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DE
R.H
Agosto - 2010
INTRODUÇÃO
“Somos o que fazemos, mas somos principalmente
o que fazemos para mudar o que somos”
(Eduardo Galeano)
Esta apostila foi elaborada com o objetivo de familiarizar você estudante a conhecer
um pouco do fascinante mundo da administração de empresas, com os conhecimentos
sobre os assuntos “Administração de RH”.
O êxito pessoal e empresarial do futuro administrador é um ingrediente
absolutamente essencial para o progresso das economias de mercado.
As transformações necessárias para a qualidade e competitividade empresarial
requerem pessoas-agentes de transformação.
Tal como foi nos tempos primitivos, quando o homem das cavernas descobriu como
moldar o barro, trabalhando a argila e fabricando os primeiros utensílios de cerâmica, a
ação empreendedora do homem lhe possibilitou intervir, transformar e dominar o meio
ambiente criando e inovando, avançando sempre na busca de novos patamares de
produção e melhores níveis de qualidade de vida.
Sabemos que a disputa está acirrada. Como se sabe, o desemprego é hoje uma
realidade mundial, como resultado do uso de novas tecnologias, entre outros fatores. A
globalização da economia, e o conseqüente redimensionamento de mercado e de pessoal
ampliaram a competitividade entre as empresas, elevando o patamar de exigência dos
empregadores.
É preciso estar preparado para enfrentar tais desafios e a preocupação deste curso
tem sido a de oferecer a qualificação ao trabalhador e ao estudante para que possam estar
preparados para o mercado de trabalho.
Sabemos que ainda há muito por fazer, pois é imenso o contingente de pessoas
que se interessam pela qualificação a cada dia. Eles aguardam com ansiedade a hora de
começar um curso, como o que você está iniciando agora.
ii
Pela ação empreendedora de milhares de brasileiros será construído um país
competitivo, com mais oferta de empregos, oportunidades e qualidade de vida para todos.
(Caderno de Estudos
Complementar)
iii
Introdução à Administração de Recursos Humanos
Fica evidenciado que a gestão de pessoal no início do século sofreu influência direta
da Teoria Clássica da Administração e em conseqüência disso apresentava características
coercitivas. O empregado era entendido apenas pelos seus aspectos físicos, não havendo
nenhuma preocupação com as questões humanas. Achava-se que somente as condições
materiais do trabalho faziam diferença na eficiência do trabalhador.
Entrementes, nas décadas de 20 e 30, nos Estados Unidos, surge a Escola das Relações
Humanas, que é o marco inicial do deslocamento da concepção do “Homo Economicus”,
indivíduo motivado apenas pelas condições materiais, para o “Homo Social”, indivíduo
motivado pelas condições psicossociais. Para Marras (op. cit., p. 23) “A ordem agora é
preocupar-se com o indivíduo, com suas necessidades e outras variáveis com as quais até
esse momento ninguém estava absolutamente preparado.” Todavia, a escola das relações
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humanas não deixou de levar em conta “o efeito das condições físicas do trabalho sobre a
produtividade” (Lodi, 1977, p. 67).
Após a Segunda Guerra Mundial, o movimento das relações humanas cede lugar ao
Behaviorismo, “o qual, embora fundamentando também suas bases no comportamento, era
uma crítica à escola das relações humanas pela sua singeleza e empirismo em ao entender
que a simples satisfação no trabalho pudesse gerar, por si só a eficiência.” (Marras, 2000, p.
23). A partir da abordagem behaviorista surgem os primeiros estudos sobre liderança,
autocratismo, democracia no trabalho e motivação humana. A função até então operacional
do chefe de pessoal sobe para o degrau tático da estrutura organizacional. As novas
atribuições que lhe foram acrescentadas lhe exigiram o desenvolvimento de habilidades
voltadas à negociação, haja vista o notável fortalecimento dos sindicatos de trabalhadores
ocorrido no período.
Gil (op. cit., p. 15) ainda registra que “Começa-se a falar em Administração de
Recursos Humanos na década de 60, quando essa expressão passou a substituir (...)
Administração de Pessoal e Relações Industriais.” A administração de recursos humanos
surge a partir dos conceitos originários da Teoria Geral dos Sistemas.
Isso quer dizer que o estudo da organização a partir da sua fragmentação em unidades
menores é substituído pela visão da organização como um sistema integrado, composto por
um conjunto de subsistemas interdependentes, atuando na consecução de objetivos. A área de
recursos humanos passa a ser considerada como um dos subsistemas desse novo modelo
organizacional “Por sua vez, nas empresas são identificados sistemas dinâmicos e, por isso
mesmo, em contínua interação, tais como sistema financeiro, informática, compras,
‘marketing’, recursos humanos etc.” (Nascimento, 1997, p. 4).
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Na Fase Contábil (até 1930) também conhecida como fase pré-histórica, havia apenas
a preocupação com os custos da organização e os funcionários eram vistos exclusivamente
sob o ponto de vista financeiro. A única ocupação era com o cômputo e o pagamento das
horas realizadas na produção.
Durante a Fase Tecnicista (1950 até 1965) a função de RH foi elevada ao status
orgânico de gerência. Nessa fase passa-se a operacionalizar serviços de treinamento,
recrutamento e seleção, cargos e salários, higiene e segurança no trabalho, benefícios e
outros. Esse período representou um grande avanço na qualidade das relações entre capital e
trabalho.
E por fim, surge a Fase Estratégica (1985 até os dias de hoje), marcada pela
introdução dos primeiros programas de planejamento estratégico de recursos humanos,
atrelados ao planejamento estratégico central das organizações. Surgem as primeiras
preocupações de longo prazo das empresas em relação aos seus trabalhadores. O cargo de
gerente de recursos humanos ascende do nível tático ao nível estratégico das organizações,
agora com o status de diretoria.
Nos dias de hoje, o que não faltam são opções para a formação dos profissionais que
pretendem ingressar ou se aprimorar na área de RH. Os cursos de Administração ministrados
pelas faculdades têm dado muita ênfase à disciplina, sem falar em algumas instituições que já
oferecem cursos superiores específicos em administração de RH. A grande questão que fica é
se essas faculdades têm verdadeiramente formado profissionais de recursos humanos com as
competências exigidas para o cenário atual.
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Atualmente, o sistema de RH é formado por um conjunto de subsistemas interagentes
e interdependentes, que executam individualmente cada uma das funções da administração de
recursos humanos. Para Nascimento (1997, p. 5) “A atividade de RH só pode se manifestar
plenamente no chamado ‘sistema administrativo aberto’”, haja vista a sua relação direta com
os seus ambientes interno e externo.
Assim sendo, o grande desafio que se lança àqueles que de alguma maneira, estão
envolvidos com a área de RH é o de repensar a sua estrutura face às novas tendências que se
apresentam. O modelo tradicional de gestão de pessoas não é eficaz para os novos tempos,
pois exaure valores em vez de agregá-los, haja vista suas características eminentemente
burocráticas.
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‘cansados’, esgotados, sem dar o retorno que se espera em termos de quantidade e
qualidade.” (Marras, 2000, p. 255).
Essa postura precisa ser alterada com urgência. Ulrich (op. cit., p.35) analisa a
situação: “Devemos nos livrar do departamento de Recursos Humanos (RH)? (...) De fato, se
a área de RH tivesse de permanecer configurada como atualmente está em muitas empresas,
eu teria de responder à pergunta acima com um ressonante ‘Sim, devemos aboli-la’”. Não é
mais justificável que as empresas tolerem em suas estruturas, departamentos de recursos
humanos burocráticos e que não conseguem desenvolver nada mais além daquelas atividades
tradicionais. Portanto, conclui-se que o modelo de gestão de recursos humanos utilizado pela
maioria das organizações brasileiras, precisa ser reformulado com urgência, haja vista as
novas tendências que se apresentam para esse setor.
Administração de Cargos
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cargos relacionam as tarefas, os deveres e as responsabilidades do cargo, enquanto as
especificações de cargos, se preocupam com os requisitos necessários ao ocupante. Assim, os
cargos são preenchidos de acordo com essas descrições e especificações.
3.1. Conceito
Cargo
Cabe ressaltar, no entanto, que o cargo é estruturado segundo as atribuições para ele
(cargo) definidas.
Função
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Podemos afirmar que caracteriza a função de um cargo, o papel ou tipo de
colaboração que o ocupante de um cargo, exerce para a conscientização de uma atividade
relativa a um órgão.
Avaliação de Cargos
A análise das tarefas atribuídas a cada cargo se faz em função de fatores comuns, em
obediência a um dos quatros sistemas existentes: “Job Ranking”, Sistema de Graus
Predeterminados, Sistema de Comparações de Fatores, Sistema de Avaliação por Pontos.
