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1. O que é exposição?

Exposição se refere à quantidade de luz usada para formar uma


fotografia.

Conseguimos ver tudo no mundo porque tudo reflete luz* – isso já aprendemos lá no
ensino fundamental. E é graças à esse princípio que a fotografia existe!

Toda vez que vamos fotografar uma certa quantidade de luz, de acordo com o que tem
lá fora, passa pela lente e chega no sensor ou filme. Cada pedacinho de luz contém um
pouco de informção: é a luz refletida dos objetos que está indo até o nosso olho e,
também, até a nossa câmera.

Para nossa câmera criar as imagens estáticas que chamamos de “fotografia” uma certa
quantidade de luz deve passar pelas lentes por um tempinho para que possamos
reproduzir um momento.

Essa luz não pode ser demais ou nossa foto ficará superexposta. Ou seja, ela ficará clara
demais!

Essa luz também não pode ser de menos ou nossa foto ficará subexposta. Ou seja, ela
ficará escura demais!

Aposto que você já lidou com situações em que as fotos ficaram muito claras ou muito
escuras, certo? Às vezes usamos isso à nosso favor como um efeito. Mas a princípio
buscamos fotos com uma exposição balanceada.

A exposição é baseada em três fatores: abertura do diafragma + velocidade do


obturador + ISO

Esses três fatores serão explicados mais adiante. São eles que controlam a luz que será
transformada em imagem.

Como expor corretamente?


As câmeras possuem mecanismos para nos dizer quando a exposição está correta. Nem
sempre a câmera está certa, mas com a experiência podemos nos basear no que ela nos
diz para expor exatamente do jeito que queremos as diferentes situações!

Ao olhar no visor da câmera conseguimos ver uma régua de exposição. Ela nos conta
como está a exposição da nossa imagem com a quantidade de luz que está entrando
pelas lentes!

Como essa régua funciona ou se parece depende um pouquinho da sua câmera, mas
basicamente ela é assim:

Este pequeno retângulo embaixo mostra a exposição atual da sua imagem! Se ele estiver
bem no meio é porque a sua câmera considera que a cena está bem exposta. Neste caso
pode bater a foto pois a quantidade exata de luz vai entrar para que criar uma imagem
bem exposta.

Se o retângulo estiver mais para a esquerda sua cena está subexposta e se estiver mais
para a direita, superexposta.

Subexposição:

Uma foto está subexposta quando uma quantidade insuficiente de luz entrou na câmera
pelas lentes. Quando isso acontece vários pontos da imagem ficam pretos: sem
informação nenhuma de cor ou luminosidade.

Superexposição:

Uma foto está superexposta quando muita luz entrou na câmera. Quando isso acontece
vários pontos da imagem ficam “estourados”: brancos e sem informação nenhuma de
cor ou luminosidade.

Modo de medição de exposição


Se sua câmera possuir a configuração do modo de medição de exposição (ou metering
mode) é interessante saber como configurá-lo. Existem vários metering modes que
ajudam a câmera a saber melhor quando a imagem está bem exposta.

Em situações em que o fundo está muito claro (por exemplo: um fundo branco ou com
uma luz direta) é importante configurar sua câmera para expor somente o que está no
“meio” do visor. Assim ela desconsidera a parte muito clara (ou muito escura) e você
tem uma exposição mais correta. De qualquer forma dê uma olhada no seu manual para
maiores detalhes!

* Obs.: as formas como cada coisa reflete a luz diferem entre si, por isso conseguimos
ver os diferentes objetos e cores. Nosso olho e a câmera trabalham de forma parecida –
absorvendo o espectro de cores e luminosidade de tudo que está a nossa volta! A cor
preta, por exemplo, absorve toda a luz, enquanto a cor branca reflete toda a luz.

2. O que é abertura do diafragma


O diafragma é um “olhinho” que abre na hora de tirarmos a foto para
que a luz passe. Controlamos a abertura desse olhinho para expor
corretamente.

A primeira configuração que vamos ver para o controle da quantidade de luz que entra
na nossa câmera (exposição) é a abertura do diafragma.
O diafragma fica na sua lente e se parece com isso:

É simples: quanto maior for a abertura que você configurar mais luz entrará pela lente!
Quanto menor for esse valor, menos luz entrará.

Quando você está em uma situação de baixa luminosidade a tendência é usar uma
abertura maior, para que o máximo de luz possa entrar, e vice-e-versa.

E como eu configuro a abertura?


A abertura do diafragma é medida em um valor “f”. Quando menor esse valor mais
aberto está o diafragma. Cada valor de “f” tem o dobro de área do próximo valor.
Procure no manual da sua câmera a forma de alterar a abertura na hora de tirar as fotos.

Lentes e abertura
Lembre-se: cada lente tem seu diafragma e um limite de abertura. Algumas lentes
conseguem um valor de f1.4 (bem aberta!) até f22 e outras conseguem um valor de f5.6
até f16. Pense nisso na hora de comprar suas lentes: dependendo do tipo de fotografia
que você pretende fazer é importante ter uma lente que tenha uma abertura bem ampla
para que entre mais luz.

A abertura e suas consequências


O uso de diferentes aberturas não só controla a passagem de luz como tem como
consequência alguns fatores como menor profundidade de campo e aberrações,
dependendo da lente. O principal fator criativo que devemos observar é a profundidade
de campo.

Nas próximas lições você aprenderá mais sobre a profundidade de campo, mas a
princípio já vai lembrando: quando você usa uma abertura maior (valor f mais baixo) a
profundidade de campo diminui, quando você usa uma abertura menor (valor f mais
alto) a profundidade de campo aumenta.

