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ASSESSORIA JURÍDICA
Instituído nos termos da Lei Federal n.o 7.395, de 31 de outubro de 1985. Dispõe sobre os órgãos de representação dos estudantes
de nível superior. http://wwwdiretoriodceuvarmf.blogspot.com/ - http://wwwdceuvarmf5g.blogspot.com/
http://dceuniversidadeuva.no.comunidades.net/index.php?pagina=1334796663
http://dceuniversidadeuva.no.comunidades.net/
http://www.scribd.com/doc/26490560/ACAO-CAUTELAR-Neila-Cabral-Cautelar-1
Rua Floriano Peixoto, 735, Sala 206 – Edifício ACI - Telefones: 085.3231.0380 – 8777.3861-
FORTALEZA-CEARÁ
ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 1
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Isto posta requer-se digne Vossa Excelência em determinar a juntada aos sobreditos
autos dessas contra razões, para que este Egrégio Tribunal possa delas conhecer
na ocasião do julgamento de recurso e dar provimento mantendo a decisão do
julgador de primeiro grau.
-------------------------------------------------------------------------
OAB 3.205/CE.
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ASSESSORIA JURÍDICA
Instituído nos termos da Lei Federal n.o 7.395, de 31 de outubro de 1985. Dispõe sobre os órgãos de representação dos estudantes
de nível superior. http://wwwdiretoriodceuvarmf.blogspot.com/ - http://wwwdceuvarmf5g.blogspot.com/
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FORTALEZA-CEARÁ
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Entretanto, a r. decisão recorrida deve ser mantida, pois está totalmente dentro dos
parâmetros legais, conforme ficará devidamente comprovado, pelos fatos a seguir
exposto e juridicamente relevantes.
I – DOS FATOS.
1. ... uma decisão liminar , inaudita altera pars, ordenando que a UNIVERSIDADE ESTADUAL
VALE DO ACARAÚ, e ou a quem sua vezes fizer(INSTITUTO DOM JOSÉ, pessoa jurídica de direito
privado, que alega ser o representante administrativo da UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO
ACARAÚ, em Fortaleza, situado à Av. Deputado Oswaldo Studart, nº 487 - CEP: 60.411-260 –
Fortaleza/CE) que, e na pessoa do REITOR DA UVA, determine imediatamente a inclusão do
impetrante, na relação ativa dos rematriculados, com inclusão de seus nomes nos diários de classe,
liberação de históricos escolares atualizados, e expedição de declaração de matrículas, bem como e
inclusão de imediato, na participação das atividades acadêmicas e pedagógicas de seus respectivos
cursos até o julgamento do presente MANDADO DE SEGURANÇA, sem pagar encargos TAXAS OU
MENSALIDADES NA UNIVERSIDADE PÚBLICA UVA.
2. Após concessão da medida liminar, requer de Vossa. Excelência que se digne mandar notificar a
Autoridade Impetrada,a pessoa do REITOR DA UVA.
4. Após concessão da medida liminar, requer de Vossa. Excelência que seja fixada uma multa de R$
10.000,00(dez mil reais) dia, para cada evento de descumprimento da LIMINAR, ou seja, para cada
dia em que deixar de atender a liminar que favoreça a impetrante, e que se estenda a obrigação à
Universidade Estadual Vale do Acaraú e ao seu parceiro.
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É oportuno frisar que o Estado do Ceará na Ação acima citada foi revel. Vejamos:
Por sinal participaram quando do julgamento da ADIN, Vossa Excelência Relator deste
AI, o Desembargador Raul Araújo Filho, e outros e foram votos favoráveis ao
julgamento da ADIN, pela inconstitucionalidade. Ver Certidão.
