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PROPRIEDADE INTELECTUAL
I. INTRODUÇÃO
A partir de 1967, constitui-se como órgão autônomo dentro do sistema das Nações Unidas a
Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI1, ou, na versão inglesa, WIPO),
englobando as Uniões de Paris e de Berna, além de perfazendo uma articulação com a recente
União para a Proteção das Obtenções Vegetais, e a administração de uma série de outros tratados.
A Convenção da OMPI define como Propriedade Intelectual a soma dos direitos relativos às obras
literárias, artísticas e científicas, às interpretações dos artistas e às execuções dos artistas e atores,
aos fonogramas e às emissões de radiodifusão, às invenções em todos os domínios da atividade
humana, às descobertas científicas, aos desenhos e modelos industriais, às marcas industriais,
comerciais e de serviço, bem como às firmas comerciais e denominações comerciais, à proteção
contra a concorrência desleal2 e todos os outros direitos inerentes à atividade intelectual nos
domínios industrial, científico, literário e artístico.
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Convenção para o Estabelecimento da Organização Mundial da Propriedade Intelectual é um tratado internacional que
rege o funcionamento da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Foi assinado em 14 de julho de
1967 e entrou em vigor em 26 de abril de 1970.
A Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) é uma organização intergovernamental com matriz
na cidade de Genebra, Suíça. Ela é uma das agências especializadas das Organizações das Nações Unidas.
A OMPI é composta por 180 países membros e, além da proteção da propriedade intelectual, é responsável
pela administração dos vários tratados multilaterais que versam sobre aspectos legais e administrativos da propriedade
intelectual.
A Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) é uma organização internacional cujo objetivo é
zelar pela proteção dos direitos dos criadores e titulares da propriedade intelectual em âmbito mundial
e,conseqüentemente, contribuir para que se reconheça e recompense o talento dos inventores, autores e artistas.
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Concorrência desleal é, no sentido amplo, toda atividade econômica contra os bons costumes e direitos econômicos
numa situação de concorrência.
No contexto do direito da competição a concorrência desleal é relacionado com o abuso de poder na
eliminação da concorrência, domínio dos mercados ou aumento arbitrário dos lucros.
2
Porém, nem na Convenção da OMPI, meramente adjetiva, nem mesmo no Acordo TRIPs da
Organização Mundial de Comércio, se tenta uma estruturação das normas jurídicas comuns a cada
um. Os propósitos deste último diploma internacional não são, aliás, a construção de nenhum
sistema jurídico, mas a derrubada da individualidade jurídica nacional, o que pode levar
seguramente a uma harmonização, mas não necessariamente a uma elaboração lógica de um
substrato comum, a não ser indutivamente.
2. PROPRIEDADE INDUSTRIAL
O que vem a ser Propriedade Industrial? Na definição da Convenção de Paris de 1883 (art. 1, 2),
é o conjunto de direitos que compreende as patentes de invenção, os modelos de utilidade, os
desenhos ou modelos industriais, as marcas de fábrica ou de comércio, as marcas de serviço, o
nome comercial e as indicações de proveniência ou denominações de origem, bem como a
repressão da concorrência desleal. A Convenção enfatiza que, conquanto a qualificação
“industrial” , este ramo do Direito não se resume às criações industriais propriamente ditas, mas
“entende-se na mais ampla acepção e aplica-se não só à indústria e ao comércio propriamente ditos,
mas também às indústrias agrícolas e extrativas e a todos os produtos manufaturados ou naturais,
por exemplo: vinhos, cereais, tabaco em folha, frutas, animais, minérios, águas minerais, cervejas,
flores, farinhas”.
Já o Código da Propriedade Industrial em vigor no Brasil (Lei 9.279 de 15 de maio de 1996) diz o
seguinte: "Art. 2° - A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do Pais, se efetua mediante: I -
concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; II - concessão de registro de desenho
industrial; III- concessão de registro de marca; IV - repressão às falsas indicações geográficas; e V -
O recital do art. 2o. do Código da Propriedade Industrial Brasileiro não abrange, obviamente, a
totalidade dos objetos da Propriedade Industrial, previstos em outras legislações nacionais. O rol
dos objetos legais é menor que os dos objetos possíveis na teia das relações econômicas.
