Nelson Ferreira da Silva 4 de Abril de 2009 http://junqueira.wordpress.
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João Francisco Junqueira
João Francisco nasceu a 14 de Novembro de 1727 na freguesia de S. Simão da Junqueira. Era filho de JOÃO MANOEL JUNQUEIRA (1697 - 1774, nasceu e morreu na Junqueira) e de ANA FRANCISCA DO VALLE (1689 - 1750, nasceu e morreu na Junqueira). O seu pai, por sua vez, era filho de DOMINGOS MANOEL (10/12/1736) e de MARIA FERNANDES (15/6/1730). Este DOMINGOS MANOEL seria bisneto de DOMINGOS FERNANDES, casado a 1598, também na Junqueira. A mãe de João Francisco, ANA FRANCISCA DO VALLE, era filha de MANOEL FRANCISCO e ANA GONÇALVES (24/2/1736). Do registo de baptismo de João Francisco consta o nome de JOSÉ GOMES JUNQUEIRA como tendo sido seu padrinho. JOSÉ GOMES JUNQUEIRA seria casado com MARIA ANTÔNIA. Tiveram pelo menos um filho ANTÓNIO GOMES JUNQUEIRA, nascido na Junqueira. No entanto, esta última parte referente à história do padrinho de João Francisco padece de confirmação. João Francisco Junqueira casou com a brasileira ELENA MARIA DO SPIRITO SANTO a 16/1/1758. Desta união nasceram vários filhos que viriam a ter um papel preponderante na História do Brasil. É esta a data que marca o início da dinastia dos Junqueiras na antiga colónia portuguesa. O patriarca da família Junqueira veio a falecer no Brasil a 5 de Abril de 1819.
TEXTOS COMPILADOS
Emigração para o Brasil
João Francisco Junqueira deixou Portugal emigrando para o Brasil ainda moço. Deve ter emigrado aproximadamente em 1746, quando teria pouco mais, ou pouco menos, 20 anos de idade. Isso sabemos pela data de seu casamento em São João del-Rei, 16 de Janeiro de 1758. Como nascera em 14 de Novembro de 1727, estava com 31 anos quando se casou. (…) Não seria demais especular que o Patriarca teria inicialmente ganho dinheiro na mineração do ouro e, alguns anos depois de seu casamento, provavelmente em torno de 1764, se estabeleceu e requereu a Sesmaria do Campo Alegre. Esta sesmaria foi-lhe concedida onze anos após seu casamento, em 5 de Abril de 1769. (…) Não temos notícias suas até seu casamento com Elena Maria do Espírito Santo. Provavelmente, como dito anteriormente, dedicou-se à mineração de ouro. Pois sabemos que veio pobre para o Brasil e, quando transferiu-se com sua esposa para a região de Carrancas, Distrito do Favacho, tinha o dinheiro necessário para viver, requerer, construir e edificar a sede da Campo Alegre, com toda a parafernália necessária para seu funcionamento: senzalas, moinho e serraria com roda d’água, engenho de pilão etc. (…) O documento mais antigo, de que temos posse, ligado à Família Junqueira, é a certidão de casamento de um tetravô do Patriarca, Domingos Fernandes, datada de 1598. A partir dessa data, dispomos de inúmeros documentos (certidões de batismo, casamento e óbito, inventários, etc.) pelos quais nos foi possível traçar a trajetória dos Junqueiras desde Portugal até os dias atuais no Brasil. João Francisco Junqueira, o Patriarca, deixou a sua terra natal - São Simão da Junqueira, em Portugal - e veio para o Brasil por volta de 1750, quando contava pouco mais, pouco menos de 20 anos. Não se sabe ao certo o porque de sua vinda, mas ela provavelmente foi motivada pela busca de melhores condições de vida que a Colônia oferecia - principalmente pela possibilidade de enriquecimento rápido com a mineração de ouro, na Província de Minas Gerais. http://www.familiajunqueira.com.br/
A lenda de São Thomé
