You are on page 1of 192

CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO

PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

1º Semestre de 2006

1
ÍNDICE

Orçamento Público...........................................................................................................04
Créditos Adicionais..........................................................................................................20
Receita Pública.................................................................................................................27
Dívida Ativa.....................................................................................................................37
Despesa Pública...............................................................................................................38
Restos a Pagar..................................................................................................................49
Dívida Pública..................................................................................................................52
Patrimônio Público: Bens , Direitos e Obrigações...........................................................55
Variações Patrimoniais....................................................................................................60
Contabilidade Pública- Conceito- classificação..............................................................66
Balanços Públicos............................................................................................................81
Exercícios de Fixação 01.................................................................................................92
Exercícios de Fixação 02...............................................................................................113
Exercícios de Fixação 03...............................................................................................121
Exercícios de Fixação 04...............................................................................................126
Exercícios de Fixação 05...............................................................................................128
Exercícios de Fixação 06...............................................................................................137
Glossário de Termos Técnicos................................................................................................. 164
Bibliografia....................................................................................................................191

“estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las”


Paulo Freire
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Apresentação

De todas as áreas da Contabilidade, uma das áreas que mais tem crescido o número de
ofertas e há uma carência muito grande de profissionais no mercado de trabalho é a contabilidade
pública. Devido a esses fatos, e outros como constantes concursos Públicos é que me levou a
confeccionar esta apostila. Pois as bibliografias existentes, não trás uma seqüência lógica dos
assuntos e isso têm dificultado muito o aprendizado da disciplina, principalmente para iniciantes.
Portanto, justifica então, o grande marasmo pela disciplina devido a sua complexa exposição
bibliográfica. Esse material tem como objetivo não somente atender a ementa do cursos de
Ciências Contábeis, mas suprir a necessidade daqueles que querem dar seqüência nos estudos,
sejam para atuar na contabilidade pública ou em outras áreas afins através de concurso público.
O conteúdo é exposto de uma forma clara , lógica e seqüencial do assunto, facilitando uma
melhor compreensão do assunto. Começaremos primeiramente pelo aspecto do orçamento público,
em seguida, estudaremos o patrimônio Público e finalmente a prática de contabilização das
operações típicas da Administração Pública e a Consolidação dos Balanços. No final da apostila, há
exercícios práticos de escrituração, balancetes, balanços e mais de 500 questões para concursos
públicos, inclusive um glossário de termos técnicos.
O meu desejo é que esta material desperte o seu interesse pelo assunto e juntos durante esse
período de estudos possamos aprender uma disciplina que tem um grande mercado promissor.

Ricardo Soares

“Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus...”Rm 8.28a

3
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Orçamento Público

Significado

O governo tem como responsabilidade fundamental o melhor nível dinâmico de bem-


estar à coletividade. Para tanto, utiliza-se de técnicas de planejamento e programação de
ações que são condensadas no chamado sistema de planejamento integrado.

Esse sistema busca, principalmente, analisar a situação atual – diagnóstico – para


identificar as ações ou alterações a serem desenvolvidas, visando atingir a situação desejada.

Para isto, num plano mais amplo e político-teórico, elaboram-se planos de longo
prazo, ou seja, planos que contenham situações desejadas para os próximos dez a quinze
anos, no mínimo. Obviamente, partindo do diagnóstico da situação atual, projeta-se para o
futuro o que se pretende alcançar em termos ideais.

Para o início de uma determinação mais prática, elaboram-se planos de médio prazo,
onde são esboçadas as ações a serem desenvolvidas, para os próximos três a cinco anos,
geralmente.

PROCESSO DE PLANEJAMENTO-ORÇAMENTO

A adoção de um Sistema de Planejamento Integrado deveu-se a estudos técnicos e


científicos, levados a efeito pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de
determinar as ações a serem realizadas pelo poder público, escolhendo as alternativas
prioritárias e compatibilizando-as com os meios disponíveis para colocá-las em execução.
Os estudos aludidos concluíram que nos países subdesenvolvidos os recursos
financeiro gerados pelo governo, em geral, são escassos em relação às necessidades da
coletividade, e o sistema de Planejamento Integrado busca, através da escolha de
alternativas prioritárias, o melhor emprego dos meios disponíveis para minimizar os
problemas econômicos e sociais existentes.

O Sistema de Planejamento Integrado, no Brasil também conhecido como Processo


de Planejamento-Orçamento, consubstancia-se nos seguintes instrumentos, aliás atendendo
a mandamento constitucional ( Art 165 inciso I, II, III):

a) Plano Plurianual;
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias;
4
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

c) Lei de Orçamentos Anuais.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988-


Art 165

PLANO PLURIANUAL- PPA- Inciso I

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS- LDO Inciso II

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL- LOA -Inciso III

ORÇAMENTO ORÇAMENTO ORÇAMENTO


FISCAL DE DA
INVESTIMENTO SEGURIDADE SOCIAL

EM SÍNTESE O PLANO PLURIANUAL VISA:

 Orientar a ação governamental objetivando alcançar o desenvolvimento


econômico que, por sua vez, propiciará a efetiva promoção do bem-
estar social.

 Fixação de forma regionalizada , as Diretrizes, Os Objetivos e as Metas


do governo:
- Despesas de Capital e outras decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

5
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

CONSTARÃO NA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

⇒ As metas e prioridades da Administração Pública Federal,


incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente;
⇒ Orientar a Elaboração da Lei Orçamentária Anual;
⇒ Dispor sobre Alteração na legislação tributária;
⇒ Estabelecer política de aplicação das agências Financeiras oficiais de
fomento;
⇒ Equilíbrio entre Receitas e Despesas;
⇒ Disposições relativas às despesas com pessoal; ( Art. 169 da CF);

A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL COMPREENDERÁ:

I. O Orçamento Fiscal referente aos poderes da União, seus fundos, Órgãos


e entidades da Administração direta e indireta, inclusive Fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II. Orçamento de Investimentos das empresas em que a União, direta ou


indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III. O Orçamento da seguridade, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados, a Administração Direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; Art 194, 195, 196,
199, 200, 201, 203 e 212 § 4º da CF/88.

Prazos de encaminhamento e devolução dos instrumentos de planejamento ADCT


Art 35 § 2º I, II , III.
PROJETO DE LEI ENCAMINHAMENTO AO DEVOLUÇÃO AO PODER
PODER LEGISLATIVO EXECUTIVO
Plano 4 meses antes do encerramento do Até 15 de dezembro do
Plurianual-PPA primeiro exercício financeiro do exercício em que for
mandato presidencial (31 de encaminhado
agosto)
Lei de Diretrizes 8 meses e meio antes do Até 30 de junho
Orçamentárias-LDO encerramento do exercício
financeiro (15 de abril
Lei de Orçamentos 4 meses antes do encerramento do Até 15 de dezembro
Anuais- LOA exercício financeiro ( 31 de
agosto)

6
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Plano Plurianual

O plano plurianual é um plano de médio prazo, através do qual procura-se ordenar as


ações do governo que levem ao atingimento dos objetivos e metas fixados para um período
de quatro anos, ao nível do governo federal, e também de quatro anos ao nível dos governos
estaduais e municipais.
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá. De forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. E nenhum
investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.

O plano Plurianual – PPA foi instituído pela Constituição Federal de 1988 (art. 165, I e §
1º), vindo a substituir os anteriores Orçamentos Plurianuais de Investimentos. A
competência para remetê-lo ao Congresso Nacional é privativa do Presidente da República,
pois, de acordo com o art. 84, inciso XXIII, da CF, compete privativamente ao Presidente da
Republica enviar ao Congresso Nacional o Plano Plurianual, o projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentária e as propostas de orçamento prevista na Constituição. No seio do Parlamento,
a proposta d Plano Plurianual poderá receber emendas, apresentadas na Comissão Mista de
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, onde receberão parecer, que após votado na
Comissão, será apreciado pelo congresso Nacional na forma do Regimento Comum.
O Presidente da República poderá remeter mensagem ao congresso Nacional,
propondo modificações no Projeto de PPA, enquanto não iniciada a votação, na Comissão
Mista, da parte cuja alteração é proposta.
A lei que instituir o PPA estabelecerá por regiões, as diretrizes, objetivos e metas da
Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem assim
aquelas relativas aos programas de duração continuada (mais de um exercício financeiro).
Diretrizes são orientações ou princípios que nortearão a capitação, gestão e gastos de
recursos durante o período, com vistas a alcançar os objetivos de Governo no período do
Plano.
Objetivos consistem na discriminação dos resultados que se pretende alcançar com a
execução das ações governamentais que permitirão a superação das dificuldades
diagnosticadas.
Metas são a tradução quantitativa dos objetivos.
Observações: o conceito de despesas de capital pode ser encontrado no módulo
acerca de despesa pública.
A título de exemplo, a proposta de Plano Plurianual para o período 2000-2003
estabeleceu o seguinte:
7
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Diretrizes Estratégicas:
- consolidar a estabilidade econômica com crescimento sustentado;
- promover o desenvolvimento sustentável voltado para a geração de empregos e
oportunidades de renda
- combater a pobreza promover a cidadania e a inclusão social;
- consolidar a democracia e a defesa dos direitos humanos;
- reduzir as desigualdades inter-regionais;
- promover os direitos de minorias vítimas de preceito e discriminação.

Macro-objetivos:
- criar um ambiente macroeconômico favorável ao crescimento sustentado;
- sanear as finanças públicas;
- elevar o nível educacional da população e ampliar a capacitação profissional;
- aumentar a competitividade do agronegócio;
- desenvolver a industria do turismo;
- desenvolver a industria cultural;
- promover a reestruturação produtiva com vistas a estimular a competição no
mercado interno;
- ampliar o acesso aos postos de trabalho e melhorar a qualidade do emprego;
- melhorar a gestão ambiental;
- ampliar a capacidade de inovação
- fortalecer a participação do país nas relações econômicas internacionais;
- ofertar escola de qualidade para todos;
- assegurar o acesso e a humanização do atendimento na saúde;
- combater a fome;
- reduzir a mortalidade infantil;
- erradicar o trabalho infantil degradante e proteger o trabalho adolescente;
- assegurar o serviços de proteção à população assegurar o serviços de proteção à
população mais vulnerável á exclusão social;
- promover o desenvolvimento integrado do campo
- melhorar a qualidade de vida nas aglomerações urbanas e regiões metropolitanas;
- ampliar a oferta de habitações e estimular a melhoria das moradias existentes;
- ampliar os serviços de saneamento básico e de saneamento ambiental das cidades;
- melhorar a qualidade do transporte e do transito urbanos;
- promover a cultura para fortalecer a cidadania;
- promover a garantia dos direitos humanos;
- garantir a defesa nacional como fator de consolidação da democracia e do
desenvolvimento;
- mobilizar governo e sociedade para a redução da violência.

Metas: foram estabelecida em cada programa previsto no plano para o atingimento


dos objetivos.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
poderá ser

8
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

iniciado sem previa inclusão no PPA, ou em lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
O projeto de PPA, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do termino do
primeiro exercício financeiro e desenvolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.
Cabe à lei complementar dispor sobre a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do PPA. Essa lei complementar ainda não foi promulgada, portanto ainda estão
em vigor as regras estatuídas no art. 35, § 2º. I do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, transcritos no parágrafo anterior.
O PPA não é imutável no seu período de vigência. Lei especifica, com a mesma
tramitação descrita supra, poderá alterá-lo, conforme já ocorrido.

Veja detalhadamente os aspectos importantes do Plano Plurianual-PPA

- Instrumento de planejamento governamental de longo prazo.


- Vigência: União, Estados, Distrito Federal e Municipais: 04 (quatro) anos.
Começa a produzir efeitos a partir do segundo exercício financeiro do mandato
do chefe do Executivo até o final do primeiro exercício do mandato subseqüente.
Veja que a vigência não coincide com o mandato do chefe do Poder Executivo.
Procura-se, com isto, evitar a descontinuidade dos programas governamentais.
- Conteúdo Principal: fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas do governo para:
- As despesas de capital (ex.: construção de escolas e hospitais);
- As despesas correntes derivadas das despesas de capital (ex.: contratação de
pessoal necessário ao funcionamento das escolas e hospitais);
- Os programas de duração continuada (despesa vinculadas a programas com
duração superior a um exercício financeiro – como o “programa de bolsa-escola”,
por exemplo).
- Quando da elaboração do PPA, a administração e o legislador deverão planejar a
aplicação de recursos públicos de modo a atenuar a enorme desigualdade entre as
regiões brasileiras (no caso do PPA da União) ou entre as sub-regiões existentes
nos Estados e Municípios (caso do PPA do s Estados e Municípios).
- O PPA orienta as demais leis orçamentárias, na medida em que servirá de guia e
de parâmetro para a elaboração da LDO, da LOA e dos demais planos e
programas nacionais, regionais e setoriais.
- Todo investimento do Governo, cuja execução ultrapasse mais de um ano, deverá
estar previsto no PPA sob pena de crime de responsabilidade. Não havendo a
referida previsão, uma lei específica poderá incluir o investimento no PPA.
- O projeto de lei dispondo sobre o PPA é de iniciativa privativa e vinculada do
Chefe do Poder Executivo (presidente da Republica, Governadores e Prefeitos –
ver artigo 84, XIII c/c 165 e 166, § 3º da CF/88).
- PRAZO PARA ENVIO DA PROPOSTA DO PPA AO LEGISLATIVO:
- União; enviar ao congresso Nacional até 31 de AGOSTO do primeiro exercício
financeiro do mandato do Presidente e devolver ao Executivo até o encerramento
9
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

da sessão legislativa (CF, artigo 35, § 2º, I do ADCT da CF). nos termos do
disposto no artigo 57 da CF, a sessão legislativa encerrada em 15 de dezembro.
- ESTADOS E MUNICÍPIOS: os prazos devem estar assinalados nas respectivas
Constituições Estaduais e Leis Orgânicas. No Estado de Pernambuco, por
exemplo, cabe ao Governador enviar à Assembléia Legislativa a proposta do PPA
até 01 de AGOSTO do primeiro exercício financeiro do seu mandato, que será
devolvida até 15 de SETEMBRO (CE, artigo 124, § 1º, I). Enquanto que o Estado
de São Paulo é 30 de setembro.

Lei de Diretrizes Orçamentárias

A lei de diretrizes orçamentária tem a finalidade de nortear a elaboração dos


orçamentos anuais, compreendidos aqui o orçamento fiscal, o orçamento de investimento
das empresas e o orçamento da seguridade social, de forma a adequá-los às diretrizes,
objetivos e metas da administração pública, estabelecidos no plano plurianual.
Portanto, a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as
alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.

Abaixo mostraremos detalhadamente a composição e função da Lei de Diretrizes


Orçamentária-LDO:
- Instrumento de planejamento de curto- prazo.
- Deve se elaborado em harmonia com o PPA e orientará a elaboração da LDO.
- Estabelece as metas e prioridades da Administração, incluindo as despesas de
capital, para o exercício subseqüente.
- Disporá sobre as alterações na legislação tributária. Essa atribuição da LDO está
relacionada ao fato de que as receitas tributarias são a principal fonte de
financiamento dos gastos públicos, dí a necessidade de haver uma previsão
adequada tanto em relação aos acréscimos, quanto aos decréscimos (ex.: previsão
de novos tributos etc.).
- Fixará a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento
(políticas prioritárias para o Banco do Brasil, BNDES, caixa Econômica, Banco
do nordeste e demais agências fomentadoras do desenvolvimento).
- Autorizará a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração de
servidores, a criação de cargos, empregos, funções ou alterações na estrutura de
carreira, bem como a admissão e contratação de pessoal a qualquer título na
administração. Execução: as empresas públicas e as sociedades de economia
mista, nos termos do disposto no artigo 169, §2º da CF não precisam dessa
autorização da LDO
- PRAZO PARA ENVIO DA LDO:
- UNIÃO: o presidente deve enviar ao Congresso Nacional a proposta da LDO até
15 de ABRIL (oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro),
10
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

que será devolvida até o fim do 1º período da sessão legislativa (CF, artigo 35,
§2º II do ADCT).
- ESTADOS E MUNICIPIOS: os prazos devem estar assinalados nas respectivas
Constituições Estaduais e Leis Orgânicas. No Estado de Pernambuco, por
exemplo, a proposta da LDO deverá ser enviada à Assembléia Legislativa até 15
de MAIO e devolvida até 30 de JUNHO (CE, artigo 124, § 1º, II).

Importante

1. ARTIGO 57, 2º Da CF/88 – a sessão legislativa não será interrompida sem a


aprovação do projeto de LDO. Em tese, pelo teor do caput do artigo 57 da CF, a
LDO deverá estar aprovada ate 30 de junho. Se isso não acontecer, a sessão
legislativa prorrogar-se-á automaticamente até a aprovação da LDO.
2. Mesmo que alguns autores falem em vigência anual da LDO, isso, a rigor não é
correto. Valendo-nos do conceito jurídico de vigência, há que se concluir que a LDO
vigora por mais de um ano. Normalmente é aprovada em meados do exercício
financeiro, orientando a elaboração da LDO no segundo semestre e continuando em
vigor até o final do exercício financeiro subseqüente. Diga-se, contudo, que, embora
a vigência formal seja maior que um ano, a LDO traça as metas e as prioridades da
Administração apenas para o exercício subseqüente.

A LDO e a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF

A LRF 0trouxe uma serie de inovações em relação à LDO.


Aumenta o seu conteúdo e a transforma no principal instrumento de planejamento para uma
administração orçamentária equilibrada. Além das atribuições assinaladas no texto da CF, a
LDO devera, ainda, nos termos do ARTIGO 4 DA LRF:
a. Dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas;
b. Aprovar normas para o controle de custos e a avaliações dos resultados dos
programas financeiros pelo orçamento;
c. Disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas (ver artigo
26 d LRF);
d. Definir o resultado primário a ser obtido com vistas à redução do montante da divida
e das despesas com juros;
e. Estabelecer critérios e formas de limitações de empenho caso ocorram os seguintes
fatos: 1º - arrecadação da receita inferior à estimada, de modo a comprometer as
metas de reconduzir a dívida aos limites estabelecidos;
Fixar, em percentual da Receita Corrente Liquida, o montante da Reserva de Contingência.

11
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Lei de Orçamentos Anuais

Para viabilizar a concretização das situações planejadas no plano plurianual e,


obviamente, transforma-las em realidade, obedecida a lei de diretrizes orçamentárias,
elabora-se o Orçamento Anual, onde são programadas as ações a serem executadas, visando
alcançar os objetivos determinados.
A lei orçamentária anual compreenderá:

I. – o orçamento fiscal referente aos poderes Executivo, legislativo e Judiciário, seus


fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público;
II. – o orçamento de investimento das empresas em que o estado, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; e
III. – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Alerte-se para o fato de se tratar de uma lei que contenha o orçamento fiscal, o
orçamento de investimento da empresas estatais e o orçamento da seguridade social e não de
leis específicas para cada orçamento.
Finalizando, podemos dizer que a lei dos orçamentos anuais é o instrumento utilizado
para a conseqüente materialização do conjunto de ações e objetivos que foram planejados
visando ao melhor atendimento e bem-estar da coletividade.

Definição

O orçamento público tradicional tinha como finalidade principal o controle político


das ações governamentais, que o poder legislativo exercia sobre as atividades financeiras do
poder executivo, principalmente sob o aspecto contábil-financeiro. As informações e
decisões várias sobre todos os assuntos concorrentes ao governo, contidas no orçamento,
consubstanciavam-se, em resumo, na seguinte definição:

12
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

“Orçamento é um ato de previsão de receita e fixação da despesa para um determinado


período de tempo, geralmente, um ano, e constitui o documento fundamental das finanças
do Estado, bem como da Contabilidade Pública.”

Modernamente, entretanto, em face do entendimento de que o orçamento integra o


Sistema de Planejamento, há uma extensão de sua definição, que procura essa integração do
processo de planejamento-orçamento.

Portanto, pela extensão, temos que:

“o orçamento é o processo pelo qual se elabora, expressa, executa e avalia o nível de


cumprimento da quase totalidade do programa de governo, para cada período orçamentário.
É um instrumento de governo, de administração e de efetivação e execução dos planos
gerais de desenvolvimento sócio-econômico.”

Princípios orçamentários

Para que o orçamento seja a expressão fiel do programa de um governo, como


também um elemento para a solução dos problemas da comunidade; para que contribua
eficazmente na ação estatal que busca o desenvolvimento econômico e social; para que seja
um instrumento de administração do governo e ainda reflita as aspirações da sociedade, na
medida em que o permitam as condições imperantes, principalmente a disponibilidade de
recursos, é indispensável que obedeça a determinados princípios, entre os quais destacamos
alguns que refletem com fidedignidade os que são usados comumente nos processos
orçamentários.

Programação

O orçamento deve ter o conteúdo e a forma de programação.


Isto ocorre da própria natureza do orçamento, que é a expressão dos programas de
cada um dos órgãos do setor público.
Programar é selecionar objetivos que se procuram alcançar, assim como determinar
as ações que permitem atingir tais fins e calcular e consignar os recursos humanos, materiais
e financeiros, para a efetivação dessas ações.

Unidade

Os orçamentos de todos os órgãos autônomos que constituem o setor público devem-


se fundamentar em uma única política orçamentária estruturada uniformemente e que se
ajuste a um método único.
O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento para o exercício
financeiro, para cada entidade da Federação.
13
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Universalidade

O Orçamento deve conter as receitas e todas as despesas referentes aos três poderes
da União (Estados, DF e ou Municípios) seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta.
Verifica-se que a universalidade está intimamente ligada com a programação e que,
se algo deve fazer parte do orçamento e nele não figura, os objetivos e os efeitos sócio-
econômicos que se procuram alcançar poderão ser afetados negativamente pela parte não
incluída no orçamento, ou seja, não programada, assim como jamais será possível alcançar
um elevado grau de racionalidade no emprego dos recursos, se parte dele for manipulada
sem a devida programação.
Portanto o documento orçamentário integrado deve conter todos os aspectos dos
elementos programáveis que o constituem.

Anualidade ou Periodicidade

Utiliza-se convencionalmente, o critério de um ano para o período orçamentário, por


apresentar a vantagem de ser o adotado pela maioria das empresas particulares.
Outra vantagem é a que concilia duas condições opostas, que consistem no fato de
que quanto mais distante a época para a qual se projeta maior a possibilidade de erro; sob
esse aspecto seria conveniente programar para períodos bem curtos, porém o ato de
programar envolver uma soma de variedades tarefas que seria impossível realiza-la em
intervalos reduzidos.
De qualquer forma, o período de um ano para o orçamento é o que melhor atende à
concretização dos objetivos sociais e econômicos.

Exclusividade

Deverão ser incluídos no orçamento, exclusivamente, assuntos que lhe sejam


pertinentes.
Em outras palavras, quer dizer que se deve evitar que se incluam na lei de orçamento
normas relativas a outros campos jurídicos e, portanto, estranhas à previsão da receita e da
fixação da despesa.
Esta matéria também está prevista na Constituição Federal no artigo
165, § 8º, onde está determinado que a lei orçamentária anual não conterá
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei.

14
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Clareza
O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa.
Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o
orçamento um instrumento eficiente de governo e administração. O poder de comunicação
do documento terá influência em sua melhor e mais ampla utilização e sua difusão será tanto
mais abrangente quanto maior a clareza que refletir.

Equilíbrio

O orçamento deverá manter o equilíbrio, do ponto de vista financeiro, entre os


valores de receita e de despesa.
Procura-se consolidar uma salutar política econômico-financeira que produza
igualdade entre valores de receita e despesa, evitando desta forma déficits espirais, que
causam endividamento congênito, isto é, déficit que obriga a constituição de dívida que, por
sua vez, causa o déficit.

Publicidade

O Orçamento Público deverá ser publicado para que toda a comunidade possa tomar
conhecimento dos objetivos do Estado para e que ele possa ter validade.

Ciclo orçamentário

Conforme já foi exposto, a responsabilidade básica do Estado consiste em buscar o


nível máximo de satisfação das necessidades da população.
Do conjunto de necessidades da população, parte é satisfeita pela produção de bens e
serviços realizada pelo governo e parte atendida e realizada pelos particulares.
O Estado produz essencialmente bens e serviços para satisfação direta das
necessidades da comunidade, não atendidas pela atividade privada, orientando sua ações no
sentido de buscar determinadas conseqüências que modifiquem, positivamente, as condições
de vida da população, através de um processo acelerado e permanente, com o menor custo
econômico e social possível.
Isto requer métodos científicos de investigação e técnicas operativas adequadas que
possibilitem, racionalmente, a utilização de uma ação concreta.
O orçamento, embora seja anual, não pode ser concebido ou executado isoladamente
do período imediatamente anterior e do posterior, pois sofre influências condicionantes
daquele que o precede, assim como constitui uma base informativa para os futuros
exercícios.
Daí a necessidade de compreensão do Ciclo Orçamentário, que é a seqüência das
etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário, assim, consubstanciadas:

a) elaboração;
15
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

b) estudo e aprovação;
c) execução; e
d) Avaliação.

Elaboração

A elaboração do orçamento, de conformidade com o disposto na lei de diretrizes


orçamentárias, compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado,
bem como o cálculo dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua
materialização e concretização.
Como corolário desta etapa, devemos providenciar a formalização de um documento
onde demonstrada a fixação dos níveis das atividades governamentais, através da
formulação dos programas de trabalho das unidades administrativas, e que, em última
análise, constituirá a proposta orçamentária.
As propostas parciais de orçamento guardarão estrita conformidade com a política
econômico-financeira, o programa anual de trabalho do governo e, quando fixado, o limite
global máximo para o orçamento de cada unidade administrativa.
As propostas parciais das unidades administrativas, organizadas em formulário
próprio, serão acompanhadas das tabelas explicativas da despesa realizada no exercício
imediatamente anterior, da despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta, e
da despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta, e da justificação
pormenorizada de cada dotação solicitada, com a indicação dos atos de aprovação de
projetos e orçamentos de obras públicas, para cujo início ou prosseguimento ele se destina.
Caberá aos órgãos de contabilidade ou de arrecadação organizar demonstrações
mensais da receita arrecadada, segundo as rubricas, para servirem de base à estimativa da
receita, na proposta orçamentária. Quando houver órgão central de orçamento, estas
demonstrações lhe serão remetidas mensalmente.
As propostas orçamentárias parciais serão revistas e coordenadas na proposta geral,
considerando-se a receita estimada e as novas circunstâncias.
O Poder Executivo deverá enviar o projeto de lei orçamentária, ao Poder Legislativo,
dentro dos prazos estabelecidos, no âmbito federal, o prazo termina em 31 de agosto, e no
Estado de São Paulo, o Estado e os municípios devem obedecer ao prazo de entrega até o
dia 30 de setembro.
A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo
nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis orgânicas dos Municípios compor-se-
á de:

I. - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-


financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de
créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis.
Exposição e justificação da política econômico-financeira do Governo, justificação
da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital;
II. - projeto de Lei Orçamento;
16
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

III. - Tabelas Explicativas das quais, além das estimativas de receita e despesas,
constarão, em colunas distintas para fins de comparação, a receita arrecadada nos
últimos exercícios anteriores àquele em que se elabora a proposta; receita para o
exercício em que se elabora a proposta; a receita prevista para o exercício a que se
refere a proposta; e a despesa realizada no exercício imediatamente anterior; a
despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e a despesa prevista
para o exercício a que se refere a proposta;
IV. - especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais,
em termos de metas visadas, decompostas em estimativas de custo das obras a
realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira,
social e administrativa.

Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição


sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação.

Estudo e Aprovação

Esta fase é de competência do poder Legislativo, e o seu significado está configurado


na necessidade de que o povo, através de seus representantes, intervenha na decisão de suas
próprias aspirações, bem como na maneira de alcançá-las.
Conforme já foi mencionado, o Poder Executivo deverá enviar o projeto de lei
orçamentária ao poder Legislativo dentro dos prazos estabelecidos; entretanto, até o
encerramento da sessão legislativa, o poder Legislativo deverá devolve-lo para sanção.
Outrossim, se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado, o Poder
Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:

I. – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;


II. – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que indicam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para estados, Municípios e Distrito
Federal; ou
III. – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
Devidamente discutindo, o projeto de lei orçamentário, uma vez aprovado pelo
poder Legislativo, merecerá de sua parte a edição de um autógrafo e logo após enviado para
sanção pelo chefe do Poder Executivo.

17
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Execução

A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e metas


determinados para o setor público, no processo de planejamento integrado, e implica a
mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros.
A etapa de execução deve, necessariamente, fundamentar-se na programação, não só
para ajustar-se às orientações estabelecidas no orçamento aprovado, como também para
alcançar a máxima racionalidade possível na solução de problemas que decorrem da
impossibilidade de se fazer uma previsão exata detalhes ligados à execução das
modificações produzidas nas condições vigentes à época da elaboração do orçamento.
Ressalte-se a importância da coordenação das funções necessárias ao atingimento das
finalidades, bem como da procura da máxima racionalidade possível no emprego dos
recursos humanos, materiais e financeiros consignados para efetuar as ações e alcançar os
fins colimados.
Imediatamente após a promulgação da Lei de orçamento e com base nos limites nela
fixados,o Poder Executivo aprovará um quadro decotas trimestrais da despesa que cada
unidade orçamentária fica autorizada a utilizar .
A fixação dessas cotas atende aos seguintes objetivos:
a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil, a soma de recursos
necessários e suficientes à melhor execução do seu programa anual de
trabalho;
b) manter, durante o exercício, na medida do possível, o equilíbrio entre a receita
arrecadada e a despesa realizada, para reduzir ao mínimo eventuais
insuficiências de tesouraria.
As cotas de despesa têm o propósito de fixar as autorizações máximas em um
subperíodo orçamentário para que as unidades executoras possam empenhar ou realizar
pagamentos. Constituem um instrumento de regulação para condicionar os recursos
financeiros às reais necessidades dos programas de trabalho.
Proporcionarão às unidades executoras a regularidade de recursos e evitarão a
emissão de documentos sem garantia de cobertura financeira efetiva e o atraso de
pagamento de empenho emitidos sem considerar as reais possibilidades de caixa.
Na seqüência, cada órgão baixará as Tabelas de Distribuição, dos recursos
orçamentários, descendo o nível para as unidades administrativas, encarregadas da
Execução, vinculando os seus totais aos das Unidades Orçamentárias correspondentes. A
tabela de distribuição aprovada deverá ser encaminhada ao Serviço de Contabilidade para
registro, após o que poderão ser emitidos empenhos.
Os Serviços de Contabilidade, ao procederem ao registro das tabelas de distribuição
dos recursos orçamentários, providenciarão a abertura do chamado Livro da Despesa para o
acompanhamento e registro analítico da despesa, desde os créditos orçamentários, seguindo-
se empenho por empenho, requisição por requisição e pagamento por pagamento.

Avaliação

18
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

A avaliação refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o


nível dos objetivos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a
execução; à eficiência com que se realizam as ações empregadas para tais fins e o grau de
racionalidade na utilização dos recursos correspondentes.
A constatação do que realizar, e do que deixar de fazer, não pode, como é óbvio,
restringir-se somente, ao julgamento “a posteriori”.
A avaliação deve ser ativa, desempenhar um papel importante como orientadora da
execução e fixar em bases consistentes as futuras programações, por isso esta fase é
simultânea à execução, e a informação que fornece deve estar disponível, quando dela se
necessitar.
A avaliação impõe a necessidade de um sistema estatístico cuja informação básica se
obtém em cada uma das repartições ou órgãos.
De posse dos dados coletados, o grupo de avaliação orçamentária deve elaborar
tabelas, calcular indicadores e apresentar informes periódicos para uso e tomada de decisões
dos dirigentes das unidades executoras.

Resumo do Ciclo Orçamentário

O ciclo orçamentário é composto por:


a) Elaboração

• Fase de competência do poder Executivo, em que, com base na Lei de


Diretrizes Orçamentárias, são fixados os objetivos para o período, levando-se
em conta as despesas correntes já existentes e aquelas a serem criadas. São
feitos, também, estudos para a definição do montante de recursos
orçamentários necessários para fazer frente às despesas de capital, com base
no plano plurianual. Deve, nessa fase, ser formalizada a lei, de acordo com os
anexos constantes da Lei nº 4.320/64.
b) Estudos e aprovações

• Fase de competência do Poder Legislativo, em que os representantes do povo,


vereadores, deputados, senadores, aprovam e/ou fazem emendas.
c) Execução

• Fase em que é realizado aquilo que fora previsto nos projetos e atividades da
referida Lei do Orçamento.
d) Avaliação

• Essa fase, apesar de prevista, raramente é de fato realizada, pois,


normalmente, ao se encerrar o exercício financeiro, o executivo toma as
iniciativas para iniciar a execução do novo orçamento e, assim, poucos
recursos são destinados à avaliação do orçamento encerrado, naquilo que se
refere a sua execução.

19
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Créditos Adicionais
Conceito

São valores que se adicionam ou acrescem ao orçamento, quer como reforço de


dotações existentes, quer como dotações destinadas a cobertura de encargos provenientes da
criação de novos serviços, ou ainda, para atender a despesas imprevisíveis e urgentes.
Podem ainda os créditos adicionais, do ponto de vista legal, ser definidos da seguinte
forma: “são autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei
do orçamento”.
Supõe-se que, existindo um processo de planejamento e orçamento integrado , em
que se utilizam técnicas que visam à concretização de objetivos e metas, devidamente
formulados num instrumento denominado Orçamento por Programas, por nós já absorvido,
quer pelos aspectos legais existentes, quer pela efetiva implantação pela Administração
Pública, a existência dos créditos adicionais tende a reduzir-se ao mínimo e talvez venha ser
de uso excepcional.
Entretanto, tal não ocorre, ainda. E muito são os fatores que concorrem para que essa
redução de créditos adicionais não se efetive. Para não me alongar muito neste assunto,
menciono que os principais fatores que influem negativamente são: a falta de um
planejamento – planos de longo e médio prazos e definições clara de objetivos e metas; e
um sistema de controle e avaliação de resultados.
Aliás, a falta desses pressupostos essenciais, pertinentes ao processo de
planejamento-orçamentario integrado, aliada à sistemática orçamentária em uso, em que, em
face da adoção de procedimentos visando a uma margem de segurança efetiva, na estimação
das receitas. Que geralmente é subestimada, acaba por provocar a fixação de dotações na lei
do orçamento, em níveis inferiores aos necessários.
Diga-se também que a sistemática a que nos referimos, até certo ponto feita para
atender gastos com precaução, possui, ainda, a ausência do Poder Legislativo, amparada
pelo disposto no artigo 7º da Lei Federal nº 4.320/64, que diz textualmente: “A lei de
Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: I – abrir créditos suplementares até
determinada importância, obedecidas as disposições do artigo 43”, e que esse dispositivo
está resguardado na Constituição Federal.
Outro aspecto que deve ser abordado é o relativo à obrigatoriedade da elaboração dos
Planos Plurianuais, que esperamos não sigam os trâmites dos Orçamentos Plurianuais de
20
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Investimentos. Como se trata de uma obrigatoriedade legal, geralmente são elaborados esses
planos; entretanto, a parte que deve corresponder ao exercício e que deveria
proporcionalmente ser introduzida no Orçamento Programa anual, seguindo a sistemática já
descrita, acaba não satisfazendo os objetivos delineados.
A títulos de esclarecimento, os Orçamentos Plurianuais de Investimento seriam uma
espécie de planos de médio prazo, a que nos referimos, porém, somente para a parte de
capital – receita e despesa.

Classificação

Os créditos adicionais classificam-se em:

I. – Suplementares;
II. – Especiais; e
III. – Extraordinário.

I. – Créditos Suplementares

Destinam-se ao reforço de dotação orçamentárias. Uma ilação óbvia é a de que, para


haver um reforço, é necessário que haja a dotação orçamentária.
Portanto, créditos suplementares são autorizações para reforço de dotação
orçamentárias que, por qualquer motivo, tornaram-se insuficientes. Acrescem-se aos valores
das dotações constantes da Lei Orçamentária.

II. – Créditos especiais

São os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Créditos especiais são autorizados para cobertura de despesas eventuais ou
essenciais e por isso mesmo não consideradas na Lei do Orçamento.
Essas autorizações, que são concedidas pelo Poder Legislativo, e consubstanciadas na
promulgação de uma Lei de caráter especial, como está descrito, podem ser utilizadas para
cobertura de despesas eventuais ou especiais, isto quer dizer que o Poder Executivo para
bem executar as suas funções às vezes cria novo serviço.
Com a criação desse novo serviço, haverá necessidade de uma programação de
gestos, através da criação de programas, subprogramas, projetos e atividades e a eles ser
consignadas dotações adequadas. Para a obtenção desses recursos, o Poder Executivo deve
enviar um projeto de lei, solicitando uma autorização para abertura de crédito especial , e o
Poder Legislativo, representando o povo, analisa e concede ou não a autorização solicitada.
Fica claro que o exercício seguinte, já devem ser tomadas as providências para que, caso
esse serviço se prolongue, sejam alocadas as dotações necessárias, na lei orçamentária,
ressalvados os casos as categorias funcionais-programáticas, para atender a objetivos e
21
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

metas de planejamento e que seus resultados são expressos em programas no orçamento, os


créditos adicionais seguramente terão caráter de exceção.

III. – Créditos extraordinários

São os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,


comoção intestina ou calamidade pública.
Na realidade, a nosso ver, houve uma imprecisão na colocação do termo “despesas
urgentes e imprevistas”, pois pode dar a impressão que houve falha de previsão, o que não é
correto. Melhor seria a aplicação do termo “despesas urgentes e imprevisíveis”, que
caracteriza melhor o sentido em que está sendo pretendido. Aliás , ressalte-se que nova
Constituição Federal corrigiu essa impropriedade.
Créditos Extraordinários são destinados a atender a despesas imprevisíveis e
urgentes, como: as decorrentes de guerra; comoção intestina; ou calamidade pública.
Caracteriza-se pela imprevisibilidade e urgência da despesa.
Esclarecendo o texto, verificamos que os créditos extraordinários, como o próprio
nome já procura aclarar, são despesas que decorrem de fatos que não permitem um
planejamento prévio, e ainda obriga o Poder Executivo a procedimentos sumários para
atendimento rápido e urgente. Verificando-se os casos em que são exigidos, ou, como diz a
Constituição Federal, são “admitidos”, ou seja, para despesas “como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública”, conclui-se pela urgência de atendimento
por parte do Poder Executivo.
Além do motivo de guerra, que acredito todos tenhamos em mente o que seja, há
ainda a calamidade pública e a comoção intestina, que a Constituição Federal chama de
subversão interna. Calamidade pública são fatos que ocorrem em detrimento da população,
como, por exemplo, as inundações provocadas por tufões, vendavais ou trombas d’água,
onde há o chamado estado de calamidade pública. Geralmente, existem os órgãos de defesa
civil que, verificada a ocorrência, fazem um exame e verificação da situação, levantando
todas as necessidades que o caso exige e, constatada a emergência, aconselham o Poder
Executivo a “declarar o estado de calamidade pública”.
Comoção intestina ou subversão interna são fatos que identificam uma revolta,
motim, ou perturbação da ordem interna, como, por exemplo, nos casos em que
determinadas camadas da população, operários de determinado tipo de indústria, bancários,
bóias-frias etc., procurando defender seus interesses e reivindicações e não obtendo
respostas a curto prazo, iniciam greves e, como uma bola de neve, esse movimento adquire
caráter político, insuflado por agitadores, e acabam desvirtuando o motivo do movimento,
promovendo quebra-quebra, saques a lojas, depredando bens públicos e particulares, e assim
por diante. A ocorrência desses fatos caracteriza a comoção intestina ou subversiva interna,
que exigiria ação imediata do Poder Executivo para coibição dos abusos e a manutenção da
ordem e da segurança pública.

Autorização e Abertura

22
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Autorização, em termos genéricos, refere-se à faculdade concedida ao administrador


para realizar determinada operação de receita ou despesa pública. Entretanto, neste estudo, e
especialmente, neste segmento, o que nos interessa, realmente, é a autorização legislativa e
o seu entendimento.

Autorização legislativa é a faculdade concedida por lei e, portanto, referendada pelo


Poder Legislativo,em nome do povo, por ser seu lídimo representante, para realização de
operações financeiras. E aqui deve ser entendida como faculdade concedida por lei, para
realização de despesas orçamentária.

Abertura é o ato administrativo, geralmente baixado por decreto do Poder


Executivo, que discrimina e especifica a despesa orçamentária fixada através da devida
autorização legislativa.
Feitas as conceituações necessárias ao perfeito entendimento dos assuntos que estão
envolvidos nesta parte, vamos a seguir descrever o assunto relativo à autorização e abertura
dos créditos adicionais.
Os créditos suplementares necessitam de uma autorização legislativa que os fixe,
determine o limite de valor que devem ser acrescidos, aumentados, enfim, suplementados
aos valores já constantes do orçamento. Essa autorização pode ser dada através de lei
especialmente concedida para tal, mas também pode estar inserida na própria lei de
Orçamento, alias, como tem-se verificado nos últimos anos, e encontre guarida legal,
consoante o disposto no artigo 7º da Lei Federal nº 4.320/64, onde se vê:

“artigo 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:

I. – abrir créditos suplementares até determinada importância, obedecidas as


disposições do artigo 43”.

Os créditos especiais, da mesma forma que os suplementares, também necessitam da


autorização legislativa que os fixem, determine os limites de valor da despesa. Nesse caso, a
autorização dá-se normalmente, através de lei especial específica para cada caso.
Esperamos ter deixado bem claro que “os créditos suplementares e especiais, são
autorizados por lei ...”, portanto necessitam de uma autorização legislativa, e só então serão
objetivos de discriminação e especificação da despesa autorizada, para serem “abertos por
decreto do poder executivo”.
Assim, os créditos adicionais suplementares e especiais, uma vez autorizados, são
abertos por decreto do Poder Executivo, observando-se que “o ato que abrir crédito
adicional, indicará a importância e espécie do mesmo e a classificação da despesa até onde
for possível, o que, geralmente, por imposição legal, deve ser feita pelo menos a nível de
elemento de despesa”.
Relativamente aos créditos extraordinários, a autorização legislativa, em vista das
características de sua utilização serem para despesas imprevisíveis e urgentes, será efetuada
a posterior, isto é, não necessita da autorização legislativa antes da abertura .
Por isso, “os créditos extraordinários são abertos por decreto do Poder Executivo, que
eles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo”. Pelo exposto, o crédito
23
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

extraordinário é uma autorização para despesas, com caráter emergencial, e em vista da


urgência de que é revestida pode o poder Executivo proceder à sua abertura por decreto,
porém obriga-se a caminhar os atos relativos ao crédito com as respectivas justificativas ao
Poder Legislativo, para conhecimento, uma vez que é necessária a homologação daquele
ato.

Vigência

Vigência, em termos de autorização legislativa relativa a créditos adicionais, diz


respeito ao tempo durante o qual vigora, ou seja, o período de tempo durante o qual a
autorização tem eficácia.
As autorizações relativas aos créditos suplementares têm vigência restrita ao
exercício, isto é, o Poder Legislativo concede a autorização através da própria Lei do
Orçamento, como já foi explicado, ou através de leis próprias ou específicas, e possuem
vigência restrita ao exercício em que foram concedidas.
Com respeito às autorizações relativas aos créditos especiais podem conter duas
situações distintas em termos de vigência legal.
Uma diz respeito às autorizações ocorridas até o final do oitavo mês – 31 de agosto –
cuja vigência é restrita ao exercício financeiro em que foram autorizadas, procedimento
idêntico aos mencionados para os créditos suplementares.
A outra relaciona-se com as autorizações que forem promulgadas nos últimos quatro
meses do exercício – 01 de setembro a 31 de dezembro – cuja vigência é plurianual, isto é,
pode ser estendida até o termino do exercício financeiro subseqüente.
Ainda com respeito à vigência dos créditos especiais, deve-se realçar que esses
procedimentos são, até certo ponto, coerentes, tendo em vista a finalidade para as quais são
destinados, como sejam, despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica,
geralmente decorrentes da criação de novos serviços e, como a essa altura a proposta
orçamentária do exercício seguinte já terá sido encaminhada ao Poder Legislativo, nela
também não se terá colocado o recurso orçamentário específico.
Em face de a vigência se estendida até o término do exercício financeiro
subseqüente, os créditos especiais promulgados nos últimos quatro meses do exercício são
reabertos pelos limites dos saldos existentes. Isso quer dizer que os valores realizados no
exercício financeiro em que forem promulgados os créditos seguintes pertencem a ele, e os
limites de saldos que forem reabertos no exercício seguinte pertencem àquele exercício, na
medida em que forem realizados, ou seja pelos valores nele realizados empenhados.
E, relativamente às autorizações para créditos extraordinários, a vigência obedece aos
mesmos requisitos expostos para as duas situações descritas para os Créditos especiais, aliás
, diga-se a bem da verdade, o disposto na Constituição Federal é o mesmo, para ambos os
créditos.

Indicação e especificação de recursos

24
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

A abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos


disponíveis para ocorrer a despesa. Consideram-se recursos, para abertura de créditos
suplementares e especiais, desde que não comprometidos:

I. - superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior

Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o


passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos
e as operações de crédito a eles vinculadas.

II. - Provenientes de excesso de arrecadação

Entende-se por excesso de arrecadação o saldo positivo das diferenças acumuladas


mês a mês entre as arrecadação prevista e a realizada,considerando-se, ainda, a tendência do
exercício.
E, para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes do excesso de
arrecadação, deve-se deduzir a importância dos créditos extraordinário abertos no exercício.

III. - resultante da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos


autorizados em lei.

Entende-se por anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos


adicionais a redução de parte, ou integral, de dotações consignadas na Lei do
Orçamento ou em créditos adicionais, pois, tendo sido devidamente autorizadas, já
possuíam recursos financeiros de cobertura. Portanto, possuindo recursos financeiros
de cobertura, ao serem anulados ou reduzidos, quer parcial ou totalmente, há sobra do
recurso correspondente, que pode ser reaproveitado, por disponível, para ocorrer a
despesa de novos créditos adicionais.

IV. - produtos de operações de créditos autorizadas, em forma que, juridicamente


possibilite o Poder Executivo realiza-las

Para o bom entendimento desse texto, necessário se faz uma explicação abrangente
sobre as operações de crédito.
Preliminarmente, vamos definir o que seja Operação de Crédito. Operação de crédito
é a designação de débitos de curto ou longo prazo, proveniente de empréstimos ou
financiamento contraído pelo governo, e que constituem a Dívida Pùblica.
Identifica-se a existência de dois tipos de operações de créditos de curto prazo e de
longo prazo. As operações de crédito, provenientes de empréstimos de curto prazo,
constituem, em virtude de o prazo de resgate ser inferior a doze meses, operações de
crédito por antecipação de receita e, como tal, integram o grupo das dívidas flutuantes. E as
operações de crédito, provenientes de empréstimos ou financiamentos de longo prazo,
constituem, em virtude de prazo de resgate ser superior a doze meses, operações de crédito
sujeitas a autorização legislativa, e por isso integram o grupo de dívida fundada.

25
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Quanto as primeiras, as operações de crédito por antecipação de receita, que


correspondem, geralmente, a “títulos (públicos) de renda contra os quais recebe o Estado,
determinando quantias em dinheiro, como antecipação da receita, para restitui-las em épocas
fixada”, e “eliminada à duração do exercício financeiro”. Pelas características aqui descritas,
e ainda pelo texto d lei que dispõe “não se consideram para fins da receita orçamentária as
operações de crédito por antecipação da receita”, não se compreende dentre as operações de
crédito que podem ser consideradas como recursos hábeis, para abertura de créditos
suplementares e especiais, mas tão-somente entradas compensatórias no ativo e passivo
financeiro, como dívida flutuante que é.
Quanto às outras operações de créditos de longo prazo, isto é, de prazo de resgate
superior a doze meses, por se constituírem em dívida fundada, necessitam de autorização
legislativa; entretanto, preliminarmente, o seu limite de endividamento depende de
autorização do Senado Federal, a quem compete “autorizar empréstimos, operações ou
acordos esternos, de qualquer natureza, de interesse dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, ouvindo o Poder Executivo Federal”. Portanto, esse tipo de operação de crédito
somente pode ser realizado mediante solicitação do interessado (Estados, Distrito Federal e
Municípios) ao Ministério da Fazenda, ouvido o Banco Central do Brasil que, se aceitar as
justificativas e documentos apresentados, encaminha-os ao Senado Federal que, por sua vez,
se aprová-las, edita uma resolução autorizatória do respectivo limite.
Estas sim enquadram-se e podem ser compreendidas como as operações de créditos
consideradas com recursos hábeis, para abertura de créditos adicionais e também para cobrir
eventuais déficits orçamentários, por se constituírem em dívidas fundada.
Agora, podemos interpretar o texto descrito para os recursos provenientes do “produto de
operação de crédito autorizadas em forma que, juridicamente,possibilite o Poder Executivo realiza-
las”. obviamente, trata-se de operação de crédito, devidamente autorizadas pelo Senado Federal, e
de cujo limite haja disponibilidade que possa ser utilizada para cobertura de créditos adicionais.

26
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Receita Pública

Em sentido amplo, é o ingresso de dinheiro nos cofres públicos que se efetiva de


maneira permanente no patrimônio do Estado e que não esteja condicionado a sua
devolução ou correspondente baixa patrimonial, ou seja, caracteriza-se como um ingresso
definitivo de recursos ao patrimônio público, sem qualquer compromisso ou
obrigatoriedade, aumentando as disponibilidades do tesouro.
Para arrecadar o dinheiro necessário à despesa pública, assinala Baleeiro, os
governos utilizam, ao longo do tempo, os seguintes meios universais: realizam extorsões
sobre povos ou deles recebem doações voluntárias; recolhem rendas produzidas pelos bens
e empresas do Estado; exigem coativamente tributos ou penalidades; tomam ou forçam
empréstimos; e fabricam dinheiro. Em relação às receitas, verifica-se que a classificação
mais aceita é a que desdobra as receitas ordinárias em originárias e derivadas.
• Receitas Originárias compreendem as rendas provenientes dos bens e
empresas comerciais ou industriais do Estado, que as exploram à semelhança
de particulares.
• Receitas Derivadas: são rendas que o Estado, por meio do poder de coerção,
arrecada do setor privado ( no primeiro grupo estão os tributos: impostos;
taxas; contribuições de melhoria; e contribuições parafiscais. No segundo
grupo as penas pecuniárias: multas e confisco.

Exposição da Receita Pública baseada no Texto da Lei 4320/64

“ A Lei de orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as operações de


crédito autorizadas em lei.”

E o texto do seu parágrafo único diz:

27
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

“ Não se consideram para os devidos fins deste artigo as operações de crédito por
antecipação de receita, as emissões de papel-moeda e outras compensatórias no ativo e
passivo financeiro.”
Observa-se pela leitura do texto desse artigo que a Lei de Orçamento, atendendo ao
princípio da universalidade, deverá compreender todas as receitas incluindo-se, também, as
operações de crédito autorizadas em lei. E pelo descrito no seu parágrafo, as exceções de
entradas que, pela sua natureza, se constituirão em simples compensação no ativo e passivo
financeiros.
Objetivamente, ressalta claramente dois tipos de receita, como sejam, as que devem
compreendes na Lei do Orçamento e dela fazer parte, e as que devem constituir-se em
simples entradas compensatórias financeiras e que não devem ser consideradas naquela lei
orçamentária.
Portanto a Receita Pública classifica-se em dois grupos:
a) Receita Orçamentária; e
b) Receita Extra-orçamentária.

Receita Orçamentária

È aquela que integra o orçamento e que o Estado pode dispor como propriedade sua.
A Receita Orçamentária é a consubstanciada no orçamento público, consignada na Lei
Orçamentária, cuja especificação deverá obedecer a discriminação constante do Anexo 3, da
Lei Federal 4320/64.
Com intuito de colaborar, para que se encontre uma forma capaz de possibilitar uma
eficiente classificação da receita orçamentária, devemos sempre fazer a seguinte
interrogação: A receita que está sendo recolhida pertence ao tesouro ou ao órgão que a está
recebendo?
Caso a resposta seja positiva, indubitavelmente estaremos recolhendo uma receita
classificável como orçamentária, pois, certamente, não se tratará de uma entrada
compensatória no ativo e passivo financeiro, ou seja, valor que estejamos recebendo com a
obrigação de devolvermos ou pagarmos a que de direito.

Classificação Econômica

Consoante o disposto na Lei Federal 4320/64, a receita classificar-se-á nas seguintes


categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.

As fontes de receitas classificam-se em :

I- Receitas Correntes
• Receita Tributária
• Receita de Contribuições
• Receita Patrimonial
• Receita Agropecuária
• Receita Industrial

28
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

• Receita de Serviços
• Transferências Correntes
• Outras Receitas Correntes

II- Receitas de Capital


• Operações de crédito
• Alienações de Bens
• Amortização de Empréstimos
• Transferências de Capital
• Outras Receitas de Capital

CONCEITOS

Receitas Tributárias: é composta por impostos, taxas e contribuições de melhoria.


Conceitua-se como a resultante da cobrança de tributos pagos pelos contribuintes em razão
de suas atividades, suas rendas, suas propriedades e dos benefícios diretos e imediatos
recebidos do Estado. Taxas tem como fato gerador o exercício do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao
contribuinte ou posto a sua disposição. A contribuição de melhoria é destinada a fazer face
aos custos de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite
total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo do valor que a obra resultar
para cada imóvel beneficiado.
Receitas de Contribuições: é também uma fontes das receitas correntes, destinada a
arrecadar receitas relativas a contribuições sociais e econômicas, destinadas, geralmente, à
manutenção dos programas e serviços sociais e de interesse coletivo.
Receitas Patrimonial, Agropecuária e Industrial são fontes que se compõem de rendas
provenientes, respectivamente, da utilização de bens pertencentes ao Estado, como aluguéis
arrendamentos, foros, , juros, participações e dividendos; da produção vegetal, animal e de
derivados; e da indústria extrativa mineral, de transformação e de construção.
Transferências Correntes são outra fonte oriunda de recursos financeiros recebidos de
outras entidades de direito público ou privado e destinados ao atendimento de gastos,
classificáveis em despesas correntes.

29
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

As Receitas de Serviços são outra fonte das receitas correntes que se originam da prestação
de serviços comerciais, financeiros, de transporte, de comunicação e de outros serviços, bem
como tarifa de utilização de faróis, aeroportuárias, de pedágio.
Outras Receitas Correntes também são fonte de receitas correntes originárias da cobrança
de multas e juros de mora, indenizações e restituições, receita da dívida ativa e receitas
diversas.

Por sua vez, as receitas de capital são provenientes da realização de recursos


financeiros oriundos de constituição de dívidas, da conversão, em espécie, de bens e
direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a
atender as despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do
Orçamento Corrente.
As Operações de Créditos são fontes oriundas da realização de recursos financeiros
advindos da constituição de dívidas, através de empréstimos e financiamentos, que podem
ser internas ou externas.
As Alienações de Bens são outra fonte das receitas de capital, captadas através da venda de
bens patrimoniais móveis ou imóveis, e dizem respeito às conversões de bens e valores em
espécie, isto é, conversão desses bens e valores em moeda corrente.
As Amortizações de Empréstimos são fontes das receitas de capital, através das quais se
recebem valores dados anteriormente por empréstimos a outras entidades de direito público.
As Transferências de Capital são outras fontes de recursos recebidos de outras entidades
de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de
Capital.
Outras Receitas de Capital, que é uma fonte das Receitas de Capital destinada a arrecadar
outras receitas de capital que constituirão uma classificação genérica não enquadráveis nas
fontes anteriores.

Estágios da Receito Orçamentária

Estágios da Receita Pública são as etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e


percorridas pelos órgãos e repartições encarregados de executá-las. Nos tempos atuais, em
face das técnicas utilizadas, a receita deverá percorrer três estágios, a saber:
30
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

a) Previsão
b) Lançamento;
c) Arrecadação e Recolhimento.