O novo Código da Propriedade Intelecual francês, por exemplo, elenca entre seus objetos os
produtos semicondutores, as obtenções vegetais, os caracteres tipográficos e as criações da moda,
em regimes próprios. O Direito Americano abrange, além das formas tradicionais, um sistema de
patente de plantas, a proteção às topografias de semicondutores, a repressão específica à
publicidade enganosa, os direitos de publicidade e o princípio da submissão de idéia, seja como
criação legal ou jurisprudencial. Não cessam aí as possibilidades. Com toda certeza, teremos no
futuro mais e mais figuras jurídicas intermediárias entre o Direito Autoral, no que se poderia
chamar híbridos jurídicos.
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3. PROPRIEDADE INTELECTUAL
3.1 História
Historicamente, a preocupação com a tutela dos direitos de autores de obras intelectuais é bastante
recente. Na Antiguidade e na maior parte da Idade Média as dificuldades inerentes aos processo de
reprodução dos originais, por si só, já exerciam um poderoso controle da divulgação de idéias, pois
o número de cópias de cada obra era naturalmente limitado pelo trabalho manual dos copistas.
Em 1557, dezoito anos depois que Wiliam Caxton introduziu na Inglaterra a máquina de escrever
(printting press), Filipe e Maria Tudor concederam à associação de donos de papelaria e livreiros o
monopólio real para garantir-lhes a comercialização de escritos. A corporação, então, tornou-se uma
valiosa aliada do governo em sua campanha para controlar a produção impressa. Eram comerciantes
que, em troca da proteção governamental ao seu domínio de mercado, manipulavam os direitos do
indivíduo ao conteúdo, exercendo a censura sobre aqueles que lhe fossem desfavoráveis na
oposição à realeza.
A esse privilégio no controle dos escritos chamou-se copyright, que nasceu, pois, de um direito
assegurado aos livreiros, e não como um direito do autor dos escritos. Durou mais ou menos
duzentos anos, e é a semente das leis (Statutes) relativas a esse direito herdadas pela Inglaterra, e,
mais tarde, pelos Estados Unidos da América do Norte.
A primeira lei inglesa, de 1710, dava ao criador o direito exclusivo sobre um livro por 14 anos e, se
o autor ainda estivesse vivo quando o direito expirasse, poderia renovar o direito por mais 14 anos.
A legislação americana baseou-se na inglesa e nos atos de patentes e de direitos autorais de 1790
retomou os períodos de 14 anos, renováveis por outros 14. Em 1831, o Congresso americano
revisou as leis de direitos autorais substituindo o período inicial de 14 anos, por um de 28,
renovável por mais 14. Em 1909, as leis foram novamente revisadas e o período foi mais uma vez
ampliado para 28 anos iniciais renováveis por mais 28 anos.
Mais recentemente, porém, com o aumento do poder da indústria cultural, a extensão do direito à
propriedade intelectual ultrapassou de longe os vinte anos após a morte que incomodavam o
historiador Thomas Macaulay em 1841. As pressões começaram em 1955, quando o Congresso
americano autorizou o escritório de patentes a desenvolver um estudo com vistas a revisar as leis de
direito autoral vigentes. O relatório final recomendava a ampliação do período de renovação de 28
para 48 anos.
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Apesar das reiteradas objeções do Departamento de Justiça, a polêmica em torno do assunto levou a
outros oito adiamentos "extraordinários", de 1965 para 1967, de 1967 para 1968, de 1968 para
1969, de 1969 para 1970, de 1970 para 1971, de 1971 para 1972, de 1972 para 1974 e de 1974 para
1976, tudo em nome dos interesses dos detentores dos direitos (normalmente empresas e não os
descendentes dos autores) e em detrimento do domínio público. Em 1976, finalmente, o Congresso
aprovou uma nova e "moderna" lei de direitos autorais, atribuindo um período de vigência do
direito por toda a vida do autor e mais 50 anos após a morte e para trabalhos encomendados por
empresas, um período de 75 anos após a publicação ou 100 anos após a criação, o que fosse mais
curto.
