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LISBOA | PORTO Segunda-feira
FIM-DE-SEMANA 14 Abril PE S QUI SA
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OPINIÃO
artigos do mesmo autor
Elefantes
10 | 04 | 2008 09.32H | Três provérbios
Uma grave característica dos elefantes, sobretudo | Dois minutos
albinos, é a sua reprodução. Vemos isso quando os
enormes paquidermes brancos do novo aeroporto | Páscoa
de Lisboa e do TGV, que nos assombram há anos e
só por si servirão para desequilibrar as contas PUBLICIDADE

portuguesas durante décadas com magros


proveitos, deram agora à luz o seu mais recente
rebento, a terceira travessia do Tejo. Ninguém
COMENTAR parece saber controlar-lhe a fertilidade.
ENVIAR
IMPRIMIR O seu problema principal nem é a dimensão,
terrivelmente esmagadora, ou a justificação
económica, bastante deficiente. Comparados com
os antecessores, como o Complexo de Sines,
Alqueva ou estádios do Euro 2004, estes agora até
parecem modestos e razoáveis. A coisa mais
indecente deste processo de reprodução de
mastodontes é a enorme confusão de estudos,
apreciações, recuos e dúvidas que os envolve.
Apesar de tudo, isto antes não acontecia.

Vimos especialistas conceituados, laboratórios e


técnicos imparciais aprovar tudo e o seu contrário.
As conclusões mais sólidas foram contestadas e as opinião
decisões mais firmes invertidas. Toda a gente se
JOÃO CÉSAR DAS NEVES
acha com direito a opinar, precisamente porque
quem sabe e deve não o faz com a qualidade Elefantes
exigida. Isso, independentemente do resultado, J.L. PIO ABREU
chega para envergonhar os responsáveis. Telemóveis

É incrível que os estudos para justificar as obras JOÃO MALHEIRO JOSÉ LUÍS SEIXAS
sejam feitos, ou influenciados, pelas entidades que O nome da crise A nova saúde
deles vão beneficiar. A TAP quer um aeroporto
novinho e grande. Olha que novidade! Eu também pergunta do dia
queria uma vivenda nova com piscina. A diferença
ED UCAÇÃ O
entre mim e a TAP é que eu não posso convencer o
Os Sindicatos dos Professores afirmaram ao Destak
país a pagar-me a moradia.
que ainda há questões de fundo a resolver com o
JOÃO CÉSAR DAS NEVES | Governo na Educação.
NAOHAALMOCOSGRATIS@FCEE.UCP.PT
Acredita que o acordo conseguido no
fim-de-semana sobre a avaliação dos docentes é o
comentários princípio de um entendimento global?

inquérito passatempos
Acredita que a ministra Destak Corpo&Alma
da educção e os
sindicatos dos
professores cheguem a
um entendimento
global?

Sim
Não
Talvez
Não sei
VOTAR

fotos da semana

http://www.destak.pt/artigos.php?art=9938
Destak.pt | Elefantes 2 de 3

Caro João César das Neves, este seu artigo de opinião peca por excesso.
Não se pode pedir que o Estado faça mais pela condição económica do país
e ao mesmo tempo impedir-lhe as acções de investimento, fomentar-lhe o
imobilismo. O Euro 2004 e os estádios criaram riqueza, postos de trabalho e
visibilidade. São equipamentos que podem ser aproveitados para muitos
eventos para além do futebol. Porque não sugerir soluções para o seu
melhor aproveitamento em eventos variados como espectáculos artísticos,
acções culturais e outras modalidades desportivas, incluindo “desporto para top notícias da semana
todos”, em particular nos estádios fora de Lisboa e Porto? A barragem de
Alqueva é um projecto muito antigo e para além da produção hidroeléctrica (a 1 | Data de entrega de Esmeralda ao pai poderá vir a
energia está cada vez mais cara) e a irrigação para a agricultura e pecuária ser novamente adiada
(o preço dos alimentos está a aumentar), tem também valências na área 25 comentários
turística que como sabe é uma das opções mais viáveis em muitas regiões 2 | Adultos deixam poder nas mãos de criança
de um pequeno país periférico e ensolarado como o nosso. Estes dois
25 comentários
investimentos tiveram em conta um outro factor – a descentralização. O país
fora de Lisboa e Porto – Coimbra, Braga, Leiria, Alentejo, etc. – também 3 | Jorge Coroado confessa ter prejudicado o FC
precisa de estímulos e infra-estruturas. Por fim, um TGV e uma nova ponte, Porto frente ao Benfica
como estruturas complementares a um novo e mais moderno aeroporto para 16 comentários
Lisboa, capaz de acompanhar o crescimento da maior metrópole do país e o
tráfego aéreo – é imprescindível. Vamos esperar que algum benemérito nos
expanda a capacidade aeroportuária? Vamos esperar que os Espanhóis
façam uma rede de TGV a acabar na fronteira e do lado de cá pomos linhas
com comboios a vapor? Vamos esperar que o tráfego na ponte Vasco da
Gama sature essa via? Estes custos têm de ser suportados por todos nós,
porque são investimentos para todos e que mais ninguém os faria em tempo
útil e a pensar na comunidade. O desenvolvimento e o progresso assentam
na ciência e na tecnologia, na indústria, no empreendedorismo e os Estados,
enquanto existirem, também têm o seu papel neste esforço conjunto. São
estas as bases do bem-estar e das soluções para os problemas da
humanidade. A menos que por uma arte qualquer que desconheço e
baseado em pressupostos que na prática nunca se cumpriram, se queira por
um lado crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida, e por outro, que
esses mesmos crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida ocorram
espontaneamente, num país pequeno e periférico como o nosso, que não
tem nada a mais do que qualquer um dos outros. A auto proclamada ciência
económica é um campo fértil de exercício especulativo sem fundamentos
sólidos, sem coerência, e de aplicabilidade muito limitada ou duvidosa.
Muitos académicos de todas as áreas, incluindo das próprias ciências
sociais, têm criticado a validade e o rigor científico por detrás da teoria
económica, as suas contradições e a sua falta objectividade. Sugiro
humildemente que reflicta um pouco sobre isso. Incluo um trecho tirado de
um livro e um sítio de Internet para um texto de opinião, como aliás são
muitos dos seus, e que poderão consubstanciar em parte o que aqui tentei
descrever no final: “The progress of economic science has been seriously
damaged. You can’t believe anything that comes out of [it]. Not a word. It is all
nonsense, which future generations of economists are going to have to do all
over again. Most of what appears in the best journals of economics is
unscientific rubbish. I find this unspeakably sad. All my friends, my dear, dear
friends in economics, have been wasting their time. [...] They are vigorous,
difficult, demanding activities, like hard chess problems. But they are
worthless as science. The physicist Richard Feynman called such activities
Cargo Cult Science. [...] By “cargo cult” he meant that they looked like
science, had all that hard math and statistics, plenty of long words; but actual
science, actual inquiry into the world, was not going on. I am afraid that my
science of economics has come to the same point.” - Deirdre McCloskey, The
Secret Sins of Economics (2002).
http://www.sbs.utexas.edu/resource/onlinetext/Defi
nitions/economicsNOTscience.htm João Castro (Coimbra)
JOÃO CASTRO | 12.04.2008 | 14.07H

