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Tarefa 1

Análise crítica do Modelo de Auto - Avaliação


das Bibliotecas Escolares

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, proposto pela Rede de


Bibliotecas apresenta-se estruturado em três partes: uma introdução, os
domínios objecto de avaliação e um conjunto de instrumentos de recolha de
dados.
Começa, do meu ponto de vista bem, por apresentar os pressupostos da
avaliação de onde destaco: (RBE p.1) “Torna-se de facto relevante objectivar a
forma como se está a concretizar o trabalho das bibliotecas escolares, tendo
como pano de fundo essencial o seu contributo para as aprendizagens, para o
sucesso educativo e para a promoção da aprendizagem ao longo da vida. “.
O modelo baseia-se na recolha de evidências o que obrigará a uma mudança
positiva na forma de trabalhar, visto que, (Eisenberg 2002)”Many school
librarians don't adequately document the activities of their library programs.
Anecdotal information is not enough.”.

O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de


melhoria. Conceitos implicados.

O Modelo apresenta para os diferentes domínios, os indicadores, os


respectivos factores críticos de sucesso, o perfil de desempenho e as acções
para melhoria, permitindo, não só avaliar os serviços mas também encontrar
pistas para a melhoria do serviço prestado.
É igualmente um Modelo que possibilita a procura da excelência. Ir melhorando
continuamente.

Os conceitos implicados são:


• Noção de valor- os benefícios que se obtem da utilização do serviço de
BE;
• Eficácia da BE- ver a auto-avaliação como um processo interno e não
uma obrigação;
• Flexibilidade- ter em conta à realidade de cada Escola/Agrupamento e
cada BE;
• Integrável nas práticas diárias e não ser aplicado ocasionalmente.

Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as


bibliotecas escolares.

A existência de um Modelo permite:

• Avaliar a qualidade do serviço prestado pela BE, medindo as pontuações


obtidas nos itens que compõem cada domínio;
• Fornecer uma medida geral da qualidade dos serviços pela média da
pontuação de todas as dimensões;
• Identificar, os pontos fortes e fracos da organização, servindo de base para a
melhoria contínua da qualidade dos serviços;
• Comparar uma determinada BE aos serviços de outra BE, identificando em que
dimensões este é superior e em qual, ou quais, os domínios que precisam de
maior investimento.

Embora seja essencial adaptar os instrumentos de recolha de evidências à


realidade a ser avaliada é de qualquer forma, uma referência que permite
identificar áreas que requerem maior investimento, no sentido de uma melhoria
do serviço BE a nível nacional, como diz Todd (2002) “Research informing
practice, and practice informing research, is a fundamental cycle in any
sustainable profession.”

Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.

A organização do Modelo em quatro domínios- Apoio ao desenvolvimento


curricular; Leitura e Literacias; Projecto, parcerias e actividades livres e de
abertura à comunidade; e Gestão com os respectivos subdomínios- permitem,
através da recolha de evidências baseadas na prática, demonstrar um aspecto
essencial como refere Todd (2002) “...that the library is a vital part of the learning
fabric of school- that it is integral, rather than peripheral.”.
A recolha de dados proposta- “Evidence-based prátice” – requer um trabalho
de recolha sistemático de dados e que a sua análise seja utilizada para
melhorar as práticas. O modelo ao basear-se na recolha de evidências obrigará
a uma mudança positiva na forma de trabalhar, visto que, (Eisenberg 2002)
”Many school librarians don't adequately document the activities of their library
programs. Anecdotal information is not enough.”.

Os instrumentos de recolha de evidências são numerosos. Alguns instrumentos


estão mais virados para um ou vários momentos pontuais de avaliação do que
para uma avaliação sistemática. Outros como podem ser recolhidos através do
software difundido pelas BEs da Rede, tais como refere Todd (2002) “For
example, the school library´s automated system can provide data about
circulation of resources, as well as internet usage data and class booking data.”
O modelo da forma como está estruturado pretende auxiliar os professores
bibliotecários a compreenderem as fontes dos problemas e a indicar pistas
melhorar.

Este modelo é uma ferramenta que auxilia os professores bibliotecários na


avaliação e no monitorização da qualidade dos serviços mas não é muito
simples e nem suficientemente prática. Destaca-se que os itens pertencentes
aos questionários e grelhas do Modelo devem ser adaptados à idade dos
utilizadores da BE a ser avaliada. Estes itens devem ser bem redigidos e
claros para assegurar a compreensão dos utilizadores.
Integração/ Aplicação à realidade da escola.

A metodologia apresentada ao indicar como primeiro passo a seguir o


preenchimento do perfil da Biblioteca Escolar é um indicador da preocupação
na aplicação à realidade da escola. Assim como, no início se (RBE) “aponta
para uma utilização flexível, com adaptação à realidade de cada escola e de
cada BE. Isto significa que podem ser feitos ajustes, por exemplo, em função
da tipologia de escola e de outras circunstâncias que exerçam uma forte
influência nos modos de organização e/ou funcionamento da BE”.

Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na


sua aplicação.

O professor bibliotecário deve reunir um conjunto de competências para aplicar


o Modelo. Todd (2002) refere sete, baseado na liderança: “ Informed Leadership”;
Purposeful Leadership; Strategic Leadership; Collaborative Leadership; Creative
Leadership; Renewable Leadership; Sustainable Leadership.
Eisenberg (2002), por sua vez aponta aspectos tais como: “...works
collaboratively with members of the learning community to define policies and
guide and direct all related library activities. This requires proficiency in the use
of information and information technologies; the ability to provide knowledge,
vision, and leadership; and being able to plan, execute, and evaluate the
program regularly and on different levels. This vision and agenda have a direct
impact on student learning and achievement and ensure that students are
effective users of ideas and information.”

Conclusão

A avaliação da biblioteca escolar integrada na Rede de Bibliotecas, de acordo


com o pressuposto de que (Eisenberg 2002) “Information management extends
beyond building and managing library collections and services.” desempenha
um importante papel na avaliação da escola. Neste contexto, este modelo
adequa-se, visto que, permite identificar fraquezas/potencialidades e os
aspectos críticos aos quais devem ser dados prioridade para melhorar a
qualidade da BE.

Uma dificuldade de implementação do Modelo em análise é, ao basear-se na


recolha de evidências, exigir uma modificação das práticas, dado que, na
realidade não há habitos generalizados de recolha sistemática de evidências o
que tem dificultado o reconhecimento do papel que a BE já tem na escola.

Bibliografia
Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002) “This Man Wants to Change Your Job”,
School Library Journal. 9/1/2002

http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html> [13/10/2009].
Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-
based practice”. 68th IFLA Council and General Conference August.
<http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf> [13/10/2009].

Todd, Ross (2008) “The Evidence-Based Manifesto for School Librarians”. School
Library Journal. 4/1/2008.
http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html> [13/10/2009].

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação.

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