3.2 Categorias
A propriedade intelectual pode ser dividida em duas categorias: direito autoral e propriedade
industrial, sendo que pertecem à primeira as obras literárias e artísticas, programas de computador,
domínios na Internet e cultura imaterial, e à segunda as patentes, marcas, desenho industrial,
indicações geográficas e proteção de cultivares. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial
(INPI) é o orgão brasileiro responsável pelas marcas, patentes, desenho industrial, transferência de
tecnologia, indicação geográfica, programa de computador e topografia de circuito integrado.
No que tange aos chamados "conhecimentos tradicionais", existem várias discussão entre juristas,
comunidades locais e organizações mundiais de proteção da Propriedade Intelectual acerca da
adequação desse tema ao sistema patentário atual. A Organização Mundial de Propriedade
Intelectual (OMPI) trata conhecimentos tradicionais como um novo tema a se definir, instituindo o
“Comitê Intergovernamental sobre Propriedade Intelectual, Recursos Genéticos, Conhecimento
Tradicional e Folclore”, para estudar formas de regulamentar o assunto.
3.3 No Brasil
No Brasil está disciplinada principalmente pelas leis 9.279/96 (Marcas e Patentes), 9.456/97
(Cultivares), 9.609/98 (Software) e 9.610/98 (Direitos Autorais), além de tratados internacionais,
como as Convenções de Berna, sobre Direitos Autorais, e de Paris, sobre Propriedade Industrial, e
outros acordos como o TRIPs (Trade Related Intelectual Property Rights). É também preceito
Constitucional, estando arrolado entre os Direitos e Garantias Fundamentais, com previsão nos
incisos XXVII, XXVIII e XXIX, em consonância aos incisos XXII e XXIII, do artigo 5º da
Constituição Federal
3.4 Referências
1. ↑ http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9279.htm
2. ↑ http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9456.htm
3. ↑ http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9609.htm
4. ↑ http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9610.htm
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4. DIREITO AUTORAL
Símbolo do copyright "©" é usado para indicar que a obra preserva todos direitos do autor.
Direito autoral, direitos autorais ou direitos de autor são as denominações usualmente utilizadas
em referência ao rol de direitos outorgados aos autores de obras intelectuais (literárias, artísticas ou
científicas). Neste rol encontram-se dispostos direitos de diferentes naturezas. A doutrina jurídica
clássica coube por dividir estes direitos entre os chamados direitos morais/personalidade (direitos de
natureza pessoal) e os direitos patrimoniais (direitos de natureza patrimonial).
Índice
• 1 Copyright
• 2 Aspectos jurídicos
• 3 Reprodução
• 4 Expiração
• 5 Referências
4.1 Copyright
Direitos autorais não são necessariamente o mesmo que copyright. O sistema anglo-saxão do
copyright difere do de direito de autor. Os nomes respectivos já dão-nos conta da diferença: de um
lado, tem-se um direito à cópia (copyright) ou direito de reprodução, do outro, um direito de autor;
neste, o foco está na pessoa do direito (o autor); naquele, no objeto do direito (a obra) e na
prerrogativa patrimonial de se poder copiar.
O fato que o Direito Autoral tem por escopo fundamental a proteção do criador e ao contrário o
Copyright protege a obra em si, ou seja o produto, dando ênfase a vertente econômica, a exploração
patrimonial das obras através do direito de reprodução.
No exercício do direito de reprodução, o titular dos direitos autorais poderá colocar à disposição do
público a obra, na forma, local e pelo tempo que desejar, a título oneroso ou gratuito.
a. Aspectos jurídicos
Não é sem controvérsia que se pode definir este campo do saber jurídico como o ramo do Direito
Civil destinado a regulamentar as relações jurídicas surgidas a partir da criação de obras literárias,
artísticas ou científicas. Ramo, portanto, dogmaticamente colocado ao lado dos Direitos da
personalidade, dos Direitos Reais, do Direito das Obrigações, do Direito de Família e do Direito das
Sucessões.
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Há controvérsia quanto à natureza jurídica dos direitos autorais. Para alguns, trata-se de autêntico
direito de propriedade, enquanto para outros o traço distintivo dos direitos autorais é o seu
componente de direito de personalidade. É comum a adoção de uma solução conciliatória, que adota
ambas as concepções ao afirmar que os direitos autorais são de natureza híbrida. Esta estratégia
inclusive veio a ser incorporada em diversos ordenamentos jurídicos distintos, de modo que por
força de lei existe um núcleo de direitos morais, de todo inalienáveis, no qual se inserem direitos
como os de paternidade e de integridade da obra, e um núcleo de direitos patrimoniais, abrigando
direitos como os de controle sobre a reprodução, edição e tradução da obra.
