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Estudos confirmam: substitutos de refeição

podem ser muito eficazes na perda de peso


Dra. Andrea Dario Frias,
Mestre-Doutora em Ciência da Nutrição e Tecnologia de Alimentos
pela USP e UNICAMP, com Pós-Doutorado em Nutrição pela
ESALQ/USP. Coordenadora do Centro de Pesquisa Sanavita

Na luta diária contra a balança, muitos se aventuram em dietas


milagrosas, que prometem uma perda de peso rápida e efetiva, mas
na maioria das vezes o resultado é uma grande frustração, pois
essas dietas restritivas comprometem a saúde e não garantem a
manutenção do peso em longo prazo.

Especialistas e profissionais da área têm observado que a


sensação de fracasso proporcionada pelo uso de dietas
inadequadas de emagrecimento, tem desmotivado e diminuído cada
vez mais a aderência das pessoas a tratamentos realmente
efetivos, que garantem uma perda de peso eficaz e sua
manutenção, além de colaborar para níveis adequados de
colesterol, triglicerídeos, pressão arterial, glicemia etc.

Por isso, uma das maiores dificuldades nos programas de perda de


peso atualmente é a adesão ao tratamento e o longo prazo muitas
vezes estabelecido para se atingir o peso desejado.

Estudos comprovam eficácia dos substitutos de refeição


Estudos recentes têm mostrado que programas de emagrecimento
balanceados e hipocalóricos que utilizam alimentos substitutos de
refeição podem ser mais eficazes do que dietas convencionais
utilizadas com o mesmo objetivo. Esses programas estabelecem a
substituição de uma a duas refeições do dia por um alimento com
formulação nutricionalmente balanceada, que facilita o controle das
calorias consumidas (1).

O controle calórico, a presença de proteínas, vitaminas e minerais


que garantem boa nutrição, a adição de fibras que aumenta a
sensação de saciedade e melhora o funcionamento intestinal, o
sabor agradável e a facilidade de preparo são as principais
vantagens apresentadas pelos substitutos de refeição. Todas essas
qualidades podem garantir uma maior probabilidade de adesão das
pessoas que precisam perder peso dentro de um programa de
emagrecimento com cerca de 1200-1300 kcal/dia.

Um estudo (2) de seis semanas conduzido na Universidade-


Hospital de Freiburg na Alemanha, mostrou que uma dieta apoiada
por substitutos de refeição é mais eficaz em reduzir fatores de risco
metabólico e melhorar as medidas antropométricas do que uma
dieta de baixas calorias, restrita em gordura. Os participantes que
consumiram 2 porções de substitutos de refeição ao dia perderam
mais peso e gordura corporal, e apresentaram menor circunferência
da cintura e níveis de triglicerídeos do que aqueles que consumiram
uma dieta tradicional para perda de peso.

Resultados semelhantes foram obtidos por um estudo no Brasil,


conduzido pela Universidade de São Paulo (3). Nessa pesquisa de
6 meses, as pessoas que consumiram uma dieta hipocalórica
combinada com o uso de substitutos de refeição perderam mais
peso e apresentaram níveis menores de triglicerídeos, LDL-
colesterol e glicose quando comparadas com o grupo controle.

As pesquisas mostram também que além de serem mais eficientes


na perda de peso, os substitutos de refeição são também eficazes
em ajudar na manutenção do novo peso (4). Além disso, podem
garantir um melhor consumo de nutrientes essenciais para a saúde
das pessoas que precisam emagrecer, fato comprovado por um
estudo da Universidade de Nevada nos Estados Unidos (4). Nesse
estudo de um ano, os pesquisadores verificaram que pessoas que
incorporaram substitutos de refeição em suas dietas de
emagrecimento apresentaram um consumo mais adequado de
nutrientes quando comparadas com outras que seguiram uma dieta
de perda de peso convencional.

Todo shake para perda de peso é um substituto de refeição?


