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Química II - 2ano
TRATAMENTO DE EFLUENTES
I -FONTES NÃO CONVENCIONAIS DE ENERGIA
I.1 – Introdução
Substituição de fontes convencionais de energia (carvão, xisto, petróleo), por fontes não
convencionais:
a) Álcool carburante
b) Energia solar
c) Energia eólica
d) Energia térmica dos oceanos
e) Energia nuclear
1)Organismo governamental para uma dada bacia hidrográfica de uma dada região;
Corpo Receptor Corpo natural de água (rio, lago, oceano), no qual são lançados os
despejos de natureza líquida.
a) End of pipe
b) In plant
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I.8 - Origem Dos Despejos
a) Despejo Doméstico
b) Despejo Industrial
c) Despejo Agrícola
d) Despejo Pluviais
a) Qualidade do efluente
Definem a quantidade de agentes poluentes que podem ser lançados num corpo
receptor.
a) Características do Despejo
DQO, DBO, percentuais sólidos em suspensão, densidade dos sólidos, pH,
presença de substâncias coradas e toxicas, microorganismos patogênicos e etc.
c) Reutilização na própria planta industrial, das águas para fins de processo ou troca
térmica.
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II - CARACTERIZAÇÃO DAS ÁGUAS E DOS DESPEJOS
II.1 -Introdução
a) Matéria em Solução
De natureza orgânica ou inorgânica, biodegradável ou não, ionisável ou não, tóxica
ou não ou pelo menos, inibidoras do desenvolvimento da micro flora e da fauna do corpo
receptor.
b) Matéria em Estado Coloidal ou Emulsão
Refere-se a óleos e graxas, filmes superficiais ou espumas.
c) Matéria em Suspensão
Descartáveis ou não, de natureza orgânica ou inorgânica.
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É um indicativo da quantidade de matéria orgânica degradável presente no
efluente;Quanto mais alta a DBO, maior a quantidade de matéria orgânica presente e
maior, portanto, será o potencial poluidor do efluente.
d) Oxigênio Dissolvido
Substância Concentração
Amônia 5,0 mg N/L efluente
Arsênio total 0,5 mg As/L efluente
Cianetos 0,2 mg CN/L efluente
Cobre 1,0 mg Cu/L efluente
Cromo VI 0,5 mg Cr/L efluente
Cromo III 2,0 mg Cr/L efluente
Manganês 1,0 mg Mn/L efluente
Níquel 2,0 mg Ni/L efluente
Organofosforados 100,0 mg/L efluente
Pesticidas, solventes 0,05 mg/L efluente
Índice de fenóis 0,5 mg/L efluente
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III - PROCEDIMENTO GERAL PARA O CONTROLE DE POLUIÇÃO DE ÁGUAS
a) Tratamento Primário
São tratamentos de natureza mecânica, física, ou ainda físico-químico. É
empregado para a remoção de sólidos em suspensão e material graxo (óleos e graxas).
Visa unicamente à remoção de material em suspensão e, ou, flutuantes bem como
homogeneizar o efluente, acertar o pH do despejo, transformar substâncias
potencialmente tóxicas como cianeto e cromo VI em formas menos nocivas e
restabelecer o teor de oxigênio dissolvido na água (Reduzir a DQO).
Gradeamento (Peneiração)
Homogeneização (Equalização)
Neutralização
Coagulação/Floculação/Flotação
Decantação (Sedimentação)
Filtração
Tratamentos especiais
Gradeamento (Peneiração)
É aplicado na captação dos efluentes. Consiste da remoção de sólidos grosseiros
através de gradeamento. Tem por função proteger equipamentos posteriores e linhas de
condução dentro da estação;
Homogeneização (Equalização)
Tem o objetivo de manter as características físico-químicas do efluente o mais
estáveis possível a fim de otimizar a operação dos sistemas subseqüentes. É realizada
em tanques de agitação ou lagoas de equalização através de aeradores flutuantes de alta
rotação. Tais aeradores têm por finalidade misturar o efluente bruto, fornecer demanda
imediata de oxigênio, e evitar que o material sedimentável se deposite na lagoa.
