesmo que a ex-
estruturas de diferentes densidades presentes no sangue
tremidade inferior do diapasão esteja fixa. Como isto
e movendo-se com ele ao longo das veias e artérias. A
acontece? E como pode o segundo dente oscilar, do
freqüência refletida será maior ou menor que a emitida,
mesmo modo que o primeiro (à mesma freqüência)?
em função do movimento.

O segundo dente do diapasão oscila - e com a mesma
freqüência - porque uma onda se propaga também no
interior da estrutura cristalina do metal de que é feito o 18-18. Suponhamos que, no efeito Doppler para o som,
diapasão. a fonte e o receptor estão em repouso em relação a
algum ponto de referência, mas o ar está se moven-
do levando em conta esse ponto. Haverá mudanças no
18-11. Como podemos localizar, numa experiência, as comprimento de onda (ou freqüência) recebido?
posições dos nós e ventres em uma corda, em uma co-
luna de ar e em uma superfı́cie vibrante? 
Não. Deve haver um movimento relativo entre fonte
 e receptor para observarmos mudanças no comprimento
As posições dos nós e ventres em uma corda são de onda.
facilmente visualizados, se a freqüência não for muito
grande. Na coluna de ar, os nós e ventres podem ser
determinados pelo dispositivo ilustrado na Fig. 18-29 e
descrito no exercı́cio 18-49E. Numa superfı́cie vibrante, 18-20. De que modo o efeito Doppler pode ser usado
podemos espalhar algum pó bem visı́vel e observar onde em um instrumento para detectar a batida do coração de
ele se acumula para diferentes freqüências de oscilação. um feto? (Este procedimento é rotineiro em medicina.)
A Fig. 17-19 mostra alguns modos de vibração da mem-

brana de um tambor. O movimento do músculo cardı́aco altera a
freqüência das ondas ultra-sônicas na reflexão, permi-
tindo assim a detecção das suas batidas.
18-14. Explique o som audı́vel produzido ao passar o
dedo úmido pela boca de um cálice de vinho.

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18.2 Exercı́cios e Problemas (a) O tempo que a onda
, 
que se propaga pelo ar leva
para percorrer + é +.-
e o tempo para a que se
,  
propaga no metal é +.-* . Portanto,
Seção 18-2 A Velocidade do Som $
1
,  , ,  *
%2
18-2E. Uma coluna de soldados, marchando a  pas- / +
0/ $
*
sos por minuto, segue a música da banda à frente do 
pelotão. Observa-se que os soldados atrás da coluna (b) Tomando * 34 m/s, aproximadamente, obte-
65
avançam com o pé esquerdo, enquanto os músicos da mos + 
  m.
banda avançam com o direito. Qual o tamanho da colu-
na, aproximadamente? 18-11P. Uma pedra é jogada num poço. O som da pedra
5
se chocando com a água é ouvido   s depois. Qual a

A freqüência da marcha é de  passos por segundo e profundidade do poço?
as passadas dos músicos e dos soldados atrás da coluna
 98 , ,
estão defasadas de meio comprimento de onda: A profundidade do poço é 7 $: - , onde : é o
tempo que a pedra leva para atingir a água. Mas também
 
  ,<; ,<;
  m  7
, sendo o tempo que o som leva para alcançar
a borda do poço. A soma desses tempos é o intervalo
medido:
Portanto, o tamanho da coluna é, aproximadamente,
, , ; 5
 :>=  4 s 
 
 m 
 Igualando as equações para a profundidade 7 ,
15 ,   8 ,

  : 2 $:@?
/ 
18-5E. A densidade média da crosta terrestre,  km ,
abaixo da superfı́cie, é de  g/cm  . A velocidade das teremos uma equação do segundo grau para : , cuja raiz
,  
ondas longitudinais sı́smicas a essa profundidade, en- válida, :  s, fornece a profundidade do poço

contrada a partir da medida do tempo em que chegam, 7 A  m.
vindas de terremotos distantes, é de   km/s. Use esta
informação para achar o módulo de elasticidade vo- Seção 18-3 Propagação de Ondas Sonoras
lumétrica da crosta terrestre a essa profundidade. Para
18-14E. Ultra-som à freqüência de A  MHz é usado
comparação, o módulo de elasticidade volumétrica do
para examinar tumores nos tecidos internos. (a) Qual o
aço é, aproximadamente,   Pa.
comprimento de onda no ar dessas ondas sonoras? (b)
 Se a velocidade do som no tecido é de  m/s, qual o
Aplicamos diretamente a relação entre a velocida-
comprimento de onda das ondas no tecido?
de de propagação, a densidade do meio e o módulo de
elasticidade: 
(a) O comprimento de onda é dado por
! #"   BC


%$  & '( ) Pa  ED GF m 

O módulo de elasticidade da crosta à profundidade dada (b) Se


@H  4 m/s, então o comprimento de onda no
é a metade do do aço. tecido é
 I
H  55
H J mm 
18-8P. A velocidade do som em um certo metal é * .
Em uma extremidade de um longo tubo deste metal, de
comprimento + , se produz um som. Um ouvinte do 18-18P. A pressão em uma onda sonora progressiva é
outro lado do tubo ouve dois sons, um da onda que se dada pela equação
propaga pelo tubo e outro da que se propaga pelo ar. (a) KML  1 1 1 545 ,XW
4  Pa 2ONPQSRIT 4  4 m U  2)V  sU  2 
Se
é a velocidade do som no ar, que intervalo de tempo /
, , 
ocorre entre os dois sons? (b) Supondo que   s Encontre (a) a amplitude de pressão, (b) a freqüência,
e que o metal é o ferro, encontre o comprimento + . (c) o comprimento de onda e (d) a velocidade da onda.

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(a) Da equação da onda temos diretamente que a aml- que fornece   Hz e 3 3 Hz para a
 $`b
pitude é de  Pa. menor e a maior freqüências no intervalo audı́vel.
Z545
(b) A freqüência angular é Y  R rad/s. Então a
freqüência das oscilações é
18-24P. Uma onda sonora de comprimento de onda de
 Y  J  cm entra no tubo mostrado na Fig. 18-26. Qual
(4 Hz 
 R deve ser o menor raio c , de modo que um mı́nimo seja
 registrado pelo detector?
(c) O número de onda angular é [ R rad/m. Então o
comprimento de onda é 
Para um mı́nimo, a diferença de percurso será
   R  
  m  
[ R c @c ?
/ 
(d) A velocidade de propagação da onda é dada por de modo que obtemos para o raio
  Y 55 

 m/s   
[ c 1   4 cm 
 R  2
/

18-21P. Na Fig. 18-25, dois alto-falantes, separados por 18-25P. Na Fig. 18-27, uma fonte pontual d de ondas
uma distância de J 4 m, estão em fase. Supondo que !
sonoras está próxima a um muro refletor e . Um de-
a amplitude dos sons dos dois seja, de modo aproxima- 5 tector f intercepta o raio sonoro g , vindo diretamente
do, a mesma na posição do ouvinte, que está a   m 
de d . Também intercepta o raio sonoro g , que foi re-
diretamente à frente de um dos alto-falantes. (a) Para $
fletido pelo muro com um ângulo de incidência h@i igual
quais freqüências audı́veis (  - 4 Hz) existe um si- ao ângulo de reflexão h@j . Encontre as duas freqüências
nal mı́nimo? (b) Para quais freqüências o som fica ao para as quais existe interferência construtiva entre g e
máximo? 
g em f . (A reflexão do som no muro não altera a fase
$
 da onda sonora.)
(a) A condição para a ocorrência dos mı́nimos é que
a diferença de percurso entre as fontes e o ouvinte seja  Observando a geometria da Fig. 18-27, temos para o
um número \ inteiro de meios comprimentos de onda: raio g :

K   1    ]   5
N N N \ = 2  g  $ =  $ 3k  ft 
./ $  
!
^] 15 1   O raio g é refletido pelo muro e num ponto que está
onde N   2 $ =   2 $ A 4 m e N $
5  $ à distância l verticalmente abaixo de d . Da semelhança
  m. Reescrevemos a equação dos mı́nimos para as
dos triângulos estabelecemos
freqüências:
l   l
 1 
/ ?
\ = 2 K ?  
 3 

 N 
que nos fornece o valor l
  ft. Agora podemos deter- I5 5
da qual obtemos, para \  ,  Hz, a menor minar g :

freqüência no intervalo audı́vel. A maior freqüência no $
    ] 
intervalo ocorre para \  , sendo (3J Hz. g  $ = 34 $ (k  ft.
$`_ $
(b) A condição para a ocorrência dos máximos é que a
diferença de percurso seja um número inteiro de com- A distância m , de d até o ponto do muro de onde g é
$
primentos de onda refletido, é
K  aC
 ]  
N \  m  $ =  $ n ft 
KSo
Agora podemos calcular a diferença de percurso nos
Explicitando a freqüência, temos
caminhos de g e g até f :
 $

Kpo  
\ K ? m = g g @ % 4 ft.
N $ / 

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Para os máximos de interferência devemos ter (b) O nı́vel sonoro para a distância pedida, com v

Kpo     U  $ W/m$ , será
\ ? com \  ?  ?  ? qn
‚  1 o{y 8 v
 dB 2
Explicitando essa relação para a freqüência, temos v
 
 1   U b o{y 8
r
 44   dB 2
KSo A  Hz e 4 '( U  $
 @ % 4
 1 15 65
 dB 2  3 2 3k  dB
 
 4 
KSo 3 Hz.
$ @ % 4
18.36P (a) Mostre que a intensidade v de uma onda é o
produto da energia da onda por unidade de volume ƒ e
Seção 18-4 Intensidade e Nı́vel do Som sua velocidade
. (b) Ondas de rádio viajam à veloci-
5
5 dade de  a„( _ m/s. Encontre ƒ para uma onda de
18-29E. Uma nota de freqüência 4 Hz tem uma inten- rádio distando   km de uma fonte de potência 4
sidade de  .F W/m$ . Qual a amplitude das oscilações W, considerando as ondas esféricas.
do ar, causadas por este som?

 (a) Podemos recorrer à análise dimensional. Na
Tirando Ns da relação da intensidade, vem  "
relação da intensidade, v
Y $ N $s - , o fator
"
Y $ N $s - tem dimensão de energia por unidade de vo-
ut v `x $ 65 
Ns " k nm  lume (verifique!), portanto, podemos expressar a inten-


Y $kw sidade em termos de ƒ como v ƒ
.
(b) Com os dados fornecidos, calculamos a intensidade:
18-30E. Dois sons diferem em nı́vel por 4 4 dB. Por    5
que número ficam multiplicadas (a) sua intensidade e v  U _ W/m$ 
 R c $
(b) sua amplitude?
E com a relação do ı́tem (a), obtemos

Se a diferença em nı́vel é de 4 4 dB, então  v 
ƒ   …'(U  † J/m
1 ozy 8 v 

( dB 2 $   dB ?
v

18-39P. Encontre as razões das (a) intensidades, (b) am-
o{y 8 v  plitudes de pressão e (c) amplitudes de deslocamentos
$ 5
kq4 de partı́culas para dois sons cujos nı́veis diferem por
v
 dB.
(a) Então o fator entre as intensidades é

 (a) Para a razão entre as intensidades, temos
v 0v 
$  ozy 8 v 65
$ 
(b) E o fator entre as amplitudes é v

N(s}|   ~ 
$ 4  4q
N(s}| v 
 $ J
v

18-34E. Uma fonte de ondas sonoras tem uma potência (b) Explicitando a razão entre as intensidades, temos
de  €F W. Se for uma fonte pontual (a) qual a intensi-
5 v  Y $ N $s}|
dade a   m de distância e (b) qual o nı́vel do som em $ $ ?
decibéis a essa distância? v Y $ N $s}|
 
 que fornece para a razão entre as amplitudes de pressão
(a) Dada a potência, calculamos a intensidade por
K}L
     Y N s}| ˆ  ‡ v  
v   U b W/m$  K L $
} $ $ @k
 R c $ Y N(s}| v
  

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(c) A razão entre as amplitudes de deslocamento é a (c) Como podem essas ondas terem diferentes amplitu-
mesma razão entre as amplitudes de pressão. des, se foram originadas pela mesma fonte d ?

(a) Do mı́nimo para o máximo, o deslocamento de
18-40P. A uma distância de ( km, um berrante de dŠf ! é tal que faz crescer a diferença de percurso de
(4 Hz, considerado como uma fonte pontual, é ouvido meio comprimento de onda para um comprimento de
muito baixo. A que distância começará a causar dor nos onda inteiro, isto é,
ouvidos? 

 S' 4 cm 
O limiar da audição dolorosa é de  dB, de acor- 
do com a Tabela 18-3. Esse nı́vel sonoro corresponde à Portanto, ‹ k  cm e a freqüência do som emitido
intensidade pela fonte é então
o{y 8 v  5 5
 ? 
  
v  J(3% Hz 
 k 4
(b) Chamemos de e a amplitude da onda que chega em
  !
v   $ v   W/m$  f vindo por dŠe}f e a amplitude da onda que vem
 !
 pelo caminho d f . A intensidade é proporcional à
Para as distâncias em questão, com c ‰ m, temos amplitude ao quadrado. Então,

  1 ! 
v c $ vc $ ? v [ e = 2 $ 3 ?
  máx.


que fornece c  U $ m.  1 ! 
v [ e 2 $ (4J
mı́n.
/
Tomando a razão das intensidades, temos
18-41P. Você está parado a uma distância D de uma fon-
1 !
te que emite ondas sonoras, de forma igual, em todas as e = 2 $ 
direções. Caminha J  m em direção à fonte e obser- 1 ! 3 ?
e 2 $
va que a intensidade das ondas foi dobrada. Calcule a /
distância f . que nos leva ao resultado
  1 e 
Com a equação  v  R c$ 2 , relacionamos as in- ! J
tensidades nas duas distâncias,
 1 (c) O atrito entre o ar e as paredes do tubo reduz a ener-
vf $ v f  2 $ ?
gia das ondas no percurso. Como o percurso é diferente
/
para as duas ondas que se encontram em f , suas ampli-
obtendo uma equação do segundo
grau para a variável tudes são diferentes.
f , cuja raiz válida fornece f @ % m.

18-46P*. Dois alto-falantes, d e d , estão a %  m um


 $
18-45P. A Fig. 18-28 mostra um interferômetro do outro e oscilam em fase, cada um emitindo som na
acústico, cheio de ar, usado para demonstrar a inter- freqüência de  Hz, de modo uniforme, em todas as
ferência de ondas sonoras. d é um diafragma; f é um direções.

d emite a uma potência de Œ( U  W e

detector de som, como o nosso ouvido ou um microfo- d a  5 #( U  W. Seja um ponto P, que está A  m
! $
ne. O comprimento d f pode ser variado, enquanto o de d e   m de d . (a) Como as fases das duas ondas
 $
comprimento dŠeMf é fixo. Em f , a onda sonora vinda passando por  se realcionam? (b) Qual a intensidade
!
de d f interfere com a vinda de dŠe}f . A intensidade do som em P com d  e d ligadas? (c) Qual a intensida-
$
do som em f tem um valor mı́nimo de  unidades em de do som em P, se d  está desligado ( d ligado)? (d)
! $
uma certa posição de e cresce, de maneira contı́nua, Qual a intensidade do som em P, se d está desligado
! $
até um valor máximo de 34 unidades quando é des- ( d ligado)?

locado de 4  cm. Encontre (a) a freqüência do som
 
emitido pela fonte e (b) a razão que a amplitude da onda (a) A distância de d a  é c k  m e a distância
! 5  
de dŠeMf tem com a amplitude da onda de d f em f . de d a  é c   m, tal que a diferença de percurso
$ $

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K 
é m   m. Então a diferença de fase entre as ondas distância média entre os pontos de acumulação, a velo-
em  é Ž cidade do som
no gás, dentro do tubo, é dada por
K 
  R m  
 mA
 n R rad 4

Este é o método de Kundt para determinar a velocidade


Lembrando que as ondas que se combinam em  viajam
Ž do som nos gases.
em sentidos opostos, a diferença de fase é de fato
   ‘5 
Se m é a separação entre os nós da onda estacionária,   
B  /
então m e a velocidade da onda sendo
, nos
(b) A intensidade do som com ambas as fontes li- leva diretamente ao resultado pedido,
gadas depende da amplitude da onda que resulta da 
superposição das ondas no ponto  . Como essas ondas
m 
fazem percursos diferentes, as amplitudes em  também

são diferentes. Suponhamos que em  temos V  . As 18-54E. Um tubo de um órgão e , com as duas extre-
ondas que vamos somar são então midades abertas, tem uma freqüência fundamental de 5 !
 ,  Hz. O terceiro harmônico de um órgão
, com
7 e NP(Q Y e
 uma extremidade aberta, tem a mesma freqüência que o
 1 
segundo harmônico do e ! . Qual o comprimento (a) do
! ,
7 NPQ Y = 2 ? tubo do órgão e e (b) do ?
$
!
onde e e são as amplitudes das ondas. Usando a  Para um tubo com as duas extremidades abertas, te-
identidade trigonométrica mos as freqüências de ressonância dadas por
1 , 5  , ’ y 5 ’ y , 5
NPQ Y = 4 2 NPQ Y N  = N Y NPQ 4 ˜  ˜
˜  5
Q ˜ ? com Q  ?  ? ? nq
+
chegamos à expressão
Para um tubo com uma extremidade aberta, as
 , ! 1  , ’ y ,
7 e NPQ Y = J NPQ Y = J N Y 2 freqüências são
 1  ! , ! ’ y , @™  ™
™  5
e = J 2`N(PQ Y = J N Y Q ™ ? com Q  ? ?  ? nn
4+
!
 1  ! , J ’ y ,X–
e = J 2”“•NP(Q Y =  ! N Y (a) A freqüência fundamental
˜
fornecida leva diretamen-
e = k te ao comprimento + :
5 5
A onda 7 tem a forma geral da onda progressiva ˜ 
  