Como fica evidenciado à primeira vista, somente a receita orçamentária reúne


condições de percorrê-los, isto porque os requisitos de que são revestidos, como no caso da
previsão, por exemplo, são dispensados.

Previsão

corresponde aos valores que a lei do orçamento consignar, pois são estimativas de
receitas que se originam de estudos de previsão, antes de comporem o projeto de lei
orçamentária.
Com o advento de novas técnicas de elaboração orçamentária, preconizando a
integração do planejamento ao orçamento, a receita que era feita através de planejamento
empírico começou a sofrer alterações com a introdução de métodos e processos, calados em
base técnicas e independentes todavia autônomas, cujo significado moderno é precisamente
ligar os sistemas de planejamento e finanças pela expressão quantitativa financeira e física
aos objetivos e metas governamentais.
Contrariamente ao que muitos pensam, a previsão da receita orçamentária tem um
significado importante na elaboração dos programas do governo, pois a viabilidade deles
dependerá de certa forma de existência de recursos, que a máquina arrecadadora da receita
for capaz de produzir.
Daí porque passou-se a dar atenção maior aos aspectos que envolvem a arrecadação
de receitas e, inclusive, a institucionalização de um processamento com o elevado grau de
segurança e confiabilidade que torna possível a operacionalização dos planos
governamentais, porque os monentariza, isto é, coloca-os em função dos recursos
financeiros disponíveis.
Portanto a Receita Orçamentária deverá sofrer o processo de elaboração da previsão e
estimativa, bem como de sua execução e acompanhamento, e análise da efetiva arrecadação
em relação á previsão feita, num procedimento evolutivo e dinâmico, visando ao seu
desenvolvimento e aperfeiçoamento.
Finalizando, podemos dizer que o estágio correspondente á previsão, por ser o
colorário da etapa desenvolvida, visando à organização das estimativas da receita, que
deverá servir de base às cifras indicadas na proposta do orçamento, deve ser entendido e
configurado com a edição legal do orçamento que, é o documento originário do início da
escrituração contábil da receita do exercício.

Lançamento

é o ato administrativo que o Poder Executivo utilizava, visando identificar e


individualizar o contribuinte ou o devedor e os respectivos valores, espécies e vencimentos.

31
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Geralmente, utiliza-se para a arrecadação de tributos,mas pode-se também aplicar a


casos em que o Governo tenha direitos líquidos e certos, em virtude de leis, regulamentos
ou contratos.

São objetos de lançamento:

1. os impostos diretos e outras receitas com vencimento determinado em leis


especiais, regulamentos ou contratos, mediante relação nominal do
contribuinte;
2. os aluguéis arrendamentos, foros e quaisquer outras prestações periódicas,
relativas a bens patrimoniais do Governo, mediante relação organizada à vista
dos respectivos contratos, títulos ou da própria escrituração, que deverá ser
remetida aos agentes encarregados para proceder à cobrança;
3. os serviços industriais do Governo, a débito de outras administrações ou de
terceiros, cuja importância não tenha sido imediatamente arrecadada após a
prestação dos mesmos serviços;
4. todas as outras rendas, taxas ou proveitos que decorram de direitos
preexistentes do Governo contra terceiros ou que possam originar-se de direito
novo prescrito em leis, regulamentos ou contratos aprovados ou concluídos no
decurso do ano financeiro.

Arrecadação e Recolhimento

São , no nosso entendimento, faces que se complementam, mesmo porque, nos dias
atuais, o desenvolvimento experimentado no setor, com o aproveitamento e a introdução do
processamento de dados, cada vez mais dificulta a compreensão dessas etapas,
separadamente.
Vamos tentar esclarecer o nosso pensamento, ao mesmo tempo em que procuraremos
abordar os conceitos pertinentes.
Arrecadação é o ato em que são pagos os tributos ou as diversas receitas ao agente
arrecadador. Entende-se como: delegacias fiscais, alfândegas, mesas de rendas, coletorias,
tesourarias e outras que estejam ou venham a ser legalmente autorizadas a arrecadar rendas
previstas em leis, regulamentos, contratos ou outros títulos assecuratórios dos direitos do
Governo.
Verifica-se a existência de um grande número de agentes arrecadadores, entre os
quais se encontram os agentes ou repartições públicas competentes, e outros que estejam ou
venham a ser legalmente autorizados a arrecadar rendas.
Propositalmente, deixamos de destacar, entre os agentes arrecadadores que estejam
legalmente autorizados arrecadar receitas a rede de agências bancárias dos diversos
estabelecimentos existentes.

O recolhimento é o ato que se relaciona com a entrega dos valores arrecadados pelos
agentes arrecadadores ao Tesouro Público. È óbvio que existe toda uma sistemática para que
esse recolhimento seja procedido.
32
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Aliás, deve-se mencionar a obrigatoriedade de que o recolhimento de todas as


receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada
qualquer fragmentação para criação de caixa especiais, isto é, toda a receita arrecada deve
ser recolhida, integralmente, para uma conta bancária geral em nome do Tesouro Público.
O recolhimento configura-se com a entrada dos valores arrecadados pelos agentes
arrecadadores no Tesouro público, e serão escriturados nos livros próprios das diversas
repartições públicas, consoante se verifica pela sistemática atualmente em uso, onde, na
maioria e quase totalidade dos casos, o contribuinte ou o devedor geralmente é compelido a
preencher uma guia de recolhimento, previamente instituída pelo órgão público, onde
deverá colocar todos os dados relativos ao valor que está recolhendo, e o pagamento,
certamente, será feito em uma agência bancária. Feito o pagamento, recebe uma das vias,
autenticada mecanicamente e com o carimbo da agência, devidamente datada.
A transferência dessa arrecadação, com respectivos documentos, feita pelos
estabelecimentos bancários diretamente aos representantes do tesouro público.

Anexo
NATUREZA DA RECEITA

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO

1000.00.00 Receitas Correntes


1100.00.00 Receita Tributária
1110.00.00 Impostos
1111.00.00 Impostos sobre o Comércio Exterior
1111.01.00 Imposto sobre a Importação
1111.02.00 Imposto sobre a Exportação
1112.00.00 Impostos sobre o Patrimônio e a Renda
1112.01.00 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
1112.02.00 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
1112.04.00 Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza
1112.04.10 Pessoas Físicas
1112.04.20 Pessoas Jurídicas
1112.04.30 Retido nas Fontes
1112.05.00 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
1112.07.00 Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Bens e
Direitos
1112.08.00 Imposto sobre Transmissão "Inter Vivos" de Bens Imóveis e de
Direitos Reais sobre Imóveis
1113.00.00 Impostos sobre a Produção e a Circulação
1113.01.00 Imposto sobre Produtos Industrializados
1113.02.00 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação
33
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

1113.03.00 Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas


a Títulos ou Valores Mobiliários
1113.05.00 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
1115.00.00 Impostos Extraordinários
1120.00.00 Taxas
1121.00.00 Taxas pelo Exercício do Poder de Polícia
1122.00.00 Taxas pela Prestação de Serviços
1130.00.00 Contribuição de Melhoria
1200.00.00 Receita de Contribuições
1210.00.00 Contribuições Sociais
1220.00.00 Contribuições Econômicas
1300.00.00 Receita Patrimonial
1310.00.00 Receitas Imobiliárias
1320.00.00 Receitas de Valores Mobiliários
1330.00.00 Receita de Concessões e Permissões
1390.00.00 Outras Receitas Patrimoniais
1400.00.00 Receita Agropecuária
1410.00.00 Receita da Produção Vegetal
1420.00.00 Receita da Produção Animal e Derivados
1490.00.00 Outras Receitas Agropecuárias
1500.00.00 Receita Industrial
1510.00.00 Receita da Indústria Extrativa Mineral
1520.00.00 Receita da Indústria de Transformação
1530.00.00 Receita da Indústria de Construção
1600.00.00 Receita de Serviços
1700.00.00 Transferências Correntes
1720.00.00 Transferências Intergovernamentais
1721.00.00 Transferências da União
1721.01.00 Participação na Receita da União
1721.01.01 Cota-Parte do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito
Federal
1721.01.02 Cota-Parte do Fundo de Participação dos Municípios
1721.01.04 Transferência do Imposto sobre a Renda Retido nas Fontes
(art.157, I e 158, I, da Constituição)
1721.01.05 Cota-Parte do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
1721.01.12 Cota-Parte do Imposto sobre Produtos Industrializados –
Estados Exportadores de Produtos Industrializados
1721.01.20 Transferências de Recursos do Fundo de Manutenção do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério –
FUNDEF
1721.01.30 Cota-Parte da Contribuição do Salário-Educação
1721.01.32 Cota-Parte do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e
Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários -
Comercialização do Ouro
1721.09.00 Outras Transferências da União
1721.09.01 Transferência Financeira - L.C. no 87/96
1721.09.10 Complementação da União ao Fundo de Manutenção do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério –
34
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

FUNDEF
1721.09.99 Demais Transferências da União
1722.00.00 Transferências dos Estados
1722.01.00 Participação na Receita dos Estados
1722.01.20 Transferências de Recursos do Fundo de Manutenção do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério –
FUNDEF
1722.09.00 Outras Transferências dos Estados
1723.00.00 Transferências dos Municípios
1730.00.00 Transferências de Instituições Privadas
1740.00.00 Transferências do Exterior
1750.00.00 Transferências de Pessoas

35
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

1760.00.00 Transferências de Convênios


1900.00.00 Outras Receitas Correntes
1910.00.00 Multas e Juros de Mora
1920.00.00 Indenizações e Restituições
1921.00.00 Indenizações
1921.09.00 Outras Indenizações
1922.00.00 Restituições
1930.00.00 Receita da Dívida Ativa
1931.00.00 Receita da Dívida Ativa Tributária
1932.00.00 Receita da Dívida Ativa Não-Tributária
1990.00.00 Receitas Diversas
2000.00.00 Receitas de Capital
2100.00.00 Operações de Crédito
2110.00.00 Operações de Crédito Internas
2120.00.00 Operações de Crédito Externas
2200.00.00 Alienação de Bens
2210.00.00 Alienação de Bens Móveis
2220.00.00 Alienação de Bens Imóveis
2300.00.00 Amortização de Empréstimos
2300.70.00 Outras Amortizações de Empréstimos
2300.80.00 Amortização de Financiamentos
2400.00.00 Transferências de Capital
2420.00.00 Transferências Intergovernamentais
2421.00.00 Transferências da União
2421.01.00 Participação na Receita da União
2421.09.00 Outras Transferências da União
2421.09.01 Transferência Financeira - L.C. no 87/96
2421.09.99 Demais Transferências da União
2422.00.00 Transferências dos Estados
2422.01.00 Participação na Receita dos Estados
2422.09.00 Outras Transferências dos Estados
2423.00.00 Transferências dos Municípios
2430.00.00 Transferências de Instituições Privadas
2440.00.00 Transferências do Exterior
2450.00.00 Transferências de Pessoas
2470.00.00 Transferências de Convênios
2500.00.00 Outras Receitas de Capital
2520.00.00 Integralização do Capital Social
2590.00.00 Outras Receitas

36
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Receitas Extra-Orçamentária

O segundo grupo da receita pública compreende os recolhimentos feitos que


constituirão compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização
orçamentária e , portanto, independente de autorização legislativa. Por conseguinte, o
Estado é obrigado a arrecadar valores que em princípio, não lhe pertencem. O Estado figura
apenas como depositário dos valores que ingressam a esse título, como por exemplo:
cauções, as fianças, as consignações e outras, sendo a sua arrecadação classificada como
receita extra-orçamentária.
Caução e a Fiança Bancária, são valores que, a critério da autoridade competente em cada
caso, poderão ser exigidos para prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e
compras. As cauções ou fianças devem corresponder a, no máximo, 5% do valor do
contrato.
Especificamente sobre as cauções, podemos dizer que se trata de um valor que
poderá ser prestado, mediante entrega de numerário ou em títulos da dívida pública, de
acordo com o percentual previamente definido que servirá como garantia da licitação ou do
contrato de obras, serviços e compras, firmado com o poder público. Esse valor numerário
ou bens representativos de valores, como são os títulos, uma vez cumprido o objeto
contratual – com a entrega da obra construída, do serviço prestado ou da entrega do material
comprado - deverá ser devolvido, pois o instrumento para qual servia de garantia, com a
concretização da finalidade e cumprimento da obrigação contratual, torna-se dispensável.
A Fiança geralmente é prestada por entidade bancária, através de formalização de uma carta
de fiança emitida pelo estabelecimento bancário, onde fica estipulado o valor, o prazo de
validade e os dados relativos ao contrato ou ajuste que deverá garantir, como sejam: a
construção da obra, a prestação do serviço e ou o material adquirido.
Isto ocorre porque as firmas contratantes nem sempre possuem numerário ou títulos
disponíveis para serem dados em garantia, mas possuem crédito em estabelecimento
bancário, capaz de lhes viabilizar a obtenção de uma carta de fiança, onde fica configurada a
co-responsabilidade do estabelecimento bancário. Em termos práticos, caso a firma
contratante cometa alguma irregularidade no cumprimento do contrato, e for por isso
penalizada com uma multa, por exemplo, a cobrança dessa infração será feita em primeiro
lugar à contratante, que, não atendendo ao depósito ou respectivo pagamento , ensejará
providências no sentido de que o fiador, no caso o estabelecimento bancário que emitiu
A carta fiança, em vista da sua co-responsabilidade , faça a cobertura da multa que deverá
ser de valor igual ou inferior àquele a que se comprometeu. Posteriormente, supõe-se que o
estabelecimento bancário deva proceder, retroativamente, à cobrança de seu cliente a quem
deu carta fiança.
Como é óbvio, caso o objeto contratual seja regularmente cumprido, e nada havendo
a desaboná-lo, a fiança deverá ser devolvida ao contratante, da mesma forma que já
mencionamos para as cauções, pois também neste caso ela torna-se dispensável.

As Consignações são valores retidos em nome de entidades, para que, cumpridas as formalidades
necessárias, sejam pagos a quem de direito. É o caso das retenções das contribuições
previdenciárias, das associações de classe ou desportivas, do Imposto de Renda descontado na

37
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

fonte, cujos valores são descontados quando da feitura da folha de pagamento, retidos para serem
em seguida pagos às respectivas entidades consignantes.

Dívida Ativa

Constituem Dívida Ativa as importâncias relativas a tributos, multas e créditos da


Fazenda Pùblica , lançados mas não cobrados ou não recebidos no prazo de vencimento, a
partir da data de sua inscrição.
A dívida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente
da obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas; Dívida ativa não
tributária são os demais empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei,
multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmicos, aluguéis ou
taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos
públicos, indenizações, reposições, restituições, alcance dos responsáveis definitivamente
julgados e outras obrigações legais.
Os créditos mencionados, exigíveis pelo transcurso do prazo de pagamento, serão
inscritos, na forma da legislação própria, como dívida ativa, em registro próprio, após
apurada sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título, somente,
no exercício em que forem arrecadadas.
A receita da dívida ativa abrange os créditos mencionados, bem como os valores
correspondentes à respectiva atualização monetária, a multa, juros de3 mora e encargos
devidos.
Por conseguinte, a inscrição da dívida ativa faz-se em livro especial, numerado, em
termos sumários, que contém os seguintes requisitos essenciais:
I – o nome do devedor e seu domicílio ou residência;
II –a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III –a origem e a natureza do crédito, mencionada, especificamente, a disposição da
lei ou processo administrativo em que seja fundado; e
IV – a data da inscrição.

Feita a inscrição, emite-se uma Certidão da Dívida Ativa, onde se menciona, além
dos dados relativos ao crédito, o número do livro e da folha em que foi lavrada.

38
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Despesa pública

Constituem Despesa Pública os gastos fixados na lei orçamentária ou em leis


especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais; à
satisfação dos compromissos da dívida pública; ou ainda à restituição ou pagamento de
importâncias recebidas a títulos de cauções, depósitos, consignações etc.
Entende-se hoje o orçamento como uma técnica especializada de administração do
dinheiro público, onde se procura, através de um processo de elaboração, execução e
avaliação de programas, previamente, a melhor aplicação dos recursos financeiros
disponíveis.
Desta forma, o orçamento apresenta-se, fundamentalmente, como um instrumento de
que o administrador público dispõe para equacionar o futuro em termos realísticos; como
um curso de ação, um programa operacional.
A Contabilidade Pública, por sua vez, registra os acontecimentos, mostra o que a
administração realizou, em termos financeiros; é, sobretudo, retrospectiva, ao passo que o
orçamento é prospectivo. A contabilidade é um instrumento essencial de controle financeiro
e fornece ao orçamento uma metodologia de trabalho, uma estrutura de contas e
qualificação de dados produzidos pela gestão administrativa.

Classificação

Portanto, pode-se concluir que a Despesa Pública classifica-se em dois grandes


grupos a saber: despesa Orçamentária e Despesa Extra-orçamentaria.

Despesa Orçamentária

É aquela cuja realização depende de autorização legislativa. Não pode se realizar


sem crédito orçamentário correspondente; em outras palavras, é a que integra o orçamento,
despesa discriminada e fixada no orçamento público.
Segundo o disposto na Lei federal no 4.320/64, deverá ser observada a discriminação
por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão do governo. Constitui Unidade
Orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que
serão consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo órgão
Na lei de Orçamento, a discriminação da despesa far-se-á, no mínimo, por elementos.
Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material serviços,
obras e outros meios de que se serve a administração pública para a consecução de seus fins.

39
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Despesas Extra-orçamentaria

É aquela paga à margem da lei orçamentária e, portanto, independente de


autorização legislativa, pois se constitui em saídas do passivo financeiro, compensatório de
entradas no ativo financeiro, oriundas de receitas extra-orçamentarias, correspondendo à
restituição ou entrega de valores recebidos, como cauções, depósitos, consignações e
outros.
Devemos, ainda, a título de informação, mencionar os resgates relativos às operações
de crédito por antecipação de receita, ou seja, empréstimos e financiamentos cuja liquidação
deve ser efetuada em prazo inferior a 12 (doze) meses, que também são considerados extra-
orçamentarios, pois constituem saídas compensatórias de entradas, no ativo e passivo
financeiro, respectivamente.

Classificação Econômica

Os artigos 12 e 13, bem como o Anexo 4, da Lei Federal nº 4.320/64, apresentam a


discriminação da despesa orçamentária, onde se identificam duas categorias econômicas,
que são as bases: Despesas Correntes e Despesas de Capital.

Despesas correntes são os gastos de natureza operacional, realizado pela


administração pública, para a manutenção e o funcionamento dos seus órgãos.

Despesas de Capital são os gastos realizados pela administração pública, cujo


propósito é o de criar novos bens de capital ou mesmo de adquirir bens de capital já em uso,
como é o caso dos investimentos e inversões financeiras, respectivamente, e, que
constituirão, em última análise, incorporações ao patrimônio público de forma efetiva ou
através de mutação patrimonial.

Consoante o disposto na Lei Federal nº 4.320/64, devem ser observadas, na despesa


orçamentária, a distribuição pelas categorias econômicas e, na Lei de Orçamento, a
discriminação da despesa é feita no mínimo por elementos. Como é obvio, a obrigação
legal é a da Lei de Orçamento discrimine a despesa, no mínimo, a nível de elemento,
entretanto, para a sua execução, pode a administração pública utilizar-se de um
desdobramento que melhor atenda às suas conveniências e necessidades.
Em entendimento ao aspecto legal mencionado, a despesa orçamentária deve ser
discriminada, obedecendo ao seguinte esquema:

40
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Despesas Correntes

Despesas de Custeio

Pessoal
Material de Consumo
Serviços de Terceiros e Encargos
Diversas Despesas de Custeio

Transferências Correntes
Transferências Intergovernamentais
Transferências a Instituições Privadas
Transferências ao Exterior
Transferências a Pessoas
Encargos da Divida Interna
Encargos da Divida Externa
Contribuições para Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP
Diversas Transferências Correntes

Despesas de Capital

Investimentos

Obras e Instalações
Equipamentos e Material Permanente
Investimento em Regime de Execução Especial
Constituição ou Aumento do Capital de Empresas Industriais ou Agrícolas
Diversos Investimentos

Inversões Financeiras
Aquisição de Imóveis
Aquisição de Outros Bens de Capital já em Utilização
Aquisição de Bens para Revenda
Aquisição de Títulos de Crédito
Aquisição de Títulos Representativos de Capital já integralizado
Constituição ou Aumento de Capital de Empresas Comerciais ou Financeiras
Depósitos Compulsórios
Diversas Inversões Financeiras

41
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Transferências de Capital
Transferências Intragovernamentais
Transferências Intergovernamentais
Transferências a Instituições Privadas
Transferências ao Exterior
Amortização da Dívida Interna
Amortização da Dívida Externa
Diferenças de Câmbio
Diversas Transferências de Capital

Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços


anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação
de bens imóveis.

Classificam-se como Transferências correntes as dotações para despesas às quais não


corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e
subvenções destinadas a atender a manutenção de outras entidades de direito público ou
privado.

Consideram-se Subvenções, para os efeitos d Lei Federal nº 4.320/64, as transferências


para cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:

I. Subvenções Sociais; as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter


assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II. Subvenções Econômicas; as que se destinem a empresas públicas ou privadas de
caráter industrial, comercial ou pastoril.

Fundamentalmente, e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de


subvenções sociais visa à prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e
educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses
objetivos revelar-se mais econômica.
O valor das subvenções, sempre que possível será calculado com base em unidades
de serviços efetivamente prestados ao postos á disposição dos interessados, obedecidos os
padrões mínimos de eficiência previamente fixados.
Somente a instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias
pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas de natureza autárquica
ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas, expressamente incluídas nas despesas
correntes do Orçamento da União, dos estados, dos Municípios ou do distrito Federal.
Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:

a) As dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de


revenda, pelo governo, de gênero alimentícios ou outros materiais;
b) As dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados
gêneros ou materiais.
42
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa


de fins lucrativos, salvo quando se trata de subvenção cuja concessão tenha sido
expressamente autorizada em lei especial.
Classificam-se como Investimentos as doações para o planejamento e a execução de obras,
inclusive as destinadas a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas
últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações,
equipamentos e material permanente, e constituição ou aumento de capital de empresas
que não sejam de caráter comercial ou financeiro.
Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento, segundo os projetos de
obras e outras aplicações.
Os programas especiais de trabalho que por sua natureza não possam ser cumpridos
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeados por
dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.

Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente


(investimento) o de duração superior a dois anos, observadas sempre as condições a que será
submetido, quando em utilização normal.

Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:

I. Aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;


II. Aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas quando a operação não importe em aumento de capital
III. Constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancarias ou de seguros.

Em que consiste a diferença entre Investimento e Inversão Financeira? Do ponto de


vista do patrimônio do órgão público não há diferença pois numa e noutra conta classificam-
se transações que geram mudanças patrimoniais. A separação atende a uma necessidade
puramente econômica, já que a Inversão atende a uma necessidade puramente econômica, já
que a Inversão Financeira não tem o mesmo efeito multiplicador do Investimento. Os gastos
com a construção de uma escola, por exemplo, sem nenhuma dúvida, devem ser
classificados como Investimento, pois representam a criação de riquezas e o aumento da
renda do pais (PIB). Por outro lado, a compra de um prédio pronto não tem efeito positivo
na renda, já que a transação enseja apenas a transferência da propriedade do bem seria mero
intercambio entre”setores” do “sistema econômico”: “governo” e “famílias”, por exemplo,
caso o prédio fosse adquirido de uma pessoa física.
Essa mesma argumentação serve para outras situações classificáveis como Inversões
Financeiras: aquisição de bens de capital já em utilização e aquisição de títulos
representativos do capital de empresas já constituídas quando a operação não importa
aumento de capital. No caso de despesas de participação na constituição ou aumento do
capital de empresas, haverá Inversão Financeira quando a empresa for comercial ou
financeira, e Investimento quando essa for industrial ou agrícola. A razão é clara: os
43
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

empreendimentos comerciais e financeiros são basicamente de intermediação e não


“produtivos”, como os são aqueles industriais e agrícolas.

São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões


financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar,
independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, segundo derivem
diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem como as dotações para
amortização da dívida pública.

Devemos ainda realçar que os investimentos ou inversões financeiras da União, dos


Estados, dos Municípios e do Distrito federal, realizados por intermédio das entidades
autárquicas, serão classificados como Receita de Capital destas e Despesas de Transferência
de Capital daqueles.

A Lei de Orçamento não consignará auxilio para investimentos que se devam


incorporar ao patrimônio das empresas privadas de fins lucrativos.

Essa disposição deve aplicar-se às transferências de capital à conta de fundos


especiais ou dotações sob o regime excepcional de aplicação.

Estágios

A despesa orçamentária, desde a edição do Código de Contabilidade Pública, em 8 de


novembro de 1922, determinou que toda a despesa do Estado deve passar por três estágios:

a) O empenho;
b) A liquidação; e
c) O pagamento.

Aliás, tal procedimento configura-se ate hoje, consoante se verifica da Lei nº 4.320/64.

Entretanto, deve-se fazer uma ressalva neste ponto, pois, obviamente, a escrituração
contábil da despesa orçamentária deve, ainda, ser registrada também quanto ao aspecto
relativo ao crédito fixado na lei orçamentária que se constitui na realidade, em mais uma
etapa ou estágio, denominada Fixação.

Fixação

A Fixação, que é em realidade a primeira etapa ou estágio desenvolvido pela despesa


orçamentária, é cumprida por ocasião da edição da discriminação das tabelas explicativas
baixadas através da Lei de Orçamento. Seja dito de passagem que ela é precedida por toda
uma gama de procedimentos que vão desde a elaboração da propostas, a mensagem do
44
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Poder Executivo, o projeto de lei, a discussão pelo Poder Legislativo e a conseqüente


aprovação e promulgação, trasformando-a em Lei Orçamentária.
Por conseguinte, a Lei de orçamento é o documento que caracteriza a fixação da
despesa orçamentária, ou seja, o instrumento no qual são legalmente fixadas as
discriminações e especificações dos créditos orçamentários, que se constitui no corolário da
chamada etapa de elaboração desenvolvida pelo ciclo orçamentário.
A etapa da elaboração termina com a edição da Lei Orçamentária, que em última
análise constitui o estágio da Fixação.

Empenho

Como segundo estágio da despesa orçamentária, empenho é o ato emanado de


autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição.
Portanto, uma vez autorizado o empenho, pela autoridade competente. Fica criada a
obrigação de pagamento para o Estado, podendo ficar dependendo de algumas condições ou
não.
O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Esta
determinação é, até certo ponto, óbvia, pois sendo o empenho um valor deduzido da dotação
orçamentária, ou seja do crédito fixado, caso o valor a ser empenhado seja maior do que a
dotação ou crédito fixado, não haverá condição para que seja efetuado.
Ressalvado o disposto em lei complementar, é vedado aos Municípios empenhar, no
último mês do mandato do Prefeito, mais do que o duodécimo da despesa prevista no
orçamento vigente. Essa vedação não se aplica nos casos comprovados de calamidade
pública. Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos praticados em desacordo com o
estipulado, sem prejuízo da responsabilização do Prefeito.
Para cada empenho será extraído um documento denominado “Nota de empenho”
´que indicará o nome do credor, a especificação e a importância d despesa, bem como a
dedução desta do saldo da dotação própria.
Convém ressaltar que, em termos de administração pública, é sempre necessária a
emissão da nota de empenho, para a devida efetivação dos gastos públicos. Portanto, além
de um contrato ou ajuste, o credor necessita sempre de uma nota de empenho, para ter
garantido o pagamento.
Aliás, é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Em casos especiais
previstos na legislação especifica, será dispensada a emissão da nota de empenho.
Note-se que a dispensa da emissão da nota de empenho, evidentemente, não dispensa
o empenho, ou seja, a dedução da importância para a realização da despesa devidamente
autorizada, na dotação orçamentária própria, mas somente o documento que consubstancia
esse registro, em virtude de uma situação especial.

Existem três modalidades de empenho:

1. ordinário ou normal;
2. por estimativa;
45
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

3. global

Empenho Ordinário ou Normal

É utilizado para as despesas normais que não tenham nenhuma característica


especial. Nesta modalidade de empenho, é efetuada a quase totalidade dos gastos que os
órgãos e repartições são obrigados a realizar, exatamente pela sua característica básica
despesa normal.
Destarte, na execução do orçamento público, todas as despesas relativas a compras e
serviços, principalmente, que usual e rotineiramente ocorrem, onde são conhecidos todos os
dados necessários à emissão do empenho, como sejam: a razão social ou nome do credor, a
importância exata pela forma usual, normal, ordinária, e que, em última análise, é feita
regularmente, através da emissão de empenho ordinário ou normal.

Empenho por Estimativa

É utilizado nos casos em que não se possa determinar o montante da despesa.


Existe uma série de despesas que, por mais que nos esforcemos, procuremos
fórmulas ou formas, não conseguiremos determinar o seu montante exato.
É o que ocorre com os gastos decorrentes de consumo de água, energia elétrica e
telefone, entre outros. Quaisquer desses tipos de gastos não permitem que se determine o
montante a ser realizado por dia, semana ou mês, quanto mais o total anual.
Podemos observar que, realmente, não existe possibilidade, por mais que se queira,
de se determinar o montante da despesa e para estes casos deve-se utilizar o empenho por
estimativa, isto é, devemos proceder a um estudo de previsão que nos permita estimar os
valores a serem realizados, o mais próximo da realidade que se possa chegar.
Feito o estudo e a estimativa do valor a ser empenhado, deve-se utilizar o empenho
por estimativa, onde os demais dados necessários devem ser plenamente conhecidos.
Nesta modalidade de empenho, em vista de sua característica básica ser o valor que
não se pode determinar, mas precisa ser estimado, obriga-se a emissão de outro documento,
na ocasião do recebimento das contas onde está determinado o valor do gosto efetivo, que é
o subempenho.

Subempenho é o ato de registro do valor deduzido da importância empenhada por


estimativa, ou seja uma vez conhecido o valor da despesa, através da conta apresentada,
providencia-se a sua dedução da importância empenhada por estimativa. Como é óbvio, o
subempenho não pode exercer o limite do crédito constante do empenho por estimativa. Daí
porque, sempre que se fizer necessário, o montante do empenho por estimativa pode ser
reforçado, para atender ao subempenho dos gastos efetivamente realizados.
Para cada subempenho é emitido um documento denominado nota de subempenho,
que indicará o credor, a especificação e a importância da despesa, bem como a dedução
desta do saldo do respectivo empenho por estimativa.

46
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Empenho Global

É utilizado para os casos de despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento.


Existem alguns tipos de gastos que, pela sua própria natureza, devem ser tratados
diferentemente, adequados às suas características, pois, se assim não for, podem provocar
entraves de processamento, multiplicidade de trabalho e outros procedimentos supérfluos.
É o caso que ocorre com as despesas contratuais, por exemplo, onde tenhamos de,
mensalmente, pagar o valor relativo à utilização de um imóvel alugado. Como é óbvio,
estaríamos obrigados a emitir, mensalmente, o empenho da importância correspondente ao
aluguel e, como se pode imaginar, os entraves mencionados fatalmente ocorreriam.
Portanto, para os casos despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, deve se
emitir o empenho global, deduzindo-se os valores correspondentes nas respectivas quotas
trimestrais, abrangendo todo o período previsto no contrato, que pode compreender
integralmente o exercício financeiro, ou apenas alguns meses, mas, em qualquer caso,
sempre mais de uma parcela.
Finalizando, podemos destacar alguns exemplos típicos de gastos, que se utilizam do
empenho global, como sejam: compra de materiais, com entregas parceladas ou pagamentos
parcelados: aluguel de máquinas, equipamentos e imóveis, em que se fixam pagamentos
mensais. Ressalte-se, por oportuno, que os casos aqui mencionados não devem ainda ser
reajustados a cada pagamentos parcelados, devem ainda ser reajustados a cada pagamento,
como é o caso da locação de máquinas xerocopiadoras, onde não se conhece o montante da
despesa, ou o da construção de obras, onde, geralmente, o contrato possui um valor do
custo, e ainda uma previsão para reajustamento de preços, para adequar os gastos na época
de sua realização efetiva. Nestes casos, deve-se utilizar o empenho por estimativa, pois, em
vista da necessidade de estimar o montante da despesa, quer pela quantidade de utilização,
quer pelo valor do reajustamento de preços, não se pode determinar o montante da despesa
previamente.

Liquidação

A Liquidação da despesa, como terceiro estágio da despesa, consiste na verificação


do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.
Essa verificação tem por fim apurar:
I. a origem e o objeto do que se deve pagar;
II. a importância exata a pagar,
III. a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

A liquidação da despesa por fornecimento feitos ou serviços prestados terá por base:

I. o contrato, ajuste ou acordo respectivo;


II. a nota de empenho;
III. os comprovantes da entrega do material ou da prestação do serviço.

47
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Existindo, como já vimos, três modalidade de empenhos, vamos transportar aplicação


desses requisitos, especificamente, para casos típicos, como sejam:
a) Liquidação de Empenhos Ordinários ou normais

Nos casos de aquisição de materiais, após a emissão do empenho, o processo é


encaminhamento ao almoxarifado para aguardar a devida entrega.

O fornecedor, ao efetuar a entrega do material, deve, juntamente com o material


adquirido, apresentar a documentação correspondente, ou seja, a nota fiscal, na qual deve-
se verificar: o nome ou a razão social da empresa, que deve coincidir com o credor da nota
de empenho e do contrato ou do ajuste, bem como a importância deve ser a adequada.

O encarregado do almoxarifado, feitas as verificações necessárias, deve juntar a


nota fiscal – na qual deve colocar uma declaração de que recebeu o material nela constante,
o qual se encontra em ordem – ao processo, encaminhado-o para o devido processamento
do pagamento.

b) Liquidação de Empenhos por Estimativa

Nos casos de fornecimento de gás, água, energia elétrica etc., genericamente


denominados de encargos diversos, deve existir um processo para cada credor, que fica a
cargo do encarregado da manutenção, por exemplo, ou de outro responsável pela verificação
e controle desses gastos.

Esse encarregado ou responsável, ao receber a conta do credor, deve proceder à


verificação de sua exatidão em termos de objeto e da importância exata a pagar, anexando-a
ao respectivo processo e encaminhando-o para emissão do subempenho e conseqüente nota
de subdesempenho.

Após esses procedimentos feitos a juntada de cópia da nota de subempenho ao


processo, deve-se a seguir encaminha-lo para o devido processamento do pagamento.

c) Liquidação de Empenhos Globais

Nos casos de compra de materiais com entregas ou pagamentos parcelados, e nos de


despesas contratuais em que sejam previstas parcelas mensais, como é o caso da locação de
maquinas, equipamentos e imóveis, também devem existir processos individualizados para
cada credor, que ficarão a cargo do almoxarifado ou de encarregados ou responsáveis para
tal designado, que deverão proceder ao devido controle e verificação.
Quanto ao primeiro caso, o almoxarifado deve seguir os procedimentos já descritos para a
liquidação de empenhos ordinários, a cada entrega de material que ocorrer, atestando o seu
recebimento e que material se encontra em ordem. Se a entrega do material for única, porem

48
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

o pagamento parcelado, o processo deve ficar a cargo de alguém encarregado ou


responsável,pelo processamento das demais parcelas a serem pagas.
Realmente aos contratos deslocações, o encarregado ou responsável deve providenciar o
encaminhamento do processo, mensalmente, após atestar o uso, ou seja a locação efetiva,
assim como o valor a pagar que deve estar na conformidade com o documento enviado pelo
credor, geralmente um recibo ou uma nota fiscal, ou ainda uma fatura dependendo do tipo
do credor.

Pagamento

O Pagamento, quarto e último estágio a ser percorrido pela despesa orçamentária, é o


ato onde o poder público faz a entrega do numerário correspondente, recebendo a devida
quitação. Ou seja, o pagamento da despesa consiste na entrega do numerário ao credor em
troca da quitação da dívida.
O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular
liquidação, por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídas, por estabelecimentos
credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.
Nota-se claramente que o pagamento da despesa, por estabelecimento credenciados,
atendendo ao desenvolvimento administrativo que atinge a todos os setores empresariais,
também é praticado pela administração pública.
Está terminada a quarta fase ou estagio da despesa e, conseqüentemente, devidamente
formalizada orçamentária.

49
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Restos a Pagar
Conceito

A despesa orçamentária é executada pelo regime de competência, consoante o


disposto no artigo 35 da Lei Federal nº 4.320/64o inciso II, onde estabelece que “pertencem
ao exercício financeiro, as despesas nele legalmente empenhadas”.
Conseqüentemente, houve necessidade de a própria lei determinar os procedimentos
a serem adotados para encerramento do exercício, os que foi feito através do artigo seguinte,
ou seja, pelo artigo 36, a seguir transcrito:

“Artigo 36. consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não


até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.”

Portanto, uma vez empenhada a despesa e não sendo paga até o dia 31 de dezembro,
será considerada como Restos a Pagar, para efeito do encerramento do exercício financeiro.
Em outras palavras, uma vez empenhada a despesa, ela pertence ao exercício financeiro,
onerando as dotações orçamentárias daquele exercício.
Entretanto, embora empenhada, a despesa não paga será considerada Restos a Pagar,
constituindo-se uma operação apenas de caráter financeiro, uma vez que,
orçamentariamente, a despesa deve ser liquidada e executada, conseqüentemente, compor o
montante da despesa realizada, para efeito de encerramento de exercício.
Ainda devemos observar a exigência legal, que determina a distinção entre as
despesas empenhadas “processadas” das “não processadas”, por ocasião da inscrição dos
Restos a Pagar.
Entende-se por Restos a Pagar de despesas processadas aqueles cujo empenho foi
entregue ao credor, que por sua vez forneceu o material, prestou o serviço ou ainda
executou a abro, e a despesa foi considerada “liquida” por ter sido cumprido o terceiro
estágio corresponde à liquidação, estando na fase do pagamento. Verifica-se que a despesa
processou-se até a liquidação e em termos orçamentários foi considerada “despesa
realizada”, faltando apenas o processamento do pagamento.
Pode-se ainda dizer que, para efeito do Sistema Orçamentário de escrituração
contábil, a despesa está devidamente processada e, por conseguinte, considerada realizada.
Fica, a esta altura, bem transparente e cristalino o entendimento de Resto a Pagar como uma
operação do sistema financeiro de escrituração contábil, sendo a despesa realizada
normalmente pela sua liquidação, e lançada como Despesa Orçamentária do Exercício a
Pagar. O saldo que porventura houver nessa conta no dia 31 dezembro será transferido para
a conta de Restos a Pagar de despesas processadas, após o devido relacionamento para
efeito de inscrição, atendendo ao disposto no texto legal.
Entende-se como despesa não processada aquela cujo empenho foi legalmente
emitido, mas depende, ainda, da fase de liquidação, isto é o empenho foi emitido, porém o
objeto adquirido ainda não foi entregue e depende de algum fator para a sua regular
liquidação; do ponto de vista do Sistema Orçamentário de sua escrituração contábil, não está
devidamente processada.

50
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Como Restos a Pagar, conforme foi mencionado, é uma operação do Sistema


Financeiro de escrituração contábil, necessário se torna, para efeito de sua inscrição, que a
despesa empenhada e ainda não realizada, isto é , não processada integralmente, seja para
efeito de encerramento considerada “realizada” no Sistema Orçamentário de escrituração
contábil e, conseqüentemente, inscrita na conta Restos a Pagar, em contrapartida com a
conta Despesa Orçamentária, no Sistema Financeiro de escrituração contábil,
discriminando-a como despesa não processada.
Posteriormente, na sua liquidação efetiva, devem-se transferir os valores da conta
Restos a Pagar de despesas não processada para conta de Restos a pagar de despesas
processada, no Sistema Financeiro. Claro está que nada mais haverá de ser feito no Sistema
Orçamentário, pois este se encontra no dia 31 de dezembro e essa transferência fatalmente,
ocorrerá no exercício seguinte, sendo portanto operação financeira.
Com o intuito de tentar especificar a matéria aqui tratada com um pouco mais de
detalhes, vamos a seguir delinear como ela é tratada no Estado de São Paulo.
Podemos informar que até a edição do Decreto-lei nº 178, de 31 de dezembro de
1969, havia no Estado de São Paulo, sem nenhuma dúvida, em face dos Restos a Pagar de
até 5 (cinco) anos anteriores, correspondentes ao período de prescrição qüinqüenal, um
verdadeiro orçamento financeiro, executado paralelamente ao orçamento do exercício.
Como é fácil de imaginar, esses compromissos financeiros – autênticos orçamentos
paralelos – causavam muitos problemas de caixa, que foram saneados e resolvidos
satisfatoriamente, a partir de então, porquanto, permaneceram somente os Restos a Pagar do
exercício, imediatamente anterior, e cujo pagamento deve ser efetuado até 31 de março.
Mas vamos verificar como é tratado o tema aqui abordado pela legislação do Estado
de São Paulo, anteriormente mencionada, ou seja, o Decreto-lei nº 178, de 31 de dezembro
de 1969, que dispõe sobre a inscrição e baixa de despesa em conta de “restos a pagar”, pelo
Governo do Estado de São Paulo, e que deverá ser considerada pela Administração do
Estado de São Paulo.
Pelo artigo 3º e parágrafo único, verifica-se que:
“Artigo 3º A despesa realizada e não paga até 31 de dezembro de cada
exercício poderá ser inscrita em conta de Restos a Pagar.
Parágrafo único. A inscrição de que trata este artigo far-se-á, única e
exclusivamente, por credores individualizados.”

Em tese, serão configurados neste artigo os restos a pagar que a lei federal considera
de despesas processadas, aliás consoante a exposição anteriormente feita. Fica mais clara
esta comprovação com a leitura dos artigos 1º e 2º, a seguir transcritos:

“Artigo 1º Constitui despesa do ano financeiro a efetivamente realizada até 31


de dezembro de cada exercício.
Artigo 2º Consideram-se despesas realizadas relativamente a material, serviços
e obras as que correspondem a materiais recebidos, serviços prestados e obras medidas ou
verificadas.”

51
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Por esses dois artigos, procurou a legislação paulista adequar o disposto na Lei
Federal nº 4.320/64, uma vez que à União compete legislar sobre normas gerais de Direito
Financeiro, como já procuramos demonstrar.
Sobre os Restos a Pagar de despesas não processadas, o atendimento foi efetuado
pelo artigo 4º, a seguir transcrito:

“Artigo 4º Excepcionalmente, poderá ser inscrito em “Restos a Pagar” o valor


correspondente a compras contratadas, cujo empenho ou documento equivalente esteja em
poder do fornecedor e o material ainda não entregue á unidade requisitante.
Parágrafo único. A contadoria Geral do Estado procederá, nos termos deste
artigo, a 31 de março de cada exercício, ao levantamento dos saldos relativos às
importâncias inscritas em Restos a pagar, ainda liquidados, para efeito de cancelamento e
correspondente baixa contábil.”
Vislumbra-se claramente a intenção da legislação paulista de evitar a continuidade de
autênticos orçamentos paralelos, em que se constituíam os “restos a pagar” até a edição do
decreto-lei, mandando desse modo proceder ao levantamento dos saldos relativos às
importâncias inscritas, ainda não liquidadas, em 31 de março de cada exercício, para efeito
de cancelamento e correspondente baixa contábil.
O cancelamento e correspondente baixa contábil, preconizados no artigo 4º, têm a
sua operacionalização descrita através do artigo 5º., da seguinte forma:

“Artigo 5º Anualmente por ocasião do levantamento do Balanço Geral os


saldos da conta financeira de “Restos a Pagar” serão cancelados, levando-se as importâncias
respectivas conta de Receita do Estado.

Por conseguinte, os saldos relativos às importâncias inscritas, não liquidadas até 31


de março de cada exercício, serão objeto de levantamento e os saldos porventura existentes
por ocasião do Balanço Geral, que deverão corresponder aos “restos a pagar” não
processados, serão cancelados levando-se as quantias respectivas à conta de Receita do
Estado.
Pressupõe-se que os saldos existentes na conta de Restos a Pagar sejam somente os
não processados pois os processados nessa altura já deverão ter sido pagos. Caso não
tenham sido pagos os restos a pagar de despesas processada deverão ser relacionados para
ser autorizada a sua transferência para a conta de Credores desde que plenamente
justificada.
Entretanto, se dentre os Restos a Pagar cancelados existir algum compromisso
reconhecido, a legislação prevê a hipótese e orienta da seguinte forma:

“Artigo 6º Se dentre os saldos cancelados nos termos deste Decreto-lei ocorrer


a hipótese de existir compromisso reconhecido pela Administração, o encargo respectivo
será atendido à conta de dotação específica consignada no orçamento e destinada a
cobertura de despesas de exercício anterior.”

Essa hipótese, aqui ressalvada, foi feita para enquadrar o decreto-lei estadual à
legislação federal, pois a Lei nº 4.320/64 prescreve:
52
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

“ As despesas de exercício encerrado, para as quais o orçamento consignava


crédito próprio, com saldo suficiente para atende-las, que não tenham se processado na
época própria bem como os “Restos a Pagar” com prescrição interrompida e os
compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser
pagos à conta de dotação especifica consignada no orçamento discriminada por elementos
obedecia sempre que possível a ordem cronológica.

Finalmente, podemos dizer que os “Restos a Pagar” são resíduos passivos, oriundos
da despesa orçamentária empenhada mas não paga até o dia 31 de dezembro, assim
considerados em virtude do regime de competência imposto para a escrituração contábil.
Já os “restos a pagar “ não pagos durante o exercício deverão ser objeto de
cancelamento, após o devido levantamento e verificada essa possibilidade. Assim por
exemplo, os saldos dos empenhos estimativos, que forem inscritos, geralmente se referem a
valores de cobertura de contas de novembro ou dezembro, que, em face da sistemática em
uso, às vezes não são conhecidos a tempo e à hora, e o por isso pode acontecer de inscrever-
se um valor maior do que o necessário. Recebidas as contas e verificada a existência de
saldo, pode-se relacionar para efeito de cancelamento.
A lei complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças
publicas voltadas para a responsabilidade da gestão fiscal, por meio do art. 42 disciplina a
questão da inscrição dos restos a pagar dizendo que é vedado ao titular dos Poderes
Executivo, Legislativo, inclusive dos Tribunais de Contas, Judiciário e Ministério Publico,
nos últimos dois quadrimestres (maio a dezembro) do último ano de seu mandato, contrair
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha
parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente disponibilidade de
caixa para esse efeito.
Devem-se considerar na determinação da disponibilidade de caixa os encargos e as
despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

53
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Dívida pública
Conceito

Dívida Pública, segundo o professor Domingos D` Amore, “são todos os


compromissos assumidos pelo governo e os respectivos juros” ou ainda, como diz Edgard
Wilken, “Divida Pública compreende os juros e a amortização do capital devido pelo
Estado”. Outros ainda acham que se dá o nome de Divida Pública aos compromissos
decorrentes de operação de credito, assumidos pelo Estado para entender às necessidades
dos serviços públicos.
É um procedimento normal e comum, adotado por todas as administrações modernas,
para fazer face às deficiências financeiras, decorrentes do excesso de despesa sobre a receita
(déficit orçamentário), caso em que o Estado, geralmente, recorre à realização de operação
crédito a curto prazo ou também da necessidade de realização de empreendimentos de vulto
caso em que se justifica a tomada de um empréstimo (operação de crédito) a longo prazo.
Vê-se que a dívida pública não é apenas a que decorre de empréstimos de longo
prazo, mas compreende também os compromissos de curto prazo, e ainda se origina de
outras fontes, como deposito (finanças, cauções, consignações etc.), resíduos passivos
(restos a pagar) e outros dessa natureza.
Podemos dizer, a esta altura, que a Divida Pública classifica-se em Fundada ou
Consolidada (interna ou externa) e flutuante ou Administrativa.
Divida Fundada ou Consolidada é aquela que representa um compromisso a longo
prazo, de valor previamente determinado, garantida por títulos do governo, que rendem
juros e são amortizáveis ou resgatáveis, podendo ou não o seu vencimento ser fixado; é
ainda a efetuada através de contratos de financiamento, sendo o seu pagamento estipulado
em prestações parciais (amortizações), distribuídas por certo período de anos. Quando não
se determina o prazo para a sua liquidação, diz-se que a dívida é perpetua. Nesse caso,
vencem apenas os juros, sendo o seu resgate de natureza não obrigatória e somente é
processada quando houver conveniência ou quando a situação financeira o permitir.
Compreende a divida findada ou consolidada interna os empréstimos contraídos por
títulos do governo (Obrigações do Tesouro, Notas Promissórias do Tesouro, Letras do
Tesouro, Bônus Rotativos, Apólices etc.) ou contratos de financiamento, dentro do País.
Dizemos que a divida fundada ou consolidada externa é aquela cujos empréstimos
são contratados ou lançados no estrangeiro, por intermédio geralmente de banqueiros,
incumbidos não só da colocação dos títulos, mas também do pagamento dos juros e
amortizações.
Feita esta explanação, demonstremos objetivamente o que a legislação pertinente ao
assunto considera divida fundada.
A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze
meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou financiamento de obras e
serviços públicos.
A divida fundada é escriturada com individualizações e especificações que permitam
verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos
serviços de amortização e juros .Note-se que entende-se por compromisso de longo prazo o
de exigibilidade superior a doze meses. Portanto, os compromissos relativos a empréstimos
54
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

e financiamentos, contraídos com prazos de resgate superior a doze meses, são considerados
divida fundada ou consolidada.
A Divida Flutuante, também chamada Administrativa ou não Consolidada, é aquela
que o Tesouro contrai por um breve ou indeterminado período de tempo, quer para atender a
eventuais insuficiências de caixa, quer como administrador dos bens e valores de terceiros.
As insuficiências de caixa decorrem, geralmente, da falta de coincidência entre a
arrecadação da receita e a realização da despesa.
Caracteriza-se, assim, a divida flutuante por indicar débitos de curto prazo, que
variam constantemente de valor e cujo pagamento, geralmente, é feito por resgate e
independentemente da autorização legislativa, por corresponderem e advirem de
compromissos assumidos por prazos inferior a doze meses.
De certa forma, são os mesmos compromissos assumidos em vista da condição de
depositário, que o poder público exerce, como sejam: os depósitos de cauções, finanças,
consignações etc., além dos Restos a Pagar (saldo da despesa orçamentária do exercício
anterior, não paga) e dos Débitos de Tesouraria (operação de credito por antecipação da
receita), que são considerados receita extra-orçamentária por ocasião de seu recebimento e
que constituem a divida flutuante, enquanto não liquidada ou não devolvida e, por ocasião
de sua devolução ou pagamento, é processada como despesa extra-orçamentaria, pois
independe de autorização legislativa, para tanto.
Sob o aspecto legal, a divida flutuante compreende:
I. – os restos a pagar, excluídos os serviços da divida;
II. – os serviços da divida a pagar;
III. – os depósitos;
IV. – os débitos de tesouraria.

Neste momento, necessária se faz uma explicação sobre os serviços da divida a


pagar, pois embora tenhamos dito que a divida flutuante, de certa forma, quando ocorrer a
devolução ou pagamento, deveria ser processada como despesa extra-orçamentaria por
independer de autorização legal, deve se submeter aquela proveniente de recebimentos ou
retenções que forem considerados receita extra-orçamentaria, por se constituírem em
simples entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.
Entretanto, os valores que são acrescidos aos empréstimos ou financiamentos, como
o pagamento de juros, comissões corretagens etc., para serem liquidados ou pagos,
constituem o que denomina Serviços da Divida a pagar e obrigatoriamente processados
como despesa orçamentária, pois deverão onerar as dotações próprias a cada caso.
Assim, por exemplo, ao contrario o governo uma operação de credito por antecipação da
receita, isto é lançar títulos ou contratos, compromissos com prazo de resgate inferior a doze
meses, o valor obtido dará entrada como debito de tesouraria. Porém, os juros, encargos e
outros acréscimos porventura existentes deverão ser empenhados nas dotações próprias,
quando ocorrer o resgate.
Embora seja óbvio, a ressalva é válida, pois poderia causar entendimento diverso
daquele que é o correto, uma vez que esses pagamentos não estão inseridos no conceito de
entrada compensatória no ativo e passivo financeiro,por não terem sido recebidos para
serem devolvidos agora.

55
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Patrimônio público
Conceito

Patrimônio em seu conceito clássico é considerado como “o conjunto de bens,


direitos e obrigações” pertencentes a pessoa física ou jurídica. A interpretação real desse
conceito nos leva à seguinte ilação prática: o pratimônio é composto pela somatória dos
bens mais os direitos (ativos), subtraindo-se as obrigações (passivo), possuídos por uma
pessoa física ou jurídica.

Esta interpretação é, até certo ponto, lógica, pois não se pode compreender o
patrimônio como sendo apenas os bens e os direitos de uma pessoa (física ou jurídica). Eles
constituem a parte ativa do patrimônio, isto é a propriedade física dos bens para o uso ou
movimentação, e os créditos ou valores a receber, realizáveis em curto, médio ou longo
prazo em moeda corrente.

Obviamente, a parte passiva do patrimônio, ou seja, os compromissos assumidos e


que devem ser pagos e exigidos em curto, médio ou longo prazos, também deve compor
esse conjunto.

Não fora assim, fatalmente haveria uma visão errônea do patrimônio e, como
conseqüência da situação patrimonial das pessoas físicas ou jurídicas.

O patrimônio público por analogia compreende o conjunto de bens, direitos e


obrigações avaliáveis em moedas correntes, das entidades que compõem a Administração
pública. Nota-se que o pratimônio público não é somente o relativo às entidades públicas,
mas às entidades que compõem a Administração Pública.
Desta forma, além do patrimônio das instituições de direito público interno, como
sejam, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as respectivas autarquias,
também aquele pertencente às empresas públicas, as fundações instituídas pelo poder
público, além da parte do capital das sociedades de economia mista, isto é, o percentual
equivalente a participação de entidades públicas no capital dessas sociedades,são entendidas
como patrimônio público.
Observe-se por oportuno, que estamos procurando aclarar e deixar bem transparente
que, do ponto de vista da Contabilidade Pública deve ser entendido como patrimônio
publico somente aquele passível contabilização.
Este alerta, como tentaremos demonstrar mais adiante, é de grande valia, pois as
coisas que parecem evidentes inevitáveis, cristalinas, à primeira vista em termos públicos
nem sempre seguem a regra geral.

56
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Bens das Entidades Públicas

O Código Civil Brasileiro distingue os bens públicos dos bens particulares,


descrevendo o seguinte:

“São públicos os bens do domínio nacional pertencentes à União, aos Estados, ou aos
Municípios. Todos os outros são particulares,seja qual for a pessoa que pertencerem.”

Em seguida, o Código Civil Brasileiro diz quais são os considerados como bens
públicos, através do seguinte texto:

“os bens públicos são:

• os de uso comum do povo, como os mares, rios, estradas, ruas e praças;


• os de uso especial, como os edifícios ou terrenos aplicados a serviço ou
estabelecimento federal, estadual ou municipal;
• os dominicais, isto é, os que constituem o patrimônio da União, dos Estados,
ou dos Municípios, como objeto de direito pessoal, ou real década uma dessas
entidades.”

Os bens de uso comum do povo são conhecidos como Bens de Domínio


Público, pois são utilidades posta à disposição do povo deforma gratuita ou remunerada,
conforme dispuser a legislação especifica. O que caracteriza os bens de uso comum do
povo, ou de domínio público, consoante pode-se inferir dos exemplos citados, é que são
todos aqueles destinados ao uso direto e imediato da coletividade (povo) em virtude de uma
destinação formal, quer seja por dispositivo legal, quer seja por resultado de fatos naturais.
Quanto aos bens de uso comum do povo, exige-se que o uso direto e imediato pela
coletividade, e não qualquer uso, pois isto caracteriza bem a importância para o bom
entendimento desse tipo de bem.
Explicando com detalhes o uso dos termos direto e imediato, podemos citar a
indagação:
De fato, o que se entende por uso direto e imediato?
Uso direto é aquele que se faz pessoalmente; e imediato, aquele que se faz sem
intermediário. Longo, numa biblioteca, o uso que o povo faz dos livros não é imediato,
embora seja direto,por isso que tal uso só e feito através do auxilio dos empregados que ali
estão para procurar os livros nas estantes e entregá-los à leitura.

