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1 Introdução 4
2 Plano 6
2.1 Parametrização do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Quádricas 8
4 Esfera 9
4.1 Parametrização da esfera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5 Elipsóide 11
5.1 Parametrização do Elipsóide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6 Hiperbolóide 13
6.1 Parametrização do Hiperbolóide de uma Folha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
6.2 Parametrização do Hiperbolóide de duas Folhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
7 Parabolóide 17
7.1 Parametrização do paraboloide elı́ptico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
7.2 Parametrização do Paraboloide Hiperbólico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
8 Cilindro quádrico 20
8.1 Parametrização do Cilindro Quádrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
9 Superfı́cie cilı́ndrica 21
9.1 Parametrização de uma superfı́cie Cilı́ndrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
10 Cone elı́ptico 23
10.1 Parametrização do Cone Elı́ptico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
11 Superfı́cie cônica 25
11.1 Parametrização de uma Superfı́cie Cônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2
12 Superfı́cies de revolução 28
12.1 Equação Cartesiana de uma Superfı́cie de Revolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
12.2 Parametrização de uma Superfı́cies de Revolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
13 Identificação de quádricas 30
3
1 Introdução
Definição 2 Considere três retas duas a duas ortogonais Ox, Oy e Oz satisfazendo a regra da mão
direita. O sistema de coordenada cartesiano associa cada ponto no espaço IR3 a três números reais
(x, y, z) correspondendo respectivamente a projeções deste ponto nas retas Ox, Oy e Oz (chamadas
de eixos).
OBS.: Esta associação é única para cada ponto do espaço.
OBS.: Coordenadas cilı́ndricas são coordenadas polares no plano xy junto com a altura z do ponto.
Analogamente com as coordenadas polares a representação da origem nas coordenadas cilı́ndricas não
é única.
4
correspondendo respectivamente ao tamanho do segmento OP , ao ângulo que o segmento OP 0 faz com
a semi-reta positiva de Ox e ao ângulo que o segmento OP faz com a semi-reta positiva de Oz.
Então z = R cos ϕ
OP 0 = R sen ϕ
x = OP 0 cos θ −→ x = R cos θ sen ϕ
y = OP 0 sen θ −→ y = R sen θ sen ϕ
com θ ∈ [0, 2π] e ϕ ∈ [0, π].
OBS.: Analogamente com as coordenadas cilı́ndricas a representação da origem nas coordenadas
esféricas não é única.
Nem toda superfı́cie pode ser definida através de uma equação. (Ex.: fractais). Classificamos as
superfı́cies descritass por uma equação em:
Definição 5 Dado um sistema de coordenadas em IR3 . Uma superfı́cie esta definida na forma
explı́cita quando a equação que a descreve tem uma das coordenadas em função das outras.
Definição 6 Dado um sistema de coordenadas em IR3 . Uma superfı́cie esta definida na forma
5
implı́cita quando a equação que a descreve tem a forma f (a, b, c) = 0, onde a, b e c são as co-
ordenadas.
Definição 7 Seja S uma superfı́cie em IR3 representada pela equação F (x, y, z) = 0 nas coordenadas
cartesianas (x, y, z).
(1) O traço de S no plano-xy é o conjunto de pontos que satisfazem a equação f (x, y) = F (x, y, 0) = 0
(2) O traço de S no plano-xz é o conjunto de pontos que satisfazem a equação f (x, z) = F (x, 0, z) = 0
(3) O traço de S no plano-yz é o conjunto de pontos que satisfazem a equação f (y, z) = F (0, y, z) = 0
(4) O traço de S no plano z = k é o conjunto de pontos que satisfazem f (x, y) = F (x, y, k) = 0
(5) O traço de S no plano y = k é o conjunto de pontos que satisfazem f (x, z) = F (x, k, z) = 0
(6) O traço de S no plano x = k é o conjunto de pontos que satisfazem f (y, z) = F (k, y, z) = 0
Os traços são as intersecções de uma superfı́cie com planos paralelos aos planos coordenados e serão
de extrema utilidade no esboço da superfı́cie.
2 Plano
6
ou
ax + by + cz = d onde d = ax0 + by0 + cz0 .
Consideremos u e v vetores paralelos ao plano S tais que um vetor não é múltiplo do outro. Sejam
A ∈ S e P o ponto genérico de S.
P = A + αu + βv.
Pondo f : IR2 −→ IR3 , f (α, β) = A + αu + βv, temos que f (IR2 ) = S e, portanto, f é uma
parametrização de S.