+ @˜ k  m 
 — 1 , ‚   
4
7 m NPQ Y = 2 
@™  ˜
 — 1 , ’ y ‚ ’ y , ‚ (b) Sabemos que , ou seja,
=  $
m NP(Q Y N N Y NPQ 2 5



™ ˜ ?
+ +
Seção 18-5 Fontes Sonoras Musicais ™  5
que nos fornece o comprimento + J  m.
18-49E. Na Fig. 18-29, um bastão g está fixado pelo
seu centro; um disco f , preso a um extremo do bastão, 5
está dentro de um tubo de vidro que tem pedaços de 18-56P. Uma certa corda de violino tem  cm de com-
cortiça enfileirados no seu interior. Um êmbolo  é co- primento, está fixa nas suas duas extremidades e tem
locado no outro extremo. Fazemos então
o bastão osci- massa de J  g. A corda emite uma nota e ( hz),
lar, longitudinalmente, à freqüência para produzir on- quando tocada sem se colocar o dedo. (a) Onde se deve
das sonoras dentro do tubo, e o êmbolo  é ajustado até colocar
š
o dedo para que a corda passe a emitir uma nota
5
que uma onda estacionária seja conseguida no interior (  Hz)? (b) Qual a razão entre os comprimentos
do tubo. Quando isto acontece, os pedaços de cortiça de onda da onda
š
da corda necessário para uma nota e
se acumulam nas regiões correspondentes aos nós das e para uma ? (c) Qual a razão entre o comprimento
ondas produzidas naquele interior. Mostre que, se m é a de onda da onda sonora, quando é tocada uma nota e e

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š
uma ? (b) Com os dados fornecidos e o resultado do ı́tem (a),
vem

(a) Quando tocada sem colocar o ˜ dedo, a corda vi-
 o   1 45 
44 Hz, com J  k 2  q( m 
k
bra na
 ˜ 
sua

freqüência fundamental,
› ˜ ˜  /
+ J  m e a velocidade é
 ˆ
(c) Para a freqüência ,  + e para a freqüência

m/s. Com o dedo posicionado, o comprimento de onda    o 
AœE œ# c ,  +G . Mas, +ž + c -+ . Então, para

na corda passa a ser
- J m. Sendo +ž  /
c %
-  ,
o novo comprimento da corda, temos

    
Aœ„ +G  
? c 
Q

e, se Q  , vamos ter
E 18-60 (   na 6 ¡ edição)
 œ
 
Uma palma no palco de um anfiteatro (Fig. 18-31) pro-
+  J m 
 duz ondas sonoras que se dispersam em uma arquiban-

Portanto, o dedo deve ser posicionado a cada com degraus de largura + k  m. O som re-
torna ao palco como uma série de pulsos periódicos, um
K  
+ + +    cm de cada degrau; os pulsos soam juntos como uma nota.
/
(a) A que freqüência os pulsos retornarão (isto é, qual
da extremidade da corda. a freqüência da nota percebida)? (b) Se a largura + dos
(b) A razão entre os comprimentos de onda na corda é degraus fosse menor, a freqüência percebida seria maior
 ˜ ou menor?
   
 œ 4q3J (a) Para interferir construtivamente, as ondas refle-
J tidas pelos degraus devem conter um número inteiro de
comprimentos de onda na diferença de percurso, ou se-
(c) A razão entre os comprimentos de onda das ondas
ja,
sonoras é a mesma do ı́tem (b).
K   
m \ ? com \  ?  ?  ? qn
18-57P. Uma corda de um violoncelo tem comprimento K 
Para dois#degraus consecutivos, m + e, para
+ , para o qual a freqüência fundamental é . (a) De  
o \  , + . Então, a menor freqüência (Q  )
qual comprimento precisa a corda ser diminuı́da com dos pulsos refletidos será
o dedo, para mudar o a freqüência fundamental para c ? 5 5
   
 
(b) Qual o valor de para + J  m e c - ? (c) 
 1 1 43 Hz 
Para c - , qual a razão entre o comprimento de on- +  2 k  2
da da nova onda sonora emitida pela corda e a emitida

antes da colocação do dedo? (b) Como -+ , a freqüência percebida seria maior
se + fosse menor.

As freqüências de ressoância da corda fixa nas duas 5
18-63P. Uma corda de violino de J  cm de compri-
extremidades são
mento com densidade linear de k  g/m é colocada

 5 próxima de um alto-falante, que está conectado a um
Q ? com Q  ?  ? ? nn
+ oscilador de áudio de freqüência variável. Descobre-se

 a corda oscila somente nas freqüências  Hz e
Se é a freqüência fundamental,
-+ . A nova que5
 1 o   Hz, quando a freqüência do oscilador varia entre
freqüência fundamental é c
- + 2.
/  e  Hz. Qual a tensão na corda?
(a) Tomando a razão entre as freqüências c e , temos

 + As freqüências dadas correspondem a dois
c o ? harmônicos da corda, com números Q e Q , respecti-
+   $
/ vamente. Com Q£
-+ , tomamos a razão entre os
que nos fornece harmônicos:
5
o  1  Q    
+  2  $  
/ c Q 


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Os 6
valores que satisfazem esta razão são Q  e A corda
¤ mais tensionada vibrará a¤ =
5   
 § bat. $
Q . A velocidade da onda na corda, para Q  , é ¤4 Hz. Para a freqüência fundamental,
+ .
$   
Com F
$ , as tensões serão OF + $ $ e
 +  1 5 1     

k  2  2  m/s  4FO+ $ $ . A razão
¤ entre as tensões é
Q $ $
¤
¤
E, finalmente,  t $
 
  1 1  5 $ $ w
F
$ J 4p¥( U  2    2 $ J N
 t 4 $
4 w
Seção 18-6 Batimentos 
4 
18-65E. A corda e de um violino está frouxa. Quatro
batimentos por segundo são ouvidos, quando a corda é Portanto, para produzir os batimentos, a tensão de uma
tocada junto a um diapasão, cuja freqüência correspon- das cordas deve ser incrementada em ¨ .
de à nota e (44 hz). Qual o perı́odo da oscilação da
corda do violino?
Seção 18-7 O Efeito Doppler
  
Com bat. ,e 44 Hz, a freqüência 18-71E. Um apito usado para chamar cães tem uma
}/ $  $
de vibração da corda é 4  Hz. Potanto, o perı́odo freqüência de 5  kHz. O cão, entretanto, o ignora. O

das vibrações da corda é dono do cão, que não pode escutar freqüências acima
¦   de  kHz, decide usar o efeito Doppler para descobrir
U   ms 
se o apito funciona de maneira adequada. Pede a um
amigo que sopre o apito no interior de um carro em mo-
E 18-66 (   na 6 ¡ edição) vimento, enquanto ele permanece parado ouvindo. (a)
Qual precisa ser a velocidade do carro e qual a direção
São-lhe dados quatro diapasões. O diapasão com a para que o dono escute o apito a  kHz (se ele estiver
freqüência mais baixa oscila a  Hz. Fazendo-se osci- funcionando)? O experimento em questão é prático? (b)
lar dois diapaões simultaneamente ouvem-se as seguinte Refaça para uma freqüência do apito igual a  kHz, em
5  5
freqüências de batimento:  ?  ? ?  ? e Hz. Quais as vez de  kHz.
possı́veis freqüências

dos outros dois diapasões?
 
Chamemos  Hz e as demais freqüências  (a) Para termos essa redção na freqüência, o carro

procuradas de , e . Com as freqüências de bati- deve afastar-se do dono:
$  ‰
mentos ouvidas, chegamos às procuradas:
 

6  
Hz ?  Hz
=

‰ /  ‰

  5 5
Hz ?  Hz [  
0/   5 5 5 ?
[ 

  /
 Hz ?  Hz  
$ /  que fornece
© J@ %  km/h! Essa velocidade corres-$
5
ponde às  mi/h apresentada na resposta do livro. O
As combinações possı́veis dessas freqüências produzem
experimento não é realizável, porque carros não são tão
os demais batimentos (em Hz):
velozes. 
  65 (b) Refazendo os cálculos para a freqüência 4
 ?  ?   5
‰€/  €/ $ ‰€/ $ kHz, vamos encontrar
©   km/h, que correspon-
de às  mi/h. Com essa velocidade o experimento pode
18-67P. Duas cordas de piano idênticas tem uma ser realizado.
freqüência fundamental de  Hz, quando colocadas
sob a mesma tensão. Que aumento fracionário na tensão
de uma corda irá levar à ocorrência de  batimentos, 18-73E. Uma ambulância tocando sua sirene a  Hz

quando as cordas oscilarem juntas? ultrapassa um ciclista, que estava pedalando a   ft/s.
Depois da ambulância ultrapassá- lo, o ciclista escuta a

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5 5 5
sirene a 34 Hz. Qual a velocidade da ambulância?   
44 5 /5

 
Fonte e detetor estão em movimento e, após a ultra- J4  Hz.
passagem, o detetor move-se em direção à fonte:
 

=
ª Assim, 4 Hz.
bat. aprox.
/ afast.
 

=


Trabalhando com
 ft/s, obtemos P 18-80 (18-60/6 ¡ edição)

34   =  4 
? Um avião voa a 4-  da velocidade do som. A
4  =
« explosão sônica alcança um homem no solo exatamen-
 te l min depois do avião ter passado sobre sua cabeça.
que fornece
« n ft/s.
Qual a altitude do avião? Considere a velocidade do
545
som como  m/s.
18-79P. Dois diapasões idênticos podem oscilar a 
Hz. Uma pessoa está localizada em algum lugar na li-  A velocidade do avião é
˜  1 4 4 2 1 55  2  A
nha entre os dois diapasões. Calcule a freqüência de m/s. Após 1 minuto, o avião percorreu a distância
batimentos captada por esse indivı́duo se (a) permanece
5  ˜ ,  1 1 
parado e os diapasões se movem para a direita a  m/s, V
AJ  2 4 2 %  m.
e (b) os diapasões estiverem parados e o indivı́duo se
5
movendo para a direita a  m/s. O ângulo do cone de Mach é dado por
 55
(a) Um diapasão aproxima-se do detetor e o outro 
   
NP(Q h ˜    ?
k
afasta-se. Os batimentos resultam da diferença entre
A
 
 J
  
as freqüências ouvidas devido ao movimentos dos dia-  5
pasões: donde obtemos h   . A altitude ­ do avião é tal que


­  , ®
Q h ?

« V
aprox.

/ 5 5
 
 5 5 5 fornecendo
 
/   1 5 65  545
 
  Hz. ­ V tan h @  2 tan    Š¯ km 


=

«
afast.
P 18-82 (   na 6 ¡ edição)
5 5
 
 5 5 5 A Fig. 18-33 mostra um transmissor e um receptor de
 = 
 ondas contidos em um único instrumento. Ele é usado
4k  Hz. para medir a velocidade ƒ de um objeto (idealizado por
  uma lâmina lisa) que se move diretamente na direção
Portanto, bat.    Hz.
aprox.
/ afast.
do instrumento, analisando as ondas refletidas no alvo.
(b) Agora é o detetor que se aproxima de uma fonte e se (a) Mostre que a freqüência j , das ondas refletidas ao
afasta da outra: ;
receptor, se relaciona com a freqüência emitida por

=

aprox.

 ; t°
= ƒ
5 5 5 j ?
  = 
ƒ w
 5 5 /

  onde
é a velocidade das ondas. (b) Em muitas
%  Hz. situações práticas, ƒ±Š±
. Neste caso, mostre que a
equação acima se torna
 ¬

ª ;
/ j @ƒ

/ ;
afast.
D 

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(a) A alteração na freqüência devida à aproximação das ondas ultra-sônicas incidentes
5
sofre uma variação
do objeto é de, aproximadamente, 4  Hz/MHz.” Que velocidade
de ondas ultra-sônicas em tecidos você deduz, a partir
 ;
= ƒ
  dessa afirmativa?


Na reflexão, o objeto passa a ser uma fonte móvel, en- A variação fracional da freqüência das ondas é
quanto o detetor, estacionário, recebe a freqüência K 5
  


j   (4»

ƒ
/ No problema 18.82P obtivemos
Combinando estas equações, obtemos K
@ƒ
 ;
= ƒ
D 
j



ƒ
/ 
 ;
= ƒ Com ƒ ( U  m/s, chegamos à velocidade das ondas


ƒ ultra-sônicas nos tecidos,
@ m/s.
/
(b) Se ƒ²±Š±
, usamos a expansão binomial para obter
P 18-92 (18-56/6 ¡ edição)
j  ³ ƒ ³ ƒ U  D ³ ƒ ³ ƒ
;  =   =  = ?

>´ /
ž´
ž´
>´ Uma sirene de 4 Hz e um oficial da defesa civil estão
em repouso em relação à Terra. Que freqüência o oficial
e chegar ao resultado pedido, irá ouvir, se o vento estiver soprando a  m/s (a) da
; fonte para o oficial e (b) do oficial para a fonte?
j ƒ
/ ; D  

(a) A fórmula do deslocamento Doppler é válida ape-
;
nas quando as velocidades da sirene e do oficial, ƒ e ƒ ,
Veremos mais à frente que os problemas 18.84P, 18.89P 
forem medidas em relação a um meio estacionário (i.e.,
e 18.101P são aplicações deste resultado.
sem vento). Para modificar a fórmula de modo a levar o
vento em consideração basta mudar para um novo refe-
P 18-84 (18-53/6 ¡ edição) rencial no qual não exista vento.
Quando o vento sopra da fonte para o observador com
;
Um alarme acústico contra roubos consiste em uma fon- uma velocidade ¼ , temos ƒ½ ƒ½ ¼ no novo re-
 
te que emite ondas à freqüência de  kHz. Qual será a ferencial que se move junto com o vento. Como neste
freqüência dos batimentos refletidos por um intruso an- referencial o observador aproxima-se da fonte enquan-
dando a uma velocidade média de J 34 m/s, na direção to que a fonte dele se afasta, temos, no novo sistema de
oposta ao alarme? referência
 
= ƒ½ 
= ¼  
Aqui o intruso afasta-se da fonte com uma velocida-  ; 4 Hz.
 65 5
=

= ¼
de ƒ k 3 m/s que satisfaz µ ƒ¶µ4·¸µ
µ , onde

/
m/s é a velocidade do som no ar a   (veja Tabela 18.1). (b) Neste caso, basta trocar o sinal de ƒ½ e ƒ¾; . O resul-
Portanto, usando o resultado no item (b) do problema tado é que, novamente, não ha deslocamento 
Doppler:
18-82 acima, encontramos que
 ¿
ƒ½  ¬
¼  
 ; kµ ƒ¶µ ;  / ; / 4 Hz.
µ j µº¹


¼
bat /
/ /
1
 J 34 2 1   Em geral, nunca existirá deslocamento Doppler quando
¹ 5 5  '(  2  Hz  não houver movimento relativo entre observador e fon-

te, independentemente de existir ou não vento presente.
18-89P. Em uma discussão sobre deslocamentos Dop- P 18-94 (18-55/6 ¡ edição)
pler de ondas ultra-sônicas, usados em diagnósticos
médicos, o autor comenta: “Para cada milı́metro por se- Uma menina está sentada próxima a uma janela aberta
gundo que uma estrutura do corpo se move, a freqüência de um trem, que está se movendo a uma velocidade de

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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 30 de Novembro de 2003, às 10:57 a.m.

