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º 12
INFORMATIVO
CONVOCATÓRIA
De acordo com os estatutos do MPI·Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente, convoco a
Assembleia Geral Ordinária desta Associação, que se realizará na sede social, sita no edifício da Junta de Fre-
guesia do Vilar, Largo 16 de Dezembro, n.À 2, dia 12 de Abril, sábado, pelas 21.00 horas, com a seguinte ordem
de trabalhos:
Ponto 1·Votação do Relatório e Contas de 2007
Ponto 2·Discussão e votação do Plano de actividades e Orçamento para 2008
Ponto 3·Outros assuntos
Não havendo número legal de associados para a Assembleia funcionar, fica desde já marcada uma segunda con-
vocação para meia hora depois, funcionando com qualquer número de associados.
Mantendo a população humana, a viver com o seu actual estilo de vida, seria necessário 1,3 planetas Terra!
As alterações climáticas, a falta de água, a má qualidade da água disponível, a desertificação, a perda de biodi-
versidade, a poluição atmosférica, etc, são os problemas mais relevantes que afectam o nosso ambiente, devido
ao nosso estilo de vida insustentável.
Agenda 21 no Vilar
O MPI e a Junta de Freguesia tomaram a iniciativa de lançar um processo de Agenda 21 da Freguesia do
Vilar, mas que responda genuinamente ao desafio da Cimeira da Terra, assim estão a ser planeadas sessões
públicas nos lugares da freguesia com a colaboração das colectividades sobre diversos assuntos, com a apresenta-
ção de filmes, para que de forma simples e agradável a informação chega às populações e esperemos que da par-
ticipação das pessoas resultem várias iniciativas e acções de que a freguesia necessita.
n.º 12 - Fevereiro de 2008 BOLETIM INFORMATIVO MPI Página 3
Estudos em humanos
Um dos primeiros estudos foi realizado na década de 40 (época em começaram a ser comercializados os pesti-
cidas de síntese) numa escola na Nova Zelândia em que ao fim de 3 anos de servir refeições com produtos bioló-
gicos detectou nos alunos:
- Menos problemas de garganta
- Menos gripes
- Convalescenças mais rápidas
- Melhor saúde dentária (Daldy, 1940)
Noutro estudo verificou-se uma concentração de espermatozóides muito superiores no esperma de homens
que se alimentavam de produtos biológicos comparativamente aos de homens que se alimentavam de produtos
convencionais (quadro 4).
Quadro 4: Comparação na contagem de espermatozóides
NÀ espermatozóides / ml de esperma
Consumidores de produtos biológicos 127 milhões
Consumidores de produtos convencionais 55 milhões
(Jensen et al, 1996): The Lancet nÀ 347
Estudos em animais
Para avaliar se os animais têm preferência pelos produtos biológicos em detrimento dos convencionais, foram
realizados 6 estudos, tendo-se verificado que em 5 os animais preferiram os produtos biológicos e apenas num
estudo não houve diferença entre os biológicos e os convencionais (Heaton, 2001). Porque é que os animais pre-
ferem os produtos biológicos? Através do seu instinto e sensibilidade de algum modo eles conseguem ter a per-
cepção daquilo que é melhor.
Foi possível verificar maior taxa de fertilidade, de prolificidade e menor incidência de infecções em coelhos
criados em modo de produção biológica comparativamente ao modo de produção convencional.
Em resumo
É possível fazer agricultura biológica como o provam os 1300 agricultores em Portugal
Existem culturas mais fáceis de produzir em agricultura biológica do que outras
Existem vantagens para o ambiente, os agricultores e os consumidores
Os produtos biológicos são melhores para a saúde porque:
São mais seguros (- pesticidas, - nitratos, sem OGM, - antibióticos, - aditivos)
Têm mais qualidade (+ Matéria seca (isto é, menos água), + minerais, + vitaminas, + ómega 3, + anti-
oxidantes e são melhores para a saúde dos animais)
Curiosamente a esta conclusão também chegaram muitos consumidores de produtos biológicos que, sem
conhecerem estes estudos, dizem que optam por gastar um pouco mais na alimentação para depois pouparem na
farmácia.
Página 4 BOLETIM INFORMATIVO MPI n.º 12 - Fevereiro de 2008
A sede da empresa é na localidade de Vila Nova da Serra, freguesia do Vilar, concelho do Cadaval. A área total é de 32,38
ha, sendo o cultivo de hortícolas em modo de produção biológica em cerca de 4ha numa propriedade junto à localidade de
Ventosa, freguesia de Lamas, desde o ano de 2005.