Muitas organizações procuram ajustar o salário dos cargos por meio de pesquisas de
mercado. Essas organizações, logicamente, nunca resolverão plena e satisfatoriamente a
questão devido às limitações das pesquisas. Em primeiro lugar, só se consegue pesquisar uma
parte dos cargos e, em segundo, a informação de mercado está sujeita a erros de comparação
e de cálculos. Portanto, se a organização não dispuser de um ordenamento internos dos
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cargos, ela não conseguirá estender os dados de mercado a todos os cargos e não poderá
avaliar se esses dados são confiáveis.
Classificação de Cargos
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cargos mensalistas (de supervisão; de execução) e cargos horistas (especializados,
qualificados e não qualificados ou braçais).
O método da comparação por fatores exige as seguintes etapas que devem ser
desenvolvidas após a análise de cargos: escolha dos fatores de avaliação, definição do
significado de cada um dos fatores de avaliação, escalonamento dos fatores de avaliação e
avaliação nos cargos de referencia.
A avaliação dos fatores é o nome dado para aquela parte do trabalho que atribui
valores monetários para cada fator.
• Método de avaliação por pontos, criado pelo americano Merrill R. Lott, rapidamente
se tornou o método de avaliação de cargos mais usado nas empresas. É o mais
aperfeiçodo e utilizado entre os métodos. A técnica é analítica: cargos são comparados
através de fatores de avaliação em suas partes componentes. É também uma técnica
quantitativa: são atribuídos valores numéricos (pontos) para cada elemento ou aspecto do
cargo e um valor total é obtido pela soma dos valores numéricos (contagem de pontos).
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d) Permite definir critérios e estruturar o sistema salarial;
Em uma organização, cada função ou cada cargo tem o seu valor individual.
Somente se pode remunerar com justiça e equidade o ocupante de um cargo, se conhecer o
valor desse cargo em relação aos demais cargos da organização, além da situação do mercado
de trabalho. Como a organização é um conjunto integrado de cargos em diferentes níveis
hierárquicos e em diferentes setores de especialidades, a Administração de Salários é um
assunto que abarca a organização como um todo, repercutindo em todos os seus níveis e
setores.
O salário representa para as pessoas uma transação das mais complicadas, pois
quando uma pessoa aceita um cargo ele está se comprometendo a uma rotina diária, a um
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padrão de atividades e a uma ampla faixa de relações interpessoais dentro de uma
organização, para tanto, recebendo salários. O salário é a fonte de renda que define o padrão
de vida de cada pessoa, em função do seu poder aquisitivo.
Conceitos de salário:
c) Salário Direto - é a quantia em dinheiro recebida pelo funcionário ao final de cada mês.
d) Salário Indireto - são benefícios concedidos aos funcionários pela empresa, que
acrescentam valores ao salário tais como: plano de saúde, pagamento integral ou parcial
de curso superior, pagamento de cursos de idiomas, fornecimento de tickets restaurantes,
tickets alimentação, pagamento integral ou parcial de escola para os filhos dos
funcionários, etc.
Salário Nominal
Características:
- Quando se tem uma economia inflacionaria, este salário, quando não é atualizado
periodicamente, sofre desvalorização.
Remuneração
Características:
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O salário pago ao cargo ocupado, constitui somente uma parcela do pacote de
compensação que as empresas costumam oferecer aos seus empregados. A remuneração
geralmente é feita através de muitas outras formas além do pagamento em salário: uma
considerável parte de remuneração total é constituída em benefícios sociais e de serviços
sociais. Estes serviços e benefícios sociais constituem custos de manter pessoal.
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Recrutamento
Conceito
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Determinação das necessidades de mão-de-obra
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potenciais, estão trabalhando em alguma empresa, inclusive na nossa. Daí os dois meios de
recrutamento: o recrutamento interno e o externo.
Recrutamento Interno
a) Transferencia de pessoal;
b) Promoções de pessoal;
a) Resultados obtidos pelo candidato interno nos testes de seleção a que se submete quando
de seu ingresso na organização;
d) Análise e descrição do cargo atual do candidato interno e do cargo que está sendo
ofertado, a fim de se avaliar a diferença entre ambos e dos requisitos adicionais que se
farão necessários.
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f) Condições de promoção do candidato interno (se está no ponto de ser promovido) e de
substituição (se o candidato interno já tem substituto preparado para seu lugar).
Para que possa funcionar bem, o recrutamento interno exige uma coordenação do
órgão de recursos humanos com os demais órgãos.
• É uma forte e poderosa forma de motivação para os empregados, desde que estes
vislumbrem a possibilidade de crescimento dentro da organização através das
oportunidades oferecidas àqueles que apresentam condições para a sua futura promoção.
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• Não pode ser feito em ternos globais dentro da organização. A idéia de que quando o
presidente se afasta, a organização pode admitir um aprendiz de escritório e promover
todo os demais níveis, já foi enterrada há muito tempo. Para não prejudicar o patrimônio
humano, o recrutamento interno deve ser efetuado à medida em que os candidatos
internos tenham condições de igualarem-se aos candidatos externos.
g) Contatos com outras empresas que atuam no mesmo mercado, em termos de cooperação
mútua;
i) Agências de recrutamento;
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desenvolvido de maneira contínua e sistemática, a organização pode dispor de candidatos a
um custo muito menor de processamento.
• Traz “sangue novo” e experiências novas para a organização. A entrada de novas pessoas
ocasiona sempre uma importação de idéias novas, de diferentes abordagens dos problemas
internos da organização e, quase sempre, uma revisão da maneira pela qual os assuntos
são conduzidos dentro da empresa. Com o recrutamento externo é possível obter
informações do que ocorre de importante em outras empresas;
• É mais caro e exige inversões e despesas imediatas com anúncios, jornais, honorários de
agências de recrutamento, despesas operacionais relativas a salários e encargos sociais da
equipe de recrutamento, material de escritório, formulários, etc;
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• Quando monopoliza as vagas e as oportunidades dentro da empresa, pode frustrar o
pessoal que passa a visualizar barreiras, fora de seu controle, para o seu crescimento
profissional;
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seus recursos humanos, ao mesmo tempo em que cria condições de sadia competição
profissional.
É usada para definir a flutuação de pessoal entre uma organização e o seu ambiente
externo. O intercâmbio de pessoas entre a organização e ambiente é definido pelo volume de
pessoas que ingressam e que saem da organização. Geralmente, a rotatividade de pessoal é
expressa por meio de uma relação percentual entre as admissões e os desligamentos com
relação ao número médio de participantes da organização, no decorrer de certos período de
tempo. Quase sempre, a rotatividade é expressa em índices mensais para permitir
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comparações, sejam para desenvolver diagnósticos, sejam para promover providências, ou
sejam ainda com caráter preditivo.
5 Seleção
6.1 Conceito
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A seleção de recursos humanos pode ser definida singelamente como a escolha do
homem certo para o cargo certo, ou, mais amplamente, entre os candidatos recrutados,
aqueles mais adequados aos cargos existentes na organização, visando manter ou aumentar a
eficiência e o desempenho do pessoal, bem como a eficácia da organização.
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disputando a mesma vaga. Nestes termos, a seleção passa a se apresentar em dois tipos de
processo: processo de comparação e processo de decisão.
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6.2.2 Seleção como um processo de decisão
Uma vez feita a comparação entre características exigidas pelo cargo e a s oferecidas
pelos candidatos, pode acontecer que vários destes tenham condições aproximadamente
equivalentes para serem indicados ao órgão requisitante, a fim de ocupar o cargo vago. O
órgão de seleção (staff) não pode impor ao órgão requisitante (linha) a aceitação dos
candidatos aprovados no processo de comparação. A decisão final de aceitar ou não os
candidatos é sempre de responsabilidade do órgão requisitante. Assim, a seleção é
responsabilidade de linha (de cada chefe) e função de staff (prestação de serviços pelo órgão
especializado).
b) Modelo de seleção – quando existem vários candidatos e apenas uma vaga a preencher.
Cada candidato é comparado com os requisitos exigidos pelo cargo que se pretenda
preencher, ocorrendo duas alternativas: aprovação ou rejeição. Se rejeitado, é dispensado
do processo, porque, para o cargo vago, há vários candidatos, e apenas um poderá ocupá-
lo.
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6.2.3 Métodos de Seleção
As informações a respeito do cargo a ser preenchido podem ser colhidas através de:
• Facilidade no relacionamento;
• Resistência a frustração;
• Verbalização fácil;
• Boa memória;
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São consideradas características indesejáveis
• Irritabilidade fácil;
• Introversão;
• Impaciência;
• Dificuldade de expressão;
• Dificuldade no relacionamento;
• Pouca memória;
• Dispersão mental;
d) Análise do cargo no mercado quando se ratar de algum cargo novo, sobre o qual a
organização ainda não tem nehuma definição, nem mesmo o chefe direto. Existe a
alternativa de verificar, em organizações similares, cargos comparáveis, seu conteúdo, os
requisitos e as características do seus ocupantes.
e) Hipótese de trabalho - caso nenhuma das alternativas acima possa ser utilizada, resta o
emprego de uma hipotese de trabalho, ou seja, uma previsão aproximada do conteúdo do
cargo e sua exigibilidade em relação ao ocupante (requisitos e características necessárias),
como simulação inicial.
