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Tecnologias de suporte à tele-saúde

● Aquisição de sinais biológicos


● Imagem médica
● Aquisição de imagem
● Armazenamento e processamento de imagem
● Vídeo-conferência
● Registo de dados médicos
● Bases de dados médicos
● Redes locais de comunicação de dados
● Internet
● Redes móveis de comunicação

2007 Osvaldo Santos 1


Digitalização de sinais
Exemplo de eletroencefalograma
● Os sinais biológicos são
analógicos: contínuos no
tempo
● Podem ser descritos
como y =f(t)
● Para poderem ser
manipulados em
computador, têm que ser
digitalizados
● O sinal digitalizado não é
contínuo no tempo (é
discreto no tempo)

Imagem: Edward I. Pollak


2007 Osvaldo Santos 2
Digitalização de sinais: teorema da amostragem

● A frequência de
amostragem tem que
ser pelo menos o dobro
da frequência máxima
do sinal
● Quanto maior for a
frequência de
amostragem:
– Maior o detalhe do sinal
– São gerados mais dados

Imagem: simulador samplemania


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Conversão analógico > digital

● Usada em:
– Electroencefalograma (EEG)
– Electrocardiograma (ECG)
– Cardiotocografia (CTG)
– Eletromiografia (EMG)
– Audio

0101011010
Amostragem Quantização 0101010101
Sensor 1010101010

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Representação de imagem: resolução espacial
366
● Resolução espacial
– Conceito de pixel
– Dimensão em pixels 242
– Dots per inch - DPI

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Representação de imagem: resolução tonal

● Resolução tonal
– Níveis de cinzento
– Côr

256 níveis RGB (8+8+8=24 bits por pixel)

256 níveis de cinzento (8 bits por pixel) 8 níveis de cinzento (3 bits por pixel)

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Representação de imagem: compressão

● Compressão
– Sem perda de qualidade
– Com perda de qualidade

270 KB sem compressão


88 KB compressão sem perda

9,2 KB com perda 4,3 KB com perda

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Digitalização e aquisição de imagem médica

● Digitalização do sinal vídeo


– Perda de qualidade
– Ecografia, videoscopia

● Digitalização com scanner de película


radiológica
– Resoluções elevadas
– Compatível com radiologia convencional

● Aquisição directa nos equipamentos


médicos
– Interfaces digitais
– TAC, RM, RX, Ecógrafos, etc
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DICOM: Digital Imaging and Communications in Medicine

● Norma desenvolvida pela NEMA - National Electrical


Manufacturers Association
● Define métodos e procedimentos para:
– Produzir e armazenar imagens médicas
– Manipular e visualizar imagens médicas
– Imprimir imagens médicas
– Transmitir imagens médicas
● As normas estão organizadas em “partes”, cada uma
com uma determinada função
● As normas podem ser descarregadas do site da
NEMA: ftp://medical.nema.org/medical/dicom/

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DICOM: Digital Imaging and Communications in Medicine

● O objectivo da norma é facilitar a interoperabilidade


entre dispositivos médicos, servidores, impressoras e
software de medicina
● Os dispositivos podem ser certificados DICOM, o que
significa que respeitam a norma
● As grandes diferenças para os formatos genéricos de
imagem são
– Associa dados do paciente directamente na imagem;
– Associa dados do exame na imagem;
– Associa dados do equipamento na imagem

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DICOM: Modelo geral

● Aplicações acedem a
imagens DICOM:
– Através de TCP-IP
– Lendo directamente um
suporte de ficheiros
● Prevê uma camada de
segurança
● Define formatos de
mensagens e ficheiros
● Especifica serviços

Fonte: NEMA 2007 Osvaldo Santos 11


DICOM: partes da norma

● 1: Introduction and Overview


● 2: Conformance
● 3: Information Object Definitions
● 4: Service Class Specifications
● 5: Data Structure and Encoding
● 6: Data Dictionary
● 7: Message Exchange
● 8: Network Communication Support for Message
Exchange

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DICOM: partes da norma (continuação)

● 10: Media Storage and File Format for Data Interchange


● 11: Media Storage Application Profiles
● 12: Storage Functions and Media Formats for Data
Interchange
● 14: Grayscale Standard Display Function
● 15: Security and System Management Profiles
● 16: Content Mapping Resource
● 17: Explanatory Information
● 18: Web Access to DICOM Persistent Objects (WADO)

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DICOM: formato dos ficheiros (parte 10)

paciente: carlos marta


● No início do ficheiro
largura: 320 existe um cabeçalho com
altura: 180 Cabeçalho
etc diversas informações
etc (metadados) sobre as
imagens

● O resto do ficheiro
contém as imagens
Imagens
..........................