OBS.:
7
v = (a, b, c) : vetor diretor de r
Equação vetorial de r : P = A + tv , t ∈ IR
Equações paramétricas de r :
x = x0 + at
(x, y, z) = (x0 , y0 , z0 ) + t(a, b, c) =⇒ y = y0 + bt
y = y + bt
0
Exemplo 2 Escreva as equações vetorial, paramétricas e cartesiana do plano que passa pelos pontos
A = (1, 0, 1), B = (2, 1, −1) e C = (1, −1, 0).
3 Quádricas
Definição 9 Quádricas são as superfı́cies cuja equação cartesiana tem a forma geral:
8
4 Esfera
Definição 10 Uma esfera é o lugar geométrico dos pontos P = (x, y, z) ∈ IR3 cuja distância a um
ponto fixo chamado centro é igual a uma constante positiva chamada raio.
Definição 11 Esfera é a superfı́cie quádrica cuja equação cartesiana pode ser colocada na forma
(x − x0 )2 + (y − y0 )2 + (z − z0 )2 = R2
9
4.1 Parametrização da esfera
Consideremos uma esfera E com centro na origem e raio R. Usaremos coordenadas esféricas para
parametrizar a esfera:
f : [0, 2π] × [0, π] −→ IR3
f (θ, ϕ) = (R cos θ sen ϕ, R sen θ sen ϕ, R cos ϕ)
Se a esfera E tem centro no ponto (x0 , y0 , z0 ), após uma translação de eixos, escrevemos
x − x0 = R cos θ sen ϕ
y − y0 = R sen θ sen ϕ
z − z0 = R cos ϕ
A parametrização fica então:
10
Exemplo 4 Calcule a distância do ponto P = (1, −1, 3) à superfı́cie esférica
E : x2 + y 2 + z 2 − 6x + 4y − 10z − 62 = 0.
5 Elipsóide
Definição 12 É a superfı́cie quádrica cuja equação cartesiana pode ser colocada na forma
x2 y 2 z 2
+ 2 + 2 =1
a2 b c
onde a, b, c ∈ IR∗+
11
Traços
x2 y 2
plano-xy : + 2 =1 elipse
a2 b
x2 z 2
plano-xz : + 2 =1 elipse
a2 c
y2 z2
plano-yz : + 2 =1 elipse
b2 c
x2 y 2 k2 x2 y2
plano z = k : + = 1 − ⇔ + =1
a2 b2 c2 a2 (1 − k2
) b2 (1 − k2
)
c2 c2
12
5.1 Parametrização do Elipsóide
Sejam
P = (x, y, z) um ponto genérico do elipsóide
P 0 = (x, y, 0) a projeção de P no plano-xy
θ = ângulo que OP 0 faz com o sentido positivo do eixo-x
ϕ = ângulo que OP faz com o sentido positivo do eixo-z
Pondo
x = a cos θ sen ϕ
y = b sen θ sen ϕ
z = c cos ϕ com θ ∈ [0, 2π] e ϕ ∈ [0, π],
obtemos a seguinte parametrização para o elipsóide:
6 Hiperbolóide
Definição 13 Hiperbolóide de uma folha é a superfı́cie quádrica cuja equação cartesiana pode ser
escrita em uma das formas
x2 y 2 z 2 x2 y 2 z 2 x2 y 2 z 2
+ 2 − 2 =1 ou − 2 + 2 =1 ou − + 2 + 2 =1
a2 b c a2 b c a2 b c
onde a, b, c ∈ IR∗+ .
Traços
x2 y 2 z 2
Consideremos o hiperboloide de uma folha H1 de equação + 2 − 2 =1
a2 b c
x2 y 2
plano-xy : + 2 =1 elipse
a2 b
x2 z 2
plano-xz : − 2 =1 hipérbole
a2 c
y2 z2
plano-yz : − 2 =1 hipérbole
b2 c
x2 y 2 k2
plano z = k : + = 1 + elipse
a2 b2 c2
13
x2 z 2 k2
plano y = k : − = 1 − hipérbole
a2 c2 b2
y2 z2 k2
plano x = k : − = 1 − hipérbole
b2 c2 a2
Seja
y2 z2
P = (b ch t, c sh t) , t ∈ IR , um ponto do ramo direito da hipérbole − 2 =1
b2 c
A seção transversal do hiperbolóide que passa por P , obtida fazendo-se z = k, para algum k, é
uma elipse cujo semi-eixo paralelo ao eixo-x é a ch t e cujo semi-eixo paralelo ao eixo-y é b ch t
Portanto, essa elipse pode ser parametrizada tomando-se :
x = a ch t cos θ e y = b ch t sen θ com θ ∈ [0, 2π]
14
Daı́, obtemos a seguinte parametrização para o hiperbolóide H1:
Definição 14 Hiperbolóide de duas folhas é a superfı́cie quádrica cuja equação cartesiana pode ser
escrita em uma das formas:
x2 y 2 z 2 x2 y 2 z 2 x2 y 2 z 2
− − 2 + 2 =1 ou − 2 − 2 =1 ou − + 2 − 2 =1
a2 b c a2 b c a2 b c
onde a, b, c ∈ IR∗+ .