7 Análise Profissiográfica
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Com essa ficha, o órgão de seleção pode estabelecer as técnicas de seleção mais
adequadas ao caso.
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FICHA PROFISSIOGRÁFICA
Cargo:_____________________________________
Seção:_____________________________________
Descrição do cargo:___________________________
___________________________________________
Equipamentos de trabalho:____________________
___________________________________________
Escolaridade:________________________________
Relacionamento Humano:______________________
___________________________________________
___________________________________________
Tipo de atividade:____________________________
Características psicológicas do ocupante :_________
___________________________________________
Características físicas do ocupante:______________
___________________________________________
a) Entrevista de seleção:
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(entradas) para verificar suas reações (saídas) e, como isto, estabelecer as possíveis relações
de causa e efeito ou verificar seu comportamento diante de determinadas situações.
• Orais: são as provas aplicadas verbalmente por meio de perguntas e respostas orais.
Funcionam quase como uma entrevista., mas apenas com perguntas verbais especificas
objetivando apenas respostas especificas;
• Escritas: são as provas aplicadas por meio de perguntas e respostas escritas. São as provas
comumente realizadas nas organizações e em nossas escolas para aferir conhecimentos
adquiridos;
• Provas gerais: são as provas que afetam noções de cultura geral ou de generalidade de
conhecimentos.
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expositivas ou tradicionais são amplamente utilizadas em nossas escolas nas provas
bimestrais ou semestrais.
• Provas mistas: são as provas que utilizam tanto perguntas dissertativas, como itens em
forma de testes.
c) Testes psicométricos
O termo teste designa um conjunto de provas que se aplica a pessoas para apreciar
seu desenvolvimento mental, suas aptidões, habilidades, conhecimentos, etc. Na realidade, o
teste é uma medida de desempenho ou de execução, seja através de operações mentais ou
manuais. O teste é geralmente utilizado para servir de base para melhor conhecer as pessoas
nas decisões de emprego, de orientação profissional, de avaliação profissional, etc. Os testes
psicométricos constituem uma medida objetiva e estandardizada de amostras do
comportamento das pessoas. Sua função é analisar essas amostras de comportamento humano,
examinando-as sob condições padronizadas e comparando-as com padrões baseados em
pesquisas estatísticas.
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O resultado dos testes psicométricos de uma pessoa é comparado com os padrões de
resultados alcançados por uma amostra representativa de pessoas e, assim, enquadrado em
percentis. Os testes psicométricos focalizam generalizar e prever aquele comportamento em
determinadas formas de trabalho.
Os testes psicométricos baseiam-se nas diferenças individuais das pessoas que podem
ser físicas e intelectuais, tomadas como padrão de comparação. Assim, os resultados dos
testes de uma pessoa são comparados com as estatísticas de resultados, recebendo valores em
percentis em ralação ao padrão de comparação.
APTIDÃO
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CAPACIDADE
d) Testes de personalidade
e) Técnicas de simulação
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cena, assume um papel e permanece em um palco circular rodeado por outras pessoas –
contexto grupal – que assistem a sua atuação e podem vir ou não a participar da cena.
Essas técnicas são intensamente utilizadas nos cargos que exijam forte componente
de relacionamento interpessoal, como direção, gerência, supervisão, etc. O erro provável,
intrínseco a qualquer processo seletivo pode ser sensivelmente reduzido e, inclusive, o
próprio candidato pode verificar sua adequação ou não ao cargo pretendido pela simulação, a
partir da previsão de uma situação que futuramente terá de enfrentar. A simulação promove
retroação e deve ser necessariamente conduzida por psicólogos e não por leigos.
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Fase 6: Aplicação de testes de personalidade
Por isso podemos dizer que a seleção contribui para a política de RH,
complementado o recrutamento, selecionando a mão-de-obra, de forma correta, sendo
também de vital importância para a política de RH, pois faz parte do processo inicial.
Nenhuma política de RH será satisfatória se o processo de seleção não for.
8 Treinamento
8.1. Conceitos
A atividade de treinamento é caracterizada por uma área especifica da ARH que diz
respeito às expectativas atuais e futuras em relação ao conjunto de conhecimentos,
habilidades e atitudes de cada trabalhador.
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É dentro desse contexto que classificamos o treinamento como sendo de caráter
positivo e corretivo.
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um nível satisfatório, mas também averiguar os setores da empresa que reclamam uma
atenção imediata dos responsáveis pelos treinamento.
j) Análise de cargos
37
futuras necessidades de treinamento (indicadores à priori) ou problemas decorrentes de
necessidades de treinamento já existentes (indicações à posteriori).
• Modernização do maquinário;
Problemas de produção;
• Baixa produtividade;
• Comunicações defeituosas;
Problemas de pessoal
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• Relações deficientes entre o pessoal;
• Falta de cooperação;
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8.3. Métodos de Treinamento
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internos, as noções sobre a proteção e segurança do trabalho, o cargo a ocupar – natureza
do trabalho, horários, oportunidades de promoção, o supervisor do novo empregado –
apresentação, as relações do cargo com os outros cargos e a descrição detalhada do cargo.
c) A cooperação dos chefes e dirigentes da empresa – o treinamento deve ser feito com
todo o pessoal da empresa, em todos os níveis e funções. Sua manutenção envolve uma
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quantidade considerável de esforço e de entusiasmo por parte de todos aqueles que
estejam ligados aos assuntos abordados, além de implicar um custo que deve ser encarado
como investimento que capitalizará dividendos a médio e curto prazos e não uma despesa
inativa.
a) Qual a necessidade?
d) Qual é a causa?
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l) Qual o custo provável do treinamento?
- Aulas expositivas:
- Dramatização;
- Simulações e jogos;
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- Instrução programada, etc.
b) Redução do absenteísmo;
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f) Mudança de atitude e de comportamento das pessoas.
a) Aumento de produtividade;
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9. Avaliação de Desempenho
As práticas de avaliação de desempenho não são novas. Desde que uma pessoa deu
emprego a outra, seu trabalho passou a ser avaliado em termos da relação entre custo e
beneficio.
9.1. Conceito
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b) Método da Escolha Forçada – esse método de avaliação de desempenho foi desenvolvido
por uma equipe de técnicos americanos, durante Segunda guerra mundial, para a escolha
de oficiais das forças armadas americanas que deveriam ser promovidas. O método da
escolha forçada aplicado experimentalmente possibilitou resultados amplamente
satisfatórios, sendo posteriormente adaptado e implantado em várias empresas. Esse
método consiste em avaliar o desempenho dos indivíduos por intermédio de frases que
descrevem alternativas de desempenho individual. Em cada bloco, ou conjunto composto
de duas, quatro ou mais frases, o avaliador deve escolher forçosamente apenas uma ou
duas que se aplicam ao desempenho avaliado. Daí a denominação de “Escolha Forçada”.
d) Método dos incidentes críticos – esse método baseia-se no fato de que no comportamento
humano existem características extremas capazes de levar a resultados positivos e sucesso,
ou resultados negativos e fracassos. O método não se preocupa com características
situadas dentro do campo da normalidade, mas com aquelas características extremamente
positivas ou negativas. Trata-se de uma técnica por meio da qual o superior imediato
observa e registra os fatos excepcionalmente positivos e os fatos excepcionalmente
negativos do desempenho de seus subordinados.
f) Método de frases descritas – este método é diferente do método de escolha forçada apenas
por não exigir obrigatoriedade na escolha de frases. O avaliador assinala as frases que
caracterizam o desempenho do subordinado, e aquelas que demonstram o oposto de seu
desempenho.
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1) Vantagens e Desvantagens do Método das Escalas Gráficas:
b) Permite uma visão integrada e resumida dos fatores de avaliação, ou seja, das
características de desempenho mais realçadas pela empresa e a situação de cada
empregado diante delas;
b) Sua aplicação é simples e não exige preparo intenso ou sofisticado dos avaliadores;
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d) É um método fundamental comparativo e discriminativo e apresenta resultados
globais, discrimina apenas os empregados bons, médios e fracos, sem informações
maiores;
f) Deixa o avaliador sem noção alguma do resultado da avaliação que diz respeito aos
seus subordinados.
AVALIADOR:
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Conforme a política de RH adotada pela organização, a responsabilidade pela
avaliação de desempenho das pessoas pode ser atribuída ao gerente, ao próprio indivíduo, ao
indivíduo e seu gerente conjuntamente, à equipe de trabalho, ao órgão de RH ou a uma
comissão de avaliação de desempenho. Cada uma dessas seis alternativas envolve uma
filosofia de ação.
AVALIADO:
a) Avaliação feita pelo gerente – na maior parte das organizações, cabe ao gerente a
responsabilidade de linha pelo desenvolvimento de seus subordinados e por sua avaliação.