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ESTADO DO CEARÁ
PODER JUDICIÁRIO
Consulta Processual
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Dados Gerais
Numero do Processo: 23448-48.2009.8.06.0000/0 AGRAVO DE INSTRUMENTO
Numero Sproc: 2009.0028.5588-1/0
Competência: CAMARAS CIVEIS ISOLADAS Natureza: CÍVEL
Classe: DIVERSOS CIVEL Nº Antigo:
Nº de Volumes: 1 Data do Protocolo: 16/09/2009 17:31
Nº de Anexos: 0 Valor da Causa (R$): .00
Local de Origem: 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL
Nº Processo Relacionado:
( COMARCA DE SOBRAL )
Número de Origem:
Ação de Origem: MANDADO DE SEGURANÇA
Justiça Gratuita: NÃO
Documento de Origem: PETIÇÃO INICIAL
Localização: SERVIÇO DE RECURSOS (4ª CÂMARA CÍVEL) Remetido em: 12/01/2010 09:49 e Recebido
em: 14/01/2010 09:54
Partes
Nome
Agravante : UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
Rep. Jurídico : 4040 - CE JOSE CANDIDO LUSTOSA BITTENCOURT DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 6736 - CE EMMANUEL PINTO CARNEIRO
Rep. Jurídico : 10500 - CE REBECCA AYRES DE MOURA CHAVES DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 12897 - CE PAULO DE TARSO VIEIRA RAMOS
Rep. Jurídico : 16077 - CE RAPHAEL AYRES DE MOURA CHAVES
Rep. Jurídico : 18376 - CE ANTONIA CAMILY GOMES CRUZ
Rep. Jurídico : 18383 - CE SÉRGIO BRUNO ARAÚJO REBOUÇAS
Rep. Jurídico : 18701 - CE FRANCISCO MIRANDA PINHEIRO NETO
Rep. Jurídico : 19409 - CE DANIEL MAIA
Agravado : ALCEU SOARES DE SOUZA SANTOS
Rep. Jurídico : 3205 - CE GILBERTO MARCELINO MIRANDA
Distribuições
Data da distribuição: 17/09/2009 14:27
Órgão Julgador: 4ª CÂMARA CÍVEL
Relator: Exmo(a) Sr(a) Desa. MARIA IRACEMA DO VALE HOLANDA
Petições de Acompanhamento
Custas
Data Protocolo Volumes Observação
Pagas
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Movimentações
16/09/200 PROTOCOLIZAD
9 17:31 A PETIÇÃO
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ESTADO DO CEARÁ
PODER JUDICIÁRIO
Consulta Processual
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Dados Gerais
Numero do Processo: 1424-89.2010.8.06.0000/0 SUSPENSÃO DE LIMINAR OU ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Competência: PRESIDENCIA TJ-CE Natureza: CÍVEL
Classe: ENCAMINHAMENTO Nº Antigo:
Nº de Volumes: 1 Data do Protocolo: 18/01/2010 09:27
Nº de Anexos: 0 Valor da Causa (R$): .00
Local de Origem: 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL
Nº Processo Relacionado:
( COMARCA DE SOBRAL )
Número de Origem: 2009.00142574-3
Ação de Origem: MANDADO DE SEGURANÇA
Justiça Gratuita: NÃO
Documento de Origem: PETIÇÃO INICIAL
Localização: CONSULTORIA JURÍDICA Remetido em: 01/02/2010 11:30 e Recebido em: 02/02/2010 17:06
Partes
Nome
Requerente : UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
Rep. Jurídico : 4040 - CE JOSE CANDIDO LUSTOSA BITTENCOURT DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 10500 - CE REBECCA AYRES DE MOURA CHAVES DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 12897 - CE PAULO DE TARSO VIEIRA RAMOS
Rep. Jurídico : 16077 - CE RAPHAEL AYRES DE MOURA CHAVES
Rep. Jurídico : 18376 - CE ANTONIA CAMILY GOMES CRUZ
Rep. Jurídico : 18383 - CE SÉRGIO BRUNO ARAÚJO REBOUÇAS
Rep. Jurídico : 18701 - CE FRANCISCO MIRANDA PINHEIRO NETO
Rep. Jurídico : 19409 - CE DANIEL MAIA
ESTAGIÁRIO - SARAH MARINHO
Requerido : PATRICIA NARA DE ANDRADE (2009.0014.2578-6)