Traços
x2 y 2 z 2
Consideremos o hiperbolóide de duas folhas H2 de equação − − 2 + 2 =1
a2 b c
x2 y 2
plano-xy : + 2 = −1 ∅
a2 b
x2 z 2
plano-xz : − + 2 =1 hipérbole
a2 c
y2 z2
plano-yz : − + 2 =1 hipérbole
b2 c
x2 y 2 k2
plano z = k : + = −1 elipse se |k| > c , ∅ se |k| < c
a2 b2 c2
15
x2 z 2 k2
plano y = k : − + = 1 + hipérbole
a2 c2 b2
y2 z2 k2
plano x = k : +− = 1 + hipérbole
b2 c2 a2
OBS: Plano z = k mostra que são dois pedaços.
Observe que o eixo de simetria corresponde ao eixo da variável que aparece na equação precedida
do sinal positivo (+).
16
Considerando, agora P = (b sh t, −c ch t), t ∈ IR, um ponto do ramo inferior da hipérbole
y2 z2
− + 2 =1
b2 c
obtemos, de modo análogo, a seguinte parametrização para a parte inferior do hiperboloide H2:
7 Parabolóide
Definição 15 Parabolóide elı́ptico é a superfı́cie quádrica cuja equação cartesiana pode ser escrita
em uma das formas
x2 y 2 x2 z 2 y2 z2
z= + 2 ou y= + 2 ou x= + 2
a2 b a2 c b2 c
onde a, b, c ∈ IR∗+ .
Traços
x2 y 2
Consideremos o parabolóide elı́ptico PE de equação z= + 2
a2 b
x2 y 2
plano-xy : + 2 =0 ponto (0, 0, 0)
a2 b
x2
plano-xz : z= parábola
a2
y2
plano-yz : z= parábola
b2
17
x2 y 2
plano z = k : + 2 =k elipse se a 6= b e k > 0
a2 b
circunferência se a = b e k > 0
∅ de k < 0
x2 k 2
plano y = k : z= + 2 parábola
a2 b
y2 k2
plano x = k : z= + 2 parábola
b2 a
OBS: Plano z = k.
OBS.: Quando uma superfı́cie S é o gráfico de uma função g : R ⊂ IR2 −→ IR3 definida por
z = g(x, y), uma parametrização natural para S é:
f : R −→ IR3
f (x, y) = (x, y, g(x, y)).
18
Outra possibilidade para parametrizar o paraboloide elı́ptico é considerar a parametrização natural:
f : IR2 −→ IR3
x2 y 2
f (x, y) = (x, y, + 2 ).
a2 b
Definição 16 Parabolóide hiperbólico é a superfı́cie quádrica cuja equação cartesiana pode ser escrita
em uma das formas
x2 y 2 x2 y 2
z=− + 2 ou z= − 2
a2 b a2 b
x2 z 2 x2 z 2
y=− + 2 ou y= − 2
a2 c a2 c
y2 z2 y2 z2
x=− + 2 ou x= − 2
b2 c b2 c
onde a, b, c ∈ IR∗+ .
Traços
x2 y 2
Consideremos o paraboloide hiperbólico P H de equação z=− + 2
a2 b
b2 2 b
plano-xy : y2 = x =⇒ y= ± x par de retas
a2 a
x2
plano-xz : z=− parábola
a2
y2
plano-yz : z= parábola
b2
19
y2 x2
plano z = k : − =1 hipérbole
kb2 ka2
x2 k 2
plano y = k : z=− + 2 parábola
a2 b
y2 k2
plano x = k : z= − 2 parábola
b2 a
f : IR2 −→ IR3 ,
x2 y 2
f (x, y) = (x, y, − + 2 ).
a2 b
8 Cilindro quádrico
Definição 17 Cilindro quádrico é a superfı́cie quádrica cuja equação cartesiana tem uma das seguintes
formas
F (x, y) = 0 ou G(x, z) = 0 ou H(y, z) = 0
em que as equações F (x, y) = 0 , G(x, z) = 0 e H(y, z) = 0 representam cônicas no respectivo plano
coordenado.
