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19/08/2009

Estudo Físico-Químico dos Gases

Prof. Alex Fabiano C. Campos

Gás e Vapor
Diagrama de Fase

Gás

Vapor

• Gás: fluido elástico que não pode ser condensado apenas por aumento de
pressão, pois requer ainda um abaixamento de temperatura.
• Vapor: fase que pode coexistir em equilíbrio com a fase líquida. Pode ser
condensado apenas por aumento de pressão ou abaixamento de temperatura.

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Características dos Gases


• Os gases tendem a ocupar o volume total de seus recipientes.
• Apresentam alta compressibilidade e expansibilidade.
• Os gases sempre formam misturas homogêneas com outros gases.
• As forças intermoleculares dos gases são muito pouco intensas.

Teoria Cinética Molecular – O Gás Ideal


• Teoria desenvolvida para explicar o comportamento dos gases em condições ideais.
• Suposições:
– Os gases consistem de um grande número de moléculas em movimento
aleatório constante.
– O volume de moléculas individuais é desprezível comparado ao volume do
recipiente.
– As forças intermoleculares (forças entre moléculas de gases) são insignificantes
de forma que podem ser desprezadas.
– A energia pode ser transferida entre as moléculas, mas a energia cinética total é
constante à temperatura constante.
• A teoria molecular cinética nos fornece um entendimento sobre a pressão e a
temperaturas no nível molecular.
• A pressão de um gás resulta do número de colisões por unidade de tempo nas
paredes do recipiente. A ordem de grandeza da pressão é dada pela freqüência e
pela força da colisão das moléculas.
• As moléculas de gás têm uma energia cinética média, cada uma com energia
diferente

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Variáveis de Estado dos Gases

1) Pressão (p)
F
• A pressão é a força atuando em um objeto por unidade de área: p
A

1 atm = 101325 Pa = 760 mm Hg

2) Volume (V)

• O volume é a porção de espaço ocupada pela massa gasosa. No caso dos gases
ideais é o próprio volume do recipiente.

1 L = 1000 mL = 1000 cm3.


1 m3 = 1000 L.

3) Temperatura Absoluta (T)

• Variável diretamente proporcional à energia cinética média das moléculas do


sistema.
• Reflete o grau de agitação das moléculas do sistema.

T(K) = t(°C) + 273,15

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Transformações Gasosas

1) Lei de Boyle (Isotérmica)

• Realizada à temperatura constante (T = cte).

2) Lei de Charles (Isobárica)

• Realizada à pressão constante (p = cte).

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3) Lei de Gay
Gay--Lussac (Isocórica ou Isovolumétrica)

• Realizada a volume constante (V = cte).

P
P  constante x T ou  constante
T

4) Lei Avogadro

• A hipótese de Avogadro: volumes iguais de gases à mesma temperatura e pressão


conterão o mesmo número de moléculas.
• A lei de Avogadro: o volume de gás a uma dada temperatura e pressão é
diretamente proporcional à quantidade de matéria do gás.

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Equação de Estado dos Gases Ideais

Considere as leis:

• Lei de Boyle:

• Lei de Charles:

• Lei de Avogadro:

Constante dos Gases Ideais

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Equação Geral dos Gases Ideais

• Se PV = nRT e n e R são constantes, então podemos escrever:

P1V1 P2V2

T1 T2

• Esta equação vale somente para uma massa fixa de gases ideais.

Densidade dos Gases Ideais

• A densidade por definição relaciona massa e volume.


• Reajustando a equação ideal dos gases com M como massa molar, teremos:

n P nM PM
PV  nRT    d 
V RT V RT

PM
d
RT

Em sistemas abertos: p, M e R são constantes. Logo densidade e temperatura


são inversamente proporcionais.