(k 4 m/s para o leste. A tia da menina está próxima aos
trilhos, observando o trem partir. O apito da locomotiva 18-99P. O perı́odo de rotação do Sol no seu equador é
emite um som à freqüência de 4J  Hz. Não há ven- de @ ? d e o seu raio é de % Œ„À km. Que deslo-
tos. (a) Que freqüência a tia da menina irá ouvir? (b) camento Doppler no comprimento de onda é esperado
Que freqüência a menina irá ouvir? (c) Com um vento para a luz de  nm, emitida da superfı́cie do Sol?
soprando para oeste a (J  m/s, que freqüência a tia da
 5
menina irá ouvir? (d) E a menina? O perı́odo dado corresponde a Jq  » s . A ve-

(a) Como o trem está se afastando da observadora, locidade de qualquer ponto equatorial da superfı́cie do
temos Sol é
5 5

       R c 
  5 5   Hz.
¦  4…'(  m/s,

=
«  = 
(b) Como não há movimento relativo entre a fonte e o que vem a ser a velocidade da fonte. Com a equação

observador, a menina ouve a freqüência emitida, (18-55) vem
4 Hz. K 
(c) Com o vento soprando para oeste, teremos as velo-
  
’  J … '(JU » 
cidades relativas


ª€| ar ( m/s e O deslocamento Doppler é então
K BÁ5 
  pm 

« | ar  m/s.

Como a fonte se afasta da observadora, temos 18-101P. Microondas, que viajam à velocidade da luz,
5 5

= 
ª0| ar   =
são refletidas por um avião distante, que está se aproxi- (   
 4 5 5  k  Hz. mando da fonte. Sabe-se que, quando as ondas refletidas

=   =

« | ar 
se cruzam com as emitidas, a freqüência dos batimentos
(d) Pela mesma razão do ı́tem (b), a freqüência ouvida é de 33 Hz. Se as microondas tem Jn( m de compri-

pela menina é  Hz. mento de onda, qual a velocidade aproximada do avião?

Este problema é uma aplicação do resultado do
Seção 18-8 O Efeito Doppler para a Luz ’
problema 18.82P, onde substituimos
por , a velo-
18-96E. Certos comprimentos de onda, caracterı́sticos cidade de propagação das ondas eletromagnéticas no
5
na luz vinda de uma galáxia na constelação de Virgem, vácuo,   Â _ m/s. A freqüência das microondas é
 ’ a5
são J %¨ maiores do que a luz correspondente de fontes -   b Hz. Escrevemos
terrestres. Qual a velocidade radial dessa galáxia com
respeito à Terra? Ela está se aproximando ou se afastan- ƒ
 D = ’ ?
do?

 sendo   / 334 Hz. Portanto,
Aplicando a equação (18-55), temos
K  ’
 ƒ  334
ƒ D
 ’ J  
 ’  D 43k  m/s.
Portanto, ƒ k 4 4 S'( » m/s, afastando-se.

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LISTA 4 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 25 de Fevereiro de 2004, às 4:48 a.m.

Exercı́cios Resolvidos de Termodinâmica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Fı́sica

Matéria para a QUARTA prova. Numeração conforme a quarta edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo 19.2 Exercı́cios e Problemas . . . . . . . . . 2


19.2.1 Medindo temperatura . . . . . . 2
19 Temperatura 2 19.2.2 As escalas Celsius e Fahrenheit 3
19.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 19.2.3 Expansão térmica . . . . . . . . 3

Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br


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19 Temperatura no interior da curva?


 Porque o zinco tem coeficiente linear de expansão
19.1 Questões térmica maior que o ferro. Procure tais valores em algu-
ma Tabela.
Q 19-3.
Um pedaço de gelo e um termômetro mais quente são Q 19-22.
colocados num recipiente hermeticamente fechado, no
vácuo. O gelo e o termômetro estão suspensos de tal Explique por que a dilatação aparente de um lı́quido
maneira, que não ficam em contato. Por que a leitura do num tubo de vidro, quando aquecido, não corresponde
termômetro diminui, após algum tempo? à verdadeira expansão do lı́quido.

 O termômetro transfere calor por irradiação. As for-  Porque o vidro que contém o lı́quido também se ex-
mas de tranferência de calor serão estudadas no capı́tulo pande.
20.

Q 19-7. 19.2 Exercı́cios e Problemas


Embora pareça impossı́vel atingir o zero absolu-
to de temperatura, temperaturas tão baixas quanto 19.2.1 Medindo temperatura
 
K foram alcançadas em laboratórios. Isto
não seria suficiente para todos os fins práticos? Por que P 19-6.
os fı́sicos deveriam (como realmente fazem) tentar obter
temperaturas ainda mais baixas? Dois termômetros de gás a volume constante são usa-
dos em conjunto. Um deles usa nitrogênio e o outro,
 Porque a muito baixas temperaturas os materiais exi- hidrogênio. A pressão do gás em ambos os bulbos é 


bem propriedades não observadas a temperaturas usuais. = mm de Hg. Qual é a diferença de pressão nos dois
A supercondutividade é um exemplo dessas proprieda- termômetros, se colocarmos ambos em água fervendo?
des. A motivação para esse tipo de pesquisa está na pos- Em qual dos termômetros a pressão será mais alta?
sibilidade de encontrar novos fenômenos e propriedades  
fı́sicas dos materiais. A tentativa de reduzir os limites Tomamos  como sendo mm de mercúrio pa-
fı́sicos induz o desenvolvimento de instrumentos de me- ra ambos termômetros. De acordo  com a Fig. 19-6, o
dida mais e mais sofisticados, que são posteriormente termômetro de N fornece 
 
   K para o ponto de
usados em outros campos. ebulição da água. Usamos a Eq. 19-5 para determinar a
pressão:
     
Q 19-14. %
        "!$#
Explique por que, quando colocamos um termômetro  
de mercúrio numa chama, a coluna de mercúrio desce &' 
 ( mm de mercúrio
um pouco, antes de começar a subir.
 Porque o vidro que contém o mercúrio inicia seu
Analogamente, o termômetro de hidrogênio fornece
 
 para o ponto de ebulição da água e
processo de dilatação primeiro. Depois, a dilatação do
mercúrio é mais notável, porque este tem um coeficiente     %

)    *! #
de dilatação maior do que o do vidro. 
 &+ 
  mm de mercúrio
Q 19-18.
A pressão no termômetro de nitrogênio é maior que a
Duas lâminas, uma de ferro e outra de zinco, são rebita- '  
pressão no termômetro de hidrogênio por  mm de
das uma na outra, formando uma barra que se encurva
mercúrio.
quando é aquecida. Por que a parte de ferro fica sempre

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19.2.2 As escalas Celsius e Fahrenheit


 (a) Mudanças na temperaturam ocorrem através de
radiação, condução e convecção. O valor de D pode ser
E 19-14. reduzido isolando os objetos através de uma camada de
vácuo, por exemplo. Isto reduz condução e convecção.
A que temperatura os seguintes pares de escalas dão a Absorção de radiação pode ser reduzida polindo-se a su-
mesma leitura: (a) Fahrenheit e Celsius (veja Tabela perfı́cie até ter a aparência de um espelho. Claramente D
19-2), (b) Fahrenheit e Kelvin e (c) Celsius e Kelvin? depende da condição da superfı́cie do objeto e da capa-
 (a) As temperaturas Fahrenheit e Celsius estão rela- cidade do ambiente de conduzir ou convectar energia do
*, & "-/.  e para o objeto. Como podemos reconhecer da equação
J"O
cionadas pela fórmula  102 . Dizer que a diferencial acima, D tem dimensão de (tempo) .
leitura de ambas escalas é a mesma significa dizer que
 ,  - (b) Rearranjando a equação A diferencial dada obtemos
 .  Substituindo
- &  - . esta condição na expressão aci-  AB 
ma temos  304 de onde tiramos @ 
 B P5ND
@
 -  % 7  A
 5 # 653( C Integrando-a em relação AaB e observando
A que
( Q  AB  Q 
@  %R8
   #@
(b) Analogamente, a condição para as escalas Fahre-
",  @ @
nheit e Kelvin é  , fornecendo
temos A AB
& QTSVU  Q M
    % 98  %
 # 5    4 0   #@  5 G D
 SVU W @
B
ou seja, XY [Z SVU
&%    % @ Z  5ND
  # #    >=  Z SVU>W
 5< ? K B
(;:  
XY @ 8
 G  5ND
(c) Como as @
 -  escala
 Celsius
 e Kelvin estão relacionadas
por  5   , vemos que não existe nenhuma que reescrita de modo equivalente fornece o resultado
temperatura para a qual essas duas escalas possam for- desejado:
necer a mesma leitura.   GNH J3K3\M 
@ @

P 19-17.
19.2.3 Expansão térmica
Observamos, no dia-a-dia, que objetos, quentes ou frios,
esfriam ou aquecem até adquirir a temperatura ambien- E 19-24.

te. Se a diferença de temperatura @ entre o objeto e 
o ambiente não for muito grande, a taxa de esfriamento Uma  7 barra feita
  com uma liga de alumı́nio mede cm
ou aquecimento será proporcional à diferença de tempe- a Ce  cm no ponto de ebulição da água. (a)
ratura, isto é, A Qual o seu comprimento no ponto de congelamento da
água? (b) Qual a sua temperatura, se o seu comprimento
AB  ' &
@  %F8 é cm?
C5ED # @
 (a) A relação para a variação do comprimento, @^]4

onde A é uma constante. O sinal menos aparece porque ]`_$@ , permite calcular  o coeficiente de expansão li-
  J
c37dbJ"O
 _ 

 b
 a
@ diminui com o tempo, se for positivo, e aumenta, se near da barra: =
   7 .
negativo. Esta Portanto, partindo-se dos cm a C, vemos que ao
B é a lei de Newton do resfriamento. (a) De baixarmos a temperatura até o ponto de congelamento
que fatores depende A? Qual a sua dimensão? (b) Se
 *G
no instante  a diferença de temperatura for @ , da água a barra sofre uma variação de comprimento da-
mostre que da por Bgf Bih
%
  GIHJLKNM @^]  ]e_ # 5
@ ?@ %    J*c %  %
 # # ba # 5
'  
num instante posterior t.  5  cm

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Portanto o comprimento procurado é de onde obtemos @ :
G G
  '  &' &&   y z 5 y }
]kj l]m0n@^]4 5 o  cm @  G G
_ } y } 5<_ z y z
  7 9 &&
(b) Partindo-se novamente dos
  cm
& a C, perce-  5
€
  &  

J v %  &&%     J*v % %


bemos logo que para chegar
hqp a cm a temperatura # a # 5 # a #
terá que aumentar. A matemática nos fornece sempre o
] ] , daB relação Bgf 7 
f
sinal correto. Como Bih   C
%
@^]Tr] 5<]Tl]<_s@ l]e_ # 5 Portanto a temperatura procurada é
   7 
 L0Tl C
f
obtemos facilmente a temperatura procurada:
Bgf Bih
' &  
] 5 ]
<  5 P 19-39.
 0  0
 %    

J c%
]e_ # # ta
Densidade é massa dividida por volume. Como o vo-
  7  lume depende da temperatura, a densidade também de-
 04( t C 
pende. Mostre que, se a temperatura variar de @ ,a
variação da densidade será
 8
E 19-30. @b‚ƒP5u„‚L@

Um cubo de latão tem aresta de  cm. Qual o aumento onde „ é o coeficiente de dilatação volumétrica. Expli-
 7
de sua área, se a temperatura subir de para  C? que o sinal negativo.
 Sabemos que @^…6…„$@  , ou seja, que
 Aqui consideramos a equação da expansão superfi-
cial, com coeficiente de dilatação @ƒ… 
 ?…„
  J
vw7 d J"O 8 @
au_ latão r na .
Da definição de densidade ‚^l† … obtemos
onde tiramos o _ latão da Tabela 19-3, pag. 176. @b‚ †
@^… †
 65   5 …„
Portanto, @ … @ …
 %  8 † 
@^D  D # _ @  5 „mP53‚„
&%  9J*v% % …
 # #  ba # 
   Comparando as duas extremidades obtemos que
  cm
 
@b‚ƒP5u„‚L@

Quando @ é positivo, o volume aumenta e a densidade
P 19-36. 
 7Fd diminui, ou seja, @4‚ é negativo. Se @ é negativo, o
Uma barra de aço a  tem  cm de diâmetro. Um volume diminui e a densidade aumenta, isto é, @T‚ é
 &&  7xd
anel de latão tem diâmetro interior de cm a  . positivo.
A que temperatura comum o anel se ajustará exatamente
à barra?
 Após a mudança de temperatura o diâmetro da barra P 19-42.
G G  A temperatura de uma moeda de cobre aumenta de
de aço é y{z|?y{z 0;_$z y{z @ do anel de   7Rd '
G G  a o diâmetro G G e seu diâmetro cresce k‡ . Dê o aumento
latão é yb}Lyb} 04_q}~yb} @ , onde y{z a yb} são os
percentual, com dois algarismos significativos, (a) na
diâmetros originais, _ z a _ } são os coeficientes lineares
 área, (b) na espessura, (c) no volume e (d) na massa
de expansão, e @ é a mudança da temperatura.
da moeda. (e) Qual o coeficiente de dilatação linear da
A barra se ajustará exatamente à barra quando tivermos
moeda?
y z ?y } , os seja quando
 (a) Como sabemos que o coeficiente de expansão su-
G G  G G  8
y z 0T_ z y z @ ?y } 0T_ } y } @ perficial é o dobro do coeficiente de expansão linear,

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podemos afirmar imediatamente que o aumento percen- A diferença entre os comprimentos iniciais das barras é:
tual na área será o dobro do aumento percentual linear,
  8
ou seja  ‡ .
@^] 7 r] Og7 5<] 7  Œ 5Œ 
Mais formalmente, podemos ver isto comparando as _ O _
fórmulas _ O 5<_ 
 
@^]  ' Π_ O _
 _m@ 
]
A diferença entre os comprimentos das barras quando a
@^D   %   ' %     
 _m@  # #   ‡ temperatura variou de @ é:
D
(b) A espessura ˆ da moeda varia linearmente e, por-   
@^]  ] O 5<]  Œ 0 @ 5‘Œ 5 @
tanto, sua variação percentual coincide com a do item _ O Œ _$ Œ
_ O <5 _
anterior: @^] 
@ƒˆ   ' '  Œ _ O $
_
r_^@   k‡ @^]  @b] 7
ˆ
(c) A variação no volume é: 8 
(b) Sendo @^]P  m e os valores dos coeficientes
@ƒ…  %  ' %    de expansão do aço e do latão dados por
?_s@  # #   (‰‡
…
  J
vw7 d J"O
(d) Não há variação na massa da moeda. _ aço  a
(e) Qualquer das relações acima pode ser usada para de-
A exemplo, usando a do item (a) temos:
terminar _ . Por e
A  &  J
vw7 d J"O 8
@   %  ' 8 _’ z ”M z“ 7  a
?_$@ r_ # 

donde tiramos que & >%   J*v


  J*v`7 d JwO  '8  # 5 a G
_Š ^a   8‹&  J"O
Πa
8   J
v
Perceba que para responder aos itens (a)-(d) não é ne-   (ƒa
cessário conhecer-se _ . Esta é a razão do livro pedir Œ 8   J
v
 (ƒa 8  
para determinar _ apenas ao final do exercı́cio. ] Og7  &   J*v  (  m
a
8   J
v
 (ƒa 8  
P-46. ] 7     J*v    m
a
(a) Mostre que, se os comprimentos de duas barras de 8  
@^] 7   m
materiais diferentes são inversamente proporcionais aos
seus respectivos coeficientes de dilatação linear, à mes-
ma temperatura inicial, a diferença em comprimento en-
tre elas será a mesma, a todas as temperaturas. (b) Quais P 19-50.
devem ser os comprimentos de uma barra de aço e ou-
 7
tra de latão a C, tais que, a qualquer temperatura, a Uma barra composta, de comprimento  ]•] O 0?]/ ,
' 
diferença de comprimento seja  m? é feita de uma barra de material e comprimento ] O ,

 (a) À temperatura inicial, considere-se os compri- ligada à outra de material e comprimento ]k (Fig. 19-
18). (a) Mostre que o coeficiente de dilatação efetivo
mentos das duas barras dados por:
para esta barra é
8
] O‹7 Œ e ]/ 7 Œ %
_ O _ # _ O ] O 04_ ] 
_<
onde é a constante de proporcionalidade. ]
Π
Quando a temperatura varia de um @ , tem-se: (b) Usando aço e latão, dimensione uma barra compos-
9
  ta de  ( cm e o coeficiente de dilatação linear efetivo
] O ŽŒ 0 @ ]/ 1Œ 0 @    J
vw7dbJ"O
_ O Œ
e
_ Π^a .

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 (a) A variação no comprimento da barra composta é faces do cubo, e › é a profundidade de submersão, de


dada por modo que D1› fornece o volume do mercúrio deslocado.
O cubo está em equilı́brio, de modo que a magnitu-
@^]  @^] O 0n@^]/ de das duas forças é o mesmo: ‚ K™ …œ‚š ™ DN› .
 