Veja o exemplo em fotos:


f1.8 - Várias partes da foto estão “embaçadas”

f16 - Todos os elementos estão em foco

3. O que é velocidade do obturador


A velocidade é a quantidade de tempo que o diafragma ficará aberto
expondo o filme ou o sensor. Quando mais tempo, mais luz entra.

Viu só como a parte técnica da fotografia é fácil? A velocidade é super simples de


entender: quando mais tempo você deixar o diafragma aberto mais luz vai entrar e expor
o sensor ou o filme. Se você deixa menos tempo, menos luz entra.

Como a velocidade de exposição normalmente está em frações de segundo a maioria


das câmeras mostra somente a parte de baixo da fração.

Ou seja: se estou deixando meu sensor ser exposto à luz durante 1/100s a minha câmera
vai mostrar “100”. Quando passamos a lidar com exposições mais longas, de 1 segundo
ou mais, a câmera mostra 1’, 2’, 3’ e assim por diante.

A velocidade e suas consequências


Assim como a abertura, a velocidade controla a quantidade de luz que chega no sensor –
sempre com consequências que usamos de forma criativa. Algumas delas são:

Congelamento

Quando usamos uma velocidade alta conseguimos captar objetos que estão se
movimentando como se estivessem parados.

1/250 - Com uma velocidade alta conseguimos ver a água da cachoeira detalhadamente

Movimento

Quando usamos uma velocidade baixa tudo que está em movimento começa a ficar
embaçado. Assim conseguimos ter essa impressão de movimento da cena.
1/3 - Com uma velocidade baixa temos um efeito de movimento

Cuidado na hora de apertar o botão: o movimento da própria câmera pode


tremer a imagem em velocidades mais baixas!

4. O que é ISO ou ASA


ISO é a sensibilidade do sensor ou do filme. Quanto maior o valor mais
sensível é. E quanto mais sensível mais luz é absorvida.

O último fator que controla a luz de cada exposição é a sensibilidade chamada de


“ISO”. Você também vai escutar alguns chamarem de “ASA”, embora seja uma
nomenclatura mais abandonada.

Quanto maior o valor ISO mais sensível será o sensor ou o filme. No geral, quando
temos uma situação de bastante luz deixamos o valor ISO mais baixo para que a foto
não fique superexposta. Quanto temos pouca luz deixamos o valor de ISO mais alto
para que a foto não fique subexposta.

Os valores de ISO variam muito de câmera para câmera. Você vai encontrar valores de
80 a 3200 e muitos outros além (também chamados de “alta sensibilidade”).

O ISO e suas consequências


Mais uma vez a mudança desse valores não afeta somente a exposição: no caso do ISO
quanto maior o valor de sensibilidade mais ruído será encontrado no resultado final.

O ruído é uma aberração que deixa a imagem com “pontilhados” de iluminação e cores
– deixando a imagem menos nítida.

Veja exemplos abaixo:

ISO 200 - Imagem limpa e nítida


ISO 3200 - Podemos notar na imagem manchas de iluminação e cores, o famoso ruído.
Principalmente na cor preta.

5. O que é Balanço de Branco


O Balanço de Branco faz com que as cores da nossa foto sejam iguais às
cores da realidade, dependendo da luz que está iluminando nossa cena.

Lembra que no começo contei que a luz bate em tudo que está por aí e reflete nos
nossos olhos e na câmera? Então: o balanço de branco existe porque existem vários
tipos de luz por aí. E dependendo da luz que bate na nossa cena as cores podem ficar
diferentes. Isso acontece porque cada tipo de luz tem uma temperatura de cor.

Ok, vamos por partes: às vezes fotografamos com a luz do sol. Às vezes fotografamos
com uma luz artificial como o flash ou uma lâmpada. Nosso olho é muito esperto então
conseguimos ver as cores corretamente em qualquer situação, mas as câmeras nem
sempre são tão espertas então precisamos contar para ela qual luz estamos usando para
que ela a interprete da forma correta. Assim o vermelho vai continuar vermelho e o azul
vai continuar azul e – como é de se imaginar – o branco continuará branco.

Temperatura de cor
A diferença entre uma luz e outra é a temperatura de cor – medida normalmente em
Kelvins.

Todo mundo já tirou uma foto iluminada por lâmpada que ficou amarelada. Isso
acontece porque a câmera não estava preparada para a temperatura de cor dessa luz.
Procure no seu manual a forma de mudar o Balanço de Branco na sua câmera:
normalmente você encontra todas as opções que você precisa: luz do sol, sombra,
tungstênio (aquela lâmpada antiga que gasta mais energia), lâmpada fria, tempo
nublado, luz de flash, entre outros.

Também é possível medir manualmente a temperatura de cor. Mas primeiro use os


ajustes automáticos para depois procurar fazer isso.

Com o balanço de branco deixamos a imagem com as cores reais, como a do meio.

6. Foco e profundidade de campo


Esses dois item definem a nitidez da nossa imagem – onde fica essa nitidez
(foco)? Quantas partes da foto ficarão nítidas (profundidade de campo)?
Foco
Todo mundo conhece o foco. Quando tiramos uma foto queremos que nosso destaque,
no geral, esteja nítido e visível. O foco pode ser manual ou automático. Manualmente
você gira o anel da sua lente. Nas lentes automáticas você pressiona o botão do
obturador somente um pouco (meio-toque) e a câmera irá fazer o foco automaticamente.

Profundidade de campo
A profundidade de campo define o quanto os objetos “próximos” do objeto que você
decidiu ser o foco estarão focados também.

Vamos passar a chamá-la de “DOF”, pois é mais curto. DOF vem de “Depth of field”,
Profundidade de Campo em inglês.

Quando o DOF é maior quer dizer que tanto os objetos à frente do escolhido como
ponto focal quanto os que estão atrás também ficarão com um bom foco.

