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furadeiras

A furadeira mecânica é uma máquina operatriz derivada dos antigos tornos


mecânicos. Estas máquinas juntamente ao torno mecânico deram origem à outras máquinas
operatrizes como as fresadoras, e retíficas de cilindros.

Componentes de uma furadeira


A furadeira é uma máquina especializada composta em geral de um cabeçote,
chamado fuso, que põe em rotação uma ferramenta chamada broca.A ferramenta chamada
broca é uma haste metálica confeccionada em metal duro muitas vezes produzido pelo
processo de sinterização composto de canais helicoidais que facilitam a saída de material
erodido ou usinado do gume de corte para fora do furo, semelhante à um parafuso de
Arquimedes. A broca penetra no metal ou outro material deixando um furo redondo e de
dimensões precisas.Portanto, as furadeiras são máquinas operatrizes especializadas em
fazer furos.

Tipos de furadeiras
Existem diversos tipos de furadeiras, entre estas destacam-se as furadeiras
horizontas, as furadeiras industriais, as furadeiras verticais, as furadeiras radiais, as
furadeiras manuais, furadeiras eletro-pneumáticas automáticas e as furadeiras de avanço
servo-acionadas.

Furadeiras horizontais
A nomenclatura é auto explicativa, estas máquinas estão montadas horizontalmente
paralelas ao solo e fazem furos longitudinais paralelos ao solo também.Em geral são
equipamentos de grandes dimensões que fazem furos de grande diâmetros em peças
pesadas e de difícil manuseio, daí a necessidade de se utilizá-la no sentido horizontal.

Furadeiras industriais
São máquinas de grande porte e com muitos recursos, em geral possuem mesas de
fixação de peças que se incinam em diversos ângulos, além de serem mesas coordenadas.
Em geral estas máquinas trabalham em três eixos, podendo fazer furos em quaisquer
ângulos e posições.
Furadeiras verticais
São as furadeiras mais comuns encontradas em geral em qualquer estabelecimento
metalúrgico, são compostas de uma base de fixação das peças à serem furadas, esta pode ou
não ter uma morsa e uma mesa de coordenadas de deslocamento e inclinação das peças à
serem furadas em três eixos. É semelhante à furadeira industrial, a única diferença são os
recursos e tamanho do equipamento.

Furadeira radial
É uma máquina operatriz semelhante às fresadoras, possui um cabeçote móvel
radialmente em 360 graus horizontais, além de ter suporte de ferramentas (brocas) com
inclinação variável em 360 graus verticais. Em geral possui uma mesa de coordenadas em
três eixos (x,y,z), além de ter inclinações da mesa em 180 graus. A furadeira radial é uma
máquina indispensável na moderna indústria metalúrgica. Foi a partir das furadeiras radiais,
dos tornos automáticos, e das fresadoras universais que surgiram os modernos centros de
usinagens robotizados.

Furadeira manual à bateria


São furadeiras como a nomenclatura indica máquinas que se prestam aos mais
diversos usos na indústria e no lar. São máquinas extremamente versáteis. Servem como
furadeiras, esmeratrizes, marteletes, aparafusadeiras além de outros usos que dependem da
criatividade do usuário.

Furadeira Eletropneumática Automática


As unidades de furar possuem acionamento eletropneumático com velocidade de
usinagem regulável através do regulador hidráulico incorporado e "stop" mecânico
regulável, garantindo a precisão de profundidade do furo processado. As unidades
executam o avanço rápido de aproximação, avanço lento de usinagem e retorno rápido à
posição de repouso, apresentando um funcionamento suave e silencioso. As posições de
repouso e final de curso são monitoradas eletricamente.
Morsa (ferramenta)

A morsa ou torno de bancada é um instrumento ou ferramenta normalmente


montado sobre uma bancada.Possui duas partes, os mordentes, que se deslocam
aproximando-se uma da outra para segurar ou apertar peças e componentes a serem
trabalhados. Normalmente é confeccionado em ferro fundido, e seus respectivos tamanhos,
indicados normalmente como 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12 correspondem ao tamanho dos
mordentes.