Verificando essa assertiva, podemos retroagir aos bens descritos como de uso comum
do povo, como os mares, rios estradas, parques, jardins, praias monumentos etc., em todos
eles realmente, vamos encontrar a característica básica, de que o uso efetivamente é direto,
feito de imediato e pessoalmente, não existe nenhuma intermediação. Em outras palavras,
podemos nos dirigir pessoalmente e usufruir deles imediatamente. Por fim, conclui-se que
os bens de uso comum do povo são aqueles que podem ser fruídos por qualquer individuo,
direta e imediatamente, sem qualquer intermediação.

57
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Muito embora não constituam o patrimônio público, são de propriedade do Estado,


que não possui a “posse” exclusiva. Portanto, a construção, conservação e reforma dos bens
de uso comum do povo cabe à Administração Pública, que utiliza recursos incluídos na Lei
Orçamentária ou em créditos adicionais e, por isso, percorrerão todos os estágios da despesa
orçamentária. Esses gastos conquanto constituem despesa orçamentária não provocam a
mutação patrimonial, por não serem incorporáveis ao patrimônio.

Os bens de uso especial são aqueles que não se distinguem materialmente dos bens
comuns, isto é, uma escola pública não é diferente, pela vista, de uma escola particular, ou
uma biblioteca pública não é diferente da outra que seja particular; a sua distinção reside
única e exclusivamente na forma como tais bens são utilizados.
Pode-se depreender que os bens de uso especial são assim denominados por estarem
a serviço público e constituírem uma utilidade pública, sempre dependente de interferência
de pessoas que administram o serviço público. Possuem essa característica, de uso especial,
por estarem destinados à prestação de um serviço público, é só conservarem esse caráter
enquanto tem essa destinação.

Os bens de uso especial, enquanto estiverem gravados com esta destinação, que é
feita por dispositivo legal, são declarados inalienáveis, isto é, não podem ter a sua posse
transferida por qualquer das formas de alienação.
Sob o aspecto da inalienabilidade, também, os bens de uso comum do povo possuem
essa condição.
Só perderão essa característica de inalienabilidade, no caso dos bens de uso comum
do povo se, por autorização legal, houver a modificação do uso do bem e, no caso dos bens
de uso especial, se por qualquer motivo, houver cessada a utilização do bem em destinação
de serviço público. Exemplificando, caso uma praça, por determinação legal, mude a sua
característica de uso, e passe a ser nela construído um edifício, para uso de um serviço
público, deixará de ser um bem de uso comum para ser um bem de uso especial, porém
determinado por lei. No entanto, se um edifício que era destinado a um Centro de Saúde ,
mas deixou de ser utilizado por serviço público, é locado para um funcionário residir nele,
descaracterizou-se como bem de uso especial e passou a ser um bem patrimonial, sem
nenhuma destinação especial.

Observa-se do exposto que os bens públicos abordados somente constituem o


conjunto de bens públicos, mas não fazem parte do seu patrimônio.

Bens dominicais como a própria descrição do Código Civil, são os que constituem o
patrimônio público, como objeto de direito pessoal ou real. Estes, em última análise, é que
interessam à Contabilidade Pública, pois são os que merecerão registros e escrituração
contábil; os demais, conforme já foi dito, conquanto façam parte do conjunto de bens
públicos, pelas suas características especiais, não constituem o seu patrimônio.

Portanto, os bens dominicais, que constituem o patrimônio público e são


considerados para efeito de escrituração e registro contábil, podem ser identificados nos

58
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

seguintes: Disponível (Caixa-Numerário) –Bens Móveis, Imóveis e de Natureza Industrial, e


a discriminação usual a cada um desses grupos.

Direitos Das Entidades Públicas

Entende-se por Direitos das Entidades Públicas, contabilmente, os valores que


representam créditos realizáveis a curto ou longo prazo, provenientes de depósitos bancários
diversos devedores, e créditos relativos a fornecimentos e serviços prestados, e inscrição da
dívida ativa.
Consoante pode-se observar, refere-se a valores a receber registrados, quer por
fornecimentos feitos, quer por serviços prestados pelas entidades públicas, e ainda aqueles
que, provenientes da inscrição da dívida ativa de origem tributária ou de origem diversa,
serão objeto de cobrança amigável ou judicial, conforme o caso requeira.
Por qualquer dos títulos, no entanto, representam direitos líquidos e certos a serem
cobrados.

Obrigações Das Entidades Públicas

Obrigações das Entidades públicas são os valores correspondentes às dívidas das


entidades, consubstanciadas como dívida flutuante ou dívida fundada, respectivamente
exigíveis a curto ou longo prazo.
Representam os compromissos assumidos e que serão pagos de acordo com os prazos
de vencimentos, ou obedecem às normas regulamentares.
As obrigações das entidades públicas, geralmente, estão representadas pelos restos a
Pagar, Depósitos, Débitos de Tesouraria e Credores, que são compromissos de curto prazo e,
pela dívida fundada interna e externa, que são compromissos de longo prazo.

Consolidação Do Patrimônio Público

A seguir, procuraremos consolidar num quadro demonstrativo o Patrimônio Público


em todo o seu conjunto de Bens, Direitos e Obrigações, facilitando o entendimento através
da visualização gráfica.

59
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

QUADRO DEMONSTRATIVO DA CONSOLIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO


PÚBLICO

BENS e DIREITOS OBRIGAÇÕES


BENS PÚBLICOS OBRIGAÇÕES DAS ENTIDADES
PÚBLICAS
CAIXA (NUMERÁRIO) RESTOS A PAGAR
BENS MÓVEIS RESTITUIÇÕES A PAGAR
BENS IMOVEIS SERVIÇOS DA DÍVIDA A PAGAR
BENS DE NATUREZA INDUSTRIAL DEPÓSITOS DE DIVERSAS ORIGENS
VALORES CONSIGNAÇÕES
DÉBITOS DE TESOURARIA
DIREITOS DAS ENTIDADES PÚBLICAS
BANCOS (DEPÓSITO) CREDORES
DIVERSOS DEVEDORES DÍVIDA FUNDADA INTERNA
DIVERSOS RESPONSÁVEIS DÍVIDA FUNDADA EXTERNA
DESPESAS DIFERIDAS RECEITAS DIFERIDAS
CRÉDITOS POR FORNECIMENTOS E DÉBITOS DIVERSOS
SERVIÇOS PRESTADOS
CRÉDITOS FISCAIS INSCRITOS
CREDITOS DIVERSOS INSCRITOS
OUTROS CRÉDITOS

No quadro acima, demonstrativo, podemos verificar que se encontram, exceto as


contas de compensação, todos os componentes previstos no Anexo nº 14 da Lei Federal nº
4.320/64 – que nada mais é do que o Balanço Patrimonial, segundo a estrutura legal que as
entidades públicas devem obedecer.
Propositadamente, faz-se essa observação para se chamar a atenção para o fato,
mesmo porque tudo o que procuramos descrever sobre o Patrimônio Público foi com a
intenção de levá-lo a esse entendimento.

60
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Variações Patrimoniais

Variação Patrimonial é a alteração de valor, de qualquer elemento do patrimônio


público, por alienação, aquisição, dívida contraída, dívida liquidada, depreciação ou
valorização, amortização, superveniência, insubsistência, efeitos da execução orçamentária
e resultado do exercício financeiro.
As alterações no patrimônio público são efetuadas por incorporações e
desincorporações ou baixa.
Incorporação é a agregação de novos elementos ao patrimônio público e podem
originar-se de forma ativa ou passiva.
Será ativa a incorporação de novos elementos que causem o aumento do patrimônio
público, como por exemplo na aquisição de um bem (veículo), quando a entrada é feita
através da incorporação desse bem adquirido, aumentando o valor da conta de Bens Móveis
e, em contrapartida, com a conta Variações Ativas correspondente, pelo aumento
patrimonial.
Será passiva a incorporação de novos elementos que causem diminuição de
patrimônio público, como por exemplo na obtenção de empréstimos ou financiamentos,
quando a incorporação dessa dívida aumenta o valor da conta de Dívida Fundada e, em
contrapartida com a conta Variações Passivas correspondentes, pela diminuição que essa
passividade causa no patrimônio.
Desincorporação ou baixa é a expressão usada para excluir, retirar ou desagregar
elementos constantes do patrimônio público, e também pode originar-se de forma ativa ou
passiva.
Será ativa a desincorporação ou baixa de elementos que causem o aumento do
patrimônio público, como por exemplo a amortização de uma dívida, quando a sua
desincorporação ou baixa diminui o valor da conta de Dívida Fundada e, em contrapartida
com a conta de Variação Ativa correspondente, pelo aumento causado no patrimônio.
Será passiva, a desincorporação ou baixa de elementos que causem a diminuição do
patrimônio público, como por exemplo a quebra de um bem móvel, sem condições de uso,
quando de sua desincorporação ou baixa diminui o valor da conta Bens Móveis e, em
contrapartida com a conta Variação Passiva correspondente, pela diminuição causada no
patrimônio.
Portanto, as variações patrimoniais podem ser classificadas em Variações Ativas ou
Passivas, quer sejam provenientes de incorporações de novos elementos ao patrimônio, quer
sejam causadas por desincorporações ou baixas de elementos do patrimônio.
A seguir, devemos informar que as alterações de incorporações ou desincorporações
ou baixas são efetuadas no sistema de escrituração contábil patrimonial e através de
contrapartida com as chamadas contas de Variações Patrimoniais. Na Administração
pública, essas variações devem ser demonstradas através da seguinte classificação,
obedecendo ao esquema preconizado pelo Anexo nº 15, da Lei Federal nº 4.320/64 modelo
no final da apostila.

61
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Variações Ativas

Variações Ativas são alterações nos valores dos elementos do patrimônio público
que aumentam a situação patrimonial, quer pela incorporação e agregação, advinda de
aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas, quer por
insubsistências passivas.

Portanto, qualquer aumento de valor nos elementos dos bens e direitos do ativo
permanente, ou qualquer diminuição de valor nos elementos das obrigações do passivo
permanente consideram-se variações ativas, pois contribuem para o patrimônio seja
aumentado. Essas variações podem ser decorrentes da execução orçamentária, ou
independentes dela.

As variações ativas podem ser classificadas em três grandes grupos: Resultantes da


Execução Orçamentária; Mutações Patrimoniais; e independentes da Execução
Orçamentária.

Variações Ativas - Resultantes da Execução Orçamentária - são feitas no final do


exercício, quando se der o encerramento dos balanços com base na Receita Orçamentária
arrecadada no exercício financeiro. A interpretação é a de que o recebimento de receita
orçamentária, resultante da execução orçamentária, provoca a entrada de dinheiro
(numerário) e, como conseqüência, um aumento dos bens patrimoniais, que é refletido pela
Variação Ativa correspondente.

Entretanto, ela é transferida do Sistema Financeiro, que é onde ocorre o recebimento


da receita, por isso, no final do exercício encerram-se as contas de receita orçamentária
(contas de resultado positivo), transferindo os seus saldos, para comporem variações
patrimoniais no Sistema Patrimonial e, por aumentarem o patrimônio, classificam-se como
variações ativas-resultantes da execução orçamentária.

Variações Ativas - Mutações Patrimoniais são as decorrentes de uma troca de bens,


permutados entre elementos do ativo (dinheiro-caixa), por bens ou valores de caráter
permanente (móveis, imóveis, títulos e valores), e originam-se, sempre, da execução
orçamentária. Mutação, portanto, significa troca, modificação, mudança e, por se tratar de
bens pertencentes ao patrimônio, fatalmente podemos concluir que a mutação patrimonial é
a troca, modificação e mudança que ocorre entre os bens, direitos e obrigações do
patrimônio público.

Nada melhor do que um exemplo para aclarar e tornar mais transparentes esses
conceitos.

Na compra de móveis, há saída de dinheiro, devidamente configurada na execução do


orçamento como Despesa Orçamentária; porém, há também a entrada de um bem
denominado móveis e utensílios.

62
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Nesse caso, fica identificado que o registro da variação patrimonial permutativa faz-
se em dois momentos distintos:

1º) Variação Passiva, diminutiva, pela correspondente saída do dinheiro, que é feita
no final do exercício, quando se der encerramento do balanço, através da transferência dos
saldos do Sistema Financeiro das contas de Despesas Orçamentária, e que vai causar no
Sistema Patrimonial a variação passiva resultante da execução orçamentária, que adiante vai
ser detalhada;

2º) Variação Ativa, aumentativa, pela incorporação do bem adquirido e que é feita
na conta de Bens Móveis - Móveis e Utensílios, no caso, em contrapartida com a conta de
Variação Ativa – Mutação Patrimonial.

Como regra geral, a incorporação dos bens por mutação deve ser feita à vista do
documento de liquidação da despesa orçamentária, pois nessa ocasião já deve constar a
declaração do almoxarifado ou quem de direito, informando ter recebido o material
constante na Nota Fiscal encaminhada para o processamento de pagamento.

Variações Ativas - Independentes da Execução Orçamentária são as que,


conforme o próprio nome indica, provocam modificação no patrimônio, aumentando-o;
porém, não se originam da execução orçamentária.

As variações Ativas - independentes da execução orçamentária, por não se


originarem de fatos orçamentários, surgem sempre por fatos de Superveniências Ativas ou
de Insubsistências Passivas.

Superveniências Ativas- são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que
acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre aumentam o patrimônio. Um exemplo
bem marcante deste tipo de variação ativa, que sobrevém mesmo que inesperada, é o que
ocorre no nascimento de um animal. O animal aumenta o valor da conta de Bens Móveis –
Semoventes, ou ainda pode ser classificado como Bens Móveis - Criações; por não ser
proveniente da execução orçamentária, provoca uma Superveniência Ativa.

Insubsistências Passivas são movimentação que ocorrem por fatos que não mais
podem subsistir, isto é, não podem mais existir, deixam de existir por qualquer motivo,
porém, sempre causando uma variação ativa,provocada pela baixa ou desincorporação de
uma obrigação passiva. Como nos parece óbvio, uma obrigação passiva que deixa de existir
causa conseqüentemente um aumento na situação patrimonial e, portanto, uma variação
ativa. Um exemplo bem típico é o cancelamento de dívidas passivas. Fatalmente, ocorre
uma diminuição de obrigação através da diminuição dos valores da conta Dívida Fundada,
que causa como conseqüência aumento da situação patrimonial por uma Insubsistência
Passiva, Istoé, dívida passiva que deixa de existir.

63
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Variações Passivas

São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público, diminuindo a


situação patrimonial, por incorporação e desincorporação ou baixa, conseqüente da
alienação (venda), depreciação e desvalorização de bens, constituição de dívidas passivas,
recebimento de créditos, cobrança da dívida ativa, insubsistências ativas ou superveniências
passivas.

Destarte, qualquer diminuição de valor nos elementos dos bens e direitos do ativo
permanente, ou qualquer aumento no valor dos elementos das obrigações do passivo
permanente consideram-se variações passivas, pois concorrem para que o patrimônio seja
diminuído. Essas variações podem ser decorrentes da execução orçamentária ou
independente dela.

As variações passivas também podem ser classificadas em três grandes grupos:


Resultante da Execução Orçamentária; Mutações Patrimoniais; e Independente da Execução
Orçamentária.

Variações Passivas- Resultantes da Execução Orçamentária são feit6as no final do


exercício, quando se der encerramento dos balanços, e tem como base a Despesa
Orçamentária realizada no exercício financeiro. O entendimento é o de que a liquidação da
despesa orçamentária, resultante da execução orçamentária, em tese provoca a saída de
dinheiro e como conseqüência, uma diminuição dos bens patrimoniais, que é refletida pela
Variação Passiva correspondente.

Entretanto, é transferida do Sistema Financeiro, que é onde ocorre a movimentação


financeira da despesa, por isso, no final do exercício, encerram-se as contas de despesa
orçamentária (contas de resultado negativo), transferindo os seus saldos, para comporem as
variações patrimoniais no Sistema Patrimonial e, por diminuírem o patrimônio, classificam-
se como variações passivas-resultantes da execução orçamentária.

Variações Passivas- Mutações Patrimoniais são as decorrentes de uma troca de


bens permanentes, através de alienação (venda) ou constituição de dívidas passivas, por um
bem numerário (dinheiro) e originam-se sempre da execução orçamentária. Observa-se por
oportuno o que se entende por Mutação, que significa troca, permuta, modificação, mudança
e, por se tratar de bens, direitos e obrigações que compõem o patrimônio, podemos concluir
que a mutação patrimonial é a troca, modificação, mudança ou permuta que ocorre entre os
elementos patrimoniais.
Para melhor elucidar, vamos expor um exemplo.
Na venda de um bem imóvel há a entrada de dinheiro, devidamente classificada na
execução orçamentária, como receita orçamentária, mas há também a saída de um bem
imóvel.
Também neste exemplo observa-se claramente que fica bem identificado que o
registro da variação patrimonial permutativa faz-se em dois momentos distintos, a saber:

64
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

1º) Variação Ativa, aumentativa, pela correspondente entrada do dinheiro, relativo à


venda feita, que ocorre no final do exercício, quando se der encerramento do balanço,
através da transferência dos saldos do Sistema Financeiro das contas de receita
Orçamentária, e que virá causar no Sistema Patrimonial a variação ativa resultante da
execução orçamentária, devidamente explicada.

2º) Variação Passiva, diminutiva, pela desincorporação ou baixa do bem imóvel


alienado (vendido), que é feita diminuindo o valor correspondente da conta Bens Imóveis,
em contrapartida com a conta de Variações Passivas-Mutações Patrimoniais.

Sempre que se proceder à alienação de bens, quer móveis, quer imóveis, quer de
natureza industrial, quer de títulos e valores, diminuem os bens patrimoniais existentes.
Assim como no caso de tomar um empréstimo, aumentam as dívidas passivas, ou ainda no
caso de receber uma dívida ou um crédito, diminuem os créditos ativos.

Essas operações representam desincorporações ou baixas de um bem ativo(bens ou


direitos),ou incorporações de um bem passivo (obrigações), e portanto, variações que
diminui o patrimônio.

Variações Passivas – Independentes da Execução Orçamentária são as que,


conforme o próprio nome indica, provocam modificações do patrimônio, diminuindo-o;
porém, não se originam da execução orçamentária.
As variações passivas independentes da execução orçamentária, por não se
originarem de fatos orçamentários, surgem sempre por fatos de insubsistências Ativas ou
Superveniências Passivas.

Insubsistências Ativas – são movimentações que ocorrem por fatos que não mais
possam subsistir, ou seja, não podem mais existir, deixam de existir, por qualquer motivo,
porém, sempre causando uma variação passiva provocada pela baixa ou desincorporarão de
um bem ou de um direito ativo. Por questões de lógica, existir nos parece inevitável,pois um
bem ou direito que deixa de existir, conseqüentemente, causa uma diminuição da situação
patrimonial e, portanto, uma variação passiva.

Vamos através de um exemplo bem característico tentar esclarecer o conceito de


insubsistência ativa, algo que sobrevêm de forma inesperada, fazendo com que um bem ou
um direito deixe de existir. É o que ocorre com a morte de um animal. Em conseqüência
haverá a desincorporação ou baixa, por morte, do animal na conta de Bens Móveis –
Semoventes que, não se originando da execução orçamentária, será classificada como
Insubsistência Ativa ou um ativo que deixa de existir.

Superveniências Passivas são movimentações que ocorrem por fatos inesperados e


que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre diminuindo o patrimônio. Serão
sempre fatos que aumentam as obrigações (passividade), porém provem da execução do
orçamento; em outras palavras, são incorporações de obrigações passivas que surgem de
maneira imprevista.
65
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Um exemplo que caracteriza bem as superveniências passivas é o que ocorre com a


dívida externa feita em moeda estrangeira como o dólar. Fatalmente, quando a moeda
brasileira é desvalorizada em relação ao dólar, há no montante da dívida um aumento,
conseqüente da elevação da taxa cambial. Esse aumento da dívida não é proveniente da
execução do orçamento e por isso é configurado como Superveniências Passivas. É lógico
que em quantidade de dólares não há aumento, mas há, seguramente, em quantidade de
moeda brasileira, e, por via de conseqüência, aumento do valor da dívida.
Finalizando esta parte relativa ao Patrimônio Público e suas variações, devemos
alertar que as incorporações e desincorporações, determinantes das “alterações da situação
líquida patrimonial”, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as
variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e
passivas, constituem elementos da conta patrimonial.

66
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Contabilidade Pública

Origem

A contabilidade pública originou-se da necessidade de se adotarem, em relações às


entidades públicas, os conceitos e a metodologia aplicável às entidades em geral,
consubstanciados no campo de estudos da ciência contábil.
A obrigatoriedade e a padronização que caracterizam os procedimentos a que estão
sujeitas essas entidades públicas coadunam-se com as funções e as técnicas contábeis que
instrumentalizam a programação, a execução, o acompanhamento e o controle da gestão
do estado, por meio de seus órgãos e entidades.
A ação estatal é transcendente, pois envolve o interesse de todos os cidadãos, mesmo
dos que não são contribuintes. Todos têm o direito – e o dever – de saber como seu dinheiro
está sendo utilizado, qual é a situação do patrimônio público, vinculado ao Estado por
delegação da sociedade, e quais as perspectivas ou as expectativas que se pode ter para cada
uma das esferas da Administração Pública, quais se faz parte, seja no âmbito do Município,
seja no âmbito do Estado, seja no da União.

Assim como qualquer ente, os órgãos públicos são capazes de adquirir direitos e
assumir obrigações e ainda compram, vendem, produzem, constroem, etc. Eles realizam, por
meio da execução de suas tarefas, que são os programas de trabalho, as mais variadas
operações contábeis típicas, envolvendo as áreas financeira, orçamentária e patrimonial,
principalmente. Algumas dessas operações costumamos encontrar no nosso dia a dia:
compra de materiais, pagamento de pessoal e fornecedores, recebimento de recursos
financeiros próprios(cobrança de impostos) e de terceiros(garantia de contratos), etc. Outras
operações são menos conhecidas, tais como: inscrição de restos a pagar, cancelamento da
dívida ativa, dotação da despesa orçamentária, emissão de empenho, etc
Além de todas essas atividades, os órgãos praticam atos administrativos que têm
capacidade de provocar, na maioria das vezes, alterações em elementos que compõem o seu
patrimônio, ou seja, bens, direitos e obrigações, como é o caso de contratos de serviços,
convênios, concessão de avais e outros.
Dentre os atos administrativos, o principal é a Lei Orçamentária em função de ser a
responsável por quase todas as alterações patrimoniais.
A principal fonte de formação do patrimônio de um órgão público é, portanto, o
orçamento público. Os recursos financeiros que ali têm ingresso, sendo9 na verdade da
coletividade, da população, necessitam de autorização expressa de seus proprietários para
que possam ser aplicados, utilizados. Essa autorização é dada quando da aprovação da lei
orçamentária, realizada pelos representantes do povo (senadores, deputados e vereadores)
nas casas legislativas(Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa e Câmara Municipal).
Com a lei orçamentária, a população delega autoridade aos governantes para arrecadarem
receitas e realizarem despesas em nome dela. Esses gastos é que vão gerar o patrimônio
público. São poucos os casos em que o patrimônio público é gerado por fatos cuja origem é
independente do orçamento: recebimento de bens em doação, por exemplo
67
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

A necessidade de se medir, dimensionar, avaliar, qualificar esse patrimônio provoca


o surgimento da Contabilidade Pública, ou seja, do ramo da Ciência Contábil aplicado à
Administração Pública.
A Contabilidade Pública utilizando os critérios, métodos e técnicas da Ciência
Contábil é responsável pela tarefa de avaliação do patrimônio público. Além disso, dada a
importância que o orçamento tem na vida de um órgão público, a contabilidade também
realiza o seu acompanhamento. Por conta desse elemento (orçamento) é que a Contabilidade
Pública tem peculiaridade especial não encontrada em qualquer outro ramo da Ciência
Contábil.
O conhecimento dessas peculiaridades é ponto chave no entendimento dos
procedimentos para registro, avaliação, demonstração e análises do patrimônio público.
A Contabilidade Pública deverá adotar os princípios de contabilidade, tais como:
entidade, continuidade, competência, etc.; as técnicas de registro dos fatos contábeis através
de partidas dobradas; os critérios de levantamento de inventário; os métodos de elaboração
de balanços e outros demonstrativos contábeis, etc.
Muito do entendimento da escrituração dependerá do conhecimento do conteúdo do
próprio orçamento e da execução do mesmo.

Conceito

A contabilidade Pública é um ramo de Contabilidade Aplicada. Como tal, apóia-se


nos mesmos princípios e utiliza-se das mesmas técnicas, mas apresenta peculiaridades, pois
se aplica a determinado tipo de entidades – de fins não lucrativos, integrantes da estrutura
do Estado – e se subordina à legislação especifica, estrita, como só acontecer com as
instituições públicas.
Por exemplo, a abrangência do sistema contábil de que se está tratando é mais
ampla, pois o sistema orçamentário – o orçamento, como se sabe, é obrigatório no setor
público – também o integra. No âmbito da União, dentro da atual sistemática adotada por
seu plano de contas, também outros subsistemas de valores – programação/execução
financeira e restos a pagar – estão acoplados ao sistema contábil propriamente dito.
Por outro lado, há regras específicas para a integração – e não consolidação – de
demonstrações, pois o universo abarcado é muito diversificado e a metodologia utilizada
ainda não incorporou os critérios adotados na Contabilidade Empresarial.
No entanto, há sobretudo enormes diferenças nos conceitos e critérios utilizados na
contabilização das receitas e despesas, e, em particular, na aplicação do regime de apuração
dos resultados.
Revela ainda notar que a institucionalização de uma multiplicidade de tipos de
classificações confere enorme diversidade de abordagens e de formas de apresentação às
demonstrações da Contabilidade pública, que têm importância não só do ponto de vista da
legislação específica, como também do ponto de vista econômico-financeiro e estritamente
contábil e de controle.
Isso tudo confere à Contabilidade Pública – em particular no caso brasileiro, que
constitui o objeto de nosso estudo, nos limites desta obra – um caráter muito
peculiar,bastante especifico, que justifica um estudo apartado ou um desdobramento em
relação às demais disciplinas da área de conhecimentos a que se refere aqui.
68
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Segundo Vincenzo Massi, o conceito de contabilidade é o seguinte:


“Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das Aziendas.”
A complementação apresentada por Frederico Hermann Junior contém a seguinte
conceituação:

“contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das aziendas, em seus


aspectos estáticos e em suas variações, para enunciar, por meio de fórmulas racionalmente
deduzidas, os efeitos da administração sobre a formação e a distribuição dos
reditos.”(rendimento ou produto do capital ou do trabalho)

Entende-se, nos tempos atuais, a Contabilidade como uma técnica capaz de produzir,
com oportunidade e fidedignidade, relatórios que sirvam à administração no processo de
produzidos por esses atos de gestão no patrimônio da entidade.
A Contabilidade Pública, como uma das divisões da Ciência Contábil, obviamente,
recebeu conceituações diversas dessas mesmas escolas; entretanto, sendo possuidora de
características especiais, que devem ser observadas e controladas, mereceu um estudo da
Divisão de Inspeção da Contabilidade – Contadoria do Estado, em 1954, tendo chegado à
seguinte:

“é o ramo da contabilidade que estuda, orienta, controla e demonstra a organização


e execução da Fazenda Pública; o patrimônio público e suas variações.”

A contabilidade pública é o ramo da Ciência Contábil que aplica na Administração


Pública as técnicas de registro dos atos e fatos administrativo, apurando resultados e
elaborando relatórios periódicos, levando em conta as normas de Direito Financeiro (Lei nº
4.320/64), os princípios gerais de finanças públicas e os princípios de contabilidade.
A contabilidade Pública estuda, registra, controla e demonstra o orçamento
aprovado e acompanha a sua execução (art. 78 do Decreto- Lei nº 200/67: “O
acompanhamento da execução orçamentária será feito pelos órgãos de contabilização.”), os
atos e fatos administrativos da Fazenda Pública, o pratimônio público e suas variações.
“ a contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar
os resultados da gestão.” (art. 79 do Decreto-Lei nº 200/67).
A contabilidade Pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa
estabelecidas no orçamento público aprovado para o exercício, escritura a execução
orçamentária, faz a comparação entre a previsão e a realização das receitas e despesas,
controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores, os créditos e as obrigações, revela
as variações patrimoniais e demonstra o valor do patrimônio.
A contabilidade será organizada de modo a permitir o acompanhamento da execução
orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos
serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais a análise e interpretação dos
resultados econômicos e financeiros (Lei nº 4.320/64, art. 85).
“A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos,
de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a
ela pertencentes ou confiados” (art. 83 da Lei nº 4.320/64).

69
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Como procuraremos demonstrar, esse conceito, feito de forma abrangente, ainda está
perfeitamente adequado e atende plenamente às normas legais vigentes, e o atendimento
desses objetivos é feito pela utilização de contas, através das quais são escriturados os atos e
os fatos administrativos.
Através das contas, a contabilidade faz evidenciar a “situação de todos quantos, de
qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens
pertencentes ou confiados á Fazenda Pública”.
Portanto a contabilidade serve-se das contas para os registros, os controles e as
análises de fatos administrativos ocorridos na administração Pública e “a escrituração
contábil das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas
dobradas”.
O método das partidas dobradas foi criado pelo frei Luca Paccioli, em 1494, através
da obra “Summa Aritmética”, e baseia-se no princípio de que haja pelo menos uma conta
devedora em contrapartida com uma ou mais contas credoras. Ou. O inverso, uma ou mais
contas devedoras em contrapartida com pelo menos uma conta credora.

Objeto

O objeto da contabilidade, em seu sentido amplo, é patrimônio constituído por bens,


direitos e obrigações vinculados a uma entidade (pessoa física ou jurídica). Dentro dessa
ótica, podemos definir o objeto da contabilidade praticada por entidades privadas, como
sendo o patrimônio privado, de propriedade de cada empresa.
Na área pública, deve ser considerado como patrimônio a ser controlado
(contabilizado) à característica de uso restrito, específico e não generalizado, de
propriedade dessas entidades. Além disso, como são dotados de personalidade jurídica,
podem adquirir direitos sobre bens e valores a receber e assumir obrigações a pagar. Esses
elementos patrimoniais também devem ser contabilizados, ou seja, revelados pelos
demonstrativos contábeis levantados.
Os bens públicos de uso geral e indiscriminado por parte da população, como por
exemplo: rodovias, praças, viadutos, quadras esportivas, etc., não são contabilizados (objeto
da Contabilidade Pública) pelos órgãos encarregados de sua construção e/ou manutenção,
apesar de terem sido utilizados recursos de bens públicos. Contabiliza-se, nesses casos,
apenas os gastos realizados com a sua construção, manutenção e conservação, sem
incorporar ao ativo público nenhum valor.
Dessa forma,apenas os bens, direitos e obrigações de propriedade e uso exclusivo
como a peça autorizada para arrecadação de recursos financeiros (receitas) e realização de
gastos (despesas). Também é objeto da contabilidade pública o orçamento público,
entendido como a peça autorizada para arrecadação de recursos financeiros (receitas) e
realização de gastos (despesas). A preocupação da Lei orçamentária reside no montante de
recursos que deverão ser desembolsados pelos órgãos, representados pelo título de
“despesas“, na realização de seus programas de trabalho (tarefas), identificando (fixando) o
montante de cada uma dessas aplicações. Portanto, para o orçamento, todo o ingresso de
recursos financeiros autorizados é considerado (intitulado) RECEITA, e todo o desembolso,

70
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

quer de imediato ou no futuro, de recursos financeiros autorizados é considerado


(intitulado) DESPESA.
Para a Ciência Contábil, nem todo ingresso de recursos financeiro é receita efetiva e
nem todo desembolso de recursos financeiros é despesas efetiva. Evidentemente, nem
sempre coincidirão os conceitos científicos com os preceitos legais. Então, algumas receitas
e despesas orçamentárias não serão consideradas efetivas, conforme entendimento da
Ciência Contábil. De principio, podemos afirmar que todas as receitas e despesas correntes
são receitas e despesas efetivas. Enquanto que as receitas e despesas de capital são meras
permutações de itens patrimoniais.
Quase tudo na área pública tem origem no orçamento. Dada a importância que o
orçamento tem, a contabilidade Pública concentra muito de sua atenção no registro do
orçamento aprovado e , principalmente, no acompanhamento da execução orçamentária.
Finalmente em razão do disposto no art. 87 da Lei nº 4.320/64, que diz: “Haverá
controle contábil dos direitos e obrigações oriundos de ajustes ou contratos em que a
Administração pública for parte”; e também do disposto no art. 105 § 5º. “nas contas de
compensação serão registrados os bens, valores, obrigações... que, mediata tem também,
como um dos seus objetivos, os atos administrativos tais como contratos, convênios, avais,
finanças, cauções, etc.

Campo de aplicação

O campo de aplicação da Contabilidade Pública é essencialmente o das pessoas


jurídicas de Direito Público – União, Estados e Distritos Federal, e Municípios, e suas
autarquias -, bem como o de algumas de suas entidades vinculadas – fundações públicas e
empresas públicas, estas pelo menos quando utilizam recursos à conta do Orçamento
Público. Note-se que todas elas são entidades públicas, no sentido de estarem vinculadas à
estrutura da Administração e sujeitas a seu controle. Como se pode observa, não estão
incluídas nesse conjunto as sociedades de economia mista e outras constituídas segundo
as normas do Direito Privado, que têm participação de particulares, ainda que minoritária.
Segundo o Decreto-lei nº 200, de 25-2-67, art. 4º, último diploma legal tratando de
forma abrangente do assunto, a administração federal (tratamento extensivo às de mais
esferas) compreende a administração direta (núcleo da administração) e a indireta que
compreende as autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mistas fundações
públicas (estas reintroduzidas definitivamente por meio da lei nº 7.596, de 10-4-87).
Autarquia é o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,
patrimônio e receita próprios para executar atividades típicas da administração pública,
que requeriam, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
com patrimônio próprio e capital exclusivo da União (o mesmo valendo para as demais
esferas), criada por lei para a exploração de atividade econômica que o governo seja levado
a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se
de qualquer das formas admitidas em direito (com a redação do Decreto-lei nº 900, de
29-969, que também excluiu a possibilidade de outras entidades da administração indireta
serem detentoras do capital das empresas públicas).
71
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de


direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob forma de
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, a União (ou
Estados, Distrito Federal e Município) ou à entidade da administração indireta (também
com a redação o Decreto-lei nº 900/69), mas somente à União,em caráter permanente,
quando a atividade for submetida a regime de monopólio estatal.
Fundação pública – de acordo com a lei nº 7.596/87 – é a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de
autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por
órgãos ou entidades de direto público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União
(ou das demais esferas) e de outras fontes.
Outros tipos de entidades sob controle estatal, que não as enquadradas nos quatro
tipos antes descritos, mesmo não integrando a estrutura da administração sttricto sensu,
podem não adotar a Contabilidade Pública, o que não as exime do controle exercido pelo
poder Público, em particular os controles interno e externo.

Abrangência

Convém ainda uma vez ressaltar que a Contabilidade Pública utiliza-se dessa
metodologia especial de escrituração,porém, deve ser obrigatoriamente praticada pelas
entidades públicas, ou seja, aquelas de direito público interno, como a União, os Estados, o
Distrito Federal, os municípios e suas respectivas entidades autárquicas.
Como procuramos demonstrar na organização dos serviços públicos e da
administração pública, deve-se entender ainda, como autênticas autarquias territoriais
pertencentes à administração federal (União), os Territórios e, por isso, também sujeitos à
prática da Contabilidade Pública.
A Contabilidade Pública não deve ser entendida apenas como destinada ao registro e
escrituração contábil, mas também à observação da legalidade dos atos da execução
orçamentária, através do controle e acompanhamento, que será prévio, concomitante e
subseqüente, além de verificar a exata observância dos limites das cotas trimestrais
atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que for instituído para esse fim.
Portanto na administração pública, os serviços de contabilidade devem ser
organizados de forma que seja permitido o acompanhamento da execução orçamentária
desde o seu inicio, registrando os limites das cotas trimestrais atribuías a cada unidade
orçamentária e controlando e acompanhando, à medida que ela for se desenvolvendo.
Deve também verificar a legalidade dos atos de execução orçamentária,como sejam:
se o empenho da despesa obedeceu à legislação vigente, relativa à licitação, autorização
competente; se não se trata de despesa já realizada etc.; se na liquidação da despesa foram
atendidos todos os aspectos da legislação sobre o assunto; se a ordem de pagamento foi
exarada em documentos processados pelo serviço de contabilidade e se determinação para o
pagamento da despesa foi despachada pela autoridade competente.
Obviamente, para proceder à verificação da legalidade dos atos da execução
orçamentária, prévia, concomitante e subseqüente, há necessidade de se conhecer quando o
empenho, a liquidação e a ordem de pagamento da despesa foram legalmente formalizados;
72
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

daí por que cabe à Contabilidade Pública o estudo dos vários aspectos que envolvem a
execução orçamentária e financeira da receita e da despesa pública e toda a gama de
repercussões que por ela é produzida. Por isso, serão apresentados em capítulos especiais,
através de uma abordagem abrangente, onde procuraremos expor todos os aspectos
indispensáveis à boa compreensão dos assuntos.

Legislação

A aplicação dos recursos por partes dos órgãos e entidades sob controle estatal está
sujeita a uma programação especifica (do orçamento público e das diversas estatais) e a
controles escritos. Daí a necessidade de padronização do sistema de registros das operações.
Além de um plano de contas único, pelo menos para cada esfera da administração, os
demonstrativos contábeis também são obrigatórios e padronizados.
No interesse público, as atividades no âmbito dos Poderes Públicos estão sempre
sujeitas a normas e procedimentos que os diferenciam da iniciativa privada, de tal modo que
só o que está expressamente permitido é que pode ser feito, e não o que não está proibido.
É relevante destacar que lei complementar sobre Finanças Públicas prevista na
Constituição Federal – art. 165, § 9º - até hoje não foi aprovada. Mencionada lei deverá:
• Dispor sobre o exercício financeiro, a vigência sobre Financias Públicas
prevista na ganização do plano plurianal, da lei de diretrizes orçamentárias da
lei orçamentária anual; e
• Estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta
e indireta, bem como condições para a instituição e o funcionamento de
fundos.

A contabilização dos atos e fatos administrativos, bem como a elaboração dos


balanços e demonstrativos contábeis e orçamentários, obedecem às normas gerais estatuídas
pela Lei nº 4.320, de 17/3/64, o Decreto-Lei nº 200, de 25/2/67, o Decreto nº 93.872, de
23/12/86 e suas respectivas alterações e Instrução Normativa nº 8/96, da Secretaria do
Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, bem como aos demais atos normativos e
regulamentos dos demais poderes, níveis de governo e até instruções internas de órgãos,
dentro de suas esferas de competência, desde que não firam os dispositivos legais de
hierarquia maior.
Recomendamos a leitura completa das normas acima mencionadas, especialmente os
artigos que indicam na relação abaixo, por disciplinarem os procedimentos relativos à
contabilidade:
a) Lei nº 4,320/64 – Estatui normas gerais de direito financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal:
 Do exercício financeiro: arts. 34 a 39;
 Da contabilidade: arts. 83 a 89;
 Da contabilidade orçamentária e financeira: arts. 90 a 93;
 Da contabilidade patrimonial: arts. 94 a 100
 Dos balanços: arts. 101 a 106;
73
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

 Das autarquias e outras entidades: arts. 107 a 110.


A lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, foi recepcionada pela constituição de 1988 como lei
complementar. É ela que estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e
controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos Municípios e do distrito
federal. Ainda é o diploma básico aplicável, não obstante o tempo e as mudanças ocorridas
ao longo destas quase quatro décadas, inclusive na abordagem teórica e técnica da
contabilidade e da legislação das sociedades por ações – Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de
1976 ( substituído recentemente).
A Constituição de 1988, no § 9º do art. 165, define como complementar a lei que:
• Dispuser sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianal, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual; e
• Estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta, bem como condições para a instituição e o funcionamento de
fundos.
O projeto elaborado pela Comissão Mista de planos, Orçamentários Públicos e
fiscalização ganhou um substantivo na Comissão de Finanças e Tributação da câmara dos
Deputados e, agora, permanece para votação na Comissão de Constituição e Justiça e de
Redação. Simultaneamente, foi aprovado outro projeto, que resultou na atual Lei de
Responsabilidade fiscal, esta incorporando inovações que deveriam estar inseridas na lei
complementar a quase refere o art. 165,§ 9º. Várias modificações foram sendo efetuadas ao
longo do período, por meio de dispositivos de leis ordinárias.
Sem duvida, ainda que a Lei nº 4.320/64 possa ser considerada uma das poucas boas
leis aprovadas no Brasil nestas últimas décadas, pelo menos a terminologia utilizada
sistemática adotada na execução orçamentária e financeira, estão a exigir uma revisão
profunda do mencionado diploma legal, isto para não falar da própria concepção de
planejamento/orçamento, inserida na Constituição de1988, como um sistema integrado e
abrangente de gestão pública.

b) Decreto-Lei nº 200/67 – Dispõe sobre a organização da


Administração Federal, Estabelece diretrizes para a Reforma
Administrativa e dá outras providencias:
 Das normas de administração financeira e de contabilidade:
arts. 68 a 93.

Avaliação de Itens Patrimoniais

A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá às regras seguintes, definidas pelo


art. 106, da Lei nº 4.320/64:
I- os créditos e débitos, bem como os títulos de renda pelo seu valor nominal,
feita a conversão quando em moeda estrangeira à taxa de câmbio em vigor na
data do balanço.
II- os bens móveis e imóveis serão avaliados pelo valor de aquisição ou pelo
custo de construção ou produção.

74
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

III- os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.


Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda
estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional.
As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie
serão levados à conta patrimonial, ou seja, deverão ser revelados, demonstrados em contas
de variação ativa e passiva.
Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

Regimes Contábeis

Aqueles princípios considerados de profunda validade, e que têm conseguido


ultrapassar a análise e estudos feitos em atendimento ao processo evolutivo relatado,
transformaram-se em utilidades perenes, de uso constante e até obrigatório, passando a
constituir-se em regime.
Por conseguinte, regime contábil define-se como um sistema de escrituração contábil.
Presupõe-se, portanto, que os regimes contábeis de escrituração tenham sido considerados
úteis pelo consenso profissional, de tal sorte que o seu uso seja constante e até obrigatório.
Toda essa explanação tem objetiva de melhor orientar no entendimento de alguns
artigos da Lei nº 4.320/64, que se referem ao exercício financeiro a ser obedecido pelas
entidades da administração Pública.
Primeiramente, vamos abordar um artigo da citada lei, que diz o seguinte: “o
exercício financeiro coincidirá com o ano civil”. “O exercício financeiro coincidirá com o
ano civil”, isto é, começa em 1º de janeiro e encerra-se em 31 de dezembro de cada ano,
conforme estabelecido pelo art. 34 da Lei nº 4.320/64, fazendo com que haja
compatibilidade com o principio da anualidade orçamentária, de forma que possam ser
elaborados demonstrativos simultâneos sobre a execução orçamentária, financeira e
patrimonial em uma mesma data, que é o final de cada ano.

Exercício financeiro é o período de tempo durante o qual se exercem todas as


atividades administrativas e financeiras relativas à execução do orçamento. Pode, por
conseguinte, englobar o ano financeiro e o período adicional ou ocorrer como no Brasil,
onde o exercício financeiro coincide com o ano civil, não existindo o período adicional, e
os termos exercício financeiro e ano financeiro possuem o mesmo significado.

Para bem compreendemos essas disposições, já fizemos uma breve explicação sobre
o exercício financeiro e, agora, passaremos a abordar os regimes contábeis de escrituração
que, acreditamos, esclarecerão convenientemente o assunto.
A escrituração contábil do exercício financeiro, especificamente,no que se relaciona
com as receitas e despesas, pode ser elaborada pelo regime de gestão anual, também
denominado regime financeiro, mais comumente, ainda, conhecido como caixa e pelo
regime de competência ou exercício.
Alguns consideram como princípio e não como regime a escrituração contábil do
regime financeiro de caixa ou de competência. Aliás, já descrevemos minuciosamente sobre
o assunto e, por serem considerados de uso constante, e no caso da Contabilidade Pública,

75
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

obrigatória, tornarem-se sistemas de escrituração contábeis e intitulados de regimes


contábeis.

Regime Contábil Adotado no Brasil

O regime contábil para apuração de resultados, adotado no Brasil, para a Contabilidade


Pública é o REGIME MISTO, isto é, adota-se ao mesmo tempo o regime de caixa e o de
competência.
O regime misto é consagrado em nossa legislação que trata do Direito Financeiro
pelo art. 35 da Lei Federal nº 4.320, de 17/3/64, que dispõe:

“Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I. as receitas nele arrecadadas; e
II. as despesas nele legalmente empenhadas.”

Para a compreensão do conteúdo deste artigo da Lei, conclui-se facilmente que as


receitas e despesas orçamentárias deverão ser tratadas considerando o regime de caixa na
contabilização da receita,enquanto que a despesa é apropriada pelo regime de competência,
caracterizando a adoção do regime misto.
Observa-se, então, o aspecto prudente do legislador, estabelecendo que os órgãos
apenas devem contar com recursos para financiar seus gastos, após o efetivo ingresso dos
mesmos nos cofres públicos.
Quanto à despesa pública, a sua apropriação ocorre tendo como fato gerador o
empenho, independente de seu pagamento e ainda que os serviços e os bens solicitados não
tenham sido recebidos, até o final do ano.
Esse é o entendimento geral, da maioria dos autores. Entretanto, devemos alertar para
o seguinte detalhe: a Lei nº 4.320/64, em seus art. 35(transcrito anteriormente) e 36 caput,
que diz: “Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31
de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas”, disciplinou o momento
do reconhecimento da despesa orçamentária, ao final do exercício, ou seja, 31 de dezembro
de cada ano.
Durante o exercício financeiro, conforme o art. 58 da lei nº 4.320/64 “o empenho de
despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição”, as despesas somente devem ser
apropriadas quando verificado o implemento de condição do empenho: recebimento de bens
e serviços, que coincide com a segunda fase da execução da despesa orçamentária chamada
de liquidação (entendida como o momento do: atesto, conferência; e não como o da
quitação).
Outra razão para não se registrar a despesa orçamentária, durante o exercício
financeiro, no momento da emissão do empenho, é o fato da Lei nº 4.320/64 disciplinar no
art. 60 que é vedada a realização de despesa sem prévio empenho, isto é, antes de se iniciar
a realização da despesa deverá ter sido emitido empenho.
Portanto, a receita será registrada em qualquer época do ano no momento da
arrecadação, quando os recursos financeiros se tornarem disponíveis para os cofres do
Tesouro Público. Já a despesa segue o seguinte procedimento:
76
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

- durante o ano, deverá ser apropriada quando ocorre o estágio da liquidação,


correspondendo ao recebimento de bens e serviços;
- ao final do ano, em 31/12, deverá ser apropriado, também como despesa, o
saldo de empenhos emitidos e não liquidados, ou seja, em momento anterior ao do
recebimento efetivo dos bens e serviços.

Podemos comparar, agora, o preceito do art. 35 da Lei nº 4.320/64 com a


recomendação da boa técnica contábil, que diz, por regra geral, que as despesas devem ser
registradas tendo como fato gerador o consumo de bens e serviços. Quanto aos gastos
efetuados com serviços, não há divergência entre os dois (legislador e contador), posto que
os serviços devem ser considerados como despesas no momento de seu recebimento,
quando se dá o consumo. Porém, em relação aos bens de consumo ou permanentes, existe
um distanciamento entre os dois, posto que se trata de fatos permutativos. Alei obriga o
registro da despesa orçamentária, quando da verificação do implemento de condição que
consiste no fato de atestar o recebimento desses elementos, conforme discriminado no
empenho. Nesse momento, é que surge a obrigação de pagar do órgão público em
contrapartida à despesa orçamentária; e, simultaneamente, surge o direito a receber no
patrimônio do fornecedor de bens.
De um lado, temos o contador público registrando uma obrigação a pagar ao
fornecedor e, no mesmo momento, temos de outro lado a contabilidade empresarial
registrando um direito a receber do órgão público.
Perceba que, para a ciência contábil, a despesa só poderia ser reconhecida quanto da
constatação de que bens foram consumidos.
Para atender à lei, a Contabilidade Pública re4gistra a despesa orçamentária, afetando
negativamente o resultado do exercício, mas em compensação reconhece uma variação
patrimonial positiva, que tem feito aumentativo no resultado, anulando o efeito diminutivo,
também no resultado, provocado pelo registro da despesa. Isso ocorre apenas com as
despesas não efetivas, já estaduais em capítulo próprio.
A despesa é registrada, atendendo aos mandamentos legais, e o principio contábil da
competência é respeito também, com a utilização do mecanismo de compensar o efeito
negativo da despesa (que é indevido para a ciência contábil, pois trata-se de um fato
permutativo) com efeito positivo da variação patrimonial aumentativa no resultado.
O mesmo procedimento é adotado para o registro da receita orçamentária não
efetiva, tais como as que surgem pela conversão em espécie de bens e direitos (porque
provocam aumento e diminuição de ativo simultaneamente) e pela contração de dívidas
decorrentes de operação de credito (porque provocam, concomitantemente, aumento de
ativo e de passivo), ambos originados de fatos permutativos. A compensação, nesse caso, se
dá com o emprego de contas de efeito diminutivo no resultado chamadas de variação
patrimoniais negativas. Observe que isso somente ocorre com as receitas não efetivas
examinadas em capítulos anterior.

Procurando a esta altura analisar os conceitos expedidos em relação aos incisos I e II


do mencionado artigo da Lei nº 4..320/64, para determinar qual é o regime adotado pela
administração pública no Brasil, vamos aborda-los individualmente, como seja:
77
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

a) pelo texto legal devem pertencer ao exercício financeiro “as receitas nele
arrecadadas”, isto quer dizer que em relações ao regime contábil de
escrituração, deveremos utilizar o chamado “regime de caixa”, pois só deve
ser considerada a receita que for efetivamente arrecada no exercício;
b) e, com relação às despesas, diz o texto que devem pertencer ao exercício
financeiro “as despesas nele legalmente empenhadas” , o que nos leva a
inferir, em termos de regime de escrituração contábil, tratar-se do “regime de
competência”, uma vez que a despesa é atribuída e apropriada ao exercício, de
acordo com sua real incidência, ou seja,de acordo com a data do fato gerador.
No caso da despesa, o fato gerador é o empenho, pois é ele que cria para o
Estado a obrigação de pagamento.

Concluindo podemos dizer que, no Brasil, a administração pública deve adotar o


regime contábil de escrituração Misto, ou seja, o regime de caixa para a arrecadação das
receitas e o regime de competência para a realização das despesas.

Campo de atuação

A contabilidade Pública é um dos ramos mais complexos da ciência contábil e tem


por objetivo captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as
situações orçamentárias, financeiras e patrimoniais das entidades de direito público interno,
ou seja União, Estados, Distrito federal e Municípios e respectivas autarquias, através de
metodologia especialmente concebida para tal, que utiliza-se de contas escrituradas nos
seguintes Sistemas de Contabilização:

a) Sistema Orçamentário;
b) Sistema Financeiro;
c) Sistema Patrimonial; e
d) Sistema de Compensação.

Na área privada, as contas são utilizadas indistintamente num lançamento


Contábil sem a preocupação com a sua natureza, posto que são levantados demonstrativos,
em que se apuram seus saldos, com a utilização de todas as contas. Na Contabilidade
Pública, devemos nos preocupar com a natureza das contas,que não podem ser
contrapartidas indiscriminadamente umas das outras, posto que há quatro grupos de contas
distinguidos por sua natureza. Dessa forma, temos contas financeiras, contas patrimoniais,
contas de compensação e, ainda, contas orçamentárias, tendo cada grupo finalidades
especiais. Em cada grupo de contas citado acima, devemos manter o equilíbrio entre débito
e crédito, o que provoca a necessidade de se utilizar contas de um mesmo grupo em
contrapartida num mesmo lançamento contábil. Em suma a regra de utilização das contas é
a seguinte: dependendo do fato contábil a ser registrado, se a conta a ser debitada é
financeira, a conta a ser creditada tem que ser financeira; se a conta a ser debitada é
patrimonial, a conta a ser creditada tem que ser patrimonial; e assim por diante.

78
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Alias, a estruturação de contas, nos sistemas descritos, é feita para atender à


legislação relativa às normas de direito financeiro, ou seja, normas gerais de Orçamento e de
contabilidade Pública, a saber:

“Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitir o


acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a
determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a
análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros”.

Sistema Orçamentário

Evidencia o registro contábil da receita e a despesa, de acordo com as especificações


constantes da Lei de Orçamento dos Créditos Adicionais, assim como o montante dos
créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos
mesmos créditos, e as dotações disponíveis, ou seja , no final do exercício apresenta os
resultados comparativos entre a previsão e a execução orçamentária, registrada.
O sistema orçamentário controla todas as receitas e despesas movimentadas pelo
Estado em decorrência da lei orçamentária.
Essa distribuição nos três sistemas é rígida e permite a qualquer
momento o levantamento de balancetes de verificação inteiramente independentes do
sistema financeiro, patrimonial e orçamentário. É como se fossem três entidades distintas,
muito embora os seus registros se processem num mesmo livro diário.
Assim, esquematizando a movimentação de cada sistema, podemos estabelecer o
seguinte quadro, com suas principais características de ordem legal e de ordem técnica:

1. Registro das estimativas da receita ao início de cada exercício, com base na


Lei de Orçamento.
2. Registro da despesa autorizada, ao início de cada exercício, com base no
orçamento ou nos créditos adicionais.
3. Baixas da receita orçamentária arrecadada, controlando a posição da receita
prevista.
4. Controle da despesa empenhada, mediante dedução no valor dos créditos
disponíveis e apuração, no final do exercício, dos Restos a pagar a serem
inscritos como depósito.
5. Baixa da despesa paga, para acompanhar a execução da despesa e apontar,ao
final, as eventuais economias orçamentárias.
6. Apuração ao término do exercício, da parte lançada da receita orçamentária,
cuja não-arrecadação ensejará o ajuizamento na Dívida Ativa e cujo valor era
inscrito no sistema patrimonial.
7. Sistema idêntico às contas de compensação, que são encerradas, entre si, ao
fim de cada ano, pela reversão dos saldos apurados, demonstrando, quanto à
receita, se houve excedente ou não sobre a previsão afetuada e, quanto à
despesa, se esta foi totalmente absorvida ou se houve economias.

79
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Sistema Financeiro

Engloba todas as operações que resultem débitos e créditos de natureza financeira,


não só das compreendidas, como também das não compreendidas na execução
orçamentária, que serão objeto de registro e controle contábil, apresentando no final do
exercício o resultado financeiro apurado.
O sistema financeiro controla o movimento financeiro da Fazenda Pública, registrando
recebimentos e pagamentos,tanto orçamentários como extra-orçamentarios, demonstrando
as disponibilidades existentes.

1. Registro dos ingressos recebidos, tanto de natureza orçamentária como extra-


orçamentária.
2. Registro de todos os desembolsos , tanto orçamentários como extra-
orçamentários.
3. O registro dos ingressos e desembolsos orçamentários permite que
simultaneamente sejam efetuados as baixas no sistema orçamentário.
4. Encerramento, ao fim de cada ano, das contas orçamentárias de receita e
despesa, com transferência ao sistema patrimonial para a apuração do
resultado econômico do exercício.
5. Transferências para o sistema patrimonial de possíveis oscilações que tenham
nele influído, por força da execução orçamentária (restabelecimento de Restos
a Pagar).
6. Sistema composto de contas de resultado (orçamentárias) e contas extra.-
orçamentárias, que formação o Ativo e Passivo Financeiro.