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Misturas Gasosas
• Uma vez que as moléculas de gás estão tão separadas, podemos supor que
elas comportam-se independentemente.
• A Lei de Dalton: em uma mistura gasosa, a pressão total é dada pela soma
das pressões parciais de cada componente:

Ptotal  P1  P2  P3  

• Cada gás obedece à equação ideal dos gases:

RT 
Pi  ni   (Pressão parcial)
V 
• Combinando-se as equações:

RT 
Ptotal  n1  n2  n3   
V 

Exercício de Fixação
Calcule a pressão total exercida por uma mistura de 8,4 g de eteno e 4,4 g de dióxido de
carbono contidos em um recipiente de 5L a 50 0C. Determine ainda, as pressões parciais
dos gases e a composição percentual em volume da mistura.

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Efusão Gasosa
• A efusão é a evasão de um gás através de um buraco pequeno.

Após efusão

Lei da Efusão de Graham


• Considere a mesma quantidade de matéria de dois gases ideais A e B sob
mesma temperatura:

média média M A v 2A M B vB2


EcA  EcB    M Av A2  M B vB2
2 2

Logo:
vA MB

vB MA

A velocidade de efusão de um gás ideal é inversamente proporcional à raiz quadrada


de sua massa molar. Resumindo: gases mais pesados sofrem efusão mais lentamente.

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Exercício de Fixação
Um dos processos industriais mais utilizados no enriquecimento de urânio é a
separação de seus dois isótopos na forma de hexafluoretos gasosos por meio de uma
câmara de efusão. Sabendo-se que a relação entre as velocidades de efusão dos dois
tipos de hexafloreto de urânio é 1,0043 e que um dos isótopos é o 238U92 , determine
a massa atômica do outro isótopo de urânio.

Difusão e Livre Caminho Médio

• A difusão de um gás é a sua propagação pelo espaço.


• A difusão é mais rápida para as moléculas de gás leves.
• A difusão tem sua velocidade reduzida pelas colisões entre as moléculas de gás.
• A distância média de uma molécula de gás entre as colisões é denominado livre
caminho médio. Quanto maior a concentração de moléculas no sistema e quanto
maior o tamanho delas, menor é o livre caminho médio.
• No nível do mar, o livre caminho médio é aproximadamente 6  10-6 cm.
• Para um sistema contendo N moléculas esféricas de diâmetro d por unidade de
volume, o livre caminho médio () é dado pela equação:

1

2 Nd 2

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Desvios do Comportamento
Ideal: Gases Reais
• Da equação do gás ideal, temos
PV
n
RT
• Para 1 mol de gás, PV/RT = 1 para todas as pressões.
• Em um gás real, PV/RT varia significativamente de 1.
• Quanto maior for a pressão, maior será o desvio do comportamento ideal.

• Da equação do gás ideal, temos


PV
n
RT
• Para 1 mol de gás, PV/RT = 1 para todas as temperaturas.
• Em um gás real, PV/RT varia significativamente de 1.
• Quanto maior for a temperatura, menor será o desvio do comportamento ideal.

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Gases Reais Comportando-


Comportando-se
Como Ideais
• As suposições na teoria cinética molecular mostram onde o comportamento do gás
ideal falha :
– as moléculas de um gás têm volume finito;
– as moléculas de um gás se atraem.

Sob alta pressão, o volume finito dos gases Sob baixa temperatura, as moléculas têm maior
não pode ser desprezado. chance de experimentar forças de London

Conclusão: Gases reais comportam-se mais aproximadamente ao modelo ideal em


situações de BAIXA PRESSÃO E/OU ALTA TEMPERATURA.

Equação de van der Waals


• Adicionamos dois termos à equação do gás ideal: um para corrigir o volume das
moléculas e o outro para corrigir as atrações intermoleculares.
• Os termos de correção geram a equação de van der Waals:

RT a
P  2
V b V
Correção para o volume das Correção para a atração
moléculas molecular

em que a e b são constantes empíricas e tabeladas.

• Forma geral da equação de van der Waals:

 a   n2 a 

 P  2  V  b  RT   P  2 V  nb  nRT
V 
 V  

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