Segundo a opinião da doutrina altamente majoritária, o direito autoral é parte integrante do conceito
de propriedade intelectual de natureza sui generis, visto que é eminentemente personalíssimo (na lei
brasileira, salvo raras exceções, o autor deve ser pessoa física). Porém, vozes dissonantes na
doutrina entendem que associar os direitos autorais à idéia de propriedade visa tão-somente
justificar o monopólio privado de distribuição de obras intelectuais. Alguns autores também
afirmam que o conceito de Direito Autoral seria apenas uma ideologia fundamentadora de um
monopólio privado; opinião essa já rechaçada entre a maior parte dos estudiosos da matéria.
Quanto à autonomia deste ramo do Direito deve-se dizer que ele é considerado ramo autônomo do
Direito da Propriedade Intelectual, em função, principalmente, desta natureza dúplice, que engloba
tanto aspectos morais quanto patrimoniais e que lhe imprime uma feição única, própria, que não
permite seja ele enquadrado no âmbito dos direitos reais, nem nos da personalidade.
b. Reprodução
Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científica,
dependendo de autorização prévia e expressa do mesmo, para que a obra seja utilizada, por
quaisquer modalidades, dentre elas a reprodução parcial ou integral.
c. Expiração
Segundo normas e recomendações internacionais aceitas pela maioria dos países, regra geral mas
não única, a obra literária entra em domínio público setenta anos após o falecimento do autor.
No Brasil, atualmente essa matéria é regulada pela Lei n.º 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. A lei
brasileira abriga, sob a denominação direitos autorais, os direitos de autor propriamente ditos, bem
como os direitos conexos. No caso do Brasil, os sucessores do autor da obra perdem os direitos
autorais adquiridos setenta anos após a morte do mesmo, tal como indica o artigo 41 da Lei nº.
9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Referências
1. ↑ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9610.htm
Ligações externas
Brasil:
ANEXO 01
A Convenção da União de Paris - CUP, de 1883, deu origem ao hoje denominado Sistema
Internacional da Propriedade Industrial, e foi a primeira tentativa de uma harmonização
internacional dos diferentes sistemas jurídicos nacionais relativos a Propriedade Industrial. Surge,
assim, o vínculo entre uma nova classe de bens de natureza imaterial e a pessoa do autor, assimilado
ao direito de propriedade. Os trabalhos preparatórios dessa Convenção Internacional se iniciaram
em Viena, no ano de 1873. Cabe lembrar que o Brasil foi um dos 14 (quatorze) países signatários
originais. A Convenção de Paris sofreu revisões periódicas, a saber: Bruxelas (1900), Washington
(1911), Haia (1925), Londres (1934), Lisboa (1958) e Estocolmo (1967). Conta atualmente com
139 (cento e trinta e nove) países signatários.
1. Tratamento nacional
Esse princípio consagrado no Art. 2º da Convenção de Paris estabelece que os nacionais de cada um
dos países membros gozem, em todos os outros países membros a União, da mesma proteção,
vantagens e direitos concedidos pela legislação do país a seus nacionais, sem que nenhuma
condição de domicílio ou de estabelecimento seja exigida. Assim, os domiciliados ou os que
possuem estabelecimentos industriais ou comerciais efetivos no território de um dos países
membros da Convenção (art. 3º), são equiparados aos nacionais do país onde foi requerida a patente
ou o desenho industrial.
Ressalva expressamente a Convenção, as disposições das legislações nacionais no que tange aos
processos judicial e administrativo, à competência, à escolha de domicílio ou de estabelecimento no
país ou à designação de mandatário.
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OBS: A legislação brasileira faz uso, em especial, dessa última ressalva no art. 217, da Lei n.º
9.279/96 - LPI.
