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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4
2. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).........................................................................9
3. Medidas Aplicadas aos Adolescentes...................................................................................10
4. Justiça da Infância e da Juventude........................................................................................13
5. Hipóteses de Mudança no Código Penal e no ECA..............................................................14
5.1 Aumento do Período Máximo de internação......................................................................15
5.2. Redução da maioridade penal............................................................................................16
6. Argumentos de defesa da maioridade penal aos dezoito anos..............................................17
CONCLUSÃO..........................................................................................................................22
REFERÊNCIA..........................................................................................................................23

RESUMO
Neste texto veremos assuntos relacionados ao conceito de imputável e inimputável, à questão
de redução da maioridade penal no Brasil, considerando os argumentos daqueles que
defendem a redução como uma forma de conter a violência e a impunidade, e daqueles que
são contra está medida por considerar o adolescente com discernimento insuficiente para
responder judicialmente por um ato infracional tratando-se de pessoas em processo de
desenvolvimento, trata ainda de como são aplicadas às medidas sócio-educativas, para quais
atos infracionais, como o ECA trata o adolescente em conflito com a lei, quais são as
possíveis penalidades que podem ser aplicadas ao menor, para quais casos é utilizado à
internação, medida privativa de liberdade, quanto tempo está pode durar e quais são os
argumentos para uma possível mudança neste período máximo de internação por qual motivo
preferiu-se a idade de 18 anos para considerar a pessoa imputável, faz ainda um breve
comentário sobre o adolescente e o voto.

Palavras-chave: Maioridade. ECA. Internação. Imputabilidade. Inimputabilidade.


ABSTRACT

In this text we will see issues related to the concept of fault and exemption from punishment,
the question of lowering the criminal prosecution in Brazil, considering the arguments of
those who advocate a reduction as a way to contain violence and impunity, and those who are
against is measured by considering the adolescents with insight enough to answer in court for
an infraction in the case of people in the process of development, they are still as applied to
social and educational measures, to which illegal acts, such as ECA treats adolescents in
conflict with the law, what are the possible penalties that can be applied to smaller cases for
which the hospital is used, a custodial sentence, how long can you last and what are the
arguments for a possible change in the maximum period of admission for which reason it was
preferable to the age of 18 years to consider the person chargeable, is also a brief comment on
the teenager and vote.

Keywords: Majority. ECA. Hospitalization. Liability. Impunity.


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INTRODUÇÃO

Com o aumento da violência no país tem se falado em inúmeros projetos de lei


para tentar coibir a ação dos marginais, porém a mídia tem divulgado exaustivamente a
questão de algumas infrações graves praticadas por adolescentes, o que nos leva a seguinte
questão: O Brasil deveria reduzir a maioridade penal como forma de amenizar a violência?

Maioridade é a idade que o individuo entra no pleno gozo de seus


direitos civis (no Brasil dezoito anos). Maioridade Civil: condição de
maioridade aos dezoito anos para efeitos civis. Maioridade Penal:
condições de maioridade para efeitos criminais. Maioridade Política:
condição de maioridade relativa (no Brasil dezesseis anos) em que o
menor fica habilitado, mediante alistamento eleitoral, a exercer o
direito de voto. (dicionário Aurélio, 2000, p.439)

A maioridade penal é também conhecida como idade de responsabilidade


criminal. No Brasil a maioridade penal ocorre aos 18 anos e a partir desta idade que são
penalmente imputáveis de acordo com o artigo 228 da Constituição Federal de 1988: São
penalmente inimputáveis os menores de 18 anos sujeito as normas da legislação especial
(ECA) que contem leis específicas que visam à proteção do menor.
Legislação “é o conjunto das normas jurídicas emanadas do Estado através de
seus vários órgãos”. (NUNES, 2008, p.86)
Chama-se imputabilidade penal a capacidade que tem a pessoa que praticou
certo ato, definido como crime, de entender o que está fazendo e de poder determinar se de
acordo com esse entendimento será ou não legalmente punido, ou seja:

É a capacidade de culpabilidade, é a aptidão para ser culpável. Como


afirma Muñoz Conde, “quem carece dessa capacidade”, por não ter
maturidade suficiente, ou por sofrer de graves alterações psíquicas,
não pode ser declarado culpado e, por conseguinte, não pode ser
responsável penalmente pelos seus atos, por mais que sejam típicos e
antijurídicos. (CONDE, 1988, p.137 apud BITENCOURT, 2002,
p.304).