Consideremos o cilindro quádrico de equação F (x, y). A interseção do plano z = k com o esse
cilindro é a cônica que originou o cilindro, chamada DIRETRIZ do cilindro.
20
8.1 Parametrização do Cilindro Quádrico
Seja F (x, y) = 0 a equação da diretriz que tem as equações paramétricas dadas por x = g(λ) e y = h(λ)
com λ ∈ Λ ⊂ IR. Então, uma parametrização para o cilindro quádrico é:
f : Λ × IR −→ IR3 ,
f (λ, t) = (g(λ), h(λ), t).
9 Superfı́cie cilı́ndrica
Definição 18 Superfı́cie cilı́ndrica é a superfı́cie que é obtida movendo-se paralelamente uma reta
chamada GERATRIZ sobre uma curva chamada DIRETRIZ.
21
a b
F (x − z , y − z) = 0
c c
De maneira análoga, se a diretriz da superfı́cie cilı́ndrica S está no plano-xz, tem equação G(x, z) =
0 e as geratrizes são paralelas ao vetor v = (a, b, c) com b 6= 0, a equação cartesiana de S fica
a c
G(x − y , z − y) = 0
b b
b c
H(y − x , z − x) = 0
a a
Portanto, uma equação a três variáveis w(x, y, z) = 0 representa uma superfı́cie cilı́ndrica se puder ser
colocada em uma das formas acima.
Obs
Uma equação a duas variáveis representa uma superfı́cie cilı́ndrica cuja diretriz é a curva no plano
das varáveis presentes na equação e cujas geratrizes são retas paralelas ao eixo da variável ausente na
equação.
x = x0 + λa = g(t) + λa
y = y 0 + λb = h(t) + λb
z = λc
22
onde λ ∈ IR e t ∈ I ∈ IR
Portanto, uma parametrização para S é
f : IR × I −→ IR3
f (λ, t) = (g(t) + λa, h(t) + λb, λc)
10 Cone elı́ptico
Definição 19 Cone elı́ptico é a superfı́cie quádrica cuja equação cartesiana pode ser colocada na
forma
x2 y 2
z2 = + 2
a2 b
23
onde a, b ∈ IR∗+ .
OBS.: Quando a = b o cone é chamado circular.
Traços
x2 y 2
plano-xy : + 2 =0 ponto (0, 0, 0)
a2 b
x2 1
plano-xz : z2 = =⇒ z= ± x par de retas
a2 a
y2 1
plano-yz : z2 = =⇒ z= ± y par de retas
b2 b
x2 y2
plano z = k : + =1 elipse
(ka)2 (kb)2
z2 x2
plano y = k : − =1 hipérbole
(k/b)2 (ka/b)2
z2 y2
plano x = k : − =1 hipérbole
(k/a)2 (kb/a)2
24
Portanto, uma parametrização para o cone elı́ptico é:
11 Superfı́cie cônica
Definição 20 Superfı́cie cônica é a superfı́cie que se obtem movendo-se uma reta que passa por um
ponto fixo chamado VÉRTICE sobre uma curva chamada DIRETRIZ.
Seja P = (x, y, z) ∈ S e P 0 = (x0 , y 0 , c) o ponto da diretriz situado na reta que passa pela origem e
pelo ponto P .
Então, OP = λOP 0 ou, equivalentemente, (x, y, z) = λ(x0 , y 0 , c)
Da última igualdade obtemos
x = λx0 , y = λy 0 , z = λc
Daı́
x y
x0 = c e y0 = c
z z
Portanto, a equação de cartesiana de S se escreve como:
x y
F (c ,c )=0
z z
25
Suponhamos agora que a superfı́cie cônica S tenha vértice na origem O = (0, 0, 0) e sua diretriz
tenha equação:
G(x, z) = 0
y=b
x z
G(b ,b )=0
y y
Finalmente, se a superfı́cie cônica S tem vértice na origem O = (0, 0, 0) e sua diretriz tem por
equação:
H(y, z) = 0
x=a
y z
H(a ,a )=0
x x
Propriedade
Uma equação w(x, y, z) = 0 representa uma superfı́cie cônica S com vértice na origem se
Suponhamos agora que o vértice de uma superfı́cie cônica S esteja no ponto P0 = (x0 , y0 , z0 ) e que a
diretriz de S tenha a equação
F (x, y) = 0
z=c
Então
x − x0 = λ (x0 − x0 ) (1)
P0 P = λ P0 P0 =⇒ y − y0 = λ (y 0 − y0 ) (2)
z − z = λ (z 0 − z )
0 0 (3)
z − z0
(3) ... λ =
c − z0
(1) ... λ x0 = λ x0 + (x − x0 )
26
1 c − z0
x0 = x0 + (x − x0 ) =⇒ x0 = x0 + (x − x0 )
λ z − z0
c − z0
(2) ... y 0 = y0 + (y − y0 )
z − z0
c − z0 c − z0
F (x0 + (x − x0 ) , y0 + (y − y0 )) = 0.