Sistema Patrimonial

Registra analiticamente todos o bens de caráter permanente, com indicação dos


elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes
responsáveis pela sua guarda e administração, bem como mantém registro sintético dos bens
móveis e imóveis. As alterações da situação líquida patrimonial que abrangem os resultados
a execução orçamentária, assim como as variações independentes dessa execução e as
superveniências e insubsistências ativas e passivas constituirão elementos do sistema
patrimonial. Deverá apresentar, no final do exercício o resultado da gestão econômica.
O sistema patrimonial registra todo o movimento que ocorra em virtude da própria
execução orçamentária e financeira.

1. Registro do Ativo Permanente e Passivo Permanente do Estado.


2. Controle dos Bens e Valores do Estado, inclusive bens terceiros que estejam
de posse do Estado (Títulos).
3. Acompanhamento físico dos bens, direitos e obrigações por focas de
inventário que valide os registros efetuados.
4. Identificação da movimentação do patrimônio e de suas origens, sejam
decorrentes ou não da execução orçamentária.

80
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Sistema Compensado

Registra e movimenta as contas representativas de direitos e obrigações, geralmente


decorrentes de contratos, convênios ou ajustes. Muito embora seja um sistema escriturado
com elaboração de balancetes mensais, independentes, a Lei Federal nº 4.320/64 o
considerou, simplesmente, como contas de compensação e , quando forem elaborados os
balanços, no final do exercício, os saldos de suas serão incluídos no balanço do sistema
patrimonial.

81
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Balanços Públicos

Considerações

Os Balanços Públicos possuem uma característica muito própria de apresentação, até


sua elaboração está baseada na escrituração dos atos e fatos das entidades públicas e
obedece às condições, metodologia e regras consubstanciadas na Contabilidade Pública.
Por sua vez, a Contabilidade Pública, está estruturada e organizada em Sistemas
específicos, como Orçamentário, Financeiro Patrimonial e contas de compensação, para
melhor atender aos aspectos legais, regulamentares e técnicos.
Em razão da organização em que está estruturada a Contabilidade Pública, para
refletir os resultados dos atos e fatos praticados pelas entidades públicas, são apresentadas
quatro peças denominadas balanço orçamentário, balanço financeiro, balanço patrimonial e
demonstração das variações patrimoniais.
A fim de esclarecer, é óbvio que cada uma dessas peças refletirá um resultado,
correspondente à movimentação ocorrida no período a que se referir.
Deve-se considerar, ainda, que além das quatro peças correspondentes aos balanços
orçamentário, financeiro e patrimonial e à demonstração das variações patrimoniais, para se
conhecer melhor a sua composição, outras existem para demonstrar com detalhes as
discriminações e especificações necessárias ao entendimento e esclarecimento de seu
conteúdo , o que é feito por meio de Anexos,que a Lei nº 4.320/64 instituiu como
“Demonstrativos e Comparativos”.
Portanto, ao se proceder a analise ou interpretação dos balanços públicos, há que se
atentar sempre para as características intrínsecas relativas aos aspectos legais,
regulamentares e técnicos, já apontados, e também levar em consideração as questões que
dizem respeito à estrutura e composição dessas peças, pois o entendimento desses fatores
será de fundamental importância.
A esta altura, esperamos ter deixado claro que, além dos balanços, em razão de sua
apresentação ser feita de forma concisa, por grandes grupos de contas, para se buscar maior
grau de segurança, ao mesmo tempo, adquirir melhores condições para sua leitura e
interpretação, necessária será a verificação dos demonstrativos em que são discriminadas as
receitas e despesas orçamentárias, além de outros que deverão esta sendo anexados.

Da Estrutura

Os balanços públicos na realidade, são apresentados por um conjunto de quatro


peças: o balanço orçamentário, o balanço financeiro, o balanço patrimonial e a
demonstração das variações patrimoniais; cada uma dessas peças apresentará a
movimentação ocorrida, bem como o resultado correspondente, relativo ao exercício a que
se refere.
Em razão de os balanços e de demonstração das variações patrimoniais apresentarem
os resultados de forma resumida, também existe uma série de anexos que foram instituídos
82
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

por lei, com o intuito de fornecerem o conhecimento necessário por meio da apresentação
do detalhamento e discriminação dos dados constantes daquelas peças, que, no caso, serão
de grande valia para o desenvolvimento do trabalho de análise e interpretação dos
resultados.

Do Balanço Orçamentário

Iniciamos a abordagem da estrutura dos balanços década sistema de per si pelo


sistema orçamentário, cujo balanço, de acordo com art. 102 da Lei nº 4.320/64,
“demonstrara as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas”.
Outrossim, podemos conceituar balanço orçamentário como um quadro de
contabilidade com duas seções, em que se distribuem não só as “receitas previstas” no
orçamento, como também as “ realizadas” e, identicamente, as “despesas fixadas” e as
realizadas”, igualando-se as somas opostas com os resultados, o previsto e o realizado, e o
déficit ou superávit..
O balanço orçamentário deve ser elaborado obedecendo-se a um modelo agregado à
Lei nº 4.320/64, na qual se apresenta como Anexo nº 12, conforme a seguinte configuração:

Anexo nº 12 (Lei nº 4.320/64)

BALAÇO ORÇAMENTÁRIO
RECEITA DESPESA
Títulos Previ- Exe- Dife- Títulos Fixação Execução Diferença
São cução Renças s
Receitas CREDITOS
Correntes ORÇAMENTÁRIOS E
Receita SUPLEMENTARES
Tributária CRÉDITOS ESPECIAIS
Receita CREDITOS
Patrimonial EXTRAORDINÁRIOS
Receita
Industrial
Transferências
Correntes
Receitas
Diversas
Receitas de
Capital

SOMA SOMA
DÉFICITS SUPERÁVIT
TOTAL TOTAL

Conforme de observa no Anexo nº 12 apresentado, o balanço orçamentário está


estruturado em um quadro com duas seções, uma de “receita” e outra de “despesa”, e
cada uma delas apresenta três colunas:

83
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

 Na seção da receita, a primeira coluna apresenta a receita prevista e, na seção da


despesa, a primeira coluna apresenta a despesa fixada;

 A segunda coluna refere-se à execução da receita, de um lado, e, também, à execução


da despesa, de outro; e
 Na terceira coluna, obeserva-se que, de um lado, ela corresponde à demonstração da
diferença ocorrida entre a despesa fixada e a executada, de outro.
Ao final de cada seção, tanto para a receita quanto para a despesa são apresentadas
três seções, para cada uma das três colunas (previsão, execução e diferença), identificadas
como Soma, Déficit e Total na seção da receita, e Soma, Superávit e Total, na parte da
despesa.
Ao tomar conhecimento dessa estrutura apresentada pelo balanço orçamentário,
preliminarmente atenta-se para o fato de que sua leitura e conseqüente interpretação devem
ser feitas considerando-se necessariamente:
• O relacionamento entre as colunas de previsão da receita com a de
fixação da despesa;
• O relacionamento entre as colunas de execução da receita com a de
execução da despesa; e
• A coluna diferença da seção da receita, que corresponde à diferença
entre a receita prevista e a executada, com relação à coluna de
diferença da seção da despesa, que corresponde à diferença entre a
despesa fixada e a executada.

Seguindo essa linha de raciocino, fatalmente se conseguiria com maior facilidade e


certeza chegar a uma leitura mais compreensível dos dados representados no balanço
orçamentário e, conseqüentemente, adquirir as condições desejáveis para se proceder à
análise e interpretação dos resultados apresentados.
A apresentação dos dados no balanço orçamentário, como acontece com a maioria
dos balanços das entidades públicas, segue um padrão de valores consolidados por grandes
grupos de contas que, relativamente às receitas, atendem à classificação econômica e as
fontes e, no que diz respeito às despesas, ao montante dos créditos suplementares
autorizados na lei de orçamento, ao montante dos créditos suplementares autorizados e
abertos, ao montante dos créditos especiais autorizados e abertos ou reabertos no exercício,
e ao montante dos créditos extraordinários abertos ou reabertos no exercício.
Pelo fato de esses dados serem apresentados de forma consolidada, para melhor
entendimento deve-se verificar o detalhamento desses valores que acabam sendo
apresentados em anexos, tanto para demonstrar a discriminação da receita, quanto para
demonstrar a discriminação da despesa.
No caso especifico dos anexos em que são apresentados os detalhes complementares
ao balanço orçamentário, devemos pelo menos verificar os quadros demonstrativos que
estarão constituídos no Anexo nº 1 – Demonstração da Receita e Despesa segundo as
categorias Econômicas; no Anexo nº 10 – Comparativo da Receita Orçada com a
Arrecadada; e no Anexo nº 11 – Comparativo da Despesa Autorizada com a Realizada.

84
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Do Balanço Financeiro

Na seqüência, trataremos do sistema financeiro. Podemos dizer que o balanço


financeiro é um quadro de contabilidade com duas seções “receita” e “despesa”, em que se
distribuem entradas e saídas de numerário, demonstram-se as operações de tesouraria e
dívida pública e igualam-se as duas somas com os “saldos de caixa” (disponível), o inicial e
o existente.
Tal como acontece nas imagens figurativas, o balanço financeiro poderia ser representado
como um grande cofre; no início do exercício sabemos quanto há nele guardado (em caixa/bancos)
e disponível. Na movimentação dinâmica que, fatalmente, ocorrerá durante o exercício financeiro,
tudo o que entrar em numerário ou deposito bancário será considerado Receita, quer de origem
orçamentária, quer de origem não orçamentária, e será acrescido aos valores já existentes no cofre;
em caso contrario, também por força dessa movimentação dinâmica, tudo o que for retirado do
cofre em numerário ou saque bancário será considerado Despesa e poderá ser de origem
orçamentária ou extra-orçamentária, e ser deduzido dos valores existentes no cofre. Evidentemente,
registrado todas essas movimentações, teremos a seguinte situação. Saldo inicial (exercício anterior)
+ entrada (receitas) - saídas (despesas) = saldo existente (que passa para o exercício seguinte).

Guardadas as devidas proporções,o que o balanço financeiro demonstra é exatamente


essa equação, ou seja, os movimentos ocorridos por meio das operações financeiras, pois “o
balanço financeiro demonstrará a receita e despesa orçamentárias bem como os
recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos
em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício
seguinte.
A Lei nº 4.320/64 apresenta o Anexo nº 13 que devera ser utilizado para constituir o
balanço financeiro, conforme modelo a seguir:

ANEXO Nº 13 (Lei nº 4.320/64)

BALANÇO FINANCEIRO
RECEITA DESPESA
Títulos R$ R$ R$ Títulos R$ R$ R$
85
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

ORÇAMENTARIA ORÇAMENTARIA
Receitas Correntes Legislativa
Receita Tributária Judiciária
Receita Patrimonial Administração e
Receita Industrial Planejamento
Transferências Agricultura
Correntes
Comunicação
Receitas Diversas
RECEItAS DE Defesa Nacional e
CAPITAL Segurança Pública
Desenvolvimento
EXTRA- Regional
ORÇAMENTARIA Educação e cultura
Rastros a pagar Energia e Recursos
(Contrapartida da Minerais
Despesa a Pagar) Habitação e
Serviço da Divida a Urbanismo
Pagar (Contrapartida Industria, Comércio
Da Despesa a Pagar)
E Serviço
Depósitos
Outras operações Relações Exteriores
SALDO DO Saúde e
EXERCÍCIO Saneamento
ANTERIOR
EXTRA
Disponível ORÇAMENTARIA
Caixa Rastos a Pagar
Bancos e Corres- (Pagos no Serviço)
Pondentes Serviço da Divida a
Exatores Pagar (pago)
Vinculados em
Depósitos
C/C Bancaria
Outras operações
SALDO DO
EXERCÍCIO
SEGUINTE
Disponível
Caixa
Bancos e
Correspondentes
Exatores
Vinculados em
C/C Bancaria
TOTAL TOTAL

O Balanço Financeiro,estruturalmente, como se observa, é um quadro com duas


seções, uma de “receita” e outra de “despesa”, que se igualam, computando-se os saldos do
exercício anterior, na parte da despesa.
No balanço financeiro devem ser demonstrados os “movimentos do exercício”, isto é
a somatória das operações realizadas por contas durantes o exercício, e não somente os
saldos das contas. Os únicos saldos que são apresentados nesse balanço são os

86
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

correspondentes às disponibilidades do exercício anterior e as que passam para o exercício


seguinte.
Como o balanço financeiro é apresentado com valores globais, para conhecer melhor
os detalhes de sua movimentação deve-se recorrer também aos Anexos nº 10 e 11, quadros
Comparativos da Receita Orçada com a Arrecadada e Quadro Comparativo da Despesa
Autorizada com a Arrecadada, que apresentam a movimentação da receita e despesa
orçamentárias, e ao Anexo sentadas as receitas e despesas extra-orçamentárias.
Para identificar o resultado financeiro apresentado por esse balanço, em termos de
superávit ou déficit financeiro, há duas maneiras de se proceder a apuração:

• Considerar o resultado de uma equação, em que se considera a soma


total das entradas (receita orçamentária, adicionada à receita extra-
orçamentária) subtraindo-se a soma total das saídas (despesa
orçamentária mais despesa extra-orçamentária); e o resultado será
superávit financeiro, se o saldo for positivo, déficit no caso de ser
negativo.
• Considerar a soma total do saldo que passa para o exercício seguinte e
subtrair a soma total do saldo do exercício anterior, o resultado será
superávit se o saldo for positivo, e déficit no caso de ser negativo.

Portanto o balanço financeiro, em relação à movimentação financeira ocorrida no


exercício, apresentará como resultado um superávit do ponto de vista financeiro, se a
somatória total das entradas (receitas ) for maior que a somatória total das saídas (despesas),
e um déficit também do ponto de vista financeiro, se somatória total das entradas (receitas )
for menor do que a somatória total das saídas (despesas), o que, em última instância,
demonstrará se houve acréscimo ou diminuição dos recursos financeiros.

87
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Do Balanço Patrimonial

Os registros pelos quais é demonstrada movimentação escriturada, relativos ao


sistema patrimonial, ocorrerão por meio de dois instrumentos, o balanço patrimonial e o
quadro da demonstração das variações patrimoniais.
Trataremos a seguir da movimentação registrada que deverá ser demonstrada no
balanço patrimonial, conforme consta do Anexo nº 14, da Leinº 4.320/64.

ANEXO Nº 14 (Lei nº4.320/64)

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Títulos R$ R$ R$ Títulos R$ R$ R$
ATIVO FINANCEIRO PASSIVO FINANCEIRO
Disponível Restos a pagar
Caixa Serviço da Divida a Pagar
Bancos e Correspondentes Depósitos
Exatores Débitos de Tesouraria
Vinculado em C/C Bancaria PASSIVO PERMANENTE
Realizável Divida Fundada
Interna
ATIVO PERMANENTE Em Títulos
Bens Moveis Por Contratos Diversos
Bens Imóveis Soma do Passivo Real
Bens de natureza Industrial
Créditos SALDO PATRIMONIAL
Valores Ativo Real Líquido
Diversos
Soma do Ativo Real PASSIVO COMPENSADO
SALDO PATRIMONIAL Contrapartida de Valores
Passivo Real Em Poder de Terceiros
Descoberto Contrapartida de Valores de
ATIVO COMPENSADO Terceiro
Valores em Poder de Contrapartida de Valores
Terceiros Nominais Emitidos
Valores de Terceiros Diversos
Valores Nominais Emitidos
Diversos

TOTAL GERAL TOTAL GERAL

88
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Como se pode observa, a estrutura do balanço patrimonial guarda estreita


conformidade com a apresentada para as empresas e entidades da iniciativa privada, e cuja
estrutura deve obedecer aos dispositivos da Lei nº 6.404 de 15-12-1976, havendo tão
somente algumas nomenclaturas de grupos de contas diferentes, mas que na essência se
referem a fatos semelhantes. Por exemplo, na Lei nº 6.404/76 consta um grupo com nome e
Ativo Circulante e na Lei nº 4.320/64, o grupo Ativo Financeiro,composto de contas que se
representam as demonstrações de fatos idênticos ou semelhantes.
E, nem poderia ser diferente, uma vez que:

“o patrimônio é o objeto da Contabilidade, pois sobre ele se exercem as funções


dessa ciência, que o estuda, o controla e o demonstra de forma expositiva, através das
demonstração contábeis, alcançando-se assim a finalidade informativa da
Contabilidade”.

O patrimônio em seu conceito clássico é considerado como “o conjunto de bens,


direitos e obrigações” pertencentes a pessoa física ou jurídica. A interpretação real desse
conceito leva-nos à seguinte ilação pratica: o patrimônio é composto pela somatória dos
bens mais os direitos (ativos) subtraindo-se as obrigações (passivo), possuídos por uma
pessoa física ou jurídica.
Essa interpretação é, ate certo ponto, lógica, pois não se pode compreender o
patrimônio como constituído apenas dos bens e dos direitos de uma pessoa (física ou
jurídica). Eles compõem a parte ativa do patrimônio, isto é a propriedade física dos bens
para uso ou movimentação, e os créditos ou valores a receber, realizáveis a curto médio ou
longos prazos em moedas corrente.
Obviamente, a parte passiva do patrimônio, ou seja, os compromisso assumidos que
devem compor esse conjunto. Não fora assim, haveria uma visão errônea do patrimônio e,
como conseqüência, da situação patrimonial das pessoas físicas ou jurídicas.
Patrimônio Público, por analogia, compreende o conjunto de bens, direitos e
obrigações, avaliáveis em moeda corrente, das entidades que compõem a administração
pública.
Consoante se verifica, fica bem claro, pela distribuição apresentada no balanço
patrimonial, que sua estrutura observa o conteúdo conceitual relativo ao pratimônio publico,
pois na parte correspondente à demonstração do Ativo, representado os bens e direitos,
vamos encontrar três grandes grupos de contas denominadas: ativo financeiro, ativo
permanente e ativo compensado. Há, ainda, a possibilidade de apresentação do saldo
patrimonial, quando se tratar de déficit patrimonial, por meio da conta denominada passivo
real descoberto.
A outra parte apresenta a demonstração do Passivo, que representa as obrigações que
integram o patrimônio; é constituída, também, por três grandes grupos de contas: passivo
financeiro, passivo permanente e passivo compensado. É possível, ainda, apresentar o saldo
patrimonial, quando se tratar se superávit patrimonial, por meio da conta denominada Ativo
Real Líquido.
Portanto, ao se observa o balanço patrimonial, verificamos a demonstração da
situação patrimonial determinado exercício, apresentada pelo saldo de grupos de contas e,
por conseguinte, por valores globais, que nos indicam que maiores detalhes e
89
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

esclarecimento devem ser apresentados nos Anexos nº 1, 10 e 11, relativos às questões


orçamentárias e financeiras e, nos Anexos nº 16 e 17, relativos às Demonstrações da Divida
Fundada Interna Externa e da Divida Flutuante, respectivamente.

Da Demonstração das variações patrimonial

A demonstração das variações patrimoniais evidencia as alterações verificadas no


patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária,e indica o resultado
patrimonial do exercício. Nela são demonstrados os registros do sistema patrimonial,
evidenciando a movimentação ocorrida no patrimônio, resultante de alterações nos valores
de qualquer dos elementos do patrimônio público, por alienação, aquisição, divida contraria,
divida liquida, depreciação ou valorização, amortização, superveniência, insubsistência,
efeitos da execução orçamentária e resultados do exercício financeiro.
Essa movimentação deve ser apresentada conforme depõe demonstrativo das
variações patrimoniais assemelha-se muito ao demonstrativo da conta de Lucros e Perdas
utilizado pelas empresas privadas, ate porque ambos de referem a apuração de resultados do
exercício, um do ponto de vista da movimentação comercial em termos de lucros e perdas.

90
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

ANEXO Nº 15 (Lei nº 4.320/64)

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS


VARIAÇÕES ATIVAS VARIAÇÕES PASSIVAS
Títulos R$ R$ R$ Títulos R$ R$ R$
RESULTANTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTARIA

RECEITA DESPESAS
ORÇAMENTARIA ORÇAMENTÁRIA
Receitas Correntes Despesas Correntes
Receitas Tributaria Despesas de Custeio
Receita Patrimonial Transferências Correntes
Receita Industrial Despesas de Capital
Transferências Investimentos
Correntes Inversões Financeiras
Receitas de Capital Transferências de Capital

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS

Aquisições de Bens Cobrança da Divida


Moveis Ativa
Construção e Alienações de Bens
Aquisição de Móveis
Bens Imóveis Alienações de Bens
Construção e Imóveis
Aquisição de Alienações de Bens de
Bens de Natureza Natureza Industrial
Industrial Alienação de Títulos e
Aquisição de Títulos e Valores
Valores Empréstimos Tomados
Empréstimos Recebimento de Créditos
Concedidos Diversos
Diversos
INDEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Inscrição da Divida Cancelamento da Divida


Ativa Ativa
Inscrição de Outros Encampação de Dividas
Créditos Passivas
Incorporação de Bens Diversas
(doações, legados etc.)
Cancelamento de
Dividas
Passivas
Diversas
Total das Variações Total das Variações
Ativas passivas
RESULTADO RESULTADO
PATRIMONIAL PATRIMONIAL
Déficit Verificado (se Superávit Verificado (se
for o for o caso)
caso)

TOTAL GERAL TOTAL GERAL

91
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Isto nos faz recordar o que foi exposto sobre o Balanço Patrimonial: os registros
contábeis que constituem o sistema patrimonial são apresentados por duas peças: o Balanço
Patrimonial e as Demonstrações das Variações Patrimoniais; nunca podemos esquecer,
porem que ambas se referem à escrituração contábil da movimentação patrimonial.
Segundo J. Texeira Jr. e Heraldo da Costa Reis,

“a Demonstração das Variações Patrimoniais não constitui anexo de balanço; ela é


integrante do balanço, pois a compreensão deste só se faz perfeita quando acompanhada
dela. Tal observação é válida também para a contabilidade das empresas, onde a
Demonstração de Lucros e Perdas integras o conteúdo do Balanço Geral”.

A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia as alterações que ocorrem no


patrimônio, ou seja apresenta as modificações registradas do ponto de vista contábil, em
duas seções: Variações Ativas e Variações Passivas.
As variações Ativas são alteradas que ocorrem nos elementos patrimoniais resultando
no aumento do patrimônio publico. Portanto, qualquer aumento de valor dos bens e direitos
do ativo permanente consideram-se variações ativas, pois contribuem para que o
patrimônio seja aumentado.

Essas variações podem decorrer da execução orçamentária ou ser independentes dela;


por isso, as variações ativas são classificadas em três grandes grupos: Resultante da
Execução Orçamentária, Mutação Patrimonial, e Independentes da Execução Orçamentária.

Ainda, na seção relativa às –variações Ativas, vamos encontrar ao final delas uma
indicação sobre a apresentação do resultado Patrimonial que, em realidade, representa o
déficit verificado em termos patrimoniais.

As variações Passivas são alterações que ocorrem nos elementos patrimoniais e


provocam a diminuição do patrimônio publico. Portanto qualquer aumento de valor dos
elementos das obrigações do passivo permanente, ou qualquer diminuição de valor dos
elementos dos bens e direitos do ativo permanente consideram-se variações passivas pois
contribuem para a diminuição do patrimônio publico.

Essas variações também podem decorrer da execução orçamentária ou ser


independente dela, daí classificarem-se em três grandes grupos: Resultantes da Execução
Orçamentária, Mutações Patrimoniais, Independentes de Execução Orçamentária.

Vamos encontrar também ao final delas a indicação sobre apresentação dos


Resultados Patrimonial que representa o superávit verificado em termos patrimoniais.

92
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

TESTES DE FIXAÇÃO 01

Orçamento Público

1º) A reunião de todas as receitas e despesas da gestão econômica em questão, em um único


orçamento, evitando dessa forma uma pluralidade orçamentária constitui o denominado princípio
da:
a) anualidade
b) universalidade
c) unidade
d) exclusividade

2º) O Poder Legislativo não poderá aprovar emendas ao projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias, quando não:
a) aprovadas por maioria absoluta dos congressistas;
b) compatíveis com a programação plurianual;
c) indicarem recursos provenientes da anulação de despesas;
d) tiverem parecer favorável emitido pela Comissão Mista do Congresso;

3º) Quando se diz que o orçamento deve conter todas as receitas a serem arrecadadas e todas as
despesas a serem realizadas no exercício financeiro, isto decorre da aplicação do princípio:
a) totalidade;
b) da exclusividade;
c) universalidade;
d) da anualidade;

4º) Assinale a opção correta;


a) Os planos Plurianuais são leis de iniciativa do Poder Legislativo.
b) Na Lei de Diretrizes Orçamentárias, incluem-se as despesas correntes e de capital para o
exercício financeiro subseqüente;
c) È vedado a abertura de crédito especial sem prévia indicação de recursos.
d) Os créditos especiais são abertos para o atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes,
tais como as decorrentes de calamidade pública;

5º) A seguridade Social será financiada por toda Sociedade... por orçamentos e das seguintes
contribuições, exceto:
a) dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro;
b) dos trabalhadores;
c) contribuições de melhoria;
d) sobre a receita de concursos prognósticos;

6º) constitui o orçamento da Seguridade Social:


a) Investimento da empresas;
b) Fiscal e Social
c) Educação e segurança
d) Previdência Social, assistência social e saúde,

7º) A Lei do Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:


93
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

a) alienar bens imóveis.


b) celebrar convênios.
c) modificar a legislação tributária.
d)abrir crédito suplementar e realizar operações de crédito por antecipação de receita.

8º) O prazo de Encaminhamento da Lei Orçamentária anual :


a) quatros meses antes do término da sessão plenária;
b) oito meses e meio antes do término do exercício financeiro;
c) quatros meses antes do término do exercício financeiro;
d) 15 de abril de cada ano;

9º) O Plano Plurianual tem como função, exceto:


a) Orientar a ação Governamental;
b) Definir Diretrizes que possibilitem a redução de desigualdades sociais e regionais;
c) Alterar a legislação
d) Promover o bem estar social

10º) A Lei Orçamentária Anual compreenderá:


a) o Plano Plurianual,
b) O orçamento Fiscal, de Investimento e da Seguridade Social,
c) Todas as receitas das Autarquias,
d) Lei de Diretrizes Orçamentárias;

11º) O princípio que estabelece a igualdade entre as receitas e as despesas no orçamento é:


a) totalidade;
b) anualidade;
c) equilíbrio;
d) exclusividade,

12º) O Orçamento após sua sanção, deve ser publicado em um diário Oficial ou de grande
circulação, o princípio que estabelece essa regra é :
a) anualidade;
b) totalidade;
c) Edital;
d) Publicidade

13º) O Orçamento percorre por diversas etapas, conhecido por Ciclo Orçamentário; das quais
relacionamos abaixo, exceto:
a) elaboração do projeto de lei orçamentária;
b) apreciação, votação, sanção e publicação da lei orçamentária;
c) dotação global dos créditos orçamentários,
d) execução da lei orçamentária;

14º) Quem examina a proposta Orçamentária da União:


a) Secretaria de Planejamento e Orçamento;
b) Senado Federal;
c) Comissão mista de Orçamento;
d) O Presidente da República ;

94
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

15º) As Leis de Iniciativa do Poder Executivo estabelecerão, exceto:


a) O Plano Plurianual;
b) A Fiscalização do Orçamento;
c) A lei Orçamentária Anual;
d) Lei de Diretrizes Orçamentária;

16º) No caso em que ocorre um grande temporal causando uma situação de Calamidade Pública, o
Executivo poderá abrir um crédito:
a) orçamentário;
b) suplementar,
c) extraordinário;
d) especial;

17º) Exercício Financeiro é o período:


a) da sessão plenária;
b) da elaboração orçamentária;
c) da execução orçamentária;
d) da aprovação da LOA;

18º) Sobre o Orçamento Fiscal, podemos dizer:


a) orçamento em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto;
b) abrangendo todas as entidades e órgãos a ele vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder Público;
c) referente aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, seus fundos órgãos e entidades da
administração direta e indireta inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público,
d) Sobre a saúde,

19º) As autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei do


Orçamento denominam-se:
a) Orçamento
b) Crédito orçamentário
c) Superávit orçamentário
d) Créditos Adicionais.

20º) Alguns créditos adicionais dependem da prévia autorização legislativa e de indicação dos
recursos disponíveis que compensarão a sua abertura. São os seguintes:
a) Crédito especial e suplementar
b) Crédito extraordinário e especial;
c) Crédito Suplementar e extraordinário
d) Somente os créditos suplementares;

21º) O nome que se dá as etapas percorrida pelo Orçamento como elaboração apreciação, votação,
sanção e publicação da lei orçamentária; execução da lei orçamentária e avaliação é:
a) Exercício Financeiro;
b) Orçamento Público;
c) Ciclo Orçamentário;
d) Periodicidade;

95
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

22º) Em relação ao Orçamento Público é correto afirmar que:


a) Fixa o montante de recursos a ser arrecadado e estima o montante de recursos a ser aplicado.
b) É subordinado aos princípios de unidade, universalidade e anualidade.
c) Dispensa apreciação do Poder Legislativo.
d) Pelo princípio da unidade o Brasil possui apenas um orçamento, englobando a União,
Estados e Municípios.
e) É permitido o início de programas e projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual.

23º) O orçamento da seguridade social compreende ações destinadas a assegurar os direitos


relativos:
a) Saúde e educação;
b) Educação e lazer.
c) Saúde, previdência e assistência social.
d) Saúde, previdência privada e previdência social.
e) Esporte e lazer.

24º) Créditos destinados a atender as despesas urgentes e imprevistas no caso de calamidade pública
são nominados de:
a) Adicionais;
b) Suplementares;
c) Especiais;
d) Extra-orçamentário;
e) Transferência de Capital.

25º) São etapas do ciclo orçamentário:


a) Execução, elaboração, apreciação e acompanhamento;
b) Acompanhamento, execução, elaboração, aprovação;
c) elaboração, aprovação, acompanhamento, execução;
d) elaboração, aprovação, acompanhamento, execução;
e) elaboração, aprovação, execução , acompanhamento.

26º) A Lei Orçamentária Anual compreenderá:


a) O orçamento fiscal, o orçamento de investimento e orçamento social;
b) O orçamento fiscal, o orçamento permanente e o orçamento social;
c) O orçamento de investimento, o orçamento extraordinário e o orçamento da seguridade
social;
d) O orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento extraordinário;
e) O orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento extraordinário.

27º) Em se tratar de Créditos Adicionais assinale a situação em que a Lei estabelece o direito do
administrador efetuar a abertura do crédito, e posteriormente submeter à apreciação Legislativa.
a) Créditos suplementares;
b) Créditos extraordinário;
c) Créditos especiais;
d) Créditos suplementares e extraordinários;
e) Créditos extraordinários e especiais.

28º) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende:


a) Da autorização do Tribunal de Contas;
96
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

b) Existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesas;


c) Justificativa do Administrador;
d) De calamidade pública, comoção intestina, ou em caso de guerra;
e) Aumento de despesa com pessoal.

29º) Os créditos adicionais acrescem o Orçamento com a finalidade de:


a) Operacionalizar despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou
calamidade pública;
b) Operacionalizar reforço de Dotações Orçamentárias;
c) Operacionalizar despesas para as quais haja dotação orçamentária específica;
d) Operacionalizar excesso de despesa do Poder Executivo;
e) Operacionalizar excesso de despesa do Poder Legislativo.

Nas alternativas abaixo, marque V para verdadeira e F para Falso.

30º) ( ) A Lei do Plano Plurianual estabelece a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento.

31º) ( ) A Lei do Plano Plurianual é uma lei de iniciativa do poder legislativo.

32º) ( ) Na Lei de Diretrizes Orçamentária deverá constar equilíbrio entre receitas e despesas.

33º) ( ) O prazo de encaminhamento da LDO é sempre 04 meses antes do término do exercício


financeiro.

34º) ( ) O Plano Plurianual tem vigência de 04 anos, enquanto a LDO e LOA tem vigência anual.

35º) ( ) Compreende a Lei Orçamentária Anual: Orçamento Fiscal, Orçamento da Seguridade


Social e Orçamento de Investimento das empresas.

36º) ( ) A sessão Legislativa não será interrompida sem a provação do projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentária.

37º) ( ) O princípio do equilíbrio estabelece que o orçamento dever ser elaborado de forma
equilibrada. Ou seja , receitas e despesas equivalentes.

38º) ( ) Entende sobre orçamento da seguridade social as dotações referentes a saúde, previdência
social e assistência social.

39º) ( ) Os créditos adicionais se classificam em: suplementares, executivos e legislativos.

40º) ( ) Para abertura de um crédito suplementar, a sua abertura necessita de indicação de fontes
de recursos.

41º) ( ) A vigência do crédito suplementar é no exercício em que for aberto e improrrogável para
outro exercício.

42º) ( ) Os créditos adicionais ocorrem em razão de erros de planejamento ou fatos imprevistos.

97
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Receita Pública

43º) A receita orçamentária proveniente de um empréstimo tomado pelo governo é classificada na


subcategoria econômica denominada:
a) Receita Patrimonial,
b) Transferências de Capital,
c) Amortização de Empréstimos.
d) Operação de Crédito.

44º) O recurso financeiro doado ao Governo brasileiro por uma instituição privada para construção
de hospitais é uma receita que vai compor a subcategoria econômica denominada:
a) Receita Patrimonial,
b) Operações de Crédito,
c) Transferências Correntes.
d) Transferências de Capital.

45º) Escolha a alternativa que representa cronologicamente o estágio financeiro da Receita Pública:
a) Arrecadação, Lançamento e Recolhimento.
b) Programação, Arrecadação e Lançamento.
c) Lançamento, Arrecadação e Recolhimento.
d) Empenho, Arrecadação e Recolhimento.

46º) As Receitas Extra-orçamentárias não são dotadas no orçamento, o Estado fica somente
como depositário, das quais relacionamos abaixo:
a) Receitas de Capital e Serviços
b) Receitas Corrente e Capital.
c) Cauções, Fianças e Consignações.
d) Receitas Industriais e Comerciais.

47º) O imposto de Renda retido na fonte pelo Governo Federal dos seus servidores é Receita:
a) Extra Orçamentária.
b) Compulsória
c) Tributária.
d) Outras Receitas Diversas

48º) assinale a opção que traduz o conceito do estágio da receita pública, denominado de
lançamento:
a) ato pelo qual os contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores e liquidam os
seus compromissos para com o Tesouro.
b) Ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe
é devedora e inscreve o débito desta.
c) Ato pelo qual os agentes arrecadadores transferem diariamente o produto da arrecadação ao
Tesouro.
d) Ato pelo qual se registra com o uso de contas devedoras e credoras o valor a ser arrecado
pelo Estado.

49º) Assinale a alternativa que representa o estágio da receita orçamentária, denominado de


arrecadação.

98
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

a) Ato pelo qual os contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores e recebem os


impostos cobrados a maior pelo Estado.
b) Compreende a entrega, diariamente, do produto da arrecadação por parte dos agentes
arrecadadores ao Tesouro Nacional.
c) Momento caracterizado pela quitação dos débitos de origem tributária ou não, junto ao
Tesouro Público, pelos contribuintes.
d) Procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido e
identificar o sujeito passivo.

50º) As Receita Correntes são representadas pelas contas de:


a) Arrecadação de depósitos de terceiros em dinheiro para garantia de contratos;
b) Recursos de exercícios anteriores e restos a pagar não pagos.
c) Dívidas com terceiros, alienações de bens e conversão de direitos em espécies;
d) Receitas tributárias, patrimoniais, industriais e outras de natureza semelhante, bem como as
provenientes de transferências correntes.

51º) Onde classificamos, respectivamente, as receitas provenientes da cobrança de tributos e da


alienação de bens?
a) Receitas patrimoniais e receitas de capital.
b) Receitas de capital e receitas de serviços.
c) Receitas correntes e receitas de capital.
d) Receitas correntes e receitas patrimoniais.

52º) Assinale a opção que contém um item considerado receita de capital, de acordo com a Lei
4320/64.
a) Receita Patrimonial.
b) Receita industrial.
c) Transferências Intergovernamental para despesas correntes.
d) Amortizações de empréstimos concedidos.

53º) Assinale a opção que contém receitas correntes.


a) Impostos, taxas, contribuições e alienações de bens.
b) Dívida ativa e aluguéis.
c) Multas, juros de mora e operações de crédito internas em títulos.
d) Amortização de empréstimos, serviços e agropecuária.

54º) Indique a opção que contém uma Receita Patrimonial.


a) Taxa de ocupação de imóveis.
b) Alienações de bens.
c) Contribuição para o financiamento da seguridade social.
d) Amortizações de empréstimos.

55º) Aponte a alternativa que não contém uma Receita Industrial.


a) Extração de minérios.
b) Construção prédios.
c) Restauração de monumentos.
d) Serviços de comunicação telefônica.

99
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

56º) São transferências intergovernamental:


a) Recursos recebidos de organismos internacionais.
b) Recursos dos Municípios transferidos pela União.
c) Recursos de incentivos fiscais para o RINOR e FINAM depositados por pessoas jurídicas.
d) Recebimento de multas e juros de mora.

57º) Indique uma receita de serviços financeiros.


a) Resultado do Banco Central.
b) Indenizações e restituições.
c) Multas e juros de mora sobre tributos.
d) Juros de empréstimos.

58º) Aponte as opções que apresentam ingressos extra-orçamentários:


a) Recebimentos de doações em dinheiro
b) Consignações a pagar.
c) Depósitos de terceiros.
d) Operações de créditos.

59º) Ao pagarmos impostos, estamos contribuindo para a formação da Receita:


a) Patrimonial
b) Industrial
c) De Transferências Correntes,
d) Tributária;

60º) A receita orçamentária proveniente de um empréstimo tomado pelo governo é classificada na


subcategoria econômica denominada:
a) Receita Patrimonial,
b) Transferências de Capital,
c) Amortização de Empréstimos.
d) Operação de Crédito.

61º) O recurso financeiro doado ao Governo brasileiro por uma instituição privada para construção
de hospitais é uma receita que vai compor a subcategoria econômica denominada:
a) Receita Patrimonial,
b) Operações de Crédito,
c) Transferências Correntes.
d) Transferências de Capital.

62º) Escolha a alternativa que representa cronologicamente o estágio financeiro da Receita Pública:
a) Arrecadação, Lançamento e Recolhimento.
b) Programação, Arrecadação e Lançamento.
c) Lançamento, Arrecadação e Recolhimento.
d) Empenho, Arrecadação e Recolhimento.

63º) As Receitas Extra-orçamentárias não são dotadas no orçamento, o Estado fica somente
como depositário, das quais relacionamos abaixo:
a) Receitas de Capital e Serviços
b) Receitas Corrente e Capital.
c) Cauções, Fianças e Consignações.
100
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

d) Receitas Industriais e Comerciais.

64º) O imposto de Renda retido na fonte pelo Governo Federal dos seus servidores é Receita:
a) Extra Orçamentária.
b) Compulsória
c) Tributária.
d) Outras Receitas Diversas

65º) assinale a opção que traduz o conceito do estágio da receita pública, denominado de
lançamento:
a) Ato pelo qual os contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores e liquidam os
seus compromissos para com o Tesouro.
b) Ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é
devedora e inscreve o débito desta.
c) Ato pelo qual os agentes arrecadadores transferem diariamente o produto da arrecadação ao
Tesouro.
d) Ato pelo qual se registra com o uso de contas devedoras e credoras o valor a ser arrecado pelo
Estado.

66º) Assinale a alternativa que representa o estágio da receita orçamentária, denominado de


arrecadação.
a) Ato pelo qual os contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores e recebem os
impostos cobrados a maior pelo Estado.
b) Compreende a entrega, diariamente, do produto da arrecadação por parte dos agentes
arrecadadores ao Tesouro Nacional.
c) Momento caracterizado pela quitação dos débitos de origem tributária ou não, junto ao
Tesouro Público, pelos contribuintes.
d) Procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido e
identificar o sujeito passivo.

66º) As Receita Correntes são representadas pelas contas de:


a) Arrecadação de depósitos de terceiros em dinheiro para garantia de contratos;
b) Recursos de exercícios anteriores e restos a pagar não pagos.
c) Dívidas com terceiros, alienações de bens e conversão de direitos em espécies;
d) Receitas tributárias, patrimoniais, industriais e outras de natureza semelhante, bem como as
provenientes de transferências correntes.

67º) Onde classificamos, respectivamente, as receitas provenientes da cobrança de tributos e da


alienação de bens?
a) Receitas patrimoniais e receitas de capital.
b) Receitas de capital e receitas de serviços.
c) Receitas correntes e receitas de capital.
d) Receitas correntes e receitas patrimoniais.

68º) Assinale a opção que contém um item considerado receita de capital, de acordo com a Lei
4320/64.
a) Receita Patrimonial.
b) Receita industrial.
101
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

c) Transferências Intergovernamental para despesas correntes.


d) Amortizações de empréstimos concedidos.

69º) Assinale a opção que contém receitas correntes.


a) Impostos, taxas, contribuições e alienações de bens.
b) Dívida ativa e aluguéis.
c) Multas, juros de mora e operações de crédito internas em títulos.
d) Amortização de empréstimos, serviços e agropecuária.

70º) Indique a opção que contém uma Receita Patrimonial.


a) Taxa de ocupação de imóveis.
b) Alienações de bens.
c) Contribuição para o financiamento da seguridade social.
d) Amortizações de empréstimos.

71º) Aponte a alternativa que não contém uma Receita Industrial.


a) Extração de minérios.
b) Construção prédios.
c) Restauração de monumentos.
d) Serviços de comunicação telefônica.

72º) São transferências intergovernamental:


a) Recursos recebidos de organismos internacionais.
b) Recursos pelos Municípios transferidos pela União.
c) Recursos de incentivos fiscais para o RINOR e FINAM depositados por pessoas jurídicas.
d) Recebimento de multas e juros de mora.

73º) Indique uma receita de serviços financeiros.


a) Resultado do Banco Central.
b) Indenizações e restituições.
c) Multas e juros de mora sobre tributos.
d) Juros de empréstimos.

Da alternativa de 74 a 79 marque V para Verdadeira e F para Falso.

74º) ( ) a fiança geralmente é prestada por entidade bancária, através da formalização de uma carta
de fiança emitida pelo estabelecimento bancário.

75º) ( ) Transferências de Capital pode ser: intragovernamental, intergovernamental, de instituição


privadas, do Exterior e de pessoas.

76º) ( ) a fiança geralmente é prestada por entidade bancária, através da formalização de uma carta
de fiança emitida pelo estabelecimento bancário.

77º) ( ) Transferências de Capital pode ser: intragovernamental, intergovernamental, de instituição


privadas, do Exterior e de pessoas.

102
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

78º) ( ) a Receita Extra-orçamentária são recolhimentos feitos ao cofre público que constituirão
compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária e, portanto,
independe de autorização legislativa.

79º) ( ) Contribuição de melhoria é uma espécie de Receita de Contribuição.

Despesa Pública

80º) - A despesa orçamentária é constituída por três estágios: empenho, liquidação e pagamento. O
estágio da liquidação é aquele em que:

a) se verifica o direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.

b) o credor comparece perante o agente pagador, identifica-se, recebe seu crédito e dá a


competente quitação.

c) é procedida a licitação da despesa como objetivo de verificar, entre os vários fornecedores


habilitados, quem oferece condições mais vantajosas.

d) através de ato emanado de autoridade competente, é criada para o Poder Público uma
obrigação de pagamento.

81º) As Despesas Correntes compreendem as despesas de:


a) Pessoal, material permanente, serviços de terceiros, encargos diversos e transferências
correntes
b) Pessoal, equipamentos e instalações, serviços de terceiros, encargos diversos e transferências
correntes.
c) Investimentos, inversões financeiras e transferências de capital.
d) Investimentos, pessoal e transferências correntes.
d) Pessoal, material de consumo, serviços de terceiros, encargos diversos e transferências
correntes.

81º) Os tipos de empenhos legalmente aceitos são:


a) Estimativa e liquidação.
b) Global e estimativa somente.
c) Ordinário e normal.
d) Ordinário , estimativa e global.

82º) O grupo de despesas para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à


aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas recebem a denominação
de:
a) Transferências de Capital,
b) Inversões financeiras,
c) Investimentos,
d) Despesas de custeio,

83º) O ato da autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento, pendente ou
não, de implemento de condição denomina-se:
103
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

a) Fixação,
b) Empenho,
c) Pagamento,
d) Liquidação.

84º) Quando o emprenho é destinado a atender despesas cujo pagamento se processe de uma só vez,
denomina-se :
a) Legislativo,
b) Judiciário,
c) Global,
d) Ordinário.

85º) As despesas do Governo com a constituição ou o aumento de capital de empresas que não
sejam de caráter comercial ou financeiro são classificadas no grupo:
a) Pessoal e Encargos Sociais,
b) Inversões Financeiras.
c) Outras Despesas de Capital.
d) Investimentos.

86º) As despesas com o pagamento de salários dos funcionários, são classificadas como:
a) Inversões Financeiras,
b) Outras Despesas de Capital,
c) Investimentos,
d) Custeio.

87º) No segundo estágio da despesa ocorre:


a) O empenho da despesa,
b) A Extinção da obrigação do Estado,
c) O lançamento Contábil do pagamento.
d) A verificação do direito adquirido e o registro do valor a pagar,

88º) Despesa orçamentária é legalmente classificada em categorias econômicas e estruturada em


dois grupos, assinale-os em uma das alternativas abaixo:
a) Despesas Fixas e Despesas Variáveis.
b) Despesas Ordinárias e Despesas Extraordinárias
c) Despesas Correntes e Despesas de Capital.
d) Despesas Financeiras e Administrativas.

89º) As despesas com serviços de utilidade pública ( água, energia elétrica, gás, telefone) são
empenhadas:
a) Globalmente.
b) Ordinariamente, no momento do recebimento de cada conta mensal.
c) Por estimativa.
d) Normal.

Das questões 90 à 98 marque V para verdadeiras e F para falso.

90º) ( ) para cada subempenho é emitido um documento denominado nota de empenho.

104
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

91º) ( ) Liquidação da despesas, consiste no terceiro estágio da despesa.

92º) ( ) A despesa pública se classifica em Despesa Orçamentária e Extra Orçamentária.

93º) ( ) É vedado o empenho de despesa cujo montante não se possa determinar.

94º ) ( ) A liquidação é o estágio da despesa em que a autoridade competente efetua o


pagamento ao credor.

95º) ( ) É permitido o empenho global de despesas contratuais e de outras sujeitas a


parcelamento.

96º) ( ) As dotações destinadas a cobrir despesas de instituições privadas de caráter assistencial


ou cultural, sem finalidade lucrativa chama- se subvenções sociais.

97º) ( ) A fixação é a autoriza para efetuar gastos.

98º) ( ) O FPM é um tipo de transferência corrente intergovernamental.

Dívida Ativa e Restos a Pagar

99º) A Dívida Pública se classifica em:


a) Dívida Ativa e fundada.
b) Dívida de Terceiros e Privados.
c) Dívida Fundada e Flutuante
d) Dívida Financeira e Consolidada.

100º) Constituem os Restos a Pagar processados as despesas que:


a) foram empenhadas, realizadas e pagas no exercício.
b) Foram empenhadas, mas não foram liquidadas e pagas no exercício.
c) Foram empenhadas, liquidadas e não pagas no exercício.
d) Não foram empenhadas no exercício.

101º) Dívida Fundada:


a) Integra o passivo financeiro.
b) Não precisa de autorização legal para ser contraída.
c) Compreende compromissos financeiros superior a doze meses.
d) É o empréstimos a longo prazo (+ de 12 meses) que não exige autorização legal para ser
contraído.

102º) ( ) Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.

105
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Patrimônio Público
103º) aponte a alternativa incorreta, quanto ao conceito de patrimônio público:
a) é o conjunto de bens direitos e obrigações.
b) Bens especiais e dominiais, mais direitos e
obrigações da entidade pública;
c) Compreende o conjunto de bens, direitos e
Obrigações avaliáveis em moeda corrente, das entidades que compõem a Administração Pública.
d) a soma de todos os bens ( inclusive os não passíveis de mensuração ex: estradas, praças),
mais direitos e obrigações.

104º) são bens de uso especial, com exceção:


a) os bens que são contabilizados;
b) os bens que são inventariados;
c) estão incluídos no patrimônio da instituição;
d) são avaliáveis em moeda.
e) São alienáveis, sempre que houver necessidade de recursos.
105º) sobre os bens de uso comum do povo, podemos afirmar:
a) estão sujeitos a contabilização;
b) são inventariados e avaliados;
c) estão incluídos no patrimônio da instituição;
d) o uso pode ser oneroso ou gratuitos;
e) são sempre naturais, ex: mar, rio...

As alternativas 106 a 109 marque V para Verdadeiro e F para Falso:

106º) ( ) entende-se por Direitos das Entidades Públicas , contabilmente, os valores que
representam créditos realizáveis a curto ou longo prazo, provenientes de depósitos bancários,
diversos devedores, e créditos relativos a fornecimentos e serviços prestados, e inscrição da dívida
ativa.

107º) ( ) Obrigações das Entidades Públicas são valores correspondentes às dívidas das entidades,
consubstanciadas como dívida flutuante ou dívida fundada, respectivamente exigíveis a curto ou
longo prazo.

108º) ( )são bens de uso dominiais: caixa, bens móveis, imóveis, de natureza industrial.

109º) ( ) Variação patrimonial é a alteração de valor, de qualquer elemento do patrimônio público,


por alienação, aquisição, dívida contraída, dívida liquidada, depreciação ou valorização,
amortização, superveniência, insubsistência , efeitos da execução orçamentária e resultado do
exercício financeiro.

Contabilidade Pública

110º) A Contabilidade Pública:
I. deve evidenciar em seus registros, o montante dos créditos  orçamentários  vigentes, a despesa 
empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

106
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

II. é disciplina que aplica na administração pública, as técnicas de registros e apurações contábeis 
em harmonia com as normas gerais do direito financeiro.
III. é um conjunto de agentes econômicos que estabelece metas específicas para um determinado 
período, comanda recursos e traça planos e decisões com relação às ações econômicas.
IV. aplica normas de escrituração contábil, registra a previsão da receita, a fixação das despesas e as 
alterações introduzidas no orçamento.
Pode­se afirmar que está correto apenas o contido em
(A) II.
(B) II e III.
(C) I e IV.
(D) I, II e III.
(E) I, II e IV.

111º) A operação de pagamento de uma despesa orçamentária  de custeio deve gerar registros nos 
seguintes sistemas:
(A) operacional e financeiro.
(B) patrimonial e compensação.
(C) orçamentário e financeiro.
(D) operacional e patrimonial.
(E) orçamentário e compensação.

112º) O sistema que deve registrar operações relativas às superveniências e às insubsistências ativas 
e passivas é o
(A) operacional.
(B) patrimonial.
(C) financeiro.
(D) compensação.
(E) orçamentário.

113º) De acordo com o artigo 106 da Lei 4.320/64, a avaliação dos elementos patrimoniais públicos
obedecerá às normas seguintes: julgue os itens a seguir:
a) ( ) As faturas liquidadas e ainda não pagas serão registradas pelo valor nominal
b) ( ) Os veículos serão contabilizados pelo valor de compra deduzidos da depreciação em função
do uso
c) ( ) Os imóveis serão escriturados pelo valor de aquisição ou pelo custo de construção
d)( ) Os bens de almoxarifado poderão ser avaliados pela média ponderada móvel das compras ou
pelo preço específico
e) ( ) Os créditos deverão ser registrados pelo valor de face dos títulos.

114º) Quanto à avaliação dos itens patrimoniais, a Lei 4.320/64 em seu art. 106 estabeleceu que:
a- ( ) os débitos e créditos, bem como os títulos de renda deverão ser avaliados pelo valor
nominal, podendo ser feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na
data do balanço.

107
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

b- ( ) os bens móveis e imóveis destinados a uso deverão ser avaliados pelo valor de aquisição ou
pelo custo de produção ou de construção, quando destinados a almoxarifado, pelo preço específico.
c- ( ) os materiais de consumo deverão ser avaliados pelo preço médio ponderado das compras.
d - ( ) deverão ser feitas reavaliações de bens móveis e imóveis.

115º) (Gestor-MT) Com relação ao conceito e campo de aplicação da Contabilidade Pública,


analise as afirmativas a seguir:
I- O campo de aplicação da Contabilidade Pública é restrito à administração pública nos seus três
níveis de governo: Federal, Estadual, Municipal e correspondentes autarquias.
II- A Contabilidade Pública é a disciplina aplicada, na atividade pública e privada, em harmonia
com as normas gerais do Direito Financeiro.
III- De acordo com o nível de Governo, a Contabilidade Pública é conhecida , também, por
Contabilidade Nacional ou Federal, Contabilidade Estadual, Contabilidade Municipal e
Contabilidade Autárquica.
IV- O ano Financeiro é o período durante o qual se executa o orçamento, podendo coincidir, ou não,
com o ano civil. No Brasil, ocorre a coincidência do Ano Financeiro com o Ano Civil.
Marque a alternativa correta:
a) As afirmativas I e II.
b) As afirmativas I, III, IV.
c) Somente a afirmativa II.
d) Todas as afirmativas.

116º) (CFC/00) Os Regimes contábeis da receita e despesa, segundo o artigo 35 da Lei 4320/64,
são respectivamente:
a) Competência e Misto.
b) Caixa e Prudência.
c) Caixa e Competência,
d) Competência e Caixa.

117º) Marque a alternativa falsa. A Contabilidade Pública estuda, controla e demonstra a execução
dos orçamentos, dos atos e fatos administrativos da Fazenda Pública, o patrimônio público e suas
variações. Essas demonstrações atendem a vários objetivos, tais como:
a) Apuração de responsabilidades.
b) Elaboração de prestação de contas.
c) Acompanhamento da execução orçamentária.
d) As alternativas a, b, c, são falsas.

118º) Relacione a primeira coluna com a segunda:


1-Regime de Contabilidade 5-Receitas Arrecadadas
2-Regime de Competência 6-Despesas pagas e a pagar
3- Regime de Caixa 7-Regime Misto
4- Dívida Ativa 8-Receita a Arrecadar
a) 1-5, 2-7, 3-8, 4-6.
b) 1-6, 2-7, 3-7, 4-5 .
c) 1-7, 2-6, 3-5, 4-8.
d) 1-5, 2-6, 3-7, 4-8.

Das alternativas 104 a 112 assinale V para Verdadeira e F para Falsa.

108
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

119º) O exercício financeiro abrange todas as operações relativas à receita e despesa autorizadas
pela Lei do Orçamento, ou leis sucessivas, bem como todas as variações que se verificam no
patrimônio decorrentes da sua execução:
( ) Verdadeiro ( ) Falso.

120º) A Contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos , de


qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens e valores a
ela pertencentes ou confiados.
( ) Verdadeiro ( ) Falso.

121º) A Lei nº 4320/64 estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração dos orçamentos
e balanços apenas da União.
( ) Verdadeiro ( ) Falso.

122º) O ano financeiro não coincidirá com ano civil.


( ) Verdadeiro ( ) Falso.

123º) A contabilidade registra na administração pública a previsão da receita e fixação da despesa,


estabelecidas no orçamento público aprovado para o exercício.
( ) Verdadeiro ( ) Falso.

124º) A contabilidade escritura a execução do orçamento, faz a comparação entre a previsão e a


realização das receitas e despesas.
( ) Verdadeiro ( ) Falso.

125º) A contabilidade controla as operações de créditos, a dívida ativa, os valores, os créditos e as


obrigações.
( ) Verdadeiro ( ) Falso.

126º) A contabilidade registra e demonstra os atos administrativos que possam interferir no


patrimônio público.
( ) Verdadeiro ( ) Falso.

127º) A contabilidade registra o orçamento desde o momento de sua elaboração, aprovação e


execução.
( ) Verdadeiro ( ) Falso.

128º) Aponte a opção que melhor retrata o objeto da Contabilidade Pública:


a) Conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a um órgão ou entidade.
b) Bens públicos, exceto os de uso generalizado.
c) O patrimônio Público e o Orçamento.
d) Os atos administrativos.