Inimputabilidade em tese, afirma-se que o agente não tinha condições de


discernir o certo do errado, são utilizados vários sistemas para definir está idade pela qual a
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pessoa ainda não pode responder judicialmente por seus atos, que são estes: Sistema
Biológico, Sistema Psicológico, Sistema Biopsicológico.

[...] Para definir a “maioridade penal” a legislação brasileira seguio


sistema biológico, ignorando o desenvolvimento mental do menor de
dezoito anos, considerando-o inimputável, independentemente de
possuir a plena capacidade de entender a ilicitude do fato ou de
determinar-se segundo esse entendimento. (BITENCOURT, 2002,
p.306)

O indivíduo abaixo da maioridade penal está sujeito a punições mais leves, como
detenções ou internações em instituições correcionais ou reformatórios, “estabelecimento
oficial que abriga menores delinqüentes para reformá-los, reeducando-os”. (dicionário
Aurélio, 2000, p.591), porém:
“Não há de se falar em inimputabilidade, também, se a execução do crime se
iniciou numa noite e se prolongou até o dia seguinte, em que o agente atinja a maioridade”.
(MIRABETE, 2002, p. 218)
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1. Evolução Histórica da maioridade

Na Antiguidade não havia direito em relação a criança. Sendo permito aos pais
até mesmo a eliminação dos filhos débeis mentais e defeituosos, ainda haviam culturas que
toleravam a asfixia de recém-nacidos do sexo feminino.
Os pais tratavam as crianças como propriedade no período inicial do direito
romano, tinham direito absoluto de vida ou morte. Encontra-se no Velho Testamento
inúmeras práticas severas contra os jovens.

Quem bater em seu pai ou em sua mãe, seja condenado à morte; Quem amaldiçoar
seu pai ou sua mãe seja condenado à morte; Se alguém tiver um filho recalcitrante e
rebelde, que não ouve a voz do pai, nem a de sua mãe, o qual, embora procurem
corrigi-lo, não dá ouvidos; Seu pai e sua mãe o tomarão e o levarão aos anciãos da
sua cidade, à porta do lugar; E dirão aos anciãos da sua cidade: - Este nosso filho é
recalcitrante e rebelde; não dá ouvidos à nossa voz, é um desenfreado e beberrão;
Então toda gente da cidade o apedrejará, a fim de que morra, e assim exterminarás
o mal do teu meio, e toda Israel, ao saber disso, temerá. (Êxodo, 21:15 e 17, 1º e 2º;
Deuteronômio 21:18 ao 21, 3º ao 7º).