É muito comum encontrarmos no Brasil alimentos substitutos de
refeição na forma de shakes, que devem ser preparados na maioria
das vezes com leite desnatado. No entanto, nem todo shake
disponível no mercado apresenta as qualidades necessárias para
substituir uma refeição completa (café da manhã, almoço ou jantar).
Um alimento com essa finalidade deve ser registrado no Ministério
da Saúde e seguir normas instituídas pela Portaria nº 30 de
13/01/98 da Anvisa.
Para que esse alimento seja um bom substituto de refeição e
cumpra o seu papel de reduzir peso, deve oferecer entre 200 a
400kcal por porção do alimento pronto para consumo (junto com o
leite) e as proteínas presentes devem ser de excelente qualidade
nutricional, devendo representar no mínimo 25% e no máximo 50%
do valor energético total do alimento. Além disso, a formulação deve
ser completa em minerais e vitaminas, havendo uma regra
específica para esses nutrientes. No rótulo deve haver a informação
de que este alimento é próprio para substituir até 2 refeições
diárias.

Fica claro que se trata de um alimento especial, completo e


balanceado, formulado especificamente para esta finalidade. Não é
um alimento qualquer, como muitos encontrados nas prateleiras de
supermercados que fazem referência à perda de peso e nem
sequer possuem registro no Ministério da Saúde. Por isso, o
consumidor deve ficar atento e aprender a fazer a melhor escolha,
lendo atentamente o rótulo ou consultando um especialista da área.

Fica evidente também que em todos os estudos discutidos aqui, os


substitutos de refeição foram eficazes quando utilizados como parte
de um plano alimentar saudável e hipocalórico. Por isso, é
importante contar com o apoio nutricional de um especialista da
área ou profissionais da saúde que as empresas fabricantes
desses alimentos disponibilizam aos seus consumidores.

Inseridos em cardápios balanceados de 1200-1300kcal, os


substitutos de refeição poderão ser muito úteis para as pessoas que
precisam de um estímulo a mais para emagrecer com saúde e de
forma eficaz.

REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) Ditschuneit HH. Do meal replacement drinks have a role in


diabetes management? Nestle Nutr Workshop Ser Clin Perform
Programme., v.11, p.171-9, 2006.

(2) König D et al. Effect of meal replacement on metabolic risk


factors in overweight and obse subjects. Ann Nutr Metab., v. 52, n.
1, p. 74-8, 2008.
(3) Fisberg M et al. Impact of the hypocaloric diet using food
substitutes on the body weight and biochemical profile. Arch
Latinoam Nutr., v.54, n. 4, p.402-7, 2004.

(4) Cheskin LJ et al. Efficacy of meal replacements versus a


standard food-based diet for weight loss in type 2 diabetes: a
controlled clinical trial. Diabetes Educ., v. 34, n. 1, p.118-27, 2008.

(5) Ashley JM et al. Nutrient adequacy during weight loss


interventions: a randomized study in women comparing the dietary
intake in a meal replacement group with a tradicional food group.
Nutr J., v.6, n.1, p. 12, 2007.

Fonte:
http://www.sanavita.com.br:80/padrao.aspx?texto.aspx?idContent=1
256&idContentSection=225

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A BIOLOGIA DA NUTRIÇÃO: FIQUE MAIS