Quando o DOF é menor os objetos à frente e atrás do objeto escolhido como ponto focal
ficarão sem foco antes.

Observe a comparação para entender melhor:

Neste caso somente o tamborzinho está em foco. A profundidade de campo é menor e


os objetos em volta estão desfocados.
Quando a profundidade de campo é maior os objetos em volta continuam nítidos (mas
nunca tão nítidos quanto o ponto principal de foco)

Fatores que influenciam a profundidade de campo


Abertura
Quanto maior a abertura, menor o DOF – e vice-e-versa.

Proximidade com o objeto


Quanto mais próximo do objeto você estiver, menor o DOF – e vice-e-versa.

Distância focal
Quanto maior a distância focal (“zoom”), menor o DOF – e vice-e-versa. Falaremos
mais sobre Distância Focal na próxima lição.

Veja alguns exemplos de uso do DOF:


Toda a paisagem está em foco, desde o céu até o chão, graças a uma abertura de f22 e
uma distância focal de 18mm

fundo desfocado graças à utilização de uma abertura f1.8

7. Distância Focal
Você deve conhecer como “zoom”. A distância focal define o campo de
visão de uma lente.

A distância focal é medida em mm (milímetros) e define o quanto você consegue ver a


partir de uma lente. Quando maior o valor, mais “fechado” será o ângulo de visão de
uma lente. Quando esse valor é menor, mais “aberto” será o ângulo de visão de uma
lente.

Veja abaixo exemplos para entender melhor. Nestes exemplos o fotógrafo está sempre
na mesma distância do assunto fotografado, a única coisa que muda é a lente!
• Fotografia
• Equipamento
• Edição
• Negócios
• Artigos diversos
• Podcast

Fotografando paisagens: tripé e outros


tremores

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Mais uma dica para quem gosta e quer fotografar paisagens espetaculares: use um tripé.

Novamente isso não é uma simples dica: é uma regra para os fotógrafos que querem
resultados espetaculares. Embora o tripé seja nosso amigo em várias situações, para o
fotógrafo de paisagem ele é essencial (assim como fotografar na Hora Mágica).

Quando queremos uma nitidez legal usamos uma velocidade alta o suficiente para a
câmera não detectar o nosso tremor ao segurá-la (e a não ser que você seja um robô
você sempre vai tremer um tiquinho ao segurar a câmera!). Mas quando queremos uma
nitidez para lá de legal, perfeita, usamos o tripé.

Mais
O tripé evita que você trema a câmera, mas existem outros fatores que podem fazer ela
tremer: a hora que você aperta o disparador e a hora que a câmera levanta o espelho
para exibir o sensor. São movimentos “bruscos” comparados ao tamanho do
equipamento, então temos que tomar cuidado com isso também.

Para conseguir que sua câmera fique super estável siga os modelos dos profissionais:

Use ,,. Evite comprar os mais baratinhos, vá em uma loja especializada, teste os
modelos e se quiser volte para casa para pesquisar os preços na internet. Mas tenha
certeza que é de qualidade.
Use um disparador remoto. Algumas câmeras já vem com controles remoto sem fio,
em outros casos você pode adquirir facilmente um modelo compatível com a sua
câmera para evitar o tremor de quando você aperta o botão disparador.

Use a função Mirror-lockup quando estiver usando lentes tele. Quando você dispara
uma foto o espelho levanta para expor o sensor e isso causa micro-vibrações na câmera
que em certas velocidades mais intermediárias pode causar perda de nitidez. Não custa
nada, você só precisar disparar duas vezes, uma para levantar o espelho e outra para
expor o sensor.

O resultado dessas dicas são fotos com nitidez de dar inveja!

Os segredos das fotos Nítidas

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Para fotos com nitidez máxima é imprenscindível seguir algumas dicas. Já falei um
pouco sobre isso nos artigos sobre Como segurar a Câmera e Tripés e outros tremores.
Vamos a um resumo com todas as informações diretas ao ponto? Definitivamente, quais
são as melhores formas de conseguir máxima nitidez na sua imagem?

O tripé é o segredo
A melhor forma de manter a câmera estável é usar um tripé. Assim ela com certeza não
irá chacoalhar enquanto expõe o sensor. A diferença entre o profissional e o amador é
que o profissional não se importa em carregar um pouco mais de peso levando o tripé
para todo lugar que vai.

Tripé de Qualidade

Compre um tripé de qualidade e alto. Ele deve ser de um material resistente e deve ter
uma cabeça com regulagem fina. A melhor forma de escolher um bom tripé é ir em
lojas especializadas em equipamentos fotográficos e testar. Pesquisando um pouco você
também já descobre as melhores marcas.

Segure firme
Caso não tenha um tripé ou o momento não permita usá-lo segure sua câmera de
forma firme. Mão direita na empunhadura e mão esquerda na lente. Quando possível
apóie a câmera em uma parede ou se segure em algum local bem firme e seguro.

Use um disparador remoto ou o timer


Ao apertar o disparador você pode induzir o tremor na exposição porque “empurra” a
câmera para baixo. Para um resultado ainda melhor utilize o timer ou um disparador
remoto (assim você não irá balançar a câmera só de apertar um botão contra ela).
Um disparador remoto faz uma diferença inacreditável

Use o mirror Lock-up


Para exposições médias use a função “Mirror Lock Up” ou equivalente da sua câmera
– assim evitamos tremores que vêm do próprio epelho se levantando para expor o
sensor. Procure no manual da sua Câmera para saber onde ativar esse recurso (será
necessário apertar duas vezes o disparador: uma para levantar o espelho e outra para
expor o sensor).