O primeiro registro histórico sobre o direito do menor encontra-se em Roma. A


Lei das XII Tábuas, de 450 a.C. onde se distinguia os menores púberes e impúberes,
observando o desenvolvimento estrutural para nortear os limites de faixa etária daquela
classificação verificava-se caso por caso, através de uma inspeção corporal para constatar a
maturidade sexual e até mesmo a aptidão para o casamento.
Sendo a classificação dos impúberes da seguinte forma: homens de 7 a 18 anos e
mulheres de 7 a 14 anos. Em conseqüência da falta de vontade criminal os menores de sete
anos não eram punidos, mas para os impúberes dos sete aos quatorze anos, admitia-se prova
em contrária de sua inocência, estavam isentos de pena ordinária aplicada pelo juiz, uma vez
que esta somente era aplicada após os 25 anos de idade, quando se alcançava a maioridade
civil e penal, embora fossem passíveis de receber uma pena especial, chamada de arbitrária.
Na Inglaterra e na Itália antigamente, para saber se a criança agira ou não com
discernimento usava-se o método da prova da maçã de Lubecca, onde eram oferecidas uma
maça e uma moeda, caso fosse escolhida a moeda, estava provada a malícia e anulada
qualquer proposta legal com tons de proteção. Por isso, encontram-se registros sobre a pena
capital recaindo em crianças de dez e onze anos.
Os povos seguiram um rumo no tratamento com relação ao menor infrator no
século XVIII.
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Desta forma, com o passar dos anos a maioridade ia tomando suas formas e
nascia o direito a responder tanto penal quanto civilmente pelos atos.
Sendo a proposição para o adolescente e para a criança à mesma: excluir a pena
retributiva e sujeitá-los às sanções quando tivessem caráter emendativo.
Na metade do século vários paises começaram a fazer dispositivos que tratassem
da juventude criminosa
O decreto de 30 de outubro de 1935 da França tinha o caráter protetor da
infância. A Bélgica adotou o princípio da irresponsabilidade presumida.
Na Alemanha em 1939, houve um retrocesso no direito de menores, por questões
políticas, os menores com mais de dezesseis anos podiam sofrer as medidas de segurança e
correção destinadas aos adultos e em 1941, com fim de combater a criminalidade precoce,
estabeleceu-se a pena indeterminada.
Tribunal de Menores na Hungria em 1983. E o primeiro tribunal onde a lei e
profissionais da ciência trabalhavam juntos para estudar o comportamento humano e dar o
tratamento correto da delinqüência e do crime foi criado nos Estados Unidos.
No Brasil vigorou o mesmo ordenamento jurídico que regia Portugal, e criaram a
primeira legislação penal brasileira.
O Código Criminal do Império foi criado em 1830, e adotou-se o sistema do
discernimento (que foi inspirado no Código Penal Francês de 1810; onde havia a alegação de
que o discernimento ou seu juízo, poderia ser encontrado mesmo numa criança de 8 anos, ou
num jovem de 15 anos de idade, dependendo de seu desenvolvimento), e a maioridade penal
absoluta foi estabelecida a partir dos 14 anos, salvo se tivesse discernimento de seus atos
devia então ser recolhido às casas de correção, por tempo fixado pelo juiz, desde que não
excedesse a idade de dezessete anos.
Porém com a criação do Código Penal Republicano em 1890, a
inimputabilidade absoluta foi estabelecida até a idade de 9 anos completos, e entre 10 e 14
anos seriam submetidos a analise do seu discernimento. Com o surgimento da Lei 4.242 de
05.01.91, que foi revogado o dispositivo do Código Penal de 1890, onde estabelecia: "O
menor de 14 anos, indigitado autor ou cúmplice de crime ou contravenção, não será
submetido a processo de espécie alguma e que o menor de 14 a 18 anos, indigitado autor ou
cúmplice de crime ou contravenção será submetido a processo especial".
Instituiu o Código de Menores o Decreto Legislativo de 1º de dezembro de 1926,
onde estabelecia a impossibilidade de recolhimento à prisão do menor de 18 anos que tivesse
praticado algum ato infracional.
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Foi adotado pela legislação brasileira o critério biopsicológico para averiguar
quais as pessoas, que por serem inimputáveis, estarão isentas de pena pela ausência de
culpabilidade, onde é verificado se o agente é doente mental, se tem seu desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, se é capaz de entender o caráter ilícito do fato.
Logo depois foi criado o Estatuto da Criança e Adolescente, uma lei específica
para os menores de 18 anos, que contém medidas administrativas destinadas a sua reeducação
e recuperação.
O Código Militar adotou a teoria do discernimento ao fixar o limite penal em 18
anos exceto se, o menor 16 anos que já tendo juízo, o revelar.
Com o surgimento da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 228 dispõe
que: "São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos as normas da legislação
especial" (Constituição Federal), o dispositivo do Código Penal Militar não vigora mais.
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2. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

“Estatuto: lei orgânica de um Estado, sociedade ou associação” (dicionário


Aurélio, 2000, p.294).
O artigo 1° (p.979) do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece o
seguinte, está lei dispõe sobre a proteção integral a criança e ao adolescente.
O artigo 2° (p.979) define que considera-se criança, para os efeitos desta lei, a
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade.
Os crimes cometidos por menores são legalmente chamados de atos infracionais
e seus praticantes de “adolescentes em conflito com a lei”. O ECA considera as penas
decorrentes de ato infracional como medidas de proteção, quando praticado por criança, ou
como medidas socio-educativas, quando praticado por adolescente, isso porque tal lei os
assimila como “pessoas em processo de desenvolvimento”, constituindo um “dever” da
sociedade e do Estado brasileiro propiciar-lhes oportunidades e facilidades afim de que tenha
um bom desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade
e de dignidade.
As penalidades estão contidas no artigo 112 no Estatuto da Criança e do
Adolescente que estabelece o seguinte:
Verificada a pratica de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao
adolescente as seguintes medidas:
I – advertência;
II – obrigação de reparar dano;
III – prestação de serviços à comunidade;
IV – liberdade assistida;
V – inserção em regime de semiliberdade;
VI – internação em estabelecimento educacional;
VII – qualquer uma das previstas no artigo, 101, I a VI.
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3. Medidas Aplicadas aos Adolescentes