Requerido : ANA PAULA SILVA LOPES (2009.0014.2575-1)
Distribuições
Data da distribuição: 18/01/2010 14:43
Órgão Julgador: GABINETE DA PRESIDÊNCIA
Relator: Exmo(a) Sr(a) Des. ERNANI BARREIRA PORTO
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16
Petições de Acompanhamento
Custas
Data Protocolo Volumes Observação
Pagas
19/01/2010
NÃO 0 UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
17:03
Movimentações
ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 16
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ESTADO DO CEARÁ
PODER JUDICIÁRIO
Consulta Processual
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Dados Gerais
Numero do Processo: 31137-46.2009.8.06.0000/0 SUSPENSÃO DE LIMINAR OU ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA
Competência: PRESIDENCIA TJ-CE Natureza: CÍVEL
Classe: ENCAMINHAMENTO Nº Antigo:
Nº de Volumes: 1 Data do Protocolo: 04/12/2009 10:05
Nº de Anexos: 0 Valor da Causa (R$): .00
Local de Origem: 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL
Nº Processo Relacionado:
( COMARCA DE SOBRAL )
Número de Origem: 2008.00142558-1
Ação de Origem: MANDADO DE SEGURANÇA
Justiça Gratuita: NÃO
Documento de Origem: PETIÇÃO INICIAL
Localização: CONSULTORIA JURÍDICA Remetido em: 01/02/2010 11:30 e Recebido em: 02/02/2010 17:06
Partes
Nome
Requerente : UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
Rep. Jurídico : 4040 - CE JOSE CANDIDO LUSTOSA BITTENCOURT DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 10500 - CE REBECCA AYRES DE MOURA CHAVES DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 12897 - CE PAULO DE TARSO VIEIRA RAMOS
Rep. Jurídico : 16077 - CE RAPHAEL AYRES DE MOURA CHAVES
Rep. Jurídico : 18376 - CE ANTONIA CAMILY GOMES CRUZ
Rep. Jurídico : 18383 - CE SÉRGIO BRUNO ARAÚJO REBOUÇAS
Rep. Jurídico : 18701 - CE FRANCISCO MIRANDA PINHEIRO NETO
Rep. Jurídico : 19409 - CE DANIEL MAIA
Requerido : THIAGO CAMPOS BESSA
Requerido : FRANCISCA VIVIANE CAMPOS TELES (2009.0014.2560-3)
Requerido : THIAGO MARQUES DOS SANTOS (2009.0014.2559-0)
Requerido : JOSE DIOGO JUNIOR (2009.0014.2565-4)
Requerido : FRANCISCA ALMIRA DE CASTRO FERREIRA (2009.0014.2566-2)
Requerido : GRAÇA XIMENES CARVALHO CAFE (2009.0014.2564-6)
Requerido : MARCIO LOBO LEITE BARBOSA (2009.0014.2563-8)
Requerido : EPIFANIO DE QUEIROZ LOURO NETO (2009.0014.2562-0)
Requerido : MARCIA REJANE LIMA SOUSA (2009.0014.2555-7)
Requerido : JUSCILENE SILVA DE OLIVEIRA (2009.0014.2554-9)
Requerido : GLAUCIANA CANDIDO FREITAS (2009.0014.2553-0)
Requerido : MARIA LUCIA DE SOUSA VASCONCELOS (2009.0014.2568-9)
Requerido : EVA INGRID UCHOA REIS (2009.0014.2570-0)
Requerido : MARIA HELENA RODRIGUES DE SALES (2009.0014.2580-8)
Requerido : GEORGE LUIZ ALMEIDA (2009.0014.2579-4)
Requerido : PATRICIA NARA DE ANDRADE (2009.0014.2578-6)
Requerido : ANA PAULA SILVA LOPES (2009.0014.2575-1)
Numero do Processo: 2707-68.2009.8.06.0167/0 MANDADO DE SEGURANÇA – SEGUNDA VARA DA
COMARCA DE SOBRAL-CE
Numero Sproc: 2009.0014.2575-1/0
Requerido : ALCEU SOARES DE SOUZA SANTOS
(2009.0014.2574-3)
Requerido : LUCILANI DA SILVA GONZAGA (2008.0019.1727-3)
Requerido : KLEITON LIMA SILVA (2008.0019.1727-3)
Requerido : REJANE SOARES SILVA (2008.0019.1727-3)
Requerido : VANESSA TEIXEIRA GOMES (2008.0019.1727-3)
Requerido : JOSE JULIANO MAIA DE SOUSA (2008.0019.1727-3)