Nelas, quem avalia o desempenho do pessoal é o próprio gerente ou supervisor, com
assessoria do órgão de RH que estabelece os meios e os critérios para tal avaliação.
Quando o gerente ou o supervisor não tem conhecimentos especializado para projetar,
manter e desenvolver um plano sistemático de avaliação das pessoas, o órgão de gestão de
pessoas entra como uma função de staff para montar, acompanhar e controlar o sistema,
enquanto cada chefe mantém sua autoridade de linha avaliando o trabalho dos
subordinados por meio do esquema traçado pelo sistema. Modernamente, esta linha de
trabalho tem proporcionar maior liberdade e flexibilidade para que cada gerente seja
realmente o gestor de seu pessoal.
b) Avaliação feita pelo próprio indivíduo – nas organizações mais democráticas, é o próprio
indivíduo é o responsável pelo seu desempenho e avaliação do mesmo. Nessas
organizações utiliza-se a auto-avaliação do desempenho, em que cada pessoa se auto-
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avalia quanto à sua performance, eficiência e eficácia, tendo em vista determinados
parâmetros fornecidos pelo gerente ou organização.
c) Avaliação feita pelo indivíduo e por seu gerente – modernamente, as organizações estão
adotando um avançado e dinâmico esquema de administração de desempenho. Essa nova
política é essencialmente democrática, participativa, envolvente e fortemente motivadora,
onde o avaliado e o avaliador chegam a um consenso sobre a avaliação.
d) Avaliação feita por uma equipe de trabalho – outra alternativa consiste em fazer com que
a própria equipe de trabalho avalie o desempenho de cada um de seus membros e
programe com cada um deles as providências necessárias para melhorá-las cada vez mais.
Neste caso, a equipe se torna responsável pela avaliação de desempenho de seus
participantes e define seus objetivos e metas.
e) Avaliação feita pelo órgão de gestão de pessoal – trata-se uma alternativa comum em
organizações mais conservadoras, mas que está sendo abandonada, por seu caráter
extremamente centralizador e burocrático. Neste caso, cabe ao órgão de RH a
responsabilidade pela avaliação de desempenho de todas as pessoas da organização. As
informações sobre o desempenho passado das pessoas são obtidas com cada gerente e
processadas e interpretadas, gerando relatórios ou programas de providências que são
coordenados pelo órgão de RH.
g) Avaliação 360º - trata-se de uma recente inovação de desempenho. Cada pessoa é avaliada
pelos diversos elementos que compõem seu entorno. Isto significa que todas as pessoas
com a qual a pessoa mantém alguma forma de integração ou intercâmbios participam da
avaliação de seu desempenho.
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preciso descer a um nível maior de profundidade, localizar causas e estabelecer perspectivas
em comum acordo com o avaliado.
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apenas laurear os empregados de excepcional rendimento, devendo também devem os menos
dedicados.
Poder: Quem tem poder na organização? Até que ponto esse poder é distribuído? Qual
o grau de centralização ou descentralização da autoridade? Quem determina as recompensas?
O clima mapeia o ambiente interno que varia segundo a motivação dos agentes.
Aprende suas reações imediatas, suas satisfações e suas insatisfações pessoais Desenha um
retrato dos problemas que a situação do trabalho, a identificação como a organização e a
perspectiva de carreira eventualmente provocam na cultura organizacional.
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Uma reformulação organizacional muitas vezes inclui mudanças significativas nos
valores que a organização está tentando alcançar, nos papéis que as pessoas devem
desempenhar, nas pressuposições e na visão global que governam o comportamento e nas
características concretas da organização.
a) A mudança organizacional não ocorre a menos que haja um forte motivo para mudar. A
razão para a mudança precisa estar ligada intimamente à estratégia da empresa, embora
possa e deva ser acompanhada por uma forte orientação pessoal.
b) A liderança é fator crítico no processo de mudança. A mudança não ocorrerá sem energia,
orientação e comprometimento por parte da Direção. Parte do papel da liderança está em
articular - ou ajudar a organização a articular - os motivos que levam à mudança. Como a
mudança é freqüentemente motivo de resistência, deve estar claro na cabeça dos líderes
que para mudar, as pessoas devem ter todas as informações, habilidades e recursos, da
mesma forma como lhes são dadas para outras responsabilidades organizacionais.
c) As organizações são sistemas integrados, nos quais a mudança num aspecto vai pedir
mudança em outros. O sistema será mais eficiente à medida que seus vários componentes
se encaixarem. É importante se ter bem claro que intervenções limitadas terão impacto
limitado.
d) A mudança envolve tanto o projeto técnico como processos humanos eficazes. Esses dois
aspectos são as duas faces da mudança. Um fracasso em qualquer área pode evitar que a
mudança aconteça. Gerenciar a mudança envolve a compreensão e saber lidar com a
resistência, com o aprendizado individual e coletivo e com a dinâmica natural da
transição.
É natural a existência de pessoas que não podem ou não querem fazer a transição,
portanto algum turnover de pessoal acontece. Gerenciar o lado "pessoas" da mudança
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significa desenvolver e entender o que é esperado, ter claro o conjunto de habilidades para o
novo comportamento, reforço da mudança quando esta ocorrer, e direção e acompanhamento
aos que minam as normas de aprendizado que a organização tenta estabelecer.
h) A mudança será um aspecto factual para as organizações nas próximas décadas. Essa
necessidade de mudança contínua é resultante dos avanços tecnológicos; o desdobramento
da economia global; a diversidade cada vez maior da força de trabalho; mudanças nas
estruturas econômicas e financeiras locais e globais; problemas ambientais complexos;
desregulamentação; e todas essas condições exigirão o desenvolvimento de habilidades
que a organização nunca teve antes.
55
É de suma importância que se inicie com uma definição para a palavra “tendência”,
haja vista a sua importância para um bom desenvolvimento e compreensão deste tópico. Vale
ressaltar que uma interpretação diferente da que será dada a seguir poderia comprometer o
seu correto entendimento.
Para atender ao escopo deste trabalho, a palavra “tendência” deverá ser sempre
entendida como uma realidade ou paradigma. Sendo assim, todas as vezes que é mencionada
a expressão “as novas tendências para a área de recursos humanos” o seu significado para o
presente trabalho será: as novas realidades ou paradigmas apresentados para a área de RH.
“O desafio que sempre tivemos – mesmo que não tenhamos escutado a mensagem de forma
tão clara quanto hoje é o de contribuir para que a organização atinja os resultados
desejados, através de Pessoas e Processos. Os resultados são e sempre foram a razão de ser,
a medida do sucesso e o ponto de chegada, para o qual – mesmo navegando por mares
56
nunca dantes navegados, com maremotos e calmarias – os remos ou motores são e vão
continuar a ser Pessoas e Processos” (Costa, 2000, p. 20).
De acordo com a tendência para os resultados, o RH “não deveria ser definido pelo
que faz, mas pelo que apresenta - resultados que enriquecem o valor da empresa para
clientes, investidores e funcionários.” (Ulrich, 2000, p. 35). Seguindo então esta lógica, são
apresentadas abaixo, cinco novas tendências que devem influenciar a gestão de pessoas nas
organizações.
“(...) que é a revolução da gestão, através de mudanças nos valores e práticas no trabalho,
neste século extraordinário que começou com as pessoas sendo chamadas de material
humano, semoventes, e que termina falando em patrimônio humano, no mais importante dos
patrimônios, e, prenunciando um novo século, que começará com as Pessoas sendo mais do
que o principal recurso: será também um dos clientes dos resultados” (Costa, 2000, p. 9).
57
Algumas outras importantes mudanças têm sido experimentadas pelas organizações: o
enxugamento das estruturas; a elevação do nível de exigência para o preenchimento dos
cargos; o fim do emprego vitalício; a multifuncionalidade de funções atribuídas aos cargos e a
diminuição dos níveis salariais. Sem falar no impacto que essas transformações tem causado
no comportamento das pessoas, gerando instabilidade, insegurança e resistência a tudo o que
aparece de novo na organização. Diante deste quadro, a função RH passa a ser mais do que
nunca, a principal responsável pela gestão do processo de mudança organizacional. Para
tanto, precisa assumir a “tarefa de desenvolver a capacidade da empresa, aceitar a mudança
e capitalizar-se com ela.” (Ulrich, 2000, p. 45).
Como o processo de mudança tem como principal obstáculo a resistência das pessoas,
“O papel do RH como agente de inovação é substituir resistência por resolução,
planejamento por resultados e medo da mudança por entusiasmo ante as possibilidades.”