O adolescente que cometer ato infracional estará sujeito às seguintes medidas


socioeducativas: advertência, liberdade assistida, obrigação de reparação do dano, prestação
de serviços à comunidade, internação em estabelecimento, entre outras.
O ato infracional é a ação tipificada como contrária a lei que tenha sido efetuada
pela criança ou adolescente, que recebem, portanto, um tratamento legal diferente dos réus
imputáveis.

a) Advertência

Disciplinada no art. 115 do Estatuto da Criança e do Adolescente, é a primeira


das medidas aplicável ao menor infrator que pratica infrações de pequena gravidade: "a
Advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada” art. 115,
logo após, o menor é entregue aos pais ou responsável.
A advertência se faz necessária para que se dê credibilidade à medida, ou seja,
para demonstrar ao infrator o seu caráter de reprimenda, a fim de se obter o objetivo final,
qual seja, a reeducação, busca principalmente repreender àqueles que, pelos impulsos próprios
da juventude, cometem algum ato infracional.

b) Liberdade Assistida

Essa medida sócio-educativa restringe direitos e liberdade esta possibilitando ao


adolescente o seu cumprimento em liberdade junto à família, porém sob o controle
sistemático do Juizado e da comunidade.
Disciplinada no art. 118 do Estatuto, o infrator será encaminhado a uma pessoa
capacitada que acompanhará o caso, além de auxiliá-lo e orientá-lo. Assim, durante o prazo
fixado pelo magistrado, que será de no mínimo seis meses, podendo a qualquer tempo ser
revogada, prorrogada ou substituída por outra, ouvido o orientador, o Promotor e o defensor.
O infrator deverá comparecer mensalmente perante o orientador para assinar sua freqüência.
A medida destina-se, em princípio, aos infratores passíveis de recuperação em meio livre, que
estão se iniciando no processo de marginalização.
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Com esta medida o jovem deve seguir algumas regras como: não se envolver em
novos atos infracionais, não andar armado, não andar em más companhias, não freqüentar
certos locais, obedecer aos pais, recolher-se cedo à habitação, retornar aos estudos, assumir
ocupação lícita, entre outros.
A cada três meses é feito um relatório comportamental do infrator, remetendo-se
ainda ao seu relacionamento familiar e social sendo finalidade desta mediada é a de vigiar,
orientar e tratar o mesmo, de forma a coibir a sua reincidência e obter a certeza da
recuperação.

c) Obrigação de Reparar o Dano

Na prática de ato infracional com reflexos patrimoniais, o juiz pode utilizar-se da


medida sócio-educativa disposta no art. 116 do Estatuto, determinando que o adolescente
restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou por outra forma compense o prejuízo da
vítima porém se não houver possibilidade, a medida pode ser substituída por outra adequada.
Esta medida visa inserir no menor as conseqüências do ato ilícito que praticou,
cuja finalidade da medida, é a sua ressocialização.
Quando um adolescente com menos de 16 anos for considerado culpado e
obrigado a reparar o dano causado, em virtude de sentença definitiva, a responsabilidade
dessa compensação caberá, exclusivamente aos pais ou responsável, a não ser que o
adolescente tenha patrimônio que possa suportar essa responsabilidade agora acima de 16
anos e abaixo de 18 anos, o adolescente será solidário com os pais ou responsável quanto à
obrigações dos atos ilícitos por ele praticados.

d) Prestação de Serviço à Comunidade

O adolescente deve contribuir com assistência a instituições de serviços


comunitários e de interesse geral, para despertar neles o prazer da ajuda humanitária sendo
sua finalidade a de ressocialização o que passa a ser apenas urna conseqüência do trabalho
realizado.
Institui nos adolescentes o instinto da responsabilidade e os estimula a interessar-
se pelo trabalho, além do impulso extra imposto pela autoridade judiciária no sentido da
retomada aos estudos por aqueles que o abandonaram. Esta medida disciplinada no art. 117
do Estatuto da Criança e do Adolescente consiste na prestação de serviços comunitários, por
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período não excedente a seis meses, junto a entidade assistenciais, hospitais, escolas e outros
estabelecimentos congêneres, bem como programas comunitários ou governamentais.

