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NEUROCIÊNCIA

ABAIXO O MAU HUMOR!


Suzana Herculano-Houzel
neurocientista, é professora da UFRJ e autora do livro "Fique de
Bem com o Seu Cérebro" (ed. Sextante) e do site "O Cérebro
Nosso de Cada Dia"

[...] Nas horas certas, respostas impulsivamente agressivas


têm sua função: demarcam território, protegem a integridade

Mau humor, felizmente, não é minha praia.


Por isso, estranho muito aqueles dias em que a irritação contamina
meu modo de ver o mundo e tratar as pessoas. Mas tive vários dias
assim nos últimos meses -e fui resgatada por uma combinação
peculiar de acontecimentos: um tratamento com antibióticos e um
convite para um programa de TV sobre o mau humor.

Como falar sobre o mau humor (ou qualquer outro tópico) requer
primeiro uma definição, encontrei-me criando uma, já que os
dicionários não ajudaram. Vejamos: sabemos por experiência
própria que o mau humor é um estado desagradável de
irritabilidade. Se essa palavra não diz muito sobre o cérebro, o que
a acompanha é mais bem conhecido pela neurociência: uma
propensão à raiva e à agressividade.

O mau humor, portanto, deve ser um estado de predisposição a


reagirmos com agressividade, ironia e impaciência a comentários e
situações que normalmente não nos tirariam do sério.

A agressividade, por sua vez, emerge de zonas antigas do cérebro


que controlam comportamentos sociais, incluindo a amígdala e o
hipotálamo. Nas horas certas, respostas impulsivamente agressivas
têm sua função: demarcam nosso território, protegem nossa
integridade, enfrentam quem nos ameaça. Mas, se a ameaça não é
real ou se uma resposta agressiva não é uma boa idéia, o córtex
pré-frontal tenta inibir nossos impulsos – e de uma maneira, aliás,
que depende de serotonina.
Por isso, antidepressivos que modificam os níveis de serotonina no
cérebro são eficazes para controlar a raiva, a agressividade e o
mau humor desajustados.

Claro que cada um tem suas tendências e uma facilidade maior ou


menor de espantar o mau humor causado por operadores de
telemarketing, fechadas de carro, barulho e até variações
hormonais. Aliás, o mau humor, se passageiro e controlável, não é
doença. Mas pode ser causado por uma, como eu descobri.

Ao tratar com antibióticos uma sinusite que durava meses e me


fazia passar os dias com a sensação de que dois dedos me
afundavam a face, amanheci um dia achando o mundo... belo. Não
havia mais pressão no rosto nem dor -nem a necessidade de
policiar ímpetos raivosos.

Com a cabeça agora clara, pensar no assunto fez cair a ficha: meu
problema dos dias anteriores, tão estranho para mim, era mau
humor, causado provavelmente por interleucinas produzidas pelo
meu sistema imune em resposta a uma infecção. A sinusite,
literalmente, me subiu à cabeça.

SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, é professora da


UFRJ e autora do livro "Fique de Bem com o Seu Cérebro" (ed.
Sextante) e do site "O Cérebro Nosso de Cada Dia"

(www.cerebronosso.bio.br)

suzanahh@folhasp.com.br

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq2808200807.htm

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AFASTE O MAU HUMOR E AS DOENÇAS


COMENDO MAIS FIBRAS
NUTRIÇÃO – ALIMENTOS – FIBRAS – EMOÇÃO – DIGESTÃO –
METABOLISMO – DIABETES – GLICEMIA – EMAGRECIMENTO –

Dra. Jocelem Mastrodi Salgado,


Nutricionista –

De mera passageira do nosso aparelho gastrointestinal, sem


nenhuma função nutritiva, as fibras ganharam status de protetora
da saúde. Elas não produzem energia para nosso corpo, porque
nem chegam a ser digeridas nem absorvidas e justamente por isso,
as fibras interferem em todos os movimentos do sistema
gastrointestinal, melhorando nossa disposição, nosso humor e
reduzindo uma série de doenças, muitas delas graves, como o
câncer do cólon e reto. A moda em alimentação, agora, deve incluir
muitas fibras, o que não é difícil de seguir: elas estão presentes em
todos os alimentos de origem vegetal. É só combinar frutas,
legumes, verduras e cereais na sua receita.

Meio século atrás, acreditava-se que os alimentos só tinham


importância pela sua capacidade de saciar a fome e de garantir a
energia e nutrientes adequados ao organismo. Alimento que não
servia nem para uma coisa, nem para outra, não tinha função
alguma, simplesmente percorria o estômago e os intestinos.