Requerido : NORMA LIDUINA SOUZA PORTELA (2008.0019.1727-3)
Requerido : MARIA SUZANA DIAS DOS SANTOS (2009.00142572-7)
Requerido : CESAR AUGUSTO VENANCIO DA SILVA (2008.0019.1727-3)
Requerido : GLEICILENE LOPES DA SILVA (2008.0019.1727-3)
Requerido : RAFAELA VIEIRA SOARES (2008.0019.1727-3)
ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 17
18
Distribuições
Data da distribuição: 07/12/2009 15:06
Órgão Julgador: GABINETE DA PRESIDÊNCIA
Relator: Exmo(a) Sr(a) Des. ERNANI BARREIRA PORTO
Petições de Acompanhamento
Custas
Data Protocolo Volumes Observação
Pagas
19/01/2010
NÃO 0 UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
16:58
18/01/2010
NÃO 0 FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
09:16
15/12/2009
NÃO 0 THIAGO CAMPOS BESSA E OUTROS
14:02
15/12/2009
NÃO 0 THIAGO CAMPOS BESSA E OUTROS
13:55
Movimentações
ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 18
19
Quando uma das partes age com o que se convencionou qualificar de má-fé, não apenas
a parte-adversa é prejudicada. O maior prejudicado com procedimento ilegal do
litigante ímprobo e do intuito ilegal é o já assoberbado Poder Judiciário, com
sérios transtornos à administração da Justiça. E além do prejuízo imediato, com o
retardo do processo ensejando maior carga de trabalho aos atores e coadjuvantes
jurisdicionais, há um prejuízo mediato cujo potencial danoso é muito superior. É
que a litigância de fá-fé, configurando ato abusivo, quando resta impune repercute
na própria credibilidade da atividade jurisdicional. Em vista disto, é não somente
possível, mas até recomendável arbitrar condenação pela litigância de má-fé.
Má-fé deriva do baixo latim malefatius, sendo empregada no meio jurídico para
exprimir o conhecimento de um vício (De Plácido e Silva, Vocabulário Jurídico,
editora Forense; verbete "Má-fé").
Esse problema foi resolvido com a nova redação do art.18, e seu § 2º, do CPC, com a
redação das recentes Leis nº 8.950, 8.951, 8.952, e 8.953. Nos Projetos,
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20
"... sustente teses e invoque incidentes cuja inutilidade não lhe era lícito
ignorar, uma vez que, desaparecidos os rábulas, trata-se de BACHAREL em
CIÊNCIAS Jurídicas e Sociais, cursado em estabelecimento de ensino
superior, e com estágio forense obrigatório; se a advocacia inexperta,
argüindo fatos que não podia ou pretendia provar, ou eram
manifestadamente infundados, advir de mau conhecimento da lei, responde o
procurador e seu constituinte, civilmente obrigado pelos atos de seu patrono.
ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 20
21
Doutos Desembargadores, o presente recurso de agravo não deve ser recebido nem tão
pouco conhecido.
DA LEGISLAÇÃO VIGENTE:
O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará decidiu, nos termos que segue (é a base da
decisão do Magistrado da 2.a. Vara Cível da Comarca de Sobral):
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1. No caso, ADI contra ato normativo estadual que determinou que a Fundação Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA) teria personalidade jurídica de direito privado, além de estar
autorizada a cobrar receitas, taxas e emolumentos, como forma de custeio aos seus cursos de
extensão e graduação.
3. A natureza jurídica da UVA é de Pessoa Jurídica de Direito Público, conforme o art. 222 da
Constituição do Estado do Ceará.