129º) julgue os itens e aponte a opção incorreta.


a) A Contabilidade Pública deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultado
da gestão.
b) A Contabilidade Pública registra os atos e fatos administrativos de acordo com os princípios de
Contabilidade.

109
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

c) A Contabilidade Pública estuda, registra, controla e demonstra a elaboração da lei orçamentária e


acompanha a sua execução.
d) A Contabilidade Pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa.

130º) O Sistema orçamentário:


a) É uma forma extra-contábil para se controlar a execução do orçamento.
b) Constitui-se de um grupo de contas que representam bens e direitos.
c)Registra a receita prevista e as autorizações legais de despesa constante do orçamento e dos
créditos adicionais, demonstrando a despesa fixada e a realizada no exercício, bem
como compara a receita prevista com a arrecadada.
d) registra todos os atos administrativos da gestão pública.

131º) O Sistema Compensação:


a) Registra apenas os atos ligado à aprovação do orçamento;
b) Registra os valores que direta ou indiretamente possam vir a afetar o patrimônio.
c) Registra os bens, direitos e obrigações efetivas.
d) Registra os atos que provocam alterações qualitativas no patrimônio.

132º) O Sistema Financeiro :


a) Tem por finalidade determinar a
variação da situação líquida.
b) Registra a arrecadação da receita e
pagamento da despesa.
c) Não registra a liquidação da despesa
orçamentária.
d) Registra todos os fatos que envolvem
um direito a receber ou um compromisso a pagar.

133º) Aponte a opção incorreta, quanto aos sistemas de contas:


a)O sistema orçamentário registra a previsão orçamentária, suas alterações execução.
b)O sistema financeiro registra a dívida
ativa, a dívida fundada, os bens móveis e imóveis e o movimento de almoxarifado.
c)O sistema financeiro registra os
ativos e passivos financeiros.
d)O sistema de compensação registra
os atos que afetam o patrimônio público de imediato ou no futuro.

134º) A Despesa de Capital deve ser registrada, no mínimo, em três sistemas de contas. Aponte a
alternativa que os contém:
a) Financeiro, compensação e
orçamentário.
b) Orçamentário, patrimonial e
financeiro.
c) Patrimonial, compensação e orçamentário.
d) Compensação, financeiro e patrimonial.

135º) A Contabilidade Pública é atípica á administração:


a) das Autarquias. d) das Empresas Públicas.
b) dos Estados. e) do Distrito Federal
110
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

c) dos Municípios

136º) O exercício financeiro nas entidades de direito público vai de:


a) 2 de janeiro a 31 de dezembro.
b) 1º de janeiro a 31 de dezembro, com período adicional de 2 meses para a despesa.
c) 2 de janeiro a 31 de dezembro, com período adicional de 1 mês para a receita.
d) 1º de janeiro a 31 de dezembro.
e) 2 de janeiro a 30 de dezembro

137º) O regime contábil para as entidades de direito público é:


a) de competência para a receita e para a despesa.
b) de caixa para a despesa e de competência para a receita
c) de competência para a despesa e de caixa para a receita.
d) de caixa para a receita e para a despesa.
e) de caixa ou de competência, para a receita e despesa, segundo a legislação própria
década entidade pública.

138º) Os planos de contas das entidades de direito público devem ser estruturados nos sistemas:
a) orçamentário e patrimonial.
b) orçamentário e financeiro.
c) orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação.
d) financeiro e patrimonial.
e) orçamentário e de compensação

139º) A receita orçamentária pertencerá ao exercício em que for:


a) estimada no orçamento d) arrecadada
b) inscrita na Divida Ativa. e) lançada.
c) cobrada.

140º) O fato de existir a Conta Restos a Pagar em Contabilidade Pública decorre:


a) do regime de competência de exercício para a despesa.
b) do regime de caixa
c) da necessidade de acompanhamento da execução orçamentária.
d) de o regime ser de competência para a receita
e) de o regime ser de caixa para despesa.
141º) A previsão da receita e a fixação das despesas, bem como as alterações decorrentes dos
créditos.
a) no sistema financeiro
b) no sistema patrimonial
c) no sistema de compensação
d) no sistema patrimonial ou de compensação, conforme o caso.
e) no sistema orçamentário.

142º) As receitas e despesas de natureza extra-orçamentaria são registradas no sistema:


a) Extra-orçamentários. d) de compensação.
b) Patrimonial e) orçamentário
c) Financeiro

143º) A conta Depósitos de Diversas Origens faz parte do sistema:


111
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

a) Patrimonial d) orçamentário.
b) De compensação e) econômico
c) financeiro

144º) O empréstimo de bens a terceiros deve ser registrado no sistema:


a) Patrimonial d) financeiro
b) Orçamentário e) extra-orçamentario
c) De compensação

145º) As contas representativas de bens móveis e imóveis, divida ativa, empréstimos concedidos e
divida fundada, entre outras, pertencem ao sistema:
a) Patrimonial d) Extra-orçamentario
b) Financeiro e) de compensação
c) Orçamentário

146º) O patrimônio das entidades de direitos públicos é composto de :


a) Bens de direito d) elementos ativos somente
b) Direitos e obrigações e) bens, direitos e obrigações
c) Bens e obrigações.

147º) Não integram o patrimônio das entidades públicas:


a) Os bens dominiais e de uso especial
b) Os bens de uso comum do povo e de uso especial
c) Os bens dominicais
d) Os bens de uso comum do povo somente

148º) A previsão da receita e fixação da despesa bem como o déficit, o superávit ou equilíbrio da
execução orçamentária devem ser revelados no:
a) Balanço financeiro
b) Balanço econômico
c) Balanço patrimonial
d) Balanço orçamentário
e) Demonstrativo das Variações Patrimoniais

149º) O déficit de previsão orçamentária:


a) significa que a despesa realizada superou a receita arrecada.
b) Significa que a receita arrecada superou a despesa realizada.
c) Significa que a administração realizou despesas em montante superior aquele que estava
autorizada
d) Significa que houve economia orçamentária
e) É provocado pelos créditos adicionais abertos e reabertos durante o exercício que
aumentam o limite de gastos em relação à despesa autorizada na lei orçamentária

150º) Economia orçamentária é:


a) a diferença positiva entre a receita arrecadada e a despesa paga.
b) A diferença negativa entre a receita arrecada e a despesa paga.
c) A diferença positiva entre a receita arrecadada e a despesa realizada.
d) A diferença entre o total da despesa autorizada e o total da despesa realizada
(empenhada).
112
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

e) A diferença entre o total da despesa autorizada no orçamento e o total da despesa


autorizada no final do exercício, depois das alterações decorrentes dos créditos
adicionais.

151º) Não figuram no balanço Financeiro:


a) O disponível do exercício anterior
b) As receitas e as despesas orçamentárias
c) As despesas e as receitas extra.orçamentárias
d) Os valores realizáveis, isto é, os créditos da entidade.
e) O disponível que passa para o exercício seguinte.

152º) No balanço Financeiro, os Restos a Pagar do Exercício e os Serviços da dívida a pagar do


exercício serão computados e figurarão.
a) No Ativo Financeiro
b) No Passivo Financeiro.
c) Na Receita extr-orçamentaria para compensar sua inclusão na despesa orçamentária
d) Na despesa extr-orçamentaria para compensar a inclusão na despesa orçamentária
e) Nas contas de compensação.

153º) não figuram no balanço patrimonial


a) o Ativo financeiro, composto do disponível e do realizável
b) o passivo Financeiro, integrado entre outras contas pelos Restos a pagar e serviços da
Divida a pagar.
c) As dívidas a longo prazo e o ativo permanente
d) O saldo patrimonial que pode ser o ativo Real Líquido ou Passivo Real Descoberto
e) As receitas e despesas orçamentária discriminadas por categorias econômicas

154º) A conta “Débitos de Tesouraria” integra e registra,respectivamente:


a) Passivo financeiro.Empréstimos contraídos a curto prazo
b) Ativo Financeiro-numerario disponível.
c) Disponível – dinheiro em caixa e bancos
d) Passivo permanente – divida alongo prazo
e) Tesouraria – dinheiro existente

113
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Exercício de Fixação 02
1- Para que o orçamento seja a expressão fiel do programa de um governo, torna-se indispensável
que sejam estabelecidos determinados princípios. Assinale a alternativa que apresenta princípios
que são usados, com fidedignidade, nos processos orçamentários.
a) Programação, definição, universidade, anualidade, exclusividade, clareza e equilíbrio.
b) Elaboração, unidade, universalidade, anualidade, exclusividade, clareza e equilíbrio.
c) Elaboração, definição, universalidade, anualidade, exclusividade, clareza e equilíbrio.
d) Programação, aprovação, universalidade, anualidade, exclusividade, clareza e equilíbrio.

2- As autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento


são denominadas de:
a) orçamento suplementar;
b) orçamento especial;
c) orçamento extraordinário;
d) remanejamento orçamentário;
e) créditos adicionais.

3-Constitui-se receita corrente:


a) alienação de bens.
b) amortizações de empréstimos
c) receita agropecuária.
d) transferência de Capital
e) operações de créditos

4-As receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de


dívidas, da conversação, em espécie de bens e direitos,,e ainda o superávit do orçamento corrente
são classificados em:
a) Receita tributaria;
b) Receita Corrente;
c) Receita de contribuição;
d) Receita de Capital;
e) Outras receitas correntes.

5-As categorias econômicas da receita são:


a) receita corrente e receita tributária;
b) receita de contribuição e receita patrimonial;
c) receita de capital e receita tributaria;
d) receita corrente e receita de capital;
e) receita de capital e receita patrimonial;

6-Escolha a alternativa que representa cronologicamente o estágio financeiro da Receita Pública,


marque-a:
a) Arrecadação. Lançamento e Recolhimento;

114
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

b) Empenho, Arrecadação e Recolhimento;


c) Lançamento, Arrecadação e Suprimento;
d) Programação, arrecadação e Lançamento.
e) Lançamento, arrecadação e Recolhimento.

7- a arrecadação da dívida ativa representa:


a) Receita de Capital
b) Fato Modificado.
c) Receita Corrente.
d) Receita de Capital ou Receita Corrente, conforme a natureza.
e) Receita extra-orçamentária.

8- Em relação à despesa orçamentária, assinale a alternativa incorreta.

a) Empenho, liquidação e pagamento são estágios da despesa orçamentária.


b) O empenho, segundo estágio da despesa, está condicionado ao limite do crédito
orçamentário.
c) O pagamento da despesa será efetuado após a respectiva liquidação.
d) A contabilização da despesa orçamentária segue o regime de competência.
e) As despesas orçamentárias efetivas diminuem o Patrimônio Líquido.

9- O recebimento de material de consumo e permanentemente pela via orçamentária configura-se


como:
a) Empenho.
b) Empenho e pagamento.
c) Pagamento.
d) Empenho e liquidação.
e) Liquidação.

10-As despesas legalmente empenhadas e não pagas até 31 de dezembro ocasionam:


a) inscrições em Restos a pagar.
b) inscrições em serviços da dívida a pagar.
c) déficit orçamentário.
d) lançamento de empenho.
e) obrigatoriamente para todos os casos,o estágio de liquidação.

11- Em relação às transferências correntes é correto afirmar:


a) são despesas no orçamento da entidade que efetuou a transferência.
b) são despesas no orçamento da entidade que recebeu a transferência.
c) são efetuadas somente por entidade de direito público.
d) destinam-se a atender despesas de capital.
e) são extra-orçamentárias.

12- As subvenções são transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades
beneficiadas. Classificam-se em:
a) educacionais e assistenciais.
b) culturais e militares.
c) contábeis e econômicas.
115
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

d) assistenciais e financeiras.
e) sociais e econômicas.

13- As categorias das despesas são:


a) Despesas Correntes e Despesas de Custeio;
b) Despesa de Capital e Transferências Correntes;
c) Despesas Correntes e Despesas de Capital;
d) Inversões Financeiras e Transferências de Capital;
e) Despesas de Capital e Investimento.

14- O pagamento de despesa só será efetuado:


a) quando emitido o pedido de empenho;
b) quando emitida a nota de empenho;
c) após repasse financeiro;
d) após liquidação;
e) após contabilização.

15- De acordo com a Lei 4320/64, compreende dívida flutuante, exceto:


a) débitos de tesouraria.
b) Restos a pagar.
c) Serviços da dívida a pagar.
d) Depósitos.
e) Empréstimos a pagar – longo prazo.

16- Em relação a débitos em tesouraria assinale a alternativa incorreta:


a) originam da antecipação de receita orçamentária.
b) compõem a dívida flutuante.
c) Afetam a lei orçamentária.
d) servem para cobrir deficiências de recursos financeiros.
e) não afetam a dívida fundada.

17- Dívida fundada:


a) compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 meses.
b) compreende os compromissos de exigibilidade inferior a 12 meses.
c) é inscrita em restos a pagar.
e) integra o passivo financeiro.

18- Conforme preceitua a Lei 4320/64, assinale o que não compreende a Dívida Flutuante:
a) Os débitos da tesouraria.
b) Os serviços da dívida a pagar.
c) Os fundos especiais
d) Os depósitos.
e) Os restos a pagar, excluídos dos serviços da dívida.

19- Quando não é determinado o prazo para a liquidação da dívida pública, dizemos que a dívida é:
a) ativa;
b) perpétua;
c) não consolidada;
116
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

d) administrativa;
e) financeira.

20- Dívida pública são todos os compromissos assumidos pelo Governo, com os respectivos juros.
Deste modo, os compromissos e exigibilidades superiores a 12 (doze) meses, contraídos para
atender a desequilíbrios orçamentários e/ou financiamentos, são classificados como:
a) dívida flutuante;
b) dívida administrativa;
c) dívida fundada;
d) restos a pagar;
e) dívida ativa.

21- Dívida flutuante é aquela que o tesouro contrai por breve ou indeterminado período de tempo,
para atender a eventuais insuficiências de caixa. Essas insuficiências decorrem geralmente de:
a) empréstimos contraídos por títulos do governo;
b) contrato de financiamento;
c) arrecadação da receita;
d) realização da despesa;
e) falta de coincidência entre a arrecadação da receita e a realização da despesa.

22- Em se tratando de Operações de Créditos a Curto Prazo, a que grupo da Dívida Pública esta
operação se integra?
a) Dívida fundada.
b) Dívida Ativa.
c) Dívida Passiva.
d) Dívida Compulsória.
e) Dívida Flutuante.

23- Assinale a alternativa que caracteriza-se como objeto da Contabilidade Pública:


a) bens públicos de uso e indiscriminado.
b) Orçamentos Público.
c) princípios de contabilidade.
d) demonstrações Contábeis.
e) escrituração dos fatos.

24- Os juros, comissões, corretagens, etc. que são acrescidos aos empréstimos ou financiamento
subtraídos pelo Poder Executivo, são denominados.
a) Serviços de dívida a pagar (Despesas Orçamentária).
b) Despesas administrativas (Despesas Orçamentária).
c) Despesas financeiras (Despesa orçamentária).
d) Serviços da dívida a pagar (Despesas Extra-orçamentaria).
e) Despesas financeiras (Despesas Extra-orçamentaria).

25- A demonstração das Variações Patrimoniais é distribuída em _________ grandes grupos, sendo
eles____________________________________________________.
a) Três – Resultados de execução orçamentária, mutações patrimoniais e independente da execução
orçamentária.
b) Quatro – Resultados de execução orçamentária, mutações patrimoniais, independentes da
execução orçamentária e resultados patrimonial.
117
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

c) Dois – Resultados de execução orçamentária e mutações patrimoniais.


d) Três – Resultados de execução orçamentária, mutações patrimoniais e resultados patrimonial.
e) Quatro – Alienação de bens móveis, Resultados de execução orçamentária, mutações
patrimoniais e independentes da execução orçamentária.

26- O regime de competência pode corresponder a:


a) Todos os recebimentos e pagamentos efetuados no exercício financeiro;
b) toda receita e despesa do exercício pertence ao próprio exercício financeiro;
c) toda receita arrecadada no exercício financeiro;
d) toda despesa atribuída ao exercício financeiro;
e) todo empenho, liquidação e estouro do exercício financeiro.

27-A Contabilidade Pública tem como finalidade captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os
fenômenos que afetam as entidades de Direito Público, através dos sistemas:
a) Sistema Patrimonial e Sistema Orçamentário;
b) Sistema Orçamentário e Sistema financeiro
c) Sistema Financeiro e Sistema de Compensação;
d) Sistema Orçamentário, Sistema Financeiro e Sistema Patrimonial;
e) Sistema Orçamentário, Sistema Financeiro, Sistema Patrimonial e Sistema de Compensação.

28- Exercício Financeiro no âmbito público significa:


a) o período da provação do Orçamento Público
b) o período da realização das Despesas Públicas;
c) o período de Empenhos e Liquidação das Obrigações;
d) o período das Atividades Administrativas;
e) o período em que se exercem todas as atividades administrativas e financeiras relativas à
Execução do Orçamento.

29- O regime de caixa pode ser definido como:


a) todos os recebimentos e pagamentos efetuados no exercício financeiro;
b) toda receita e despesa do exercício pertencente ao próprio exercício financeiro;
c) toda receita arrecadada no exercício financeiro;
d) toda despesa atribuída ao exercício financeiro;
e) todo empenho e liquidação do exercício financeiro.

30- Com relação ao conceito e campo de aplicação da Contabilidade Pública, analise as afirmativas
a seguir.
I. o campo de aplicação da Contabilidade Pública é restrito à administração pública nos seus três
níveis de governo: Federal, Estadual Municipal e correspondentes autarquias.
II. a Contabilidade Pública é a disciplina aplicada na atividade pública e privadas, em harmonia
com as normas gerais do Direito Financeiro.
III. de acordo com o nível de Governo, a Contabilidade Pública é conhecida também por
Contabilidade Nacional ou Federal, Contabilidade Estadual, Contabilidade Municipal e
Contabilidade autárquica
IV. o Ano Financeiro é o período durante o qual se executa o orçamento podendo coincidir, ou não
com o ano civil. No Brasil, ocorre a coincidência do Ano Financeiro com o Ano Civil.

Marque a alternativa correta:


a) as afirmativas I e IV.
118
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

b) as afirmativas I, III, IV.


c) somente a afirmativa II.
d) as afirmativas II e IV
e) todas as afirmativas.

31- conforme art. 106 da Lei 432/64, os bens do almoxarifado, devem ser avaliados pelo:
a) métodos UEPS.
b) Método do custo específico.
c) Valor de aquisição
d) preço médio ponderado das compras.

32- Em relação às contas do ativo passivo compensado:


a) Devem manter igualdade de seus saldos.
b) Seguindo o princípio contábil da prudência, as contas do passivo compensado devem ser
maiores que do ativo compensado.
c) Modificam o valor do patrimônio.
d) Não se caracterizam como contas de controle.
e) São classificadas no Ativo e Passivo financeiro

33- Com relação ao balanço orçamentário, analise os itens abaixo; em seguida assinale a alternativa
correta:

I. Quando a receita executada for maior que a despesa executada houve superávit
orçamentário.
II. Quando a despesa executada for maior que a receita executada houve déficit orçamentário.
III. Quando a receita prevista for maior que a receita executada houve superávit orçamentário.
a)Todos os itens estão corretos.
b)Apenas o item I está correto.
c)Apenas os itens I e III estão corretos
d)Apenas o item III está correto.
e)Apenas os itens I e II estão corretos.

34- Registro da doação de móveis ocorre pelo sistema:


a) orçamentário.
b) financeiro.
c) compensação
d) patrimonial
e) Patrimonial e Sistema Orçamentário.

35- No registro da saída de material de consumo do almoxarifado credita-se o sistema:


a) orçamentário – Almoxarifado material de consumo.
b) compensação – Almoxarifado material de consumo.
c) patrimonial – decréscimos patrimoniais.
d) orçamento – Decréscimos patrimoniais.
e) patrimonial – Almoxarifado material de consumo.

36- No ativo compensado:


a) são registrados créditos e valores numerários.
b) são demonstrados os valores dos bens imobilizados.
119
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

c) são registradas as dívidas fundadas.


d) são registrados valores que mediata ou imediatamente poderão vir afetar o patrimônio
e) são registrados os valores exigíveis a curto prazo..

37- Registra e movimenta as contas representativas de direitos e obrigações, geralmente decorrentes


de contratos ou ajustes, e incluem ao término do exercício os saldos de suas contas no balanço do
Sistema Patrimonial, é o sistema:
a) Orçamentária;
b) Financeiro;
c) Compensação;
d) Orçamento e Financeiro
e) Financeiro e de Compensação

38- O balanço Patrimonial demonstra:


a) Ativo e passivo financeiro, ativo e passivo permanente.
b) Ativo e passivo permanente, e saldo patrimonial
c) Ativo e passivo permanente, o saldo patrimonial e as contas de compensação.
e) Ativo e passivo financeiro, ativo e passivo permanente, saldo patrimonial e as contas de
compensação.

39- A empresa “Xic-Xic”, que é uma fundação pública adquire dois computadores e uma televisão.
Essa aquisição movimentará os respectivos sistemas:
a) sistema orçamentário, sistema financeiro e patrimonial;
b) sistema orçamentário, sistema financeiro e de compensação;
c) sistema financeiro, patrimonial e de compensação;
d) sistema orçamentário, patrimonial e de compensação
e) sistema orçamentário, sistema financeiro, patrimonial e de compensação.

40- De acordo com a Lei nº 4.320, os grupos das variações patrimoniais ativas classificam-se em:
a) despesa orçamentária, mutações patrimoniais, independente de execução orçamentária e
resultado patrimonial;
b) ativo compensado, resultado patrimonial, despesa orçamentária e independente de execução
orçamentária;
c) resultado patrimonial, despesa orçamentária, passivo compensado e receita orçamentária;
d) passivo compensado, receita orçamentária, ativo compensado e receita orçamentária
e) receita orçamentária,mutações patrimoniais independente de execução orçamentária e resultado
patrimonial.

41- O sistema Patrimonial tem por finalidade:


a) evidenciar o registro contábil da receita e da despesa de acordo com as especificações constantes
na lei de orçamentos e créditos adicionais;
b) registrar as operações que resultem débitos e créditos de natureza financeira na execução
orçamentária;
c) registrar analiticamente todos os bens de caráter permanente, bem como manter o registro
sintético dos bens móveis e imóveis;
d) registrar as movimentações das contas representativas de direito e obrigações, geralmente
decorrentes de contratos, convênios ou ajustes;
e) registrar variações orçamentárias e financeiras.

120
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

42- O plano de Contas como finalidade:


a) adequar a estrutura em ordem alfabética;
b) diferenciar obrigações e Patrimônio Liquido;
c) diferenciar Conta patrimonial e de Resultado, Conta Ativa e Passiva, bem como Grupo de Conta;
d) identificar o Imobilizado da Empresa;
e) diferenciar o Ativo e o Passivo Circulantes.

43- em relação aos procedimentos contábeis na área pública, analise as seguintes afirmativas:
I. o Balanço Patrimonial demonstra: O ativo Financeiro; O ativo Permanente; O passivo financeiro;
O Passivo Permanentes; o Saldo Patrimonial e As Contas compensação.
II. o Passivo Permanente compreende os compromissos exigíveis cujo pagamento independe de
autorização legislativa para amortização ou resgate.
III. o Ativo financeiro compreende os créditos e valores realizáveis independentemente da
autorização orçamentária e dos valores numéricos.
IV. nas Contas de Compensação são registrados os bens, valore, obrigações que afetam o
patrimônio.

A alternativa correta é:
a) as afirmativas I e II;
b) as afirmativas I, III e IV;
c) somente a Afirmativa II;
d) as afirmativas II e IV;
e) todas as afirmativas.

44- Com base nos dados do Balanço Financeiro abaixo, todos apurados ao final de um exercício
qualquer, assinale a opção que indica o montante de pagamento efetuado pela entidade:

Balanço Financeiro
Receitas $ Despesas $
Transferência Recebidas Despesa orçamentária
Cota Recebida 250 Corrente 150
Ingressos Extra-orçamentários Capital 200
Outras transferências 115 Dispêndios Extra-orçamentários
Restos a Pagar – inscrição 50 Restos a Pagar – Pagos 40
Disponibilidade para o Período seguinte Disponibilidade Para o período Seguinte
Conta Única 40 Conta Única 65

455 455
a) $ 400
b) $ 455
c) $ 340
d) $ 200
e) $ 390

45- O balanço orçamentário demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com a(s):
a) Lei de Orçamento:
b) Lei Diretrizes Orçamentárias;
c) Empenhadas;

121
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

d) Contabilizadas;
e) Realizadas.

TESTES DE FIXAÇÃO 03

Prova do CFC- Exame de Suficiência

Considerando os dados abaixo, responda às questões 01 e 02.

Balanço Orçamentário 31.12.2000 (em R$)


RECEITA ORÇAMENTÁRIA PREVISÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA
RECEITAS CORRENTES 6.637,00 11.889,00 (5.252,00)
Tributária 1.300,00 6.097,00 (4.797,00)
Patrimonial 972,00 857,00 115,00
Industrial 383,00 953,00 (570,00)
Transferências Correntes 3.982,00 3.982,00 0,00
RECEITAS DE CAPITAL 7.677,00 3.468,00 4.209,00
Alienação de Bens 1.100,00 958,00 142,00
Operações de Crédito 3.835,00 - 3.835,00
Transferências de Capital 2.742,00 2.510,00 232,00
SOMA 15.357,00 (1.043,00)
14.314,00
DESPESA ORÇAMENTÁRIA FIXAÇÃ EXECUÇÃO DIFERENÇA
O
Créditos Iniciais 12.835,00 11.496,00 1.339,00
Créditos Adicionais 1.479,00 579,00 900,00
Soma 14.314,00 12.075,00 2.239,00

1) A análise do comportamento da execução orçamentária revela:

a) Insuficiência na alocação dos custos correspondentes às receitas industriais de R$ 570,00.


b) Obtenção de empréstimos de R$ 3.835,00.
c) Excesso na arrecadação de impostos e demais tributos de R$ 4.797,00.

d) Equilíbrio nas transferências.

2). O resultado da execução orçamentária evidencia:

a) Defícit de R$ 1.043,00

b) Superavit de R$ 1.196,00

c) Defícit de R$ 2.239,00

d) Superavit de R$ 3.282,00

122
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

3). Na entidade pública, para registro das transações e visando a apuração dos resultados
gerais do exercício, devem ser observados, por imposição de lei:

a) O regime de competência ou de confrontação entre despesas incorridas no período e a


correspondente geração das receitas.

b) De competência para as receitas geradas e de caixa para as despesas efetivamente pagas.

c) O regime de caixa para as receitas arrecadadas e de competência para as despesas legalmente


empenhadas.

d) De caixa para as receitas efetivamente recebidas e competência para as despesas liquidadas no


exercício.

4) O Crédito Extraordinário é uma classificação dos Créditos Adicionais que poderá ser
autorizado com o fim de atender a despesas:

a) Consideradas imprevistas e urgentes.

b) Com programas de trabalho não previstos no orçamento em vigor.

c) Com aumento dos vencimentos dos servidores públicos ativos.

d) Previstas no orçamento, mas insuficientes para atender às necessidades da Administração


Pública.

05) - A receita orçamentária decorrente de um empréstimo tomado pelo Governo é classificada na


subcategoria econômica:

a) Receita Patrimonial.

b) Transferência de Empréstimos.

c) Operações de Crédito.

d) Amortização de Empréstimos.

06) - A despesa orçamentária é constituída por três estágios: empenho, liquidação e pagamento. O
estágio da liquidação é aquele em que:

a) se verifica o direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.

b) o credor comparece perante o agente pagador, identifica-se, recebe seu crédito e dá a


competente quitação.

c) é procedida a licitação da despesa como objetivo de verificar, entre os vários fornecedores


habilitados, quem oferece condições mais vantajosas.

123
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

d) através de ato emanado de autoridade competente, é criada para o Poder Público uma
obrigação de pagamento.

07)- A Dívida Fundada compreende:

a) os compromissos provenientes de débitos de funcionamento.

b) os empréstimos realizados para amortização a curto prazo.

c) os empréstimos realizados para atender a imediata insuficiência de caixa, fundamentada


no fluxo de caixa.

d) os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender


desequilíbrios orçamentários ou financiamento de obras e serviços públicos.

08) - Os regimes contábeis da receita e despesa, segundo a Lei 4.320/64, são respectivamente:

a) Competência e Misto.

b) Caixa e Prudência.

c) Caixa e Competência.

d) Competência e Caixa.

Observe o Balanço Orçamentário abaixo e responda às questões 10 e 11:

Balanço Orçamentário em 31.12.1999(em R$)


RECEITA ORÇAMENTÁRIA PREVISÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA
Receitas Correntes
Tributária 600,00 546,00 ( 54,00)
Patrimonial 415,00 210,00 (205,00)
Serviços 185,00 192,00 7,00
Transferências Correntes 1.875,00 1.480,00 (395,00)
Receitas de Capital
Alienação de Bens 890,00 152,00 (738,00)
Operações de Crédito - 670,00 670,00
Transferências de Capital 1.060,00 1.810,00 750,00
SOMA 5.025,00 5.060,00 35,00
DESPESA ORÇAMENTÁRIA FIXAÇÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA
Créditos Iniciais 4.775,00 4.693,00 ( 82,00)
Créditos Adicionais 250,00 235,00 ( 15,00)
SOMA 5.025,00 4.928,00 ( 97,00)

124
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

09)- O resultado da execução orçamentária é:

a. Deficitária em 97,00
b. Superavitária em 35,00
c. Superavitária em 132,00
d. Deficitária em 62,00

10)- A economia de dotação corresponde a:

a. 82,00
b. 15,00
c. 97,00
d. 132,00

11)- As afirmativas abaixo estão CORRETAS, exceto :

a. Entende-se como arrecadação a fase do estágio da receita onde o credor se habilita ao


recebimento do valor e concede ao poder público a plena quitação através da emissão do
recibo.
b. Dentre os estágios da receita temos o lançamento de receita. É o estágio onde se descrimina
a espécie, o valor e o vencimento do tributo de cada um.
c. O recolhimento é a fase onde os agentes arrecadadores (públicos ou privados), entregam ao
tesouro público o produto da arrecadação.
d. A dívida ativa é a composição das importâncias relativas a tributos, multas e créditos
fazendários lançados, mas não cobrados ou não recebidos no prazo de vencimento.

Com base no Balanço Orçamentário abaixo, responda a questão 12:

Balanço Orçamentário em 31.12.1999(em R$)


RECEITA ORÇAMENTÁRIA PREVISÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA
Receitas Correntes
Tributária 25.200,00 23.100,00 (2.100,00)
Patrimonial -- -- --
Serviços -- -- --
Transferências Correntes 2.800,00 2.600,00 ( 200,00)
Receitas de Capital
Alienação de Bens 2.100,00 2.100,00
Operações de Crédito 6.900,00 5.800,00 (1.100,00)
Transferências de Capital -- -- --
SOMA 37.000,00 36.600,00 (3.400,00)
DESPESA ORÇAMENTÁRIA FIXAÇÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA
Créditos Iniciais 30.600,00 28.800,00 (1.800,00)
Créditos Adicionais 6.400,00 6.400,00 --
SOMA 37.000,00 35.200,00 (1.800,00)
125
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

12)- O montante dos empréstimos obtidos é de:

a. 6.900,00
b. 5.800,00
c. 6.400,00
d. 2.100,00

126
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

TESTES DE FIXAÇÃO 04
SIMULADO DE CONTABILIDADE PÚBLICA

01. Quanto ao Balanço Patrimonial exigido pela Lei 4.320/64, podemos afirmar que:
a) No ativo financeiro, encontram-se contas que serão utilizadas para definir o valor a ser
acrescentado ao orçamento como crédito adicional
b) No passivo permanente, devem ser demonstrados os valores referentes á dívida flutuante
c) O saldo patrimonial é obtido pela comparação de ativo financeiro e permanente com passivo
financeiro e permanente
d) No ativo e passivo compensado, são demonstrados os valores do orçamento aprovado
e) Tem a mesma estrutura do demonstrativo exigido pela Lei 4.320/64.

02. De acordo com o artigo 106 da Lei 4.320/64, a avaliação dos elementos patrimoniais públicos
obedecerá às normas seguintes:
a) As faturas liquidadas e ainda não pagas serão registradas pelo valor nominal
b) Os veículos serão contabilizados pelo valor de compra deduzidos da depreciação em função do
uso
c) Os imóveis serão escriturados pelo valor de aquisição ou pelo custo de construção
d) Os bens de almoxarifado poderão ser avaliados pela média ponderada móvel das compras ou
pelo preço específico
e) Os créditos deverão ser registrados pelo valor de face dos títulos

03. A dívida ativa está disciplinada no artigo 39 da Lei 4.320/64. Trata-se de um crédito da fazenda
pública de natureza tributária ou não tributária, sendo escriturado como receita do exercício em que
ocorrer sua arrecadação. Julgue os itens a seguir. a) Uma superveniência ativa deve ser
contabilizada, pela incorporação do direito a receber
b) O cancelamento da dívida ativa provoca um crédito em conta de insubsistência passiva
c) Uma variação ativa extra-orçamentária e uma variação passiva orçamentária são acionadas em
razão do recebimento do ativo
d) Na arrecadação da dívida ativa são envolvidos os sistemas financeiro, patrimonial e orçamentário
e) A receita da dívida ativa abrange os valores correspondentes à respectiva atualização monetária,
multa e juros de mora.

04. O balanço orçamentário está previsto no artigo 102 da Lei 4.320/64, devendo apresentar as
receitas previstas e as despesas fixadas em confronto com as realizadas. Com relação a esse
demonstrativo contábil pode-se afirmar que:
a) se a receita executada superar a receita prevista significará que ocorreu uma insuficiência na
previsão orçamentária.
b) sendo obedecido estritamente o princípio do equilíbrio, a despesa executada não poderá superar a
receita prevista.
c) o superávit orçamentário resultará também de superávit corrente combinado com déficit de
capital.
d) quando encontrarmos superávit do orçamento de capital em conjunto com superávit do
orçamento corrente terá ocorrido capitalização.
e) se a receita de capital denominada de operações de crédito superar a despesa de capital intitulada
amortização da dívida terá ocorrido uma redução no endividamento.
127
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

05. Quanto às características do Plano de Contas da Administração Federal, julgue os itens


seguintes:
a) a implantação dessa estrutura de contas representou um grande avanço qualitativo nos controles
e demonstrações contábeis, principalmente com o uso do Siafi.
b) apresenta desdobramentos analíticos necessários à realização de controles mais apurados sobre a
gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos públicos, missão atribuída à Contabilidade
Pública pela Lei 6.404/76.
c) permite o controle sobre todas as etapas do processo orçamentário, desde o momento em que as
unidades gestoras elaboram sua proposta de orçamento até a sua publicação.
d) sua contas foram estruturadas de modo a facilitar o levantamento dos demonstrativos contábeis:
balanço orçamentário (cujas contas estão agrupadas no ativo e passivo compensado), demonstração
das variações patrimoniais (que utiliza as contas de resultado das classes 3, 4, 5 e 6)
e) contempla contas de cada um dos sistemas contábeis, alocando especialmente as dos sistemas de
compensação e orçamentário nos grupos ativo compensado e passivo compensado.

06. A partir dos dados fornecidos abaixo, examine as assertivas.


- receita de capital: 1.650
- desvalorização de bens: 145
- doação de bens a terceiros: 250
- despesa corrente: 4.230
- sub-repasse concedido: 1.400
- financiamento concedido: 870
- amortização da dívida: 450
- restabelecimento de dívidas: 50
- cota recebida: 2.000
- receita corrente: 2.780
- empréstimos obtidos: 1.100
- despesa de capital: 1.340
- cobrança da dívida ativa: 320
- atualização de créditos: 280
- desincorporação de dívidas: 110
a) o montante das mutações patrimoniais ativas foi de 1.320
b) as variações passivas resultantes da execução orçamentária totalizaram 6.990
c) o resultado patrimonial apurado somou 695 de déficit
d) as superveniências passivas resultaram em 1.150
e) as variações ativas independentes da execução orçamentária somaram 390

128
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

GABARITO DO SIMULADO DE CONTABILIDADE PÚBLICA

01. v, F, V, F, F
02. V, F, V, F, V
03. V, F, F, V, V
04. V, V, V, F, F
05. V, F, F, V, V
06. V, F (8.390), V, F (50), V

TESTES DE FIXAÇÃO 05
AULA PRÁTICA DE RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS - PARTE I

1.(TCU) As variações patrimoniais ativas apresentam-se como resultantes ou independentes da


execução orçamentária. As resultantes da execução orçamentária compreendem:
(a) as receitas orçamentárias arrecadadas durante o exercício e as mutações patrimoniais da despesa,
que decorrem da incorporação de elementos ativos ao patrimônio ou da diminuição de elementos do
passivo do ente público.
(b) as receitas orçamentárias lançadas durante o exercício.
(c) as receitas orçamentárias arrecadadas durante o exercício e as incorporações de quaisquer
valores ao patrimônio.
(d) as receitas orçamentárias arrecadadas durante o exercício, o cancelamento de dívidas passivas e
a inscrição da Dívida Ativa.
(e) o saldo financeiro inicial, adicionado às receitas orçamentárias arrecadadas durante o exercício,
deduzido das despesas orçamentárias pagas.

2. (ESAF) Indique a opção correta quanto à classificação da despesa decorrente da concessão de


empréstimos e da receita decorrente da amortização de empréstimos, respectivamente:
a( ) Despesa de Capital e Receita Corrente b ( ) Despesa de Capital e Receita de Capital
c( ) Despesa Corrente e Receita de Capital d ( ) Despesa Corrente e Receita Corrente

3. (CD) Na estrutura do Plano de Contas, o primeiro nível representa a classificação máxima na


agregação das contas nas seguintes classes:
(a) Ativo, Passivo, Despesa, Receita , Resultado Diminutivo do Exercício e Resultado
Aumentativo do Exercício
(b) Ativo, Passivo, Despesa de Capital, Receita e Resultado do Exercício
(c) Ativo, Passivo, Despesa, Receita de Capital e Resultado do Exercício
(d) Ativo, Passivo Circulante, Despesa, Receita e Resultado do Exercício
(e) Ativo Circulante, Passivo, Despesa, Receita e Resultado do Exercício

4. (CD) As Despesas Correntes compreendem as despesas de:


(a) pessoal, material permanente, serviços de terceiros, encargos diversos e transferências
correntes
(b) pessoal, equipamentos e instalações, serviços de terceiros, encargos diversos e transferências
correntes.
(c) investimentos, inversões financeiras e transferências de capital.
(d) investimentos, pessoal e transferências correntes.

129
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

(e) pessoal, material de consumo, serviços de terceiros, encargos diversos e transferências


correntes.

5. (TCU) Num determinado órgão, verificaram-se durante o exercício entre outros os seguintes
fatos:
. orçamento aprovado: 200 . receita arrecadada: 180
. despesa empenhada: 160 . despesa paga: 150
Da despesa paga, 50 se destinaram à aquisição de mobiliário de uso, e 25, a materiais de consumo,
que foram utilizados imediatamente. O restante se destinou a despesas com pessoal e serviços de
terceiros.
Apure o resultado patrimonial.

6. (CD) As receitas correntes compreendem:


(a) as tributárias, patrimoniais, de operações de crédito e outras de natureza semelhante, bem como
as provenientes de transferências correntes.
(b) as tributárias, patrimoniais, industriais e outras de natureza semelhante, bem como as
provenientes de transferências de capital.
(c) as receitas de subvenções, contribuições e auxílios do orçamento da União e do produto da
amortização de empréstimos.
(d) as tributárias, patrimoniais, industriais e outras de natureza semelhante, bem como as
provenientes de transferências correntes.
(e) a constituição de dívidas, conversão em espécie de bens e direitos, utilização de saldos de
exercícios anteriores ou de reservas e outras de natureza semelhante, bem como as provenientes de
transferências de capital.

7. A Lei 4.320/64 estabeleceu o regime para apuração de resultados públicos em seu art. 35, onde se
pode subentender que deve ser adotado o regime de caixa para o reconhecimento das receitas
orçamentárias e o regime de competência para a apropriação das despesas orçamentárias. Esse
dispositivo entra em choque com o que recomenda a boa técnica contábil e com o disciplinamento
estabelecido pelos Conselhos Regionais e Federal de Contabilidade. Julgue os itens a seguir:
a ( ) a receita orçamentária deverá ser registrada sempre que ocorrer ingresso de quaisquer
recursos financeiros nos órgão públicos, posto que a Lei 4.320/64 ordena a adoção do regime de
caixa.
b ( ) a despesa orçamentária deverá ser apropriada sempre a partir da emissão do empenho, posto
que a Lei 4.320/64 determinou explicitamente que pertencem ao exercício financeiro as despesas
nele legalmente empenhadas.
c ( ) apesar de a Lei 4.320/64 dispor expressamente sobre o momento do reconhecimento da
despesa orçamentária, durante o exercício financeiro, apenas os valores dos empenhos já liquidados
é que deverão ser apropriados como despesa orçamentária, em vista da previsão legal da verificação
do implemento de condição do empenho.
d ( ) o entendimento acerca do regime a ser adotado para apropriação da receita orçamentária
deve ser feito confrontando os dispositivos da Lei 4.320/64 disciplinadores do regime de caixa para
a receita (artigo 35) e da inscrição da dívida ativa (artigo 39 - parágrafo 1º), o que nos leva a
concluir que poderá também ser adotado o regime de competência na apropriação da receita
orçamentária.

8. (TCU) O Plano de Contas Único da Administração Federal


(a) não mais possibilitou a elaboração dos Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial e da
Demonstração das Variações Patrimoniais, na forma da Lei n.º 4.320/64.
130
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

(b) tem como uma de suas partes integrantes a Tabela de Eventos, que consiste em uma relação de
ocorrências, às quais ficam vinculadas as contas que deverão ser sensibilizadas, quando do
registro da operação.
(c) tornou possível a utilização do SIAFI, até mesmo para instituições financeiras públicas que
devem obediência aos ditames da Lei n.º 6.404/76.
(d) possibilitou a individualização dos devedores, credores e bens, com a especificação necessária
ao controle contábil desses elementos patrimoniais.

9. Quanto à inscrição da Dívida Ativa, conforme determina o art. 39 da Lei 4.320/64, é correto
afirmar que:
a ( ) constitui um verdadeiro ponto de choque entre o Direito Financeiro e os Princípios de
Contabilidade.
b ( ) é tema contraditório dentro da própria Lei 4.320/64, haja vista que em seu artigo 35
estabeleceu que a receita orçamentária deverá ser reconhecida através da adoção do regime de
caixa.
c ( ) gera um direito a receber que deverá provocar o surgimento da receita orçamentária, quando
de sua conversão em espécie.
d ( ) provoca o surgimento de valores positivos no patrimônio pelo ingresso de recursos
financeiros.

10. Quanto ao Plano de Contas da Administração Federal, é incorreto afirmar que:


a ( ) consiste apenas na relação de títulos, previamente definidos, representativos de um estado
patrimonial e de suas variações, organizados e codificados com o objetivo de sistematizar e
uniformizar o registro contábil dos atos e fatos de uma gestão.
b ( ) compreende o conjunto de títulos contábeis representativos de seu estado e de suas
variações, organizados e codificados de forma a facilitar o levantamento dos demonstrativos
contábeis, bem como o conjunto de informações acerca da utilização de cada um dos títulos(conta)
na feitura dos registros contábeis.
c ( ) deve permitir a identificação, a classificação e a escrituração contábil, pelo método das
partidas dobradas, dos atos e fatos de uma gestão, de maneira padronizada, uniforme e
sistematizada.
d ( ) deve permitir o conhecimento dos custos dos serviços industriais, a análise e a interpretação
dos resultados econômicos e financeiros, o acompanhamento e o controle da execução
orçamentária, evidenciando a receita prevista, realizada e a realizar, bem como a despesa
autorizada, empenhada, realizada e as dotações disponíveis.

11. (TCU) O campo de atuação da contabilidade pública


a)abrange as entidades privadas representativas de classes profissionais.
b) estende-se às pessoas jurídicas de direito público, bem como a todas as suas entidades
vinculadas, não apenas de direito público.
c)abrange as fundações e empresas públicas que utilizam recursos à conta do orçamento público.
d) não visa, diferentemente da contabilidade empresarial, ao controle do patrimônio público, mas
sim ao controle dos créditos orçamentários disponíveis.

12. Quanto à avaliação dos itens patrimoniais, a Lei 4.320/64 em seu art. 106 estabeleceu que:
a ( ) os débitos e créditos, bem como os títulos de renda deverão ser avaliados pelo valor
nominal, podendo ser feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na
data do balanço.
131
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

b ( ) os bens móveis e imóveis destinados a uso deverão ser avaliados pelo valor de aquisição ou
pelo custo de produção ou de construção, quando destinados a almoxarifado, pelo preço específico.
c ( ) os materiais de consumo deverão ser avaliados pelo preço médio ponderado das compras.
d ( ) deverão ser feitas reavaliações de bens móveis e imóveis.

13. Quanto à utilização de quatro grupos de contas independentes e autônomos, representado pelos
sistemas de contas denominados de financeiro, patrimonial , orçamentário e de compensação, na
área pública, é incorreto afirmar que:
a ( ) tem a finalidade de facilitar o levantamento dos quatro demonstrativos contábeis exigidos
pela Lei 4.320/64, que são: Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial e Balanço Orçamentário.
b ( ) é provocado pela obrigatoriedade que têm os órgãos públicos de registrar o orçamento
aprovado e acompanhar com detalhes a sua execução, oferecendo maior transparência aos gastos
públicos.
c ( ) o registro contábil de qualquer ato administrativo poderá provocar lançamentos em mais de
um sistema de contas.
d ( ) os fatos contábeis que envolvam a realização da receita e da despesa orçamentárias sempre
provocarão lançamentos em no mínimo dois sistemas de contas: financeiro e orçamentário.

14. Nos sistemas de contas financeiro e patrimonial encontramos valores representativos de


créditos, débitos e de bens. Julgue esta afirmação e responda aos itens abaixo:
a ( ) a afirmação está correta posto que poderão ser encontradas contas que representam bens no
sistema financeiro.
b ( ) é incorreto afirmar que as contas representativas dos créditos e débitos somente serão
encontradas no sistema financeiro.
c ( ) a afirmação está correta posto que os créditos e débitos também poderão ser encontrados no
sistema patrimonial.
d ( ) é incorreto afirmar que as contas representativas de bens somente poderão ser encontradas
no sistema patrimonial.

15. Para a identificação dos valores a receber e a pagar que pertencem ao sistema financeiro e dos
valores a receber e a pagar que pertencem ao sistema patrimonial, devem ser consideradas as
seguintes afirmações verdadeiras:
a ( ) os valores a receber originados da execução do orçamento da despesa pertencem ao sistema
patrimonial.
b ( ) os valores a pagar originados da execução do orçamento da despesa pertencem ao sistema
financeiro.
c ( ) os valores a pagar originados da execução do orçamento da receita pertencem ao sistema
patrimonial.
d ( ) os valores a receber originados da execução do orçamento da receita pertencem ao sistema
financeiro.

16. Assinale a opção que apresenta variações patrimoniais ativas independentes da execução
orçamentária, denominadas de acréscimos patrimoniais:
a ( ) cancelamento de resíduos passivos e de restos a receber.
b ( ) aquisição de bens à conta do orçamento do exercício financeiro anterior ao do recebimento
dos mesmos e inscrição de restos a receber.
c ( ) inscrição de resíduos ativos e de restos a pagar.
d ( ) restabelecimento de dívidas passivas

132
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

17. (TCDF) No que diz respeito ao regime contábil adotado pela administração pública no Brasil, é
correto afirmar que:
(a) o regime é único, porque as receitas e as despesas são escrituradas mediante a utilização do
regime de caixa.
(b) o regime é único, porque as receitas e as despesas são escrituradas mediante a utilização do
regime de competência.
(c) o regime é misto, porque as receitas são escrituradas mediante a utilização do regime de
competência e as despesas pelo regime de caixa.
(d) o regime é misto, porque as receitas são escrituradas mediante a utilização do regime de
caixa e as despesas pelo regime de competência.
(e) não há previsão legal para o regime contábil a ser adotado pela administração pública no
Brasil.

18. (TCDF) As contas: débitos de tesouraria, dívida fundada externa, contratos de garantias e
despesas realizadas pertencem, respectivamente, aos sistemas:
(a) financeiro, patrimonial, de compensação e orçamentário
(b) financeiro, orçamentário, patrimonial e de compensação
(c) patrimonial, financeiro, de compensação e orçamentário
(d) patrimonial, de compensação, orçamentário e financeiro
(e) patrimonial, de compensação, financeiro e orçamentário

19. (TCDF) A manutenção de valores em restos a pagar e a contabilização de valores em despesas


de exercícios anteriores decorrem do(a)
(a) regime de caixa
(b) regime de competência
(c) regime de caixa e do regime de competência, respectivamente
(d) regime de competência e do regime de caixa, respectivamente
(e) execução especial

20.(ESAF) Quando uma Fundação Pública recebe um automóvel em doação, irá registrá-lo por
meio de um débito em conta do Ativo Permanente e um crédito em uma conta de
a) receita orçamentária b) interferência ativa extra-orçamentária
c) mutação ativa extra-orçamentária d) interferência ativa orçamentária
e) acréscimos patrimoniais

21. (ESAF) Após o cancelamento da inscrição da despesa inscrita em restos a pagar, o pagamento
que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a:
a) despesas extra-orçamentárias b) despesas vinculadas a restos a pagar
c) despesas de exercícios anteriores d) depósitos de diversas origens
e) obrigações de exercícios anteriores

22. (ESAF) De acordo com Plano de Contas da Administração Federal são exemplos de
interferências passivas
a) transferência de bens e valores concedidos
b) despesas pré-operacionais c) despesas operacionais
d) desincorporação de ativos e) desvalorização de bens recebidos

133
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

23. (ESAF) De acordo com o Plano de Contas da Administração Pública Federal, os controles da
execução e da previsão orçamentária da receita, respectivamente, são registrados nos grupos de
contas denominadas:
a) ativo permanente e patrimônio líquido b) ativo e passivo circulante
c) ativo realizável a longo prazo e passivo exigível a longo prazo d) ativo e passivo compensado
e) resultado de exercícios futuros e patrimônio líquido

24. (ESAF) De acordo com a tabela de eventos um evento contábil que apresenta débito numa conta
do subgrupo 1.1.1.0.0.00.00 e crédito numa conta do grupo 4.1.0.0.0.00.00 representa:
a) pagamento de despesas correntes b) transferências financeiras mediante sub-repasse
c) recebimento de receitas correntes d) pagamento de despesas de capital
e) incorporação de bens de consumo

25. (ESAF) O documento utilizado no SIAFI para se registrar a transferência de recursos


financeiros entre duas unidades gestoras integrantes daquele sistema é:
a) nota de movimentação de crédito b) nota de dotação
c) nota de programação financeira d) nota de empenho
e) ordem bancária

26. (TCU) Com relação ao regime contábil de escrituração pública adotado no Brasil, julgue os
itens abaixo.
a) Para a arrecadação das receitas públicas, adota-se o regime de caixa e, para a realização das
despesas públicas, o regime de competência, representado pelo consumo de bens e serviços.
b) A Lei n.º 4.320/64 estabelece que o regime contábil adotado pela administração pública no
Brasil é o da competência.
c) Na contabilidade pública, todos os embolsos são classificados como receitas e os desembolsos,
como despesas.
d) Tanto na contabilidade empresarial, quanto na contabilidade pública, alguns valores do ativo
permanente vão sendo lentamente baixados, convertendo o investimento em custo ou despesa.
e) Os recursos decorrentes de cauções em títulos, fianças bancárias e seguros garantia são
reconhecidos como receitas extra-orçamentárias pela contabilidade pública.

27. (TCU) São consideradas receitas de capital as provenientes


a)do poder tributante do Estado.
b) de atividades industriais do Estado.
c)de conversão, em espécie, de bens e direitos.
d) de atividade que provoca um aumento do ativo, sem redução concomitante do mesmo ou sem
aumento do passivo.

28. A contabilidade pública é o único ramo da ciência contábil que tem legislação própria ( Lei
4.320/64). Julgue os itens a seguir.
a) As alterações na situação líquida patrimonial, tais como o recebimento de cauções em dinheiro,
deverão ser reveladas em contas de resultado.
b) O orçamento aprovado e sua execução são acompanhados em contas do sistema orçamentário na
contabilidade pública.
c) Um órgão da administração direta que pratique atividades de indústria deverá apurar custos e
seguir o regime de competência no registro das receitas e despesas orçamentárias.

134
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

d) Os bens imóveis que consumirem recursos públicos na sua construção são controlados no ativo
permanente da entidade executora, independente da identificação de sua propriedade ao final da
obra, em razão da necessidade de se prestar contas do bom uso desses recursos.
e) Quaisquer atos administrativos que possam vir a fazer surgir obrigações no patrimônio são objeto
de registro na contabilidade pública, por meio de contas do passivo circulante.

29. O plano de contas da administração federal é composto de elenco de contas, descrição de


contas, tabelas de eventos e de contas correntes contábeis. Analise as afirmativas e aponte a
incorreta.
a) As contas de controle da programação financeira estão nos grupos de ativo de passivo
compensado.
b) As classes de ativo e passivo são desdobradas de acordo com a estrutura da Lei 4.320/64.
c) São contas de resultado na estrutura do plano de contas as classes de número: 3, 4, 5 e 6.
d) As interferências ativas e passivas orçamentárias registram a movimentação de recursos
financeiros para atender ao pagamento dos créditos orçamentários entre as unidades gestoras do
SIAFI.

30. (IDR) Na Contabilidade Pública, o sistema de compensação registra e movimenta as contas


representativas
a) de direitos e obrigações, geralmente decorrentes de contratos, convênios e ajustes
b) dos saldos dos balanços, no início do exercício, que serão incluídos no sistema patrimonial
c) dos saldos do ativo e passivo, no final do exercício, que serão incluídos no sistema financeiro
d) de direitos e obrigações gerados pela arrecadação da receita e efetivação da despesa

Com base nos dados abaixo, responda as questões que se seguem:


Receita Corrente $1.500 Receita de Capital $1.100
Despesa Corrente $2.000 Despesa de Capital $800
Amortização da Dívida Interna $250 Alienação de Bens $150
Atualização Monetária de Débitos $180 Incorporação de Créditos $70
Construção de Imóveis $200 Obtenção de Empréstimos $950
Concessão de Empréstimos $350 Prescrição de Dívidas $90
Extravio de Bens Móveis $50

31. Informe o montante das alterações positivas da situação líquida patrimonial:


a) 3.560 b) 3.740 c) 4.080 d) 3.900 e) 1.660

32. Informe o valor das variações patrimoniais oriundas de fatos permutativos da execução da
despesa orçamentária:
a) 250 b) 800 c) 550 d) 1.100 e) 450

33. Aponte a opção que contém o total dos acréscimos patrimoniais:


a) 180 b) 70 c) 310 d) 160 e) 360

34. Assinale a alternativa que contém o resultado patrimonial:


a) 660 b) 700 c) 520 d) 920 e) 840

35. Em 08/X1, determinado órgão público adquiriu R$600,00 de matéria-prima. No mês seguinte, o
setor de marcenaria requisitou do almoxarifado R$350 de matéria-prima. Em 10/X1, confeccionou
um armário de madeira utilizando toda a matéria-prima requisitada, não tendo sido computados
custos adicionais . Ao final do exercício, realizou um leilão para se desfazer do saldo de matéria-
prima, tendo arrecadado o valor de R$200. Assinale a opção incorreta.
135
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

a) As mutações ativas superaram as mutações passivas


b) Os acréscimos patrimoniais superaram os decréscimos patrimoniais
c) A receita orçamentária arrecadada foi inferior á despesa orçamentária realizada
d) As variações orçamentárias ativas foram equivalentes às variações orçamentárias passivas
e) As variações ativas foram superiores às variações passivas

36. Aponte a alternativa que contém o resultado patrimonial, para os dados da questão anterior,
considerando que no exercício financeiro tenham acontecido apenas as transações acima.
a) 50 (negativo) b) nulo c) 150 d) 400 (negativo) e) 300

37. (ESAF) Considerando a Lei 4320/64, quando uma Unidade da Administração Federal, que vise
a objetivos comerciais, adquire um terreno para construir novas instalações, classificará esta
despesa como:
a) Inversões financeiras - Aquisição de Imóveis
b) Investimentos - Obras e Instalações
c) Inversões financeiras - Constituição ou Aumento de Capital de Empresas Comerciais ou
Financeiras
d) Investimentos - Equipamento e Material Permanente
e) Inversões Financeiras - Aquisição de Outros Bens de Capital já em Utilização

38. (ESAF) De acordo com as formas de acesso e as modalidades de uso do SIAFI, as unidades
gestoras - UG “ON LINE” TOTAIS caracterizam-se por
a) enviarem balancetes para a incorporação de saldos
b) utilizarem seus próprios operadores para registrarem no SIAFI, por intermédio de terminais de
vídeo, todos os seus atos e fatos, inclusive eventuais receitas próprias
c) suas disponibilidades financeiras serem individualizadas em conta corrente bancária e não
comporem a conta única
d) emitirem seus documentos orçamentários, financeiros e contábeis previamente à entrada dos
respectivos dados no sistema
e) não introduzirem os dados relativos a seus documentos no sistema, o que é feito através de outra
unidade denominada polo de digitação.