(Ulrich, op. cit., p. 45). Porém, a grande questão que se coloca é como se operacionalizar
isso. Marras (2000) propõe algumas técnicas que o RH moderno pode utilizar para alavancar
o processo de mudança organizacional:
58
d. Estruturas organizacionais – é a configuração de desenhos estruturais
enxutos que permitam o rodízio de atividades entre si e a participação
integrada das equipes de trabalho. São estabelecidos poucos níveis
hierárquicos e com maior distribuição de responsabilidades entre os
níveis operacionais; e
“Na era pós-industrial, o sucesso de uma empresa reside mais em suas capacitações
intelectuais e de sistemas que em seus ativos físicos. A capacidade de gerenciar o intelecto
humano – e de convertê-lo em produto e serviço útil – está rapidamente se tornando a
habilidade executiva fundamental do momento. Como resultado, as pessoas têm se
interessado por capital intelectual, criatividade, inovação e organização que aprende. Mas
surpreendentemente, pouca atenção tem sido dada ao gerenciamento do
intelecto profissional” (Ulrich, 2000., p. 275).
Como capital humano entende-se conhecimento, experiência, poder de inovação,
habilidades e competência das pessoas que trabalham na empresa, o que, obviamente, não é
propriedade da organização.
Assim sendo, para que seja possível gerenciar e motivar pessoas de forma eficaz, é de
suma importância a utilização de mecanismos capazes de torná-las competentes, explorando
ao máximo o seu potencial de desempenho. Tais mecanismos, na visão de Ulrich (op. cit.)
são:
59
melhores profissionais se torna mais difícil e complicada. Os profissionais
mais qualificados querem trabalhar com o que existe de melhor em seu
campo, e compete as organizações que pretendem atrair potenciais para
compor o seu capital intelectual, dispor de técnicas de recrutamento e
seleção que lhe permitam atingir esse objetivo com eficácia;
Hoje em dia, a busca pela excelência organizacional não pode mais ser vista como um
“artigo de luxo” para as organizações brasileiras, ou a empresa tem qualidade ao nível dessa
excelência, ou está fora do mercado.
“Se estamos à busca da excelência – e temos que estar até para sobreviver, numa era em
que qualidade nos permite entrar em campo, mas não mais garante que se ganhe o jogo –
temos que dispor das respostas adequadas. Mas nossas respostas ficam obsoletas cada vez
com mais velocidade, pelo que temos que estar continuamente sintonizados com as novas
realidades, que redefinem as nossas realidades. Mas falar de novas realidades sem saber
fazer sua leitura e interpretação, sobretudo em termos do que tem a ver conosco, é cultura
inútil.” (Costa, 2000, p. 9).
60
Diante deste quadro, a função recursos humanos passa a ter a grande incumbência de
se comprometer diretamente na busca da excelência organizacional.
É evidente que essas novas atribuições para a função de RH simbolizam uma ruptura
radical da sua maneira tradicional de operar. O RH para se comprometer com a busca da
excelência organizacional deverá, no mínimo, rever a sua própria estrutura e adapta-la à nova
realidade.
61
“Resultados oriundos de sistemas rígidos de controle através da supervisão, de mudanças de
processos, de mudanças tecnológicas e de incentivos higiênicos (modelo de Maslow) já
deram tudo o que tinham para dar e não conseguem se equiparar em resultado e velocidade
àqueles conseguidos pelas organizações que adotam a administração estratégica de RH
como diferencial de competitividade.” (Marras, 2000, p. 255).
No referencial teórico abordado neste trabalho, foi possível observar como se deu a
evolução do perfil do profissional de recursos humanos em paralelo à própria evolução
histórica da Administração de RH. Da fase contábil, onde o trabalho de RH era estritamente
vinculado ao pagamento das tarefas, o profissional de recursos humanos evoluiu até chegar à
atual fase (estratégica) e dele se passou a exigir, entre outras, uma nova característica:
“um perfil cognitivo que lhe permitia analisar cenários multidisciplinares dos indivíduos,
não mais como simples trabalhadores assalariados, mas como parceiros do negócio,
responsáveis, portanto, por uma parcela significativa dos resultados projetados.” (Marras,
2000, p. 30).
62
No entanto, novas competências ainda precisam ser acrescidas aos profissionais da
área, de forma que os mesmos venham estar preparados para o novo RH, cujo foco são os
resultados. Ulrich (2000) apresenta cinco competências essenciais para os profissionais de
RH:
63
Bibliografia Referenciada
BUENO, Francisco da Silveira. Minidicionário da língua portuguesa. São Paulo: FTD, 1996.
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente. São Paulo: Cultrix,
1982.
CARVALHO, Antônio Vieira de & NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Administração de recursos humanos.
v.1. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1997.
COSTA, Tarcízio Diniz, Qual o futuro para a área de recursos humanos nas empresas? São Paulo: Makron
Books, 2000.
GIL, Antonio Carlos. Administração de recursos humanos: um enfoque profissional. São Paulo: Atlas, 1994.
LODI, João Bosco. História da administração. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1977.
MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo:
Futura, 2000.
MEGGINSON, Leon C. & MOSLEY, Donald C. & PIETRI JR, Paul H. Administração: conceitos e
aplicações. 4. ed. São Paulo: Harbra, 1998.
ORLICKAS, Elizenda. Consultoria interna de recursos humanos: conceitos, cases e estratégias. 2. Ed. São
Paulo: Makron Books, 1998.
ULRICH, Dave. Os campeões de recursos humanos: inovando para obter os melhores resultados. São Paulo:
Futura, 1998.
____________. Recursos humanos estratégicos: novas perspectivas para os profissionais de RH. São Paulo:
Futura, 2000.
64
ANEXO I
SCHLUSS MIT LUSTIG. Tradução: acabou a diversão. Esse é o título do livro que
está sendo lançado pela dona da agência de publicidade Mair and Others, de Colônia,
Alemanha. O nome dela é Judith Mair. A notícia, que saiu na revista "Amanhã" (edição 189),
diz que Judith está enfurecendo os profissionais de recursos humanos, ao colocar por terra
todas as teses que defendem que o ambiente de trabalho deve ser prazeroso.
Para começo de conversa, na entrada da agência tem uma faixa que diz: aqui não há
lugar para quem pensa que trabalho é bom e divertido. Numa entrevista à revista Der Spiegel,
a publicitária condena o espírito de equipe porque "essa idéia leva os funcionários a pensarem
que outra pessoa vai fazer o trabalho deles". E no livro, coloca em detalhes o seu jeito de
pilotar o pessoal, como a obrigação de todos desligarem o celular durante o expediente, de
limpar a mesa no final da jornada, proibir que as conversas pessoais durante o expediente se
estendam por mais de cinco minutos, além de desestimular relações de amizade no ambiente
do trabalho Em compensação, ela decreta com todas as letras: "Só se trabalha de segunda a
sexta-feira das 9 horas às 17h30. É proibido levar trabalho para casa." Judith diz, ainda, que
"a confusão entre vida pessoal e trabalho provocada pela mentalidade americana é a principal
causa da onda de estresse mundo afora".
65
profissões, cuja afinidade se estabeleceu por motivos não-profissionais; na igreja, no centro
comunitário, ensinando analfabetos a ler, universitários a interpretar textos, crianças a
apreciar um bom livro; enfim, usaria um tanto da minha energia em favor do meu país, além
do meu patrão.
No fundo, dona Judith está dizendo a frase que aparece como título da matéria da
"Amanhã": vai ser feliz em casa! Será que não é disso mesmo que a gente está precisando?
Descobrir que ser feliz não é receber um elogio do patrão ou do cliente. Ser feliz é ser feliz
sem elogio de ninguém.
66
ANEXO II
Em 1943, um executivo americano chamado Edward Ned Hay que tinha uma pequena
consultoria de recursos humanos na Philadelphia, teve o que podemos chamar de uma boa
idéia. Inspirado pela necessidade das empresas de pagar salários compatíveis com os do
mercado, e na dificuldade que elas tinham de comparar o valor de cada posição, ele
transformou cargos em pontos, criou um método para avaliá-los e uma tabela para defini-los.
Pronto, assim nascia o Sistema de Pontos Hay. Desde então, esse sistema passou a ser
utilizado no mundo todo, por empresas dos mais diversos segmentos - e serviu de alicerce
para outros trabalhos desenvolvidos pelo Hay Group.
Atualmente, a Hay implanta projetos que vão muito além da gestão de remuneração.
Sempre acompanhando as mudanças que ocorrem no mundo dos negócios, a Hay desenvolve
estratégias de clarificação e alinhamento de metas, de gestão de desempenho e de capacitação
de pessoas entre diversos outros programas. O trabalho da Hay é fazer com que as empresas
empreendam mudanças rápidas, e, acima de tudo, sustentem essas transformações.
A estrutura mundial da Hay conta hoje com 75 escritórios espalhados por 35 países.
Além de consultoria em recursos humanos, a Hay oferece estudos, serviços de informação e
soluções em e-business.
67
Hay na Mídia - Princípio da justiça interna é uma das bases de um bom plano de cargos
e salários
Por mais que o modelo de competências seja hoje a vedete das práticas de Recursos
Humanos, a maioria das empresas ainda monta seus programas de remuneração com base em
um plano de cargos e salários.