z − z0 z − z0
Seja S um superfı́cie cônica com vértice na origem O = (0, 0, 0) e cuja diretriz tenha equação:
F (g(t), h(t)) = 0
z=c
f : IR × I −→ IR3
f (λ, t) = (λ g(t), λ h(t), λc)
27
Exemplo 12 Encontre a equação cartesiana e uma parametrização para a superfı́cie cônica S com
vértice na origem e diretriz
x2 + y 2 = 1
z=1
12 Superfı́cies de revolução
Definição 21 Superfı́cies de revolução são superfı́cies obtidas pela rotação de uma curva plana chamada
GERATRIZ em torno de uma reta fixa chamada EIXO situada no mesmo plano da geratriz.
Cada ponto da geratriz descreve em torno do eixo uma circunferência chamada PARALELO.
Cada posição da geratriz é chamada SECAO MERIDIANA.
Suponhamos uma superfı́cie de revolução S com curva geratriz no plano-yz de equação F (y, z) = 0 e
cujo eixo de revolução é o eixo-z.
p
O paralelo de altura z é uma circunferência de raio r = x2 + y 2 .
Como o paralelo intercepta o plano-yz nos pontos P1 = (0, r, z) e P2 = (0, −r, z) segue que (r, z)
ou (−r, z) satisfaz a equação F (y, z) = 0. Portanto, a equação cartesiana de S é dada por :
p
F (± x2 + y 2 , z) = 0
28
De modo geral, seja S uma superfı́cie de revolução com :
(1) equação da geratriz : F (x, z) = 0 ou F (x, y) = 0
eixo de revolução : eixo-x
p
equação de S : F (x, ± y 2 + z 2 ) = 0
Propriedade
Uma equação w(x, y, z) = 0 representa uma superfı́cie de revolução em torno de um dos eixos co-
ordenados se as interseções da superfı́cie com os planos perpendiculares ao eixo de revolução são
circunferências com centros neste eixo.
Seja S uma superfı́cie de revolução obtida pela rotação da curva C de equação F (y, z) = 0 em torno
do eixo-z.
Sejam y = g(t) e z = h(t), t ∈ I as equações paramétricas de C, onde I ⊂ IR é um intervalo
Seja θ o ângulo de rotação em torno do eixo-z
p p
Fazendo θ = π/2 temos que r = x2 + y 2 = y 2 = y = g(t)
29
Portanto, uma parametrização de S é:
Exemplo 13 Obtenha a equação da superfı́cie de revolução gerada pela rotação da curva dada em
torno do eixo especificado. Faça um esboço da superfı́cie.
x2 y 2
(a) elipse + 2 = 1 em torno do eixo-z.
a2 b
y 2 x2
(b) hipérbole 2 − 2 = 1 em torno do eixo-y.
b a
(c) reta z = x no plano-xz em torno do eixo-z.
13 Identificação de quádricas
Consideremos a equação
30
x x0
h i
onde X= y , X 0 = y0 e Q= u1 u2 u3
z z0
em que u1 , u2 , u3 são vetores unitários e ortogonais, a equação (?) pode ser rescrita como
(??) a0 x02 + b0 y 02 + c0 z 02 + g 0 x0 + h0 y 0 + i0 z 0 + j 0 = 0
j0 = j
e u3 = u1 × u2 .
Os vetores u1 , u2 , u3 são os unitários do novo sistema de eixos que permite escrever a quádrica na
forma (??).
31
TEOREMA
Seja S o conjunto dos pontos de IR3 que satisfazem a equação
Então
(1) se a0 , b0 e c0 tiverem o mesmo sinal, S é um elipsóide, um ponto ou ∅.
(2) se a0 , b0 e c0 forem não nulos e não tiverem o mesmo sinal, S é um hiperbolóide ou um cone
elı́ptico.
(3) se apenas um entre a0 , b0 e c0 for nulo, S é um parabolóide, um cilindro elı́ptico, um cilindro
hiperbólico, dois planos concorrentes, uma reta ou ∅.
(4) se dois entre a0 , b0 e c0 forem nulos, S é um cilindro parabólico, um par de planos paralelos ou um
plano.
Referências
32