 ] O _ O @ 0T]/ w_$ q@ Substituindo-se …žC] e D6C] nesta expressão ob-
% 
 # ] O _ O 0T]/ "_$ @ temos
‚ K 
›ƒ ]
Por outro lado, também temos que ‚š
 %  
Quando a temperatura muda, todas as três quantidades
@^]T?][_;@  # ] O 0T] _b@
que aparecem em › também mudam, sendo tal mudança
Igualando-se as duas expressões para @b] obtemos que dada por
%
] O _ O 0T] _  # ] O 04] _ , ou seja, que › › ›
@b›  Ÿ @;‚ K 0 Ÿ
@b‚š 0¡Ÿ @^]
‚ K ‚ š ]
] O _ O 04]k "_  Ÿ Ÿ Ÿ
_<
] ] ‚ K ] ‚ K 
 @ ‚ K 5
b ‚ @;‚9šž0 @ ]
^
(b) Reescrevendo a expressão acima e usando o fato que ‚ š š ‚ š
]/ 1?]<5<] O , obtemos Primeiro, consideremos a mudança da densidade do
% 8 alumı́nio. Suponhamos que uma massa ¢ de alumı́nio
]k_Šr] O _ O 0 # ]<5<] O _ ocupe um … K . A densidade sera, portanto,

    
 &   . volume
A

J v *
J v K K
‚ ?¢ … , sendo a variação da densidade dada por
que nos da, com _ O  a e_  a , A
  & ‚ K ‚ K  ¢
_m5_$ €5   % @b‚ K  @ … K 6
ƒ  5 @ƒ… K 65
@^… K
] O  ]    & #  ( … K … K … K
_ O 5_ 5 
%   % Como sabemos que @^… K ?_s… K @ , encontramos
# #  ( & 8  8
 l  cm @b‚ K P5N_q‚ K @
(
  J
v onde _ representa o coeficiente de expansão linear do
onde já simplificamos o fator comum que aparece alumı́nio.
no numerador e denominador da fração. Finalmente, Segundo, de modo análogo, para o mercúrio temos
9  &      ‚9š 
] r]<5<] O  € ( 5 t    cm @b‚š¡P5 @ƒ…
š
… š
É claro que este valor também poderia ter sido obtido Agora porém, como tratamos com um lı́quido e não
independentemente, subsituindo-se ] O ?]u5–] na ex- de um sólido como acima, @ƒ…
š£¤„…
šE@  , onde
pressão acima para _ : „ representa o coeficiente de expansão volumétrica do

  
_ O 5e_ 5    % mercúrio. Portanto
]/ 1 ]    & #  (  
_ O 5_ 5 @b‚9š¥653„w‚9š–@
'  
 (     Terceiro, temos que @b]T?_$]k@ .
   cm Substituindo estes três resultados na expressão para @b›
(
acima obtemos:
]  % ‚ K ]  %
@b›  # 5N_q‚ K @ 5 # 53„w‚9š¦@
P 19-54 — ‚ š ‚ š
 ‚ K  %
Um cubo de alumı́nio de aresta cm flutua em 0 # _$]k@
mercúrio. Quanto afundará o cubo, se a temperatura
   ‚š
subir de  para 
   J ˜ K?
. 7 d O coeficiente de dilatação do ‚ K  
mercúrio é ƒa .  ];§¨„E5 _$© @
‚ š
 A força da gravidade no cubo é ‚ K™ … , onde … é o vo- 
 %   
J ˜  %   J*v % = %
lume do cubo e ‚ K é a densidade de massa do alumı́nio.    /# ƒa 5 # # ^a #
 :
O empuxo do mercúrio no cubo é ‚9š ™ D1› , onde ‚š é a
9   J  + 8
densidade de massa do mercúrio, D é a área de uma das  a cm  mm

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LISTA 4 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 25 de Fevereiro de 2004, às 4:48 a.m.

    
onde usamos o fato que @ l 5  l K. Substituindo a Eq. (3) na Eq. (2) temos:
 Solução alternativa: Para o bloco flutuando no
  @b‚ )/­ ›€0n@b›k‚ )/­  5E/@^]{‚ K ’ 0n@^]{‚ K ’
mercúrio a  K, pelo Princı́pio de Arquimedes, tem- 
se: @ ‚)/­$›€0n@b›k‚)/­
b  5 @^]{‚ K ’

† K ’ ™  ª«¬‚)/­V] › ™ @b‚)/­  5¦„‚)/­V@
8  
‚ K ’] ™  ‚)k­s] › ™ 5u„‚)k­s@ ›€0n@b›k‚)/­  5 @^]{‚ K ’
ou seja,
‚ K ’  Trazendo o resultado da Eq. (1) para y:
›{ ] (1)
‚)/­ 

    °

¯ ± .>² 
  
  ˜   ‚ K ’ 
Para ‚ K ’– ®a e ‚)k­? ma Š
5 w
„ 
‚ k
) 
­ @ ! ] ! 0n@;›k‚)k­  5 @^]{‚ K ’
¯± .² , a equação (1) fornece ›4    ( m, ou seja, o ‚ )/­

cubo está com % da sua aresta submersa. Mas todas
as quantidades envolvidas na equação (1) variam com a  

temperatura: „]I‚ K ’ @ 5 ]k_ K ’ @ ‚ K ’
 @b› 
@b‚)/­s›€0n@b›/‚)/­  @ ‚ K ’]m0T@^]{‚ K ’ (2)
b ‚)k­
‚ K ’   
É claro que a massa do cubo não varia com a tempera- @b›  ] „E5 _ K ’ ! @
tura: ‚)k­
8
† K ³
’  ‚ K ’ ]

0 I] @^]I‚ K ’u
Introduzindo os valores das quantidades na equação aci-
@b† K ’³ @b‚ K ’] 4 ma, obtém-se, finalmente,

 ] @^]{‚ K ’´
I 5®@;‚ K ’]
    J
˜ + 
]`@b‚ K ’´ 5Eo‚ K ’w@^] (3) @b›ƒ a m  mm

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Exercı́cios Resolvidos de Termodinâmica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Fı́sica

Matéria para a QUARTA prova. Numeração conforme a quarta edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo 20.2.1 A absorção de calor por sólidos


e lı́quidos . . . . . . . . . . . . 2

20 Calor e a Lei da Termodinâmica 2 20.2.2 Alguns casos especiais da pri-
meira lei da termodinâmica . . . 4
20.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 20.2.3 A transferência de calor . . . . 5
20.2 Exercı́cios e Problemas . . . . . . . . . 2 20.2.4 Problemas Adicionais . . . . . 6

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20 Calor e
 a Lei da Termodinâmica Discuta o processo pelo o qual a água congela, do ponto
de vista da primeira lei da termodinâmica. Lembre-se
que o gelo ocupa um volume maior do que a mesma
20.1 Questões massa de água.
 Pela primeira lei, tem-se para o processo 
Q-4.

. O calor Q é removido da água, e, portanto,
O calor pode ser absorvido por uma substância sem que
igual a
  , o calor de fusão do gelo. O trabalho é da-
esta mude sua temperatura. Esta afirmação contradiz
do por   , sendo p a pressão atmosférica.
o conceito do calor como uma energia no processo de
 é maior que  , sendo o trabalho positivo.
 Então, a
variação da energia interna é 
transferência, devido a uma diferença de temperatura?
, sendo,
 Não. Um sistema pode absorver calor e utilizar es- portanto, negativa.
sa energia na realização de um trabalho; a temperatura
do sistema não muda e não é violado o princı́pio da
Q-31.
conservação da energia.
Por que as panelas de aço freqüentemente possuem uma
placa de cobre ou alumı́nio no fundo?
Q-7.
Porque o cobre e o alumı́nio conduzem mais eficien-
Um ventilador não esfria o ar que circula, mas o esquen-
ta levemente. Como pode, então, lhe refrescar? temente o calor do que o aço.

 O movimento do ar estabelece uma corrente de


convecção, com o ar mais quente subindo, e o ar mais
frio ocupando-lhe o lugar, refrescando o ambiente. 20.2 Exercı́cios e Problemas

20.2.1 A absorção de calor por sólidos e lı́quidos


Q-14.
Você põe a mão dentro de um forno quente para tirar E-6.
uma forma e queima seus dedos nela. Entretanto, o ar
em torno dela está à mesma temperatura, mas não quie- Quanta água permanece lı́quida após kJ de calor !#"$&%
ma seus dedos. Por quê? serem extraı́dos de g de %('("
água, inicialmente no ponto
de congelamento?
 Porque a forma, feita de metal como o alumı́nio, por 
exemplo, conduz muito melhor o calor do que o ar. É necessário extrair
 *)  +  ,"$&%#'-"-.,/(/-/-012*3$4'-'65879"(: J
para solidificar toda a massa de água. Com os !1$4";%<5=7>" :
Q-20.
Os mecanismos fisiológicos, que mantém a temperatura J extraı́dos, só é possı́vel solidificar parte da água:

)@?  ?  1/!A$&$&"-/(/B%655 >7>7 ""(:C  "1$.7D!#"
interna de um ser humano, operam dentro de uma faixa
limitada de temperatura externa. Explique como essa kg
faixa pode ser aumentada, para os dois extremos, com o
uso de roupas.
Portanto,
 No verão, usam-se roupas claras, que refletem a
radiação, e soltas, que favorecem a convecção do ar,
6)EF) )@?*%('(" 7>!#"GH7(7>" g
ventilando o corpo. Com as roupas mais grossas de permanecem no estado lı́quido.
inverno, a camada de ar junto da pele, aquecida por
irradiação do corpo, funciona como isolante térmico. E-13.
Um objeto de massa de '$4"-"
kg cai de uma altura de
Q-27. !("1$&"
m e, por meio de uma engrenagem mecânica, gira

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uma roda que desloca kg de água. A água está "$4'-"("


inicialmente a 7D!JI2K
. Qual o aumento máximo da tem-
peratura da água? P-24.

 Um bloco de gelo, em seu ponto de fusão e com massa


A energia potencial gravitacional perdida pelo objeto inicial de kg, desliza sobre uma superfı́cie horizon- !("1$4"
na queda é: tal, começando à velocidade de m/s e finalmente !A$4/-3
F)JLAMN+,'$4"-"-OQP1$&3("-.Q!("-R%#P(S-"1T1$
parando, depois de percorrer m. Calcule a massa %#31$&/
de gelo derretido como resultado do atrito entre o bloco
que correspondem a
VUW";%A$&/#S
cal. O aumento de e a superfı́cie. (Suponha que todo o calor produzido
temperatura produzido na água será de: pelo atrito seja absorvido pelo bloco de gelo.)
  )@?9X<6Y  A desaceleração do bloco é dada por:

U#"-%A$&/#SX.Z;[\ Q'("("]LA. 7(La$&"^`<XOb Z_[ cdY< 7D! `  ;| }  |_} ^% Z~


`
Y< 7>! ` 
 A
! 4
$ -
/ -
3  }
7($97DUe ZB %(O%#3$4/("; F1" $v!A7-7){#€ } f
Y<  7>'1$.7WU ` bgf
O calor produzido pelo atrito é dado por:
   )Z~
!#"$4"0;L1OQ"1$v!A7(7‚){(€ } O%#3$4/("^)ƒ
P-18.

Calcule o calor especı́fico de um metal a partir dos se-
guintes dados. Um recipiente feito do metal tem massa  U(%#/$4'17hT
de /$4'
kg e contém kg de água. Uma peça de 79S 7($&3
7>3("hIiK
A massa de gelo derretido é:
 ) 
kg deste metal, inicialmente a , é colocada den-
tro da água. O recipiente e a água tinham inicialmente 
a temperatura de 7>'IiK
e a final do sistema foi de . 7>3IWK )  U(%#/1$&'17]T
 /1$&/(/B5 7>" C T{#0_L
A água absorve parte do calor cedido pela peça: )  "1$&"("-%0;Lf
  ) X 6Y
j7.S;"("("]LA.k7($&" LlOX <` Z_b [ O%A$4" ` bm
água água água
P-30.
 (a) Dois cubos de gelo de g são colocados num vidro !#"
 %(3("-"("^XOZ_[
contendo g de água. Se a água estava inicialmente %#"-"
à temperatura de
O recipiente feito do metal absorve outra parte do calor do freezer a
e se o gelo veio diretamente
, qual será a temperatura final do
7>!m%(Ii!„K I2K
cedido pela peça: sistema quando a água e o gelo atingirem a mesma tem-
mnporq,sut  ) pn orq,sut X nporq,svt 6Y nporq,svt
peratura? (b) Supondo que somente um cubo de gelo

,/-'("("]LAnp.orQq,%Asu$&t " ` bmkX


foi usado em (a), qual a temperatura final do sistema?

Ignore a capacidade térmica do vidro.
 U#%("("^X  (a)Se a água resfriar até "]I>K , o calor fornecido por
O calor cedido pela peça é igual a: ela será de
 
peça w) peça X metal xY  k 793-"("iL1Oj79';% ` bm1X metal F) X 6Y  Q %("("iL1Oj7($&" LOX .` Z_b [ .Q%(! ` bm
 %#P17>'("-"^X
água água água

metal
 !#"-"("gXOZ_[
Reunindo as quantidades calculadas, vem:
   Para o gelo chegar a " ` b , necessita-se:
y  m…uot ) …Oort ` X …Oort ` 6Y
%(3("("-" y U#%("("^X
água


metal peça

%#P17>'("-"^X ` 
 j79"-"iLA.,"$&!#/ LlXO`9Z_b [ Oj7>! ` bm
metal metal

%#np3-"(orq,"-sv"z
t  %#3#S-S-"-"^X
"1$4"-P(3^X.Z;[r{>L ` bgf
metal

X   U#P-!gXOZ_[
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Para fundir o gelo seriam necessárias: quatro vezes maior do que o segundo bloco. Este está
 ?F) O… ort   + à temperatura C e seu coeficiente de dilatação Y } RS_U `
`  k7>"("iL1OrUWP$&!]XOZ_[r{>L1‚ U#P-!#"gXOZ_[
linear é . Quando os dois blocos são 7D!A$&"J5˜79"1™š9{ ` b
colocados juntos e alcançam seu equilı́brio térmico, a
Então o calor fornecido derreterá só parte do gelo. O
calor disponı́vel será:
área de uma face do segundo bloco diminui em "1$&"(/-"("
!#"-"(" UWP-!mFS;%#";!†X.Z;[
%. Encontre a massa deste bloco.
 O calor absorvido pelo primeiro bloco é:
Com essa quantidade de calor, pode-se fundir Gˆc‰2Š;‹‚Œ‚‚Žv^‹ w)•›X9•]dY  Y  F/$.79'X9•2dY  D7 U ` 

) O… ort `    S_WU %#P";$&!! R!#/hL O calor cedido pelo segundo bloco é:

uma mistura de água e gelo a " ` b ,


 ‚‘ ^Žv^‹ *) } X9• ,Y  Y  w) } 9X • , Y  AS U ` 

Portanto, ter-se-á
restando 79"-" !#/ ‡SAU g de gelo. (b) Se apenas um S S
cubo de gelo for adicionado á água: A variação na área de uma das faces do segundo bloco é
 …Oort F O… ort …uot Q!("-.,"1$v!#/;O,"  D7 !(j
`  ) ` X ` 6Y 
expressa por:

 /(P_U_$v!hX.Z;[ Bœ }  œ } %^„dY  _S U ` 


 B œ } R%]N,Y  SAU `  1" $4"-"("-/
Fusão F) O… ort `  !#"iL1OrUWP1$v!]XOZ_[{DLA œ }
 /-P;U#!hXOZ_[
 …Oort  FS;/;U#%1$&!("†XOZ_[kf Q%-Oj7>!A$&"B5 7>" ™š OdY  SAU ` ž "1$4"-"("-/
` y Fusão
/("B5879" ™š Y  7($jS7Ÿ5 7>" ™   "1$4"-"("-/
Agora o calor fornecido pela água será suficiente para
derreter todo o gelo. A temperatura final do sistema es-
tará algo acima da temperatura de fusão:
Y<x 7(/($9"B7(7Ÿ585 79"7>"A™›™›š   F/;U ` b
 ? u… ot  ) O… ort ` X 6Y Equacionando os calores, cedido e absorvido, vem:
` m‘ ^Žv^‹ y  ˆc‰iŠ-‹Œ‚<Žv^‹ 
!#"iL1Oj7($&" L XO` Z_b [ .dY  " `  "
água

 ) } X S • k7>"- y /1$979'^X9•%#"-ž "


Gˆc‰2Š;‹‚Œ‚‚Žv^‹  !(m"]…uYot    …uot
 ` y Fusão y ? ` %A$&!]) } F'-/1$v%
m‘ ^Žv^‹  S;/;U(%A$&!(" y !#"^Y f ) } *%-!A$v%#3Ÿ0;Lf
 ) X 6Y
%#"-"iLA.k7-$4" L XO` Z_b [ .dY  %(! ` 
água água

 20.2.2 Alguns casos especiais da primeira lei da ter-


modinâmica

 ˆc‰2Š;‹Œ‚<Žv^‹ m‚‘ ^Žv^‹  "


P-42.
y
S;/;U#%1$&!(" y !#"]Y< y %#"("^Yc !#"-"("’ " %#" %#/  R
Quando um sistema passa de um estado i para f pelo ca-
 
minho iaf na Fig. ,  !#"cal. Pelo caminho ibf,
%(!("#Y  *'_U#%A$v!#"  /('
 >7 /
cal. (a) Qual o trabalho W para o caminho ibf?