Apesar de usual, porém, não é incomum deparar com organizações nas quais o
sistema, na prática, deixa a desejar e instaura dúvidas, em vez de auxiliar a gestão, sobretudo
nos profissionais que sabem que ocupam um cargo específico: como será que eles chegam ao
valor que é justo para o que eu faço?
O patrocínio, vale ressaltar, não significa apenas contar com o envolvimento da cúpula
nesse trabalho. “O plano precisa ter um link com o objetivo maior da empresa”, frisa Pedace,
explicando que a configuração dos cargos sofre grande influência do plano de negócios que a
companhia faz para atender a uma determinada estratégia, uma vez que daí decorrem os
processos. “Com base em tal entendimento, cada papel possui um peso, uma importância e
um valor de mercado”.
68
mesmo a comparação de conteúdo e a avaliação de cargo, e tanto um quanto outro não
prescindem da pesquisa salarial, já que, em qualquer situação, a empresa não pode abrir mão
de saber quanto o mercado paga. “Quanto maior for a quantidade de informação do banco de
dados utilizado, melhor será a comparação”, assinala o consultor.
Parâmetros
Qualquer que seja o método, a empresa, ao criar sua política de remuneração, precisa
estabelecer uma estratégia de manutenção contínua e bem clara para o plano de cargos e
salários, capaz de mantê-lo vivo. “Como está ligado à estratégia, o plano deve ser avaliado
pelo menos uma vez por ano para analisar as mudanças, verificar os impactos que causaram e
revisar o que foi afetado”, sustenta o consultor. Evidentemente, ao longo do período, podem
ser necessários alguns acréscimos em decorrência da criação de cargos, mas nada que
implique alterações maiores.
69
Antes de tudo, porém, a organização precisa se certificar de que, de fato, está fazendo
diferença com essa proposta. “Trata-se de uma decisão que só pode ser tomada quando se
sabe efetivamente quanto vale um cargo”, salienta Pedace. Parece mesmo que as melhores
práticas de remuneração começam por um plano de cargos e salários bem redondo.
FONTE: http://www.hay.com.br
70
ANEXO III
Descrição Sumária:
Tem por objetivo dar uma visão geral das responsabilidades e atividades realizadas pelo ocupante do
cargo. Deve ser sucinta, clara e objetiva com no máximo seis linhas.
Descrição Detalhada:
Tem por objetivo dar uma visão detalhada de cada atividade/responsabilidade realizada pelo ocupante do
cargo.
As atividades devem ser relacionadas uma a uma, numa ordem lógica e crescente de realização.
Deve-se selecionar as atividades mais relevantes, aquelas que justificam a existência do cargo.
Em cada atividade deve-se dizer o que faz, como faz e para que/porque faz.
A descrição da atividade deve iniciar-se sempre com verbos de ação (ex. digita, realiza, executa, elabora,
efetua, atende, prepara, verifica, anota, etc.).
Os verbos de ação no inicio das frases devem ser utilizados sempre na 3a. pessoa do singular ou no
infinito deve-se escolher um método ou o outro. (ex. digita/digitar, realiza/realizar, executa/executar, etc.).
Deve-se escrever de forma simples e clara, evitando-se termos técnicos. Qualquer leigo ao ler a
descrição deve entender seu conteúdo, a complexidade, riscos e responsabilidades impostas ao ocupante
daquele cargo.
Por fim, a descrição deve representar o cargo e não as habilidades ou características de seu ocupante
atual.
71
CARGO: ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS PLENO
SUMÁRIO:
Executa o planejamento das atividades de treinamento, administração de pessoal, elaboração e
conferência de folha de pagamento e demais rotinas trabalhistas, prepara cursos internos, recruta
candidatos às vagas da empresa, consultando e orientando chefias, negociando datas e horários,
contatando profissionais de seleção, visando aprimorar a qualidade dos funcionários.
DETALHADA:
∏ Executa o planejamento das atividades de treinamento, consultando e orientando as chefias no
levantamento das necessidades de seus subordinados, definindo atendimento através de cursos
internos ou externos, apurando os custos previstos e elaborando o cronograma de atividades,
visando aprimorar a mão-de-obra da empresa.
∏ Elabora levantamento e estatísticas diversas relativas às horas normais, extras, faltas, férias,
afastamentos e outros, objetivando atender as necessidades de controle.
∏ Ministra cursos em sala de aula, utilizando técnicas adequadas a cada situação, visando passar
informações e esclarecer dúvidas.
ESPECIFICAÇAO DO CARGO:
Instrução Exigida: Superior Completo
SUMÁRIO:
Desempenha atividades de gerenciamento na área financeira, supervisionando compromissos
assumidos e faturamento, elaborando fluxos de caixa contendo receitas e despesas, efetuando
aplicações/resgate e captações financeiras, representando a empresa perante agentes bancários,
72
fiscalizando remessas de documentos e apresentando relatórios detalhados das operações
executadas, a fim de demonstrar com praticidade e clareza o atual capital de giro da empresa.
DETALHADA:
⇒ Supervisiona compromissos financeiros da empresa, bem como seu faturamento, cruzando
informações do setor de contas a pagar com entradas diárias nos bancos, a fim de adequar as
despesas às receitas.
⇒ Elabora fluxo de caixa diário, através de projeções de receitas e despesas, para servir de análise
da situação financeira da empresa no curto prazo.
⇒ Apresenta relatórios diários para a chefia, atentando para informações sobre receitas, despesas,
aplicações/resgates/captações e fluxo de caixa diário, visando demonstrar a atual situação
econômico/financeira da empresa.
ESPECIFICAÇAO DO CARGO:
Instrução Exigida: pós-graduação/MBA em Adm. de Finanças ou similar
SUMÁRIO:
Exerce a gerência das operações referentes à produção da empresa relacionadas à utilização eficaz
do equipamento, materiais e pessoal, planejando, organizando e controlando os programas e sua
execução de acordo com a política fixada, para assegurar o atendimento do mercado, a melhoria dos
produtos, redução de custos e, em conseqüência, maior lucratividade à empresa.
DETALHADA:
⇒ Avalia as necessidades de produção, a capacidade das instalações e seu rendimento efetivo,
analisando a demanda dos produtos e os registros pertinentes à produção real e outros elementos
comparativos, para inteirar-se dos problemas referentes à produção e orientar-se na definição de
programas de ação, normas e medidas a serem propostas;
73
⇒ Determina ou recomenda medidas de conservação ou renovação do parque industrial, inclusive
de equipamentos, elaborando programas referentes a estes serviços, para assegurar as
condições físicas e operacionais exigidas;
⇒ Informa o corpo diretivo acerca dos planos, atividades e resultados da produção, elaborando
relatórios ou através de reuniões ou outros meios, para possibilitar a avaliação geral das políticas
adotadas e a articulação dessas às demais políticas no âmbito da empresa.
ESPECIFICAÇAO DO CARGO:
Instrução Exigida: pós-graduação/Especialização em Adm. da Produção ou similar
74
XYZ S/A ESTRUTURA DE CARGOS E SALÁRIOS
ADMINISTRATIVOS/TÉCNICOS
CLASSE CARGOS A B C D
75
SUA DESCRIÇÃO DE CARGOS Data:
EMPRESA ADMINISTRATIVOS/TÉCNICOS
Título atual do cargo: Título proposto: Área de trabalho:
Descrição Sumária:
Descrição Detalhada:
1-
2-
3-
4-
5-
6-
Folha de exercício/rascunho.
76
ANEXO IV – FORMULÁRIOS DE REQUISIÇÃO DE PESSOAL
REQUISIÇÃO DE PESSOAL Nº
SECRETARIA/FUNDAÇÃO DIVISÃO/SERVIÇO
LOTAÇÃO
DESCRIÇÃO SUMÁRIA
SUBSTITUIÇÃO MOTIVO
NOME: ( ) VAGA NOVA DO QUADRO DE LOTAÇÃO
MATRÍCULA: ( ) TRANSFERÊNCIA
CARGO: _____/_____/_____
( ) DEMISSÃO
_____/_____/_____
( ) LICENÇA
_____/_____/_____
( ) ALTERAÇÃO DE CARGO
_____/_____/_____
DATA EMISSÃO ASSINATURA DO REQUISITANTE ASSINATURA DO SECRETÁRIO
______/_____/_____
CAUSA ASSINATURA
OBSERVAÇÕES:
77
Universidade Estadual de Londrina
Pró-Reitoria de Recursos Humanos
Diretoria de Seleção e Aperfeiçoamento
ESPECIFICAÇÃO
Cargo: Agente Universitário.
Função: Nível:
Regime de Trabalho horas semanais.
Horário de Trabalho: das horas e das às horas.
Escala de Revezamento: ( ) Sim ( ) Não Período:
__ _________________
JUSTIFICATIVA
Em substituição à:
Motivo: ( ) Exonerado(a) ( ) Promovido(a) ( ) Relotado(a)
Outro motivo:
78
ANEXO V
Há algum tempo poderíamos supor que essas pessoas estivessem neste local apenas
para lazer. Hoje em dia, observamos grupos de profissionais no "meio do mato" em pleno
processo de aprendizagem (sem que sejam biólogos ou algo semelhante).