MAGRO A CADA ANO
01-12-2007

Dr. Henry S. Lodge,

A melhor maneira de perder peso é adotar um programa de


exercícios regulares e vigorosos, evitando os alimentos mais
prejudiciais à saúde e comendo menos de tudo. Gostaria que não
fosse assim, mas é. Este não é um capítulo sobre dieta, e sim sobre
nutrição. Portanto, siga o que Chris recomenda: pare de se
empanturrar com bobagens. A seguir, explico por que isso é
importante.
Mais uma vez, vamos voltar a Darwin e à maneira como o
corpo darwiniano reage aos alimentos. Dessa forma, você
compreenderá por que o aconselho enfaticamente a não entrar no
“modo faminto”, que o fará engordar. Também entenderá minha
insistente advertência para que não coma alimentos prejudiciais –
eles o deixarão com um apetite voraz e inflamarão as suas células.
O primeiro ponto e o mais elementar é que o corpo darwiniano
não está preparado para lidar com os excessos. Ele não sabe o que
fazer com as quantidades exageradas de alimentos que recebe de
modo constante. Como não foi “projetado” para a superabundância
nem para a ociosidade, reage da maneira mais louca, como se
essas duas coisas fossem sinais de fome.
Originalmente, na natureza, toda caloria era preciosa e, assim,
nossos ancestrais desenvolveram formas específicas – e muito
bem-sucedidas – de lidar com as previsíveis oscilações no
suprimento de comida. A gordura corporal está sujeita a variações
sazonais que são tão antigas quanto o tempo. No inverno, a
estação árida do ano, enfrentamos a fome ocasional desde o início
da vida no planeta. O corpo responde armazenando gordura e
diminuindo drasticamente a utilização de energia. Essa biologia está
entranhada em nós e em todos os outros animais do planeta.
Tendo em mente a reação humana à abundância, você poderá
pensar que todos os animais armazenam o máximo de gordura
possível sempre que há alimentos extras à disposição, mas isso
não é verdade. Os animais acumulam ou usam gordura em
resposta a necessidades que são identificadas de modo mais sutil.
No hemisfério Norte, as corças, por exemplo, param de crescer em
outubro e começam a armazenar gordura por meio das calorias que
ingerem para que consigam sobreviver ao inverno,
independentemente do seu tamanho e da quantidade de alimentos
de que dispõem. Na primavera, elas passam a queimar as calorias
para crescer novamente, aumentando seu volume de ossos e
músculos. E não ficam gordas. Quando há mais comida, tornam-se
maiores, contudo não acumulam gordura. As baleias jubartes
armazenam grandes quantidades de gordura quando se alimentam
nos baixios do Atlântico Norte durante o verão. Depois, usada a
gordura como combustível, nadam milhares de quilômetros para
procriar próximo ao equador. Elas não comem nada durante a
viagem, que leva cerca de seis meses, e sobrevivem utilizando ao
máximo cada caloria presente na gordura estocada.
A reação fundamental à primavera por parte da maioria dos
animais é a de usar as calorias extras no desenvolvimento da
musculatura magra e no crescimento. O objetivo é tornarem-se
mais fortes e maiores, e não engordar, ainda que haja comida à
vontade. No que se refere aos machos, é a época de desenvolver
novos tecidos – como músculos, ossos e tendões – para que
possam também caçar e entrar na competição pelas fêmeas. No
caso das fêmeas, além de tudo isso, esse é o momento de
direcionar cada porção a mais de energia para a gestação. As
mulheres armazenam gordura extra ao se prepararem para a
gravidez, porém não em excesso. E isso não é a mesma coisa que
obesidade. O tempo natural para o acúmulo de gordura antecede o
inverno, e não a primavera. A reação natural a esta estação é estar
esguio e com um bom condicionamento físico. A caça é abundante
e nós somos predadores saudáveis e eficientes. Com toda a
certeza, não desejamos nos sobrecarregar com 15 kg extras.
Mas, nos períodos que precedem a fome, é exatamente isso o
que temos vontade de fazer, assim como os ursos, que entram em
hibernação com a chegada iminente do inverno. Portanto, quais são
os sinais de fome para os seres humanos? O primeiro deles é a
vida sedentária. Na ausência de animais para caçar, ficamos à toa,
armazenando energia nessa disputa lenta com a morte. A
informação que o corpo recebe é que estamos inativos. Ele
interpreta a ociosidade como uma indicação de que estamos
morrendo de inanição e tão lentamente quanto possível, seja qual
for a quantidade de comida que ingerimos.

Faça exercícios contra a decadência


Os sinais de que o período de fome está próximo podem diferir
entre humanos e outros animais, no entanto a biologia das reações
é essencialmente a mesma. É a biologia da decadência. Como você
já sabe, a mensagem central deste livro é: experimentamos tanto
o crescimento quanto a decadência. E, sem dúvida, essa
também é a essência da biologia da nutrição. Em termos simples, a
química por trás da obesidade envolve a decadência. Ela
interrompe a ação de todos os sistemas orgânicos possíveis para
que tenhamos chance de sobreviver ao inverno, à seca e à fome. O
fato de haver comida suficiente – e até em excesso – hoje não
altera esse processo. ...pág. 161.....

.................