Agora já se sabe que esse passageiro, aparentemente sem


utilidade, tem um papel fundamental no bom desempenho da
máquina do organismo, especialmente no aparelho digestivo. Trata-
se da fibra, um componente presente nos alimentos de origem
vegetal e que não tem função nutritiva alguma, pois o organismo
não é capaz de digeri-la nem de absorvê-la. Outra descoberta mais
recente na ciência da nutrição são os alimentos funcionais, aqueles
que contêm substâncias capazes de prevenir ou controlar doenças.
Mas hoje vamos falar das fibras, que nos últimos 20 ou 30 anos
saíram do anonimato e da indiferença para um lugar nobre no
cardápio indicado por médicos e nutricionistas.

A importância e o papel das fibras estão justamente no fato de não


serem digeridas nem absorvidas pelo organismo. Nessa condição,
elas cumprem uma função fundamental na travessia do “bolo
alimentar” pelo extenso caminho dos nossos intestinos. Agem
deixando as fezes mais leves, úmidas e volumosas, facilitando o
trânsito. Com isso evitam o desconforto da prisão de ventre e
reduzem o risco das doenças gastrointestinais. A mais comum
delas é a constipação crônica, prisão de ventre persistente que
afeta principalmente as mulheres e que, além da sensação de mal
estar, vai causar outros danos, como hemorróidas e fissuras anais.

A lentidão do trânsito intestinal também é responsável pela


diverticulose, que são alterações e inflamações na parede do tubo
digestivo. A síndrome do cólon ou do intestino irritável, que
representa cerca de 40% de todos os transtornos gastrointestinais,
com dores abdominais e alterações no ritmo de evacuações.

A consequência mais grave desses transtornos todos é o câncer do


cólon, ou colorretal, considerado a terceira causa de morte por esse
tipo de doença.

Bem, agora que já falamos do lado ruim da falta de fibras, vamos


lembrar outras vantagens de uma alimentação rica em fibras. Em
quantidade adequada, as fibras aceleram a passagem dos produtos
residuais e nocivos através do organismo e absorvem substâncias
tóxicas ou perigosas.

As fibras também contribuem como tratamento auxiliar de doenças


como o diabetes do tipo 2 (aquele que costuma aparecer com a
idade e o aumento de peso) e o excesso de colesterol e de
triglicérides no sangue. O papel das fibras, nesses casos, seria o
de auxiliar na redução do açúcar e da gordura.

Há outra função importante, a de ajudar na redução do peso de


forma natural e saudável. Por um lado, o consumo de fibra traz uma
impressão de saciedade, dando-nos uma sensação de que
comemos mais do que de fato comemos. Por outro lado, as fibras
nos obrigam a mastigar os alimentos durante mais tempo, o que
reduz a fome e facilita a digestão.

A dose ideal

As fibras podem ser solúveis e insolúveis. As primeiras, como o


nome diz, têm a propriedade de se misturar com água. São
encontradas principalmente nas frutas e vegetais, especialmente
em laranjas, maçãs, goiaba (cascas) e aveia. As insolúveis, assim
chamadas porque não se misturam com a água, são as celuloses
(as hemiceluloses e a lignina) encontradas principalmente nos
cereais integrais.
De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde
e do FDA, organismo norte-americano que controla alimentos e
medicamentos, cada pessoa deve consumir um mínimo de 20
gramas de fibras por dia. O ideal, na opinião de muitos
pesquisadores, é um consumo em torno de 30 gramas por dia.
Cerca de 20% a 25% dessas fibras devem ser solúveis e 70% a
75% devem ser insolúveis.

Pode parecer fácil consumir a dose certa de fibras por dia, mas não
é. Um total de apenas 10g por dia, por exemplo, equivale a uma
concha de feijão cozido (cerca de 4g), um pãozinho francês (cerca
de 3g), um pires de acelga cozida (2g) e uma fatia média de
abacaxi (1,1g).

A dificuldade desse consumo está nas práticas e hábitos


alimentares que mudaram muito nas últimas décadas. Estudos
feitos em habitantes de alguns países africanos mostram que
chegavam a consumir entre 50g e 100g de fibras por dia, por conta
de uma dieta praticamente vegetariana. Como consequência, esses
habitantes, apesar dos indicadores de desnutrição encontrados,
não apresentavam problemas gastrointestinais.

As mudanças na alimentação foram decorrências naturais da


melhora do nível de vida. Por exemplo, o pão de centeio ou de
farelo natural foi substituído pelo pão branco, preparado com
farinha industrializada, da qual é retirada grande parte do farelo
fibroso. A carne passou a ocupar o lugar dos vegetais em todos os
cardápios e mesas. E produtos como biscoitos, salgadinhos, bolos,
sorvetes e alimentos gordurosos vieram ocupar o lugar das frutas,
verduras e legumes.