Serra de arco

Uma serra de arco ou segueta é uma ferramenta para cortar ou serrar,


principalmente madeira, compensados, metais, plásticos.É composta por um arco durável e
uma lâmina de serra que pode ser reposta quando o desgaste chegar ao limite.Ao utilizar,
faça a pressão de corte no sentido do corte dos dentes. Pressionar no sentido contrário pode
danificar a lâmina. Como norma de segurança, não coloque os dedos na trajetória de corte.

8 - NOMENCLATURA DO TORNO MECÂNICO


8.1 - Barramento
O barramento forma o corpo principal do torno e serve de apoio ao carro principal e
o cabeçote móvel,assim como para a fixação do cabeçote fixo. Todo barramento é
construído de ferro fundido especial e endurecido durante a usinagem.A parte superior do
barramento apresenta filetes trapezoidais, que constituem as guias para o deslize os órgãos
montados sobre o barramento. Este perfil trapezoidal do barramento tem a vantagem de
resistir melhor à pressãodo trabalho, compensar o desgaste das partes em atrito e
proporcionar grande precisão.O barramento é geralmente provido de uma cava, isto é, de
uma cavidade em frente ao cabeçote fixo. Esta construção permite o torneamento de peças
curtas e de grande diâmetro, que não passaria sobre o barramento inteiriço.Para dar apoio
ao carro principal, quando este tiver que trabalhar sobre o vão, introduz-se na cava um
bloco do próprio barramento, chamado PONTE, que prolonga o perfil do barramento até o
cabeçote fixo.

8.2 - Cabeçote fixo


O cabeçote fixo é a parte do torno pela qual a peça é presa e da qual recebe o
movimento de rotação característico do processo de torneamento. Este conjunto chamado
de cabeçote fixo está montado sobre o barramento à esquerda, é fixado por meio de
parafusos e a sua peça principal é o eixo da árvore.
Dentro do cabeçote fixo do torno contém, além de sua peça principal, o eixo da árvore, os
mecanismos de redução e de inversão do movimento. Muitos tornos modernos possuem o
eixo da árvore com MONOPOLIA, que dizer,uma só polia, e não polia em degraus.

8.3 - Eixo da árvore


Eixo da árvore é um eixo oco, construído de um aço especial, como aço-cromo-
níquel, endurecido,retificado e super acabado, de maneira a apresentar superfícies
finamente polidas nos contados dos mancais. O eixo da árvore é assentado em mancais de
bronze fosforoso ou rolamentos de esferas. Junto ao rebaixo posterior (lado esquerdo), fica
em contato com um mancal de encosto, que recebe pressão longitudinal resultante do
esforço de corte exercido pela ferramenta.
O furo no centro do eixo tem dupla finalidade:

1ª - A parte da frente serve para colocar as pontas do centro, haste das ferramentas como
broca, mandril, e alargador, todos esses dispositivos são fixados por meio do cone interno.

2ª - Permitir o torneamento de peças diretamente no vergalhão, sem que para isso seja
necessário cortá-los
previamente, uma vez que este atravessa o oco do eixo da árvore.

8.4 - Sistemas de transmissão


Conforme o material e o diâmetro da peça a ser torneada, esta tem que girar com um
número variável de rotação. Para isso, a transmissão de movimento do motor à árvore é
feita por meio de polias escalonadas com correias planas ou em “V”, ou , então, através de
um sistema de engrenagens que permiti essa gradação do número de rotações.

8.5 - Cabeçote móvel do torno


O cabeçote móvel é a parte do torno que, apoiada e fixada sobre o barramento, serve
para as seguintes finalidades:

1º - Suporte de contra-ponta, que é um duplo cone de aço destinado a prender, num dos
topos, a peça a ser
torneada.

2º - Suporte de um mandril de haste cônico, como o mandril tipo “CHUCK JACOBS” ou


de uma bucha
de redução.

3º - Suporte direto de ferramentas de corte de haste cônica, tais como brocas, alargadores
ou machos.