Y  R%A$&!17 ` bgf
(b) Se cal para o caminho curvo de retorno
¢¡£”¤D¥¦ £†‡7>"
B§ ©¨ q ¦  B § ª¨ q ¦ « R%(%
fi, qual é Q para esse caminho? (c) Seja
cal. Qual é ? (d) Se cal, quais os
P- /#Sf”“ valores de Q para os processos ib e bf?

Dois blocos de metal são isolados de seu ambiente. O  (a) Da primeira lei tem-se B§ ª¨ q  R  :
)•ƒ–/1$979'
6 § ©¨ q R
 !#" %("xF/-"gX.Z;[
primeiro bloco, que tem massa kg e tem-
peratura inicial Y  —7DUA$4" `
C, tem um calor especı́fico

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/- "G*/-' ¬ ª« ­ ®«  '1$4"ŸXOZ_[ (b) O calor deixa a câmara à razão de:
>  79/ŸXOZ_[ e sabendo-se do ı́tem (a) que ·  ‚ˆc´<‹Œ · ) ˆc´<‹‚Œ
B§ ª¨ q ¦ >  /-"gX.Z;[ , vem a
‚
 c
ˆ <
´ ‚
‹ Œ
(b) Dado

/("m  >  79/; ·¸  ·¸


· x‚ˆc´<‹Œ
 >  S-/gXOZ_[ ·¸  Q%-%#'("Ÿ0T{#0_LA.,/1$&'B5 7>" ™¹ 0;L{#€D
o valor B§ ª¨ ¦  
q 79"—XOZ_[ , com o valor  "1$&317hT{(€
(c) Dado q
B§ ª¨ F/("ŸXOZ_[ do ı́tem (a), vem
B§=ª¨ q ¦  B§=ª¨ q ¦ 2 /("ŸXOZ_[
(c) A taxa de realização de trabalho é:
· ·¶
B§=ª¨q q ¦ x*S-"ŸXOZ_[ 
q s
^· ¸  )„º ®» ` L ·¸¼
(d) Dado o valor B§ ª¨ ¦ « +%(%BXOZ_[ , para o processo ib ·
tem-se: q ·^¸  Q%1$4"m0;L1OQP1$43g){#€ } .,/$4"¢5879" ™›  ){(€>
B§ ª
 ¨ ¦ ®
 « R%(% 7>"G¯7D%hX.Z;[ ·
B§ ª¨ q   ª«  ª« ·^¸  "1$&"('6T{#€
7 >%’ ª« '$4"
®«° 7>3ŸXOZ_[
No ı́tem (b), a taxa calculada é a do calor que dei-
xa a câmara, sendo então negativa, de acordo com a
E para o processo bf tem-se: convenção de sinais adotada. Também no ítem (c), o tra-

B§ ª¨ q ¦ «r R


 B§ ©¨ 2q B § ª¨ q ¦ ª« *
 /-" D7 %m793ŸXOZ_[
balho por unidade de tempo é realizado sobre o sistema,
« *" $ ­  r«  *B§ ª¨ q ¦ «r H97 3ŸXOZ_[kf sendo, portanto, negativo. Reunindo esses resultados na
primeira lei, chega-se à taxa de variação da energia in-
terna na câmara:
· § ª¨ q ·  ·
P- S-/1f”“ · ¸  ·^¸ · ¸
· § ª¨ q "$4317  "$4"-'-] "1$uU#!GT{#€-f
%A$&"±O² }
Um cilindro possui um pistão de metal bem ajustado
de %1$4"
kg, cuja área da seção reta é de (Fig. ·¸ 
20-24). O cilindro contém água e vapor à temperatura
constante. Observa-se que o pistão desce lentamente, à
taxa de "1$&/("
cm/s, pois o calor escapa do cilindro pelas 20.2.3 A transferência de calor
suas paredes. Enquanto o processo ocorre, algum vapor
se condensa na câmara. A densidade do vapor dentro
dela é de '$4"Ÿ5@79"1™ :]³ {W±O² 
e a pressão atmosférica, de
7($&"atm. (a) Calcule a taxa de condensação do vapor. E-48.
(b) A que razão o calor deixa a câmara? (c) Qual a taxa
7($v%
S$&3±O² }
de variação da energia interna do vapor e da água dentro Um bastão cilı́ndrico de cobre, de comprimento m
da câmara? e área de seção reta de é isolado, para evitar

 perda de calor pela sua superfı́cie. Os extremos são


(a) Expressando a massa de vapor em termos da den- mantidos à diferença de temperatura de , um 79"-" I K
sidade e do volume ocupado, colocado em uma mistura água-gelo e o outro em água
) ˆc´<‹Œ Fµ ˆc´<‹Œ BHFµ ˆc´<‹Œ œ x¶›$fervendo e vapor. (a) Ache a taxa em que o calor é
conduzido através do bastão. (b) Ache a taxa em que o
gelo derrete no extremo frio.
· ) < ˆc´<‹Œ ·
a taxa de condensação de vapor será:

·^¸  µ < ˆc´<‹Œ œ ·¶ ¸ 


· ) <ˆc´<‹Œ
(a) Com os dados fornecidos, mais o valor da condu-
0*S-"7^½{D²ƒf ¾
,"$4'm0;L{D)   OA% $&"¢5 7>" ™ :c) } p5
tividade térmica do cobre, , tem-se:
·^¸ 
Q/1$&"¢5 7>" ™  ){#€D ¿  dS;"17 {W)RÀ .dS$4365 7>" ™ : ) } . k7>"("^À8
· ) < ˆc´<‹Œ 7-$&%i)
·^¸  /1$&'B5 7>" ™¹ 0;L{#€h*"$4/('h)JL1{(€  79'$4" J/s
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(b) Da equação para a condução do calor vem: 20.2.4 Problemas Adicionais


· ¿   · ) ·-O… ¸ ort `
·(¸  P-62.
· ) …Oort ¿ %#"$4"
·-¸ `    /(7>/('1/$&0"lTT{#{#0;€ L Á 7>" `
Quantos cubos de gelo de g, cuja temperatura ini-
 "1$4"(S-3†L1{(€-f cial é C, precisam ser colocados em L de chá 7($&"
quente, com temperatura inicial de C, para que a P(" `
mistura final tenha a temperatura de C? Suponha 79" `
que todo o gelo estará derretido na mistura final e que o
P-55
calor específico do chá seja o mesmo da água.
Um grande tanque cilı́ndrico de água com fundo de 7($uU 
!A$v%
X …uot ` 
m de diâmetro é feito de ferro galvanizado de mm Considerando os valores para os calores especı́ficos
de espessura. Quando a água esquenta, o aquecedor a da água e do gelo, água e X ÉS7>P("T{#0_LÀ
gás embaixo mantém a diferença de temperatura entre %-%(%("8T{(0;LÀ
, o calor extraı́do do gelo para trazê-lo á
as superfı́cies superior e inferior, da chapa do fundo, em temperatura de fusão é:
%A$&/ `
C. Quanto calor é conduzido através dessa placa  • F) … X … 6YÁÁ) … Q%(%-%#";Ok7>"-8\%(%(%("("]) … T‚
em !A$&"
minutos? O ferro tem condutividade térmica
igual a ';Up½{D²w¾
.

œRF · } {DS6R%A$&%;U }
Para fundir o gelo:
 A área da chapa é m . A taxa de  } F) …  \/(/-/("-"("]) … kT‚uÊ
condução do calor é

¿  l0 œÃ 6Y  Q';U#.Q%1$&%-U(O%A$4/;  ';U(%-UA7 Para aquecer o gelo derretido de " ` C a 79" ` C:


"1$4"-"-!-%   ) … X 6Y
 
 ) … dS7>P("x…uoTt {#0;LÀ8Oj79"^À8
água

O calor conduzido no intervalo de !1$4" minutos será:


  ¿  ¸ 
Q';U#%;U_7 .,/-"("€D  S79P("-"]) ` T‚uf
 %1$4"-%65879" ¹ J \%("1$&% MJ O calor removido do chá é:

:  ) X xY
 j7($&"Ÿ0_LA.dS7>P("xT{#0;LÀ8O 3("^À8
água água

P-58. 
 /-/-!-%#"(" J f
Formou-se gelo em um chafariz e foi alcançado o estado
estacionário, com ar acima do gelo a
!1$4" `
C e o fundo Reunindo todos os valores calculados acima, vem:
do chafariz a S$4" `
C. Se a profundidade total do gelo +
 •  }  ¬ *"
água for -7 $jS
m, qual a espessura do gelo? Suponha y y   :
Q%-%(%#"-" y /-/(/("-"(" y S79P("-"-_) … Ë/(/-!-%#"-"
que as condutividades térmicas do gelo e da água sejam
"1$4S-" "1$97>%p±9Ä#Åd{D²˜IDKJÆ
e , respectivamente.
 No regime estacionário, as taxas de condução do ca- /-P;UW"-"("]) … \/-/-!-%#"("
lor através do gelo e da água igualam-se: ) … \"$43#S-SŸ0_Lf
 Como cada cubo tem )
… Ì"1$&"-%#" kg, deve-se acres-
0 œ d YcÇ YcÈ- R0 …Oort ` œ d YcÈ ^ …Oort Y  centar ao chá ÍEÌÎ ¦ :4} :
¦ Ï
` Î Î ÎÑÐ S_% cubos de gelo.
água
água

Mas YcÈ , a temperatura na interface, é " ` C:


P-63.
,"$.7> 
%-O ,S…O$4or";t   ,"$jS; "-…OOort !A$&"-
7($jS Uma amostra de gás se expande a partir de uma pressão
…Oort `  7($979/h) f ` e um volume iniciais de Pa e 79"
para um volume (7 $&"a²¢ 
` %A$&"g²¢ 
ÃHZl }
final de . Durante a expansão, a pressão e o vo-
Ò {D² Ï
lume são obtidos pela equação , onde ZJ
7>"
. Determine o trabalho realizado pelo gás durante

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LISTA 4 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 25 de Fevereiro de 2004, às 4:43 a.m.

a expansão. Integrando do volume inicial   até o volume final   :


Õ  D Ö
 Z 9×  } · 
 O trabalho realizado pela gás na expansão é dado por >Ö
 ZlØ /ÚÙ  × \Z@Ø x/    m/Ú   Ù
G
  
 j79"^ÛN{D) Ï Ø 3/ /7 Ù ,)@Ü>
· Ó · ÔËZa } ·   %(/1$4/-/GT1f

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LISTA 4 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 25 de Fevereiro de 2004, às 4:48 a.m.

Exercı́cios Resolvidos de Termodinâmica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha
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Conteúdo 21.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . 2


21.2 Exercı́cios e Problemas . . . . . . . . . 3
21 A Teoria Cinética dos Gases 2 21.3 Problemas Adicionais . . . . . . . . . . 9

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LISTA 4 - Prof. Jason Gallas, IF–UFRGS 25 de Fevereiro de 2004, às 4:48 a.m.

21 A Teoria Cinética dos Gases um vidro é aberto do outro lado de uma sala.

O tempo tı́pico para se sentir o cheiro é de cerca de
21.1 Questões um minuto. As moléculas de amônia difundem-se no
ar, tendo um livre caminho médio da ordem de   m,
Q-5. sofrendo da ordem de ! colisões por segundo. Como
as moléculas movem-se em todas as direções devido às
Duas salas de mesmo tamanho se comunicam por uma colisões, precisam deste tempo para atravessar uma sa-
porta aberta. Entretanto, a média de temperatura nas la. O movimento das moléculas também é afetado pelas
duas salas é mantida a valores diferentes. Em qual sala correntes de conveção do ar, em geral presentes numa
há mais ar? sala.
 
Pela equação do gás ideal   constante, se a
pressão é a mesma nas duas salas. Então  
   
 . Q-28.
Se
 
 , tem-se    , ou seja, há mais ar na
As duas paredes opostas de um recipiente de gás são
sala cuja temperatura é mais baixa.
mantidas a diferentes temperaturas. O ar entre os vidros
de uma janela contra tempestade é um bom exemplo.
Descreva, em termos de teoria cinética, o mecanismo de
Q-12.
condução do calor através do gás.
Por que a temperatura de ebulição de um lı́quido au- 
menta com a pressão? O calor é transferido no gás por um mecanismo com-
binado de condução e convecção. As moléculas de ar

Com a pressão externa maior aplicada sobre o lı́quido, pró ximas da parede mais quente tem energia maior que
as moléculas precisam ter uma energia cinética maior a energia média e perdem energia nas colisões com as
para vencer as forças (fracas) que as unem e ”escapar” moléculas que tem energia mais baixa, que estão mais
ou evaporar. Uma energia cinética maior das moléculas próximas da parede mais fria. Mas há também um trans-
significa uma temperatura maior. A grandes altitudes porte de massa no processo, porque o ar junto da parede
acima do nı́vel do mar, no topo das montanhas, on- quente expande-se, tendo sua densidade diminuı́da. O
de a pressão atmosférica é menor, a água, por exemplo, ar mais frio vai ocupando o lugar deixado pelo ar mais
pode ferver a uns  C; ao nı́vel do mar, ferve a  C. quente, estabelecendo-se uma corrente de conveção en-
tre as paredes.

Q-19.
Q-32.
Que evidência direta temos para a existência dos Que tipo de observação forneceria boa evidência de que
átomos? E indireta? nem todas as moléculas de um corpo estão se movendo
 com a mesma velocidade a uma dada temperatura?
Não percebemos diretamente a existência dos átomos,
mas indiretamente sim, e de muitas formas. Quando  Um fenômeno que fornece boa evidência de que as
sentimos o vento no rosto ou o interceptamos com a moléculas não se movem à mesma velocidade a uma
palma da mão, sabemos que se trata de um gás, cu- dada temperatura, é o processo de evaporação de um
jas partı́culas em movimento, exercem força sobre a lı́quido, em que as moléculas mais rápidas são as que
superfı́cie em que incidem. Fenômenos observados co- mais facilmente escapam da sua superfı́cie.
mo o movimento Browniano ou o efeito fotoelétrico
também indicam claramente que todas as substâncias
são formadas por estas minúsculas partı́culas. Q-37.
Explique como podemos manter um gás a uma tempe-
ratura constante, durante um processo termodinâmico.
Q-25.

Dê uma explicação qualitativa da conexão entre o livre O processo no qual a temperatura mantém-se cons-
caminho médio das moléculas de amônia no ar e o tem- tante, chama-se isotérmico. Para que a temperatura se
po que se leva para sentir o cheiro da amônia, quando mantenha constante durante o processo, as variações nas

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- N - 1 1S4 ):
outras grandezas (pressão, volume) devem ser efetuadas ()+G79K*2 ()687>* 2
O  B
 1 1
A

muito lentamente e deve haver transferência de calor. T( ; I2 6U ; 2


De um modo geral, as grandezas Q, W e "$# int não são  :
6T( C 7>* K moléculas/m
nulas nos processos termodinâmicos. Para o gás ideal
a energia interna só depende da temperatura; se esta é (b) As massas molares são 0WVX   4 () g/mol e 0FYZX 
constante, "$# int é nula e % '& .  < (, g/mol. O número total de moles na amostra de gás
é: NPO
Q-40.   [< ( <  moles
T
B

VX L
Explique por que a temperatura de um gás diminui em Para os percentuais indicados,   +  ( C 7 < ( <  
YZX L
uma expansão adiabática. ; (* moles e   +(,6 C 7 < ( <   * T( ; moles. As
massas dos gases serão:

Não havendo qualquer troca de calor, pela primeira V X V X 0FV X 1 L 1 4 44
lei da termodinâmica, a variação da energia interna é    *T( ; 2  (,2   g
.
igual ao trabalho realizado na expansão, que é positivo. YZX YZXE0FYZX 1 1 4
Portanto, a energia interna do gás diminui, o que corres-    ; (E2  < ()2 \<3; g
.
ponde a uma diminuição da temperatura do gás. 4
A massa total de gás é T  6 g.
.

21.2 Exercı́cios e Problemas P-15.


:
Uma amostra de ar, que ocupa T(* < m à pressão ma-
P-3. nométrica de (, ; 7]K Pa, se expande isotermicamente
Se as moléculas de água em () g de água fossem até atingir a pressão atmosférica e é então resfriada, à
distribuı́das uniformemente pela superfı́cie da Terra, pressão constante, até que retorne ao seu volume inicial.
quantas moléculas haveria em () cm da superfı́cie? Calcule o trabalho realizado pelo ar.
 