O autor mistura estádios com o complexo industrial de Sines e com a


barragem do Alqueva. Este género de conversa de caserna, sem referência
nem trabalho próprio de literatura científica, não é dum economista, para mai
professor, é antes dum vulgar "atira bocas." Mais valia que ensinasse a
Curva da Oferta e da Procura com o exemplo do i-pod e não com o exemplo
do carapau na praça, como o faz na Católica. è que o i-pod é mais caro mas
a sua procura aumenta, exactamente o contrário do que este antiquado e
ultrapassado professor ensina. O i-pod faz isso por causa do efeito de rede,
que este senhor desdenha ou desconhece. Mais valia então ver as asneiras
próprias e deixar os comentários baseados numa mão cheia de vento. Assim
soa apenas a desdém por quem o não quis, ou não precisou, de o consultar.
MMARTINS-SINTRA | 11.04.2008 | 12.25H

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Fernando da Costa tem razão. Presos por ter cão e presos por não ter!! É
isso mesmo. No diario de notícias de hoje p. exemplo noticia-se que a
Quercus fez duas queixas em Bruxelas por causa do TGV e da TTT (terceira
travessia do Tejo) por causa da falta do estudo do impacto ambienta e diz-se
mais: isto vai provocar o atraso no financiamento dos dois empreendimentos
por parte da UE. Aconteceu com a barragem do Sabor, que só agora avança,
com a ponte Vasco da Gama que só avançou por causa da EXPO, etc.
Lamentávelmente as organizações ambientais, pese embora as "boas"
intençºoes, acabam por ser um factor de desequilíbrio na continuidade e nos
custos das obras se assim se pode dizer. Mais tarde ou mais cedo avançam
mas custam mais dinheiro e dores de cabeça. Gosto muito de elefantes, são
animais sábios, não gosto das conotações que lhes atribuem. O Prof Cesar
das Neves é um homem inteligente e este tipo de artigo não lhe é comum.
ANABCOUTEIRO | 11.04.2008 | 08.23H

Isto é preso por ter cão e preso por não ter! Se o Governo decidisse sem
consultar ninguém, ou consultando apenas as grandes empresas
internacionais (Goldman Sachs, por exemplo...), caia-lhes toda a gente em
cima porque são as negociatas do costume e por causa do autoritarismo e do
autismo do Nosso Senhor Sócrates. Se o Nosso Senhor Sócrates ouve
múltiplas entidades, que se consideram todas elas autoridade na matéria, se
ouve os interessados (parece-me elementar - só a má vontade pode pensar
que se faria um aeroporto, em qualquer país do mundo, sem se consultar a
companhia de bandeira!!!!), se se pondera os múltiplos factores envolvidos,
então é uma ...confusão! Ora estes processos, justamente pela sua
importância, têm que ser discutidos. Devem sê-lo! Antes, discutia-se muito,
faziam-se muitos estudos e não se fazia nada. Mas a verdade é que este
Governo, no prazo de uma legislatura, resolve 3 grandes questões
estruturais que andam à décadas (aeroporto) para serem resolvidas! Nova
travessia, aeroporto, TGV! Mas quando o cronista diz que "apesar de tudo,
isto dantes não acontecia" eu concordo! Quando foi lançada e construida a
Ponte 25 de Abril (Salazar à altura) não me lembro de discussões sobre a
sua localização, sobre se ficava bonita, se custava muito dinheiro, se ofendia
as avezinhas, se acabava com o transporte fluvial... E para os saudosistas do
nome Salazar na ponte 25 de Abril, sugiro o nome Sócrates para a nova
ponte!!
FERNANDO DA COSTA - LISBOA | 10.04.2008 | 13.28H

Concordo. O estudo que falta ser feito (se é que é possível afirmar tal coisa)
é o da real necessidade de tais obras. Há pouco tempo viajei no Alfa
pendular. Nos troços de via em que pode circular mais livremente, atinge
com facilidade os 220km/h. Porque é que não se melhora a via, para que
possa circular a uma velocidade média superior em toda ela? Provavelmente
porque o mito do TGV é mais forte... e mais dispendioso. Pois...
JOÃO SERRA, LISBOA | 10.04.2008 | 11.00H

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