e) Internação

Constitui-se medida privativa de liberdade sujeita aos princípios de brevidade,


excepcionalidade, e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
Princípio da excepcionalidade entende-se que a medida de internação só devera
ser aplicada em casos excepcionais onde nenhuma das outras medidas tenha sido eficaz,
sendo esta medida a ultima, extrema aplicada somente aos indivíduos que revelam perigo
concreto à sociedade.
Princípio da brevidade entende-se que a internação deverá ter um tempo
determinado para a sua duração (o mínimo de seis meses e o máximo de 3 anos).
Principio do respeito ao adolescente, em condição peculiar de um ser em
desenvolvimento, o estatuto reafirma que é dever do Estado zelar pela integridade física e
mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas adequadas de contenção e segurança
deste.
O artigo 121 do ECA que ainda estabelece em seu parágrafo 3°. Em nenhuma
hipótese o período máximo de internação excederá a três anos e deve ser aplicada para os
casos contidos no artigo 122 do Estatuto da Criança e do Adolescente tendo seus direitos
garantidos que devem ser respeitados de forma particular por se tratar de pessoas em
desenvolvimento.
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I – tratar-se do ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa;
II – por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta
§ 1. ° O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a
três meses.
§ 2. ° Em nenhuma hipótese será aplicada a internação havendo outra medida adequada.
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4. Justiça da Infância e da Juventude

Ao receber o adolescente autor do ato infracional, o promotor público da


promotoria da infância e da juventude pode se utilizar de três situações previstas no artigo 180
(p.991) do Estatuto da Criança e do Adolescente: arquivamento se vislumbra o não
cometimento do ato infracional pelo adolescente apresentando; remissão, como forma de
exclusão do processo quando o ato infracional cometido é de pequeno potencial ofensivo;
representação ao Juiz e submetimento a devido processo legal com aplicação de uma das
medidas socio-educativas previstas no artigo 112 do ECA (advertência até internação que não
pode ultrapassar três anos) em casos de atos infracionais praticados mediante violência ou
grave ameaça.
Os Estados e Distrito Federal poderão criar varas especializadas e exclusivas da
infância e da juventude, cabendo ao poder judiciário estabelecer sua proporcionalidade de
números de habitantes, dotá-las de infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em
plantões.
O Conselho Tutelar é o órgão permanente autônomo não jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direito da criança e do
adolescente, definidos nesta lei, todas as vezes que a criança ou o adolescente não são
atendidos em suas necessidades de direito, em cada município deverá ter no mínimo um
Conselho Tutelar.
As crianças e adolescentes são possuidores de proteção e cuidados especiais,
uma vez que são dependentes dos adultos. Pode-se afirmar que a criança e o adolescentes
possuem os mesmos direitos e liberdades que os adultos, mas existem grupos de regras que
privilegiam os menores por serem mais vulneráveis, os infratores menores depois de autuados
são possuidores dos mesmos direitos que os adultos, contudo, existem varias disposições que
lhe dão a proteção adicional, pois se leva em conta a vulnerabilidade.
Como proteção às crianças e adolescentes, existe um sistema de deslocamento da
justiça penal para os serviços de apoio como o conselho tutelar, exceto nos casos muito
graves. No caso de prisão em flagrante se faz necessário a separação do menor, sendo que este
não pode ser mantido de forma alguma em mesa cela que os bandidos adultos, mesmo que o
processo já tenha transitado em julgado.
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5. Hipóteses de Mudança no Código Penal e no ECA

Atualmente vem se discutindo no Brasil a redução da maioridade penal, devido a


crimes brutais cometidos por menores, que foram amplamente divulgados pela mídia e
trouxeram um sentimento de comoção nacional. Tendo como exemplo o caso ocorrido em
novembro de 2003. O casal de namorados, Felipe Caffé e Liana Friedenbach, foram
assassinados na cidade de Embu-Guaçu região metropolitana de São Paulo cinco homens
foram presos dentre eles um jovem de 16 anos conhecido como Champinha seria quem teria
idealizado o crime fornecido a arma para atirar em Felipe e violentar e matar Liana
Também o caso do menino João Helio que em 2007 ficou preso ao cinto de
segurança do carro de sua mãe e foi arrastado por assaltantes sendo um destes menor.
São apenas dois exemplos dentre muitos outros que mobilizaram o país, e deram
força a tese dos que defendem a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.
Surgindo daí varias propostas de lei para redução da maioridade penal, aumento
do período máximo de internação, proposta para que o jovem que pratica crime hediondo seja
julgado como adulto.
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5.1 Aumento do Período Máximo de internação

