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RELATÓRIO
1. Emitir parecer contrário à aprovação das contas da Prefeita Municipal de Riachão do Poço,
Sra. Maria Auxiliadora Dias do Rego, relativas ao exercício de 2005;
2. Imputar, à Prefeita, Sra. Maria Auxiliadora Dias do Rêgo, o débito no valor de R$ 9.753,51,
decorrente de saldos registrados nas disponibilidades sem comprovação, assinando-lhe o prazo de
60 (sessenta) dias, para efetuar o recolhimento da quantia mencionada;
3. Aplicar multa pessoal a Sra. Maria Auxiliadora Dias do Rêgo, no valor de R$ 2.805,10 (dois
mil oitocentos e cinco reais e dez centavos), com fundamento no art. 56 da LCE 18/93,
assinando-lhe o prazo de sessenta (60) dias, para efetuar o recolhimento ao Tesouro Estadual,
à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, a que alude o art. 269 da
Constituição do Estado, a importância relativa à multa;
4. Recomendar à atual gestão diligências no sentido de prevenir a repetição das falhas acusadas no
exercício de 2005.
É o relatório.
VOTO DO RELATOR
oRelator, atento às disposições do art. 34 da Lei Orgânica desta Corte c/c o art. 180 do
RI, entende que os embargos opostos não devem ser providos porquanto não estão presentes os requisitos
de admissibilidade da espécie recursal.
Da dicção do artigo 180 do RI percebe-se que os embargos declaratórios não se prestam
para alterar decisão, mas para esclarecer controvérsias, dúvidas e aclarar obscuridades que porventura
existam entre a decisão recorrida e a realidade dos fatos.
Na hipótese em exame, o que busca o embargante é reabrir a discussão sobre o mérito da
matéria. De fato, quando da apreciação do Recurso de Reconsideração interposto, constatou-se uma
situação singular, porquanto, diante das conclusões da Auditoria de redução do débito já imputado, de
pronto, a gestora realizou o prévio recolhimento do novo valor levantado, antes mesmo dos membros
deste Tribunal apreciar a matéria.
Contudo, não logra êxito a embargante em demonstrar a existência de obscuridade,
contradição ou omissão na decisão atacada, uma vez que o fato foi amplamente debatido, constando no
ato formalizador o reconhecimento do recolhimento do saldo a descoberto, dando por cumprida aquela
decisão relativamente ao item da imputação de débito (fls. 3325/3327).
Dito isto, voto no sentido de que o Tribunal conheça dos Embargos opostos ao
Acórdão APL TC N° 76512008 por atender aos requisitos da legitimidade e tempestividade", e, no
mérito rejeite-o, por lhe faltarem os requisitos indispensáveis a sua admissibilidade, mantendo-se,
portanto, inalterada a deliberação combatida, e que a decisão consubstanciada no Acórdão APL TC n°
918/2007 seja acompanhada, no que conceme à verificação do recolhimento da multa já aplicada.
É o voto.
DECISÃO DO TRIBUNAL
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.Ana TerêsaNóbrega ~
Procuradora-Geral ('>o-)
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