Utilize equipamento de qualidade


Lentes de pouca qualidade são as principais culpadas pela falta de nitidez no resultado
final. Invista em bons equipamentos e verá a qualidade técnica crescer bastante.
Também tome cuidado com filtros: os de baixa qualidade costumam fazer sua foto
perder nitidez.

Descubra a abertura mais nítida da sua lente


Cada lente tem um ponto de abertura onde a foto tem máxima nitidez. Normalmente é
um ou dois stops depois da abertura máxima (em uma lente de abertura máxima f 2.8 a
provável melhor abertura é f 5.6) e no geral se mantém até f 8.

Mas cada lente tem sua “personalidade” então o melhor é testar. Com lentes Zoom é
possível que cada Distância Focal tenha uma abertura de melhor nitidez equivalente.
Teste suas lentes e descubra. Abaixo vou mostrar o teste que fiz com uma das minhas
lentes.

Usando uma distância focal de 52mm, ISO 400 e variando somente a abertura e a
velocidade (sempre com tripé, disparador remoto e Mirror Lockup só para garantir
máxima nitidez) fiz fotos de comparação de uma casa, focando no número na parede. A
foto é essa:
Agora veja a comparação a seguir: o número, que foi meu ponto de foco, está com a
máxima nitidez de cada abertura. Note a diferença de nitidez de uma abertura para
outra:

É bom lembrar que você deve adequar a abertura com melhor nitidez com a abertura
que dá a profundidade de campo que você deseja.

Neste site você compara lentes e aberturas de uma mesma lente. Infelizmente somente
para canonzeiros. :)

Mantenha tudo limpo


Outro motivo simples de falta de nitidez é a limpeza dos itens que compõe a câmera.
Sempre mantenha bem limpo o seu sensor – se não souber como limpar sozinho vá em
uma assistência técnica de confiança, pois é preciso muito cuidado ao lidar com o
sensor.

Também mantenha limpos os seus filtros, a parte interna da câmera e, principalmente,


suas lentes.

A nitidez perfeita
Como você pode ver para conseguir uma foto com máxima nitidez é preciso observar
muitos detalhes. Com um pouco de investimento e muito cuidado conseguimos
resultados espetaculares!
Fotografando Paisagens: a hora mágica

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Embora eu costume falar bastante de retratos por aqui vou variar um pouco para a
fotografia de Paisagens. Sabe aquelas fotos magníficas de paisagens que aparecem em
revistas consagradas como National Geographic? Sabe o que elas têm em comum? 99%
delas foram tiradas na hora mágica.
Antes do sol se pôr

É a hora em que as cores ficam mais agradáveis, os contrastes diminuídos, a saturação


lindamente aumentada, os detalhes e texturas revelados e as sombras suaves:

Mais ou menos meia hora antes e depois do nascer do sol e meia hora antes e depois
do pôr do sol.
“Mais ou menos” pois depende de onde você está e qual época do ano. É preciso muita
observação e ser rápido: a hora mágica dura pouco e a luz, nestes momentos, muda a
cada minuto.

Depois do sol se pôr: riqueza de cores no céu

Para que fotos de Paisagens fiquem bonitas essa não é uma dica, é uma regra. Se quer
um resultado perfeito a primeira coisa a se fazer é fotografar na hora mágica. Não é
exagero meu. Qualquer paisagem só fica realmente bonita na hora mágica.

Então lembre-se: paisagem = hora mágica

O motivo
O motivo é a luz. Durante esses momentos a luz do sol tem uma incidência no local
onde estamos que deixa o clima perfeito para fotos de paisagens:
Depois do sol se pôr

• Cores: as cores ficam lindamente mais saturadas e a riqueza de tons é muito


maior. É a coloração mais rica do dia.
• Sombras: a posição do sol faz com que sombras fiquem suaves e alargadas,
delicadas… isso também ajuda a mostrar delicamente todas as texturas de terra,
água e construções.
• Contraste: o contraste entre céu e terra fica menor, assim o céu não vira
simplesmente uma mancha branca para que a terra fique com uma exposição
bacana.

Antes ou depois?
Quando você está fotografando algum assunto que não é o céu a luz de um pouco antes
do sol se pôr normalmente é a ideal. Quente e aconchegante.

Quando você está fotografando o céu ou o céu está aparecendo o melhor momento é
depois do pôr do sol, as cores do céu são reveladas incrivelmente variadas e saturadas.

Isso também vale para o nascer do sol (só que ao contrário).

Exemplos
Saí para fazer umas fotos especialmente para este artigo. Um fim de tarde no Parque
Tanguá, aqui de Curitiba. É o parque “queridinho” dos fotógrafos porque tem um pôr do
sol lindo e acessível.

Abaixo uma sequência de fotos do mesmo céu – só com diferença no enquadramento –


tiradas com apenas 10 minutos de diferença entre elas. Só editei o contraste e saturação
pois fotografei tudo em RAW, de resto sem edições:
Neste dia o sol se pôs mais ou menos no momento da segunda foto. Lembre-se que
depois do show do pôr do sol ainda temos alguns minutos de luz linda, ainda mais linda
do que no momento exato. Até que o céu vire um breu completo as cores vão variando,
e algum desses momentos pode resultar em fotos maravilhosas.

Veja mais algumas fotos tiradas no dia:


Texturas e cores um pouco antes do sol se pôr

Depois que o sol se põe o céu mostra suas cores

Então como primeira dica para os que pretendem fotografar paisagens: nada de sol a
pino! Fotografia de Paisagem é na hora mágica.
Eu não uso tripé

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Já comentei nos artigos Os Segredos das fotos Nítidas e Fotografando Paisagens: Tripé
e outros tremores que o Tripé é o melhor amigo do fotógrafo e sem ele não
conseguimos fotos 100% nítidas. É um dos primeiros acessórios a serem comprados
com a aquisição da sua câmera. Mas a verdade é que… eu mesma pouco uso o tripé.