O aumento da violência juvenil tem levado ao Senado várias Propostas de


Emenda a Constituição (PEC). Uma dessas propostas diz respeito à mudança do período
máximo de internação passar de três para dez anos, sem reduzir a maioridade penal,
Esse aumento da internação seria apenas no caso de infrações praticadas com
violência ou com grave ameaça a pessoa.
Para sustentar a proposta de aumento da pena máxima geralmente seus
defensores dentre eles José Serra, Ari Friedenbach pai de Liana assassinada por um menor em
2003 dentre outros, afirmam que um adolescente não pode ser mantido juntamente com
detentos em cadeias normais, pois sairiam ainda mais perigosos, sendo as penitenciarias uma
escola do crime, acreditam ainda que essa medida mais rígida deixaria o jovem com mais
receio da punição e menos propícios a cometer crimes, aliviando ainda o clima de impunidade
que assola a sociedade.
Porém, há ainda argumentos afirmando que três anos de internação é suficiente
por ser uma medida socio-educativa com a finalidade de reeducar o adolescente que cometeu
um ato infracional, para ser devolvido a sociedade com plena consciência de convivência
coletiva, e com uma perspectiva melhor de vida, deixar um adolescente mais tempo em pena
privativa de liberdade deixaria-o mais frustrado o que aumentaria os casos de rebeliões e
reincidência ao crime.
Além do mais um adulto em regime fechado de pena privativa de liberdade
poderá cumprir somente 1/6 da pena, tendo o direito de sair em liberdade com bem menos
tempo com o qual foi condenado. Agora manter um jovem dez anos de sua vida internado, em
uma fase vital, de transformação, na complementação de sua personalidade, onde se faz
possível à fixação de limites e valores seria inadequado para uma sociedade menos violenta,
mesmo aqueles jovens de remoto prognóstico de recuperação merecem oportunidade até
porque oferecendo a eles tratamento adequado poderão integrar-se novamente a sociedade.
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5.2. Redução da maioridade penal

Há uma tendência moderna em se rebaixar o limite de idade para se


submeter os menores à disciplina dos adultos. Adotando-se um critério
biopsicologico, possibilitava-se a imposição de pena ao menor entre
dezesseis e dezoito anos se revelasse suficiente desenvolvimento
psíquico para entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de
acordo com esse entendimento. (MIRABETE, 2002, p.216)

No Brasil discute-se atualmente há necessidade de estabelecer a maioridade


penal aos 16 anos e não mais aos 18 que foi estabelecida por:

Razões de política criminal levaram o legislador brasileiro a optar pela


presunção absoluta de inimputabilidade do menor de dezoito anos.
Aliás, a exposição de motivos do código penal de 1940 que adotava
essa orientação justificava afirmando: “os que preconizam a redução
do limite, sob a justificativa da criminalidade crescente, que a cada dia
recruta maior numero de menores, não consideram a circunstância de
que o menor, ser ainda incompleto, é naturalmente anti-social na
medida em que não é socializado ou instruído. O regulamento do
processo de formação do caráter deve ser cometido à educação, não à
pena criminal”. (BITENCOURT, 2002, p.306)

A idéia de que jovens menores de 18 anos devem responder criminalmente igual


aos maiores é vista por muitos como uma solução, senão pelo menos uma melhoria, para esse
dilema maléfico da violência, que atualmente se encontram presente no cotidiano da
sociedade. Os radicais defensores da queda alegam que os menores são utilizados como
frontispício para que esses infratores como traficantes atuem no mercado negro com maior
segurança, pois os menores são considerados inimputáveis perante a lei.
Em vários países a redução da maioridade penal surtiu efeitos como no caso da
Inglaterra, onde os menores são punidos criminalmente desde os 11 anos de idade. Contudo,
existem países em que a redução da maioridade acarretou conseqüências graves, como no
caso da Espanha em que a maioridade penal foi aumentada por conta de sua ineficácia perante
os jovens elevando a idade para dezenove anos.
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6. Argumentos de defesa da maioridade penal aos dezoito anos

Os defensores de a maioridade penal continuar aos 18 anos são alguns destes:


Representantes da Igreja Católica como Dom Geraldo Majella, a presidente do Supremo
Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente
da OAB Cezar Britto, entre outros, acreditam em linhas gerais que há uma imaturidade
intrínseca ao adolescente em geral, devido à formação de sua mente e de seus valores morais,
serem ainda indefinidos e dispersos. O adolescente muda de mentalidade constantemente, isso
não significa que ele não saiba o que está fazendo; ele pode ter consciência do ato, mas o
pratica por falta de oportunidade, por influência de um adulto ou por irresponsabilidade.
Alegam ainda que a redução da maioridade não resolveria os problemas ligados
à criminalidade como à violência urbana ou a superlotação dos presídios, e até poderia
contribuir para agravá-los.