Pare de comer amidos, os alimentos brancos


Um dos alimentos que estão cavando sua sepultura é o amigo
(carboidrato refinado). Por isso, o atual alvoroço a respeito dos
maus carboidratos está basicamente correto. Os maus carboidratos
são os alimentos brancos – batata – arroz branco e quase todos os
itens elaborados com farinha de trigo refinada. Os bons
carboidratos são aqueles encontrados na natureza – nas frutas, nas
hortaliças e em todos os grãos que contêm relativamente poucas
calorias. O amido é ruim porque envia ao corpo sinais constantes
que provocam o desejo de consumir mais um pedaço. Gorduras e
proteínas mandam sinais para que paremos de comer após certo
ponto, mas os carboidratos, bons ou maus, não. Na natureza
precisávamos ingeri-los em quantidades substanciais, a fim de
obtermos calorias suficientes para continuarmos vivos. Assim, o
estômago cheio era o sinal que nos fazia interromper a ingestão
desses alimentos.
Embora o amito que consumimos hoje seja misturado com
calorias, o sinal de parar não surge mesmo quando já comemos o
bastante. Pior do que isso: o amigo deflagra uma rápida sensação
de fome intensa pouco tempo depois de termos nos alimentado. Ele
vicia. Cheio de calorias, praticamente não possui valor nutritivo.
Além disso, volta a nos deixar famintos 30 minutos após o término
da refeição.
O amigo é prejudicial porque se constitui basicamente de
açúcar, e este desempenha um papel-chave na maneira como o
corpo interpreta seu próprio suprimento de comida. Resumindo, o
acúmulo de açúcar diz ao corpo quanto comemos. Isso parece
estranho, no entanto é verdade. E por isso é importante. As
substâncias químicas que usamos para digerir a comida são
poderosas e perigosas. Sua função é destruir e absorver os
alimentos que ingerimos. Sendo assim, têm a capacidade de
danificar partes do corpo. O ácido gástrico, por exemplo, pode
queimar as paredes do estômago, enquanto o excesso de insulina –
substância que é um agente essencial da digestão – chega a
causar a morte repentina. Por esse motivo, precisamos liberar ácido
gástrico e insulina nas quantidades exatas para a digestão. Não
podemos errar para menos porque precisamos absorver toda a
energia que conseguirmos. Por outro lado, se exagerarmos na
dose, começaremos a digerir nosso próprio corpo. Portanto,
precisamos receber um sinal digno de confiança por parte da
comida que ingerimos para que sejamos capazes de regular o fluxo
desses elementos digestivos.
O açúcar é esse sinal. Na natureza, o conteúdo de açúcar era
proporcionalmente muito próximo à quantidade de gordura e de
proteína em cada refeição. E essa taxa era surpreendentemente
constante na maioria das plantas e das espécies animais. O
aumento do açúcar livre na corrente sangüínea depois de uma
refeição era um indicador preciso de quantas calorias havíamos
acabado de consumir. Por isso mesmo se tornou o principal sinal de
controle para a digestão. Não o único, entretanto, o mais
importante. Hoje, a quantidade de açúcar livre nos alimentos é
conhecida como índice glicêmico (IG) e é um indicador essencial
em nutrição. O IG não consta dos rótulos nutricionais, porém quem
sofre de diabetes e lida com essa doença de modo sério sabe de
cor os índices glicêmicos de todos os alimentos que consome.
Como não existe muito açúcar livre na natureza, uma pequena
elevação na sua quantidade marca o fim de uma lauta refeição. E
lembre-se de que todas as substâncias envolvidas no processo
digestivo, como a insulina, mostram as mudanças no nível de
açúcar presente no sangue.
Mas essa resposta cuidadosamente equilibrada, desenvolvida
ao longo de milhões de anos por peixes, aves, e dinossauros,
acabou se tornando uma verdadeira barafunda neste mundo de
fast-food. Pense no tempo em que éramos caçadores-coletores.
Antes de inventarmos a agricultura, comíamos mais de 200 plantas
diferentes, frutas, nozes e uma centena de animais selvagens, além
de minhocas e insetos. Havia muito pouco amido ou açúcar nesses
alimentos. Grãos como o trigo e raízes vegetais como batatas,
todos altamente ricos em amido, são criações da agricultura
introduzidas apenas há 10 mil anos. Embora isso pareça muito
tempo para nós, não é nada comparado com a evolução do nosso
aparelho digestivo.
Por um longo período, mal conseguíamos coletar alimentos
suficientes na savana para sobreviver, mas, agora, dispomos de
quantidades excessivas de comida, que, em combinação com a
vida sedentária e as gorduras prejudiciais, estão nos matando.
Vou dizer algo sobre o que você deve pensar na hora do jantar
hoje à noite: há mais açúcar livre (a substância que flui diretamente
na corrente sangüínea para acionar a resposta digestiva) no purê
de batata do que no açúcar branco. Agora, tenha em mente o tempo
em que comíamos carne de caça.pois bem, uma lata de coca-cola
contém mais açúcar livre do que 2,5 kg de carne de veado. E veja:
há mais açúcar livre – para não falar de gordura saturada – num
pacote de batata frita do que em 2,5 kg de carne de alce. Como o
corpo reage a isso? O sinal que enviamos com uma refeição de mil
calorias, composta por refrigerante, batata frita e hambúrguer, é o
de que acabamos de ingerir 10 mil calorias de “comida natural”. E o
corpo enlouquece, apressando-se em liberar mais insulina e outras
substâncias digestivas como resposta.
Esse é o verdadeiro problema com o amido. Numa refeição
como essa, mobilizamos um poder digestivo 10 vezes maior
do que realmente precisamos, ou seja, uma quantidade 10 vezes
maior de insulina, de ácido gástrico e de algumas dúzias de outras
substâncias químicas perigosas. E as coisas começam a acontecer.
Primeiro, absorvemos até a última caloria da comida que ingerimos.
Segundo, por entender que obviamente “matamos um enorme
animal”, o corpo tenta armazenar cada fração do excesso de
energia sob a forma de gordura. Terceiro, como agora dispomos de
insulina suficiente para digerir uma caça imensa – embora só
tenhamos “matado refrigerante, hambúrguer e batata frita” –, o nível
de açúcar no sangue desaba e ficamos de novo com fome. Com
muita fome. E comemos de novo, em geral mais uma farta porção.
Para o corpo darwiniano, passamos da gula à inanição e, depois,
novamente à gula em cerca de duas horas – e não há nenhuma
explicação possível para isso! Esse ciclo ultra-rápido entre essas
duas situações não tem paralelo na natureza. Falei a respeito dos
sinais específicos que enviamos quando nos exercitamos e quando
somos sedentários, no entanto a alimentação moderna está tão fora
dos parâmetros do nosso projeto original que acabamos não
transmitindo nenhum sinal coerente. O sistema inteiro se desmonta
num tumulto de hiperabsorção de calorias e decadência. É como se
houvesse muitos roqueiros destruindo guitarras no palco: a cena
produz um tremendo barulho, mas nada de música. Um dos
resultados desse desmoronamento é a ocorrência de diabetes em
adultos. Outros são obesidade, artrite, doenças do coração, câncer
e derrame.
Portanto, atenha-se a esta mensagem simples: pare de comer
bobagens. Elimine os amigos e o açúcar e substitua-os por frutas,
hortaliças e grãos integrais – grãos por refinar, como os do pão de
sete cereais. Não consuma mais comida do que deseja. Diga não
às porções exageradas – da batata frita na lanchonete à pipoca no
cinema. Considere seriamente a possibilidade de pedir uma entrada
e uma salada como refeição completa. Até isso costuma ter mais
calorias do que precisamos, em todo caso já é um começo.

