Ct '

•. '." ~~. -rl-..... ~ (J. E.

Lm"'7'jf_~ ... /, 5=E~_ffi..
~ , . ., (.i:VVl- '~.{-I.:,~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO .-. :{"::
-- Pág. 01/02 --

P R O C E S S O: TC- 01.879/05
Administração indireta estadual. PBTURHotéis
SIA. Prestação de contas anual relativa ao
exercício de 2004. Regularidade com ressalvas
das contas, aplicação de multa e outras
providências.
Embargosde declaração.Não conhecimento.

RELATÓRIO
1. O Tribunal Pleno, na sessão realizada em 11.04.07, ao apreciar a prestação de
contas da Empresa Paraibana de Turismo - Hotéis (PBTUR Hotéis), relativa ao
exercício de 2004, decidiu por meio do Acórdão APL Te 199/2007:
1.01. Julgar regulares com ressalvas as contas prestadas;
1.02. Aplicar multa pessoal, no valor de R$ 2.805,10 (dois mil oitocentos e cinco
reais e dez centavos) à Diretora Presidente, Sra. Cléa Cordeiro Rodrigues,
com fundamento no art. 56 da LOTCE;
1.03. Aplicar multa pessoal, no valor de R$ 2.805,10 (dois mil oitocentos e cinco
reais e dez centavos) ao Diretor Operacional, Sr. Gustavo Marques de
Azevedo, com fundamento no art. 56 da LOTCE;
1.04. Aplicar multa pessoal, no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) ao Sr. Felipe
Campos, Diretor Técnico no período de 01/01 a 30/06/04, com fundamento
no art. 56 da LOTCE;
1.05. Aplicar multa pessoal, no valor de R$1.000,00 (um mil reais) ao Sr. Sérgio
José Araújo da Costa, Diretor Técnico no período de 01/07 a 31/12/04, com
fundamento no art. 56 da LOTCE;
1.06. Assinar prazo de 60 dias para que a direção da PBTURHotéis:
1.06.1. Inventarie e avalie todos os hotéis da rede;
1.06.2. Proceda ao levantamento dos créditos decorrentes das locações e
permissão de uso ou outra forma de transferência onerosa de posse,
deflagrando a cobrança;
1.07. Remeter cópia dos autos ao Ministério Público Comum, ante os indícios de
cometimento de atos de improbidade administrativa;
1.08. Recomendar à atual gestão no sentido de que guarde estrita observância
aos ditames constitucionais e legais aplicáveis;
1.09. Representar ao INSS acerca das contribuições previdenciárias não
recolhidas;
1.10. Representar à Assembléia Legislativa e ao Governador do Estado,
informando sobre o patrimônio da PBTURHotéis S/A, com recomendação de
que sejam adotadas as providências cabíveis quanto aos hotéis componentes
da empresa;
1.11. Encaminhar cópia da decisão à EMBRATUR,para conhecimento.
-- conclui à Pág. 02/02 --
 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
-- Pág. 02/02 --
2. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de 20.04.07, e em
20.06.07, o atual Diretor-Presidente da PBTURHotéis, por intermédio de Procurador,
interpôs EMBARGOSDE DECLARAÇÃO(fls. 180/186), nos quais aduz, em síntese, ter
ocorrido contradição e omissão no Acórdão recorrido, porquanto não teria restado
evidenciada a fundamentação das multas aplicadas. Pretende, por fim, o
embargante, conferir efeito modificativo ao Recurso.
3. A Unidade Técnica analisou a petição recursal e concluiu não haver omissão ou
contradição a ser esclarecida, uma vez que foram detectadas várias falhas na
prestação de contas em exame, fatos que foram considerados suficientes para
fundamentar a aplicação da penalidade pecuniária, mas que foram entendidos como
insuficientes para acarretar a irregularidade das contas, razão pela qual houve
apenas ressalvas à sua regularidade.
4. O MPjTC, em parecer de fls. 205/208, opinou, preliminarmente, pelo não
conhecimento do Recurso, face à sua intempestividade e, se ultrapassada essa
preliminar, pelo provimento apenas para suprir a omissão referente ao inciso do art.
56 da LOTCEque fundamentou as penalidades pecuniárias aplicadas.
5. Os autos foram incluídos na presente sessão, sem notificações na forma regimental.
É o Relatório.

VOTO DO RELATOR
O art. 181 do Regimento Interno estabelece que os embargos de declaração
deverão ser opostos em 10 dias, prazo que não foi respeitado pelo embargante, uma vez
que se passaram 60 dias entre a publicação de decisão (20.04.07) e o encaminhamento
de peça de embargos (20.06.07). Assim, o Recurso não deve ser conhecido, porquanto
manifestamente intempestivo.
Isto posto, o Relator vota no sentido de que esta egrégia Corte não conheça dos
presentes embargos.

DECISÃO DO TRIBUNAL
Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO TC-Ol.879j05, os
MEMBROS do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA (TCE-Pb), à
unanimidade, na sessão realizada nesta data, ACORDAM em não tomar
conhecimento dos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos.
Publique- e, intim -se, registre-se e cumpra-se.
Sala das Sessõ o Te -P - Plenário Ministro João Agripino.
Pes 0f 2 de abril de 2008.

,~- ,'" ,

Ana Terêsa Nóbrega '\,

Procuradora Geral do Ministério Público junto ao Tribunal