Professional Documents
Culture Documents
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4
2. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).........................................................................9
3. Medidas Aplicadas aos Adolescentes...................................................................................10
4. Justiça da Infância e da Juventude........................................................................................13
5. Hipóteses de Mudança no Código Penal e no ECA..............................................................14
5.1 Aumento do Período Máximo de internação......................................................................15
5.2. Redução da maioridade penal............................................................................................16
6. Argumentos de defesa da maioridade penal aos dezoito anos..............................................17
CONCLUSÃO..........................................................................................................................22
REFERÊNCIA..........................................................................................................................23
RESUMO
Neste texto veremos assuntos relacionados ao conceito de imputável e inimputável, à questão
de redução da maioridade penal no Brasil, considerando os argumentos daqueles que
defendem a redução como uma forma de conter a violência e a impunidade, e daqueles que
são contra está medida por considerar o adolescente com discernimento insuficiente para
responder judicialmente por um ato infracional tratando-se de pessoas em processo de
desenvolvimento, trata ainda de como são aplicadas às medidas sócio-educativas, para quais
atos infracionais, como o ECA trata o adolescente em conflito com a lei, quais são as
possíveis penalidades que podem ser aplicadas ao menor, para quais casos é utilizado à
internação, medida privativa de liberdade, quanto tempo está pode durar e quais são os
argumentos para uma possível mudança neste período máximo de internação por qual motivo
preferiu-se a idade de 18 anos para considerar a pessoa imputável, faz ainda um breve
comentário sobre o adolescente e o voto.
In this text we will see issues related to the concept of fault and exemption from punishment,
the question of lowering the criminal prosecution in Brazil, considering the arguments of
those who advocate a reduction as a way to contain violence and impunity, and those who are
against is measured by considering the adolescents with insight enough to answer in court for
an infraction in the case of people in the process of development, they are still as applied to
social and educational measures, to which illegal acts, such as ECA treats adolescents in
conflict with the law, what are the possible penalties that can be applied to smaller cases for
which the hospital is used, a custodial sentence, how long can you last and what are the
arguments for a possible change in the maximum period of admission for which reason it was
preferable to the age of 18 years to consider the person chargeable, is also a brief comment on
the teenager and vote.
INTRODUÇÃO
O indivíduo abaixo da maioridade penal está sujeito a punições mais leves, como
detenções ou internações em instituições correcionais ou reformatórios, “estabelecimento
oficial que abriga menores delinqüentes para reformá-los, reeducando-os”. (dicionário
Aurélio, 2000, p.591), porém:
“Não há de se falar em inimputabilidade, também, se a execução do crime se
iniciou numa noite e se prolongou até o dia seguinte, em que o agente atinja a maioridade”.
(MIRABETE, 2002, p. 218)
6
1. Evolução Histórica da maioridade
Na Antiguidade não havia direito em relação a criança. Sendo permito aos pais
até mesmo a eliminação dos filhos débeis mentais e defeituosos, ainda haviam culturas que
toleravam a asfixia de recém-nacidos do sexo feminino.
Os pais tratavam as crianças como propriedade no período inicial do direito
romano, tinham direito absoluto de vida ou morte. Encontra-se no Velho Testamento
inúmeras práticas severas contra os jovens.
Quem bater em seu pai ou em sua mãe, seja condenado à morte; Quem amaldiçoar
seu pai ou sua mãe seja condenado à morte; Se alguém tiver um filho recalcitrante e
rebelde, que não ouve a voz do pai, nem a de sua mãe, o qual, embora procurem
corrigi-lo, não dá ouvidos; Seu pai e sua mãe o tomarão e o levarão aos anciãos da
sua cidade, à porta do lugar; E dirão aos anciãos da sua cidade: - Este nosso filho é
recalcitrante e rebelde; não dá ouvidos à nossa voz, é um desenfreado e beberrão;
Então toda gente da cidade o apedrejará, a fim de que morra, e assim exterminarás
o mal do teu meio, e toda Israel, ao saber disso, temerá. (Êxodo, 21:15 e 17, 1º e 2º;
Deuteronômio 21:18 ao 21, 3º ao 7º).
a) Advertência
b) Liberdade Assistida
e) Internação
Todo menor de 18 anos deve ser protegido e tutelado pelo Estado, o qual deve
zelar para que o adolescente, no futuro, não tenha sua vida adulta “manchada” por uma ficha
criminal na adolescência, isso impediria que fossem abertas oportunidades de trabalho para o
jovem, levando a cometer crimes por falta de condições financeiras.
Além disso, decisões como está não devem ser tomadas baseadas na emoção ou
na comoção causadas, na opinião pública por um ou outro caso específico de crime bárbaro
ou hediondo. Não só essa, como todas as grades decisões, devem ser tomadas baseadas em
estudos comprobatórios e não em meras opiniões infundadas. “[...] para se admitir a redução
da idade para a “responsabilidade penal”, exige-se competência e seriedade, aspectos nada
comum no tratamento do sistema repressivo penal brasileiro com um todo. ”(BITENCOURT,
2002, p. 307).
Adolescente não devem ser misturados numa prisão com os presos adultos,
devido a sua formação fisico-mental que é totalmente distinta. “A idade de dezoito anos,
18
como já se tem afirmado, é um limite razoável de tolerância recomendado pelo Seminário
Europeu de Assistência Social das Nações Unidas, de 1949, em Paris.” (MIRABETE, 2002,
p. 217).
Afirmando ainda que de nada adiantaria este ato inconstitucional, alegando que
dezoito anos é uma idade razoável para a tolerância da inimputabilidade, pois é recomendada
pelo Seminário Europeu de Assistência Social das Nações Unidas, buscam sustentação na
superlotação dos presídios, fatores biológicos como o desenvolvimento mental incompleto,
além da possibilidade de uma influencia na convivência com bandidos de alta periculosidade
e conseqüentemente uma impossível ressocialização desses menores infratores.
Ninguém pode negar que o jovem de 16 e 17 anos, de qualquer meio social, tem
amplo conhecimento do mundo e condições de discernimento sobre a ilicitude de seus atos.
Entretanto, a redução do limite da idade no direito penal comum representaria um retrocesso
na política penal e penitenciaria brasileira criando a promiscuidade nos jovens com
delinqüentes contumazes.
Foram estas razões de política criminal que levaram o legislador brasileiro a
fazer esta opção pela inimputabilidade absoluta do jovem menor de 18 anos, pois como foi
relatado na exposição de motivos apresentada pelo legislador expressamente no código de
1940, justificando sua atitude afirmando que os que preconizavam a redução do limite, sob a
justificativa da criminalidade crescente, que cada dia recruta maior número de jovens, não
consideram a circunstancia de que o menor, se ainda incompleto, é naturalmente anti-social na
medida que não é socializado ou instruído. O reajustamento do processo de formação do
caráter deve ser cometido a educação e não a pena criminal.
19
7. Argumentos para a redução da maioridade penal
CONCLUSÃO
BITENCOURT, Cezar Roberto. Manual de Direito Penal: Parte geral, volume 1. 7.ed. São
Paulo: Saraiva, 2002.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2000.
MIRABETE, Julio Fabbini. Manual de Direito Penal: Parte Geral, volume 1. 18. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.