Gordura como combustível


[...............]

Fonte:
Páginas 162 a 165 – “Fique mais jovem a cada ano”, atrase seu
relógio biológico”, Chegue aos 80 anos com a saúde, o vigor e a
forma física de um cinqüentão; Chris Crowley e Henry S. Lodge, M.
D.; GMT Editores Ltda, Rio de Janeiro, Sextante, 2007

OBS:
NÃO DEIXE DE LER ESTE LIVRO.
SE VOCÊ DESEJA TER SAÚDE, SER SAUDÁVEL, MAGRO, FORTE, TER
VIGOR E QUALIDADE DE VIDA, ESTE LIVRO FOI FEITO PARA VOCÊ. -
RECOMENDO VIVAMENTE.

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Medicina Preventiva
Molecular
Dr. Wilson Rondó Jr.
é especialista em medicina preventiva, nutrólogo e cirurgião
vascular. Mantenha-se informado sobre seu trabalho e sobre os
serviços oferecidos pela W.Rondó Medical Center pelo site
www.drrondo.com

A vida humana é um constante caleidoscópio de mosaicos mole-


culares. Saúde e doença, em nível molecular e de transferência de
elétrons, podem ser definidas como um estado criado pelo impacto
sobre a genética individual, transformando as moléculas no ambi-
ente interno e externo.
Saúde, nessa visão, pode ser vista como a dinâmica molecular
que preserva a integridade estrutural e funcional de células, tecidos
e órgãos.
Doença, ao contrário, pode ser definida como eventos
moleculares que causam agressões celulares e tissulares.
Considero a prática clínica da medicina baseada nesses conceitos
como Medicina Preventiva Molecular.

