Professional Documents
Culture Documents
DE
ELETRÔNICA BÁSICA
CAPÍTULO 3
Versão 20070801
Apostila de Eletrônica Básica – Capítulo 3 Ricardo Ramiro
ÍNDICE
Exemplo 3-1:
Que valor do resistor R deve ser utilizado para polarizar corretamente o LED do circuito
abaixo?
R
12V
Solução:
V
Sabendo que V = R× I ou R=
I
VCC − VLED
Assim, R=
I LED
Onde VCC — VLED (tensão da bateria menos a queda de tensão sobre o LED) é a queda de
tensão sobre o resistor.
Considerando a corrente ILED = 20mA, fica:
VCC − VLED 12 − 2 10
R= ⇒R= ⇒R= ⇒ R = 500Ω
I LED 20mA 0,02
Na prática podemos escolher o resistor comercial com valor mais próximo, ou R = 470Ω.
Exercício 3-1:
No exemplo anterior, calcule a corrente no LED considerando o resistor R = 470Ω.
3.1.2. FOTODIODO
O fotodiodo é um diodo com uma junção PN projetada para responder a uma excitação
óptica, ou seja, ele é um componente eletrônico do tipo fotodetector.
Pode ser usado tanto na polarização direta como na reversa. Na polarização direta, o
funcionamento é o de uma célula fotovoltaica, isto é, quando a luz incide sobre o componente, há
o surgimento de uma pequena corrente. Na polarização reversa ele pode ser usado como detector
de luz. Nesta situação ele tem uma resistência altíssima que diminui com a incidência da luz.
Monitorando-se esta corrente reversa, tem-se um detector bastante sensível à variação da luz.
Quanto maior a incidência de luz, maior a corrente reversa que passa por ele.
A sensibilidade é dada em Ampere/Lux (1 lux = 1 lumen/m2)
A sua principal aplicação é como regulador de tensão, que pode ser observado na figura
acima.
O diodo zener, polarizado reversamente, inicia a condução de corrente a partir da tensão
zener, que é especificada de acordo com o tipo do zener. Assim, nota-se na figura 3.3 que a
corrente sobre ele aumenta rapidamente, enquanto a tensão permanece aproximadamente
constante e igual à tensão zener.
IZmin é a corrente mínima que deve passar pelo diodo para se obter o efeito zener. Izmax é
a máxima corrente suportada por ele. Acima desta corrente o componente é destruído. VZ é a
chamada tensão de zener.
Estes diodos podem ser produzidos com tensão zener (VZ) da ordem de 3V até centenas
de Volts.
3.2.2. POLARIZAÇÃO
A polarização do zener também necessita de um resistor limitador de corrente em série,
conforme figura 3-4 seguinte.
Vale ressaltar que o diodo zener se comporta como um diodo comum quando polarizado
diretamente e a queda de tensão sobre ele é de aproximadamente 0,7V.
Exemplo 3-2:
No circuito abaixo, calcule a corrente que passa pelo diodo zener.
330 Ohms
15V Iz Vz = 6V
Solução:
V
V = R× I ou I=
R
Assim,
VCC − VZ 15 − 6 9
IZ = ⇒ IZ = ⇒ IZ = ⇒ I Z = 0,0273 A ou I Z = 27,3mA
R 330 330
Suponha um diodo zener de 5,6V e de 400mW de potência. Qual a corrente máxima que pode
passar por ele?
Solução:
P
Sabendo-se que: P =V ×I ou I=
V
PZ 400mW 0,4
Substituindo os valores: I Z max = ⇒ I Z max = = ⇒ I Z max = 71mA
VZ 5,6V 5,6
Na prática não seria aconselhável que o componente trabalhasse na condição limite. Em geral,
os fabricantes colocam nas folhas de dados uma corrente IZmax da ordem de 90%. Em nosso
caso seria algo em torno de 64mA (= 71 X 0,9).
Exemplo 3-4:
Solução:
Começando com IS que é a corrente que passa por RS:
VCC − VZ 15 − 6 9
IS = = = ⇒ I Z = 27,3mA (repare que é o mesmo valor calculado no
RS 330 330
exemplo 3-2)
V 6 6
Cálculo de IL: IL = Z = = ⇒ I L = 6mA (a tensão sobre RL é a própria tensão VZ)
R L 1K 1000
Comparando com o exemplo 3-2, nota-se que a corrente total é a mesma, só que neste
circuito, 6mA são desviados para o resistor RL.
É importante saber que o zener só atuará como regulador, se a tensão sobre o resistor
RL for maior do que a tensão VZ se o zener for retirado do circuito.
VCC 15
Primeiro calcula-se IS: I = = ⇒ I S = 11,3mA
RS + R L 330 + 1000
Então,
Exercício 3-2:
Tente calcular as correntes no circuito do exemplo 3-4, porém, considere o resistor RL
igual a 150Ω. O que acontece?
BIBLIOGRAFIA
MALVINO, Albert Paul – ELETRÔNICA - vol. 1 – São Paulo: Ed. McGraw-Hill, 1986
MALVINO, Albert Paul – ELETRÔNICA NO LABORATÓRIO – São Paulo: Ed. McGraw-
Hill, 1987
CRUZ, Eduardo – ELETRICIDADE APLICADA em Corrente Contínua – São Paulo:
Editora Érica, 2006.
CIPELLI, A. M. V.; MARKUS, O.; SANDRINI, W. – TEORIA E DESENVOLVIMENTO
DE PROJETOS DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS – São Paulo: Editora Érica, 2001.