O cabeçote móvel do torno se compõe das seguintes partes principais:


Base, corpo, mangote, volante e dispositivos de fixação.
A Base desliza-se sobre o barramento, o qual apresenta uma ranhura retificada, que se
adapta a uma dasguias longitudinais retificadas do barramento. Pode, também, ser fixada
em diferentes partes do barramento, seja pormeio dos parafusos, porcas e placas, ou por
outro processo adequado, como o de uma alavanca com excêntrico.
8.6 - Mangote
O mangote é um tubo cilíndrico, provido de porca e parafuso, que se desloca dentro
do corpo do cabeçote,por intermédio da atuação da porca e parafuso.
Na extremidade do mangote há um cone interno para a colocação das pontas ou das hastes
da ferramenta.O parafuso interno atravessando uma porca no mangote e comandado
externamente por um volante,possibilita assim avanços e recuos longitudinais do conjunto
interno e, portanto, o contra-ponta nele fixado.Para firmar o mangote, após a regulagem da
posição desejada do cabeçote móvel, atua-se a trava, dando um pequeno aperto na alavanca
da trava do mangote. Isto resulta o aperto do escavado de duas buchas cilíndricas internas
contra o mangote que assim fica imobilizado.Os deslocamentos longitudinais, quer dizer,
avançar ou recuar o mangote, podem ser regulados por um dos dois seguintes meios: 1º
Pela graduação retilínea na parte superior ou lateral.Quando se usa a contra-ponta no
torneamento externo, é conveniente aproximar bem o cabeçote móvel da
peça para que a distância do mangote seja a menor possível.2º Graduação circular no eixo
do volante.
Na parte de trás do cabeçote móvel, na união do corpo com a base, existem dois riscos de
referência para a regulagem da posição que coloca a contra-ponta no alinhamento da ponta.
Esses riscos de referência em alguns tornos estão situados na parte da frente do cabeçote,
em baixo do mangote.

8.7 - Carro do torno


O carro do torno é uma forte peça construída de ferro fundido e que proporciona à
ferramenta cortante os movimentos exigidos para operações de torneamento.
O carro do torno compõe-se de três partes, cada uma com finalidades diferentes, que são:
1 – Carro principal
2 – Carro transversal
3 – Carro longitudinal ou carrinho superior.
O carro principal tem na parte inferior rasgos trapezoidais que se adaptam nas guias
prismáticas do barramento do torno, para facilitar o seu deslocamento.
As duas guias prismáticas externas são as que servem de apoio ao carro. A guia prismática
interna e o ressalto achatado servem para o deslocamento do cabeçote móvel. Todas essas
guias são rigorosamente retificadas, para que o movimento da ponta da ferramenta se faça
sempre paralelamente ao alinhamento da ponta e da contra ponta.

8.8 - Avental de torno


O avental do torno é uma caixa de ferro fundido, adaptada na parte da frente do
carro longitudinal. Nela contém o mecanismo de movimento longitudinal do carro ao longo
do barramento do torno, assim como o mecanismo de movimento automático transversal do
carro transversal. A figura abaixo indica todos os mecanismos do avental.

8.9 - Movimento manual do carro


Estando o pinhão P1 desligado pela atuação da alavanca A2, gira-se o volante V. A
rotação do pinhão P2
faz girar a engrenagem R1 e o pinhão P3, que, engrenado na cremalheira, produz o
deslocamento longitudinal do carro.
8.10 - Movimento automático do carro através do fuso
Este movimento no torno é utilizado para a abertura de roscas. Porém, tornos
pequenos, como os de bancada, são usados os movimentos do fuso para dar avanço
automático ao carro e o caso do passe fino.Para dar o movimento automático através do
fuso, move-se a alavanca A1. Os pinos das metades da porca aberta movem-se nos rasgos
do disco D na figura abaixo, fechando a porca que, por sua vez, engrena com o fuso. A
rotação do fuso determina o avanço longitudinal do carro.

8.11 - Movimento automático do carro através da vara.


A vara serve para dar movimento automático ao carro no caso de torneamento de
longo curso e também serve para dar o movimento ao carro transversal.
Para movimentar o carro transversal através da vara, move-se a alavanca A2, para a posição
que produz o acoplamento das luvas L1. A rotação da vara determina as rotações das
engrenagens R2, R3, do P3 engrenando na cremalheira, o carro move-se ao longo do
barramento.

8.12 - Movimento automático do carro transversal


Estando a porca aberta, move-se a alavanca A2 para a posição que, deslizando as
luvas L1, acopla ao mesmo tempo as luvas L2. A rotação do fuso não se transmite à
engrenagem R5 que engrena com o pinhão P4, montado no topo do parafuso de
deslocamento transversal do carro.