Considerações Moleculares
A essencial distinção aqui é que antes se tratavam as doenças
somente após diagnósticos morfológicos estabelecidos por estudos
microscópicos que nos diziam sobre a agressão aos tecidos depois
que estes já haviam sido lesados. O estudo da dinâmica molecular,
ao contrário, nos dá uma visão do trabalho das células e tecidos
antes da lesão ter ocorrido. Estamos progredindo nos meios
diagnósticos e nos planos da matéria, o que causa dificuldades de
adaptação pela resistência que o novo apresenta normalmente.
O uso de terapias nutricionais baseadas na compreensão da
dinâmica molecular na saúde e doença (Medicina Preventiva
Molecular), em contraste com a terapia das drogas químicas
baseadas no quadro morfológico estabelecido de doença (Medicina
de Lesão Tecidual), requer uma rápida e profunda adaptação
intelectual.
Precisa ser bem entendida também a diferença entre correção de
deficiências nutricionais por terapias nutricionais e o uso de
nutrientes por seu papel metabólico.
O dogma de que nutrientes essenciais devem ser usados para
correção de deficiências nutricionais é o principal bloqueio para a
clara compreensão da Medicina Preventiva Molecular. Esta
medicina não pode ser praticada até que essa barreira seja
quebrada. Por exemplo, o uso da vitamina C somente para tratar
escorbuto é irrelevante para os problemas clínicos que nós vemos
atualmente. Pensa-se em uso clínico de nutrientes com grande
perspectiva de correção de um processo desregulado de redução
química, causando doenças, e não simplesmente na correção de
deficiências, tais como o escorbuto.
Aprendemos medicina sob o dogma dos três D (Filosofia
Osteriana): doença, diagnóstico, drogas. É a filosofia na qual se
usam todos os dados clínicos para se chegar ao diagnóstico de
uma simples doença, para ser tratada por um único agente
terapêutico.
Drogas, sabemos, agem alterando as reações bioquímicas,
inibindo, acelerando ou até inativando esses processos. Drogas são
desenvolvidas para esse propósito.
Em tratamento de doenças agudas esses efeitos moleculares das
drogas salvam vidas (apesar dos efeitos secundários). em doenças
crônicas, imunes e degenerativas, drogas xenobióticas* apresentam
maior potencial para efeitos colaterais, pois são usadas por longos
períodos de tempo, freqüentemente anos.
Este é o momento em que o tratamento com nutrientes com
conhecido complexo estrutural e funcional em nível molecular
mantendo a saúde oferece benefícios superiores sem qualquer
risco de efeitos colaterais.
______________________
* Substâncias sintéticas, não encontradas naturalmente no corpo humano.
O essencial também é entender que terapia com um único
nutriente (mononutriente) não tem lugar na prática clínica de
Medicina Preventiva Molecular.
Há momentos em que os médicos devem usar somente drogas
químicas sintéticas; outras situações em que devem associar
drogas e nutrientes, e situações em que devem só usar nutrientes.
Compete ao médico ter a “cabeça-aberta” para assim melhor
beneficiar o paciente.
Drogas químicas são essenciais para doenças agudas, mas não
são substitutos para nutrientes na reversão de desordens crônicas
moleculares.