2. Prioridade unionista
Esse princípio estabelecido pela Convenção de Paris em seu Art. 4º dispõe que o primeiro pedido de
patente ou desenho industrial depositado em um dos países membros serve de base para depósitos
subsequentes relacionados à mesma matéria, efetuados pelo mesmo depositante ou seus sucessores
legais. Tem-se o Direito de Prioridade. Os prazos para exercer tal direito são: 12 (doze) meses para
invenção e modelo de utilidade e 6 (seis) meses para desenho industrial.
A Convenção, ao estabelecer o Direito de Prioridade Unionista, regula os parâmetros que devem ser
observados pelos países da União, entre os quais destacam-se:
A não obrigatoriedade de identidade entre as reivindicações do pedido que deu origem ao direito de
prioridade e o pedido ulterior, contanto que a matéria esteja totalmente descrita no primeiro pedido
(Art.4º, H); A possibilidade de o direito de prioridade estar fundamentado nos pedidos de patente de
naturezas diversas; assim um pedido de invenção poderá servir de base para um pedido de modelo
de utilidade e vice-versa (Art. 4º, E); A possibilidade de que um único pedido ulterior seja
depositado com base em diversos pedidos anteriores (prioridades múltiplas) mesmo que
provenientes de diferentes países(Art. 4º, F); A impossibilidade de recusar o direito de prioridade de
um pedido ulterior com o fundamento de que o mesmo contém elementos não compreendidos no
pedido anterior que deu origem à prioridade. Neste caso, o direito de prioridade cobrirá somente a
matéria contida no pedido anterior, sendo que o pedido ulterior dará lugar a um direito de prioridade
em relação aos elementos novos apresentados (Art. 4º, F); e O dever de se considerar como
primeiro pedido, cuja data marcará o início do prazo de prioridade, um pedido ulterior que tenha o
mesmo objeto do primeiro pedido apresentado no mesmo país da União, desde que, na data do
depósito do pedido ulterior, o pedido anterior tenha sido retirado, abandonado ou recusado, sem ter
sido submetido à inspeção pública, sem ter deixado subsistir direitos, inclusive, o de ter servido de
base para reivindicação do direito de prioridade (Art. 4º, A).
Esse princípio expresso no Art. 4º bis da Convenção de Paris, consentâneo com o Princípio da
Territorialidade, estatui serem, as patentes concedidas (ou pedidos depositados) em quaisquer dos
países membros da Convenção, independentes das patentes concedidas (ou dos pedidos
depositados) correspondentes, em qualquer outro País signatário ou não da Convenção. Tal
dispositivo tem caráter absoluto. A independência está relacionada às causas de nulidade e de
caducidade, como também do ponto de vista da vigência.
4. Territorialidade
Esse princípio consagrado na Convenção de Paris estabelece que a proteção conferida pelo estado
através da patente ou do registro do desenho industrial tem validade somente nos limites territoriais
do país que a concede.
Observa-se que a existência de patentes regionais, como, por exemplo, a patente européia, não se
constitui uma exceção a tal princípio pois tais patentes resultam de acordos regionais específicos,
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nos quais os países membros reconhecem a patente concedida pela instituição regional como se
tivesse sido outorgada pelo próprio Estado.
ANEXO 02
ANEXO 03
SOFTWARE
Software também é o nome dado ao comportamento exibido por essa seqüência de instruções
quando executada em um computador ou máquina semelhante.
• 5 Ver também
Software como Programa de Computador
Um programa pode ser executado por qualquer dispositivo capaz de interpretar e executar as
instruções de que é formado.
Quando um software está representado como instruções que podem ser executadas diretamente por
um processador dizemos que está escrito em linguagem de máquina. A execução de um software
também pode ser intermediada por um programa interpretador, responsável por interpretar e
executar cada uma de suas instruções. Uma categoria especial e notável de interpretadores são as
máquinas virtuais, como a JVM (Máquina Virtual Java), que simulam um computador inteiro, real
ou imaginado.
Alguns programas feitos para usos específicos, como por exemplo software embarcado ou software
embutido, ainda são feitos em linguagem de máquina para aumentar a velocidade ou diminuir o
espaço consumido. Em todo caso, a melhoria dos processadores dedicados também vem diminuindo
essa prática, sendo a C uma linguagem típica para esse tipo de projeto. Essa prática, porém, vem
caindo em desuso, principalmente devido à grande complexidade dos processadores atuais, dos
sistemas operacionais e dos problemas tratados. Muito raramente, realmente apenas em casos
excepcionais, é utilizado o código de máquina, a representação numérica utilizada diretamente pelo
processador.