Neutralização
Tem o objetivo de levar o efluente ou a mistura de efluentes a um pH de
neutralidade e adequá-lo(s) aos tratamentos físico-químicos e biológicos posteriores.
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Soluções de soda cáustica, suspensões de cal, barrilha e soluções de ácido sulfúrico são
os neutralizantes mais comuns.
Coagulação/Floculação
Tem o objetivo de transformar as impurezas que se encontram em suspensão fina,
em estado coloidal ou em solução, bactérias e/ou plâncton, em partículas maiores que
possam ser removidas por decantação e filtração. É usada também para remover metais
pesados e reduzir matéria orgânica.
Decantação (Sedimentação)
É um processo dinâmico de deposição das partículas suspensas na água.
Anulando-se ou diminuindo-se a velocidade de escoamento, as partículas começam a
depositar naturalmente. O processo ocorre em um decantador e depende do tempo de
residência.
Após a decantação, as partículas sedimentam no fundo do decantador dando
origem ao lodo que deve ser removido, secado e eliminado como resíduo sólido (aterro
sanitário, incineração, etc...). O lodo removido do decantador deve ser desidratado e
secado. A desidratação pode ser feita em prensas desaguadoras ou leitos de secagem.
Filtração
Operação usada para remover as partículas sólidas remanescentes da
sedimentação. Pode-se usar filtro de areia, filtro rotativo à vácuo, filtro de cartucho ou
filtro prensa. Para efluentes industriais os mais usados são os filtros prensa.
Processos Aeróbicos
Dentre os processos aeróbicos, o Processo de Lodo Ativado (PLA) é um dos mais
eficiente e desde que seja selecionado o tipo adequado de tratamento, é, de longe, o
mais empregado em localidades de grande concentração urbana.
Seu funcionamento baseia-se na constatação de que o conteúdo de matéria
orgânica solúvel num dado despejo pode ser reduzido se, por um dado intervalo de
tempo, for mantido em condições de aeração, pH, temperaturae agitação adequadas.
Durante esse intervalo de tempo, há, concomitantemente com a redução do
conteúdo da matéria orgânica do despejo, o desenvolvimento de um “lodo” constituido de
uma populaçào heterogênea de microorganismos, sendo dentre eles as bactérias os mais
importantes, os quais são justamente os responsáveis pela degradação do despejo. Daí
decorre o fato de que esse lodo ser conhecido como “lodo ativado”.
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A modelagem matemática do PLA requer a determinação de parâmetros empíricos
definidos pelo modelo em questão, relações quantitativas como balanço de massa,
consumo de oxigênio e condições de sedimentaçào do lodo bem como relações cinéticas
relativas ao processo.
Podemos citar o processo de aeração prolongada, processo de Estabilização por
Contato, Lagoas aeradas, Lagoas Facultativas., Lagoas de Estabilização e Filtração
Biológica como outros processos aeróbicos de tratamentos de despejos.
Processos Anaeróbicos
Esses processos são utilizados para tratamento de despejos de natureza
biodegradável bem como para a digestão do material sólido orgânico.
O tratamento anaeróbico vem, cada vez mais, se tornando uma alternativa
atraente para o tratamento de despejos de natureza biodegradável pois, sendo um
processo de tratamento do qual resulta um gás combustível (metano, biogás), se constitui
um processo “gerador de energia” enquanto que os chamados processos aeróbicos em
geral, se constituem em processos consumidores de energia.
O tratamento anaeróbico é realizado em recipientes fechados isentos de oxigênio,
os quais são genericamente denominados de biodigestores. A degradação da matéria
orgânica é realizada por microrganismos anaeróbios (fermentação anaeróbia). É de custo
relativamente baixo em virtude de não requerer equipamento de aeração, que são a
causa principal de elevados custos de instalação e operação de unidades de tratamento
aeróbio. Em contrapartida, os tempos de residência, e daí os volumes dos biodigestores,
serem muito elevados em relação as unidades de tratamento aeróbio. Isso implica em
maiores custos de instalação de biodigestores.
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IV -O TRATAMENTO DE EFLUENTES NO EXÉRCITO BRASILEIRO
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