8.13 - Caixa Norton


A caixa NORTON ou caixa de mudança rápida, serve para proporcionar avanços
mecânicos e passos de roscas com economia de tempo. Em lugar de calcular e montar as
engrenagens da grade, é preciso apenas mudar aposição de certas alavancas.
Os tornos antigos não possuem caixa de mudança rápida de avanço de carro (CAIXA
NORTON). No extremo do fuso é adaptado uma engrenagem, por meio da qual se
estabelece, com as engrenagens da grade a transmissão de velocidade de rotação do eixo da
árvore ao fuso, com redução desejada.É necessário, portanto, um outro jogo de engrenagens
que permita as convenientes combinações de engrenagens na grade, para produzir
diferentes velocidades de rotação do fuso, portanto, diversos avanços do carro, em
conseqüência, à ferramenta.As combinações da engrenagem da grade são estabelecidas pelo
cálculo de mudança de rotação,determinando as relações entre os números dos dentes da
engrenagem condutora e da engrenagem conduzida. A mudança dos avanços, nos tornos
antigos, dependia de cálculos e de trabalhos de desmontagem e montagem das engrenagens
da grade, resultando perda de tempo.Por outro lado, a combinação, na grade de diferentes
jogos de engrenagens, possibilitam uma variedade limitada de avanços do carro do torno,
conforme o número de engrenagens disponíveis.No mecanismo da caixa NORTON, existe
um eixo no qual estão montadas, com chavetas, diversas engrenagens. Pelo manejo de uma
alavanca externa, estas engrenagens se combinam com outras engrenagens montadas
num outro eixo, produzindo mudanças de avanços.Existem os tornos que possuem a
chamada “meia caixa NORTON” isto é, uma caixa NORTON com poucas engrenagens,
para determinadas mudanças de rotação.
Neste é possível ainda, obter-se diversos avanços, mantendo jogos de engrenagens
adequados na grade.
8.14 - Espera
A espera é o órgão que serve de base ao porta ferramenta. O deslocamento da espera
se faz girando o volante, que move o parafuso conjugado a uma porca existente na mesma.
Um anel graduado, no eixo do volante,facilita a execução manual de avanços
micrométricos da ferramenta de corte. A base da espera apresenta uma base cilíndrica, com
uma graduação angular para mostrar que qualquer inclinação de direção de avanço da
ferramenta em
relação ao eixo da peça que está sendo torneada.

3 - A MÁQUINA DE TORNEAR
A máquina que faz o torneamento é chamada de torno. É uma máquina-ferramenta
muito versátil porque,como já vimos, além das operações de torneamento, pode executar
operações que normalmente são feitas por outras máquinas como a furadeira, a fresadora e
a retificadora, com adaptações relativamente simples.O torno mais simples que existe é o
torno universal. Estudando seu funcionamento, é possível entender o funcionamento de
todos os outros, por mais sofisticados que sejam. Esse torno possui eixo e barramento
horizontais e tem a capacidade de realizar todas as operações que já citamos.
Variando os movimentos, a posição e o formato da ferramenta, é possível realizar uma
grande variedade de operações:

1. Tornear superfícies cilíndricas externas e internas.


2. Tornear superfícies cônicas externas e internas.
3. Roscar superfícies externas e internas.
4. Perfilar superfícies.

Além dessas operações, é também possível furar, alargar, recartilhar, roscar com malhos ou
cossinetes,mediante o uso de acessórios próprios para a máquina-ferramenta.
Torno Mecânico
A seguir temos um exemplo de planilha de uma MP em um Torno Mecânico.

Manutenção Preventiva no Torno Mecânico


Equipamento Procedimentos Realizador
Manutenção Diária
Torno Limpar com ar comprimido Operador
Lubrificante Verificar o nível de óleo Operador
Área de trabalho Limpeza Operador
Manutenção Semanal ou Quando Necessário