79
disposição. No entanto, observamos que, mesmo dispondo de tais recursos, a mudança de
atitude é temporária ou não acontece. É necessário que cada pessoa retire a "máscara" usada
no seu dia-a-dia profissional e se liberte, mesmo que temporariamente, do papel
desempenhado. Quando saem de um ambiente de trabalho repleto de símbolos de poder,
status e hierarquia, as pessoas mostram o que realmente são e se tornam mais autênticas. Os
valores pessoais e subjetivos tornam-se mais evidentes do que a cultura da empresa.
80
precauções devem ser tomadas desde a escolha de um local adequado e seguro até propiciar
atendimento de emergência, se necessário.
Fonte: www.rh.com.br
81
ANEXO VI
Essa nova realidade, com relação à aprendizagem, veio a coincidir com a explosão
tecnológica que colocou o computador no centro de nossas vidas, tanto no campo pessoal
como profissional. O maior impacto, entretanto, é a perfeita sinergia do construtivismo e da
psicologia cognitiva com o ensino informatizado. Podemos, inclusive, afirmar que sem a
utilização da tecnologia os princípios modernos de aprendizagem ficariam difíceis de serem
implementados.
82
a reflexão sobre o mundo real. Somente desta forma o conhecimento ficará codificado na
memória de longo prazo e poderá, quando chegar o momento, ser transferido para o mundo
real.
Não podemos confundir a aparência externa do curso (ou a sua interface gráfica) com
a qualidade do conteúdo que está sendo disponibilizado. Devemos resistir, também, em
considerar perguntas e respostas (mesmo que freqüentes) como interatividade. A melhor
interatividade é aquela em que o usuário constrói, interpreta e integra o conhecimento.
Acreditamos que estas idéias possam provocar reflexões, nos profissionais da área,
sobre a qualidade a ser impressa aos programas de T&D apresentados no formato e-learning.
Fonte: www.rh.com.br
83
ANEXO VII
ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL
CONTROLE DE ACESSO - Consiste nas funções exercidas pela portaria do RH, que
objetivam fazer cumprir as normas da empresa que regulam a permanência dos empregados
na instituição, tais como: - fiscalização do uso de uniforme, controle de chaves das salas e
armários, controle de xerox, controle de entrada e saída de funcionários, prestadores de
serviço e visitantes, entre outros.
BENEFÍCIOS
84
VALE TRANSPORTE - É o sistema que provê os funcionários das quantidades de passagem
necessárias para o deslocamento residência-empresa-residência, durante o mês.
Tal processo se inicia na contagem na escala de revezamento dos dias que o funcionário
trabalhará no mês, descontando possíveis faltas e afastamentos ocorridos no mês anterior; em
seguida confecciona-se as listagens de entrega de vales transporte e totaliza-se a quantidade
necessária de vales por tarifa para compra, sendo feita a sua distribuição através das listagens
no dia do pagamento dos salários.
RELAÇÕES TRABALHISTAS
85
ANEXO VIII
Sabemos que a partir da década de 90 grandes movimentos foram criados, entre eles o
downsize, a reengenharia e até mesmo uma grande evolução no tema Remuneração por
Habilidades e Competências, este último um grande alavancador na gestão de pessoas.
Na construção desse modelo, deve-se adotar critérios estratégicos para o sucesso desse
novo sistema, entre eles:
86
• Definir as premissas e direcionadores para a criação do sistema, elaborar o modelo
conceitual, validar e comprometer a direção da empresa.
A partir desses pressupostos podemos, então, estar definindo os conceitos adotados sobre
habilidades e competências para a organização a fim de estar definindo a metodologia a ser
adotada.
Com isso, poderemos passar a visualizar os benefícios gerados pela implantação desse
plano, ou seja, a organização: passa a remunerar os seus profissionais por suas características
pessoais (habilidades/competências aplicadas ao trabalho); motiva seus profissionais a se
desenvolverem e se tornarem multiespecializados, de acordo com as necessidades da
organização; adapta esse sistema a um novo contexto organizacional, buscando desenvolver a
organização e o funcionário; transforma a administração de Recursos Humanos em Gestão
Estratégica de Capital Humano, capacitando e flexibilizando os funcionários de acordo com a
estrutura e as necessidades estratégicas, tendo como principal qualidade esse processo tornar a
organização uma Learning-Organization.
Como afirmamos no desse artigo, que a grande vilã na tradicional gestão de cargos e
salários era a sua folha de pagamento inchada, nesse novo processo passa a ter a seguinte
visualização. Em um primeiro momento, há um acréscimo na]em folha de pagamento em
relação aos diversos enquadramentos, gerando um aumento em seu custo fixo em virtude das
diversas movimentações geradas. Após esse período, passamos para o processo de transição,
onde já há uma queda no número de funcionários, pois já começa a existir uma forma de
polivalência entre as diversas funções com a eliminação dos blocos básicos de habilidades e
competências. Por fim, o processo de estabilização, quando já se observa o atingimento
máximo do grau de polivalência entre as diversas atividades exercidas e a adequação de um
número mínimo, porém, satisfatório de funcionários adequados às novas estratégias
organizacionais.
Observamos que esse processo difere entre organizações. Nas organizações mais
estruturadas o processo de transição pode ocorrer, em média, de um a dois anos, já em
organizações não tão bem estruturadas esse processo pode ter um tempo médio de aplicação
de dois a três anos.
Gostaria para finalizar, lembrar que a partir do momento que a área de Recursos Humanos
passa a encarar remuneração não como uma despesa fixa e sim como um diferencial
competitivo para a organização, todos os valores organizacionais acabam sendo reconhecidos
e passam a constituir um diferencial competitivo com a Gestão do Capital Humano
87
Fonte: www.rh.com.br
88
ANEXO IX
As organizações estão, cada vez mais, dando importância a um assunto até pouco
tempo discutido, o "Conhecimento". Com isso, torna-se necessário a revisão das atuais
estruturas e rotinas das formas de remuneração, pois com esse novo argumento, a
remuneração passa a focar o indivíduo e não mais o seu cargo.
Com esta nova abordagem conceitual, os colaboradores serão pagos de acordo com
grupos de habilidades ou competências que possuírem, e não mais pelos cargos que ocupam.
Isto faz com que exista um aumento na produtividade e na qualidade, diminuição de
"turnover" (rotatividade de pessoal), de absenteísmo e de acidentes.
89
estão ligadas a procedimentos que não variam muito, como habilidades específicas para linhas
de montagem ou para atendimento aos clientes. Essas habilidades possibilitam a sua
Identificação, Observação, Mensuração, Treinamento e Certificação.
Uma questão interessante é a forma como podemos pagar estas habilidades. Entre elas,
podemos gerar um aumento no salário-base, criar bônus para habilidades iniciais seguidas de
aumento no salário-base e com a criação de blocos de habilidades que constituem o trabalho
em sua essência e que podem ser pagos de acordo com o mercado.Com isso, podemos utilizar
como referência o mercado para podermos obter uma base para o salário inicial e o salário
máximo para um determinado bloco de atividades.
90
Geralmente, as competências específicas podem estar ligadas a unidades de negócios,
funções específicas e cargos específicos. Podem ser muito similares às descrições de cargo
num plano tradicional.
Fonte: www.rh.com.br
91
ANEXO XI
A atuação do RH diante do Balanced Scorecard
Patrícia Bispo
Isto leva as ações dos colaboradores a terem um foco distinto do requerido pela visão
de futuro. A utilização do BSC permite às empresas mitigá-las, enfatizando a
compreensão da estratégia por todos e ao mesmo tempo fornecendo uma forma
balanceada e consistente de controle e acompanhamento de sua execução.
92
RH - Quais são os pré-requisitos para uma empresa aplicar o Balanced Scorecard?
93
- Manzini - Podemos destacar que o BSC faz da estratégia a agenda central da
empresa, cria uma incrível focalização na estratégia e mobiliza todas as pessoas para
agirem criativamente segundo a orientação da estratégia.
- Manzini - Não se trata de um recurso restrito. É um modelo que pode ser empregado
por qualquer tipo de empresa - seja pública, seja privada, seja pertencente ao terceiro
setor. Como exemplos, podemos citar: Amanco, Aracruz, Camargo Corrêa, Petrobras,
Duke's Children Hospital, Mobil e Unibanco (privado); Citty of Charlotte, Eletrosul e
Presidência do México (público); parceiros voluntários (terceiro setor).
- Manzini - Nesse novo cenário apresentado, são vários os papéis que podem ser
desempenhados pelo profissional de Recursos Humanos se observados os aspectos de
contribuição, conteúdo, competência e canal. As principais competências exigidas do
profissional de RH poderiam ser resumidas em Entendimento do Negócio, Habilidade
de Administrar a Mudança e a Cultura, Credibilidade Pessoal e Práticas de RH.