Fonte: NEMA 2007 Osvaldo Santos 14


DICOM: metadados

● Os vários elementos de metadados do cabeçalho estão


organizados por grupos
● Cada elemento e cada grupo são identificados por
códigos

Grupo Elemento

0008:0060 Modality (modalidade de exame)

● A definição destes códigos encontra-se na parte 6 da


norma
● Existem centenas de elementos, mas nem todos são
obrigatórios
Fonte: NEMA 2007 Osvaldo Santos 15
DICOM: exemplo de metadados

0002,0000,File Meta Elements Group Len=186


0002,0001,File Meta Info Version=256
0002,0002,Media Storage SOP Class UID=1.2.840.10008.5.1.4.1.1.4.
0002,0003,Media Storage SOP Inst UID=1.2.840.113619.2.1.3352.1015047400.4.3.834485381
0002,0010,Transfer Syntax UID=1.2.840.10008.1.2.
0002,0012,Implementation Class UID=1.2.276.0.7230010.3.1.2.
0002,0013,Implementation Version Name=OFFIS-DCMTK-301
0008,0000,Identifying Group Length=422
0008,0008,Image Type=PRIMARY
0008,0016,SOP Class UID=1.2.840.10008.5.1.4.1.1.4.
0008,0018,SOP Instance UID=1.2.840.113619.2.1.3352.1015047400.4.3.834485381
0008,0020,Study Date=1996.06.11
0008,0021,Series Date=1996.06.11
0008,0023,Image Date=1996.06.11
0008,0030,Study Time=09.11.56
0008,0031,Series Time=09.29.39
0008,0033,Image Time=09.29.41
0008,0060,Modality=MR
0008,0070,Manufacturer=GE MEDICAL SYSTEMS
0008,0080,Institution Name=PALO ALTO MEDICAL FOUNDATION MRI
0008,0090,Referring Physician's Name=Anonymized
0008,1010,Station Name=MROCOC0
..................................................

Fonte: NEMA 2007 Osvaldo Santos 16


Sistemas de arquivo de imagem médica

● PACS - Picture Archiving and Communication System


– É um sistema cliente-servidor dedicado ao armazenamento,
entrega, distribuição e apresentação de imagens médicas
– Normalmente as imagens são armazenadas em DICOM

Rede de
Cliente Servidor PACS
comunicação de
dados

Cliente Servidor PACS

Scanner MRI Ecógrafo 17


2007 Osvaldo Santos
PACS: vantagens

● Vantagens da utilização de PACS


– Permite o acesso mais rápido às imagens
– Centraliza a gestão das imagens
– Evita a existência de várias versões não coerentes da mesma
imagem
– Permite o acesso imediato ao histórico de exames dos pacientes
– Permite fazer backups globais
– É possível definir permissões de acesso às imagens
– É possível auditar o acesso às imagens
– A segurança é reforçada
– Interface directa com os diversos scanners

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Sistemas de arquivo de imagem médica

● Sistemas de informação administrativa


– SONHO, SINUS

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Vídeo-conferência: o que é

● Transmissão de áudio e
vídeo entre pessoas em
locais diferentes
● Podem ligar-se dois
(conferência ponto a
ponto) ou mais locais
(conferência multiponto)
● Além da transmissão de
áudio e vídeo, as pessoas
podem partilhar
documentos e quadros de
escrita

Imagens: Universidade de Tromso, Universidade de Kentucky UK

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Vídeo-conferência: os primeiros tempos

● Os primeiros sistemas de
vídeoconferência usavam
ligações dedicadas com
cabos
● Mais tarde começaram a
ser usadas ligações via
satélite (dispendiosas)
● Nenhuma destas técnicas
é exequível em telesaúde,
por questões de custo e
disponibilidade

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Vídeo-conferência: a rede telefónica

● As tentativas de usar a
rede telefónica analógica
para vídeoconferência
fracassaram devido à má
qualidade de imagem
● Na década de 80 aparece
a RDIS – Rede Digital com
Integração de Serviços
● Passou a ser possível
realizar vídeoconferência
com qualidade e custo
aceitável

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Vídeo-conferência: RDIS

● Acesso básico 2B+D =


144 Kbit/s
● Acesso primário 30B+D =
2 Mbit/s
● Disponível em quase
todos os locais
● Preço das chamadas
RDIS = preço chamadas
de voz
● Custo depende da
distância

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Vídeo-conferência: IP

● Acesso à Internet em
banda larga generalizou-
se
● Acessos domésticos > 4
Mbit/s são usuais
● Acessos empresariais >
20 Mbit/s são comuns
● Sem custo adicional nas
comunicações
● Acessível em todo o
mundo