A massa molar M da água é de *+() g/mol. O número Começando pelo expansão isotérmica:
N de moléculas na massa de (, g é dado por: N_^5O_^  NP`3O_` (
1 154 ,:
- - ()32()36879 2 1
/0 .  N ^ 1 (,Tba[() ; 2c79K
A
 O `  O ^
NP`  T(E < 2
(,TG7>* K
 T(,6 m
 ; ( ;=<< 7>* ) moléculas
NP^5O_^   B
 6T() C 4 7>*d J
A área A da Terra é ? @<AB DC (E87F*   cm . O
O `
número de moléculas por unidade de área é então: & isotérmico   B
feg O ^
-
; << 7>* ,
; (  4
  CC  moléculas/cm IH 1 4 T(,6
? C *( G79   &  6T() C 79 d 2eSih  (,U$79 d J
H
T(E <j
isotérmico

Para o processo isobárico,


P-13.
& isobárico  2 N 1 O `lk O ^
(a) Qual o número de moléculas por metro cúbico no
ar a 6 C e à pressão de () atm (= ()+$7J*K Pa)? 1 1 H
(b) Qual a massa de :
(, m desse ar? Suponha que & isobárico  (,T 7m K 2 T(* < k +(,6=32  k ( < P7i*d J
L -
C % das moléculas sejam de nitrogênio ( ) e 6 C % de
O trabalho total realizado pelo ar é então:
oxigênio ( M ).
1 L : H
 & T
 ()U k ( < I27>*d nC ( 79 J
(a) Da equação do gás ideal:
-
NPO   B
Q(R  -
A
P-20.

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Um tubo de comprimento o  6 C () m, aberto em uma será indicada por p. Com os dados fornecidos, calcula-
das extremidades contém ar à pressão atmosférica. Ele se o número de moles  A e  B de gás em cada recipiente
é colocado verticalmente em um lago de água doce, até antes da abertura da válvula. Depois, esses números são
que a água 4 preencha metade do tubo, como mostrado na x A e x B e o número total de moles nos dois recipientes
Fig. 6T k  . Qual a profundidade h da parte submersa é n:
do tubo? Considere a temperatura como sendo a mesma O  x A
em todo o lugar e constante. A
 N
A
 N
B
A A

Se a temperatura é constante, então NPO   B
 Para um volume unitário:
constante. A pressão do ar, ocupando agora a metade do N C ,( w79Kylz
 A   1 H€ 1 ;
A
volume do tubo, é dada por €
B
T( ; |{_} e 2    2
N ^O ^  N ` O `
A
4 
. ~
 6+( C moles
N oc?  N o ? p N  6 N 1 1
 6  < N < 2 (,w79Kylz2
  B
 1 H€ 1 < €
A pressão N B
+( ; |{_}
B
do lago é dada por: e 2  2
fundo B
.~
 6T( ;=< moles
N  N aFqr o
fundo
6  aF ; 6=+()U moles
o
A B
N  6 N asqr
fundo
 6 x A asx B  

A mesma pressão N , calculada a partir da superfı́cie


fundo

x A

x B

do lago é dada por N


A A
 N
A
 B B
 B

A
< N B
< N
N  N aFqrt
 x A
x B

fundo
N
A
 B

< N
Igualando as duas equações para N fundo , vem:

x A  x B  T( ;;; x B


B

o <

6 N asqr  N aFqrt A
 6  +( ; ;; x B aFx B  
1 o
N  qr t k 2 x B 
; = 6 +()U 4
 6 < +(  moles
 6 ( ;;;
o N
t  a  x A  T( 66 moles
6 qr
E, finalmente, obtem-se a pressão:
()+G79K 4
t  6T( C a 1 1  66(  m x A H N T( 66 1
*2 U+()2 N x   h 4 C ()‚7i* K 2  (,UU‚7m K Pa
6+( C j
A A
 A

P-23.
L
O recipiente A, na Fig. 6 k  , contém um gás ideal à E-28.
pressão de C (,u7v*K Pa e à temperatura de ;  K. Ele (a) Encontre a velocidade quadrática média de uma
está conectado por um fino tubo ao recipiente B, que molécula de nitrogênio a 6 C. (b) A que temperaturas
tem quatro vezes o volume de A. O B contém o mesmo a velocidade quadrática média será a metade e o dobro
gás ideal, à pressão de ()w7v*K Pa e à temperatura de desse valor?
<  K. A válvula de conexão é aberta e o equilı́brio é
 - 0
atingido a uma pressão comum, enquanto a temperatura (a) A massa molar da molécula de é  6=T(,
de cada recipiente é mantida constante, em seu valor g/mol:
inicial. Qual a pressão final do sistema?
 1 1 H€ 1 ; €
As temperaturas nos dois recipientes não se alteram ƒ ; 2 +  ( ; | {_} e 2 + 2 L 4
rms
…„ .~ C  (  m/s
com a abertura da válvula. A pressão final de equilı́brio +()36=†r+} e
.~

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(b) A metade da ƒ rms do ı́tem (a) é igual a 6 C T(, < m/s. A (a) Na equação do gás ideal, o número n de moles
temperatura correspondente será: pode ser expresso por  ’ ‘ , onde m é a massa da
0 ƒ amostra de gás e M, a sua massa molar:
L 1ˆ‡ k

Qx  rms
 C (,6 C K *U  C 2 N “. 0 B
(
;B onde . O  q_(
O
4
O dobro da ƒrms do ı́tem (a) é igual a 
;C ( ; m/s. A
N  q B
H
nova temperatura será: 0
0 ƒ 1ˆ‡ H (b) O número de moles da amostra de gás também po-

Qx‰x  rms
 I6= < K U ;   C2
;B de ser expressa em termos de N, o número total de
partı́culas e o número de Avogadro:   ” . Lem-
 ” A
brando que $ , vem
P-30. A ”
-
L N O  
H
A densidade de um gás a 6 ; K e ()G7* atm é de
:
( 6 < 7Š K g/cm . (a) Encontre a velocidade ƒ rms para
as moléculas do gás. (b) Ache a massa molar do gás e
identifique-o. P-43.
Em um certo acelerador de partı́culas, os prótons per-

(a) Escrevendo a equação do gás ideal em termos da correm um caminho circular de diâmetro de 6 ; () m em
massa da amostra e da massa molar M do gás, tem-se: uma câmara onde a pressão é ()b7l*TP• mm de Hg e a
N temperatura é 6=U C K. (a) Calcule o número de moléculas
 0 . O ( onde . O  q H de gás por centı́metro cúbico, a esta pressão. (b) Qual
B

o livre caminho médio das moléculas de gás sob estas


0 
A massa molar é Œ
 ‹  e a velocidade quadrática condições, se o diâmetro molecular for de 6(,w7>* 
: cm?
média pode então ser expressa por ƒ rms DŽ e obtida
‹ 
com os dados fornecidos acima: (a) Em unidades do Sistema Internacional, a pressão
1 1 dada é igual a N  ( ;; 7 d Pa. Expressando o
; 2 (,TG79 : ylz2
ƒ  „ < U < ( ; 6 m/s H número de moles em termos do número de partı́culas,
T(,TI6 <c r+} :   ” A , da equação do gás ideal vem:
rms

. ”
- N - 1 154 , :
(b) A massa molar M vale: ( ;; > 7 *T d ylz2 ()36879 2
O   A
1 H € 1 €
B
T( ; |{_} e 2 6=U C 2
0 q B
.~
 N -
4 —–
1 : 1 ; H€ 1 L € O n; ( 6 79 moléculas/cm:IH
+()TI6 <c rT} 2 T( |{_} e 2 6 ; 2
 . .:~
()+G79 (b) Com o diâmetro molecular dado, o livre caminho
L médio é obtido diretamente por:
 T(,6 U kg/mol
˜  L 4
 ™ 1- O   6  cm H
Na tabela de Propriedades dos Elementos, Apêndice D, 6 Aš } 2
encontramos a massa molar do nitrogênio, que, na for-
0 ˜ ‡ L H
ma molecular, tem massa  6T(, g/mol. ou  ; m

P-54.
P-36.
Certa molécula de hidrogênio (diâmetro de (,w7v* 
Mostre que a equação do gás ideal (Eq. 21-4)
 pode ser cm) escapa de um forno (
›<  K) com veloci-
escrita nas formas alternativas: (a) N  ‹  , onde q é dade quadrática média e entra em uma câmara conten-
a densidade de massa do gás e M, a massa molar; (b) do átomos de argônio frio (diâmetro de ; ()F7…* 
NPO  - 
, onde N é o número de partı́culas do gás cm), sendo a densidade deste último de < (,F7œ  !
(átomos ou moléculas). átomos/cm : . (a) Qual a velocidade da molécula de hi-
drogênio? (b) Se a molécula de hidrogênio e um átomo

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de argônio colidirem, qual a menor distância entre seus (c) A velocidade quadrática média calcula-se por:
centros, considerando ambos como esferas rı́gidas? (c) ¦
Qual o número inicial de colisões por segundo sofridas ƒ©  - 1
y ƒ 2ƒ š ƒ
pela molécula de hidrogênio?
- ¦ § ¨
 0 © ; 
 ƒ  h ƒ : - ƒ š ƒ
(a) A massa molar da molécula de  é 6T()36 d
j –
g/mol e sua a velocidade quadrática média é: 
ƒ
ĩ  ; 
1 1 H€ 1 < €
;B
; 2 T  ( ; |{_} e 2    2 C
ƒ @ž 0  „ .~
T(,66  T ª
ĩ 
rms
r } e ƒ ; ƒ LL H
L 4 .Ÿ~  ž  +( C ƒ
 H rms
C  
6 m/s

(b) A distâncias entre os centros da molécula de w e o


P-61.
átomo de Ar é igual a soma dos seus raios, isto é,
6T(,U J de calor são adicionados a um certo gás ideal.
X
š8     H
Ar a Como resultado, seu volume aumenta de C +() para
H 6T()$7>*   cm
:
 cm , enquanto a pressão permanece constante ( (,
(c) O livre caminho médio dos átomos de Ar nas atm). (a) Qual a variação na energia interna do gás? (b)
condições dadas é Se a quantidade de gás presente for de 6(,«7¬ : mol,
˜  4 calcule o calor especı́fico molar à pressão constante. (c)
 ™ 1 -  ( , 6 C 79 P m H Calcule o calor especı́fico molar a volume constante.
6 Aš } O 2 Ar

O número de colisões por segundo, f, é dado por (a) O trabalho realizado na expansão do gás é
L 4 N " O 1 1 :
¡ ƒ 36 }=¢ &­  (,TG7>* K ylz2 C w7>* P• 2
  .  , H .
˜ 4 (EI6879 colisões/s
( 6 C 7>*  
.  C () C J H

P-56. E a variação da energia interna é


H 4
Para a distribuição hipotética de velocidades das "8# int  6T( k C (, Cl  C (, C J
1ƒ N
partı́culas de um gás, mostrada
1 na Fig. 21-19 [y 2 
£ ƒ
para $ ƒ¥¤Jƒ ; y ƒ 2   para ƒ  ƒ ], encontre (b) A variação da temperatura no processo pode ser cal-
 
(a) uma expressão para C em termos de N e ƒ  , (b) a culada a partir do trabalho:
velocidade média das partı́culas e (c) a velocidade rms
&® N " O   B "8
Q(
das partı́culas.
 & C () C {
(a) Para o cálculo de C, tem-se:  

1 1 H€
¦W§,¨  B 6(,w79  : e52 +( ; b{+} e 2
£ ƒ ƒ - ‡ .~ .Ÿ~
š  ( ;  < KH
–
-
£ ; H E para o calor especı́fico molar à pressão constante vem:
 ƒ :
 £ % 6=+()U¯{
  1 1 €
6T()$7>*  :
P
(b) A velocidade média é obtida por:  "8
eˆ2 ;  < 2
4 Ÿ
. ~
¦  ;=< ( ; J/mol.K H
ƒ©   1ƒ
- y 2 š ƒ
(c) O calor especı́fico molar a volume constante é obtido
- ¦ § ¨
ƒ©  ;  ƒ : š ƒ diretamente do resultado do ı́tem anterior:
h ƒ : -
j – £ £ k 4 k 4 L H
  B°n;=< ( ; T( ;   6 () J/mol.K
ƒ V P
ƒ©  ;   T( C ƒ
L H
< 

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˜ ¡
P-68. de propagação é ƒ    ;3C ( < m/s. O módulo de
elasticidade volumétrica pode ser expresso em termos
Suponha que < () moles de um gás ideal diatômico,
da constante adiabática ± e da pressão:
cujas moléculas estejam em rotação 4 sem oscilar, so-
frem um aumento de temperatura de T(, K à pressão ² š N
 k O  ± N H
constante. (a) Quanto calor foi transferido para o gás? š O
(b) Em quanto aumentou a energia interna do gás? (c) 
Quanto trabalho foi realizado pelo gás? (d) Qual foi o A velocidade de propagação é então ƒ  Ž ³ e, como
‹
aumento na energia interna translacional das moléculas foi mostrado no P-; 4 ,     . Assim, a velocidade
do gás? ‹ 

é, finalmente, ƒ  Ž ³  . Com os dados disponı́veis,

(a) O calor transferido para o gás à pressão constante pode-se agora obter ± :
foi: ƒ 0 1 1 L
 ;C ( < }=¢I2 $ 6 79I6 r+} e52 H
£ ±   1 . H€ 1 < € 
. ~  ( <
%   "8
B
T( ; |{_} e 2  2
P
.~
L
1 1 1 H€ 1S4 € Dobrou-se a massa molar no cálculo para obter ±  ( < ,
 < (, e52 2 T  ( ; |{_} e 2 +() 2
.~ 6 .~ o valor da constante adiabática de um gás diatômico.
4 H
 U J
E-71.
(b) A variação da energia£ interna, para qualquer proces- L
so, é dada por "$# int   V "8
: (a) Um litro de gás com ±  ( ; está a 6 ; K e ()
atm. O gás é subitamente (adiabaticamente) compri-
1 1 C 1 H € 1S4 €
"$# int  < () e52 ;
2 T( |{_} e 2 T(, 2 mido até a metade do seu volume inicial. Calcule suas
.~ 6 .Ÿ~ temperatura e pressão finais. (b) O gás é então resfriado
4 L
 < U  JH até 6 ; K, à pressão constante. Qual o seu volume final?

(c) O trabalho realizado pelo gás é (a) Para o processo adiabático, são válidas as
relações:
N " O   B "8
N ^ O ^³  N ` O `³

1 1 154 O+^ 4
 < () H€ € NP`  N_^ h ³  H
e52 +  ( ; b{+} e 2 T(, 2 O ` j 6 ( < atm
T
.~ .Ÿ~
H  
 *UU < J
^ O ^³  
` O `³ 
O ^  4
³   ; ; KH

` 
^ h O `
(d) Levando em conta só os graus de liberdade transla-
cionais das moléculas, a energia interna correspondente j
será: (b) O número de moles de gás na amostra é
1 1 ; 1 H€ 1S4 € NP^ˆO_^ 1 1 :
"$#  < () e52 2 T  ( ; |{_} e 2 T(, 2 (,TG7>*Kylz2 T  (,+ 2
int
.~ 6 .Ÿ~    1 H € 1 L €.
B
^ +( ; b{+} e 2 6 ; 2
 H .Ÿ~
6=UU6 J H
 T() <<ZC mol

P-69. E a variação produzida no volume é então


L N " O 
A massa molar do iodo é de 6 g/mol. Uma onda esta-  B "¬
m(
<
cionária em um 4 LLtubo cheio de gás de iodo a  K tem
os seus nós ( cm distantes um do outro, quando a  B 8 "

freqüência é  Hz. O gás de iodo é monoatômico ou " O  N


diatômico? 1 1 H€ 1 k 4 ; €
T(, <<ZC e52 T  ( ; |{_} e 2 2
 1 .~ 4 1 .~
 4 LL 6( < 2   (,T´79 K l y z2
Se a distância entre
4 Lnós é ( cm, o comprimento ‡
˜ L k +(E* m :=H
de onda é  6Ÿ7 (   ; ( C=< cm e a velocidade

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O `  O ^  k H
" O a +(EaWT( Cl T( < litro
P-83.

P-80. Certa máquina térmica processa () mol de um gás


ideal monoatômico através do ciclo mostrado na Fig.
Um gás ideal sofre uma compressão adiabática de 21-21. O processo G·›6 acontece a volume constante,
N  () atm, O  ()v7µ*• litros,
 +() C o 6J· ; é adiabático e o ; ·  acontece à pressão
para  ()w7v*K atm, O  (,u79 : litros. (a) Es-
N
constante. (a) Calcule o calor Q, a variação da ener-
te gás é monoatômico, diatômico ou poliatômico? (b) gia interna "$# int e o trabalho realizado W, para cada
Qual a sua temperatura final? (c) Quantos moles do gás um dos três processos e para o ciclo como um todo.
estão presentes? (d) Qual a energia cinética translacio- (b) Se a pressão inicial no ponto  for () atm, en-
nal total por mole, antes e depois da compressão? (e) contre a pressão e o volume nos pontos 6 e ; . Use
Qual a razão entre os quadrados das velocidades rms de () atm  ()T ; 79K Pa e Bµ +( ;  < J/mol.K.
suas moléculas, antes e depois da compressão?