Calma! Eu não estava mentindo quando disse que ele é essencial. O tripé, na teoria, é
um dos melhores equipamentos para se ter na hora de conseguir fotos super nítidas.
Mas como dizia o sábio: “na prática a teoria é outra” (sim, o objetivo é ser
contraditório).

Devo comprar um tripé?


Sim. Independente se você vai usar muito ou não, todo fotógrafo deve ter um tripé –
acredite, ele ajuda em muito em diversas situações, nem que seja para segurar alguma
luz rs… Algumas pessoas vão usar ele mais, outras menos. Então não duvide disso, ter
um tripé é sim essencial para todos. A pergunta certa a fazer é…

Quanto devo gastar no tripé?


O segredo está na qualidade do tripé. Obviamente se você usará ele pouco não precisa
investir no top de linha. Se suas fotos não existem sem um tripé de qualidade
obviamente você vai comprar o melhor que puder. Algumas dicas:

• Se você fotografa retratos como eu não é necessário investir muito neste


equipamento. Correr atrás de crianças ou ir para lá e para cá em um casamento
com um tripé “pendurado” na câmera não é nada prático e suas fotos só vão sair
piores por isso. O tripé vai servir para ocasiões específicas e quando você
estiver com vontade de fotografar algumas paisagens com máxima nitidez.
• Se você fotografa natureza, arquitetura e still – que têm “modelos” mais
quietinhos – um bom tripé é um investimento importante. É preciso que ele
tenha regulagens de qualidade e seja forte para aguentar correria e bastante uso.
Se o objetivo é bem específico – como fotografar estrelas/luas/planetas/etc –
saiba que um tripé especial será o equipamento mais importante do seus set.

Veja o tipo de fotografia que você gosta e saiba que o melhor amigo do fotógrafo pode
ser um mero coadjuvante em algumas situações.
Como fotografar o pôr do sol

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O pôr do sol é um momento incrível que se repete todos os dias mas não cansamos de
admirar e fotografar. Mas para conseguir belas fotos desse momento é bom prestarmos
atenção à alguns detalhes:

Exposição
A sua câmera sempre diz o que parece ser a melhor exposição. Mas só o fotógrafo atrás
da câmera vai saber quando “desobedecer” à exposição indicada pela própria câmera.
Quando se trata do pôr do sol a foto só ficará realmente com aquela aparência
espetacular se você subexpor a foto. Isso porque a claridade do Sol é realmente forte e
se quisermos usá-la ao nosso favor precisamos dimiuir bem a quantidade de luz que
chega no sensor para conseguir ver os detalhes do céu. Veja abaixo um exemplo disso:
Na foto de cima a foto está subexposta e assim podemos ver os detalhes do céu e
nuvens, além de capturar as belas cores desse momento.

A foto debaixo é a mesma, só editei no Lightroom para simular o que a câmera indicaria
como uma exposição correta (e consegui isso graças ao uso do arquivo RAW ^^).
Realmente os barcos, a bicicleta e a areia estão “bem expostos”. Mas a magia do
momento sumiu totalmente. Não era isso que eu estava vendo no momento.
Então não tenha medo de subexpor.

As fotos de pôr do sol podem ser realmente nítidas porque com a quantidade de luz
disponível podemos usar as configurações mais seguras: ISO 100, Diafragma bem
fechadinho e velocidade alta.

Composição
Embora o momento seja lindo por si só temos que considerar que você está vendo o Pôr
do Sol de algum lugar, por isso tentar incluir elementos extras deste local adicionam
uma beleza mais única à foto. Abaixo, por exemplo, o barco e o mar têm mais destaque
do que o próprio pôr do sol.

O céu e as nuvens também podem merecer destaque na composição. Admito que adoro
a aparência de fotos com o pôr do sol em evidência e um enorme céu acima. Se as
nuvens estiverem realmente bonitas o efeito pode ficar ainda melhor, pois a iluminação
sobre elas vai estar no seu melhor momento, como abaixo:
Cores
As cores desse momento são únicas. Cuidado com o Balanço de Branco que sua câmera
selecionar automaticamente: ela pode pensar que está tudo amarelo demais – e
realmente está – e tentar compensar isso fazendo a foto ficar sem graça e sem o dourado
característico do momento.

Também podemos fugir do padrão e fazer fotos em Preto e Branco – é menos comum,
mas igualmente belo.
Você também gosta de fotografar o pôr do sol? Compartilhe suas fotos no nosso Grupo
do Flickr ou comente aqui suas dúvidas :)
Antes de fotografar, olhe

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A câmera não faz nenhuma diferença. Todas elas podem gravar o que você está vendo.
Mas você tem que VER
Por Ernst Haas

Essa frase de Haas resume algo essencial de ser lembrado: antes de colocar o seu super-
mega-fodástico equipamento na frente da sua carinha, olhe para o que vai fotografar
sem lentes no meio do caminho. Use aquele equipamento que todo mundo tem igual:
seus olhos. Com os olhos podemos poupar cliques inúteis e perceber cliques
extraordinários.

Paisagens
Ao fotografar uma paisagem evite chegar, montar seu tripé e sair clicando. Dê voltas
pelo local, olhe todos os detalhes que podem ou não aparecer na composição, veja o
comportamento das linhas, das formas. Olhe para cima. Olhe de cima. Preste atenção de
onde a luz está vindo. Preste atenção no formato que as sombras estão tomando. Veja de
perto as texturas, veja de longe os formatos. Conheça todos os ângulos para aí sim
montar seu equipamento e começar a fotografar as composições pensadas.