Barramentos Lubrificação Operador


Polias e Engrenagens Verificar desgastes e lubrificar Operador
Eixos Verificar desgastes e alinhamento Operador
Manuntenção Mensal
Torno Verificar se os conjuntos estão fixados Mecânico
Filtros de Limpeza Verificar se não estão cogestionados Mecânico
Barramentos Limpeza e lubrificação Mecânico
Polias Limpeza e verificar tensão Mecânico
Engrenagens Limpeza e lubrificação Mecânico
Botões Verique se estão bem fixados e funcionado Mecânico
Fios de Alimentação Verificar o izolamneto Mecânico
Lubrificante Verificar nível e qualidade Mecânico
Fluido de Corte Verificar qualidade e quantidade Mecânico
Eixos Verificar desgastes e alinhamento Mecânico
Estrutura do Torno Verificar nivelamento e limpeza superficial Macânico/Operador
Manutenção Anual
Bomba do Fluido de Corte Verificar vedações e pressão da bomba Mecânico
Motor Verificar força motriz, mancais e rolamentos Mecânico
Estrutura da maquina Verificar se há indiciu corrosões e oxidação Mecânico
Por que utilizar EPI‘s
INTRODUÇÃO

O uso seguro de produtos fitossanitários exige o uso correto dos Equipamentos de


Proteção Individual (EPI’s). As recomendações hoje existentes para o uso de EPI’s
são bastante genéricas e padronizadas, não considerando variáveis importantes
como o tipo de equipamento utilizado na operação, os níveis reais de exposição e
até mesmo das características ambientais e da cultura onde o produto será
aplicado. Estas variáveis acarretam muitas vezes gastos desnecessários,
recomendações inadequadas e podem aumentar o risco do trabalhador, ao invés
de diminuí-lo. Estando cientes da possibilidade na recomendação de rotulagem
para assegurar a proteção do trabalhador, desenvolvemos este material com os
seguintes objetivos:

• • aprofundar a discussão sobre o uso adequado dos EPI’s;


• • otimizar os investimentos em segurança;
• • aumentar o conforto do colaborador;
• • combater o uso incorreto, que vai desde o não uso até o uso
exagerado de EPI’s;
• • melhorar a qualidade dos EPI’s no mercado;
• • acabar com alguns mitos.

Ao final, esperamos ajudá-lo a identificar e avaliar de forma mais criteriosa o risco,


em função dos níveis de exposição ao produto fitossanitário e da operação a ser
executada nas Linhas de Produção, assim como a maneira pela qual você
recomenda, adquire, usa (veste, tira, lava, guarda) e descarta os EPI’s.

POR QUE USAR EPI'S

EPI’s são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador que
utiliza os Produtos Fitossanitários, reduzindo os riscos de intoxicações decorrentes
da exposição.

As vias de exposição são:

Inalatória (Nariz) Oral (Boca)


Ocular (Olhos) Dérmica (Pele)

A função básica do EPI é proteger o organismo de exposições ao produto tóxico.

Intoxicação durante o manuseio ou a aplicação de produtos fitossanitários é


considerado acidente de trabalho.

O uso de EPI’s é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de


suas Normas Regulamentadoras. O não cumprimento poderá acarretar em ações
de responsabilidade cível e penal, além de multas aos infratores.

RISCO

O risco de intoxicação é definido como a probabilidade estatística de uma


substância química causar efeito tóxico. O Risco é uma função da toxicidade do
produto e da exposição.

RISCO = F (TOXICIDADE; EXPOSIÇÃO)

A toxicidade é a capacidade potencial de uma substância causar efeito adverso à


saúde. Em tese, todas as substâncias são tóxicas, e a toxicidade depende
basicamente da dose e da sensibilidade do organismo exposto. Quanto menor a
dose de um produto capaz de causar um efeito adverso, mais tóxico é o produto.

Sabendo-se que não é possível ao usuário alterar a toxicidade do produto,


a única maneira concreta de reduzir o risco é através da diminuição da exposição.
Para reduzir a exposição o colaborador deve manusear os produtos com cuidado,
usar equipamentos de aplicação bem calibrados e em bom estado de
conservação, além de vestir os EPI‘s adequados.
RISCO TOXICIDADE EXPOSIÇÃO
ALTO ALTA ALTA
ALTO BAIXA ALTA
BAIXO ALTA BAIXA
BAIXO BAIXA BAIXA

RESPONSABILIDADES

A legislação trabalhista prevê que:

É obrigação do empregador:

• • fornecer os EPI’s adequados ao trabalho


• • instruir e treinar quanto ao uso dos EPI’s
• • fiscalizar e exigir o uso dos EPI’s
• • repor os EPI’s danificados
É obrigação do trabalhador:

• • usar e conservar os EPI’s

Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado

• • O empregador poderá responder na área criminal ou


cível, além de ser multado pelo Ministério do Trabalho.
• • O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas
podendo até ser demitido por justa causa.