Imagens: Cisco Systems

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Vídeo-conferência: como funciona
● Compressão de vídeo e audio
– Redução da quantidade de dados usados na representação
– Perda de informação que não é essencial
– Qualidade perceptual mantém-se a níveis elevados

● Algoritmos de compressão
– DCT – Discret Cosine Transform
– MPEG2, MPEG4, MJPEG
– Compressão intraframe e interframe

● Multiplexagem e transmissão
– Atraso tem que ser limitado
– Variable bit rate ou fixed bit rate
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Princípios básicos da compressão de vídeo

● Redução da redundância
– Redundância espacial: pixeis próximos
tendem a ser semelhantes
– Redundância temporal: frames consecutivas
tendem a ser semelhantes

● Redução da irrelevância
– Eliminação de informação que é irrelevante do
ponto de vista perceptual
– Difícil de modelar e implementar

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MPEG2

● Norma desenvolvido pelo Moving Pictures Expert Group


(MPEG)
● Usado na difusão de televisão digital e DVD
● Também conhecido por H.262
● Utiliza a transformada DCT
● Exemplo de bit rate para 30 frames por segundo:
– 352x288 : 4 Mbit/s
– 720x576 : 15 Mbit/s
– 1440x1152 : 60 Mbit/s

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MPEG4

● Norma desenvolvida pelo


Moving Pictures Expert
Group (MPEG)
● Usado principalmente em
videoconferência e vídeo
na Internet
● Permite vídeo de
qualidade razoável com
baixos bit rates
● Divide as cenas em
objectos (fundo, objectos
móveis, objectos
sintéticos, etc)
Imagem: http://www.chiariglione.org 2007 Osvaldo Santos 28
Vídeo-conferência: principais protocolos

● É importante que aplicações de fabricantes


diferentes possam interoperar
● Para isso existem protocolos bem definidos para
garantir essa interoperabilidade e permitir o
estabelecimento e terminação de sessões de
vídeoconferência :
– H.320

– H.323

– SIP

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H.320

● A recomendação ITU H.320 define um conjunto de


procedimentos para suportar vídeo-conferência sobre
RDIS
● Suporta a utilização de n canais B, desde 64 Kbit/s a 2
Mbit/s
● Na realidade é um conjunto de normas:
– H.221 : define os procedimentos para empacotamento dos fluxos
– H.230 : define a forma como é feita a sincronização de frames
– H.242 : define os procedimentos para iniciar e terminar sessões
– G.711 e G.723 : codecs áudio
– H.261 e H.263 : codecs vídeo

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H.323

● A recomendação ITU H.323 define um conjunto de


protocolos que suportam comunicações audio-visuais
em qualquer rede de pacotes, como por exemplo a
Internet. É compatível com H.320.
● Na realidade é um conjunto de normas:
– H.261 , H.263 e H.264 : descrevem a codificação vídeo
– H.225.0 : descreve a sinalização, a forma de empacotar os fluxos
(bit stream) de dados, sincronização de fluxos e formato das
mensagens de controlo
– H.245 : descreve as mensagens e procedimentos para abrir
fechar sessões de áudio, vídeo e dados
– H.450 : descreve os serviços suplementares
– H.235 : descreve os procedimentos de segurança
– H.460 : descreve a interacção com firewalls
– H.239 : descreve a utilização de um fluxo adicional para dados
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H.320 versus H.323

● H.320 ● H.323
– Funciona sobre RDIS – Funciona sobre TCP/IP
– Garante qualidade de – Não garante qualidade de
serviço serviço
– Utilização dispendiosa – Utilização gratuita (+-)
– Norma a ser abandonada – Norma cada vez mais
popular

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Session Initiation Protocol - SIP

● O protocolo SIP tem como objectivo principal o


estabelecimento, modificação e terminação de
sessões de comunicação multimédia entre dois ou
mais pontos
● Permite multicasting
● Usado em aplicações de voz sobre IP (VoIP),
multimedia sobre IP e conferências multimédia
● É independente do método de transporte. Pode ser
usado sobre TCP, UDT, ATM, SCTP, etc
● Usa mensagens de texto facilmente interpretáveis
● Usa os mesmos codecs de outras tecnologias

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Vídeo-conferência: tipo de sistemas
● Sistemas dedicados
– Fáceis de usar
– Boa qualidade
– Solução dispendiosa

● Placas de expansão
– O PC pode ser de baixo desempenho
– Boa qualidade
– Solução dispendiosa

● Baseados em software
– Exige um PC relativamente potente
– Qualidade razoável
– Solução pouco dispendiosa

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