A foto abaixo é a foto padrão que todo fotógrafo curitibano tem do Parque Tanguá
(super queridinho de quem quer treinar fotografia porque além de lindo tem um pôr do
sol que todos os dias dá um show).
Tentando aplicar o olhar diferente fiz esta outra foto abaixo. Ok, não está espetacular ou
totalmente especial. Mas com certeza sai do sentimento seguro (mas sem tanta
criatividade) daquela foto tradicional de cartão postal dando menos atenção para o
monumento principal.

Ande um pouco e conhecerá novos ângulos.

Perceba os backgrounds e “upgrounds”


Quando for fotografar um assunto específico olhe em volta e veja os backgrounds. São
neutros o suficientes? São não-neutros de forma a ajudar na foto? Olhando para todos os
lados quais são as opções que você tem? Também é interessante olhar para os
“upgrounds”. Ou seja: fotografando ligeiramente mais de baixo você pode ter um
“background” que estava em cima do seu assunto fotografado! Vale o mesmo de cima
pra baixo (“downgrounds”? Esse soa esquisito rs).

Na imagem abaixo simplesmente fotografar de um nível mais baixo (de baixo pra cima)
fez a foto ficar com menos gente atrapalhando no fundo e a bela iluminação do teto deu
destaque ao buquê:
Na foto abaixo o background adicionou à imagem com suas texturas e cores, mas ainda
sendo neutros colocando os noivos super em evidência:
Já na foto abaixo o fundo atrapalharia se estivesse em foco também, a solução foi
evidenciar a modelo deixando somente ela em foco e se destacando do fundo com a luz
de cabelo/contorno:
Aproveite para nessa hora retirar ou mover objetos que podem atapalhar ou ajudar na
composição.
Quando necessário se antecipe
Mas nem sempre é possível ter tempo suficiente para analisar tudo na hora de
fotografar. Por exemplo: você não pode posar a noiva, na hora da entrada, no lugar com
o fundo mais bonito. Por isso você pode se antecipar conhecendo o lugar e posicionando
as únicas coisas que você terá controle: você e suas luzes! =) Olhe em volta, antecipe o
que vai acontecer e na hora de fazer a foto os resultados serão os melhores possíveis.

Olhe e pense
Mas uma foto não é feita só de composição e iluminação. Seja lá o que você estiver
fotografando saiba qual é o seu objetivo, o que você quer/precisa mostrar, e tente ver
com esses olhos. O objetivo é mostrar a beleza de um lugar? O objetivo é mostrar uma
emoção? Um momento? Olhe com os olhos, analise com a cabeça e só então comece
a pensar na parte técnica. :)

Equipamento para fotografar comida


Câmera

Embora seja possível tirar fotos ótimas com qualquer câmera vamos partir do princípio
que você tem mais controle por isso está lendo este artigo: então daqui pra baixo vou
tratar de assuntos para quem tem ou quer ter uma câmera com controles manuais e,
preferencialmente, possibilidades de troca de lentes. Qualquer SLR serve. Não é
necessário ter uma top de linha para fotografar comida.

Lente

Para criar aquele efeito magnífico de profundidade (com um DOF bem curto) é
interessante ter uma lente clara, entre 1.8 e 2.8. Na minha opinião ser uma lente macro
não é essencial, afinal você pode tirar a foto de longe com uma tele ou mesmo
aproximar depois na pós-produção. O importante é que seja uma lente de qualidade e
bem nítida.
Uma lente bem barata e que faz milagres na hora de fotografar comida é uma 50mm
1.8. Você não vai precisar se aproximar tanto e a abertura vai possibilitar utilizar
bastante iluminação ambiente, além de criar aquele DOF que dá o charme. Também
existem opções no mercado de lentes mais tele como 85mm ou Zoom. No momento eu
utilizo uma Canon 50mm 1.8 e uma Sigma 24-70mm 2.8.

Iluminação

Se você não tiver flash a luz natural pode ser o suficiente. Mas o inconveninente de
depender de luz natural é que você só vai poder fotografar de dia… rs… veja um
exemplo de foto utilizando luz natural:
A “luz da lâmpada” também poderia ser considerada “luz natural”, mas ela é bem mais
fraca e você precisará deixar as configurações bem apuradas para que fique nítido.

Evite com todas as forças usar o flash embutido da câmera. Utilizar um ou mais flashes
externos é o ideal: para um efeito suave use sombrinhas ou difusores. Ao usar flash
diminua sua intensidade para poder usar a abertura mais ampla. Se possível aposte na
luz contínua.

Abaixo um exemplo de foto utilizando luz contínua, sem difusores:


Como você pode ver no setup desta foto não utilizei nenhum difusor, por isso as
sombras estão duras:
Mas você não precisa ter um estúdio para montar sua bela foto. Cuidando com o que
tem em volta você pode tirar a foto na própria cozinha! Veja a foto abaixo:
Eu queria fazer uma foto da janta sem pretensão nenhuma, então deixei o prato em cima
da mesa com bagunça e tudo! Como você pode ver no setup abaixo usei o flash com
rebatedor, uma parte da luz foi para o fundo e a outra preencheu a iluminação do prato:

Se o interessante da comida for sua textura é legal manter uma luz mais direcional.

Tripé

Ter um tripé é bastante interessante, principalmente se você estiver utilizando luz


natural. Para aproveitá-la mais você terá que usar uma velocidade mais baixa e para
conseguir uma foto bem nítida será essencial utilizar um tripé. Se você não tem um tripé
lembre-se de usar velocidades mais altas, pois fotografia de comida não é nada se não
estiver nítida.

Configurações do equipamento
Repetindo: fotografia de comida não é nada se não estiver nítida. Então tente manter
as configurações formatadas de forma que você consiga aproveitar a luz mas mantenha
a niditidez.