É recomendado que o fornecimento de EPI’s, bem como treinamentos


ministrados, sejam registrados através de documentação apropriada para
eventuais esclarecimentos em causas trabalhistas.

Os responsáveis pela manipulação devem ler e seguir as informações contidas


nos rótulos, bulas e das Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico
(FISPQ) fornecidas pelas indústrias, quais são os EPI’s que devem ser utilizados
para cada produto.
O papel do Engenheiro ou do Técnico de Segurança é fundamental para indicar os
EPI’s adequados, pois além das características do produto, como a toxicidade, a
formulação e a embalagem, o profissional deve considerar os equipamentos
disponíveis para as etapas da manipulação e as condições da lavoura, como o
porte, a topografia do terreno, etc.

LAVAGEM E MANUTENÇÃO

Os EPI’s devem ser lavados e guardados corretamente para assegurar maior vida
útil e eficiência. Os EPI’s devem ser lavados e guardados separados das roupas
comuns.

Lavagem

As vestimentas de proteção devem ser abundantemente enxaguadas com água


corrente para diluir e remover os resíduos dos componentes químicos utilizados
nas Linhas de Produção ou da calda de pulverização, utilizada no campo.

A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa, preferencialmente com sabão


neutro (sabão de coco). As vestimentas não devem ficar de molho.
Em seguida as peças devem ser bem enxaguados para remover todo o sabão.
O uso de alvejantes não é recomendado, pois poderá danificar a resistência das
vestimentas.

As vestimentas devem ser secas à sombra, para usar máquinas de lavar ou secar,
consulte as recomendações do fabricante.

As botas, as luvas, os óculos e a viseira devem ser enxaguados com água


abundante após cada uso. É importante que o ÓCULOS e a VISEIRA NÃO
SEJAM ESFREGADAs, pois isto poderá arranhá-las, diminuindo a transparência.

Os respiradores ou máscaras devem ser mantidos conforme instruções


específicas que acompanham cada modelo. Respiradores com manutenção (com
filtros especiais para reposição) devem ser descontaminados e armazenados em
local limpo. Filtros não saturados devem ser envolvidos em uma embalagem limpa
para diminuir o contato com o ar.

Reativação do tratamento hidro-repelente:

Testes comprovam que quando as calças e jalecos confeccionados em tecido de


algodão tratado para tornarem-se hidro-repelente são passados a ferro (150 a
180°C), a vida útil é maior. Somente as vestimentas de algodão podem ser
passadas a ferro.

Descarte:

A durabilidade das vestimentas deve ser informada pelos fabricantes e checada


rotineiramente pelo usuário. Os EPI’s devem ser descartados quando não
oferecem os níveis de proteção exigidos. Antes de ser descartados, as
vestimentas devem ser lavadas para que os resíduos do produto fitossanitário
sejam removidos, permitindo-se o descarte comum.

Atenção: as vestimentas de proteção desgastadas devem ser rasgadas para


evitar a reutilização.

Mitos

Existem alguns mitos que não servem mais como desculpa para não usar EPI’s:

EPI’s são desconfortáveis

Realmente os EPI’s eram muito desconfortáveis no passado, mas atualmente


existem EPI’s confeccionados com materiais leves e confortáveis. A sensação de
desconforto está associada a fatores como a falta de treinamento e ao uso
incorreto.

O Colaborador ou Aplicador do campo não usa EPI’s

O trabalhador recusa-se a usar os EPI’s somente quando não foi conscientizado


do risco e da importância de proteger sua saúde. O profissional exige os EPI’s
para trabalhar. Ex.: na década de 80 quase ninguém usava cinto de segurança
nos automóveis, hoje a maioria dos motoristas usam e reconhecem a importância.

EPI’s são caros

Estudos comprovam que os gastos com EPI’s representam, em média, menos de


0,05% dos investimentos necessários. Alguns casos como a soja e milho, o custo
cai para menos de 0,01%. Insumos, fertilizantes, sementes, produtos
fitossanitários, mão-de-obra, custos administrativos e outros materiais somam
mais de 99,95%. O uso dos EPI’s é obrigatório e não cumprimento da legislação
poderá acarretar em multas e ações trabalhistas.
Precisamos considerar os EPI’s como insumos agrícolas obrigatórios.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual jamais será


capaz de proteger a saúde do trabalhador e evitar contaminações. Incorretamente
utilizados, os EPI’s podem comprometer ainda mais a segurança do trabalhador.