5. Em hipótese símile, estabeleceu o STF que "(...) atribuir a uma entidade de direito privado, de
maneira ampla, sem restrições ou limitações, a gestão dos recursos financeiros do Estado
destinados ao desenvolvimento da educação, possibilitando ainda que a entidade exerça a
gerência das verbas públicas, externas ao seu patrimônio, legitimando-a a tomar decisões
autônomas sobre sua aplicação, a norma incide em inconstitucionalidade. De fato, somente é
possível ao Estado o desempenho eficaz de seu papel no que toca à educação se estiver apto a
determinar a forma de alocação dos recursos orçamentários de que dispõe para tal atividade. Esta
competência é exclusiva do Estado, não podendo ser delegada a entidades de direito privado".
(STF - ADI 1864, Relator p/ Acórdão: Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, Dje
publicado em 02-05-2008).
- Unânime.
ACÓRDÃO
ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 22
23
PRESIDENTE ________________________________________
RELATORA _________________________________________
RELATÓRIO
Dispõe sobre a aprovação do Estatuto da Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA
e da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, e dá outras providências.
Art. 1˚. A Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, criada pela Lei n˚ 12.077-A
de 1˚ de março de 1993, é uma entidade da administração indireta do Estado do Ceará, sem fins
lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado, com duração por tempo indeterminado,
sede e foro na Cidade de Sobral, do Estado do Ceará, que reger-se-á PE la legislação pertinente e
por este Estatuto.
(...)
Despacho desta Relatora às fls. 22/24, ocasião em que indeferi o pedido liminar, pela falta dos
requisitos autorizadores de sua concessão (fumus boni juris e periculum in mora). No mesmo ato
processual, determinei a notificação do Governador do Estado e da Assembléia Legislativa do
Estado do Ceará, para prestarem informações, além da citação do Procurador-Geral do Estado,
para seu pronunciamento como curador da norma impugnada.
Informações da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, fls. 31/33, em que tão somente foi
feito uma suma desta ADI, porém sem qualquer conteúdo, e em que foi requerido "a intervenção
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24
O Governador foi pessoalmente notificado, como se pode constatar à fl. 27 e verso. Certidão à fl.
42, atestando a inexistência de informações por parte do Chefe do Executivo Estadual. Outra
citação à fl. 44, circunstância em que foi citado o Procurador-Geral do Estado, com o propósito de
defender a norma estadual impugnada (certidão no verso da fl. 44, comprovando a efetividade do
procedimento citatório). Certidão de decorrência de prazo da PGE à fl. 45, em que nada foi
manifestado pela PGE.
Parecer de mérito da Procuradoria Geral de Justiça às fls. 48/56, em que foi postulado pela
procedência da ADI, no dia 03 de março de 2009.
VOTO
Resumo a questão: No caso, Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra ato normativo
estadual que determinou que a Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) teria
personalidade jurídica de direito privado, além de estar autorizada a cobrar receitas, taxas e
emolumentos, como forma de custeio aos seus cursos de extensão e graduação.
A presente ADI divide-se em três partes: na primeira, será feita a análise da possibilidade de
controle judicial concentrado contra Decreto, quando tal ato normativo caracterizar-se, em sua
essência, como primário, de efeitos gerais, impessoais e abstratos; na segunda parte, será
comparado o ato normativo impugnado com o art. 222 da Constituição do Estado do Ceará,
impondo natureza jurídica de fundação de direito público a todas as instituições educacionais de
nível superior do Estado do Ceará; finalmente, serão apontados os precedentes do STF que
originaram a Súmula Vinculante n. 12, de agosto de 2008, que estabelece ser a cobrança de taxas
e demais emolumentos nas universidades públicas inconstitucional.
De início, cumpre definir a natureza jurídica do decreto atacado mediante esta ação direta de
inconstitucionalidade. Em síntese, o STF definiu o seguinte: se o ato normativo possuir essência
de lei, de ato normativo primário, a inovar o ordenamento jurídico, é admissível seu controle de
constitucionalidade pelo sistema abstrato. Ou seja, o que importa não é o rótulo, o epíteto do ato
normativo impugnado, e sim sua real natureza, os efeitos jurídicos que a norma atacada traz ao
ordenamento jurídico.
ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 24
25
"Devemos entender como leis e atos normativos (...) passíveis de ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade (pg. 1159):
(...)