ISO: Use o ISO mais baixo possível. Usar ISO alto faz sua imagem ficar mais
granulada e com menos contraste.

Abertura: Controle a abertura para que seja possível manter um DOF interessante. Se
quiser deixar mais alimentos em foco feche um pouco, se quiser somente um pedacinho
em foco deixe na máxima abertura da sua lente. Você pode “melhorar” esse efeito de
profundidade na pós-produção caso não tenha uma lente muito clara.

Velocidade: de acordo com os dois itens acima calcule a velocidade necessária para
uma exposição correta. Se for muito baixa (em média abaixo de 1/100, mas depende da
distância focal) use um tripé.

E lembre-se: sempre que possível fotografe em RAW.


A velocidade mínima de cada distância
focal

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Um leitor perguntou:

É verdade que existe uma velocidade mínima que, abaixo dela, é impossível fazer a foto
com a câmera na mão pois ela não ficará nítida?

É verdade e mentira ao mesmo tempo. Vamos lá:

Velocidade mínima
A regra básica utilizada em contextos gerais é: a velocidade mínima que você
conseguirá usar para que a foto saia nítida com a câmera na mão é 1/distância focal.
Por exemplo: se você está usando uma lente 50mm a velocidade mínima a se usar é
1/50′ e se você está usando uma 200mm a velocidade mínima para conseguir nitidez é
1/200mm.

Essa é uma regra bem simplificada. Na realidade existem diversos fatores que podem
influenciar ela:

• existem pessoas que conseguem segurar a câmera mais firme, e outras já


balançam tudo na hora de apertar o disparador
• se você está usando flash em um ambiente escuro ele vai “congelar” o assunto
iluminado mesmo com uma velocidade bem baixa
• se você está fotografando algo em movimento quanto mais demorada for a
exposição maiores são as chances de que a imagem não fique 100% nítida
• se você está usando lentes super tele as chances de tremer a foto são gigantescas,
por isso quando estão usando lentes acima dos 300mm os profissionais não
dispensam o tripé, mesmo com velocidades altas as super teles precisam estar
bem estáveis para fotos com boa nitidez

Então a resposta definitiva é: depende! Depende da sua lente, depende da sua firmeza e
depende do contexto em que a foto está sendo tirada ;)
Como desfocar o fundo das fotos

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É claro que você pode desfocar o fundo de suas fotos usando o Photoshop. Mas esse é o
caminho mais difícil, demorado e cujos resultados ficam menos satisfatórios. Aqui vou
explicar como conseguir esse efeito – que é basicamente uma marca da fotografia
profissional – na hora de fotografar. Lembre-se: para ter total controle sobre esse
efeito é preciso ter uma câmera que permita configurações manuais e conhecer o básico
sobre a profundidade de campo.

O que é o fundo desfocado?


Aquela parte da foto toda desfocada na realidade pode ser chamada de bokeh (ninguém
sabe de fato como se pronuncia, eu digo boquê.) É possível fazer fotos com bokeh sem
ter nada em foco (a imagem é resultado dos borrões) mas neste artigo vamos tocar em
um ponto principal: queremos um assunto em foco e o fundo embaçado.

A “quantidade” de bokeh – proporcional à profundidade de campo – é resultado de


quatro fatores principais:

1. Distância focal
Quanto maior a distância focal de uma lente, ou seja, quanto menor o ângulo que a lente
alcança, menor será a distância focal. Isso faz com que focalizar no nosso assunto com
uma grande angular produza menos desfoque do que focalizar nosso assunto com uma
teleobjetiva.

2. Distância entre assunto e lente

Quanto mais próximos estamos do assunto fotografado menor será a profundidade de


campo. É por isso que macrofotografia tem um DOF muito curto: estamos super perto
do assunto. Quanto mais próximo você estiver do assunto, mais desfocado ficará o
fundo.

3. Abertura de diafragma

A abertura do diafragma também é um ponto super importante na hora de desfocar o


fundo. Se estivermos usando uma abertura de f/1.4 o fundo ficará muito mais desfocado
do que se estivermos usando uma abertura de f/11. É claro que só ficará em foco o
assunto aonde estamos focando, sempre. A diferença é que com uma abertura maior o
fundo irá ficar mais embaçado ainda do que usando uma abertura menor.

4. Distância entre assunto e fundo

Naturalmente a distância entre o assunto e o fundo também faz uma grande diferença.
Quanto mais longe o fundo estiver das áreas aceitáveis de foco da profundidade de
campo mais desfocado ele ficará!

Na prática…
…nem sempre é possível usar todas as técnicas. Quando se está usando uma
teleobjetiva para um retrato vai ser difícil chegar muito perto para conseguir os
enquadramentos necessários, por exemplo. Mas seguindo alguns desses itens já é
possível ter uma profundidade de campo que irá resultar em belos e verdadeiros
desfoques!

Esse é um dos efeitos da fotografia impossível de se reproduzir na pós-produção, o que


deixa ele mais dependente da técnica de quem está fotografando =) Além de retratos e
macrofotografia é também ótimo para criar efeitos criativos.

E você, gosta de usar a profundiade de campo para resultados diferenciados? Eu adoro!

ISO alto: usar ou não usar, eis a questão

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• Se você não sabe o que é ISO aproveite para ler a lição 4 do Aprenda a
fotografar em 7 lições: O que é ISO?

Usar um valor de ISO alto normalmente salva nossa pele em momentos de pouca luz –
quando não podemos usar flash ou procuramos um efeito de luz totalmente natural. O
problema de usar o ISO alto é sua consequência: o ruído.