Qualquer computador moderno tem uma variedade de programas que fazem diversas tarefas.
1. Software de sistema que incluiu o firmware (O BIOS dos computadores pessoais, por
exemplo), drivers de dispositivos, o sistema operacional e tipicamente uma interface gráfica
que, em conjunto, permitem ao usuário interagir com o computador e seus periféricos.
2. Software aplicativo, que permite ao usuário fazer uma ou mais tarefas específicas.
Aplicativos podem ter uma abrangência de uso de larga escala, muitas vezes em âmbito
mundial; nestes casos, os programas tendem a ser mais robustos e mais padronizados.
Programas escritos para um pequeno mercado têm um nível de padronização menor.
Ainda é possível usar a categoria Software embutido ou Software embarcado, indicando software
destinado a funcionar dentro de uma máquina que não é um computador de uso geral e
normalmente com um destino muito específico
Atualmente temos um novo tipo de software. O software como serviço, que é um tipo que roda
diretamente na internet, não sendo necessário instalar nada no computador do usuário. Geralmente
esse tipo de software é gratuito e tem as mesmas funcionalidades das versões desktop.
Licenças
Todo o software é publicado sob uma licença. Essa licença define (e até restringe) qual a forma que
se pode utilizar o software (números de licenças,modificações,etc). Exemplos de licenças:
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Ver também
• Liberação de software
• Fabricantes de software
ANEXO 04
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Propriedade Industrial, de acordo com a definição da Convenção de Paris de 1883 (art. 1,2), é o
conjunto de direitos que compreende as patentes de invenção, os modelos de utilidade, os desenhos
ou modelos industriais, as marcas de fábrica ou de comércio, as marcas de serviço, o nome
comercial e as indicações de proveniência ou denominações de origem, bem como a repressão da
concorrência desleal.
A idéia não é passível de proteção pelos institutos da Lei de Propriedade Industrial, razão pela qual
um código de software não é passível de ser patenteado no Brasil, embora seja passível de proteção
intelectual dada pela Lei Federal n°. 9.609. Da mesma forma, no Brasil, seres vivos não são
patenteáveis, o que não acontece em outros países onde micro-organismos e animais geneticamente
modificados podem ser patenteados desde que não sejam humanos.
EXEMPLOS
I. Onde Registrar:
O direito autoral poderá ser registrado, conforme sua natureza, na Biblioteca Nacional,
na Escola de Música, na Escola de Belas Artes da UFRJ, no Instituto Nacional do
Cinema, ou no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Lei 9610 de
19/02/98).
As invenções industrializáveis relativas a produtos e processos são registradas no INPI
(Lei 9279 de 14/05/96).
própria natureza do trabalho do emprego (Lei 9279, art. 88) – caso dos professores
pesquisadores na UFMG;
Pertence ainda ao empregador, a patente de invenção e o modelo de utilidade
requeridos pelo empregado até 1 ano após a extinção do contrato de trabalho (Lei 9279,
art. 88 parágrafo 2º;);
Propriedade Comum - A patente de invenção e o modelo de utilidade é propriedade
comum em partes iguais, quando resultar da contribuição pessoal do empregado e de
recursos, dados, meios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, salvo
expressa disposição contratual em contrário; e no caso de contar com a participação de
mais de um empregado, a parte que lhes couber, será dividida igualmente, salvo ajuste
em contrário (Lei 9279, art. 91).
Pertencerá exclusivamente ao empregado a invenção ou o modelo de utilidade por ele
desenvolvido, desde que desvinculado do contrato de trabalho e não decorrente da
utilização de recursos, meios, dados, materiais, instalações ou equipamentos do
empregador. (Lei 9279, art. 90).
- Pagar as anuidades, a partir do início do 3º; ano de depósito (Lei 9279, arts. 84 a 87);
- Explorar efetivamente o objeto patenteado;
- Pagar os quinqüênios e prorrogações (Lei 9279, art. 108 e 120).