39. (ESAF) De acordo com o plano de contas da União, indique a opção que caracteriza um fato
enquadrável no Grupo Realizável a Longo Prazo
a ) entrada de materiais de consumo b) inscrição de dívida ativa
c) baixa de bens patrimoniais d) transferência de materiais de estoque de distribuição
e) participação em fundos e condomínios

40. (ESAF) As contas representativas de “obrigações pendentes ou em circulação” exigíveis em


prazo inferior a um ano independentemente de autorização orçamentária, de acordo com o Plano de
Contas da Administração Federal, estão incluídas no seguinte grupo de contas
a) ativo circulante b) realizável a longo prazo
c) ativo permanente d) passivo circulante
e) exigível a longo prazo

GABARITOS DOS EXERCÍCIOS

01. A

136
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

02. B
03. A
04. E
05. SUPERÁVIT DE 70
06. D
07. C
08. B
09. C
10. A
11. C
12. C
13. C
14. V, V, V, V
15. V, V, V, F
16. B
17. D
18. A
19. B
20. E
21. C
22. A
23. D
24. C
25. E
26. C
27. D
28. B
29. B
30. A
31. A
32. B
33. D
34. C
35. E
36. A
37. B
38. B
39. B
40. D

137
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

TESTES DE FIXAÇÃO 06
CONTABILIDADE PÚBLICA
AULA PRÁTICA DE RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS - PARTE I I

1. (TCU) Assinale a opção que indica apuração de resultado patrimonial negativo.


(a) D - Variações Passivas C - Receita Orçamentária
(b) D - Variações Ativas C - Patrimônio
(c) D - Despesa Orçamentária C - Fornecedores
(d) D - Patrimônio C - Resultado Patrimonial
(e) D - Variações Ativas C - Variações Passivas

2. (ESAF) A contabilização da aquisição de materiais permanentes envolve vários lançamentos nos


sistemas de contas. Assinale o lançamento efetuado no sistema financeiro:
a( ) D - Mutações Passivas Orçamentárias C - Fornecedores
b( ) D - Ativo/Bens Móveis C - Ativo/Bancos c/Movimento
c( ) D - Despesa de Capital/Investimentos C - Fornecedores
d( ) D - Ativo/Almoxarifado de Material Permanente C - Fornecedores
e( ) D - Crédito Empenhado a Liquidar C-Crédito Empenhado Liquidado

3. (TCU) A classificação dos fenômenos contábeis e sua inclusão nos vários tipos de demonstrativos
apresentam particularidades na contabilidade pública. Julgue os itens seguintes:
(a) O valor inscrito em restos a pagar no exercício figura como receita extra-orçamentária no
Balanço Financeiro.
(b) As Despesas de Exercícios Anteriores não integram a Demonstração das Variações
Patrimoniais.
(c) As obrigações do passivo financeiro constituem a chamada dívida fundada.
(d) Os Depósitos em garantia, recebidos de terceiros, apesar de constituírem recursos extra-
orçamentários, são computados no Balanço Financeiro.
(e) Um déficit patrimonial pode reduzir o ativo real líquido ou aumentar o passivo real
descoberto.

(TCU) Na solução das questões 4 e 5, considere a situação abaixo representada relativa a um


determinado exercício financeiro.
Receitas Correntes Previstas: 60 Despesas Correntes Fixadas: 50
Receitas Correntes Executadas: 80 Despesas Correntes Executadas: 40
Receitas de Capital Previstas: 40 Despesas de Capital Fixadas: 50
Receitas de Capital Executadas: 30 Despesas de Capital Executadas: 50

4. Quanto à elaboração do orçamento, pode-se dizer que:


(a) o equilíbrio formal demonstra que o orçamento não é efetivamente deficitário.
(b) a estrutura é adequada, pois as receitas de capital não podem exceder as despesas de capital,
exceto por autorização de maioria absoluta do legislativo.
(c) o superávit de capital permitirá compensar o déficit corrente.
(d) o desequilíbrio reside na disposição entre os diversos grupos de valores.
(e) a situação é teoricamente ideal, pois a receita corrente financia toda a despesa corrente e
parte da de capital.

5. Na execução do orçamento, pode-se dizer que:


138
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

(a) houve um superávit corrente de 40 e um déficit de capital de 20.


(b) o excesso de 20 na receita realizada não poderá ser utilizado na suplementação de despesa
de capital.
(c) a insuficiência de arrecadação de receita de capital acarretou um excesso da despesa de
capital.
(d) é inviável a realização da despesa de 100 (conforme quadro no enunciado da questão), em
função do limite inicialmente fixado.
(e) o efeito combinado do excesso de arrecadação e da economia de despesa incorpora-se
automaticamente ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

Com base nas informações a seguir, responda as questões de nº 6 e 7 :


Receitas orçamentárias recebidas: 2800 Ingressos Extra-orçamentários: 800
Receitas orçamentárias a receber: 1000 Disponível p/ Exercício Seguinte: 2000
Despesas orçamentárias pagas: 1900 Dispêndios Extra-orçamentários: 900
Despesas orçamentárias a pagar: 300 Disponível do Exercício Anterior: 1500
6. O resultado financeiro do exercício é calculado da seguinte forma:
a ( ) total dos ingressos menos total dos dispêndios que é igual a zero.
b ( ) saldo disponível do exercício anterior menos o do exercício seguinte que é igual a 500
negativo.
c ( ) receitas orçamentárias recebidas mais ingressos extra-orçamentários menos despesas
orçamentárias menos dispêndios extra-orçamentários que é igual a 500.
d ( ) receitas orçamentárias menos despesas orçamentárias que é igual a 1600

7. Os restos a pagar demonstrados no lado dos ingressos extra-orçamentários referem-se:


a ( ) aos pagamentos de despesas efetuados no exercício no valor de 1900.
b ( ) ao saldo não pago no exercício anterior no valor de 1500.
c ( ) ao valor dos empenhos não pagos no exercício em que geraram despesa orçamentária de
modo a equilibrar o demonstrativo no valor de 300.
d ( ) ao valor dos empenhos emitidos no exercício anterior e pagos neste exercício no valor 1900.

8. Dentre as fontes de recursos disponíveis para abertura de créditos adicionais, destaca-se o


superávit financeiro apurado em Balanço Patrimonial do exercício anterior. Aponte a alternativa
correta quanto ao tratamento dado ao superávit financeiro no Balanço Orçamentário:
(a) deverá ser destacado em conta específica de receita extra-orçamentária, após o cálculo do
resultado orçamentário, posto que se trata de recursos que não foram previstos na lei orçamentária.
(b) é adicionado no lado das despesas do Balanço Orçamentário, já que possibilita a abertura de
créditos adicionais, sem inclusão de valor equivalente no lado das receitas do Balanço
Orçamentário, o que provoca normalmente déficits.
(c) poderá estar representado por contas de receitas orçamentárias, denominadas saldos de
exercícios anteriores, de modo a equilibrar o Balanço Orçamentário, posto que os créditos
adicionais deverão aparecer no lado das despesas orçamentárias.
(d) não será considerado receita orçamentária para efeito de classificação dentre as receitas
previstas na lei orçamentária, porém deverá ser lançada no Balanço Orçamentário para equilibrar
com os créditos adicionais abertos à conta desses recursos.

9. O Balanço Patrimonial elaborado de acordo com a Lei 4.320/64 apresenta peculiaridades


divergentes do balanço patrimonial exigido pela Lei das Sociedades Anônimas. Pondere as opções a
seguir, quanto ao Balanço Patrimonial de um ente público:

139
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

(a) os itens patrimoniais deverão ser demonstrados de acordo com o grau decrescente de
liquidez no ativo e de exigibilidade no passivo.
(b) dentre os itens patrimoniais, os de natureza financeira deverão ser destacados dos demais a
fim de facilitar o cálculo do superávit financeiro.
(c) o saldo patrimonial deverá corresponder ao conceito de patrimônio líquido, devendo ser
apresentado em qualquer hipótese do lado do passivo, a fim de caracterizar com facilidade a riqueza
líquida.
(d) no cálculo do verdadeiro patrimônio público deverão ser considerados os valores
compensados de ativo e passivo.

Elabore o Balanço Patrimonial conforme os dados a seguir e responda as questões de nº 10 e 11:


. Superávit Financeiro: 40 . Ativo Real: 220
. Passivo Permanente: 30 . Ativo Real Líquido: 100
. Passivo Total: 1000

10. O montante do Ativo Financeiro ficou em:


(a) 90 (b) 40 (c) 120 (d) 130

11. O Passivo Real apresentou o total de:


(a) 90 (b) 40 (c) 120 (d) 150

12. Os resultados gerais do exercício deverão ser demonstrados no Balanço Orçamentário, no


Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial e na Demonstração da Variações Patrimoniais. Dessa
forma, tomaremos conhecimento dos seguintes resultados:
(a) orçamentário, financeiro e econômico.
(b) orçamentário e financeiro.
(c) orçamentário, financeiro, patrimonial e industrial.
(d) orçamentário, financeiro, patrimonial e de compensação.

13. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas previstas e as despesas fixadas, em confronto


com as realizadas. Analise as afirmações abaixo e indique a incorreta:
a ( ) a despesa realizada somente poderá ser maior que a receita prevista, quando houver
arrecadação suficiente
b ( ) a combinação de superávit do orçamento corrente com déficit do orçamento de capital
indicará sempre uma situação representativa de capitalização(aplicação de recursos correntes em
bens de capital).
c ( ) a existência simultânea de superávit no orçamento de capital e de déficit no orçamento
corrente não será indicativo de enriquecimento patrimonial.
d ( ) a economia orçamentária verificada em um exercício financeiro poderá ser incorporada ao
orçamento do exercício subsequente, no caso dos créditos especiais autorizados nos últimos quatros
meses do ano.

14. A Lei 4.320/64, em seu art. 105 estabeleceu que o Balanço Patrimonial demonstrará os Ativos e
Passivos Financeiros, Permanentes e Compensados, bem como o Saldo Patrimonial. Qual das
opções abaixo contém informações incorretas?
a ( ) o Ativo Financeiro compreenderá os valores, créditos e estoques realizáveis
independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.
b ( ) o Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação
dependa de autorização legislativa.
140
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

c ( ) o Passivo Financeiro compreenderá os compromissos exigíveis cujo pagamento independa


de autorização orçamentária.
d ( ) o Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de
autorização legislativa para amortização ou resgate.
e ( ) o Ativo Compensado representa os valores que possam vir a afetar o patrimônio no futuro.

15. Sabe-se que a Contabilidade Pública é um ramo da ciência contábil que elabora demonstrativos
contábeis específicos, exigidos pela Lei 4.320/64, diferentemente dos demais ramos da
contabilidade, que seguem as normas da Lei 6.404/76. O único demonstrativo elaborado tanto por
empresas privadas, quanto por órgãos e entidades públicas é o Balanço Patrimonial. Todavia,
mesmo tendo o mesmo título e praticamente o mesmo conteúdo, os elementos patrimoniais são
apresentados com a utilização de critérios distintos. Considerando o assunto abordado neste
enunciado, julgue os itens a seguir e aponte a opção correta:
a ( ) o Ativo Financeiro exigido pela Lei 4.320/64 coincide com o conceito de Ativo Circulante
exigido pela Lei das S/A.
b ( ) o Ativo Permanente exigido pela Lei 4.320/64 não coincide com o conceito de Ativo
Permanente adotado pela Lei 6.404/76.
c ( ) o Passivo Financeiro exigido pela Lei 4.320/64 coincide com o conceito de Passivo
Circulante estabelecido pela Lei das S/A.
d ( ) o Passivo Permanente exigido pela Lei 4.320/64 coincide com o conceito de Exigível a
Longo Prazo adotado pela Lei 6.404/76.

16. A falta de comprovação de suprimento de fundos provocará o registro da responsabilidade do


suprido em contas de ativo, representando um realizável do órgão. Indique o lançamento a ser
efetuado quando da inscrição dessa responsabilidade.
a( ) D - Suprimento de Fundos C - Títulos e Valores sob Responsabilidade
b( ) D - Títulos e Valores sob Responsabilidade C - Suprimento de Fundos
c( ) D - Diversos Responsáveis - Falta de Comprovação C - Acréscimos Patrimoniais
d( ) D - Decréscimos Patrimoniais C - Diversos Responsáveis

17. A assinatura de contrato de serviço não afeta o patrimônio mas, no futuro, poderá afetá-lo. Dessa
forma, seu registro no Siafi será procedido com um evento da seguinte classe:
a) 51.x.xxx - apropriação de despesas b) 52.x.xxx - retenções e obrigações
c) 53.x.xxx - liquidação de obrigações d) 54.x.xxx - registros diversos
e) 40.x.xxx - empenho da despesa

18. A classe constante da Tabela de Eventos que serve para registrar concessão de créditos
orçamentários por meio de provisão é:
a) 10.x.xxx - previsão da receita b) 20.x.xxx - dotação da despesa
c) 30.x.xxx - movimentação de crédito d) 40.x.xxx - empenho da despesa
e) 54.x.xxx - registros diversos

19. Um lançamento a débito em conta de ativo financeiro em contrapartida à conta de passivo


financeiro poderá indicar a ocorrência do seguinte fato contábil:
a ( ) recebimento de recursos financeiros relativos a receitas de operações de crédito contratadas.
b ( ) aquisição de materiais de consumo a prazo.
c ( ) pagamento de obrigações com fornecedores do exercício atual.
d ( ) recebimento de valores financeiros em garantia de contratos de serviços assinados com
terceiros.
e ( ) recebimento de valores por devolução de saldo de suprimentos de fundos e diárias.
141
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

20.(TCDF) A receita pública corrente deverá ser registrada:


(a) somente em contas do sistema financeiro, quando integralmente percorrido apenas o estágio
de previsão.
(b) somente em contas do sistema orçamentário, quando realizado o respectivo recolhimento.
(c) somente em contas do sistema de compensação e do sistema patrimonial, quando
integralmente percorrido o estágio da previsão.
(d) em contas do sistema financeiro e orçamentário, no mínimo, quando realizado o respectivo
recolhimento.
(e) em contas de cada um dos sistemas contábeis, quando realizado o respectivo recolhimento.

21. (TCDF) Compõem o passivo financeiro, no sistema financeiro de contas da administração


pública:
(a) restos a pagar, restituições a pagar, credores e dívida fundada externa.
(b) serviço da dívida a pagar, despesas orçamentárias do exercício a pagar, passivo real a
descoberto e dívida fundada externa.
(c) restos a pagar, serviços da dívida a pagar, débitos em tesouraria e depósitos de terceiros.
(d) credores, resultado da execução orçamentária, despesa orçamentária do exercício a pagar e
dívida fundada externa.
(e) restos a pagar, dívida fundada interna, dívida fundada externa e restituições a pagar.

22.(TCDF) Considere os dados abaixo.


caixa 100 bancos 700
aplicações financeiras 600 adiantamento salário-família 200
bens móveis 300 bens imóveis 1.000
restos a pagar 600 depósitos em caução recebidos 100
dívida interna fundada 800 dívida externa fundada 1.000
Os valores do ativo financeiro (AF), da soma do ativo real (SAR), do passivo financeiro(PF)
e do saldo patrimonial (SP), para a elaboração do balanço patrimonial de um determinado órgão da
administração pública brasileira, são:
(a) AF= 800, SAR=2.900, PF=2.500 e SP=400
(b) AF=800, SAR=1.300, PF=1.800 e SP=800
(c) AF=1.600, SAR=1.300, PF=2.500 e SP=400
(d) AF=1.600, SAR=2.900, PF=700 e SP=400
(e) AF=1.600, SAR=1.300, PF=2.500 e SP=800

23. (TCDF) Considere os montantes abaixo, extraídos da demonstração das variações patrimoniais.
receitas correntes 3.000 receitas de capital 2.000
despesas correntes 3.000 despesas de capital 1.500
aquisições de bens móveis 500 construções de bens imóveis 1.000
alienações de bens móveis 200 superveniências ativas 600
insubsistências passivas 100 superveniências passivas 200
insubsistências ativas 300
Os valores das mutações patrimoniais ativas(MPA), das variações ativas independentes da
execução orçamentária (VAIEO), do total das variações passivas (TVP) e do resultado patrimonial
(RP) são :
(a) MPA=1.500, VAIEO=700, TVP=5.000 e RP=2.000
(b) MPA=2.100, VAIEO=300, TVP=5.000 e RP=2.000
(c) MPA=1.500, VAIEO=700, TVP=5.200 e RP=2.000
(d) MPA=1.500, VAIEO=900, TVP=5.200 e RP=1.800
142
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

(e) MPA=2.100, VAIEO=700, TVP=5.000 e RP=2.000

24. (TCU) A estrutura sintética de um balanço orçamentário divulgado pela Secretaria do Tesouro
Nacional era a seguinte ( valores em $):
Órgão X - Balanço Orçamentário
Receitas Correntes 120 Despesas Correntes 100
Tributária 100 Pessoal e encargos sociais 25
Serviços 20 Juros e encargos da dívida 50
Outras 25
Receitas de Capital 100 Despesas de Capital 120
Operações de crédito 80 Investimentos 10
Outras 20 Inversões Financeiras 10
Amortização da dívida 90
Outras 10
TOTAL 220 TOTAL 220

Analisando o quadro acima, julgue os itens a seguir e aponte a opção falsa:


a) ( ) O Órgão X apresentou superávit corrente, déficit de capital e resultado global nulo
b) ( ) O montante das receitas correntes não seria suficiente para fazer face ao serviço da dívida
c) ( ) As operações de crédito excederam o limite das despesas de capital cuja cobertura a
Constituição autoriza mediante endividamento
d) ( ) O Órgão X está reduzindo o montante do endividamento
e) ( ) O Òrgão X apresentou uma situação de capitalização no montante de $20.

25. (ESAF) De acordo com a tabela de eventos do plano de contas da administração federal, uma
unidade gestora, ao transferir recurso financeiro por intermédio de sub-repasse, utiliza o evento
70.0.703 - Concessão de sub-repasse, creditando na unidade gestora recebedora do recurso a conta
6.1.2.1.3.01.00 = Sub-repasse recebido. Na unidade gestora concedente do recurso financeiro,
indique o subgrupo de contas que será debitado:
a) acréscimos patrimoniais b) decréscimos patrimoniais
c) interferências ativas orçamentárias d) interferências passivas orçamentárias
e) despesa orçamentária

26. (ESAF) A classificação dos fenômenos contábeis apresenta particularidades na Contabilidade


Pública. Uma delas é a cômputo dos Restos a pagar do exercício, como ingresso extra-orçamentário
no balanço financeiro. Esta inclusão é feita para
a) compensar sua inclusão na despesa orçamentária b) compensar sua inclusão na receita
orçamentária
c) diminuir o valor das mutações orçamentárias d) aumentar as receitas orçamentárias
arrecadadas
e) aumentar o valor das interferências orçamentárias

27. (ESAF) Considere o plano de contas da administração federal e assinale a resposta correta.
O resultado aumentativo ou diminutivo do exercício compreende os grupos de contas Resultado
Orçamentário e Extra-orçamentário. O Resultado Orçamentário aumentativo compreende
a) os acréscimos, as interferências passivas e as mutações patrimoniais ativas, independente da
execução orçamentária
b) as receitas, interferências ativas, mutações patrimoniais passivas, independentes da execução
orçamentária
143
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

c) os restos a pagar, obrigações pendentes ou em circulação exigíveis até o término do exercício


seguinte
d) as receitas, interferências ativas, mutações patrimoniais ativas, resultantes da execução
orçamentária
e) as despesas orçamentárias, bem como as interferências ativas e as mutações passivas resultantes
da execução orçamentária

28. (ESAF) Assinale a opção incorreta, quanto ao Plano de Contas da Administração Federal:
a) o resultado diminutivo orçamentário inclui as contas representativas de despesa orçamentária
bem como das interferências passivas e das mutações passivas resultantes da execução orçamentária
b) a receita orçamentária compreende os recursos auferidos na gestão a serem computados na
apuração do resultado do exercício, desdobrada em receitas correntes e de capital
c) no ativo as contas são dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos nele
registrados
d) as antecipações de receitas, bem como outras obrigações pendentes ou em circulação exigíveis
até o término do exercício seguinte compreendem o exigível a longo prazo
e) as interferências passivas estão compreendidas dentro do resultado diminutivo do exercício

29. (ESAF) Indique o instrumento utilizado pelos entidades para identificar códigos a serem
inseridos nos documentos de entrada no Siafi para transformar os atos e fatos administrativos
rotineiros em registros contábeis automáticos
a) plano de contas do governo federal b) tabela de unidades gestoras
c) tabela de órgãos e gestões d) tabela de eventos
e) tabela de código de tributo

30. (ESAF) O grupo constante da tabela de eventos que enquadraria a baixa de estoque para
consumo através de requisição seria o de eventos
a) 54.0.xxx registros diversos b) 52.0.xxx de retenções de obrigações
c) 70.0.xxx de desembolsos d) 51.0.xxx de apropriações de despesas
e) 60.0.xxx de restos a pagar

31. (ESAF) A receita orçamentária compreende os recursos auferidos na gestão a serem computados
na apuração do resultado do exercício e desdobrados em receitas correntes e de capital. Assinale a
opção em que todos os itens correspondam a receitas de capital
a) tributária, alienação de bens, patrimonial b) imobiliária, valores mobiliários, agropecuária
c) serviços, patrimonial, industrial, contribuições rurais d) industrial, operação de crédito, alienação de bens
e) operação de crédito, alienação de bens, transferências de capital

32. (ESAF) Assinale a opção correta


Segundo o Plano de Contas da Administração Federal, a conta “receita orçamentária”, cujo código é
6.1.1.0.0.00.00, faz parte da classe
a) receitas b) receitas correntes
c) resultado aumentativo do exercício d) interferências passivas
e) passivo

33. No SIAFI, o registro de um fato contábil feito por meio de Nota de Lançamento com os eventos
55.0.xxx e 51.5.xxx refere-se a:
a) anulação de despesa orçamentária b) anulação de pagamento de restos a pagar não
processados
144
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

c) recebimento de direitos financeiros d) restituição de receitas orçamentárias


e) recebimento de receita orçamentária

34. (ESAF) Na demonstração das variações patrimoniais, o resultado do exercício é apurado pela
diferença entre
a) as receitas e despesas orçamentária b) as mutações patrimoniais ativas e passivas
c) as variações ativas e passivas d) ingressos e dispêndios extra-orçamentários
e) o ativo e passivo

35. (ESAF) Com base no balanço orçamentário (anexo 12 da Lei 4320/64) podemos afirmar que:
a) se a execução da receita for maior que a da despesa houve excesso de arrecadação
b) se a previsão da receita for maior que a dotação da despesa houve excesso de arrecadação
c) se a execução da receita for maior que a dotação da despesa houve excesso de arrecadação
d) se a execução da receita for menor que a previsão houve excesso de arrecadação
e) se a previsão da receita for menor que a arrecadação houve excesso de arrecadação

36. (ESAF) No balanço financeiro, constante do anexo 13 da Lei 4320/64,


a) as despesas orçamentárias não pagas não são consideradas
b) o saldo das disponibilidades do exercício anterior não é relacionado na coluna da receita
c) as obrigações não pagas não são consideradas ingressos extra-orçamentários
d) o saldo das disponibilidades para o exercício seguinte não contém o saldo das disponibilidades
do exercício anterior
e) a diferença positiva entre o saldo das disponibilidades para o exercício seguinte e o anterior é
igual á diferença negativa entre as despesas orçamentárias e extra-orçamentárias deduzidas das
receitas orçamentárias e extra-orçamentárias

37. (ESAF) O superávit financeiro que permitirá a abertura de créditos suplementares nos termos
da lei é apurado em
a) balanço orçamentário b) balanço patrimonial
c) balanço financeiro d) balanço das variações patrimoniais
e) demonstração da execução da receita e despesa

38. (ESAF) No balanço orçamentário pode-se afirmar que


a) a receita arrecadada não pode ser maior que a prevista
b) a despesa executada pode ser maior que a fixada
c) a receita arrecadada pode ser maior que a prevista
d) a receita arrecadada não pode ser maior que a despesa executada
e) a despesa executada e a receita arrecadada não podem ser iguais

39. (ESAF) Na composição do superávit financeiro apurado em balanço patrimonial, para não
oferecer suporte irreal para abertura de créditos adicionais ao orçamento nos termos do artigo 43 da
Lei 4320/64, devemos expurgar da equação de ativo financeiro menos passivo financeiro:
a) as consignações a pagar b) os restos a pagar
c) as despesas pendentes de classificação d) as receitas classificadas no exercício
e) os fornecedores e os depósitos de diversas origens

40. (ESAF) Analisado o balanço patrimonial nos termos da Lei 4320/64 podemos afirmar que:
a) o ativo real deduzido do passivo real é igual à situação líquida ativa quando o ativo real for
menor que o passivo real

145
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

b) o passivo real a descoberto é representado pela diferença negativa entre o ativo real e o passivo
real
c) o ativo real será igual ao passivo real quando o ativo e passivo compensado forem diferentes
d) a situação líquida ativa sempre existirá, quando o ativo real for igual ao passivo real
e) o total do ativo será diferente do total do passivo quando o ativo real for diferente do passivo real

41. (ESAF) Na demonstração das variações patrimoniais, o resultado será representado pelo déficit
ou superávit total que permite-nos a seguinte afirmação verdadeira:
a) quando houver déficit orçamentário e o mesmo for menor que o déficit extra-orçamentário
haverá déficit total
b) caso o déficit orçamentário seja menor que o extra-orçamentário haverá superávit total
c) se houve superávit orçamentário e déficit extra-orçamentário também ocorreu superávit total
d) se não houve déficit ou superávit total também não houve déficit ou superávit orçamentário ou
extra-orçamentário
e) qualquer que seja o resultado total haverá sempre superávit ou déficit orçamentário.

42. A indicação de evento da classe 51.x.xxx na Ordem Bancária significa:


a) pagamento de obrigações com fornecedores
b) pagamento de obrigações oriundas de despesas inscritas em restos a pagar
c) pagamento de despesas extra-orçamentárias
d) liquidação com pagamento imediato da despesa orçamentária
e) concessão de adiantamento salário-família a funcionários sem vínculo com o serviço público.

43. Com relação à escrituração dos atos e fatos administrativos na àrea pública, julgue as
afirmativas abaixo e indique a verdadeira:
a) No registro da obtenção de empréstimos e da amortização da dívida fundada, são utilizadas
contas de mutações passivas e de acréscimos patrimoniais, respectivamente.
b) A inscrição da dívida ativa é representada por superveniências ativas, mas o recebimento da
dívida ativa gera insubsistências ativas.
c) A inscrição de restos a pagar envolve lançamentos em dois sistemas de contas: orçamentário e
patrimonial.
d) Um débito em conta de ativo financeiro em contrapartida a um crédito em conta do passivo
financeiro pode representar recebimento de depósitos de terceiros.
e) O empenho da despesa orçamentária é controlado no sistema de compensação.

44. Quanto ao balanço orçamentário, podemos afirmar que:


a) apresentará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas de modo a permitir o
conhecimento do resultado patrimonial.
b) a combinação de superávit orçamentário corrente com déficit do orçamento de capital deverá
corresponder a um resultado positivo.
c) a despesa executada não poderá superar a receita prevista como conseqüência da aplicação do
princípio do equilíbrio.
d) o déficit orçamentário é representado pela diferença negativa entre despesa executada e receita
arrecadada.
e) a despesa será apresentada por tipo de crédito (orçamentário e adicional), por categoria
econômica e por fonte de recursos.

45. O balanço patrimonial demonstrará os ativos e passivos financeiros e permanentes, o saldo


patrimonial e o compensado (Lei 4.320/64). Julgue as assertivas abaixo e aponte a falsa.
146
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

a) O ativo real líquido é resultado da diferença negativa entre o passivo real e o ativo real.
b) Se há superávit financeiro de $120 e passivo financeiro de $90, então o ativo financeiro é $210.
c) Um balanço patrimonial que apresente passivo real descoberto de $340 e ativo real de $310
deverá ter um passivo real de $650.
d) O ativo permanente do balanço patrimonial poderá envolver o ativo permanente e o ativo
circulante do plano de contas da administração federal.
e) Os compromissos cujo pagamento independa de autorização orçamentária para amortização ou
resgate representam o passivo permanente.

46. (TCU) Com relação aos balanços e à demonstração das variações patrimoniais, julgue os itens a
seguir e aponte a opção incorreta.
a)O balanço orçamentário demonstrará as receitas previstas e as despesas fixadas, em confronto
com as realizadas.
b) O balanço financeiro demonstrará apenas a despesa e a receita orçamentárias realizadas,
conjugadas com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os saldos que se
transferem para o exercício seguinte.
c)As despesas não-pagas, que foram computadas no balanço orçamentário e figuram também na
demonstração das variações patrimoniais, não provocarão alterações no saldo disponível,
anulando-se o seu efeito por inclusão simultânea nas colunas da receita e da despesa do balanço
financeiro.
d) O passivo permanente do balanço patrimonial compreende as dívidas fundadas e outras que
dependam de autorização legislativa para amortização e resgate.
e) A demonstração das variações patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio,
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do
exercício.

47. (TCU) A respeito do balanço financeiro elaborado por órgãos e entidades do serviço público
brasileiro, julgue os itens abaixo e assinale a verdadeira.
(a) A demonstração apresenta a receita e a despesa orçamentárias realizadas, bem como os
recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em
espécie, provenientes do exercício anterior, e com os que se transferem para o exercício
seguinte.
(b) Os saldos provenientes do exercício anterior (disponíveis) inscrevem-se na coluna das despesas.
(c) Sob o título Restos a Pagar, classificado como despesa extra-orçamentária, será computado o
total dos Restos a Pagar inscritos no exercício, para compensar a sua inclusão na despesa
orçamentária.
(d) Os totais da despesa orçamentária, apresentada conforme sua classificação econômica, serão
incluídos na coluna das despesas.
(e) Os Restos a Pagar que figuram como ingressos extra-orçamentários referem-se a pagamentos
no exercício, correspondentes a valores inscritos no exercício anterior.

48. (TCU) Com relação aos registros contábeis que devem ser efetuados quando da ocorrência de
eventos, por órgão ou entidade públicos, julgue os itens abaixo.
(a) Pela constituição de Dívida Fundada, serão efetuados lançamentos em contas de todos os
sistemas contábeis.
(b) Pelo ajustamento do valor de Dívida Externa decorrente de elevação da taxa cambial, serão
efetuados lançamentos somente em contas dos sistemas financeiro e patrimonial.

147
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

(c) Quando do recolhimento do saldo de adiantamento anteriormente efetuado a servidor, no caso


de o saldo ser diferente de zero, serão efetuados lançamentos somente em contas do sistema
financeiro.
(d) Quando da liquidação da despesa orçamentária relativa à aquisição de itens para o
almoxarifado, serão efetuados lançamentos somente em contas dos sistemas financeiro e
patrimonial.
(e) Pela inscrição de despesa empenhada e não-liquidada em restos a pagar, serão efetuados
lançamentos em contas de todos os sistemas contábeis.

49. (TCU) Os dados abaixo foram extraídos da Demonstração das Variações Patrimoniais de um
determinado órgão público.

Receitas de Capital R$ 160.500,00


Construção de Bens Imóveis R$ 53.600,00
Despesas Correntes R$ 258.900,00
Empréstimos Tomados R$ 45.800,00
Cancelamento de Dívidas Passivas R$ 23.000,00
Cobrança da Dívida Ativa R$ 53.400,00
Despesas de Capital R$ 87.300,00
Receitas Correntes R$ 302.700,00
Alienação de Bens Móveis R$ 15.200,00
Inscrição de Dívida Ativa R$ 32.100,00

Com base nos dados apresentados, julgue os itens que se seguem e aponte o incorreto.

(a) O total das Variações Ativas Resultantes da Execução Orçamentária corresponde a R$


516.800,00.
(b) O total das Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária corresponde a R$
53.400,00.
(c) O total das Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária corresponde a R$
55.100,00.
(d) O total das Mutações Patrimoniais Passivas corresponde a R$ 114.400,00.
(e) O valor correspondente ao Resultado Patrimonial corresponde a R$ 111.300,00.
GABARITOS DOS EXERCÍCIOS

01. D 19. D 35. E


02. C 20. D 36. E
03. V, F, F, V, V 21. C 37. B
04. E 22. D 38. C
05. A 23. C 39. C
06. C 24. C 40. B
07. C 25. D 41. A
08. C 26. A 42. D
09. B 27. D 43. D
10. D 28. D 44. C
11. C 29. D 45. E
12. A 30. A 46. B
13. A 31. E 47. A
14. A 32. C 48. A
15. B 33. A 49. B
16. C 34. C
17. D

148
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

7º) Registro de operações típicas entidades públicas


1º)O Orçamento anual aprovado pelo poder legislativo tele a sua receita prevista e sua despesa
fixada nos seguinte nos seguintes valores:

ORÇAMENTO PROGRAMA 2005

RECEITAS CORRENTES R$ 60.000,00 DEPSESAS CORRENTES R$ 60.000,00


Receitas Tributárias Educação e Saúde
RECEITAS DE CAPITAL R$ 30.000,00 DESPESAS DE CAPITAL R$ 30.000,00
Alienação de Bens Obras e investimentos
TOTAL R$ 90.000,00 TOTAL R$ 90.000,00

Durante o exercício foram realizadas as seguintes operações:

Receitas:
a)Arrecadação de tributos R$ 51.000,00
b) Venda de um veículo R$ 10.000,00

Despesas:
a) Pagamento de salários R$ 49.500,0 (não houve descontos)
A folha foi fechada dia 31 e o pagamento dia 05 do mês subsequente.
b) Pagamento de serviços de terceiros R$ 1.500,00
(o empenho foi emitido no ato da contratação do serviço)

Pede-se: efetuar os lançamentos no Sistema Orçamentário , Financeiro e Patrimonial bem como os


razonetes e balancetes de verificação.
.........................................................................//.................................................................

2º)O Orçamento anual aprovado pelo poder legislativo tele a sua receita prevista e sua despesa
fixada nos seguinte nos seguintes valores:

ORÇAMENTO PROGRAMA 2005

RECEITAS CORRENTES R$ 3.000,00 DEPSESAS CORRENTES R$ 3.000,00


Receitas Tributárias Segurança
RECEITAS DE CAPITAL R$ 2.000,00 DESPESAS DE CAPITAL R$ 2.000,00
Operações de crédito
TOTAL R$ 5.000,00 TOTAL R$ 5.000,00

a) arrecadação de impostos no valor de R$ 2.000,00


b) despesas com pagamento de pessoal no valor R$ 1.000,00 (não houve descontos)
-A folha foi fechada dia 28 e o pagamento dia 02 do mês subsequente.

Pede-se: efetuar os lançamentos no Sistema Orçamentário , Financeiro e Patrimonial bem como os


razonetes e balancetes de verificação

149
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Balanço Patrimonial encerrado em 2004

Ativo Financeiro Passivo financeiro


Caixa 150.000,00 Restos a pagar 80.000,00
Bancos c/ movimento 50.000,00 Depósitos 70.000,00

Ativo Permanente Passivo Permanente


Bens Móveis 25.000,00 Dívida Fundada Interna 25.000,00
Bens Imóveis 35.000,00 Dívida Fundada Externa 45.000,00
Créditos fiscais inscritos 60.000,00 Ativo Real Líquido
Patrimônio Líquido 100.000,00
Ativo Compensado
Empréstimos de Materiais 12.000,00 Passivo Compensado
Contrapartida de Controle de Natureza
Ativa 12.000,00

Total do Ativo 282.000,00 Total do Passivo 282.000,00

3º) O Orçamento para o Ano Financeiro de 2005 foi aprovado com as seguintes dotações:
Receitas Previstas R$ 100.000,00 Despesas Fixadas R$ 100.000,00. Durante o 1º mês do ano
Financeiro, ocorreram várias operações como seguem abaixo:

1- As operações do exercício, tiveram início com os registros da Lei Orçamentária Anual ,


aprovada pelo legislativo para o ano 19x2.
2- Recebimento de Receitas referente a tributos, no valor de R$ 5.000,00.
3- Foram emitidas 05( 001 à 005) notas de empenho para Secretaria de Educação, referente a
diversas despesas no valor R$ 30.000,00 o total da emissão.
4- Manutenção no microônibus da Secretaria de Educação no valor de R$ 800,00.
5- Alienação de Bens Móveis ( leilão) no valor de R$ 3.000,00.
6- Compras de Equipamentos para Secretaria de Educação no valor 1.800,00- empenho 001.
7- Demolição de um estabelecimento público condenado pelo CREA no valor de R$ 23.800,00.
8- Devolução de materiais cedidos por empréstimos ao Setor Judiciário no prazo de 120 dias
num total de R$ 12.000,00 os materiais.

De acordo com os dados acima, fazer os lançamentos necessários nos sistemas:


Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e Compensado.

150
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

4- Práticas de Contabilidade Pública.

BALANÇO PATRIMONIAL / ENCERRADO EM 31/12/2004

ATIVO FINANCEIRO Valor PASSIVO FINANCEIRO Valor


Caixa 100.000,00 Restos a pagar 80.000,00
Bancos c/ movimento 130.000,00 Depósitos 70.000,00

Total 230.000,00 Total 150.000,00


ATIVO PERMANENTE Total PASSIVO PERMANENTE Total
Bens móveis 25.000,00 Dívida Fundada Interna 25.000,00
Bens Imóveis 50.000,00 Dívida Fundada Externa 45.000,00
Créditos fiscais inscritos 45.000,00 Situação Patrimonial
Ativo Real Líquido 130.000,00
Total 120.000,00 Total 200.000,00
TOTAL DO ATIVO 350.000,00 TOTAL DO PASSIVO 350.000,00

ORÇAMENTO PROGRAMA APROVADO PARA O ANO 2005

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS


Receitas Correntes Despesas Correntes
Tributárias 90.000,00 Despesas de Custeio
Patrimonial 10.000,00 Saúde e Educação 80.000,00
Transferências Correntes 30.000,00 Transferências Correntes 50.000,00
TOTAL 130.000,00 TOTAL 130.000,00
Receitas de Capital Despesa de Capital
Alienações de Bens 40.000,00 Obras e Investimentos 110.000,00
Operações de Créditos 40.000,00 Amortização da dívida
Transferências de Capital 50.000,00 Pública 20.000,00
TOTAL 130.000,00 TOTAL 130.000,00
TOTAL DAS RECEITAS 260.000,00 TOTAL DAS DESPESAS 260.000,00

1) No início do exercício efetuar-se-á o registro da receita e da despesa de acordo com as


especificações constantes na Lei do Orçamento.
2) Arrecadação de impostos no valor de R$ 36.000,00.
3) Recebimento de empréstimos tomados pelo governo no valor de R$ 15.000,00.
4) Vendas de Aparelhos de Laboratórios inservíveis da Secretaria de Saúde no valor R$ 1800,00.
5) Foram empenhados 03 empenhos referente a diversas despesas da Secretaria de Saúde:
Nota de empenho nº 001 no valor de R$ 15.000,00
Nota de empenho nº 002 no valor de R$ 12.500,00
Nota de empenho nº 003 no valor de R$ 2.000,00
6) Foi empenhado uma despesa referente a compra de computadores e impressoras para a Escola
Blim no valor R$ 12.000,00 empenho nº 004.
7) Recebimentos de materiais de expediente referente ao empenho nº 002 no valor R$ 12.500,00.
8) Serviço de manutenção do aparelho de Raio X com o empenho nº 003 no valor de R$
2.000,00.
9) Recebimento dos computadores para a Escola Blim no valor de R$ 12.000,00.
10) Pagamento do empenho nº 003.
151
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

11) Pagamento do empenho nº 002.


12) Pagamento do empenho nº 004.
13) – Despesa de pessoal- empenho nº 001 no valor de R$ 15.000 refere-se a despesas com pessoal
cuja folha de pagamento é a seguinte:
• valor bruto da folha 15.000,00
• Menos Consignações
- Previdência 4.000,00
- Sindicatos 1.000,00
- IRPJ 500,00 (5.500,00)
Líquido da Folha 9.500,00
14) Entrega das ordens ou cheques ao banco para satisfazer ao pagamento líquido de vencimentos
e vantagens dos servidores no valor R$ 9500,00.
15) pagamento de restos a pagar no valor R$ 24.000,00

16) Recebimento do Fundo de Participação dos Municípios FPM R$ 23.000,00.


17) Arrecadação de tributos ( ISS) no valor de R$ 40.000,00.
18) Recebimento de convênios com o Governo Federal para construção de asfalto no valor de R$
38.000,00.
19) Recebimento de aluguéis no valor R$ 10.000,00.
20) Arrecadação de IPTU no valor de R$ 14000,00.
21) Baixa de materiais de consumo do almoxarifado solicitados por requisições no valor de R$
10.000,00.
22) Depósito efetuado de encargos sociais (consignações) anteriormente recolhidos e não
repassados as entidades competentes no valor de 5.500,00.
23) Pagamento de restos a pagar no valor de R$ 50.000,00, no dia do vencimento.
24) Emissão da Nota de Empenho nº 005 destinada ao resgate de parte da dívida Fundada Interna,
Constante do Balanço encerrado em 31/12/x1 no valor de R$ 22.000,00.
25) Entrega da nota de empenho nº 005 ao credor da Dívida Interna.
26) Aquisição de material permanente para secretaria de educação no valor de R$ 7.000,00, o
mesmo foi adquirido com o empenho nº 006 e o material foi entregue no mesmo dia e
incorporado no almoxarifado.
27) Pagamento do empenho nº 005 no valor de 22.000,00 referente ao resgate da dívida pública
interna.
28) Inscrição de restos a pagar processados ( saldo da conta despesa liquidada a pagar do sistema
financeiro).
29) Pagamento de depósitos no valor de R$ 50.000.00.
30) Desincorporação de bens móveis por destruição no valor de R$ 30.000,00

Fazer lançamento no diário, levantar os razonetes e balancetes dos sistemas orçamentário,


financeiro e patrimonial e logo após, efetuar o encerramento em cada sistema e levantar os
balanços de acordo com os anexos da Lei 4320/64.

152
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

5- BALANÇO PATRIMONIAL 2004

ATIVO FINANCEIRO Valor PASSIVO FINANCEIRO Valor


Restos a pagar 15.000,00
Banco do Brasil 0652-1 110.000,00 Depósitos/ cauções 13.000,00
Consignações
Fundo Municipal de Previdência 7.000,00
ATIVO PERMANENTE PASSIVO PERMANENTE
Bens móveis 102.100,00 Dívida Fundada Interna 250.000,00
Bens Imóveis 466.000,00 Situação Patrimonial
Créditos fiscais inscritos 29.000,00 Ativo Real Líquido 422.000,00
Total 678.100,00 Total 707.100,00
ATIVO COMPENSADO PASSIVO COMPENSADO
Contratos com Terceiros 10.000,00 Contrapartida de Contratos com Terceiro 10.000,00
TOTAL DO ATIVO 717.100,00 TOTAL DO PASSIVO 717.100,00

ORÇAMENTO PROGRAMA APROVADO PARA O ANO 2005

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS


Receitas Correntes Despesas Correntes
Tributárias
IPTU 200.000,00 Despesas de Custeio
ISQN 30.000,00 Pessoal 160.000,00
Transferências Correntes Material de Consumo 150.000,00
Cota-Parte do FPM 150.000,00 Serviços de Terceiros e Encargos 50.000,00
Receitas de Capital Despesa de Capital
Alienações de Bens móveis 50.000,00 Investimentos
Alienações de Bens Imóveis 50.000,00 Equipamentos e Material Permanente 120.000,00

TOTAL DAS RECEITAS 480.000,00 TOTAL DAS DESPESAS 480.000,00

1º) O Orçamento foi aberto por decreto dia 02 de Janeiro de 2005.


2º) Arrecadação de IPTU no valor de R$ 70.000,00.
3º) Arrecadação de ISQN no valor de R$ 25.000,00.
4º) Emissão de empenho nº 001/03 referente a compra de materiais de consumo para a administração no
valor de R$ 28.000,00.
5º) A obra inacabada em 2002 foi concluída no primeiro mês do exercício financeiro.
6º) Emissão de empenho nº 002/03 referente a Serviços com terceiros no valor de 8.000.00.
7º) Aquisição de materiais de consumo adquiridos para guardar em Almoxarifado com o empenho nº 001.
8º) Pagamento da retenção de Contribuições de Previdência dos funcionários para o Fundo de Previdência
Municipal referente ao exercício de 2002. (consignação)
9º) A folha de pagamento foi empenhada no dia 25 e o mês encerrou dia 31 e o pagamento ocorreu dia 07 do
mês subsequente. Empenho nº 003/03 no Valor de R$ 36.000,00. – Despesa com pessoal.
Descontos:
- Previdência 6.000,00
- Sindicatos 2.000,00 (8.000,00)
Líquido da Folha 28.000,00
10º) Pagamento do empenho nº 001.
11º) Recebimento do FPM no valor de R$ 12.000,00
12º) Abertura de Crédito Especial por decreto no valor de R$ 25.000,00.
Obs: Fazer os lançamentos nos Sistemas de Contabilização e em seguida levantar os razonetes e
Balancetes.

153
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

6- Práticas de Contabilidade Pública.

BALANÇO PATRIMONIAL 2004


ATIVO FINANCEIRO Valor PASSIVO FINANCEIRO Valor
Caixa 18.000,00 Restos a pagar 8.000,00
Bancos c/ movimento 134.000,00 Depósitos/ cauções 22.000,00
Consignações 8.000,00
Total 152.000,00 Total 38.000,00
ATIVO PERMANENTE Total PASSIVO PERMANENTE Total
Bens móveis 93.000,00 Dívida Fundada Interna 283.000,00
Bens Imóveis 276.000,00 Situação Patrimonial
Créditos fiscais inscritos 17.000,00 Ativo Real Líquido 217.000,00
Total 386.000,00 Total 500.000,00
ATIVO COMPENSADO PASSIVO COMPENSADO
Valores de Terceiros/Títulos 10.000,00 Contrapartida de valores de Terceiros 10.000,00
Total 10.000,00 Total 10.000,00
TOTAL DO ATIVO 548.000,00 TOTAL DO PASSIVO 548.000,00

ORÇAMENTO PROGRAMA APROVADO PARA O ANO 2002


RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
Receitas Correntes Despesas Correntes
Tributárias 90.000,00 Despesas de Custeio 90.000.00
Receitas de Capital Despesa de Capital
Alienações de Bens 110.000,00 Obras e Investimentos 110.000,00
TOTAL DAS RECEITAS 200.000,00 TOTAL DAS DESPESAS 200.000,00

No início do exercício efetuar-se-á o registro da receita e da despesa de acordo com as


especificações constantes na Lei do Orçamento aprovado para 2002.
1º) Arrecadação de impostos no valor de R$ 70.000,00.
2º) Emissão de empenho nº 001 referente a compra de materiais de consumo para uso direto da
administração no valor de R$ 68.000,00.
3º) Emissão de empenho nº 002 referente a compra de um ônibus para educação no valor de
60.000.00.
4º) Compra de materiais de consumo com o empenho nº 001.
5º) Pagamento de consignação do exercício anterior referente ao balanço 2001.
6º) Pagamento do empenho nº 001.
7º) Vendas de bens móveis no valor de R$ 90.000,00
8º) Recebimento do ônibus pela secretaria de Educação. O mesmo foi pago no mesmo dia.
9º) Devolução de valores de terceiros no valor de R$ 10.000,00.

Obs: todos os valores foram recebidos e pagos pelo Banco c/ movimento.


Efetuar os lançamentos no diário dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e compensado,
levantar os razonetes dos sistemas e somente do Sistema Orçamentário levantar o balancete ,
encerramento e Balanço Final bem como avaliar o resultado do exercício ( Déficit, Superávit,
Equilíbrio) e se houve Economia orçamentária.

154
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

7-Práticas de Contabilidade Pública.

BALANÇO PATRIMONIAL 2004

ATIVO FINANCEIRO Valor PASSIVO FINANCEIRO Valor


Caixa 1.000,00 Restos a pagar 10.000,00
Bancos c/ movimento 48.000,00 Depósitos/ cauções 12.000,00
Consignações 20.000,00
Total 49.000,00 Total 42.000,00
ATIVO PERMANENTE Total PASSIVO PERMANENTE Total
Bens móveis 50.000,00 Dívida Fundada Interna 140.000,00
Bens Imóveis 150.000,00 Situação Patrimonial
Créditos fiscais inscritos 5.000,00 Ativo Real Líquido 72.000,00
Total 205.000,00 Total 212.000,00
ATIVO COMPENSADO PASSIVO COMPENSADO
Valores de Terceiros/fiança 22.000,00 Contrapartida de valores de Terceiros 22.000,00
Total 22.000,00 Total 22.000,00
TOTAL DO ATIVO 276.000,00 TOTAL DO PASSIVO 276.000,00

ORÇAMENTO PROGRAMA APROVADO PARA O ANO 2005

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS


Receitas Correntes Despesas Correntes
Tributárias e outras 100.000,00 Despesas de Custeio 100.000.00
Receitas de Capital Despesa de Capital
Alienações de Bens 150.000,00 Equipamentos 150.000,00
TOTAL DAS RECEITAS 250.000,00 TOTAL DAS DESPESAS 250.000,00

No início do exercício efetuar-se-á o registro da receita e da despesa de acordo com as


especificações constantes na Lei do Orçamento aprovado para 2005.
1º) Arrecadação de impostos no valor de R$ 30.000,00.
2º) Emissão de empenho nº 001 referente a compra de materiais de consumo (limpeza) para a
administração no valor de R$ 78.000,00.
3º) Recebimento da dívida ativa (créditos fiscais inscritos) no valor de R$ 5.000,00, referente ao
ano 2002.
4º)Emissão de empenho nº 002 referente a compra de equipamentos ( computadores) no valor de
20.000.00.
5º) Compra de materiais de consumo (limpeza) com o empenho nº 001.
6º) Pagamento de depósitos no valor de R$ 10.000,00 do exercício anterior referente ao balanço
2002.
7º) Pagamento do empenho nº 001.
8º) Recebimento e pagamento de equipamentos (computadores).
9º) Incorporação ao orçamento e abertura de crédito suplementar para custeio no valor de R$
50.000,00
10º) Emissão de empenho nº 003 referente a serviços de terceiros no valor de 23.000,00.
Obs: teve processo de licitação e caução em dinheiro no valor de 5% sobre o contrato de serviço.
11º) Vendas de bens imóveis no valor de R$ 40.000,00
12º) devolução da fiança bancária após o término da obra do ano anterior.

Obs: todos os valores foram recebidos e pagos pelo Banco c/ movimento.


Efetuar os lançamentos no diário dos sistemas orçamentário, financeiro, patrimonial e compensado,
levantar os razonetes e balancetes dos sistemas.
155
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

RAZONETES

SISTEMA ORÇAMENTÁRIO:

Receita prevista corrente Receita prevista de capital

Orçamento da Receita Execução da Receita

Orçamento da Despesa Créditos Disponíveis

Despesa Empenhada Execução da Despesa

SISTEMA FINANCEIRO:

Banco C/ movimento Receita Arrecadada

Despesa Realizada Despesa Líquida a pagar

156
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Consignação Depósitos de Terceiros

SISTEMA PATRIMONIAL:

Bens do Estado- Móveis e Imóveis Variação Ativa- mutação patrimonial

Variação Passiva- mutação patrimonial Variação Ativa- Ind. Da Exec. Orçam.

SISTEMA COMPENSADO:

Valores de Terceiros/Títulos Contrapartida de valores de Terceiros

157
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

ANEXOS PARA EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS

BALANCETE ORÇAMENTÁRIO

MOVIMENTOS SALDOS ATUAIS


Nº CONTAS DEVEDOR CREDOR DEVEDOR CREDOR

BALANCETE FINANCEIRO

MOVIMENTOS SALDOS ATUAIS


Nº CONTAS DEVEDOR CREDOR DEVEDOR CREDOR

158
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

BALANCETE PATRIMONIAL

MOVIMENTOS SALDOS ATUAIS


Nº CONTAS DEVEDOR CREDOR DEVEDOR CREDOR

BALANÇOS PÚBLICOS

Balanço Orçamentário
RECEITA ORÇAMENTÁRIA PREVISÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA
Receitas Correntes
Tributária
Patrimonial
Serviços
Transferências Correntes
Receitas de Capital
Alienação de Bens
Operações de Crédito
Transferências de Capital
SOMA
DESPESA ORÇAMENTÁRIA FIXAÇÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA
Créditos Iniciais
Créditos Adicionais
SOMA

159
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Balanço Financeiro
RECEITAS SALDO DESPESAS SALDO
Orçamentária Orçamentária
Receitas Correntes Despesas Correntes
Receitas de Capital Despesas de Capital
Extra Orçamentária (inscrições) Extra Orçamentária (pagamentos)
Restos a pagar Restos a pagar
Depósitos Depósitos
Cauções Cauções
Consignações Consignações
Débitos de Tesouraria Débitos de Tesouraria
Saldo do exercício Anterior Saldo para o exercício Seguinte
Caixa Caixa
Banco conta Movimento Banco conta Movimento

TOTAL TOTAL

160
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Títulos SALDO Títulos SALDO
ATIVO FINANCEIRO PASSIVO FINANCEIRO
Disponível Restos a pagar
Caixa Serviço da Divida a Pagar
Bancos e Correspondentes Depósitos
Exatores Débitos de Tesouraria
Vinculado em C/C Bancaria PASSIVO PERMANENTE
Realizável Divida Fundada
Interna
ATIVO PERMANENTE Em Títulos
Bens Moveis Por Contratos Diversos
Bens Imóveis Soma do Passivo Real
Bens de natureza Industrial
Créditos SALDO PATRIMONIAL
Valores Ativo Real Líquido
Diversos
Soma do Ativo Real PASSIVO COMPENSADO
SALDO PATRIMONIAL Contrapartida de Valores
Passivo Real Em Poder de Terceiros
Descoberto Contrapartida de Valores de
ATIVO COMPENSADO Terceiro
Valores em Poder de Contrapartida de Valores
Terceiros Nominais Emitidos
Valores de Terceiros Diversos
Valores Nominais Emitidos
Diversos

TOTAL GERAL TOTAL GERAL

161
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS


VARIAÇÕES ATIVAS VARIAÇÕES PASSIVAS
Títulos Títulos
RESULTANTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTARIA

RECEITA DESPESAS
ORÇAMENTARIA ORÇAMENTÁRIA
Receitas Correntes Despesas Correntes
Receitas Tributaria Despesas de Custeio
Receita Patrimonial Transferências Correntes
Receita Industrial Despesas de Capital
Transferências Correntes Investimentos
Receitas de Capital Inversões Financeiras
Transferências de Capital
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS

Aquisições de Bens Moveis Cobrança da Divida Ativa


Construção e Aquisição de Alienações de Bens Móveis
Bens Imóveis Alienações de Bens Imóveis
Construção e Aquisição de Alienações de Bens de
Bens de Natureza Natureza Industrial
Industrial Alienação de Títulos e
Aquisição de Títulos e Valores
Valores Empréstimos Tomados
Empréstimos Concedidos Recebimento de Créditos
Diversos Diversos
INDEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Inscrição da Divida Ativa Cancelamento da Divida


Inscrição de Outros Ativa
Créditos Encampação de Dividas
Incorporação de Bens Passivas
(doações, legados etc.) Diversas
Cancelamento de Dividas
Passivas
Diversas
Total das Variações Ativas
RESULTADO
PATRIMONIAL Total das Variações passivas
Déficit Verificado (se for o RESULTADO
caso) PATRIMONIAL
Superávit Verificado (se for o caso)

TOTAL GERAL TOTAL GERAL

162
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

RESUMO DOS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS NOS SISTEMA DE CONTABILIZAÇÃO


PÚBLICA

SISTEMA ORÇAMENTO
D- Receita Prevista
Registro da Lei orçamentária aprovada no . Receitas correntes
início do exercício financeiro- Receitas . Receita de capital
previstas e Despesas Fixadas. A receita é C- Orçamento da Receita
debitada no início do exercício e de acordo ....................................................................
que vai arrecadando vai creditando na baixa .
A despesa é creditada no início do exercício D- Orçamento da Despesa
e de acordo que vai realizando (sendo C- Créditos Disponíveis
empenhada) vai debitando na baixa. . Despesas correntes
. Despesas de capital

D- Execução da Receita
Arrecadação da Receita Pública C- Receita Prevista
. Receitas correntes
. Receita de capital
D- Créditos Disponíveis
Empenho da Despesa Pública . Despesa corrente
. Despesa de capital
C-Despesa Empenhada
Liquidação da Despesa (recebimento da D- Despesa Empenhada
mercadoria ou execução do serviço/ obra e C- Execução da Despesa
outros).
Observações importantes: as receitas são reconhecidas pelo regime de Caixa e as despesas
pelo regime de competência. O fato gerador da despesa no sistema orçamentário ou seja o
momento em que ela deve ser reconhecida é o empenho e no sistema financeiro é a
liquidação.