Modo de Vida
Preservação Ambiental
Respeito Entre os Diferentes Sectores da Fileira, remunerando-se de forma mais justa os produtores biológicos
A sua experiência tem revelado que os consumidores de produtos biológicos toleram uma apresentação menos
„perfeita‰ dos produtos, obviamente dentro de certos limites, pois são pessoas melhor informadas e reconhecem a superior
qualidade destes produtos.
São objectivos da empresa:
Aumento da Rendibilidade
Diferenciação
Profissionalismo
Promoção da Agricultura
Constatam que agricultores mais velhos esqueceram práticas agrícolas mais sustentáveis, sendo por isso importante recu-
perar esses saberes para que não fiquem condenados ao esquecimento.
Porquê pagar mais pelos produtos biológicos?
Porque há vários factores que contribuem para o preço dos produtos biológicos serem em geral mais caros do que os pro-
duzidos em modo convencional, tais como:
Elevados Custos de Distribuição
Mercado Insípido
Preço Ambiental
Fizeram um cálculo dos custos de produção num talhão de 3500m2 e chegaram à conclusão que os custos de produção
em MPB (Modo de Produção Biológica) são superiores em cerca de 40%, devido essencialmente a mais mão-de-obra (nas
sachas) e aos fertilizantes utilizados neste modo de produção.
n.º 12 - Fevereiro de 2008 BOLETIM INFORMATIVO MPI Página 5
Total dos custos 1.106,50 euros Total dos custos 1.510,00 euros
Venda Directa
Possuem um site na Internet com o seguinte endereço: www.dahorta.com.pt , onde é possível aceder a informação
actualizada dos preços dos produtos, fazer encomendas, etc.
A sede da BIOFRADE é no Casal Frade, concelho da Lourinhã. A partir dos finais da década de 80 e princípio da déca-
da de 90 começaram a sentir dificuldade em escoar os produtos, que até então produziam apenas em modo convencional,
devido à concorrência dos espanhóis. Assim, no início da década de 90 começaram a produzir também em MPB (Modo de
Produção Biológica) para exportação. Até 1998 mantiveram os dois modos de produção, convencional e biológica, mas a par-
tir desse apenas produzem em MPB, explorando actualmente 22 ha.
No início começaram a produzir em MPB apenas as culturas que conheciam melhor, como a batata, couve e alface, agora
produzem o que o mercado solicita. Desde 2001 começaram a desenvolver a área comercial através da venda e distribuição
directa. De modo, a rentabilizar esta área começaram também a comprar a outros produtores aquilo que não têm capacidade
de resposta na produção.
Actualmente a quantidade de produto que apenas comercializam é superior à que conseguem produzir, tendo 5-6 fun-
cionários na comercialização e 10-12 funcionários na produção.
Como praticamente não existem produtos alimentares biológicos transformados no nosso país, tais como, iogurtes, mas-
sas, etc., estão a iniciar este ramo.
Têm assistido a um grande aumento do mercado nacional, no início da produção de produtos biológicos o volume da
facturação anual da empresa era de 20.000 euros, em 2006 a facturação foi de meio milhão de euros e na primeira metade de
2007 já excederam este valor.
„Como as minhocas devoram toda a matéria orgânica existente no lixo comum das nossas casas, transformando-a em
húmus, elas limpam os objectos que não conseguem comer, como o plástico ou o vidro, que podem ser separados e utiliza-
dos na reciclagem‰, explicou.
Rui Berkemeier, responsável pelo departamento de resíduos da Quercus, não poupa elogios ao sistema, esclarecendo que
„de outra forma, estes objectos teriam como destino os aterros ou a incineração‰. „Já sem referir os problemas da incinera-
ção, os cheiros dos ate-rros e as águas residuais altamente tóxicas‰, acrescentou.
A inexistência de cheiros é, de acordo com João Completo, uma das grandes vantagens do sistema. Durante a segunda eta-
pa deste processo, o cheiro característico do lixo é eliminado de forma natural. „Cerca de 80 por cento do odor desaparece
no processo de compostagem. Depois, as minhocas tratam do resto‰, sublinhou, destacando também que a matéria produzi-
da pelas minhocas, o húmus, e o próprio líquido que escorre durante a terceira fase é aproveitável na agricultura ou na jardi-
nagem. „Todo o composto resultante da transformação dos resíduos orgânicos em húmus é utilizável na agricultura como
adubo, tal como as águas, que funcionam como um corrector natural de solos‰.