Acreditamos que o desenvolvimento da percepção do risco aliado a um conjunto


de informações e regras básicas de segurança são as ferramentas mais
importantes para evitar a exposição e assegurar o sucesso das medidas
individuais de proteção a saúde do trabalhador.
O uso correto dos EPI’s é um tema que vem evoluindo rapidamente e exige a
reciclagem contínua dos profissionais que atuam na área de ciências agrárias
através de treinamentos e do acesso a informações atualizadas.
Bem informado, o profissional de Segurança no Trabalho, poderá adotar medidas
cada vez mais econômicas e eficazes para proteger a saúde dos trabalhadores,
além de evitar problemas trabalhistas.

HIGIENE

Contaminações podem ser evitadas com hábitos simples de higiene.


Os produtos químicos normalmente penetram no corpo do manipulador através do
contato com a pele. Roupas ou equipamentos contaminados deixam a pele do
trabalhador em contato direto com o produto e aumentam a absorção pelo corpo.
Outra via de contaminação é através da boca, quando se manuseiam alimentos,
bebidas ou cigarros com as mãos contaminadas.

Procedimentos importantes para evitar contaminações:

• • Lave bem as mãos e o rosto antes de comer, beber ou fumar;


• • Ao final do dia de trabalho, lave as roupas usadas no manuseio ou na
aplicação, separadas das roupas de uso da família;
• • Tome banho com bastante água e sabonete, lavando bem o couro
cabeludo, axilas, unhas e regiões genitais;
• • Use sempre roupas limpas;
• • Mantenha sempre a barba bem feita, unhas e cabelos bem cortados.
• • Faça revisão periódica e substitua os EPI estragados.
TRANSPORTE

O transporte de produtos fitossanitários exige medidas de prevenção para diminuir


os riscos de acidentes e cumprir a legislação de transporte de produtos perigosos.

O desrespeito às normas de transporte pode gerar multas para quem vende e


para quem transporta o produto.

Procedimentos para o transporte de produtos fitossanitários:

• • O veículo recomendado é do tipo caminhonete e deve estar em


perfeitas condições de uso (freios, pneus, luzes, amortecedores, extintores
etc);
• • As embalagens devem estr organizadas de forma segura no veículo e
cobertas por uma lona impermeável, presa à carroceria;

• • Nunca transporte embalagens danificadas ou com vazamentos;


• • É proibido o transporte de produtos fitossanitários dentro das cabines
ou na carroceria, quando esta transportar pessoas, animais, alimentos, rações
ou medicamentos;

• • O transporte de produtos fitossanitários deve ser feito sempre com a


nota fiscal do produto e o envelope de transporte;

O transportador deverá receber do expedidor (fabricante ou revendedor) as


informações sobre o produto, o envelope para transporte e a ficha de emergência
para transporte;

• • Quando o produto for classificado como perigoso para o transporte


(ficha de emergência com tarja vermelha), a nota fiscal deve ter informações
como o número da ONU, nome próprio para embarque, classe ou sub-classe
do produto, além do grupo de embalagens;
• • Dependendo da sua classificação, cada grupo de embalagem pode
apresentar uma quantidade isenta (limite de isenção) para o transporte.
A seguir, veja quais são das exigências adicionais para transportar produtos
perigosos em quantidades acima dos limites de isenção:

• • Motorista deve ter habilitação especial;


• • Veículo deverá portar rótulos de riscos e painéis de segurança;
• • Kit de emergência contendo EPI (equipamentos de proteção
individual), cones e placas de sinalização, lanterna, pá, ferramentas, etc.

PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE ACIDENTES

Via de regra os casos de contaminação são resultado de erros cometidos durante


as etapas de manuseio ou aplicação de produtos fitossanitários e são causados
pela falta de informação ou displicência do operador. Estas situações exigem
calma e ações imediatas para descontaminar as partes atingidas, com o objetivo
de eliminar a absorção do produto pelo corpo, antes de levar a vítima para o
hospital.