94
- Manzini - Devemos esclarecer um único e primordial ponto: o ser humano não
resiste à mudança, mas sim, ser mudado. Um projeto de BSC, assim como outros
projetos de mudança e transformação, devem levar em consideração a opinião das
pessoas. Todas devem ser chamadas a contribuir, discutir as implicações, aquilo que
as tange no dia-a-dia, resguardando-se, obviamente, os níveis de decisão em que se
encontram. Como todas as empresas estão se defrontando, cada vez mais, com a
necessidade de mudança e transformação, é necessário criar uma cultura da mudança.
Uma empresa possui uma cultura da mudança quando seus funcionários são
estimulados, permanentemente, a adotar novos comportamentos, mudar paradigmas,
introduzir inovações e a correr riscos conscientes porque se sentem seguros de que,
caso falhem ou fracassem, isto não será motivo para serem excluídos, humilhados ou
rejeitados. Está aí o papel fundamental dos líderes.
Fonte: www.rh.com.br
95
ANEXO XIII – MODELO DE FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO EMPREGADO EM PERÍODO DE EXPERIÊNCIA
FUNCIONÁRIO:
SETOR:____________________________ CARGO:______________________________
DT DE ADMISSÃO: ___/___/___ DT DO VECTO DO ( ) 1º ( ) 2º PRAZO : ___/___/___
Esta ficha constitui a ( )1ª ( )2ª avaliação de desempenho do novo empregado. Do seu
resultado, depende a prorrogação, a efetivação ou o encerramento definitivo do contrato do
avaliado.
Abaixo você encontrará frases de desempenho combinadas em blocos de quatro. Marque um
“X” na coluna ao lado, assinalando SIM para indicar as frases que melhor definem o
desempenho do empregado, e, também assinalando NÃO para as frases que não definem o
seu desempenho.
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b) Recebeu orientação e treinamento ? Quais?
d) O funcionário foi avisado de suas deficiências? recebeu uma oportunidade para melhorar?
RESULTADO DA AVALIAÇÃO
_______________________________________
ASS. DIRETOR/COORDENADOR/GERENTE
97
ANEXO XV
Última Aula
O professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Weber Figueiredo deu uma
última aula para seus ex-alunos.
A aula dada no dia 13 de agosto de 2003, no auditório da Uerj, está sendo repassada
pela Internet para engenheiros e estudantes por causa de sua qualidade. Leia o que disse
Weber Figueiredo:
Senhoras e Senhores,
Para mim é um privilégio ter sido escolhido paraninfo desta turma. Esta é como se
fora a última aula do curso. O último encontro, que já deixa saudades. Um momento festivo,
mas também de reflexão. Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de direito, talvez eu
falasse da importância do advogado que defende a justiça e não apenas o réu. Se eu fosse
escolhido paraninfo de uma turma de medicina, talvez eu falasse da importância do médico
que coloca o amor ao próximo acima dos seus lucros profissionais. Mas, como sou paraninfo
de uma turma de engenheiros, vou falar da importância do engenheiro para o
desenvolvimento do Brasil.
Para começar, vamos falar de bananas e do doce de banana, que eu vou chamar de
bananada especial, inventada (ou projetada) pela nossa vovozinha lá em casa, depois que
várias receitas prontas não deram certo. É isso mesmo Para entendermos a importância do
engenheiro, vamos falar de bananas, bananadas e vovó. A banana é um recurso natural que
não sofreu nenhuma transformação. A bananada é = banana + outros ingredientes + a energia
térmica fornecida pelo fogão + o trabalho da vovó + o conhecimento, ou tecnologia, da vovó.
A bananada é um produto pronto que eu vou chamar de riqueza. E a vovó? Bem, a vovó é a
dona do conhecimento, uma espécie de engenheira da culinária.
Agora, vamos supor que a banana e a bananada sejam vendidas. Um quilo de banana
custa um real. Já um quilo da bananada custa cinco reais. Por que essa diferença de preços?
Porque quando nós colhemos um cacho de bananas na bananeira, criamos apenas um
emprego: o de colhedor de bananas. Agora, quando a vovó, ou a indústria, faz a bananada, ela
cria empregos na indústria do açúcar, da cana-de-açúcar, do gás de cozinha, na indústria de
fogões, de panelas, de colheres e, até, na de embalagens, porque tudo isso é necessário para se
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fabricar a bananada. Resumindo, 1kg de bananada é mais caro do que 1kg de banana porque a
bananada é igual a banana mais tecnologia agregada, e a sua fabricação criou mais empregos
do que simplesmente o de colher o cacho de bananas da bananeira.
Agora, vamos falar de outro exemplo que acontece no dia-a-dia no comércio mundial
de mercadorias. Em média, 1kg de soja custa US$ 0,10 (dez centavos de dólar); 1kg de
automóvel custa US$ 10, isto é, 100 vezes mais; 1kg de aparelho eletrônico custa US$ 100;
1kg de avião custa US$1.000 (10mil quilos de soja); e 1kg de satélite custa US$ 50.000.
Vejam: quanto mais tecnologia agregada tem um produto, maior é o seu preço; mais
empregos foram gerados na sua fabricação. Os países ricos sabem disso muito bem. Eles
investem na pesquisa científica e tecnológica. Por exemplo, eles nos vendem uma placa de
computador que pesa 100g por US$ 250. Para pagar esta plaquinha eletrônica, o Brasil
precisa exportar 20 toneladas de minério de ferro (!). A fabricação de placas de computador
criou milhares de bons empregos lá no estrangeiro, enquanto a extração do minério de ferro
cria pouquíssimos e péssimos empregos aqui no Brasil. O Japão é pobre em recursos naturais,
mas é um país rico. O Brasil é rico em energia e recursos naturais, mas é um país pobre. Os
países ricos são ricos materialmente porque eles produzem riquezas. Riqueza vem de rico.
Pobreza vem de pobre. País pobre é aquele que não consegue produzir riquezas para o seu
povo. Se conseguisse, não seria pobre, seria país rico. Gostaria de deixar bem claras três
coisas: 1º) quando me refiro à palavra riqueza, não estou me referindo a jóias nem a
supérfluos. Estou me referindo àqueles bens necessários para que o ser humano viva com um
mínimo de dignidade e conforto; 2º) não estou defendendo o consumismo materialista como
uma forma de vida, muito pelo contrário; e 3º) acho abomináveis àqueles que colocam os
valores das riquezas materiais acima dos valores da riqueza interior do ser humano. Existem
nações que são ricas, mas que agem de forma extremamente pobre e desumana em relação a
outros povos.
Creio que agora posso falar do ponto principal. Para que o nosso Brasil se torne um
país rico, com o seu povo vivendo com dignidade, temos que produzir mais riquezas Para tal,
precisamos de conhecimento, ou tecnologia, já que temos abundância de recursos naturais e
energia. E quem desenvolve tecnologias são os cientistas e os engenheiros, como estes jovens
que estão se formando. Infelizmente, o Brasil é muito dependente da tecnologia externa.
Quando fabricamos bens com alta tecnologia, fazemos apenas a parte final da produção. Por
exemplo: o Brasil produz 5 (cinco) milhões de televisores por ano, e nenhum brasileiro
projeta televisor. O miolo da TV, do telefone celular e de todos os aparelhos eletrônicos, é
todo importado. Somos meros montadores de kits eletrônicos.
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Casos semelhantes também acontecem na indústria mecânica, de remédios e - incrível!
- até na de alimentos. O Brasil entra com a mão-de-obra barata e os recursos naturais. Os
projetos, a tecnologia, o chamado pulo do gato, ficam no estrangeiro, com os verdadeiros
donos do negócio.
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decisões e a distribuição justa do trabalho e das riquezas. Infelizmente, isso ainda está longe
de acontecer, até por limitações físicas da própria natureza.
Assim, quem pensa que a solução para os nossos problemas virá lá de fora, está muito
enganado. O dia que um presidente da República, ao invés de ficar passeando como um dândi
pelos palácios do primeiro mundo, resolver liderar um autêntico projeto de desenvolvimento
nacional, certamente o Brasil vai precisar, em todas as áreas, de pessoas bem preparadas. Só
assim seremos capazes de caminhar com autonomia e tomar decisões que beneficiem
verdadeiramente a sociedade brasileira. Será a construção de um Brasil realmente moderno,
mais justo, inserido de forma soberana na economia mundial e não como um reles fornecedor
de recursos naturais e de mão-de-obra aviltada. Quando isso ocorrer - e eu espero que seja em
breve -, o nosso País poderá aproveitar, de forma muito mais eficaz, a inteligência e o preparo
intelectual dos brasileiros e, em particular, de todos vocês, meus queridos alunos, porque
vocês já foram testados e aprovados. Finalmente, gostaria de parabenizar todos os pais pela
contribuição positiva que deram à nossa sociedade, possibilitando a formação dos seus filhos
no curso de engenharia da UERJ. A alegria dos senhores, também é a nossa alegria.
Muito Obrigado.
FIM
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