SISTEMA FINANCEIRO
D- Banco ou Caixa
Arrecadação da Receita Orçamentária C- Receita Arrecada
. Corrente
. Capital
Arrecadação da Receita Extra Orçamentária D- Banco ou Caixa
C- Caução/ fiança / depósito ou
consignação
Liquidação da Despesa Orçamentária D- Despesa Realizada
C- Despesa Líquida a pagar
Pagamento da Despesa Orçamentária D- Despesa Orçamentária
C- Banco ou Caixa
Pagamento da Despesa Extra- Orçamentária
(são receitas extra orçamentária que D- Caução ou depósito ou consignação ou
anteriormente foram ingressadas no cofre restos a pagar
público e agora está devolvendo ou C- Banco ou Caixa
163
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

pagamento de restos a pagar.)


Inscrição de restos a pagar( ajuste das D- Despesa Realizada
despesas liquidadas e não pagas) C- Restos a pagar
SISTEMA PATRIMONIAL
Quando ocorrer qualquer variação que aumente D- Bens do Estado ou outros
o patrimônio. Pode ocorrer pela incorporação C- Variações Ativa
no patrimônio- Ativo. Ou uma desincorporação . mutação patrimonial
de um passivo- Dívida. . independente da execução orçamentária
Quando ocorrer qualquer variação que o D- Variação Passiva
patrimônio. Pode ocorrer pela incorporação no . mutação patrimonial
patrimônio. No Passivo- Dívida . Ou uma . Independente da execução orçamentária
desincorporação de um ativo- Bens ou baixa da C- Dívida ou Desincorparação ativa
dívida ativa. (baixa de Ativos e outros).

164
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

GLOSSÁRIO

ABATIMENTO. O mesmo que dedução. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília,
1975).
ABERTURA DE CRÉDITO. Em escrituração contábil significa creditar uma conta, geralmente de; pessoa,
por uma quantia que, quase sempre, vai servir de elemento de prestação de contas, ou de amortização ou
recuperação. Abrir um crédito é iniciar às vezes uma conta com um crédito que depois deve ser contraposto,
total ou parcialmente, por débitos. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas,
1994).
ABERTURA DE CRÉDITO ADICIONAL. Decreto do Poder Executivo determinando a disponibilidade
de crédito orçamentário, com base em autorização legislativa específica. (Revista da Associação Brasileira de
Orçamento Público, Brasília, 1975).
ABUSO DE PODER. Caracteriza-se quando qualquer autoridade revestida de competência para praticar um
ato, desvia-se da finalidade pretendida ou age além de suas atribuições específicas. (José Daniel de Alencar.
Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.)
AÇÃO. É a execução do Plano, em suas diversas etapas: planejamento (estabelecimento dos objetivos, metas
e prioridades); organização (definição dos órgãos ou entidades a quem compete determinada função);
comando (o estabelecimento da hierarquização, determinando os níveis de poder e responsabilidade);
coordenação (interação harmônica das funções em busca dos objetivos) ;e controle (acompanhamento da
execução para correção de desvios) (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.)
AÇÕES. Título de conta que, geralmente, visa evidenciar a emissão de partes de um capital que se coloca
em subscrição ou em venda. Muitos títulos derivados podem ocorrer, de acordo com a natureza, espécies e
séries de ações (preferenciais, nominativas, etc) O lançamento que pode dar origem ao aparecimento da
conta é : ações à capital social. Tal lançamento ocorre quando se "autoriza a emissão" das ações, seguindo-se
a preceitos fixados em lei. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994)
ACP. Auditoria de Contas Públicas . É o sistema de comprovação e demonstrações contábeis, por meios
informatizado e documental, das unidades gestoras das administrações do Estado e dos municípios de Santa
Catarina, pertinentes ao controle externo exercido pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina.
(Resolução N. TC-16/94 de 21/12/94).
ADIANTAMENTO. 1- É um processamento especial da despesa pública orçamentária, através do qual se
coloca o numerário à disposição de um funcionário ou servidor, a fim de dar-lhe condições de realizar gastos.
2- Antecipações ou pagamentos próprios ou de terceiros, feitos antes que as obrigações estejam vencidas. (A.
Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de contabilidade, Atlas, 1994).
ADICIONAIS. São vantagens pecuniárias que a administração concede aos funcionários em razão do tempo
de exercício ou em face da natureza peculiar da função, que exige conhecimentos especializados ou um
regime próprio de trabalho. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
ADJUDICAÇÃO. Processo através do qual se passa uma procuração a uma terceira parte, um agente
fiduciário, dando-se amplos direitos de liquidar seus ativos para satisfazer as reivindicações de credores. No
processo licitatório, a manifestação oficial pela proposta mais vantajosa. (Revista da Associação Brasileira de
Orçamento Público, Brasília, 1975).
ADMINISTRAÇÃO DIRETA. 1- Estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
2- Conjunto de Unidades organizacionais que integram a estrutura administrativa de cada um dos Poderes da
União, dos Estados e dos Municípios, abrangidas não só as unidades destituídas de autonomia, mas também
os órgãos autônomos e os fundos. Esta expressão é utilizada também para designar a forma de execução em
que as ações são realizadas diretamente pelos órgãos públicos. Assim, diz-se que uma obra ou serviço é
executado por administração direta quando as atividades que produzem o resultado final são desempenhadas,
no todo ou em grande parte, por entidades públicas. São exemplos desta forma de execução a construção de
trechos de estradas pelo Batalhão Ferroviário do Exército ou pelos Departamentos de Estradas de Rodagem
165
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

dos Estados e a produção de vacinas pela Fundação Osvaldo Cruz e pelos Institutos Tecnológicos dos
Estados. Muito embora a administração direta seja integrada também pelas unidades das estruturas dos
Poderes Legislativo e Judiciário, no seu emprego mais usual, a expressão designa apenas o conjunto de
unidade que são subordinadas à Chefia do Poder Executivo. (Osvaldo Maldonado Sanches, Dicionário de
orçamento, Planejamento e Áreas Afins, Prisma, 1997).
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. Conjunto de entidades públicas dotadas de personalidade jurídica
própria, compreendendo: a) autarquias; b) empresas públicas; c) sociedades de economia mista; e d)
fundações públicas. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. E todo o aparelhamento do estado, preordenado à realização de seus
serviços, visando a satisfação das necessidades coletivas. Administrar é gerir os serviços públicos; significa
não só prestar serviço, executá-lo, como também, dirigir, governar, exercer a vontade com o objetivo de
obter um resultado útil. ( Hélio Kohama, Contabilidade Pública, Atlas, 1991).
AGENTES PÚBLICOS. São aquelas pessoas físicas que se incumbem em caráter temporário ou definitivo
do desempenho de alguma função estatal. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana,
1984.).
AGENTES POLÍTICOS. São os componentes do Governo, nos seus primeiros escalões, investidos em
cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício
de atribuições constitucionais. Esses agentes atuam com plena liberdade funcional, desempenhando suas
atribuições com prerrogativas e responsabilidades próprias, estabelecidas na Constituição e em leis especiais.
Não são servidores públicos, nem se sujeitam ao regime jurídico único estabelecido pela Constituição de
1988. Tem normas específicas para sua escolha, investidura, conduta e processo por crimes funcionais e de
responsabilidade, que lhes são privativos. (Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 17° ed.,
1990).
ÁGIO. Diferença obtida nas operações de câmbio ou de troca entre moedas, ou diferença que se obtém
na negociação de papéis de crédito em moeda estrangeira pelo dinheiro do país. (José Daniel de Alencar.
Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
ALCANCE. Desfalque, apropriação indébita de dinheiro e/ou outros valores de terceiros. (Revista da
Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ALIENAÇÃO. 1- Transmissão de bens ou de direitos, que geralmente gera registros contábeis nas contas de
vendas ou de doações. Não é usual o termo para representar título de conta, mas não há impedimento para ser
utilizado. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
2- É todo e qualquer ato que tem o efeito de transferir o domínio de uma coisa, seja por venda, por troca ou
doação. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
ALIENAÇÃO DE BENS. Transferência de domínio de bens a terceiros. (Revista da Associação Brasileira
de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ALÍQUOTA. a) Relação percentual entre o valor do imposto e o valor tributado; b) soma em dinheiro a ser
paga por uma unidade de imposto; c) elemento constituinte do imposto; d) percentual a ser aplicado sobre
um determinado valor líquido tributável( base de cálculo), dando como resultado o valor do imposto a ser
pago. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ÂMBITO DA AUDITORIA. Tendo sido definido o campo da auditoria, o âmbito da auditoria tem por
finalidade determinar a amplitude e exaustão dos processos de auditoria preconizados, o que inclui uma
limitação racional dos trabalhos a executar, de modo a tornar aceitável para o auditor o risco de serem
errôneas as suas conclusões de auditoria. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92)
AMORTIZAÇÃO. Eliminação gradual e periódica do ativo de uma empresa, como encargos do exercício,
das imobilizações financeiras ou imateriais. É habitual confundir-se amortização com depreciação; a
depreciação atinge a perda de valor de coisas materiais, como máquinas, móveis etc., e a amortização
destina-se apenas a significar perda de valor de coisas imateriais ou de imobilizações financeiras; são objeto
de amortização : despesas gerais de instalação, aviamentos, dívidas a longo prazo etc. Existem vários
critérios seguidos para a amortização, baseados em tabelas. Tais procedimentos são mais de ordem aritmética
que mesmo contábil. A contabilidade interessa apenas observar a amortização como o fenômeno de perda de
valor no tempo que sofrem determinados valores, quais sejam, por excelência, as imobilizações imateriais.
(A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de contabilidade, Atlas, 1994).

166
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

ANÁLISE DE GESTÃO. Análise que visa a uma crítica do desempenho do patrimônio durante um período
de seu governo. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
ANÁLISE ECONÔMICA (DO BALANÇO) Análise que procura estudar o resultado da empresa, através
de seus componentes (custo e receita) e da diferença entre eles (crédito) É uma análise dos lucros ou das
perdas em função dos demais elementos que compõem o capital das empresas. É também chamada com
maior propriedade, de análise residual, que procura estudar a rentabilidade do capital e examinar se, de fato,
a empresa vem atingindo os seus propósitos dentro de suas possibilidades. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de
Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
ANÁLISE FINANCEIRA (DO BALANÇO) A que observa o comportamento dos valores que dizem
respeito ao numerário e ao crédito na empresa (quer do crédito recebido como do cedido). Esta análise inclui
como base perspícua examinar a capacidade de crédito e de solvência, observando, entretanto, outros
elementos. Este tipo de análise é preferido pelos bancos quando examinam as possibilidades de negócios
com seus clientes. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
ANÁLISE PATRIMONIAL (DO BALANÇO) Segundo alguns estudiosos, é a que analisa todos os
componentes do patrimônio ativo, passivo e diferencial (Francisco D!Auria, Estrutura e análise de balanço).
A análise dos investimentos patrimonial que estuda o emprego do capital das empresas com relação ao lucro,
observando se existiu excesso ou falta de aplicação. Por isto observa os investimentos em : imobilizações
técnicas, bens de venda, bens de crédito, bens numerários e crédito de funcionamento. A análise dos
financiamentos patrimoniais nas empresas estuda as origens ou fontes de alimentação dos investimentos,
observando, também, se estes foram operados em medidas ou limites exatos. Por isto estuda os
financiamentos de capital de terceiros. A análise patrimonial tem por objeto reconhecer os super-
investimentos e subinvestimentos, estudando as aplicações de capitais e as suas origens dentro dos limites
considerados ideais para a sua realização. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade,
Atlas, 1994).
ANEXOS. Denominação dada às peças que acompanham o balanço ou uma conta; são geralmente as
demonstrações analíticas de fatos que servem de meio de esclarecimento para fins diversos. Usa-se também
para designar toda explicação de um fato patrimonial. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de
Contabilidade, Atlas, 1994).
ANTECIPAÇÃO DE RECEITA. Processo pelo qual o tesouro Público pode contrair uma dívida por
"antecipação de receita prevista", a qual será liquidada quando efetivada a entrada de numerário. (Revista da
Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ANUALIDADE DO ORÇAMENTO. Princípio orçamentário que estabelece a periodicidade de um ano
para as estimativas da receita e fixação da despesa, podendo coincidir ou não com o ano civil. (Revista da
Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ANULAÇÃO DA LICITAÇÃO. Ocorre por motivo de ilegalidade. Não se confunde com a revogação da
licitação por interesse Público. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
ANULAÇÃO DO EMPENHO. Cancelamento total ou parcial de importância empenhada. (Revista da
Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
APLICAÇÃO DE CAPITAL. O mesmo que investimento de capital. É o emprego direto ou indireto de
valores com finalidade de obter lucro. As aplicações de capital figuram no ativo e as contas que as encerram
possuem saldos devedores. Daí existirem teorias que afirmam ser o débito a significação de uma aplicação de
capital. As aplicações podem ser a maior e a menor, com relação ao limite de aplicação. denomina-se limite
ideal de aplicação aquele que significa a apropriada medida que corresponde ao volume da capacidade de
produção da empresa e que permite um escoamento sem ônus, realizando um crédito que é mais ou menos o
que corresponde à medida possível de obtenção no ramo, mantidas a liquidez e as condições de
sobrevivência da empresa. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
APLICAÇÃO DE RECURSOS. Destino dado aos financiamentos ou recursos gerados durante um período;
aquisições e despesas realizadas com a utilização de meios conseguidos através de capitais próprios ou de
terceiros; emprego de meios financeiros conseguidos durante uma gestão. Em geral, são aplicações de
recursos, durante um exercício: a) compra de bens de uso; b) compra de ações ou quotas em outras empresas,
em caráter permanente; c) compra ou pagamento de bens ou serviços que se transformam em gastos, mas
cuja utilidade tende a perdurar por diversos períodos ou exercícios; d) compra de bens para venda futura, a
longo prazo; e) pagamentos de lucros ou dividendos a quotistas ou acionistas ; f) pagamentos de dívidas

167
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

contraídas a longo prazo (financiamentos) (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de
Contabilidade, Atlas, 1994).
APLICAÇÕES. Investimento ou uso de um recurso para comprar algo ou pagar obrigação. Em doutrina, o
termo eqüivale a destino do capital, significando onde se realizou um investimento. (A. Lopes de Sá, Ana
M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1999.
ÁREA DE VERIFICAÇÃO. Área determinada pelo campo da auditoria e pelo seu âmbito, quando
considerados em conjunto. A área de verificação delimita de modo muito preciso os temas da auditoria, em
função, por um lado, da entidade a fiscalizar e, por outro, da natureza da auditoria preconizada. (Boletim
Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
ARRECADAÇÃO. a) Segundo estágio da receita pública, consiste no recebimento da receita pelo agente
devidamente autorizado; b) É o processo pelo qual, após o lançamento dos tributos, realiza-se seu
recolhimento aos cofres públicos; c) É o ato de recebimento do imposto do contribuinte pelas repartições
competentes e manifesta-se em dinheiro, de acordo com leis e regulamentos em vigor e sob imediata
fiscalização das respectivas chefias; d) Arrecadação da receita consiste em cobrar os tributos, recebê-los e
guardar o numerário respectivo, podendo ser direta (por coleta, por unidades administrativas e por via
bancária) ou indireta (arrendamento, retenção na fonte ) (Revista da Associação Brasileira de Orçamento
Público, Brasília, 1975).
ASSOCIAÇÃO DE ENTIDADES OFICIAIS DE CONTROLE PÚBLICO DO MERCOSUL (ASUL)
Entidade civil sem fins lucrativos, apoia-se na igualdade de todas as instituições de controle externo de
finanças públicas e no respeito ao ordenamento jurídico pelo qual se rege cada uma delas. A ASUL está
integrada pelas Entidades Públicas de Controle Externo dos países signatários do Mercosul. Diário Oficial do
Estado de SC, de 10/07/97).
ATIVIDADE. O mesmo que valores ativos, ou seja, valores que representam os bens e os créditos da
empresa e que se agrupam em: bens numerários; bens de venda; bens de crédito; créditos de financiamento;
créditos de funcionamento e imobilizações técnicas. Contrapõem-se à atividade outros que representam sua
origem e que são as passividades. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas,
1994).
É um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa envolvendo um conjunto de
operações que se realizam de modo contínuo e permanente, necessários à manutenção da ação do Governo.
(José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
Conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e que concorrem para a manutenção da ação do
Governo. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ATIVO FINANCEIRO. Ativo caracterizado por direitos decorrentes de obrigações assumidas por agentes
econômicos normalmente negociados no mercado financeiro. Compreendem principalmente títulos públicos,
certificados de depósitos bancários (CDBs), debêntures e outros. (Dicionário de Economia e Administração,
Paulo Sandroni, Nova Cultural, 1996)
ATO ADMINISTRATIVO. Segundo a doutrina contábil, exposta por alguns estudiosos, o ato
administrativo é a ação praticada pela administração e que não afeta o seu patrimônio. Por exemplo: a
elaboração de uma proposta de venda ou de compra, uma planificação de produção etc. (A. Lopes de Sá, Ana
M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
ATO ILÍCITO. É toda ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência que violar direito ou causar
prejuízo a alguém, acarretando, para quem a praticou, a obrigação de reparar o dano. (José Daniel de
Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
ATRIBUIÇÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA. 1) apreciar as
contas prestadas anualmente pelo Governador; 2) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis
por dinheiros, bens e valores da administração direta e indireta, incluídas as sociedades instituídas e mantidas
pelo Poder Público Estadual, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade
de que resulte prejuízo ao erário; 3) apreciar para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal; 4) realizar, por iniciativa própria, da Assembléia Legislativa, de comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; 5) fiscalizar as contas de empresas de cujo
capital social o estado participe, de forma direta ou indireta; 6) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos
repassados pelo Estado a Municípios; 7) prestar, dentro de 30 dias, sob pena de responsabilidade, as

168
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

informações solicitadas pela Assembléia Legislativa, ou por qualquer de suas comissões, sobre a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária e patrimonial e sobre seus resultados de auditorias e inspeções realizadas;
8) representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados; 9) responder às consultas
sobre interpretação de lei ou questão formulada em tese, relativas à matéria sujeita a sua fiscalização.; 10)
elaborar e alterar o seu regimento Interno; 11) eleger seu Presidente e seu vice-presidente e dar-lhes posse;
12) organizar seu quadro de pessoal; 13) decidir sobre denúncia que lhe seja encaminhada por qualquer
cidadão, partido político, associação ou sindicato. ( Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Santa
Catarina, 1990).
AUDITOR EXTERNO. Profissional que desempenha as funções de auditoria em caráter liberal. Auditor
que não é empregado ou dependente da empresa ou entidade na qual executa os trabalhos de auditoria. Os
auditores externos estão, atualmente, no Brasil, congregando-se através de associações de contadores
públicos. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de contabilidade, Atlas, 1994).
AUDITOR INTERNO. Profissional que desempenha as funções de auditor, porém como empregado da
empresa ou como seu dependente econômico. O que diferencia o auditor interno do externo é exatamente a
dependência de emprego para com a firma ou empresa na qual se executa o trabalho de auditoria. (A. Lopes
de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994)
AUDITORIA. 1- Tecnologia contábil que tem por objetivo a verificação ou revisão de registros,
demonstrações e procedimentos adotados para a escrituração, visando avaliar a adequação e veracidade das
situações memorizadas e expostas. A auditoria é uma avaliação, por revisão, análise, estudo, afim de opinar
sobre o comportamento patrimonial, sobre a gestão de administradores, sobre a conduta de pessoas às quais
se confiam bens ou riquezas, sobre o destino de fundos e recursos, em suma, busca "conhecer" pelos
registros, documentos, controles, como sucederam feitos que produziram peças contábeis, através de
registros embrenhando-se por investigações amplas, quando o objetivo é descobrir a fraude ou coibir a
corrupção. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
2- Exame das operações, atividades e sistemas de determinada entidade, com vistas a verificar se são
executados ou funcionam em conformidade com determinados objetivos, orçamentos, regras e normas.
(Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
AUDITORIA CONTÁBIL. Auditoria relativa ao plano da organização, dos procedimentos e documentos
referentes à salvaguarda dos ativos e à fidedignidade das contas. Esta auditoria é, consequentemente,
concebida com a finalidade de fornecer uma garantia razoável de que: 1) as operações e o acesso aos ativos
se efetuem em conformidade com as autorizações; 2) as operações sejam registradas quando necessário; 3) a
contabilização dos ativos seja comparada com a existência física a intervalos razoáveis e que sejam tomadas
as medidas adequadas relativamente a todas as diferenças não justificadas. (Boletim Interno do TCU N. 34
de 23/07/92).
AUDITORIA DE BALANÇO. Auditoria que se realiza para a verificação da exatidão dos saldos
apresentados por um balanço. auditoria de fim de exercício que se realiza para observar a exatidão da escrita,
partindo do balanço, o mesmo que auditoria geral ou sintética. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá.
Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
AUDITORIA DE GESTÃO. Objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas,
verificar a execução de contratos, convênios, acordos ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros
públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados. (A. Lopes de Sá,
Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
AUDITORIA DE SISTEMAS. Análise dos fluxogramas dos controles internos feita na pré-auditoria,
visando a dar segurança ao plano de auditoria e a mensurar a profundidade das amostragens. (A. Lopes de
Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de contabilidade, Atlas, 1994).
Tipo de auditoria através da qual os auditores recorrem ao estudo dos sistemas e, em especial, ao estudo do
controle interno da entidade fiscalizada e à identificação dos eventuais pontos fortes e/ou deficiências desse
controle interno, com o fim de definir o local, a natureza e o âmbito dos trabalhos de auditoria que julguem
necessários para formularem o seu parecer. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
AUDITORIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. Auditoria que consiste em verificar se são
atingidos os grandes objetivos (habitualmente a longo prazo) da entidade e se são respeitadas as políticas e
estratégias em matéria de aquisição, utilização e alienação dos recursos. (Boletim Interno do TCU N. 34 de
23/07/92).

169
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

AUDITORIA ESPECIAL. Verificação contábil de auditoria com a finalidade de observar um


acontecimento de natureza especial como, por exemplo, um desfalque, um desgoverno de uma diretoria etc.
As auditorias especiais têm sempre um objeto certo e não se confundem com as gerais ou normais, que se
processam buscando uma verificação de natureza ampla, sem visar a um fato determinado. (A. Lopes de Sá,
Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
AUDITORIA EXTERNA. 1- Auditoria feita por profissional liberal não empregado da empresa ou entidade
que verifica. As auditorias externas são quase sempre promovidas por empresas de profissionais ou por
entidades especiais, visando sempre a penetrar nas empresas ou nos órgão públicos com a independência
necessária para pesquisar. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
2- É aquela executada por profissional habilitado ou organização profissional especializada, sem vinculações
com a empresa auditada. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
3- Auditoria realizada por um organismo externo e independente da entidade fiscalizada, tendo por objetivo,
por um lado, emitir um parecer sobre as contas e a situação financeira, a legalidade e regularidade das
operações e/ou sobre a gestão e, por outro lado, elaborar os relatórios correspondentes. (Boletim Interno do
TCU N. 34 de 23/07/92).
AUDITORIA FINANCEIRA. Análise das contas, da situação financeira e da legalidade e regularidade das
operações, realizada por um auditor, com vista a emitir ou não um parecer. Esta auditoria inclui: 1) análise
das contas e da situação financeira da entidade fiscalizada com vistas a verificar se: a) todas as operações
foram corretamente autorizadas, liquidadas, ordenadas, pagas e registradas. B) foram tomadas medidas
apropriadas com vistas a registrar com exatidão e a proteger todos os ativos, por exemplo: tesouraria,
investimento, inventário dos valores imobiliários, existências. 2) análise da legalidade e regularidade, com
vista a verificar se: a) todas as operações registradas estão em conformidade com a legislação geral e
específica em vigor; b) todas as despesas e receitas são, respectivamente, efetuadas e arrecadadas com
observância dos limites financeiros e ao período autorizados; c) todos os direitos e obrigações são apurados e
geridos segundo as normas aplicáveis. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
AUDITORIA INTERNA. 1- Verificação dos fatos contábeis, pelos processos técnicos da auditoria,
realizada por funcionários da própria azienda; auditoria interna é também uma denominação que se dá à
seção encarregada de realizar as tarefas de tal natureza; geralmente a seção de auditoria fica subordinada ao
conselho fiscal, nas sociedades anônimas, ou a um controlador geral da empresa, o qual tem a seu cargo a
supervisão da tesouraria, contadoria e auditoria. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de
Contabilidade, Atlas, 1994).
2- Nas empresas privadas, é aquela que se executa por iniciativa própria ou através de departamentos
específicos ou serviços contratados. No setor público, é a que é efetuada através dos órgãos de controle
interno. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
3- Serviço ou departamento de uma entidade incumbido pela direção de efetuar verificações e de avaliar os
sistemas e procedimentos da entidade com vista a minimizar as probabilidades de fraudes, erros ou práticas
ineficazes. A auditoria interna deve ser independente no seio da organização e prestar contas diretamente à
direção. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
AUDITORIA OPERACIONAL. 1- Atua nas áreas interrelacionadas do 'órgão/entidade, avaliando a
eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos internos existentes
para a gestão dos recursos públicos. Sua filosofia de abordagens dos fatos é de apoio, pela avaliação do
atendimento às diretrizes e normas, bem como pela apresentação de sugestões para seu aprimoramento.
2- Auditoria que verifica o " desempenho" ou forma de "operar" dos diversos órgãos e funções de uma
empresa. Tal auditoria testa "como funcionam" os diversos setores, visando, principalmente, à eficiência, à
segurança no controle interno e à obtenção correta dos objetivos. Pode tal revisão ser feita em conjunto com
as demais, no caso de auditoria integral, ou isoladamente, inclusive em períodos mais curtos. (A. Lopes de
Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
3- Auditoria que incide em todos os níveis de gestão sob o ponto de vista da economia, eficiência e eficácia,
nas suas fases de programação, execução e supervisão. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
AUMENTO VEGETATIVO DA RECEITA. Os acréscimos de receita pública derivados do simples
crescimento econômico, isto é, os adicionais que não derivam de modificações nas leis tributárias, de
alterações na aplicação destas ou de uma atuação mais rigorosa por parte dos órgãos de fiscalização. Por
exemplo, se a receita com a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de um certo ano

170
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

aumenta em 4,5% em relação ao ano anterior, sem modificações no âmbito de incidência e nas alíquotas
incidentes sobre as várias categorias de produtos, pode-se dizer que esta ocorreu em razão de aumento
vegetativo da receita. (Osvaldo Maldonado Sanches. Dicionário de Orçamento, Planejamento e Áreas Afins.
Brasília: Prisma, 1997).
AUTARQUIA. 1- É o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. (José Daniel de Alencar. Dicionário de
Auditoria, Brasiliana, 1984.).
2- É o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade de direito público interno, com patrimônio e
receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, ou seja, atribuições estatais
específicas. ( Hélio Kohama, Contabilidade Pública, Atlas, 1991)
AUTORIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA. Está contida na lei do orçamento geral da União para cada
exercício financeiro da receita e despesa a ser executada no exercício. (José Daniel de Alencar. Dicionário de
Auditoria, Brasiliana, 1984.).
AUXÍLIOS. Ajuda concedida pelo poder público, para fins diversos, geralmente com objetivos altruísticos.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
AVALIAÇÃO DE CONTROLES. 1- Procedimento que visa a colocar em prova a eficiência dos controles
de uma empresa. Esta prática é usada pelos auditores para que possam ter orientação quanto à profundidade
dos testes a serem aplicados. Quanto menos controle, mais profundas devem ser as verificações. A
profundidade, todavia, pode não depender apenas de tais avaliações porque se devem ter como meta a
natureza e a qualidade das finalidades que se têm de alcançar. O controle interno a ser avaliado deve
compreender: a) o plano geral da organização; b) o método adotado para a organização; c)as rotinas
implantadas; d) a segurança das informações e suas exatidões; e) o atendimento dos controles aos objetivos
legais, físicos, administrativas e contábeis; f) a confiança que os dados obtidos pelo controle podem inspirar;
g) à adequação dos métodos à evolução das técnicas; h) a clareza do processo de informação. A avaliação do
controle deve ser realizada tendo-se em mira: 1) como planejar a auditoria; 2) em que época aplicar o
planejado; 3) quais as precauções na implantação do planejado.
2- Embora as avaliações de controle não sejam de exclusiva finalidade para a auditoria, é neste ramo que
encontra, para os contabilistas, sua mais expressiva relevância. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá.
Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO. É um processo sistemático de apreciação do desempenho do servidor
no cargo ou função e de seu comportamento funcional, constituindo-se instrumento para o aperfeiçoamento
da política de pessoal .( Projeto da Diretoria de Planejamento, Estatística e Informática do TCE/SCI sobre
avaliação de desempenho, 1994).
. Relação de contas apresentando o total de seus débitos, créditos e saldos, devedores ou credores. O
balancete é extraído do livro Razão. O balancete é uma lista contendo cada conta do Razão com seu saldo.
BALANÇA COMERCIAL. Representa o saldo das exportações e das importações. Quando o valor das
exportações superar o das importações, a balança comercial apresenta um superávit. Quando acontece o
contrário, tem-se um déficit. (www.enfoque.com.br/cotações/gloss.htm).
BALANÇO. Demonstração sintética do estado patrimonial de uma empresa ou de uma entidade, através de
seus investimentos e da origem desses investimentos. É a evidenciação de equilíbrio de valores e nesta forma
de observar pode existir balanço de conta, balanço de grupo de contas, balanço de sistemas, etc. (A. Lopes de
Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
BALANÇO ANUAL. Balanço realizado no fim de um ano ou exercício. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de
Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO. Sintetiza as receitas previstas e despesas fixadas em confronto com as
realizadas, evidenciando, ainda, as diferenças globais entre elas. (José Daniel de Alencar. Dicionário de
Auditoria, Brasiliana, 1984.).
BANCO CENTRAL. Instituição financeira que funciona como "banco dos bancos"e do próprio Governo,
podendo caracterizar-se como entidade governamental, privada ou mista, mas, sempre, uma entidade
dependente do estado. Sua finalidade básica é assegurar a estabilidade da moeda, o controle da oferta de
moeda e a regulação do crédito no país.( Osvaldo Maldonado Sanches. Dicionário de Orçamento,
PLanejamento e Áreas Afins. Brasília: Prisma, 1997).

171
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

CADASTRO DE FORNECEDORES. Cadastramento dos prestadores de serviços e/ou fornecedores de


material ao serviço público. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
CARGO DE PROVIMENTO EFETIVO. Conjunto de atribuições e responsabilidades, criado por lei, com
denominação própria, vencimento pago pelos cofres públicos e acessível a todo brasileiro. ( Lei
Complementar N. 078-9/2/1993- Lei Estadual).
CARGO DE PROVIMENTO EM COMISSÃO. Conjunto de atribuições e responsabilidades, provido
pelo critério de confiança, declarado em lei de livre nomeação e exoneração. ( Lei Complementar N. 078-
9/2/1993- Lei Estadual).
CARGO PÚBLICO. É o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário, mantidas
as características de criação por lei, denominação própria, número certo e pagamento pelos cofres da União.
(José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
CARREIRA. Conjunto de cargos de provimento efetivo, subdividido em níveis e referências, identificação e
grau de complexidade e responsabilidade. ( Lei Complementar N. 078-9/2/1993- Lei Estadual).
CARTA-CONVITE. É o instrumento convocatório dos interessados na modalidade de licitação denominada
convite. É uma forma simplificada de edital que, por lei, dispensa a publicidade deste, pois é enviado
diretamente aos possíveis proponentes, escolhidos pela própria repartição interessada. Ã carta-convite
aplicam-se no que for cabível, as regras do edital, dentro da singeleza que caracteriza o procedimento do
convite. O essencial é que identifique o objeto da licitação, expresse com clareza as condições estabelecidas
pela Administração, fixe o critério de julgamento e indique os recursos cabíveis. (Hely Lopes Meirelles,
Direito Administrativo Brasileiro, 17° ed., 1990.).
CATEGORIA ECONÔMICA. Classificação das receitas e despesas em operações correntes ou de capital,
objetivando propiciar elementos para uma avaliação do efeito econômico das transações do setor público.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
CATEGORIA FUNCIONAL. Conjunto de cargos e funções estabelecido segundo a relação existente entre
a natureza do trabalho, o grau de conhecimento e a experiência exigida para o desempenho de suas
respectivas atividades. ( Lei Complementar N. 078-9/2/1993- Lei Estadual).
CENTRO DE PROCESSAMENTO. Conjunto de equipamentos compostos, basicamente, dos
computadores eletrônicos, com a finalidade de executar serviços de registros, memorizações, cálculos,
listagens e demonstrações, largamente empregado, atualmente, para os diversos trabalhos contábeis. (A.
Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL PROGRAMÁTICA. Agrupamento das ações do governo em grandes
áreas de sua atuação, para fins de planejamento, programação, e orçamentação. Compreende as funções,
representando o maior nível de agregação das ações do governo, desdobrando-se em Programas, pelos quais
se estabelecem produtos finais, que concorrem à solução dos problemas da sociedade. Podem desdobrar-se
em Subprogramas, quando necessário para maior especificação dos produtos finais. Programas e/ou
subprogramas desdobram-se em Projetos e Atividades, que possibilitam alcançar seus produtos e objetivos.
Subprojetos e subatividades constituem-se no menor nível de desagregação da ação do governo, com
destinação de recursos na lei Orçamentária . O código da classificação funcional programática compõem-se
de treze algarismos. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
CONCORRÊNCIA. Modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase de habilitação,
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital da licitação para a execução de
seu objeto. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
CONCURSO. Modalidade de licitação entre quaisquer interessados, para a escolha de trabalho técnico ou
artístico, mediante a instituição de prêmio aos vencedores. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento
Público, Brasília, 1975).
CONTABILIDADE PÚBLICA. 1- Ramo da contabilidade que estuda, controla e demonstra a organização
e execução dos orçamentos, atos e fatos administrativos da fazenda pública, o patrimônio público e suas
variações. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
2- Contabilidade aplicada às entidades públicas. As normas a serem seguidas para a escrituração das
entidades públicas acham-se estabelecidas por leis especiais e formam objeto de cuidado dos técnicos no
assunto. Forma uma especialização porque envolve uma série de correlações como as do Direito Público,
Direito Administrativo, Ciência das Finanças, Direito tributário, etc. O exercício das entidades públicas é
previsto pelo orçamento que, sendo observado pelas câmaras dos representantes do povo, passa a ter

172
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

consistência legal; sua execução, depende da observação das verbas votadas, que depois são empenhadas
para formarem, finalmente, uma despesa ou uma receita efetiva. A finalidade da contabilidade pública é a de
estabelecer regras para que os atos e fatos administrativos da gestão financeira e patrimonial das entidades
públicas se realizem em perfeita ordem e sejam registrados sistematicamente, de modo a mostrar, em épocas
prefixadas, os respectivos resultados. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade,
Atlas, 1994).
CONTAS A PAGAR. Título de conta que designa o montante de valores a serem pagos a terceiros e que não
se encontram representados por títulos (duplicatas, promissórias, etc) (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá.
Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
CONTAS A RECEBER. Título de conta que designa o montante de valores a serem recebidos de terceiros e
que não se encontram representados por títulos. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de
Contabilidade, Atlas, 1994).
CONTRATO. Acordo ou ajuste em que os participantes tenham interesses diversos e opostos, isto é, quando
se desejar, de um lado, o objeto do acordo ou ajuste, e do outro lado a contraprestação, ou seja, o preço.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. 1) É o tributo pago pelo contribuinte que obtiver uma vantagem
econômica particular, em virtude da atividade administrativa do poder público, maior do que a que advém ao
restante dos cidadãos. 2) Tributo pago pelos contribuintes que, em seu benefício, ocasionar uma despesa
especial, ao poder público. A Contribuição de Melhoria incide sobre a valorização da propriedade imóvel,
decorrente da realização de uma obra pública, tendo como limite o valor global da despesa. (Revista da
Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
CONTROLE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA. Compreende o controle da legalidade dos atos de
que resultem arrecadação da receita ou a realização da despesa e o nascimento ou extinção de direitos e
obrigações; da fidelidade funcional dos agentes da administração responsáveis por bens e valores públicos; e
do cumprimento do programa de trabalho expresso em termos de realização de obras e prestação de serviços.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
CONTROLE EXTERNO. 1- Controle da execução orçamentária, financeira, contábil e patrimonial
exercido pelo Poder Legislativo, auxiliado pelos Tribunais de Contas, com o objetivo de verificar a
probidade da administração, guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da lei
orçamentária. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
2- Fiscalização realizada por um organismo externo, independente da entidade fiscalizada. (Boletim Interno
do TCU N. 34 de 23/07/92).
CONTROLE INTERNO. 1- Controle que a empresa exerce sobre determinado fato ou série de fatos, de
acordo com as suas rotinas próprias. O mesmo que controle aziendal. Quando as empresas possuem controles
deficientes pode ocorrer que a auditoria seja impraticável ou, então, exercida com maior rigor. O montante de
fatos a serem examinados será tão menor quanto mais eficientes os controles internos. Para que se possa
fazer um plano de auditoria, então, necessário se torna conhecer a qualidade dos controles internos. Para
tanto, aplicam-se sondagens específicas e elabora-se um Plano de pré-auditoria para observar a "segurança
dos eventos ".(A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
2- Controle orçamentário, financeiro, contábil e patrimonial, exercido pelo próprio Poder Executivo. (Revista
da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
3- Conjunto dos processos e meios que permitem respeitar o orçamento e os regulamentos em vigor,
salvaguardar os ativos, assegurar a validade e autenticidade dos registros contábeis e facilitar as decisões de
gestão, especialmente através da colocação à disposição, no momento oportuno, da informação financeira.
(Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
CONTROLE ORÇAMENTÁRIO. Referente a última fase do ciclo orçamentário. Segundo o objeto do
controle, compreende o controle político, o controle legal, o controle contábil e o controle programático.
Controle político ocupa-se preponderantemente da conveniência política das ações do Governo, com ênfase
nos interesses da comunidade, devendo o seu exercício caber ao Poder Legislativo; controle legal consiste na
ação fiscalizadora da legalidade dos atos de que resultem arrecadação da receita e realização da despesa;
controle contábil compreende, basicamente, as ações voltadas para o acompanhamento e registro da
execução orçamentária, composição patrimonial, determinação de custos, levantamentos de balanços e
interpretação de resultados econômico-financeiros; e o controle programático busca verificar o cumprimento

173
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

do programa de trabalho, expresso em termos de objetivos e metas, focalizando, em especial, a eficiência,


eficácia e efetividade das ações governamentais. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público,
Brasília, 1975).
CONVÊNIO. 1- É o instrumento onde a administração federal delega competência à administração das
unidades federadas, quando devidamente aparelhadas, para execução de obras ou serviços de sua atribuição.
(José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
2- Instrumento para a formalização do acordo de vontades entre entidades do setor público de um mesmo ou
de diferentes níveis de Governo (União, estados e Municípios), ocasionalmente, entre entidades do setor
público e instituições do setor privado, com vistas à realização de programas de trabalho ou eventos de
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação. Isto se acha expresso nos artigos 48 a 56 do Decreto
número 872/86, que estabelecem que os convênios, acordos e ajustes constituem instrumentos apropriados
para a execução de serviços de interesse recíproco dos órgãos e entidades da Administração Federal e outras
organizações públicas- de quaisquer níveis de Governo- ou particulares, em regime de mútua cooperação.
Desde o advento do Decreto-lei número 200/67 (art. 10, parágrafo 5), o convênio tem sido considerado o
instrumento básico para a descentralização de atividades, sobretudo as de caráter nitidamente local, para
outros níveis de governo. A nível federal, as LDOs dos últimos anos têm estabelecido que nenhum recurso
alocado nos Orçamentos Federais em favor de Estado ou Município (excetuados os inerentes ao
partilhamento de receitas), poderá ser transferido a estes beneficiários sem a prévia formalização de convênio
ou instrumento congênere, na forma da lei. As próprias LDOs estabelecem uma série de requisitos a serem
observados pelos interessados. Além desses, exige-se que o termo do convênio explicite o programa de
trabalho a ser cumprido pelo executor, identificando o objeto do convênio, etapas da execução, cronologia do
empreendimento, metas a serem atingidas, plano de aplicação dos recursos, cronograma de desembolso,
participação de cada convenente no financiamento do empreendimento e responsáveis pela execução. A
eficácia legal dos convênios- qualquer que seja seu valor- depende da publicação do seu extrato no Diário
Oficial da União. Embora às vezes mencionado como pertencente à família dos contratos, os convênios
possuem uma diferença essencial em relação aos contratos, pois nestes os interesses das partes são
coincidentes (ambas querem o mesmo resultado), enquanto nos contratos os interesses tendem a ser opostos
ou divergentes (uma parte quer o bem ou o serviço e a outra o pagamento). (Osvaldo Maldonado Sanches,
Dicionário de Orçamento, PLanejamento e Áreas Afins. Brasília: Prisma, 1997).
CONVERSÃO DA DÍVIDA. Substituição de títulos de uma dívida por outra. Cobertura de um empréstimo
com o produto de outro. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
CORREÇÃO MONETÁRIA. 1- Ato ou efeito de ajustar valores de acordo com a perda do poder aquisitivo
da moeda. No Brasil é o Governo quem fixa os coeficientes de atualização dos valores . Não se deve
confundir correção monetária com reavaliação, pois esta é voluntária e aquela compulsória, perante a nossa
legislação. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994) .
2- Mecanismo Financeiro criado em 1964 pelo Governo Castelo Branco. Consiste na aplicação de um índice
oficial para reajustamento periódico do valor nominal de títulos de dívida pública (Obrigações do Tesouro
Nacional) e privados (letras de câmbio, depósitos a prazo fixo e depósitos de poupança), ativos financeiros
institucionais (FGTS, PIS, Pasep), créditos fiscais e ativos patrimoniais das empresas. Os índices de correção
monetária são calculados de acordo com a taxa oficial de inflação, tendo por objetivo compensar a
desvalorização da moeda. (Dicionário de Economia e Administração, Paulo Sandroni, Nova Cultural, 1996).
CUSTO-BENEFÍCIO. Processo usado para a determinação da eficiência econômica global de
investimentos públicos em obras infra-estruturais. Comparam-se os custos com os benefícios sociais que
provavelmente resultarão do investimento. Segundo esse processo, deve-se escolher entre vários projetos
àquele que apresente a maior diferença positiva entre os benefícios globais (econômicos e sociais) e os
custos globais. (Dicionário de Economia e Administração, Paulo Sandroni, Nova Cultural,1996).
CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO. Autorização legislativa, constante na Lei Orçamentária, para execução de
um programa, projeto ou atividade. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
CRÉDITOS ADICIONAIS. 1- São autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas
na lei do Orçamento. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
2- Autorizações de despesas públicas não computadas, ou insuficientemente dotadas no orçamento.
Classificam-se em três espécies: suplementares, especiais e extraordinários. (Revista da Associação
Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).

174
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

CRÉDITOS ESPECIAIS. São os destinados a despesas, para as quais não haja dotação orçamentária
específica, devendo ser autorizados por lei e abertos por decreto do Executivo, e sua abertura depende da
existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa precedida de exposição justificativa. Os créditos
especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização
for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reaberto nos limites dos seus
saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subseqüente. O ato que abrir crédito especial
indicará a importância e a classificação da despesa, até onde for possível. (José Daniel de Alencar. Dicionário
de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS. São os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, subversão interna ou calamidade pública, devendo ser abertos por decreto do Poder Executivo, que
deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo. Os créditos extraordinários não poderão ter vigência
além do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos
quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o
término do exercício financeiro subseqüente. O ato que abrir crédito extraordinário indicará a importância e a
classificação da despesa, até onde for possível. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana,
1984.).
CRÉDITOS SUPLEMENTARES. São os destinados a reforço de dotação orçamentária, devendo ser
autorizados por lei e abertos por decreto do Executivo, e sua abertura depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. Os créditos suplementares
terão vigência adstrita ao exercício em que forem abertos. O ato que abrir crédito suplementar indicará a
importância e a classificação da despesa, até onde for possível. (José Daniel de Alencar. Dicionário de
Auditoria, Brasiliana, 1984.).
CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO. Instrumento pelo qual a Unidade Orçamentária programa no
tempo o pagamento das despesas autorizadas na lei orçamentária. (Revista da Associação Brasileira de
Orçamento Público, Brasília, 1975).
CPU. Unidade Central de Processamento: refere-se ao chip microprocessador. (Guia de consumo
tecnológico).
DEBÊNTURE. 1- Título monetário que garante ao comprador uma renda fixa, ao contrário das ações, cuja
renda é variável. O portador de uma debênture é um credor da empresa que a emitiu, ao contrário do
acionista, que é um dos proprietários dela. As debêntures têm como garantia todo o patrimônio da empresa.
Debêntures conversíveis são aquelas que podem ser convertidas em ações, segundo condições estabelecidas
previamente. (Dicionário de Economia e Administração, Paulo Sandroni, Nova Cultural, 1996) .
2- Título de conta que designa os registros dos valores dos títulos de dívida emitidos pelas Sociedades por
Ações. É uma conta do passivo exigível, podendo ser a curto ou a longo prazo, segundo o tempo no qual vão
sendo vencidos os títulos para efeito de resgate. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá Dicionário de
Contabilidade, Atlas, 1994).
DECRETO. É o ato administrativo da competência exclusiva dos chefes executivos, destinados a prover
situações gerais ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso, explícito ou implícito pela
legislação. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
DECRETO LEGISLATIVO. É o ato de natureza administrativa, emanado do Poder Legislativo, contendo
matéria de interesse desta entidade, ou seja, matéria da exclusiva competência do Congresso Nacional.
Promulgado pelo próprio Legislativo, não demanda sanção do Presidente da República que sobre ele não se
manifesta. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.) .
DÉFICIT. Representa, em geral, um valor expresso em dinheiro, correspondente à diferença entre as receitas
e as despesas, ou seja, o que falta para que as receitas se igualem às despesas. (José Daniel de Alencar.
Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
DÉFICIT FINANCEIRO. Maior saída do numerário em relação a entrada em um determinado período.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
DÉFICIT OPERACIONAL. Necessidade de financiamento do setor público, incluindo os efeitos da
correção monetária e cambial nas despesas e nas receitas. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento
Público, Brasília, 1975).
DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO. Despesa maior do que a receita, havendo distinção entre déficit previsto e o
déficit da execução orçamentária. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975) .

175
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

DEFLAÇÃO. 1- Consiste na retirada do excesso de papel-moeda, de circulação, ou na diminuição do


crédito. Tem como conseqüência restringir o poder aquisitivo da moeda, determinando a queda dos preços. É
o contrário de inflação. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
2- Queda persistente no nível geral de preços, o oposto da inflação. Caracteriza-se pela baixa oferta de
moeda em relação à oferta de bens e serviços ou pela queda na demanda agregada (associada, por exemplo, a
um maior índice de poupança). Esse excesso de oferta de bens ou carência de demanda aumenta o índice de
capacidade ociosa na economia e causa um acirramento da concorrência entre os produtos, que disputam os
poucos consumidores disponíveis, o que leva a uma rápida queda nos preços. Cai o investimento e,
consequentemente, há queda no produto real e aumento no desemprego. A deflação, assim, pode acabar
provocando depressão (como a que ocorreu em 1929 -1933 nos Estados Unidos). Normalmente, combate-se
a deflação por meio de um aumento nos gastos públicos, e um maior grau de endividamento público, como
forma de aumentar a demanda agregada. (Dicionário de Economia e Administração, Paulo Sandroni, Nova
Cultural, 1996).
DEFLATOR. Índice de correção das flutuações monetárias utilizado para determinar o preço real dos
produtos. O deflator é calculado a partir do valor do volume de bens e serviços, a preços constantes
produzidos durante um período (um mês, um ano): essa é a referência inalterável, utilizada então como
divisor para o valor do volume dos bens e serviços produzidos em qualquer outro período. O quociente da
divisão será o deflator, que mostrará a variação do poder aquisitivo da moeda. Os preços corrigidos por esse
deflator crescerão em valor absoluto, mas permanecerão com valores reais comparáveis. (Dicionário de
Economia e Administração, Paulo Sandroni, Nova Cultural, 1996).
DENÚNCIA. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado. Na apuração do fato, constatada a
existência de irregularidades, será assegurado ao denunciado o direito de defesa antes da deliberação final do
Tribunal de Contas do Estado. Da decisão do Tribunal em processo de Denúncia será dado conhecimento,
com remessa de cópia do relatório respectivo, ao denunciante e ao denunciado. Apurando-se irregularidades
graves, o Tribunal representará ao Ministério Público, para os devidos fins, bem como, se no âmbito da
Administração Estadual, ao Governador do Estado e a Assembléia Legislativa e, se no âmbito Municipal, ao
Prefeito Municipal e à Câmara de Vereadores. (Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Santa
Catarina, Resolução número TC-11, de 06 de novembro de 1991).
DESPESA. 1- Investimento de capital em elemento que direta ou indiretamente irá produzir uma utilidade à
empresa ou à entidade e que expressa um valor de consumo no ato da sua verificação, ou seja, um elemento
que não voltará a prestar outro ato semelhante; quando a despesa se destina a muitos atos é plurienal e então
pode ser caracterizada como um investimento durável ou como uma imobilização técnica; o mesmo que
custo.
2- A despesa é o mesmo que gasto. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas,
1994).
DESPESA EMPENHADA. Valor do crédito orçamentário ou adicional utilizado para fazer face a
compromisso assumido. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
DESPESA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA. Constituem os pagamentos que não dependem de autorização
legislativa; aqueles que não estão vinculados ao orçamento público; não integram o orçamento.
Correspondem à restituição ou a entrega de valores arrecadados sob o título de receita extra-orçamentária.
(João Angélico, Contabilidade Pública, Atlas, 1994).
DESPESA ORÇAMENTÁRIA. É aquela cuja realização depende de autorização legislativa e que não pode
efetivar-se sem crédito orçamentário correspondente. Em outras palavras, é a que integra o orçamento, isto é,
a despesa discriminada e fixada no orçamento público. (João Angélico, Contabilidade Pública, Atlas, 1994).
DESPESA PÚBLICA. Constitui despesa pública todo pagamento efetuado a qualquer título pelos agentes
pagadores. Classifica-se a despesa pública, inicialmente, em dois grupos Despesa orçamentária e despesa
extra-orçamentária. (João Angélico, Contabilidade Pública, Atlas, 1994).
DESPESAS CORRENTES. São aquelas que não têm um caráter econômico reprodutivo e são necessárias à
execução dos serviços públicos e à vida do Estado, sendo assim, verdadeiras despesas operacionais. (José
Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).

176
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

DESPESAS DE CUSTEIO. São as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive
as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. (José Daniel de Alencar.
Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
DESPESAS DE EXERCÍCiOS ANTERIORES. As relativas a exercícios encerrados, para as quais o
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com dotação suficiente para atendê-las, mas que não se
tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os
compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos, à conta de
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a
ordem cronológica. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975) .
DÍVIDA. Fato patrimonial que representa o débito de financiamento ou de funcionamento; valor que a
empresa tem a pagar a terceiros; valor que representa um crédito obtido por compra ou empréstimo. (A.
Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
DÍVIDA ATIVA. Constituem dívida ativa as importâncias relativas a tributos, multas e créditos da Fazenda
Pública, lançados mas não cobrados ou não recebidos no prazo de vencimento, a partir da data de sua
inscrição.
DÍVIDA FLUTUANTE. Conjunto dos débitos de curto prazo assumidos pelo governo e representados por
títulos negociáveis. Como os títulos de curto prazo permitem maior liquidez ao meio circulante, uma dívida
flutuante muito alta pode provocar pressões inflacionárias. Por isso, é comum que os governos procurem
transformar a dívida flutuante em dívida consolidada, isto é, com vencimento a longo prazo, para restringir a
liquidez no mercado. (Dicionário de Economia e Administração, Paulo Sandroni, Nova Cultural, 1996).
DÍVIDA FUNDADA.1- Dívida que é representada por um valor de maior vulto e estável, sendo a longo
prazo; nomenclatura própria das entidades públicas e sociais. O mesmo que dívida consolidada. (A. Lopes de
Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de contabilidade, Atlas, 1994).
2- Aquela proveniente de recursos obtidos pelo governo sob a forma de financiamentos ou empréstimos,
mediante celebração de contratos, emissão ou aceite de títulos ou concessão de quaisquer garantias que
representam compromisso assumido para resgate em exercício subseqüente. (Dicionário de Economia e
Administração, Paulo Sandroni, Nova Cultural, 1996).
3- Compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio
orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos. (Revista da Associação Brasileira de
Orçamento Público, Brasília, 1975).
DÍVIDA INTERNA PÚBLICA. Compromisso assumido por entidade pública dentro do país, portanto em
moeda nacional. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
DÍVIDA MOBILIÁRIA. Parte da dívida fundada que é representada por títulos da dívida pública do
Governo emissor (Federal, Estadual ou Municipal). Ela pode ser dita de curto prazo, quando as obrigações
decorrentes tiverem vencimento até o término do exercício seguinte, ou de longo prazo, quando as
obrigações tiverem vencimento posterior ao término do exercício seguinte. A dívida mobiliária federal tem a
haver com o total de títulos públicos federais (NTN, LFT, LTN e assemelhados) fora do Banco Central do
Brasil (não inclui as LBC-E), caso em que costuma ser chamada "Dívida Mobiliária Efetiva". Em sentido
genérico a dívida mobiliária federal abrange também as Letras do Banco Central de Série Especial (LBC-E)-
emitidas para realizar a troca temporária de títulos emitidos por governos estaduais e de propriedade de
bancos públicos que se achem em dificuldades conjunturais- embora tais não constituam endividamento
efetivo, pela segurança da quitação dos débitos por tais Governos. (Osvaldo Maldonado Sanches. Dicionário
de Orçamento, Planejamento e Áreas Afins.Brasília: Prisma, 1997).
DÍVIDA PÚBLICA.- São todos os compromissos assumidos pelo governo e os respectivos juros. ( Hélio
Kohama, Contabilidade Pública, Atlas, 1991).
DÍVIDA PÚBLICA EXTERNA. Compromissos assumidos por entidade pública gerando a obrigação de
pagamento do principal e acessórios. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília,
1975).
DOTAÇÃO. 1- Total de recursos financeiros destinados à realização de um programa, projeto ou atividade.
(José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
2- Limite de crédito consignado na lei do orçamento ou crédito adicional, para atender determinada despesa.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).