[...] A redução do limite de idade no direito penal comum


representaria um retrocesso na política penal e penitenciária brasileira
e criaria a promiscuidade dos jovens com delinqüentes contumazes. O
Estatuto da Criança e do Adolescente prevê, aliás, instrumentos
eficazes para impedir a prática reiterada de atos ilícitos por pessoas
com menos de dezoito anos, sem os inconvenientes mencionados.
(MIRABETE, 2002, p. 217)

Todo menor de 18 anos deve ser protegido e tutelado pelo Estado, o qual deve
zelar para que o adolescente, no futuro, não tenha sua vida adulta “manchada” por uma ficha
criminal na adolescência, isso impediria que fossem abertas oportunidades de trabalho para o
jovem, levando a cometer crimes por falta de condições financeiras.
Além disso, decisões como está não devem ser tomadas baseadas na emoção ou
na comoção causadas, na opinião pública por um ou outro caso específico de crime bárbaro
ou hediondo. Não só essa, como todas as grades decisões, devem ser tomadas baseadas em
estudos comprobatórios e não em meras opiniões infundadas. “[...] para se admitir a redução
da idade para a “responsabilidade penal”, exige-se competência e seriedade, aspectos nada
comum no tratamento do sistema repressivo penal brasileiro com um todo. ”(BITENCOURT,
2002, p. 307).
Adolescente não devem ser misturados numa prisão com os presos adultos,
devido a sua formação fisico-mental que é totalmente distinta. “A idade de dezoito anos,
18
como já se tem afirmado, é um limite razoável de tolerância recomendado pelo Seminário
Europeu de Assistência Social das Nações Unidas, de 1949, em Paris.” (MIRABETE, 2002,
p. 217).
Afirmando ainda que de nada adiantaria este ato inconstitucional, alegando que
dezoito anos é uma idade razoável para a tolerância da inimputabilidade, pois é recomendada
pelo Seminário Europeu de Assistência Social das Nações Unidas, buscam sustentação na
superlotação dos presídios, fatores biológicos como o desenvolvimento mental incompleto,
além da possibilidade de uma influencia na convivência com bandidos de alta periculosidade
e conseqüentemente uma impossível ressocialização desses menores infratores.
Ninguém pode negar que o jovem de 16 e 17 anos, de qualquer meio social, tem
amplo conhecimento do mundo e condições de discernimento sobre a ilicitude de seus atos.
Entretanto, a redução do limite da idade no direito penal comum representaria um retrocesso
na política penal e penitenciaria brasileira criando a promiscuidade nos jovens com
delinqüentes contumazes.
Foram estas razões de política criminal que levaram o legislador brasileiro a
fazer esta opção pela inimputabilidade absoluta do jovem menor de 18 anos, pois como foi
relatado na exposição de motivos apresentada pelo legislador expressamente no código de
1940, justificando sua atitude afirmando que os que preconizavam a redução do limite, sob a
justificativa da criminalidade crescente, que cada dia recruta maior número de jovens, não
consideram a circunstancia de que o menor, se ainda incompleto, é naturalmente anti-social na
medida que não é socializado ou instruído. O reajustamento do processo de formação do
caráter deve ser cometido a educação e não a pena criminal.
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7. Argumentos para a redução da maioridade penal