Cessões poderão ser feitas totais ou parcialmente, desde que feitas as anotações no
INPI quanto (Lei 9279, arts. 58 e 121):
V. Da exploração:
Deverá iniciar a exploração do objeto patenteado dentro de 3 anos a partir da data de sua
concessão e não poderá interrompê-la por tempo superior a 1 ano.
Se a patente permanecer sem exploração poderá ser requerida licença compulsória.
VI. Licenças:
O contrato de licença deverá ser averbado no INPI (Lei 9279, arts. 61 a 63).
O titular da patente poderá requerer o cancelamento da licença se o licenciado não der
início à exploração efetiva dentro de 01 (um) ano da concessão, interromper a exploração
por prazo superior a 01 (um) ano ou, ainda, se não forem obedecidas as condições para a
exploração (Lei 9279, art. 66).
suficiente para prevenir ou sanar os abusos ou desuso, salvo motivo justificado, poderá
ser declarada a caducidade, ou seja a perda do direito (a patente cai em domínio público).
- Novidade – ocorre quando a invenção não está acessível ao público, seja por uma
descrição escrita ou oral, pelo uso ou qualquer outro meio de comunicação.
- Aplicação Industrial – Quando é suscetível de ser fabricada ou utilizada industrialmente.
- Atividade Inventiva – a invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um
técnico no assunto não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica, ou
seja, para o técnico no assunto não seja uma decorrência óbvia do que já existe na
técnica.
PRAZOS DE VALIDADE
I. Busca Prévia
A busca também pode ser feita através da internet, em bancos de patentes nacionais ou
internacionais, que são bancos de dados contendo grande número de patentes, na casa
dos milhões. Dentre os inúmeros bancos existentes podemos citar:
INPI: http://www.inpi.gov.br
EUA: http://www.delphion.com
http://www.uspto.gov
EUROPA: http://ep.espacenet.com
Derwent: http://www.derwent.com
Canadian Intelectual Property Office: http://patents1.ic.gc.ca/intro-e.html
Cabe ao INPI estabelecer as condições quanto à forma e conteúdo dos documentos que
integram os pedidos de patente e desenho industrial. Tais condições constam nos Atos
Normativos números 127, 128, 129 e 130 expedidos pelo INPI.
Documentos necessários para requerer o privilégio de um invento (Lei 9279 art. 19 para
patentes e art. 101 para desenhos industriais):
3 vias do formulário Pedido de Privilégio (fornecido pelo INPI - modelo 1.01 para pedido
de patente ou de certificado de adição e modelo 1.06 para depósito de pedido de registro
de desenho industrial);
Resumo (exceto para os desenhos industriais, quando deve ser especificado o campo
de aplicação do objeto) - é um sumário da descrição técnica do pedido de patente que
permite uma breve avaliação da matéria coberta pelo mesmo conforme Ato Normativo
127/97 (Patente de invenção: item 15.1.5, Modelo de Utilidade: item 15.2.1.5).
- documento de cessão,
- procuração,
- documento hábil do país de origem,
Pedido de patente ficará em sigilo durante 18 meses até a data da sua publicação,
podendo ser a publicação antecipada por meio de requerimento.
Exame Técnico - Para que o pedido seja examinado, ou seja, estudado por um
examinador de patentes, é necessário apresentar uma solicitação de exame. O prazo
para este requerimento inicia-se após 60 dias da publicação do pedido até 36 meses do
depósito do pedido ou o mesmo será arquivado.
- Levantada alguma exigência técnica durante o exame, o requerente terá um prazo de
60 dias da publicação para atender as exigências técnicas ;
- Parecer técnico - o examinador de patentes emite um parecer técnico expondo suas
conclusões que podem ser:
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V. Carta Patente
Do Recurso:
Da Nulidade;
VII. Custos
Instituições de Ensino,
Taxa Outros
microempresas e pessoas físicas
Busca individual R$15,00 R$15,00
Busca isolada (por homem/hora de
R$12,00 R$24,00
busca)
Depósito de pedido R$ 55,00 R$ 140,00
Exame Técnico de Patente até 10
R$ 160,00 R$ 400,00
reinvindicações
Exame Técnico de Modelo de
R$ 110,00 R$ 280,00
Utilidade
Anuidade de Pedido (antes da R$ 195,00
R$ 80,00
Carta Patente)
R$ 50,00
Patentes Modelo de Utilidade R$ 130,00
Anuidade de Patente(3º ao 6º ano) R$ 200,00 R$ 505,00
Diretamente no país onde de deseja obter a proteção. Para isso é necessário conhecer
a legislação de cada país e a maioria dos países exige que o pedido seja apresentado por
um procurador ou agente de propriedade industrial junto ao órgão responsável pela
concessão de patentes do país onde se deseja proteger a invenção.