177
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

ECONOMICIDADE. Característica da alternativa mais econômica para a solução de determinado


problema. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
EDITAL. É a comunicação escrita, divulgada pela imprensa oficial e particular, ou pela afixação em lugares
públicos, feita por autoridade administrativa competente tornando pública sua decisão de contratar obras ou
serviços, adquirir ou alienar bens. ( João Angélico, Contabilidade Pública, 5.ed. , São Paulo, Atlas, 1981).
EFETIVIDADE. Impacto de uma programação em termos de solução de problemas. (Revista da Associação
Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
EFICÁCIA. 1- Capacidade de organização em cumprir as suas metas e objetivos previamente fixados.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
2- Grau de alcance dos objetivos visados, segundo uma relação de custo/benefício favorável. (Boletim
Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
EFICIÊNCIA. 1- Mede a capacidade da organização em utilizar, com rendimento máximo, todos os
insumos necessários ao cumprimento dos seus objetivos e metas. A eficiência preocupa-se com os meios,
com os métodos e procedimentos planejados e organizados a fim de assegurar otimização dos recursos
disponíveis. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
2- Utilização dos recursos financeiros, humanos e materiais de modo a atingir a maximização dos resultados
para um determinado nível de recursos ou a minimização dos meios para determinada quantidade e qualidade
de resultados. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
ELEMENTO DE DESPESA. 1- Desdobramento discriminado dos títulos e subtítulos que compõem as
categorias econômicas, tanto de despesas correntes como de despesas de capital. (José Daniel de Alencar.
Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
2- Desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a
Administração Pública para a consecução dos seus fins. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento
Público, Brasília, 1975) .
EMPENHO. É um ato emanado de autoridade competente, cria para o poder público obrigação de
pagamento. O empenho gera a obrigação de pagar. Logo, a ausência de empenho não obriga ao pagamento.
Se uma autoridade administrativa autorizar a realização de uma despesa, sem empenhá-la, a responsabilidade
pelo pagamento é sua, pessoal, e não da repartição. Sempre que se verificarem pagamentos de despesas sem
empenho, a responsabilidade é do ordenador da despesa.(João Angélico, Contabilidade Pública, Atlas, 1994)
.
EMPENHO POR ESTIMATIVA. Não sendo conhecido o valor da despesa, emite-se a nota de empenho-
estimativa. Não só o credor deve ser sempre definido, como também o objeto da despesa. (João Angélico,
Contabilidade Pública, Atlas, 1994).
EMPENHO GLOBAL. É o empenho que engloba pagamentos parcelados relativos a determinado contrato.
O credor e suas obrigações são perfeitamente definidos. Em tudo, esta modalidade de empenho é igual ao
empenho ordinário. O impresso é o mesmo, a seqüência numérica é a mesma. O empenho global distingue-se
do ordinário apenas por seu histórico, onde se esclarece a forma de pagamento. São despesas típicas de
empenhamento global aquelas que se referem a aluguéis, a manutenções, a conservações, a limpeza, a
pessoal, etc. Quase sempre o empenho global se refere a pagamentos mensais sucessivos e do mesmo valor.
No caso de aluguel, por exemplo, em que já existe um contrato de locação, por período e valor mensal certos,
não há necessidade de se emitir uma nota de empenho em cada mês; para tais despesas emite-se, no início do
exercício, um empenho global pelo total da despesa do ano, esclarecendo-se no histórico o valor da prestação
mensal. (João Angélico, Contabilidade Pública, Atlas, 1994).
EMPENHO ORDINÁRIO. É aquele emitido para determinado credor e relativo a uma única prestação, de
valor indivisível. Refere-se a um determinado fornecimento de material, à prestação de um certo serviço ou à
execução de uma obra. Não há parcelamento na liquidação da obrigação, nem descontos, nem acréscimos.
São perfeitamente definidos o valor e o credor. (João Angélico, Contabilidade Pública, Atlas, 1994).
EMPRESA PÚBLICA. Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio
próprio e capital exclusivamente governamental, criação autorizada por lei, para exploração de atividade
econômica ou industrial, que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou conveniência
administrativa. ( Hélio Kohama, Contabilidade Pública, Atlas, 1991) .
ENCARGOS DE FINANCIAMENTO. Juros, taxas e comissões pagos ou a pagar, decorrentes de
financiamentos interno ou externo. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).

178
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

ERÁRIO. Tesouro ou Fazenda Pública. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília,
1975).
ESFERA ORÇAMENTÁRIA. Especifica se a dotação orçamentária pertence ao Orçamento Fiscal,
Orçamento da seguridade Social ou Orçamento de Investimento. O código da classificação é composto por
dois algarismos, sendo: 10- orçamento fiscal; 20- orçamento da seguridade social e 30- orçamento de
investimento. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ESTÁGIO PROBATÓRIO. É o período de efetivo exercício do funcionário público e servidor autárquico
nomeado em virtude de concurso. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
ESTÁGIOS DA DESPESA. A despesa orçamentária, desde a edição do Código de Contabilidade Pública,
em 8 de novembro de 1922, determinou que toda a despesa do Estado deve passar por três estágios: a) o
empenho; b) a liquidação; e c) o pagamento. Aliás, tal procedimento configura-se até hoje, consoante se
verifica da Lei nº 4.320/64. Entretanto, deve-se fazer uma ressalva neste ponto, pois, obviamente, a
escrituração contábil da despesa orçamentária deve, ainda, ser registrada também quanto ao aspecto relativo
ao crédito fixado na lei orçamentária que se constitui na realidade, em mais uma etapa ou estágio,
denominada fixação.(Hélio Kohama. Contabilidade Pública - Teoria e Prática, Atlas, 1991).
EXCESSO DE ARRECADAÇÃO. 1- Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais, entende-
se por excesso de arrecadação o saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. Para apurar os recursos utilizáveis,
provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-à a importância dos créditos extraordinários abertos no
exercício. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.) .
2- Saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada,
considerando-se, ainda, a tendência do exercício e o montante dos créditos extraordinários abertos. (Revista
da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
FASES DA AUDITORIA EXTERNA. Uma auditoria externa inclui normalmente as seguintes fases
sucessivas: 1) estudo geral; 2) estudo preliminar; 3) planejamento da auditoria; 4) estudo de sistemas; 5)
execução da auditoria; 6) comprovações e conclusões da auditoria; 7) procedimento contraditório; 8)
relatório de auditoria; 9) acompanhamento. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
FATO ADMINISTRATIVO. Alteração nos elementos do patrimônio público. (Revista da Associação
Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
FISCALIZAÇÃO "A POSTERIORI". Atividade que consiste em verificar, posteriormente à sua
realização, se a atividade das entidades sujeitas a fiscalização se desenvolveu de acordo com as leis em vigor
e os objetivos fixados, podendo-se traduzir em julgamento de contas, auditorias, etc. (Boletim Interno do
TCU N. 34 de 23/07/92).
FISCALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA. Ação através da qual uma entidade verifica se um orçamento
aprovado foi executado em conformidade com as previsões, as autorizações e os regulamentos. (Boletim
Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
FLUXOGRAMA. Diagrama que apresenta um fluxo de procedimentos, informações e documentos. Esta
técnica permite descrever de maneira sintética circuitos ou procedimentos complexos. (Boletim Interno do
TCU N. 34 de 23/07/92).
FRAUDE. Manipulação, falsificação ou omissão intencionais dos registros e/ou documentos e apropriação
indevida de ativos, que prejudicam a regularidade e a veracidade da escrituração. (Boletim Interno do TCU
N. 34 de 23/07/92).
FUNÇÃO DE CONFIANÇA. Conjunto de funções e responsabilidades definidas com base na estrutura
organizacional, atribuídas, por critério de confiança, a servidor ocupante de cargo efetivo. ( Lei
Complementar N. 078-9/2/1993- Lei Estadual).
FUNDAÇÕES. São entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio,
criação autorizada por lei, escritura pública e estatuto registrado e inscrito no registro civil de pessoas
jurídicas, com objetivos de interesse coletivo, geralmente de educação, ensino, pesquisa, assistência social,
etc., com a personificação de bens públicos, sob o amparo e controle permanente do Estado. ( Hélio Kohama,
Contabilidade Pública, Atlas, 1991).
FUNDO ESPECIAL. É constituído do produto de receitas especificadas que, por lei, se vinculam à
realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação. A lei
que instituir fundo especial, poderá determinar normas peculiares de controle, prestação e tomada de contas,

179
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

sem, de qualquer modo, elidir a competência específica do Tribunal de Contas ou órgão equivalente. (José
Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
GESTOR. 1- Aquele que administra ou gere um patrimônio. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá.
Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
2- Designação atribuída ao funcionário público (ocupante de cargo de carreira) ou agente estatal (ocupante
de cargo em comissão), que pratica atos de gestão, com o propósito de administrar negócios, bens, obras ou
serviços sob a responsabilidade de entidades do setor público. ( Osvaldo Maldonado Sanches. Dicionário de
Orçamento, Planejamento e 'Areas Afins. Brasília: Prisma, 1997).
GLOSA DE DESPESAS. Rejeição de despesas apresentadas ou registradas porque se coloca em dúvida a
sua autenticidade ou a sua exatidão. A glosa de despesas é um ato comum da fiscalização dos impostos,
especialmente no de renda. A glosa gera uma notificação ou autuação, contra a qual cabe sempre o recurso
do contribuinte. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
IMPOSTOS. Título de conta que se destina ao registro dos gastos realizados com os tributos; exemplo:
Imposto de circulação de mercadorias, imposto sobre produtos industrializados, imposto de renda, imposto
sobre operações financeiras, imposto sobre serviços de qualquer natureza, imposto predial e territorial,
impostos diversos. Título da conta destinado a apresentar o montante despendido com os impostos. (A.
Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
IMPESSOALIDADE. O princípio da impessoalidade, nada mais é que o clássico princípio da finalidade, o
qual impõe ao administrador público que só pratique o ato para seu fim legal. E o fim legal é unicamente
aquele que a norma de Direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal.
Este princípio também deve ser entendido para excluir a promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos sobre suas realizações administrativas. (Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro,
17° ed., 1990).
INDENIZAÇÕES. Título de conta destinado a registrar os valores representativos de compensações em
dinheiro por danos sofridos; valor de ressarcimento por dano sofrido. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá.
Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
INDICADORES ECONÔMICOS. Entende-se por indicador o elemento que permite o acompanhamento
de um fenômeno em observação. Alguns indicadores econômicos, baseados em variáveis conhecidas, são
constituídos (tais como o consumo industrial de energia elétrica, venda de eletrodomésticos e de
autoveículos, etc), e seu comportamento passa a identificar o comportamento provável de atividade
econômica. Evidências desse tipo são utilizadas como "termômetros" pelos mentores da política econômica
para mudança e redirecionamento dos instrumentos de política. A previsão orçamentária de recursos requer a
construção ou adoção de indicadores que possibilitem acompanhar oscilações de curto prazo das variáveis
que afetam o comportamento das receitas. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília,
1975) .
INFORMÁTICA DE GESTÃO. Ramo da informática do qual se utiliza a contabilidade no campo da
contabilidade das gestões administrativas. Emprego dos meios materiais da informática à contabilidade
gerencial ou das gestões. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
ISENÇÃO. Favor fiscal concedido por lei, que consiste em dispensar o contribuinte ao pagamento de um
tributo devido. Na isenção, a obrigação de pagar o tributo existe, mas foi dispensada. Na imunidade essa
obrigação inexiste. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975 ).
INSTRUÇÃO NORMATIVA. São atos administrativos expedidos pelos Ministros de estado para a
execução das leis, decretos e regulamentos, mas também utilizados por outros órgãos superiores para o
mesmo fim. (Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 17° ed., 1990)..
INVESTIMENTOS. Despesas de capital destinadas ao planejamento e à execução de obras públicas, à
realização de programas Especiais de Trabalho e à aquisição de instalações, equipamento e material
permanente. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975 .
JULGAMENTO DE CONTAS. Exercício do poder jurisdicional, atribuído, a certas instituições de
fiscalização, visando apreciar e decidir sobre a legalidade e regularidade das contas prestadas por pessoas
responsáveis pela gestão de recursos públicos. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
JURISPRUDÊNCIA. É o conjunto de decisões uniformes dos Tribunais e vale como orientação na solução
de controvérsias judiciais. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).

180
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

LANÇAMENTO. Ato ou efeito de lançar ou registrar um fato contábil; registro de um fato contábil. O
lançamento é representado pela partida, ou seja, a expressão contábil que apresenta o fato pelo registro. Em
cada livro existe a técnica de lançamento, de acordo com a finalidade que se tem a cumprir. O lançamento é
o registro do fato, porém dentro das normas contábeis. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de
Contabilidade, Atlas, 1994) .
LEASING. Fenômeno patrimonial da cessão de uso de um bem móvel ou imóvel, mediante cobrança de um
valor como compensação. Existem empresas que têm como objeto realizar tais cessões. Neste caso, seu ativo
operacional, por natureza, acha-se em mãos de terceiros, seus clientes, e a sua receita é constituída pelo
pagamento que estes fazem para a utilização. As quotas de pagamentos obedecem a tabelas nas quais a
empresa de leasing procura recuperar o investimento, amortizar seus custos financeiros e operacionais do
exercício e obter um lucro. Para quem usa, o pagamento feito é um custo, tal como o de locação ou
arrendamento. Para quem cede, a quota recebida é uma receita. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá.
Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
LEI. Regra geral, justa e permanente, estabelecida por vontade imperativa do Estado. Qualquer norma
jurídica obrigatória, de efeito social, emanada do poder público competente. Conceitua-se como dispositivo,
a parte da lei que contém os preceitos coercitivos devidamente coordenados e articulados. (Revista da
Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
LEI COMPLEMENTAR. Trata-se de uma lei hierarquicamente superior à lei ordinária; votada pelo
Congresso por maioria absoluta de cada uma de suas Casas, com sanção ou veto do Presidente da República,
abrangendo só os assuntos que são previstos pela Constituição. (José Daniel de Alencar. Dicionário de
Auditoria, Brasiliana, 1984.).
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 1- Tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos
anuais, compreendidos aqui o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas e orçamento da
seguridade social, de forma a adequá-los às diretrizes, objetivos e metas da administração pública,
estabelecidas no plano plurianual. Portanto, a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. ( Hélio Kohama,
Contabilidade Pública, Atlas, 1991).
2- Lei que compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subseqüente, orienta a elaboração da lei Orçamentária Anual, dispõe sobre
as alterações na legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
LEI DE ORÇAMENTOS ANUAIS. A lei orçamentária anual compreenderá: a) o orçamento fiscal
referente aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; b) o orçamento de
investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente detenha a maioria do capital social com
direito a voto; e c) o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público. ( Hélio Kohama, Contabilidade Pública, Atlas, 1991).
LEI DOS MEIOS. Sinônimo de Lei Orçamentária ou Lei de Orçamento. Assim denominada porque
possibilita os meios para o desenvolvimento das ações relativas aos diversos órgãos e entidades que integram
a administração pública. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
LEI ORÇAMENTÁRIA. Documento autorizado pelo Legislativo, contendo a discriminação da receita e
despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho de Governo,
obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. (José Daniel de Alencar. Dicionário de
Auditoria, Brasiliana, 1984.).
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL. Lei especial que contém a discriminação da receita e da despesa pública,
de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os
princípios de unidade, universalidade e anualidade. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público,
Brasília, 1975).

181
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

LEILÃO. Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens inservíveis para a
Administração ou de produtos legalmente apreendidos, a quem oferecer maior lance, igual ou superior ao da
avaliação. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
LEGALIDADE. A legalidade, como princípio de administração significa que o administrador público está,
em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles
não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade disciplinar,
civil e criminal, conforme o caso. (Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 17° ed., 1990).
LETRAS DO TESOURO NACIONAL. Consideram-se os títulos (de dívida pública) emitidos pelo
governo, com incidência de juros com base em taxas convencionais. (José Daniel de Alencar. Dicionário de
Auditoria, Brasiliana, 1984.).
LICITAÇÃO. É o procedimento administrativo mediante o qual a administração pública seleciona a
proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria,
Brasiliana, 1984.).
LIQUIDAÇÃO DA DESPESA. Verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público,
Brasília, 1975).
LIQUIDEZ. É a capacidade de transformar um ativo em dinheiro, por exemplo: ações de primeira linha
possuem alta liquidez (são vendidas mais rapidamente); imóvel possui uma baixa liquidez (o tempo para se
vender um imóvel é muito longo). ( www.fundos.com/glossario.htm)
MANDADO DE SEGURANÇA. É uma ordem judicial concedida para proteger direito líquido e certo não
amparado por "habeas-corpus", contra ato ou decisão de qualquer autoridade, que tenha agido ilegalmente ou
com abuso de poder. Pode ser impetrado por qualquer pessoa física ou jurídica. (José Daniel de Alencar.
Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
MATERIAL DE CONSUMO. Aquele cuja duração é limitada a curto prazo de tempo. Exemplos: artigos de
escritório, de limpeza e higiene, material elétrico e de iluminação, gêneros alimentícios, artigos de mesa,
combustível, etc. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
MATERIAL PERMANENTE. Aquele de duração superior a dois anos. Exemplos: máquinas, mesas,
tapeçaria, equipamentos de laboratórios, ferramentas, veículos, etc. (Revista da Associação Brasileira de
Orçamento Público, Brasília, 1975).
MEDIDA PROVISÓRIA. Instrumento legal, previsto na Constituição Federal, de uso exclusivo do
Presidente da república e com força de Lei. As Medidas Provisórias podem ser usadas em casos de
relevância e urgência, devendo ser submetidas de imediato ao Congresso Nacional, e aprovadas em um prazo
máximo de 30 dias. Caso contrário perdem eficácia, a partir da data da sua publicação, se não forem
republicadas. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
MORALIDADE. A moralidade administrativa constitui, hoje, em dia, pressuposto de validade de todo ato
da Administração Pública. Não se trata- diz Hauriou, o sistematizador de tal conceito- da moral comum, mas
sim, de uma moral jurídica, entendida como "o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da
Administração. A moralidade administrativa está intimamente ligada ao conceito do "bom administrador".
(Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 17° ed., 1990).
MULTA. Pena pecuniária imposta ao contribuinte faltoso para com a obrigação tributária. (Revista da
Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975) Pena pecuniária decorrente de ato ilícito.
(Manual de Estudos do TTN - maio/92 V.1).
NOTA DE EMPENHO. Registro de eventos vinculados ao comprometimento da despesa, na base do
empenho. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
NOTA FISCAL. Documento fiscal a ser obrigatoriamente emitido por comerciantes e industriais, sempre
que promoverem a saída de mercadorias ou a transmissão de sua propriedade. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes
de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
NOTIFICAÇÃO. Ato ou efeito de notificar; dar conhecimento de uma irregularidade na escrituração ou
transgressão de lei fiscal. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
NUMERÁRIO. O mesmo que dinheiro. São "bens numerários" na classificação dos balanços aqueles "
disponíveis - imediatos" e quase incluem no grupamento específico de bens numerários. (A. Lopes de Sá,
Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
Dinheiro; moeda. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).

182
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

OBRA. Construção, reforma ou ampliação de bens imóveis realizada por execução direta ou indireta.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975 ).
OBRIGAÇÃO DE PRESTAR CONTAS. Obrigação imposta a uma pessoa ou a uma entidade sujeita a
fiscalização de demonstrar que geriu ou fiscalizou os recursos que lhe foram confiados em conformidade
com as condições em que esses recursos lhe foram entregues. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
OBRIGAÇÕES PATRONAIS. Despesas com encargos que a administração é levada a atender pela sua
condição de empregadora, resultante de pagamento de pessoal, tais como as contribuições previdenciárias.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975)
OBRIGAÇÕES DO TESOURO. Títulos representativos de dívidas de longo prazo, emitidos pelo Tesouro
e revestidos de maiores formalidades (contendo número, indicando a data da lei autorizativa, especificando
as condições de resgate e possuindo autenticação) do que os Bilhetes e os Bônus do Tesouro. Tais títulos se
detinam, exclusivamente, à viabilização de antecipações de receita. (Osvaldo Maldonado Sanches.
Dicionário de Orçamento, Planejamento e Áreas Afins. Brasília: Prisma, 1997).
OPERAÇÃO DE CRÉDITO. Levantamento de empréstimo pelas entidades da Administração Pública, com
o objetivo de financiar seus projetos e/ou atividades, podendo ser interna ou externa. (Revista da Associação
Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ORÇAMENTO. 1- Previsão de fatos patrimoniais; predeterminação de despesas e receitas de uma entidade;
previsão de gastos. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
2- É um instrumento de Governo, de administração e de efetivação e execução dos planos gerais de
desenvolvimento sócio-econômico. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
3- Expressão quantitativa e financeira de um programa de ação cuja realização é preconizada para
determinado período futuro, permitindo o acompanhamento da sua execução e o controle "a posteriori" dos
resultados obtidos. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
ORÇAMENTO PÚBLICO. 1- Previsão dos fatos patrimoniais de uma entidade pública. Previsão de
despesas e receitas de uma entidade pública. Previsão do exercício de uma entidade de fins públicos. (A.
Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994)
2- Lei de iniciativa do Poder Executivo que estima a receita e fixa a despesa da administração pública. É
elaborada em um exercício para depois de aprovada pelo Poder Legislativo, vigorar no exercício seguinte.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ORDEM BANCÁRIA. Destina-se ao pagamento de compromissos, bem como à liberação de recursos para
fins de adiantamento e suprimento de fundos. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público,
Brasília, 1975).
ORDEM DE SERVIÇO. São determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços
públicos autorizando seu início, ou contendo imposições de caráter administrativo, ou especificações
técnicas sobre o modo e forma de sua realização. Podem, também, conter autorização para a admissão de
operários ou artífices, a título precário, desde que haja verba para tal fim. (Hely Lopes Meirelles, Direito
Administrativo Brasileiro, 17° ed., 1990).
ORDENADOR DA DESPESA. Qualquer autoridade de cujos atos resultem emissão de empenho,
autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de recursos da União ou pelos quais responda. (Revista
da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
ÓRGÃO. Ministério, Secretaria ou Entidade desse mesmo grau, aos quais estão vinculadas as respectivas
Unidades Orçamentárias. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
OUTRAS DESPESAS CORRENTES. Despesas com a manutenção e funcionamento da máquina
administrativa do Governo, tais como aquisição de materiais de consumo, pagamento de serviços prestados
por pessoa física sem vínculo empregatício ou pessoa jurídica independente da forma contratual, e outras não
classificadas nos demais grupos de despesas correntes. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento
Público, Brasília, 1975).
PAGAMENTO. Último estágio da despesa pública. Caracteriza-se pela emissão do cheque ou ordem
bancária em favor do credor. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
PAPÉIS DE TRABALHO. Impressos, documentos, formulários e folhas de papéis utilizados nos serviços
contábeis, por excelência nos de auditoria. Rascunhos, quadros, demonstrativos, relações, listas, apurações
etc, utilizados para a execução dos trabalhos de revisão contábil. Os papéis de trabalho devem permanecer
arquivados por algum tempo, para consultas, devendo ser protegidos e mantidos em locais seguros,

183
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

organizadamente disciplinados para a facilidade de localização. Os auditores em geral, têm seus modelos
próprios que caracterizam os seus métodos de trabalho. São também considerados como papéis de trabalho:
quadros, cartas, relações, extratos de contas etc. não elaborados diretamente pelo auditor, mas por ele
solicitados como comprovação se situações, saldos, apurações etc. Devem representar a prova material dos
procedimentos de auditoria empregados para a formação da opinião do auditor. São o testemunho do trabalho
do auditor e pertencem a seus arquivos, para uso estritamente confidencial. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes
de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
PARECER COM RESSALVA. Opinião dada pelo auditor, com relação a seus exames, evidenciando
restrições a itens específicos da matéria examinada; quando a ressalva for de tal importância que impeça uma
opinião global, deve se dar o parecer com negativa de opinião. A redação da ressalva deve aproximadamente
ser a seguinte, segundo as Normas de Auditoria Brasileiras: "Com ressalva.....: "Ressalvando.... " "Exceto
quanto..... "ou "Com exceção de .... "A expressão "sujeito a ..... não deve ser aplicada, segundo as Normas
sendo reservada apenas para as incertezas quanto ao resultado final. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá.
Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
PASSIVO. Contas relativas às obrigações, que uma pessoa física ou jurídica deve satisfazer. Evidencia as
origens dos recursos aplicados no ativo, dividindo-se em passivo circulante, exigível de curto e longo prazos,
resultados de exercícios futuros, patrimônio líquido e passivo compensado. (Revista da Associação Brasileira
de Orçamento Público, Brasília, 1975) .
PATRIMÔNIO PÚBLICO. Conjunto de bens à disposição da coletividade. (Revista da Associação
Brasileira de Orçamento Público, Brasília), 1975).
PECULATO. Crime caracterizado pelo desvio de dinheiro ou de bens públicos por agentes públicos
incumbidos ou responsáveis pela sua guarda ou administração. O crime de peculato pode ser praticado de
forma direta (pelo próprio agente e em proveito próprio ou de terceiros) ou indireta (pelo favorecimento a
que a apropriação seja realizada por outras pessoas). (Osvaldo Maldonado Sanches. Dicionário de
Orçamento, Planejamento e Áreas Afins. Brasília: Prisma, 1997).
PUBLICIDADE. É a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos.
Daí porque as leis, atos e contratos administrativos produzem conseqüências jurídicas fora dos órgãos que os
emitem exigem publicidade para adquirirem validade universal, isto é, perante as partes e terceiros. (Hely
Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 17° ed., 1990).
PLANEJAMENTO. Metodologia da administração que consiste, basicamente, em determinar os objetivos a
alcançar, as ações a serem realizadas, compatibilizando-as com os meios, disponíveis para sua execução.
Essa concepção da ação planejada é também conhecida como planejamento normativo. (Revista da
Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975)
PLANEJAMENTO DE AUDITORIA. Processo pelo qual se determina os instrumentos necessários à
gestão das tarefas de auditoria -por exemplo: plano global de auditoria, programas de auditoria, orçamento
dos recursos. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARTICIPATIVO (PEP) É uma metodologia que permite a uma
organização desenvolver e implementar, disciplinada e participativamente, um conjunto de estratégias,
decisões e ações fundamentais, não só para sua sobrevivência, mas cruciais para seu progresso e efetividade.
Os participantes. reunidos em grupos, trabalham segundo técnicas especificamente desenvolvidas para
auxiliar nas várias fases do processo de Planejamento Estratégico, quais sejam: definição da missão da
organização, análise do seu ambiente externo e interno, identificação das questões estratégicas, formulação
de um plano de ação e mecanismos de acompanhamento de sua execução. (Planejamento Estratégico e
Participativo do TCE/SC, julho, 1994 ).
PLANO DE APLICAÇÃO. Figura de execução orçamentária que resulta da necessidade de se proceder a
um maior Detalhamento quanto a dotações que são alocadas globalmente no Orçamento, ou seja,
desrespeitando o princípio da especificação da despesa. A proliferação de planos de aplicação denuncia um
processo orçamentário com sérias deficiências de programação. (Revista da Associação Brasileira de
Orçamento Público, Brasília, 1975).
PLANO DE CARREIRAS, CARGOS E VENCIMENTOS. Conjunto de diretrizes e normas que
disciplina a estrutura do Quadro de Pessoal e a Progressão Funcional, define as atribuições dos Cargos e
estabelece os vencimentos. ( Lei Complementar N. 078-9/2/1993).

184
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

PLANO DE CONTAS. 1- Conjunto de normas e intitulações sobre contas, destinado a servir de guia e
modelo para os trabalhos de registro e demonstração de fatos patrimoniais; previsão das contas a serem
utilizadas em um sistema de escrituração; estudo prévio de contas destinado a estabelecer a normalização de
registros contábeis. O Plano é um "conjunto"que se compõe de partes. As partes de um plano podem ser: 1)
elenco de contas; 2) descrição da função das contas; 3) descrição do funcionamento das contas; 4) método de
encerramento de contas e 5) método de demonstração de contas. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá.
Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
2- Escrituração ordenada e sistematizada das contas utilizáveis numa entidade. O Plano contém diretrizes
técnicas gerais e específicas que orientam a feitura dos registros dos atos praticados e dos fatos ocorridos na
entidade. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
PLANO GLOBAL DE AUDITORIA. Documento com os seguintes objetivos: 1) expor os objetivos gerais
da auditoria; 2) definir a estratégia global e o campo da auditoria; 3) documentar, de maneira concreta, as
opções importantes tomadas para realizar a auditoria. O plano global de auditoria e as suas posteriores
alterações deverão ser aprovadas pela autoridade credenciada da instituição fiscalizadora. (Boletim Interno
do TCU N. 34 de 23/07/92).
PLANO PLURIANUAL.1- É um plano de médio prazo, através do qual procuras-se ordenar as ações do
governo que levem ao atingimento dos objetivos e metas fixados para um período de cinco anos, ao nível do
governo federal, e de quatro anos ao nível dos governos estaduais e municipais. A lei que instituir o plano
plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada. E nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade. ( Hélio Kohama, Contabilidade Pública, Atlas, 1991).
2- Lei que estabelece de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada. Vigora por cinco anos, sendo elaborado no primeiro ano do mandato presidencial, abrangendo
até o primeiro ano do mandato seguinte. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília,
1975).
PLURIENAIS, São assim denominados os custos que mantêm o investimento durante muitos anos de
produção. (A.Lopes de Sá e A. M. de Sá. Dicionário de Contabilidade.. São Paulo: Atlas, 1983).
POLÍTICA MONETÁRIA. Controle do sistema bancário e monetário exercido pelo Governo, com a
finalidade de propiciar estabilidade para o valor da moeda, equilíbrio no balanço de pagamentos, pleno
emprego e outros objetivos correlatas. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília,
1975).
PORTARIA. São atos administrativos internos pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços
expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados , ou designam servidores para funções e
cargos secundários. Por portaria também se iniciam sindicâncias e processos administrativos. Em tais casos a
portaria tem função assemelhada à da denúncia do processo penal. (Hely Lopes Meirelles, Direito
Administrativo Brasileiro, 17° ed., 1990).
PRECATÓRIO. 1- É o documento expedido pelo juiz, ao presidente do Tribunal respectivo, para que este
determine o pagamento de dívida da União, de Estado, Distrito Federal ou Município, por meio de inclusão
do valor do débito no orçamento do ano seguinte. Por exemplo, um particular, após reconhecimento judicial
de um crédito seu contra a Fazenda Pública, requer ao juiz a expedição de precatório, para que os recursos
correspondentes constem do orçamento do ano seguinte, viabilizando a quitação da obrigação. ( CPI dos
Títulos Públicos - , Brasília, 1997). .
2- Denomina-se precatório, a aquisição de pagamento, ou seja, a autoridade competente determina a saída da
verba para o pagamento da dívida objeto da condenação da fazenda Pública. Tal autoridade é o Presidente do
Tribunal que proferiu a decisão exeqüenda, ou seja, do TFR, na área federal e do Tribunal do Estado, na área
estadual. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984..
PRESCRIÇÃO. É a modalidade de extinção de um direito, pelo decurso de um certo lapso de tempo em que
o mesmo não foi exercido. Refere-se ao exercício da ação. O direito de agir é que prescreve. Não se
confunde com a decadência. Na prescrição o direito se extingue pela falta de ação de seu titular. (José Daniel
de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).

185
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

PRESTAÇÃO DE CONTAS. Obrigação decorrente de disposições legais que consiste na apresentação, por
pessoas responsáveis pela gestão de recursos públicos, de documentos que expressem a situação financeira e
o resultado das operações realizadas sob a sua responsabilidade. (Boletim Interno do TCU N. 34 de
23/07/92).
PREVISÃO. Num sentido mais amplo, é prever a direção e a extensão, partindo do conhecimento do
presente, do passado, e com base em certas hipóteses sobre o futuro,. Admite a probabilidade e exclui a
certeza absoluta. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA. A previsão orçamentária é, além de ato de planejamento das atividades
financeiras do Estado, ato de caráter jurídico, "criador de direitos e de obrigações". (Revista da Associação
Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB). Refere-se ao valor agregado de todos os bens e serviços finais
produzidos dentro do território econômico do país, independentemente da nacionalidade dos proprietários
das unidades produtoras desses bens e serviços. Exclui as transações intermediárias, é medido a preços de
mercado e pode ser calculado sob três aspectos. Pela ótica da produção, o PIB corresponde à soma dos
valores agregados líquidos dos setores primário, secundário, e terciário da economia, mais os impostos
indiretos, mais a depreciação do capital, menos os subsídios governamentais. Pela ótica da renda, é calculado
a partir das remunerações pagas dentro do território econômico do país, sob a forma de salários, juros,
aluguéis e lucros distribuídos; somam-se a isso os lucros não distribuídos, os impostos indiretos e a
depreciação do capital e, finalmente, subtraem-se os subsídios. Pela ótica do dispêndio, resulta da soma dos
dispêndios em consumo das unidades familiares e do governo, mais as variações de estoques, menos as
importações de mercadorias e serviços e mais as exportações. Sob essa ótica, o PIB é também denominado
Despesa Interna Bruta. (Dicionário de Economia e Administração, Paulo Sandroni, Nova Cultural,1996).
PROGRAMA. Desdobramento da classificação funcional programática, através do qual se faz a ligação
entre os planos de longo e médio prazo aos orçamentos plurianuais e anuais, representando os meios e
instrumentos de ação, organicamente articulados para o cumprimento das funções. Os programas,
geralmente, representam os produtos finais da ação governamental. (Revista da Associação Brasileira de
Orçamento Público, Brasília, 1975).
PROGRAMAÇÃO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA. Detalhamento da execução física do programa
de trabalho ao longo do exercício, tendo em conta as características, exigências e interdependência das ações,
visando sua compatibilização com o fluxo da receita, a maximização dos resultados e a minimização dos
desperdícios e ociosidade dos recursos. A contrapartida da programação física deve ser a programação
financeira. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA. Atividade relativa ao orçamento de caixa, compreendendo a previsão
do comportamento da receita, a consolidação dos cronogramas de desembolso e o estabelecimento do fluxo
de caixa. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
PROGRESSÃO FUNCIONAL. Deslocamento funcional de servidor, entre referências e níveis, por
promoção no mesmo cargo. ( Lei Complementar N. 078-9/2/1993- Lei Estadual ).
PROJETO. Instrumento cuja programação deve ser articulada e compatibilizada com outros, para alcançar
os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resulta
um produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo. (Revista da Associação
Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
PROVISÃO. 1- Operação descentralizadora de crédito orçamentário, em que a unidade orçamentária de
origem, possibilita a realização de seus programas de trabalho por parte de unidade administrativa
diretamente subordinada, ou por outras unidades orçamentárias ou administrativas não subordinadas, dentro
de um mesmo Ministério ou Órgão. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília,
1975).
2- Consiste na descentralização do crédito orçamentário ou adicional, da unidade orçamentária
detentora do crédito em favor de unidade administrativa subordinada, ou de outra unidade
orçamentária ou administrativa, dentro do próprio Ministério ou Órgão. A figura da provisão está
associada ao sub-repasse. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
QUADRO DE DETALHAMENTO DA DESPESA ( QDD ) É o documento que indica, por Órgão ou
Ministério e em cada unidade orçamentária, a cotização dos elementos de despesa pelos projetos e/ou

186
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

atividades, podendo ter sua dotação dividida por mais de um elemento de despesa. (José Daniel de Alencar.
Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.)
QUADRO DE PESSOAL. Conjunto de carreiras, cargos de provimento em comissão e funções de
confiança. ( Lei Complementar N. 078-9/2/1993- Lei Estadual ).
QUEDA DE ARRECADAÇÃO. Denomina-se queda de arrecadação a diferença negativa entre as receitas
prevista e realizada. ( João Angélico, Contabilidade Pública, 5.ed. , São Paulo, Atlas, 1981.
RAZÃO. Livro de escrituração contábil destinado ao registro sistemático dos fatos patrimoniais através das
contas. Livro principal das partidas dobradas que reúne as contas em seus débitos e que serve de base para o
levantamento do balancete. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
REALIZÁVEL. Grupo de contas, da classificação financeira, que registra os valores de capacidade de
reversão em moeda, a maior ou menor prazo. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de
Contabilidade, Atlas, 1994).
REALIZÁVEL A CURTO PRAZO. Divisão do realizável que representa os valores que se convertem em
moeda no prazo de 12 meses. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas,
1994).
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO. Divisão do realizável que representa os valores que se convertem em
moeda somente depois de 12 meses. Valores conversíveis em dinheiro somente no prazo de mais de um
exercício. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
RECEITA. Recuperação dos investimentos; renda produzida por um bem patrimonial; valor que representa
a parte positiva no sistema dos resultados; entrada de valores que corresponde a uma produção ou
reprodução de um valor patrimonial; resultado de uma operação produtiva; provento ou remuneração por
serviços.Por receita entende-se a entrada quase sempre monetária correspondente à venda de uma
mercadoria, de um produto ou de um serviço econômico ou financeiro; entrada que pode ser antecipada no
ato, ou diferida, e também imediata com relação à própria obtenção da mercadoria, do produto ou do
rendimento do serviço. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
RECEITA ARRECADADA. Arrecadação da receita da União, Estados e Municípios, provenientes da
execução do orçamento. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.).
RECEITA DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO. São as receitas que possuem como origem fatos
administrativos ou de operações realizadas, como meio de conseguir recursos afim de suprir a deficiência de
caixa ou para atender às despesas que a arrecadação normal orçamentária não comporta. As operações de
crédito podem ser "reais" ou "compensativas". As reais gravam o patrimônio do estado e as compensativas
não afetam o mesmo nem o modificam. Tal título de conta é utilizado na contabilidade pública para expressar
fatos como: a) emissão de títulos da dívida externa fundada ou consolidada; b) emissão de títulos da dívida
interna fundada ou consolidada; c) emissão de títulos da dívida flutuante; d) conversões de espécie; e)
suprimentos de exercício. As emissões de títulos geram apólices, obrigações do tesouro, letras do tesouro,
bilhetes do tesouro, notas promissórias, papel-moeda, etc. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário
de Contabilidade, Atlas, 1994).
RECEITA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA. É aquela que não integra o orçamento público. É classificada em
contas financeiras adequadas, existentes no plano de contas da entidade. (João Angélico, Contabilidade
Pública, Atlas, 1994).
RECEITA LÍQUIDA. Receita que representa a diferença entre a receita bruta e as deduções ; receita final.
Receita derivada de operações de dedução da receita bruta. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário
de Contabilidade, Atlas, 1994)
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA. A receita corrente líquida é entendida como sendo os totais das
respectivas Receitas Correntes, deduzidos os valores das transferências de participações constitucionais e
legais dos Municípios na arrecadação de tributos de competência dos Estados. ( Lei Complementar Federal
N. 82 , de 27 de março de 1995, com vigência a partir de 1996) .
RECEITA LÍQUIDA DISPONÍVEL. É aquela apurada deduzindo-se , da receita total do Tesouro do
Estado, as operações de crédito, convênios, ajustes e acordos administrativos, transferências constitucionais
aos municípios e a receita proveniente da contribuição social do salário-educação. ( Lei 9.900, de 21 de julho
de 1995).
RECEITA LÍQUIDA REAL. É a receita realizada nos doze meses anteriores ao mês imediatamente
anterior aquele em que estiver apurando,excluídas as receitas provenientes de operações de crédito, de

187
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

alienação de bens, de transferências voluntárias ou doações recebidas com o fim específico de atender
despesas de capital e, no caso dos Estados, as transferências aos Municípios, por participações
constitucionais e legais. ( Resolução N. 69 , do Senado Federal, de 14/12/1995- dispõe sobre as operações de
crédito interno e externo dos Estados , do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias,
inclusive concessão de garantias, seus limites e condições de autorização).
RECEITA ORÇAMENTÁRIA. São os tributos, as rendas, as transferências, as alienações, os retornos de
empréstimos e as operações de créditos por prazo superior a doze meses. A arrecadação das receitas deste
grupo depende de autorização legislativa que é a própria Lei orçamentária. realizam-se estas receitas pela
execução do orçamento. (João Angélico, Contabilidade Pública, Atlas, 1994)
RECEITA PRÓPRIA. As arrecadações pelas entidades públicas em razão de sua atuação econômica no
mercado. Estas receitas são aplicadas pelas próprias unidades geradoras. (Revista da Associação Brasileira de
Orçamento Público, Brasília, 1975).
RECEITA PÚBLICA. É o recolhimento de bens aos cofres públicos. Ingresso, entrada ou receita pública
são, na verdade, expressões sinônimas, na terminologia de finanças públicas. (João Angélico, Contabilidade
Pública, Atlas, 1994).
A receita pública percorre três estágios: a) lançamento; b) arrecadação e c) recolhimento aos cofres públicos.
(A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
RECEITA TRIBUTÁRIA. É o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal,
relativa a tributos e respectivos adicionais e multa. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria,
Brasiliana, 1984.).
RECEITA VINCULADA. Receita arrecadada com destinação específica estabelecida na legislação vigente.
Se a receita vinculada é instrumento de garantia de recursos à execução do planejamento, por outro lado, o
aumento da vinculação introduz maior rigidez na programação orçamentária.
RECEITAS CORRENTES. São as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária,
industrial, de serviços e outras e, ainda as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas
de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes.
(José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.)
RECURSOS DISPONÍVEIS. 1- Recursos sobre os quais o poder executivo mantém autonomia no sentido
de prover sua alocação em programas prioritários, em face da decisão de política econômica global. (Revista
da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975)
REGIME DE CAIXA. Modalidade contábil que considera para a apuração do resultado do exercício apenas
os pagamentos e recebimentos ocorridos efetivamente no exercício. (Revista da Associação Brasileira de
Orçamento Público, Brasília, 1975).
REGIME DE COMPETÊNCIA. Modalidade contábil que considera os fatos contábeis ocorridos durante o
exercício para fins de apuração dos resultados do mesmo. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento
Público, Brasília, 1975).
REGIMENTOS. São atos administrativos normativos de atuação interna, dado que se destinam a reger o
funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. Como ato regulamentar interno, o
regimento só se dirige aos que devem executar o serviço ou realizar a atividade funcional regimentada, sem
obrigar aos particulares em geral. (Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 17° ed., 1990).
REGISTROS CADASTRAIS (licitação) São assentamentos que se fazem nas repartições administrativas
que realizam licitações, para fins de qualificação e classificação dos interessados em contratar com a
Administração, no ramo de suas atividades. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana,
1984.).
REMUNERAÇÃO. É a quantia percebida pelo servidor ou empregado, como retribuição de seu trabalho,
compreendendo o salário-base e todas as demais vantagens consideradas como direito adquirido. (José
Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.) .
REPASSE. 1- Distribuição pelo Órgão ou Ministério dos recursos financeiros correspondentes ao seu
crédito, para utilização pelas unidades orçamentárias. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento
Público, Brasília, 1975).
2- Importância que a Unidade Orçamentária transfere a outro Ministério ou órgão, estando associado ao
destaque orçamentário. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975)..

188
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

RESERVA DE CONTINGÊNCIA. Dotação global não especificamente destinada a determinado Órgão,


unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de
créditos adicionais. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
RESOLUÇÃO. São atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades do Executivo (mas
não pelo Chefe do Executivo, que só deve expedir decretos), ou pelos presidentes de tribunais e órgãos
legislativos, para disciplinar matéria de sua competência específica. Por exceção admitem-se resoluções
individuais. (Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 17° ed., 1990).
RESSALVA EM PARECER. Observação, de natureza restritiva, que exime de responsabilidade o auditor
em relação a certo fato, quer porque discorda do que foi registrado, quer porque não lhe foi possível
examinar, quer porque discrepa em relação a normas e leis. Recusa opinar sobre certo fato, conta ou evento,
em relação a demonstrações contábeis ou opinião contrária aos mesmos eventos. (A. Lopes de Sá, Ana
M.Lopes de Sá. Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
RESTITUIÇÃO. Direito de contribuinte que pagou tributo indevidamente, a reaver o valor pago. (Revista
da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
RESTOS A PAGAR. 1- Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31
de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas. Portanto, uma vez empenhada a despesa e
não sendo paga até o dia 31 de dezembro, será considerada como restos a pagar, para efeito do encerramento
do exercício financeiro. Em outras palavras, uma vez empenhada a despesa, ela pertence ao exercício
financeiro, onerando as dotações orçamentárias daquele exercício. ( Hélio Kohama, Contabilidade Pública,
Atlas, 1991).
2- Despesa escriturada como dívida flutuante e que passa de um para outro exercício, nas entidades públicas;
título de conta que, de acordo com a padronização estabelecida pela Lei 4.320/64, para a União, os estados ,
os Municípios e o Distrito Federal, representa, no Ativo, a contrapartida de despesa a pagar, figurando como
receita extraordinária; título de conta, idem, que figura na despesa extraordinária, relativo a pagamentos no
exercício; conta típica do passivo financeiro, por natureza. As despesas não pagas até o fim do exercício são
levadas à conta de restos a pagar, e analisadas pelos credores. (A. Lopes de Sá, Ana M.Lopes de Sá.
Dicionário de Contabilidade, Atlas, 1994).
RESULTADO FINANCEIRO. É o resultado econômico que advém das operações sobre capital numerário,
ou seja, é aquele que surge através da diferença matemática existente entre as receitas de emprego de capital
monetário e as despesas financeiras de uma empresa. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria,
Brasiliana, 1984.).
SALÁRIOS. Título de conta que registra o pagamento da mão-de-obra; subtítulo de conta que normalmente
integra as contas de despesas indicando a remuneração do trabalho dos operários. (A. Lopes de Sá, Ana
M.Lopes de Sá. Dicionário de, Contabilidade, Atlas, 1994).
SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES. Princípio básico do sistema de controle interno que consiste na separação
de funções, nomeadamente de autorização, aprovação, execução, controle e contabilização das operações.
(Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
SERVIÇO PÚBLICO. É o conjunto de atividades e bens que são exercidos ou colocados à disposição da
coletividade, visando abranger e proporcionar o maior grau possível de bem estar social ou "da prosperidade
pública". ( Hélio Kohama, Contabilidade Pública, Atlas, 1991 (Hélio Kohama, Contabilidade Pública, Atlas,
1991).
SISTEMA. Conjunto dos elementos da entidade, ligados entre si, para alcançar um objetivo. Um sistema
inclui as informações recebidas, as operações realizadas, os recursos utilizados para a execução dessas
operações, os resultados, bem como os seus efeitos sobre o exterior. Por outro lado, inclui a organização que
orienta todos os elementos para garantir os resultados previstos. (Boletim Interno do TCU N. 34 de
23/07/92).
SISTEMA DE GESTÃO E DE CONTROLE INTERNO. Conjunto constituído pela organização interna,
pelos procedimentos e/ou pelas práticas que permitem à entidade alcançar os seus objetivos. Incluem: 1) os
sistemas de planejamento que permitem preparar as decisões políticas ou administrativas; 2) os sistemas de
execução que permitem transmitir ordens dos órgãos de gestão superior da organização até aos níveis
inferiores, com indicação da divisão de responsabilidades; e 3) os sistemas de controle (s) interno (s) que
permitem verificar, por intermédio de um conjunto de procedimentos e práticas, se a entidade funciona em
conformidade com os princípios de controle (s) interno (s) (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92) .

189
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

SUBATIVIDADE. A partir da lei Orçamentária de 1990, todos os projetos e atividades passam a ser
desdobrados em Subprojetos e subatividades, chamados genericamente de "subtítulos, abreviado por "subt".
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
SUBEMPENHO. Emite-se sempre à conta do empenho global ou do empenho por estimativa um
documento denominado nota de subempenho, que indicará o credor, a especificação e a importância da
despesa, bem como a dedução do valor do saldo existente. Sendo assim, o subempenho é o ato de registro do
valor deduzido da importância empenhada nas modalidades global e por estimativa. Sendo que, os valores
subempenhados não podem exceder o saldo existente.
SUBPROGRAMA.. Categoria de programação utilizada no âmbito da "Classificação Funcional-
Programática" para o detalhamento do "Prograrma". Os subprogramas se destinam a expressar os agregados
singulares das partes do conjunto de ações dotadas de características próprias e que sejam tipicamente
necessárias ao atingimento de produtos finais ou parciais relacionados aos objetivos de um programa.
(Osvaldo Maldonado Sanches. Dicionário de Orçamento, Planejamento e Áreas Afins. Brasília: Prisma,
1997).
SUBVENÇÃO ECONÔMICA. Alocação destinada a cobertura dos déficit de manutenção das empresas
públicas de natureza autárquica ou não, assim como as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os
preços de mercado e os preços de revenda pelo governo de gêneros alimentícios ou outros e também as
dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
SUBVENÇÃO SOCIAL. Suplementação dos recursos de origem privada aplicados na prestação de serviços
de assistência social ou cultural sem finalidade lucrativa. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento
Público, Brasília, 1975).
SUPERÁVIT. Em orçamentos públicos o superávit significa uma receita superior à despesa decorrente de
um aumento da arrecadação ou um decréscimo dos gastos. Na balança comercial, significa um valor das
exportações superior ao das importações. No balanço de pagamentos, significa que a soma de todas as
entradas de divisas decorrentes das várias operações com o resto do mundo é superior às saídas de divisas
originadas nessas mesmas operações. É o oposto do déficit. (Dicionário de Economia e Administração, Paulo
Sandroni, Nova Cultural,1996).
SUPERÁVIT FINANCEIRO. Diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,
conjugando-se, ainda, os saldo dos créditos adicionais e as operações de créditos a eles vinculados. (Revista
da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
SUPERÁVIT ORÇAMENTÁRIO. Quando a soma das receitas estimadas é maior que às das despesas
orçamentárias previstas. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
SUPERVISÃO DA AUDITORIA. Atividade de direção e controle em todas as fases da auditoria para
adequar as atividades, os procedimentos e os exames aos objetivos a atingir. (Boletim Interno do TCU N. 34
de 23/07/92).
SUPLEMENTAÇÃO. Aumento de recursos por crédito adicional, para reforçar as dotações que já constam
na Lei orçamentária. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975) .
SUPRIMENTO. É o estágio da despesa em que o Tesouro Público entrega aos agentes pagadores os meios
de pagamento para liquidação dos compromissos financeiros marcados para determinado período. Compõe-
se de uma única fase: entrega de meios de pagamento dos agentes pagadores. ( João Angélico, Contabilidade
Pública, 5.ed. , São Paulo, Atlas, 1981)
SUPRIMENTO DE FUNDOS. Instrumento de execução ao qual pode recorrer o ordenador de despesas
para, através de servidor subordinado, realizar despesas que, a critério da administração e consideradas as
limitações previstas em Lei, não possam ou não devam ser realizadas por via bancária. (Revista da
Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
TAREFA DE AUDITORIA. Análise de um tema claramente selecionado no programa de auditoria, com
vista a alcançar determinados objetivos de auditoria. (Boletim Interno do TCU N. 34 de 23/07/92).
TAXA. Espécie de tributo que os indivíduos pagam ao Estado, em razão do exercício do Poder de Polícia ou
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte
ou postos à sua disposição. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).

190
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

TERMO ADITIVO.1- Consiste no instrumento que venha modificar o convênio, ajuste ou o contrato,
alterando-o em algum aspecto, acrescentando ou excluindo uma ou algumas de suas cláusulas. (José Daniel
de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.) .
2- Instrumento elaborado com a finalidade de alterar itens de contratos, convênios ou acordos firmados pela
administração pública. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA. Títulos financeiros com variadas taxas de juros, métodos de
atualização monetária e prazo de vencimento, utilizados como instrumentos de endividamento interno e
externo. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
TOMADA DE CONTAS. 1- É o levantamento organizado por serviço de contabilidade analítica, sem
vínculo administrativo com o gestor dos recursos, baseado na escrituração dos atos e fatos praticados na
movimentação de créditos, recursos financeiros e outros bens públicos por um ou mais responsáveis pela
gestão financeira e patrimonial, a cargo de uma Unidade Gestora, e seus agentes em determinado exercício
ou período de gestão. (José Daniel de Alencar. Dicionário de Auditoria, Brasiliana, 1984.) .
2- Levantamento organizado por serviço de contabilidade analítica, baseado na escrituração dos atos e fatos
praticados na movimentação de créditos, recursos financeiros e outros bens públicos, por um ou mais
responsáveis pela gestão financeira e patrimonial, a cargo de uma Unidade Administrativa e seus agentes, em
determinado exercício ou período de gestão. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público,
Brasília, 1975).
TOMADA DE PREÇO. É a licitação realizada entre interessados previamente registrados, observada a
necessária habilitação, convocados com antecedência mínima de quinze dias, por edital afixado na repartição
e comunicação às entidades de classe que os representam. (Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo
Brasileiro, 17° ed., 1990).
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES. Dotações destinados a terceiros sem a correspondente prestação de
serviços, incluindo as subvenções sociais, os juros da dívida a contribuição de previdência social, etc.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL. Dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras
pessoas de direito público ou privado devam realizar, independente de contraprestação direta em bens ou
serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem da lei de orçamento
ou de lei especial anterior, bem como as dotações da dívida pública. (Revista da Associação Brasileira de
Orçamento Público, Brasília, 1975).
UNIDADE ADMINISTRATIVA. Segmento da Administração Direta ao qual a Lei Orçamentária Anual não
consigna recursos e que depende de destaques ou provisões para executar seus programas de trabalho.
(Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
UNIDADE GESTORA. 1- É a Unidade Orçamentária ou Administrativa investida do poder de gerir
recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização. (José Daniel de Alencar. Dicionário
de Auditoria, Brasiliana, 1984.) .
2- Unidade Orçamentária ou Administrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros,
próprios ou sob descentralização. (Revista da Associação Brasileira de Orçamento Público, Brasília, 1975).
VALOR NOMINAL. Valor de emissão de um título. No mercado acionário e cotas de empresa, o valor
nominal é a parte do capital social que representa. Em obrigações é o capital sobre o qual se calculam os
rendimentos e que será reembolsado ao fim do período combinado. (www.
Enfoque.com.br/cotacoes/gloss.htm)

191
CONTABILIDADE e ORÇAMENTO PÚBLICO
PROFESSOR: Ricardo Venero Soares

BIBLIOGRAFIA

ANGÉLICO, João, Contabilidade Pública - 8ª ed. São Paulo; Atlas 1998.

KOHAMA, Heilio- Contabilidade Pública- 8ª ed. São Paulo; Atlas 2001.

PISCITELLI, Roberto Bocaccio. Contabilidade Pública – 6ª ed. São Paulo- Atlas-1999.

ANDRADE, Nilton de Aquino- Contabilidade Pública na Gestão Municipal- 1º ed. São


Paulo; Atlas 2002.

SLOMSKI, Valmor- Manual de Contabilidade Municipal- 1ª Ed. São Paulo-


Atlas 2001.

KOHAMA, Heilio- Balanços Público- 2ª ed. São Paulo; Atlas 2000.

MOTA, Francisco Glauber Lima- Contabilidade Aplicada à Administração Pública-6ª


ed. Brasília-Vesticon-2002.

MATIAS- Lino José- Contabilidade Governamental- 5ª ed. – São Paulo-2001.

LEI 4320/64- Comentada- Atlas 1998.

Constituição de 1.988 e ADCT

Lei de Responsabilidade Fiscal. Comentada.- Senado Federal. Brasília -2001.

192

You might also like