Vários autores sugerem cardápios que somariam uma quantidade


de fibras adequada. Cito abaixo um deles, o do “Dicionário de
Medicina Natural”, da edição Reader´s Digest, que sugere uma
dieta de 28g diárias:

1 tigela de granola ou de flocos de cereais integrais (3,5g);


1 torrada integral (2,5g);
1 sanduíche de pão integral (5g);
1 fruta ou um punhado de frutas secas ou passas (2g);
1 porção de massa de trigo integral, de lentilha, feijões ou ervilhas
(7g);
2 porções de legumes (4g);
1 porção de salada de frutas frescas (4g).
Total =28 gramas de fibras

O ideal, no entanto, é que você mesmo faça as suas combinações,


montando um cardápio a seu gosto. Para facilitar seus pratos,
estou relacionando abaixo uma pequena lista de alimentos com as
respectivas unidades e quantidades de fibras correspondentes.
Esses valores já foram confirmados por vários estudos e são
aceitos, com algumas variações, pela grande maioria dos
nutricionistas e pesquisadores. Os itens abaixo tomaram como
referência a tabela elaborada por Mendes e col, da Universidade
Federal Fluminense, citada também pelo GANEP (Grupo de Apoio
de Nutrição Enteral e Parenteral): embre-se que o prazer da
alimentação e a satisfação em preparar seus pratos também
contam pontos no ranking da boa saúde. Por isso não deixe que
sua preocupação com a quantidade de fibras acabe tirando seu
prazer e desequilibrando o conjunto de sua alimentação.

A pesquisadora Jocelem Mastrodi Salgado é professora titular de


Nutrição Humana da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz, a
USP de Piracicaba. Como especialista, escreve regularmente nesse
espaço sobre temas ligados à saúde e alimentação. Jocelem é conhecida
por suas pesquisas na área de alimentos funcionais e por suas receitas
para prevenção e redução de doenças. É a criadora de compostos para
reeducação alimentar e equilíbrio do organismo conhecidos como
Sanavita e Suprinutri. Atualmente, suas pesquisas estão voltadas para os
benefícios da soja e do feijão guandu. Informações sobre seus trabalhos
podem ser obtidas pelo 0800-554414 ou pelo e-mail
jmsalgad@esalq.ciagri.usp.br

Fonte:
http://www.estadao.com.br/magazine/materias/2002/jan/17/168.htm

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“O nosso corpo possui todos os recursos para se refazer dos


desgastes naturais do dia-a-dia. O que é preciso, é saber como
acionar corretamente estes recursos. Devemos ter sempre em
mente que, quando temos uma vida o mais próximo possível dos
hábitos naturais e saudáveis, alimentação natural, teremos também
uma maior percepção sobre o nosso corpo, no que se refere às
suas pontencialidades de prevenção e mesmo curas de várias
enfermidades.

A medicina ortodoxa atual, está perdida, está realmente falida! Ela


se limita a dar nomes a “enfermidades”, nomes a “doenças” que ela
mesmo criou. Também se limita a prescrever um determinado
medicamento (remédios sintéticos, fabricados pelos laboratórios
farmacêuticos) para cada sintoma. A medicina ortodoxa, tradicional,
alopática, perdeu a sua capacidade de lidar com a “saúde”, mesmo
porque se especializou em doenças, e ainda mais, sabe muito
muito pouco sobre estas mesmas doenças que ela criou.

Então, o que fazer? Estará tudo perdido?

Em primeiro lugar, é preciso ficar atento às propagandas maciças


que recebemos diariamente, seja pela televisão, pelos jornais,
revistas, noticiários em geral, em tudo o que se refere à saúde e
qualidade de vida. Acredite que, o interesse financeiro, a ganância
pelo dinheiro, gera uma grande quantidade de informações
“enganosas”, “mentirosas”, fazendo crer que os remédios, os
medicamentos sintéticos, as tecnologias de ponta aplicadas à
saúde, vão resolver os seus problemas.... Isto tudo é uma grande
farsa, uma grande mentira!

Vou expor aqui, quatro pontos, simples, fundamentais, que podem


auxiliar a todos nós a termos “saúde e qualidade de vida”, no mais
alto nível:

1. Alimentação correta, e de acordo com as necessidades


individuais de cada pessoa;
2. Atividade física regular, 7 dias por semana, vale: caminhada,
corrida, bicicleta, esteira elétrica, natação, dança, alongamentos,
exercícios com halteres, exercícios com aparelhos em academias,
etc... O importante é manter o corpo em “movimento”, e aí, todas as
coisas boas vão acontecer naturalmente.
3. Alguns minutos de meditação diários;
4. Atenção especial ao “SONO-REPARADOR”. Escureceu, já prá
cama! A toxicidade pela luz artificial é a causa de grande número de
enfermidades e desequilíbrios orgânicos. Sem as horas de sono de
que o nosso corpo precisa (no escuro mesmo, sem pequenas
luzes, abajures, ou leds acesos de TV, rádios-relógios, etc...), a
nossa glândula pineal não consegue fabricar a quantidade correta
de melatonina, um hormônio fundamental para manter a saúde, a
qualidade de vida, e uma infinidade de coisas altamente
importantes para o nosso organismo.

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