Procedimentos básicos para casos de intoxicação:

• • Descontamine a pessoa de acordo com as instruções de primeiros


socorros do rótulo ou da bula do produto;
• • Dê banho e vista uma roupa limpa na vítima, levando-a imediatamente
para o hospital;
• • Toda pessoa intoxicada deve receber atendimento médico imediato;

Ligue para o telefone de emergência do fabricante, informando o nome e idade do


paciente, o nome do médico e o telefone do hospital.

Augusto Cesar Ribeiro

SEGURANÇA OCUPACIONAL
IFPI- Instituto Federal do Piauí

Ensino Médio Integrado em Mecânica- 2º Ano-Manhã

Disciplina: Produção Mecânica I

Professora: Ernanes

Turma: 203

Sala: A2-123

Teresina - Pi
Agosto / 2009

Quais tipos de ferramentas manuais existem no mercado?


Existe uma multiplicidade de tipos de ferramentas manuais, onde, as mais comuns podem ser divididas em:

• Ferramentas de borda afiada: facas, machados, cortadores manuais de barras e hastes, formões, cortadores
de vidro...
• Ferramentas de golpes: martelo de cabeça de ferro/madeira/bronze/plástico, marreta, cinzéis...
• Ferramentas de torção: chaves de fenda, chaves de boca...
• Ferramentas de pinçamento: alicates, tenazes, torques...

• Outros tipos: pulverizadores, expositores manuais, peneiras, saca rolhas, tambores, coletores de pó, kits de
ferramentas, entre outros.
Quais as principais causas de acidente em relação a ferramentas manuais?

Os riscos ao se utilizar ferramentas manuais são bastante altos e se derivam, sobretudo, de golpes e cortes na mão ou
em outras partes do corpo. Sua principal causa é a utilização inadequada da ferramenta, manutenção inadequada,
produtos de baixa qualidade ou defeituosos, armazenamento e transporte deficiente e falta do uso de luvas ou
equipamentos de proteção.
Como escolher a ferramenta e como garantir uma utilização de uma forma segura?

A pessoa deve conhecer o trabalho e o tipo de ferramenta para o qual se destina o uso, assim como buscar fornecedores
que garantam uma boa qualidade de produto. Após a compra, na hora da utilização da ferramenta, escolha sempre a
mais apropriada e revise o seu estado de conservação. Na hora da utilização siga os seguintes procedimentos:

• Revise as condições dos cabos das ferramentas e seu encaixe em busca de rachaduras no caso de martelos,
serras, limas, chaves de fenda.
• Fique atento ao formato, peso e dimensão adequado do ponto de vista ergonômico.
• Verifique bocas e braços de ferramentas de aperto como alicates, chaves, entre outros.
• Não utilize as ferramentas para fins as quais não foram projetadas.
• Use ferramentas que não soltem faíscas em ambientes com gases inflamáveis.
• Sempre utilize equipamentos de proteção individual como luvas, óculos de proteção, etc.
• Verifique ferramentas de corte como facas e tesouras, verificando se estão afiadas.
• Verifique os dentes de limas, serras e serrotes.

• Caso o processo envolve equipamentos elétricos, verifique se as ferramentas possuem proteção isolante.
Como devo armazenar as ferramentas?

Não largue as ferramentas em locais de passagem ou no chão, muito menos em lugares altos onde há um risco de cair
sobre alguém. Organize as ferramentas, separando-as por tipo, em caixas, painéis ou estantes. Verifique sempre as
condições das ferramentas de uso pessoal sempre que guardá-las.
Como transportar as ferramentas de uma forma segura?

Utilize caixas, bolsas e cinturões especialmente fabricados para tal. No caso de ferramentas afiadas, utilize bainhas. Ao
subir e descer escadas de forma manual utilize-se de bolsas que deixem a mão livre, nunca coloque ferramentas no
bolso comum da roupa.
Qual o procedimento mais adequado na hora da manutenção das ferramentas?
A forma correta de se fazer a manutenção de ferramentas e reparando os defeitos quando possível, caso contrário, o
reparo deve ser realizado, se possível, por um pessoal especializado. Caso não tenha mais como arrumar, o certo é
descartá-lo. E, principalmente, nunca faça pessoalmente reparos provisórios. É justamente nestes casos em que ocorrem
os acidente.

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