Aborrecido pelos maus tratos que recebia na Fazenda Campo Alegre, João Antão, um escravo, resolveu fugir, e após percorrer muitos quilômetros pelas montanhas, encontrou uma gruta. Lá se refugiou e passou a habitar aquelas cercanias. Para se alimentar vivia da caça, da pesca e de frutos silvestres que a natureza lhe dava. Certo dia apareceu a João um senhor de certa idade, de olhar sereno e fala macia, vestido com roupas brancas. Este, escreveu um bilhete e disse para João voltar a fazenda a entregar para seu senhor, João Francisco Junqueira, garantindo que seria perdoado pelo seu ato de fuga. Assim foi feito. Chegando na fazenda todos se espantaram com a vinda do escravo fugitivo e antes que fosse lavado para o açoite entregou o bilhete ao Patriarca da família Junqueira. Lendo o bilhete João Francisco Junqueira exigiu que o escravo o levasse junto de uma comitiva até tal gruta para certificar-se do que havia ocorrido. O conteúdo do bilhete nunca foi descoberto, mas sabe-se que João Francisco ficou espantado com a tão bela caligrafia, coisa rara para a época. Chegando ao local não encontraram nenhum padre, nem o senhor de vestes brancas. No fundo de gruta havia uma estatueta de São Thomé finamente trabalhada em madeira. Homem de profunda religiosidade, João Francisco acreditava estar diante de um milagre e mandou erguer, no lado da gruta, uma capela, onde posteriormente deu lugar à Igreja Matriz. Antes de concluir a obra João Francisco Junqueira, cego, veio a falecer. Seu filho, Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas concluiu a obra . Os dois membros da família Junqueira forem sepultados sob o altar da Igreja Matriz. Acredita-se que aquele senhor de vestes brancas fosse o próprio São Thomé ou talvez, o que é mais provável, ser um padre jesuíta fugitivo das perseguições do Marquês de Pombal, que havia determinado a expulsão de todos os jesuítas do País. Surgiu assim o povoado conhecido como São Thomé. Na entrada da gruta foram descobertas pinturas em tom avermelhado semelhantes letras. Atribuem-se essas pinturas aos índios catagueses, antigos habitantes da região, ou a seres extraterrenos vindos das estrelas a até mesmo a marcas deixadas pelo santo. A partir desse dia, São Thomé passou a as chamar São Thomé das Letras. http://bardosapo.blogspot.com/2004/06/lenda-de-so-thom.html http://www.oarquivo.com.br/portal/index.php/inexplicado/lugares/245-sao-tome-das-letras
A Família Junqueira comemora 250 anos de História
(…) ‘Sobrenome? Ponha lá Junqueira’, disse Francisco Não se sabe o ano exato em que João Francisco Junqueira chegou ao Brasil. Calcula-se por volta de 1750. Com certeza, foi antes de seu casamento com Elena do Espírito Santo, realizado na Igreja de Nossa Senhora do Pilar, em São João Del Rey, dia 16 de janeiro de 1758. Data que serve de base para a comemoração dos 250 anos. Este é o documento mais antigo sobre a presença da família Junqueira no Brasil, cita Eduardo Diniz Junqueira, que também relata um fato curioso, com base, segundo diz, na memória familiar: “Ao desembarcar no Rio de Janeiro, perguntado pelo sobrenome, João Francisco respondeu: ‘ponha lá Junqueira’. Daí ele teria incorporado ao seu nome o nome da aldeia onde nasceu em Portugal, São Simão da Junqueira”. Mas também é certo, conforme Eduardo constatou pessoalmente, que na sua certidão de batismo, em São Simão da Junqueira, consta a assinatura de padrinho: José Gomes Junqueira. (…) http://www.jornalacidade.com.br/noticias/74056/a-familia-junqueira-comemora-250-anos- de-historia.html
Outras fontes: FAMÍLIA E PODER EM MINAS GERAIS: O CASO JUNQUEIRA (1790-1850) http://www.anpuh.uepg.br/xxiii-simposio/anais/textos/MARCOS%20FERREIRA%20DE %20ANDRADE.pdf