Proposta de Solução da Questão Discursiva de Direito Administrativo
O referido espaço físico é um bem público de uso especial, cabendo, para
a outorga de seu uso, a utilização da concessão de uso de bem público, contrato administrativo pelo qual a Administração faculta ao particular a utilização privativa do bem, para que a exerça conforme a sua destinação, em atividades de utilidade pública, no caso, a instalação de uma agência bancária. A concessão de uso deve ser precedida de licitação, de acordo com o art. 2.º da Lei 8.666/93, destinada a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e a garantir a observância dos princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, dentre outros. A instituição financeira a ser selecionada não deve ser privada, salvo se houver previsão legal, em função do disposto no art. 164, § 3.º, da Constituição, que exige que as disponibilidades de caixa do Poder Público sejam depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. As admissões de pessoal sem a prévia aprovação em concurso público são irregulares, uma vez que contrariam o art. 37, II, da Carta Magna, de observância obrigatória para toda a Administração Pública. De acordo com a Lei 8.443/92, o TCU deve julgar irregulares as contas dos diretores, aplicando-lhes a multa do art. 58 dessa lei, a ser recolhida aos cofres do Tesouro Nacional no prazo determinado pelo Tribunal, devidamente atualizada, autorizando-se, desde já, a cobrança judicial das dívidas, atualizadas monetariamente, caso não sejam pagas no prazo previsto, conforme a Lei 8.443/92. As contas dos membros dos conselhos de administração e fiscal, se não houver evidências que comprovem que tenham concorrido para a ocorrência das irregularidades, devem ser julgadas regulares pelo Tribunal, nos termos da Lei 8.443/92, sendo-lhes dada quitação plena, pois não se pode atribuir responsabilidade aos conselheiros por atos de gestão para os quais não foram consultados sobre sua legalidade e legitimidade. O TCU deve, ainda, determinar ao hospital que não realize contratos de concessão de uso sem o devido processo licitatório, que utilize instituição financeira oficial para a movimentação de seus recursos financeiros, que realize concurso público para contratação de pessoal e que promova a anulação dos atos de admissão feitos sem observância do art. 37, II, da Constituição.
Observação: os parágrafos em azul poderiam ser suprimidos, em caso de insuficiência de
linhas, já que tratam de aspectos não exigidos expressamente pela questão.