Lei n.º 9279 de 14 de maio de 1996 – Regula direitos e obrigações relativos à propriedade
industrial.
Ato normativo n.º 126/96 do INPI – Regulamenta o procedimento de depósito previsto nos
arts. 230 e 231 da Lei 9279/96.
Ato normativo n.º 127/97 do INPI – Dispõe sobre a aplicação da Lei de Propriedade
Industrial em relação às patentes a certificados de adição de invenção.
Ato normativo n.º 128/97do INPI – Dispõe sobre a aplicação do Tratado de Cooperação
em Matéria de Patentes.
Ato normativo n.º 130/97do INPI– Dispõe sobre a instituição de formulários para
apresentação de requerimentos e petições na área de patentes, certificados de adição de
invenção e registro de desenho industrial.
Ato Normativo nº 152/99 do INPI - Dispõe sobre a apresentação de auxílio voluntário para
o exame técnico, em relação à Patentes e Certificados de Invenção.
Decreto n.º 3.201/99 - Dispõem sobre a concessão, de ofício, de licença compulsória nos
casos de emergência nacional e de interesse público de que trata o art. 71 da Lei nº
9.279, de 14 de maio de 1996.
FONTE: http://www.ufmg.br/prpq/PatLei9279CT&IT.html#Desenhoindustrial
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MODELO DE UTILIDADE
O pedido de patente de modelo de utilidade terá de se referir a um único modelo principal, que
poderá incluir uma pluralidade de elementos distintos, adicionais ou variantes construtivas ou
configurativas, desde que mantida a unidade técnico-funcional e corporal do objeto.
O relatório deverá descrever clara e suficientemente o objeto, de modo a possibilitar sua realização
por técnico no assunto e indicar, quando for o caso, a melhor forma de execução.
6. A duração ou validade do Modelo de Utilidade
A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo
prazo 15 (quinze) anos contados da data de depósito.
O prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos para a patente de invenção e a 7 (sete) anos
para a patente de modelo de utilidade, a contar da data de concessão, ressalvada a hipótese de o
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INPI estar impedido de proceder ao exame de mérito do pedido, por pendência judicial comprovada
ou por motivo de força maior.
- após depósito, são mantidos em sigilo por 18 meses, quando então ocorre sua publicação na RPI
- Patentes (Revista da Propriedade Industrial do INPI - Patentes), para conhecimento público.
Abaixo exemplo da publicação de um MU:
MU 8000581-0
(22) 24/03/2000
(51) A45D 26/00, B65D 83/14
(54) DISPOSITIVO CONJUGADO DE ARMAZENAMENTO E APLICAÇÃO DE COSMÉTICO
(Cd) 3.1
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- após a publicação e até antes do final do exame, terceiros podem se manifestar contra o pedido,
através do fornecimento de subsídios ao Examinador;
- o depositante tem um prazo de até 36 meses da data de depósito para requerer exame;
- durante o exame técnico, poderá ser feita exigência por parte do Examinador a ser cumprida
num prazo de 90 dias da publicação desta;
- se deferido o titular deverá recolher taxa para expedição do certificado (no caso de modelos ou
patentes cujo objeto esteja relacionado à área químico-farmacêutica e alimentícia, a concessão ainda
fica atrelada à uma anuência por parte da ANVISA);
- após publicação de concessão, terceiros tem prazo de 6 meses para apresentar pedido de nulidade
administrativa junto ao INPI.
Clique aqui para obter maiores detalhes através de fluxogramas de processo de tramitação.
9. Pagamento de anuidades
Anuidade é a retribuição anual a que está sujeito o pedido de patente ou a patente, a partir do 24º
(vigésimo quarto) mês da data do depósito (início do terceiro ano) e deverão ser pagas até a sua
caducidade ou extinção.