8. Também outros atos do Poder Executivo com força normativa, como... [“o] Decreto que
assuma perfil autônomo ou exorbite flagrantemente do âmbito do Poder Regulamentar” (obra
citada, pg. 1162, Ed. Saraiva 2009, 4ª Ed.).
II - Natureza Jurídica da UVA - Personalidade Jurídica de Direito Público, conforme o art. 222 da
Constituição do Estado do Ceará.
Art. 222. As instituições educacionais de nível superior, criadas e mantidas pelo Poder Público
estadual, ADOTARÃO A NATUREZA JURÍDICA DE FUNDAÇÃO DE DIREITO PÚBLICO.
Transcrevo agora o texto do Decreto Estadual n. 27.828/2005, em seu art. 1º: ...
Art. 1˚. A Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, criada pela Lei n˚ 12.077-A
de 1˚ de março de 1993, é uma entidade da administração indireta do Estado do Ceará, sem fins
lucrativos, COM PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, com duração por
tempo indeterminado, sede e foro na Cidade de Sobral, do Estado do Ceará, que reger-se-á pela
legislação pertinente e por este Estatuto.
ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 25
26
Isto significa que fica autorizado à UVA, por meio deste decreto, realizar a cobrança por seus
serviços.
A Constituição Federal, a seu turno, estabelece justamente o contrário, em seu art. 206, in verbis:
Art. 206 - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
E, para tanto, exige-se, consoante doutrina o constitucionalista JOSÉ AFONSO DA SILVA, "que
o Poder Público organize os sistemas de ensino público, para cumprir com o seu dever
constitucional para com a educação, mediante prestações estatais que garantam, no mínimo, os
serviços consignados no art. 208" (in Comentário Contextual à Constituição., 3ª ed., São Paulo,
Ed. Malheiros, 2007, p. 785).
As normas constitucionais que tratam da educação, acrescenta o Professor paulista, "tem, ainda, o
significado jurídico de elevar a educação à categoria de serviço público essencial que ao Poder
Público impende possibilitar a todos" (obra citada, pág. 785).
SÚMULA VINCULANTE N. 12: "A cobrança de taxa de matrícula nas Universidades Públicas
viola o disposto no artigo 206, inciso IV, da Constituição Federal".
Tal súmula teve como precedente o Recurso Extraordinário n. 500171, em que o Ministro Relator,
Ricardo Lewandowski, afirmou que o direito à educação é uma das formas de realização concreta
do ideal democrático, para quem a política pública mais eficiente para alcançar esse ideal é a
promoção do ensino gratuito, da educação básica até a universidade.
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Do precedente que deu origem a súmula, cito os seguintes trechos do voto do Ministro Ricardo
Lewandowski:
"a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais, conforme se lê no caput do art. 206,
IV, configura um princípio. Um princípio que não encontra qualquer limitação, no tocante aos
distintos graus de formação acadêmica.
(...) "O que não se mostra factível, do ponto de vista constitucional, é que as universidades
públicas, integralmente mantidas pelo Estado, criem obstáculos de natureza financeira para o
acesso dos estudantes aos cursos que ministram, ainda que de pequena expressão econômica, a
pretexto de subsidiar alunos carentes, como ocorre no caso dos autos".
Ainda no mesmo RE 500171, extraio partes do voto do Min. CARLOS ALBERTO MENEZES
DIREITO, que complementou as colocações feitas pelo Min. Lewandowski:
"Senhor Presidente, Senhores Ministros, esta questão é recorrente. Quem trabalha na área de
educação sabe perfeitamente bem que de tempos em tempos procura-se impor a possibilidade de
cobrança de taxas nas universidades públicas. E a alegação é sempre aquela da carência de
recursos do Estado para a manutenção de um ensino de qualidade. E, em seguida, a alegação
substantiva de que as vagas nas universidades públicas são preenchidas, em grande parte, por
pessoas que não deixam de ter recursos para freqüentar as universidades particulares. Essa é,
como disse e insisto, uma alegação recorrente. (fl. 1032) (...) Com todo respeito àqueles que
entendem dessa maneira, eu não consigo enxergar de que modo seja possível vencer o comando
constitucional, que é expresso no princípio de que a gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais é uma regra da Constituição brasileira. Não há como esta Suprema
Corte, pelo menos na minha avaliação, (...) admitir exceção a esse princípio. Se se quer fazer a
cobrança de taxas de matrícula nas universidades oficiais, que se mude a Constituição e que se
autorize expressamente a cobrança de taxas nos estabelecimentos oficiais. “O que não me parece
possível é, por via de interpretação, quebrar a estrutura do princípio” (fl. 1033).