(a) Começando com o processo a volume constante,

(a) Para os processos adiabáticos vale a relação: £
%¬)¸l   V "8

N ^ O ^³  N ` O `³ (
1 1 1 S1 4
 (,2   ( C 2 T( ; 2    k ; 2
NP^ˆO ^ ³  1 : O ^
 K NP^ *   _ 2 ³
L
 ; <  JH
C
C k ; ±  +( p ± 
; O trabalho é nulo neste processo e, portanto, a variação
Portanto, trata-se de um gás monoatômico. da energia interna é igual ao calor absorvido, ou seja,
(b) Para achar a temperatura final, tem-se outra relação X L
para os processos adiabáticos: "$# int, ¹º ; <  JH

 

5^ O ^ ³  
`O ` ³  ( No processo adiabático, %   e da primeira lei tem-se:

X¶ X k &
O ^  1 L € 1 "$# º  (
³   : L

` 
^ h O ` ;  K H
int,
6 ; 2  2  6
j ¶
X £
"$# º   "8

(c) O número de moles presentes é calculado da equação int, V

de estado do gás ideal: 1 1 1 1 4


 (,2   ( C 2 T( ;  < 2 <3CC k 32
NP^ˆO_^ 1 : : 1
(,TG7>*Kylz2 *  2
   1 H € 1 L .€ k H
B
^ ;
T( |{_} e 2 6 ; 2   J
4 .Ÿ~
 <<3C 6=+(,6 moles H Portanto, & ¸l:  * J.
Para o processo à pressão constante tem-se:
(d) A energia cinética translacional por mol, antes da
£
compressão é: %l: ¸¬   P "¬

€ ^ ; 1 1 1 1
 B
^ n;=<  ; J (  ()32  6 ( C 2 T( ;  < 2 ;  k <ZCC 2
 6
 k ; 666 J (
e depois da compressão é:
€ ` ;
 B
` ;<  ;  J H & :,¸¬  N " O   B "¬

 6
1 1 1
(e) A razão entre os quadrados das ƒ rms , antes e depois  ()32 T  ( ; 2 ;  k <3CC 2
da compressão, é:
 k
L 6U J (
ƒ

` 6 ;    H ¶
1 k
rms,f
  L   k ; 666 k k H
ƒ
rms,i
^ 6 ; "$# int, º¹  6U2  U ; 6 J

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O calor efetivo transferido no ciclo é: 21.3 Problemas Adicionais

%  %8»¸l «aW%l ¸l:a¼%l: ¸¬


Total
L P-85.
 ; < ]aW k ; 666
 C * J H Uma amostra de gás ideal passa pelo processo cı́clico
ilustrado no gráfico p - V da Fig. 6 k 66 . A temperatura
O trabalho total realizado no ciclo é: do gás no ponto a é 6 K. (a) Quantos moles do gás
existem na amostra? Quais são (b) a temperatura do gás
& Total
 & )¸l ¯a & , ¸½:ca & : ¸¬ no ponto b, (c) a temperatura do gás no ponto c e (d) o
 ma[ k  6U calor total adicionado ao gás durante o ciclo?
 C  J H

(a) O número de moles na amostra é:
E para o ciclo, "$# int  % Total k & Total   . NPO 1 : 1 :
(b) Dada N   (, atm e
 ';  K, obtém-se a 6 ( C 79 l
T y z2   (, 2
   1 H € 1 . €  ( C mol
pressão N : B
a
;
T(  + < { }
.Ÿ~
e 2 = 6  2
N  N
 (b) Para a temperatura no ponto b tem-se:



N O N O
donde tiramos facilemente a a
 b b
(
4
a
b

N  N 
  1  H
(,bz3¾ 2 h  6T() atm

 . ;  j 1L : 1 :
N O 1 ( C > 7 * ly z2 ; () 2
  € 1 1 .


6= 2
b b

Para obter N : , usa-se a relação entre a pressão e o volu- b a N O C


6( 9 :
7  2 () : 2
a a
.
me válida para os processos adiabáticos:  H
 K
N O ³  N : O ³ (
: (c) E para a temperatura no ponto c tem-se:
1 1
O volume O é calculado com a equação de estado do N O 1 € 6T( C 97  l
:
y z2 ; )(  :
2



c
N O
c
 * 2 1L 1 . :
gás ideal: ( C 97  : ly z2 ; () 2
c b
b b
4 .
1 1 1  H
O   B
(,2 T( ; I2 ; 32  K
N 
(,T ; 7>* K
4 (d) O trabalho realizado pelo gás no ciclo é igual à área
 :
T()346 < 6 m do triângulo abc e vale C  J. Como é nula a variação
 < H
6 ( 6 litros da energia interna no ciclo, o calor total adicionado ao
gás é igual ao trabalho, ou seja, C  J.
O volume O : obtém-se da relação:
 

O ³  
: O :³  ( P-88.
4 Uma amostra de gás ideal se expande de pressão e
O ³    O ³  
 1 4 *– ¿  

: 6 < ( 2 •)À ( volume iniciais correspondentes a ; 6 atm e () litro,

: <3CC
respectivamente, para um volume final de < () litros. A
O *– ¿ )• À  L O : [; L ( ;< litros H temperatura inicial do gás era de ;  K. Quais serão
: (,6 e a pressão e temperatura finais desse gás e quanto tra-
O balho ele realizará durante a expansão, se esta for (a)
N :  N h ³ isotérmica, (b) adiabática e o gás monoatômico, e (c)
O : j
adiabática e o gás diatômico?
4
N :  1 6 < ( 6 Á ¿ )• À H 
6T()bz3¾ 2h L  (, atm (a) Se a expansão é isotérmica, "$#   e% °& .
. ; ( ;=<j int

A pressão no estado final será:


N ^O ^  N ` O ` (

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O ^ 1 ()be k &
N `  N ^ h H Da primeira lei, "$# int  . A variação da energia
OP` j  ; 6bz¾
.
2
< )( be
 +() atm
interna é calculada por:
E o trabalho no processo isotérmico é dado por: ;
£ 1 k
¦ IÂ ¦ IÂ "$#   "8
  B T( C ; 32Á(
š O OP` int V
N š O 6
&­   B
O   B
eg O ^
*Ã *Ã
Para o estado inicial, obtém-se:
1 H 1 4
&® ; 6|z3¾ eˆ2 ge  < 2 \<< ( ; atm.l ›<< U < J H NP^5O_^ 1
; 6|z3¾ 2 
1 1
 ()+i7>* K ylz2  
: :
2
. . .
 B° ^  €
(b) Para a expansão adiabática de um gás monoatômico
; 
£ : £ 4 L
tem-se %   , V  B , P  K B e ±  K:  ( . A  H
T(, J/K
pressão final é:
N ^ O ^³  N ` O `³ (
O ^ ; 1 1
³  1 ()be Á ¿ ,• À 4  €
 *T( C
€ k ;  €
N `  N ^ h
OP` j ; 6|z3¾ 2 h [; (* atm H "$# int
6
T(,¯{_} 2  2
. < ()be j
 k 6=U < T( ;  J H
E a temperatura final é obtida por:
 

^ O ^³  
` O `³  ( E, portanto, &® 6=U < T( ;  J.
(c) Se a expansão
£
é adiabática
£
e o gás é diatômico, tem-
O ^ se %   , V  K B , P  À B e ±  À  ( < .
 1 ()e E– ¿ ,• À K
³  ;  €

` 
^ h O `  2h Repetindo os
` 4 mesmos `
cálculos do ı́tem anterior,
L 4 obtém-
j < ()e j se y < ( atm,
  6 K e &®;<3C J.
 H
T( C K

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Exercı́cios Resolvidos de Termodinâmica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Fı́sica

Matéria para a QUARTA prova. Numeração conforme a quarta edição do livro


“Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas

Conteúdo 22.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . 2


22.2 Exercı́cios e Problemas . . . . . . . . . 4
22 ENTROPIA E A II LEI DA TERMO-
DINÂMICA 2 22.3 Problemas Adicionais . . . . . . . . . . 12

Comentários/Sugestões e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br


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22 ENTROPIA E A II LEI DA TERMODINÂMICA

22.1 Questões

Q-6.
Explique qualitativamente como as forças de atrito entre duas superfı́cies aumentam a temperatura destas su-
perfı́cies. Por que o processo inverso não ocorre?

Quando duas superfı́cies estão em contato, ocorrem interações de natureza elétrica entre as suas moléculas.
Com o movimento relativo, essas interações são rompidas, a energia cinética das moléculas aumenta, acarretando
um aumento da temperatura das superfı́cies. No processo inverso, a energia térmica dificultaria a interação entre
as moléculas e as forćas envolvidas seriam localizadas e insuficientes para produzir movimento relativo das su-
perfı́cies.

Q-7.
Um bloco volta à sua posição inicial, depois de se mover dissipando energia por atrito. Por que este processo não
é termicamente reversível?

Porque a energia térmica produzida no atrito, não pode ser reconvertida em energia mecânica, conforme a se-
gunda lei da termodinâmica.

Q-10.
Podemos calcular o trabalho realizado durante um processo irreversı́ vel em termos de uma área num diagrama p -
V? Algum trabalho é realizado?

Nos processos irreversı́veis há realização de trabalho - sobre o sistema ou pelo sistema sobre o seu ambiente -
mas este trabalho não pode ser obtido pelo cálculo de uma área no diagrama p - V, porque a pressão do sistema
não é definida num processo irreversı́vel.

Q-14.
Sob que condições uma máquina térmica ideal seria  eficiente?

A eficiência de uma máquina térmica pode ser expressa por


H  C
H 

Para o rendimento ser de  , C , o calor liberado, teria que ser nulo, mas essa seria então uma máquina perfeita
que, de acordo com a segunda lei, não existe. Considerando a eficiência expressa em termos das temperaturas
extremas, 
 
C
 
H 
 
para um rendimento de  , a temperatura da fonte fria teria de ser K, o que estaria em desacordo com a

terceira lei da termodinâmica (ver discussão sobre o zero absoluto, por exemplo, na secão  do segundo volume
do Curso de Fı́sica Básica, do autor H. Moyses Nussenzveig). 

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Q-18.
Por que um carro faz menos quilômetros por litro de gasolina no inverno do que no verão?

As máquinas térmicas reais não operam ciclos exatamente reversı́veis e quanto maior for a difernça de tempera-
tura entre a fonte quente e a fonte fria, maior é a quantidade de energia que não se aproveita. Assim, nos dias mais
frios, um motor de automóvel tem a sua eficiência diminuı́da.

Q-21.
Dê exemplos de processos em que a entropia de um sistema diminui, e explique por que a segunda lei da termo-
dinâmica não é violada.

No processo de congelamento de uma amostra de água, a entropia deste sistema diminui, porque a água precisa
perder calor para congelar. A segunda lei da termodinâmica não é violada porque a entropia do meio, que recebe
o calor cedido pela água, aumenta. Este aumento é maior do que a diminuição, tal que a entropia do sistema +
ambiente aumenta.

Q-23.
Duas amostras de um gás, inicialmente à mesma temperatura e pressão, são comprimidas de volume V para o vo-
lume  , uma isotermicamente e a outra adiabaticamente. Em qual dos casos a pressão final é maior? A entropia
do gás varia durante qualquer um dos processos?

No processo isotérmico a pressão final é:  

   


No processo adiabático, a pressão final é:  $#

" ! 

!
 % 
&!

A pressão final é maior no processo adiabático.
A variação da entropia no processo isotérmico é dada por:
')( *,+ .- * 
 
')( *,+ /- * 

' 
No processo adiabático, a entropia não varia, uma vez que é nulo neste caso.

Q-25.
Ocorre variação da entropia em movimentos puramente mecânicos?

Sim, por causa da energia térmica produzida pelo atrito.

Q-28.
Calor é transferido do Sol para a Terra. Mostre que a entropia do sistema Terra-Sol aumenta durante o processo.

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O Sol libera calor à alta temperatura e tem a sua entropia diminuı́da. Já a Terra absorve o calor à temperatura
bem mais baixa. A entropia da Terra aumenta no processo e este aumento é maior do que a diminuição da do Sol,
tal que a variação da entropia do sistema Terra-Sol é positiva.

22.2 Exercı́cios e Problemas

P-4.
Um mol de1um0 0
gá ideal monoatômico passa pelo ciclo mostrado na 0
Fig. 22-18. O processo bc é uma expansão
:
9
adiabática; 2  atm,   )3426517 m 7 , e 18  . Calcule: (a) o calor adicionado ao gás, (b) o
 (c) o trabalho realizado pelo gás e (d) a eficiência do ciclo.
calor cedido pelo gás;

Para chegar aos resultados pedidos, antes é necessário obter o valor da temperatura e da pressão no final de cada
um dos processos do ciclo. Começando com o processo adiabático que liga os estados b e c, tem-se:
10 0 
 ! 8;"8 !
0 
 <0 # #
 ! ?>  F517
8

2A@BDC.E 9   atm PO)3GQ Pa
 8= )3G 517 =,HJI KML ;N NF 

As temperaturas nos estados b <e 0 c são:
0
0
> 2E > 
 F
3R2ST"@6E >  )3R26517<C.7E

 > *,+  -   K
2
 E >U9 POWVX&C/Y E 
  ;N Z
 > \
> 9
8;18 O[3G Q T"@6E )3GF517<C.7E
8 * +
, NX > \
> 9  -  K
 E O]V^C.Y E N 
 ;N Z
Na compressão isobárica, tem-se  ,_
8
_
^8   0
_ #
 _    0
`>  9
8 E 9 K
18 N Z a = NX 

As transferências de calor e o trabalho realizado em cada processo são calculados com a primeira lei:
b
ab 

c*ed]f '  `>  -
E > N E
\> 9 E > 2  9 E
ab O]V^C.Y Og&O J
  ; N Z NF Z 
b 'ih *ed]f '  ?>  E > E >U9 -
E > 2 
  N POWVX&C/Y E Og J
bc
 int   ;N Z N Z 
b _ > _ `> PO)3G Q T"@E >   9 E3R2 5<7 C 7
ca    8 E    J
NX    
j*edk '  l>  E > E >\9 - > 9  
ca O]V^C.Y E  E  O J
  ;N Z NF N Z 
Então, finalmente,
(a) absorvido ab Og&O J.
 
(b) cedido ca  O J.
b b b
(c) efetivo bc m ca
PO6g   jn g J.
o
 p .
q p t
M
s u
(d) p r absorvido p  .
Q LQ ;vN
H L

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E.7
Para fazer gelo, um freezer extrai O kcal de calor de um reservaório a   C em cada ciclo. O coeficiente de

performance do freezer é g . A temperatura do ambiente é  C. (a) Quanto calor, por ciclo, é rejeitado para o

ambiente? (b) Qual a quantidade v para manter o freezer em funcionamento?
de trabalho por ciclo necessária

(a) A performance do freezer é dada por:
C
b
Z 
E o trabalho externo necessário é: -
b C Oaw6xy@
 g g kcal
g ;N 
Z b 
H m C
- 
`> g
H g m OEMw6xy@ O n g kcal
b ;N MN 

(b) g g kcal  kJ.
MN N

E-10.
Num ciclo de Carnot, a expansão isotérmica de um gás ideal acontece a O K e a compressão isotérmica a  K.
 N
Durante a expansão,  cal de calor são transferidas pelo gás. Calcule (a) o trabalho realizado pelo gás durante
a expansão térmica; (b) o calor rejeitado pelo gás durante a compressão isotérmica e (c) o trabalho realizado pelo
gás durante a compressão isotérmica.
 '[h  b b  
(a) Na expansão isotérmica, e . Portanto, cal  n J.
b
int

(b) Na compressão isotérmica também , mas o calor é liberado: N



   
 cal
C
C  H N g  g J
H O 
 N 
b  
(c) g cal  g& J.
N

E-15.
Para o ciclo de Carnot ilustrado na Fig. 22-9, mostre que o trabalho realizado pelo gás durante o processo bc (passo
 ) tem o mesmo valor absoluto que o realizado durante o processo da (passo O ).

  
O'[processo bc é a expansão adiabática, a temperatura inicial é e a final é e  . Então, pela primeira
h b H C

lei, int  . '[h '   


*ed j*ed >
int V V C  H E
b 
*ed > 
m V H  C E
  '[h b '[h
O processo da é a compressão adiabática, a temperatura inicial é C e a final é .  e
*ed >   b *ed >   b b
H int int

V H  C E . O trabalho é  V H  C E . Portanto, bc da .

P-20.
A
Uma bomba térmica é usada para aquecer um edifı́cio. Do lado de fora a temperatura é  C e dentro do edifı́cio
deve ser mantida a  C. O coeficiente de performance é 9 e a bomba injeta  9 Mcal de calor no edifı́cio por
NF
hora. A que taxa devemos realizar trabalho para manter a bomba operando? 