MINHOCA ESPECIAL
De fácil reprodução, a minhoca vermelha da Califórnia adapta-se melhor às condições meteorológicas do nosso País.
SAIBA MAIS
5000 minhocas por metro quadrado, para uma ÂcamaÊ com 25 centímetros de altura.
60 000 toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos que uma central de vermicompostagem pode tratar por ano.
4,7 milhões de toneladas de RSU produzidos em Portugal durante 2005, segundo o Instituto dos Resíduos.
SUINICULTURAS
O lixo das explorações pecuárias, muitas vezes despejados em rios, também pode ser tratado pelas minhocas.
HÐMUS
É a matéria resultante da transformação dos resíduos orgânicos, aplicável na agricultura e correcção de solos.
A empresa elaborou um estudo sobre o futuro da gestão dos resíduos na região Oeste concluído em Junho de
2006, que aposta no Tratamento através produção de biogás. A Resioeste e a Valorsul apresentam uma contrapro-
posta com a fusão das duas empresas alegando que assim as tarifas irão baixar, mas sem alterar o modelo de ges-
tão, ou seja, a maioria dos resíduos seriam enterrados sem qualquer tratamento ou incinerados tal com acontece
actualmente.
Com os resultados promissores da utilização da vermicompostagem aplicada aos resíduos indiferenciados, a pedi-
do da Associação de Municípios do Oeste a empresa Weber está a estudar esta solução complementando o seu
anterior estudo. Espera-se assim que seja implementada na região uma gestão mais adequada dos resíduos com o
menor custo possível.
n.º 12 - Fevereiro de 2008 BOLETIM INFORMATIVO MPI Página 7
BREVES
CREIAS Oeste
No âmbito da década da Educação para o Desenvolvimento Sus-
tentável 2005-2015 instituído pela UNESCO, o Instituto de
Estudos Avançadas da Universidade das Nações Unidas (UNU)
promove a criação de Centro Regionais de Excelência (RCE)
com o objectivo é reunir contributos para a educação formal e não
formal uma vez que integram escolas, universidades e organiza-
ções da sociedade civil.
Em Portugal, apenas existe um RCE, e abrange a região Oeste, a
que se deu o nome de CREIAS-Oeste. Foi oficialmente inaugu-
rada no dia 7 de Dezembro de 2007, no Auditório Municipal do Bombarral.
Fazem parte do CREIAS– Oeste inúmeros parceiros como o Instituto Superior Técnico (Universidade Técnica
de Lisboa), várias escolas da região, associações de defesa do ambiente, associações profissionais (como a APAS e
a AERO), empresas, câmaras municipais.
Em reunião de direcção o MPI deliberou por unanimidade a sua adesão à candidatura da criação do RCE no
Oeste, deliberou ainda nomear Alexandra Azevedo como sua representante, caso seja aceite a candidatura, o
que veio a acontecer.
DENÚNCIAS - AMBIENTE
Sempre que testemunhe uma agressão ambiental deve
denunciá-la de um dos seguintes modos:
Aceder ao site:
www.gnr.pt/portal/internet/sepna
AVISO
PEDE-SE A TODAS AS PESSOAS COM QUEIXAS SOBRE O MAU FUNCIO-
NAMENTO DO ATERRO SANIT˘RIO DO OESTE A FAZ¯-LAS POR
ESCRITO, ENTREGANDO-NOS UMA CŁPIA, COMO FORMA DE CONSEGUIRMOS
PROVA DESTA QUEIXA, UMA VEZ QUE A INSPECNjO GERAL DO AMBIENTE
RECUSA-SE A FORNECER UM RELATŁRIO COM TODAS AS QUEIXAS RECEBI-
DAS. ATRAVÉS DE UMA DAS SEGUINTES FORMAS:
- POR FAX N.À 213 432 777
NOTA: QUEM N‹O POSSUIR APARELHO DE FAX, PODE DIRIGIR-SE ¤ JUNTA DE FREGUESIA DO
VILAR PARA O SEU ENVIO.
- POR CARTA PARA A MORADA:
RUA DE O SÉCULO, N.À 63
1249-033 LISBOA