Os defensores da redução da maioridade penal para 16 anos dentre eles Senador


Romero Jucá, o Senador Almir Lando, ex-Senador Carlos Wilson dentre outros, e 87% da
opinião pública de acordo com uma pesquisa realizada no dia 18 de abril de 2007 pelo
Instituto Data Senado, em linhas gerais consideram que:
O atual Código Penal brasileiro, aprovado em 1940, reflete a imaturidade juvenil
daquela época, e que hoje, passados mais de sessenta anos à sociedade mudou
substancialmente, seja em termos de comportamento (delinqüência juvenil, vida sexual mais
ativa), seja no acesso do jovem à informação pelos meios de comunicação modernos
(televisão, internet, celular, etc.). Não significa dizer que os adolescentes de hoje são mais
bem informados que os do passado, mais que o adolescente de hoje, a partir de certa idade,
geralmente proposta como 16 anos, tem plena consciência de seus atos, ou pelo menos já tem
discernimento suficiente para entender a gravidade de um crime.
Que esta evolução em campos sociais, culturais, científicos, morais, sexuais e
econômicos garante a modificação na mente do jovem que encara precocemente assuntos e
experiências que não as tinha há alguns anos. A evolução dos meios de comunicação
modificam as inter-relações entre as pessoas, que atualmente passaram a encarar a informação
como algo não intangível, mas de acesso a quem tenha interesse.
Os conceitos estão claramente sendo passados com mais velocidade através das
programações da televisão, dos sites de Internet, nos filmes, nas vivências que a comunicação
passa aos adolescentes.
Isso trouxe uma modificação na maneira com que jovens vêem o mundo e
também o compreendem. E o que se entende por maturidade nos feitos penais consubstancia-
se na formação mínima de valores humanos que uma pessoa deve ter, de tal modo que possa
discernir o bem do mal, o lícito do ilícito. É a imputabilidade, que se faz presente quando o
sujeito compreende a ilicitude de sua conduta e age de acordo comesse entendimento
O agente tendo ciência de sua impunidade dá justo motivo à mudança na idade
limite da imputabilidade penal, que deve efetivamente começar aos dezesseis anos, inclusive,
devido à precocidade da consciência delituosa que resulta dos processos de comunicação que
caracterizam nosso tempo verifica-se assim que a mudança na maioridade penal brasileira é
necessária, mas que não entendemos ser efetivada em sua plenitude sem um acompanhamento
social promovido pelo Estado à parte da sociedade mais carente.
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Que a maioridade penal aos 18 anos gera uma cultura de impunidade entre os
jovens, estimulando-os a uma conduta violenta e inconseqüente, já que não serão penalmente
responsabilizados por seus atos, não serão fichados, e ficarão incógnitos no futuro, pois a
mídia é proibida de identificar o adolescente.
A lei deve ser construída de forma justa, a fim de inocentar os realmente
inocentes e responsabilizar os realmente culpados, afirmam que um jovem comete um
latrocínio, já tem discernimento suficiente para compreender a ilicitude de seu ato e deve ser
julgado como tal.
Argumentam ainda que se a legislação considera que o jovem de 16 anos com
discernimento para votar, ele deve ter também idade suficiente para responder diante da
justiça por seus crimes.
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7.1 O adolescente e o voto

O voto aos 16 anos é facultativo (não obrigatório), enquanto a imputabilidade é


compulsória (obrigatório). A capacidade eleitoral do jovem nessa faixa de idade é mitigada,
pois ele não poderá candidatar-se para nenhum cargo político.
O voto é tido como um dos direitos fundamentais do ser humano, como o
adolescente é considerado pessoa em desenvolvimento tem seus direitos eleitorais reduzidos,
porém com seu voto mesmo que facultativo deveria começar a ter uma noção do que significa
ser cidadão, pois seu discernimento ainda imaturo não permitiria que este tivesse certos
direitos eleitorais.
Além do mais de acordo com o artigo 14° parágrafo 3. ° (p.13) da Constituição
Federal para candidatar-se a Vereador a pessoa necessita de ter 18 anos; vinte e um anos para
Deputado Federal, Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz; trinta anos para
Governador e Vice-Governador e trinta e cinco anos para Presidente, Vice-Presidente e
Senador. Por esse motivo essa justificativa para a redução não é considerada muito confiável.
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CONCLUSÃO

Voltamos agora a pergunta inicial se o Brasil deve reduzir a maioridade penal


como forma de amenizar a violência?
Acreditamos que a maioridade penal deveria continuar aos 18 anos, pois não há
possibilidade de colocar em um presídio um adolescente que já está envolvido num contexto
criminal, deixando-o no convívio com delinqüentes perigosos. Por outro lado àquele
adolescente que comete um crime hediondo deve ser responsabilizado. Uma Proposta de
Emenda a Constituição (PEC) foi aprovada no dia 26 de maio de 2008 pela Comissão de
Constituição e Justiça do Senado, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos quando o
adolescente comete um crime hediondo, esse projeto relatado pelo senador Demóstedes
Torres (DEM-GO), segue agora para o Plenário do Senado.
Esta proposta se aprovada seria muito conveniente, pois aliviaria o clima de
impunidade presente na sociedade devido a crimes hediondos cometidos por menores ao
mesmo tempo em que não generalizaria os atos infracionais, pois o adolescente deve ser
protegido pelo Estado e crimes de pequeno porte exigem um acompanhamento deste para que
possa voltar a sociedade como um cidadão, uma reforma total na educação de nosso país, com
escolas públicas integrais, reduziria muito a criminalidade, acredito que a frase de Pitágoras
que se identifica exatamente com esse contexto: Eduquem as crianças para não castigar os
homens”, a solução da criminalidade está na escola de qualidade.
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REFERÊNCIA

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Paulo: Saraiva, 2002.

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