A quantidade de ruído na imagem vai depender muito da sua câmera. Algumas câmeras
apresentam bastante ruído já no ISO 400, outras podem usar ISO 3200 e ainda terão
bastante nitidez. As sombras da imagem são a parte mais comprometida pelo ruído.

Esse ruído criado digitalmente simula a utilização de ISOs mais altos

Mas quando se trata de ruído quero ir mais além: ruído é tão ruim assim? Percebo por aí
muita gente com medo do ruído. Usam métodos diversos de iluminação artificial, uso de
tripé, plugins na edição… somente para não precisar encarar imagens com ruído.

Quando o ruído não atrapalha


Muitas vezes o ruído ao invés de deixar a foto feia adiciona uma aparência muito
melhor. Adicionando um clima mais delicado, nostálgico ou distante (o tipo de foto que
é tirada sem o assunto perceber, fazendo ela ser mais espontânea):
Quando o ruído atrapalha
O ruído só atrapalha mesmo quando um dos objetivos da sua foto é, necessariamente,
ter nitidez. Como em fotos de grupo (com ruído cada carinha pode ficar irreconhecível),
fotos de produto para publicidade e retratos que precisam de detalhes. Normalmente a
melhor forma de fugir do ruído é fazendo fotos com iluminação artificial em estúdio
(que permite usar o ISO mais baixo possível) ou em momentos de muita luz natural.
Nenhum ruído e nitidez máxima com ISO 100 graças à iluminação artificial

Lembrando que todo esse controle que temos sobre o ISO é uma regalia da fotografia
digital: na fotografia analógica quem mandava no ISO era o filme, não a câmera. Ao
colocar um filme de sensibilidade 100 você era “obrigado” a tirar todas as poses com
aquele ISO. Hoje podemos trocar, em cada foto, a sensibilidade do nosso sensor, tendo
muito controle sobre o resultado final.

Eu não tenho mais medo de usar ISO alto, e você?

O guia definitivo da Regra dos Terços na


fotografia

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As áreas de design, arte e fotografia têm muitas regras em comum. Talvez pela
característica encontrada em todas: a percepção de estética e a nossa reação à ela.

Regras são feitas para serem seguidas – e quebradas


Não são “regras” que alguém simplesmente inventou, são regras que existem para que
quem está vendo a peça consiga entender o que o designer/artista quer passar, e de uma
forma agradável.

Pois bem, vou tratar de uma regra super-falada, mas que nunca custa frisar pois é bem
importante. Ela é usada desde a época quando fotografias não exisitiam (pois é, houve
uma época assim) e quem retratava em telas a realidade eram os pintores.

Além do indivíduo que vê a foto conseguir viajar o olhar do jeito que o fotógrafo
previu, essa viagem é muito mais agradável quando utilizamos as regras certas ao criar
nossas composições – seja uma foto, uma pintura ou um cartaz.

Regra dos terços – um resumo


Não é necessária muita explicação para entender essa regra: pegue a sua imagem e
desenhe mentalmente um “jogo da velha” nela. Os pontos importantes da sua foto
devem ficar em alguma das 4 convergências dessas linhas recém-desenhadas. Se
existirem linhas na imagem, dê preferência em posicioná-las junto às linhas do jogo da
velha. Abaixo, nos pontos vermelhos, você vê aonde enquadrar os itens preferenciais da
foto:

Usando as convergências – imagens mais fáceis


O segredo é que cada foto tem suas características próprias e nem sempre é fácil definir
o que vai nas bolinhas. Abaixo você vê um exemplo quando a decisão não é tão difícil:
como o objetivo era dar destaque ao passarinho ele foi colocado em uma das
convergências.

Imagens mais complexas


Essa foto do Museu Oscar Niemeyer (o “queridinho” dos fotógrafos de Curitiba) pode
até parecer que não tem nada de mais, mas se olharmos mais “de perto”, veremos a
regra dos terços em várias instâncias.
1. O exato centro do cone do meio encontra-se com a borda do cone que está em
primeiro plano neste ponto, onde há uma convergência.

2. Os dois cones em segundo plano ocupam o lugar da linha que divide a foto em três
horizontalmente.

3. O fim do cone em primeiro plano acontece bem na linha que divide a foto em três
verticalmente.

4. Um pequeno detalhe que achei que deixou tudo mais interessante: essa borda que
divide um dos 9 quadros da foto diagonalmente.

Eu diria que é brilhante se a foto não fosse minha… rs…

Horizontes
Às vezes, como em uma foto de paisagem, você vai se concentrar nas próprias linhas do
terço. É mais simples do que você imagina: não centralize o horizonte. Não centralize a
árvore. Não centralize o monumento. Não centralize as linhas.

Se o céu está mais interessante, deixe ele em evidência colocando a linha do horizonte
no terço inferior.

Se o céu não tem nada demais e você quer dar destaque para o que está abaixo dele,
coloque a linha do horizonte posicionada no terço superior. Foto do amigo André
Beltrame.

Quebre essa e outras regras de vez em quando


Pela-mor-de-Deus gente. Estou frisando a regra dos terços que tem como mote a “não
centralização” dos pontos de interesse na imagem, mas existem outras regras, e temos
que usar o bom senso e a experiência para juntá-las e criar a composição mais
harmoniosa possível.
Nesta foto dá para ver também, claramente, o princípio da simetria. E sim, a foto está
centralizada verticalmente. O segredo é não só saber a regra, mas também quando
utilizá-la.

Apesar da foto estar centralizada verticalmente encontramos o fim da escada na linha do


terço inferior, as luminárias nas convergências superiores e os olhos da estátua na linha
do terço superior. Mais uma vez, diria que é brilhante se não fosse uma blogueira
modesta. :)

Sobrou alguma dúvida? Comente!

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