Pensar Molecular
O “pensar molecular” em doenças degenerativas, imunológicas,
infecciosas e ambientais é muito facilitado pelo conceito de “molé-
culas envelhecedoras” oxidantes) e moléculas conservadoras” (anti-
oxidantes).
Moléculas envelhecedoras são a família de moléculas que cau-
sam ou facilitam as mudanças na fisiologia ou na fisiopatologia mo-
lecular do envelhecimento e da agressão causados por infecções
ou agentes ambientais.
Moléculas conservadoras são a família de moléculas que promo-
vem a neutralização da atividade envelhecedora das moléculas e
previnem a agressão molecular causada pelas moléculas envelhe-
cedoras.
Oxigênio é o início da vida. Oxigênio é o fim da vida.
Os tecidos e células necessitam de oxigênio para viver. Isso
entendemos bem no nosso estudo básico de ciência. Os tecidos e
as células são também “envelhecidos” pelo oxigênio no processo de
vida; porém, na prática médica diária, isso ainda é pouco
compreendido.
Oxidação é um processo espontâneo, redução requer gasto
energético.
Qual é a linguagem da agressão molecular?
Oxidação.
Qual é a linguagem da recuperação molecular?
Redução.
Qual é a linguagem do processo de envelhecimento?
Agressão Oxidativa Molecular.
Existem duas teorias prevalentes no envelhecimento. Na primeira
teoria, a dos radicais livres, espécies altamente reativas de oxigênio
seriam a causa do envelhecimento celular. Radicais livres, é claro,
são produzidos pelo processo de oxidação.
Na segunda teoria de envelhecimento, protrein cross-linkage,
várias permutações de moléculas protéicas causadas pelos cross-
linking (ligamento em forma de rede) são vistas como as
causadoras do envelhecimento.
Novamente, protein cross-linking por si só depende da agressão
oxidativa. Então ambas as teorias estão claramente implicadas na
bioquímica do envelhecimento.
Oxidação espontânea é o fenômeno de base do processo de
envelhecimento. O processo bioquímico e celular envolvido no
envelhecimento inicia-se lentamente, sendo preservada a saúde
pelas moléculas conservadoras. Nesse processo oxidativo pode
haver doenças e envelhecimento precoce.
Este é o meu modo de entender a saúde e estado de doença:
todas as nossas estratégias terapêuticas para doenças
degenerativas e imunológicas resumem-se em atuar diretamente
reduzindo o oxidação molecular.
Como o processo oxidativo molecular causador de agressões
pode ser reduzido?

• Reduzindo as agressões dos agentes ambientais químicos.


• Minimizando o potencial microbiano.
• Diminuindo os desencadeadores de alergia.

Esta é a verdadeira Medicina Preventiva. É onde o modelo


prevalente do tratamento das doenças com drogas, estabelecido
para diagnóstico morfológico, falha.
A agressão molecular oxidativa é a verdadeira “lesão molecular”
na patogênese das doenças.
O estudo da dinâmica molecular nos dá a visão dos eventos
eletromagnéticos e moleculares antes de iniciar a lesão celular e
tecidual. Esta é a diferença essencial entre Medicina Clássica e
Medicina Molecular.
Rudolf Virchow, o criador da Patologia, publicou seu clássico livro
Patologia Celular em 1858, nos livrando dos caminhos restritos da
patologia medieval. Agora a “patologia molecular” deve nos livras
das restrições da “patologia celular” em áreas onde as mudanças
celulares não nos dizem como as doenças começaram.
Medicina Preventiva Molecular é a aplicação dos princípios da
medicina ambiental, medicina nutricional e medicina de boa forma
física.
Medicina Preventiva Molecular é a aplicação dos princípios da
medicina ambiental, medicina nutricional e medicina de boa
forma física.

Lesões Moleculares
O claro entendimento das lesões moleculares inicialmente
envolve a exploração de novo conhecimento em diversos campos
de pesquisa científica.
O claro entendimento das bases moleculares e energéticas das
síndromes clínicas causadas por lesões moleculares exige
familiarização com vários aspectos estabelecidos na genética, como
passagens bioquímicas de defesa molecular, resposta molecular a
agentes ambientais, ativação e inativação das enzimas, alterações
do sistema imune e da molécula essencial de traços genéticos
(parentesco) na biologia humana.
Trabalhos no projeto de genoma humano, contendo neste projeto
o mapeamento genético, revelarão os mistérios moleculares da
“doença molecular”. Isso certamente resolverá muitas das
controvérsias nos campos da Medicina Ambiental e Nutricional. Mas
o reconhecimento de como os genes são mudados (e mutilados)
pelos agentes químicos (xenobióticos) e causam doenças é uma
coisa, prevenir e tratar essas desordens é outra.

Nenhuma doença que pode ser tratada através da dieta


deveria ser tratada por qualquer outro meio.
Moisés Maimônides

(trecho do livro “Prevenção: A Medicina do Século XXI”, páginas 27


a 33).

“Prevenção: A Medicina do Século XXI”, A guerra ao


envelhecimento e às doenças; Dr. Wilson Rondó Jr., São Paulo,
Editora Gaia, 2000.

Para adquirir este livro:

Editora Gaia Ltda


(uma divisão da Global Editora e Distribuidora Ltda)
Rua Pirapitingüi, 111-A – Liberdade
CEP 01508-020 – São Paulo – SP
Tel: (11) 3277-7999 – Fax (11) 3277-8141
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Livraria Saraiva
http://www.livrariasaraiva.com.br/index.htm

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