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O calor injetado, expresso em J/s, é:
>  9 3G
E >O  9 VzE
  v  n J/s
H
K |{ N 
Nv
O coeficiente de performance da bomba é dada por:
b
b C H b  } b H
 
Z 

A taxa de realização de trabalho necessária para operar a bomba vai ser então
b
H B  n
9 N  O W
B m  m Nv 
Z NX

P-24.
(a) Mostre que, quando um ciclo de Carnot é traçado num diagrama temperatura (Kelvin) versus entropia (T - S), o
resultado é um retângulo. Para o ciclo de Carnot mostrado na Fig. 22-19, calcule (b) o calor ganho e (c) o trabalho
realizado pelo sistema.

(a) Os dois processos isotérmicos do ciclo de Carnot vão produzir dois segmentos de reta, perpendiculares ao
eixo T no diagrama (T - S), e os dois processos adiabáticos ocorrem sem trocas de calor, produzindo dois segmentos
perpendiculares ao eixo S.
(b) No diagrama T - S, a área sob o segmento de reta ab fornece H e sob o segmento cd, fornece C :
l> O E >
H    E~V^  J
Z ;v  Z 
(c) Calculando C:
l>    
E >
C    EJVX  2 J
Z  ;v Z 
E, finalmente, o trabalho realizado pelo sistema é:
b  
H & C   2 g J


P-25.

Numa máquina de Carnot de dois estágios, uma quantidade de calor é absorvida à temperatura , o trabalho
b 
é feito e uma quantidade u é rejeitada à temperatura u pelo primeiro estágio. O segundo estágio absorve
b H H 
o calor rejeitado pelo primeiro, realiza um trabalho u , e rejeita uma quantidade de calor à temperatura .
H 7 7
Prove que a eficiência desta combinação é €‚ 5 €ƒ…„ .
€ ‚

Para o primeiro estágio da máquina pode-se escrever, de acordo com a equação (22-11),

u

uH 

Para o segundo estágio, igualmente, H



7  7
u u 
Essas relações permitem vincular e 7 através de u :
H  
 7  u
7
u 
H
H
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 7
7

H
O rendimento da máquina é então expresso por H


7
 


que é equivalente a H

o    7

ou seja, o rendimento da máquina é função das temperaturas extremas
H entre as quais opera o ciclo.

P-30.
Um mol de um gás ideal monoatômico é usado  
para realizar trabalho em uma máquina que opera seguindo o ciclo
 X3G2S Pa, e     m 7 . Calcule (a) o
mostrado na Fig. 22-21. Suponha que  ,  ,
trabalho realizado por ciclo; (b) o calor adicionado por ciclo durante o trecho de expansão  abc, e (c) a eficiência da
máquina. (d) Qual a eficiência de Carnot de uma máquina operando entre as temperaturas mais alta e mais baixa
que ocorrem neste ciclo? Compare esta eficiência com aquela calculada em (c).

(a) O trabalho lı́quido produzido por ciclo é igual à área do diagrama p - V da fig. 22-21. Calculando os trabalhos
correspondentes à expansão e à compressão, vem
 
b >   
E
     O O J
bc
  
b > 
da  E    g J 
b  
O  O   
ciclo  g g J
' h
[   
b  e ?*ed '  . As temperaturas nos
(b) No processo ab, int V estados inicial e final deste processo
são:
 
a  *,+ g K
NXMNN 
   
b *,+ O g K
vF;v 
`>  - - 
†C.Y E > N E \> 9 E > O
ab O]V^C.Y g  g E O 9 g J
  ; N Z vFMv NXMNN Z N  
j*"d > 
bc P c  bE

     n
c
c b 2  K
 b NXMN 

`>  - - 
†C.Y E > E >U9 E > 2 n 
bc PO]V^&C/Y   O gE   J
  MN Z N MN
F v Mv
X Z Nv ;N 

H ab m bc O 9 g& m    PO6gg6 J
N  Nv ; N 
(c) A eficiência da máquina pode ser calculada por
b 

‡ g 
   O
H Ogg6  

(d) A eficiência da máquina ideal de Carnot operando entre as mesmas temperaturas extremas seria:

 H g 
     NXMNN  g
2 n
Carnot
C   
NFMN

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Comparado o rendimento da máquina com o da máquina ideal, tem-se


 
  O 
    
Carnot  g  


O rendimento da máquina é de   do da máquina ideal.


P-36.
Um inventor afirma ter criado quatro máquinas, todas operando entre O K e  K. As caracterı́sticas de cada
 b 
máquina, por ciclo,b são as seguintes: máquina (a), H  J, C  g b J, N O J; máquina (b), H 
O O
J, C   b J, J; máquina (c), H  J, C   J, J; máquina (d), H  J,
n  2 v
C  J, J. Usando a primeira e a segunda leis da termodinâmica, verifique para cada máquina se
alguma destas leis está violada.

(a) Primeira lei da termodinâmica: '[h b
int ˆ
  

 C
H   g  J
'ih    
int  O   J
'ih
 , está violada a primeira lei. Para verificar a segunda lei, calcula-se o rendimento da máquina para 
Como int ‰

ser comparado ao rendimento da máquina ideal de Carnot operando entre as mesmas temperaturas:
b

‡ O
máq.  
H  
 
 H  C O   
Carnot  N  
H O 
Como  máq. Š

Carnot , a segunda lei não está violada.
(b)

H & C  J
'[h N

int   O  2 J
'[h N 

Como int ‰  , esta máquina também viola a primeira lei.
b
 ‡ O 9
máq.  
H  

Sendo  máq. ‹

Carnot , também está violada a segunda lei.
(c)

H 
& C    O J
'ih v 

int O  O 
b 
 ΠO
máq.  g
H  Mv
v
Esta máquina está de acordo com a primeira lei, mas viola a segunda, uma vez que  máq. ‹

Carnot .
(d)
 n  
H c C  J
'[h
int    
b 
 Π 
máq.  2
H  

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Esta máquina está de acordo com a primeira e a segunda leis.

E-41.
Suponha que a mesma quantidade de calor, por exemplo,   J, é transferida por condução de um reservatório a
O K para outro a (a) 2 K, (b)  K, (c)  K e (d)  v K. Calcule a variação de entropia em cada caso.
N Nv
 
(a) Se C  K,
')(   H Ž   
H v   J/K
H O ;v 
')(  C  
C v  J/K
C 2 Mv 
')( '[( ')(  n  J/K
H m c   m  
 Mv ;v  
(b) C  K
')(   C  
C v   J/K
C  MN
'[(  
  m    J/K
 Mv MN Mv
(c) C  K
N ')(   C   9 g
C v  J/K
c  
')(  N 9 g
  m    J/K
 Mv   
(d) C  K
Nv ')(   c  
c v  g J/K
C  
')(  Nv
  m   g   g J/K
Mv   

P-44.
A
Um cubo de gelo de 2 g a   C é colocado num lago que está a  C. Calcule a variação de entropia do

sistema quando o cubo de gelo atingir o equilı́brio térmico com o lago. O calor especı́fico do gelo é   cal/g. C.
( Sugestão: O cubo de gelo afetará a temperatura do lago?) 


É claro que o cubo de gelo não afeta a temperatura do lago. O gelo vai absorver calor para derreter e ter sua
A
temperatura final elevada até  C. Nessa transferência de calor, a variação de entropia do lago será negativa e a
do gelo, positiva. Começando a calcular as variações de entropia do gelo, tem-se:

')( €‘ `> †•6E >   - - g
gelo Cxe  AxP@ 2  • E * N   n cal/K
 Z   
€’”“ vN
> ˜•FE U> 9 A -
' (
) C— – F  xy@ 2•FE n
gelo  cal/K
g  N 
 N Z
')( € ‘ `> 2˜•6E >  Axy@ - 2• -*  9 9

água Cˆx água   E  O cal/K
 Z g  
€’ “ N
O calor cedido pelo lago para levar o gelo ao seu estado final de equilı́brio é:
l> 2˜•6EP™ >   - 9 axy@ - 2• - 
E > 2 > 
lago Axy@ 2  • E m m Axy@ 2  • E >  EDš  cal
 Z Z  Z Z 
A variação de entropia do lago vai ser:
-
')( Ž 2Axy@
 O6g cal/K
 99
lago
NF 
Z
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A variação de entropia do sistema é, então,


'[( 
 n m n
sistema   m  O cal/K
  N  NF;vv 
Já a variação de entropia do {P›œ{B  C/@ m @Cž~› 2
 * B  é:

')(
 Og m   n cal/K
NF NXMvv  

P-48.

Um mol de um gás ideal monoatômico evolui de um estado inicial à pressão p e volume V até um estado final à
pressão  e volume  , através de dois diferentes processos. (I) Ele expande isotermicamente até dobrar o vo-
lume e, então, sua pressão aumenta a volume constante até o estado final. (II) Ele é comprimido isotermicamente
até duplicar a pressão e, então, seu volume aumenta isobaricamente até o estado final. Mostre a trajetória de cada
processo num diagrama p-V. Para cada processo calcule, em função de p e de V: (a) o calor absorvido pelo gás
em cada parte do h
processo;
h
(b) o trabalho realizado pelo gás em (
cada
(
parte do processo; (c) a variação da energia
interna do gás, int,f  int,i e (d) a variação de entropia do gás, f  i.

 '[h b
(I) Expansão isotérmica: int  e ;
(a) e (b) 
b j+ ž- * 1Ÿ -*
ia ia  
X 
b '[h
Processo isocórico:  e int ;

¡d '  +)>  
af V N f  a E
  
   O  
a +Ž¢ f  + O a
 
n
+)> O 
af N  2E + 
 
(c) 
'[h n

int,iaf af 


(d) -*
')(   ia   ¡+ -*
ia  


')( ˆd € f
+ -* -*
O
 +
af V  N 
 N 
')( ')( €')a ( “ -* -*
l> 
(I) ia m af m E +  O + 
'[h b N 

(II) Compressão isotérmica: int  e ,
(a) e (b)
b ¡+ /- *  
 b
b

 
ib ib
 
b -*
ib ib   

Expansão isobárica: 
jd '  +)>  
 f  bE

bf P
 
f
>
 E    
 u
 f O b
b f  

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+)> O  
bf
   E + 
 
' 
b 
bf   >     E
£ 
 N 
(c) #   
'[h b n

int,bf bf  bf  v  
 z=  
(d) ')( + -*
ib  
  
'[( jd € f
+ -*  + -*
bf P   O 
 
'[( '[( '€ (
)
b
“  + -* -*
?>
(II) ib m bf   m E  O + 
')( ')( 
Sendo a entropia uma variável de estado, confirma-se que (I) (II) .

P-53.
Um mol de um gás monoatômico passa pelo ciclo mostrado na Fig. 22-24. (a) Quanto trabalho é realizado quando
o gás se expande de a até c pelo caminho abc? (b) Quais as variações de energia interna e entropia de b até c? (c)

Quais as variações de energia interna e entropia num ciclo completo? Expresse todas as respostas em termos de

, ,Re .
 b
(a) No caminho abc só há realização de trabalho no processo isobárico ab. ab é igual à área do gráfico sob o
 
segmento de reta ab: ' b
ab  
N 
(b) No processo isocórico bc, as temperaturas, inicial e final,
 são:
 
a +

  O 
O
 
b a a

 > O  E > 
a E j9 
c a

Para a variação da energia interna vem,
'ih *ed '  `>   + 
E > N + E >U9 
int,bc V OE a a
  v 
E para a variação de entropia, tem-se
 
')( j*"d € c
j*"d -* c
bc V   V 
b 
€ b
“
')( + -*
bc N 
 
(c) A variação da energia interna no ciclo deve ser nula. Pode-se confirmar isso calculando-se as variações asso-
ciadas aos processos ab e ca e somando-as ao já conhecido valor da variação
 no processo bc:

'[h '  n
*ed `>  
E > N + E > O 
int,ab V E + 
    

'[h *ed '  `>   6
E > N + E >   9 E
int,ca V +  
   

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'[h '[h '[h '[h n 6


l> E…T  
int,ciclo int,ab m int,bc m int,ca m 
 v  
Para calcular a variação de entropia no ciclo, também se precisa calcular a variação correspondente aos processos
ab e ca e somar os resultados ao valor já obtido para o processo bc. Começando pelo processo isobárico ab:
 
')( j*"d € b
`>  + E -* O  + -*
ab P   E > 
  
€ a
“

Como o processo ca não é nem a pressão, nem a volume constante, usam-se dois outros processos que levem o
sistema do estado c ao estado a. Considere-se primeiro um processo à pressão constante,  , no qual o volume
seja reduzido de O a  :  
c d

  c  d  
 9
   
d + +
O 
 
')( *ed € d
>  E > + - * 
?  + -*
cd P   E  
  O 
€ c
“
Agora, considere-se um processo a volume constante, que leve o sistema do estado intermediário d ao estado a:

')( *ed € a
?>  + E -*  -*
E > N
 +
da V   N 
    
€ d
“
E, finalmente, a variação de entropia no ciclo é:
')( ')( ')( ')( ')( l>   + -*
ciclo ab m bc m cd m da m N   N E  
  

22.3 Problemas Adicionais

P-56.
Um mol de um gás ideal é usado em uma máquina que opera seguindo o ciclo da Fig. 22-26. BC e DA são proces-
sos adiabáticos reversı́veis. (a) O gás é monoatômico, diatômico ou poliatômico? (b) Qual a eficiência da máquina?

(a) Considerando o processo adiabático BC e tomando os valores inicial e final para a pressão e o volume do
gráfico, vem 
>  E ! >   E !
 v 
N
£3ž&!¤3.e!  !e!
N v 
  SM¥ ! „ &Q;!
 

m§¦ O ¦ e ¦

N
O gás é, portanto, monoatômico.
(b) Para obter a eficiência do ciclo, é preciso calcular o calor absorvido e o calor liberado. No processo AB tem-se:
*ed ' 
AB P

Para obter a variação da temperatura neste processo, faz-se



 
A +


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 >  
E
B +   A

  
`>  - 
†C.Y E > + E >
AB + E 
   
No processo CD tem-se: ' 
c*ed
CD P

Calculando as variações de temperatura necessárias,
 
 B  B! 5 C  C! 5
H H 
  >   > 
+ ED! 5  c  Eœ! 5
H v H 
  
C +
 
No processo isobárico CD, vem
 C  D
 
C
 
D

  9 
 D  
 +   O + 
D C
 C
 v 
?>  A -  
 C/Y E > + E >  E 
 +
CD
  O 
A eficiência do ciclo é dada por:
o AB & CD
AB 
 

  &O 
 
  

P-57.

Um mol de um gás ideal monoatômico, inicialmente à pressão de  kN/m u e temperatura de  K expande a
partir de um volume inicial      m7 até  Ÿ   m7 . Durante
 a expansão, a pressão p e v o volume do gás
estão relacionados por  
 _
f f
?>  [3R2 7 E   ’ 5 „\¨
 
onde p está em kN/m u ,    e  Ÿ estão em m 7 e @   m 7 . Quais são: (a) a pressão final e (b) a temperatura final
do gás? (c) Qual o trabalho realizado pelo gás durante  a expansão? (d) Qual a variação de entropia do gás durante
a expansão? (Sugestão: use dois processos reversı́veis simples para achar a variação de entropia.)

(a) Simplesmente substituindo os dados fornecidos na relação dada para a pressão em termos do volume, vem


>  AC 7 E `> )3G 7 E   5 u „ 6     9 O[3R2 7
N/m u
  HJI ©M©  I ;© ©   

(b) Para a temperatura final tem-se:
    Ÿ  Ÿ
 
  Ÿ 
 >  9 O)3R27T"@6E > 
†C.7PE
Ÿ >   [3R2 T"@6E >    OO K
7 †C 7 E v Z 
 

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Para calcular o trabalho realizado pelo gás, vem:



b
 

 f “
f f _
b 
 a f  ’5 „\¨ 
 ’
f _˜ª f “ _2« f
b 
  ’\¨  @  5
 ¨ f
 ’
f _ ª f _ f _ «
b   5  5
  @ ’\¨  ¨ m ’U¨
ª «
b ?>   5 u
[3R2 7 E >   E   5
  m
  H H
ª «
b ?>   5
i3G 7 E  m   kJ
 H NF v 
(d) Para calcular a variação de entropia, consideram-se dois processos sucessivos pelos
'[h
quais o sistema passa do
  e b , tem-se
estado inicial ao final. Começando por um processo isotérmico a  K, no qual int
v
*,+ .- * ^Ÿ `>  †C.Y - E \> 9 O]V^C.Y
-
E >  
-  
E * 
 
O
 9
J
    M N Z v Z   N 

')(¬  
 g J/K
 v 
Considere-se agora um processo isocórico, no qual a pressão e a temperatura chegam aos valores finais:
b c*zd ' 
 e V


')(¬~¬ €‘ €‘
 j*zd
 V  

€ ’­“
2 € ’”“


')(¬~¬ *zd - * Ÿ ?> - > + -*  O O 9 
V   †C/Y E N E  J/K
     
 NF 
v
A variação de entropia é então
')( '[( ¬ ')( ¬~¬  9  n  J/K
m g  
 v NF  

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