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PUBLIC 02-05-2008 EMENT VOL-02317-01 PP-00089) Por tudo isso, a procedência da Ação
Direta de Inconstitucionalidade, conseqüente declaração de nulidade dos arts. 1º, e art. 19, VIII,
ambos do Decreto Estadual n. n. 27.828/05, é medida que se impõe.
DISPOSITIVO.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Os arts. 522, 523, 524, 525, 526, 527, 528 e 529 do Código de Processo Civil, Livro I,
Título X, Capítulo III, passam a vigorar, sob o título "Do Agravo", com a seguinte redação:
"Art. 522 - Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias,
retido nos autos ou por instrumento.
Art. 523 - Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal dele
conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação.
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Art. 526 - O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá juntada, aos autos do
processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua
interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso.
Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)
Art. 2º Os arts. 557 e 558 do Código de Processo Civilpassam a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 558 - O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de prisão civil,
adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea e em
outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo
relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o
pronunciamento definitivo da turma ou câmara.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após a sua publicação.
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DA JURISPRUDÊNCIA.
Desde o final de 2007, o Supremo Tribunal Federal – STF vem editando enunciados para as
chamadas Súmulas Vinculantes, cuja previsão legal é a Emenda Constitucional nº 45/04, que
prevê, em seu art. 103-A, caput, a possibilidade de uma súmula ter eficácia vinculante sobre
decisões futuras. De acordo com a legislação apontada, "o Supremo Tribunal Federal poderá,
de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após
reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei".
O objetivo é tentar assegurar o princípio da igualdade, evitando que uma mesma norma seja
interpretada de formas distintas para situações fáticas idênticas, criando distorções inaceitáveis,
bem como "desafogar" o STF do atoleiro de processos em que se encontra, gerado pela
repetição exaustiva de casos cujo desfecho decisório já é de notório conhecimento. Claro que
existem argumentações que vão contra a criação e aplicação de Súmulas Vinculantes (que são
de competência exclusiva do STF), porém, há que se esclarecer que elas visam a nortear os
julgamentos de casos semelhantes, reduzindo o volume de processos no Judiciário. Trata-se,
como dito, de uma tentativa de "desafogar" a Suprema Corte, observando-se que para aprová-
las, revê-las ou cancelá-las, dois requisitos estampados na EC nº 45/04 devem ser
cuidadosamente observados: (1) quórum mínimo de dois terços dos membros do tribunal; (2)
somente matéria constitucional, depois de reiteradas decisões, poderá ser objeto da súmula
vinculante, ficando afastadas questões de outra natureza.
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RE 511222
RE 542646
RE 562779
Súmula Vinculante 12
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=12.NUME.%20E
%20S.FLSV.&base=baseSumulasVinculantes - http://www.youtube.com/stf
Data de Aprovação
Sessão Plenária de 13/08/2008
Fonte de Publicação
DJe nº 157/2008, p. 1, em 22/8/2008.
DOU de 22/8/2008, p. 1.
Referência Legislativa
Constituição Federal de 1988, art. 206, IV.
Precedentes
RE 500171
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
RE 542422
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
RE 536744
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
RE 536754
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
RE 526512
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
RE 543163
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
RE 510378
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
RE 542594
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
RE 510735
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
RE 511222
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
RE 542646
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008
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RE 562779
Publicação: DJe nº 38/2009, em 27/02/2009
RELEVÂNCIA DA SÚMULA:
(...) “Reconhecida a Repercussão Geral, todos os recursos sobre o mesmo tema são
sobrestados, ou seja, não podem subir ao Supremo e ficam nos tribunais de origem
aguardando a decisão da corte. A decisão do STF no julgamento do recurso vale para
todas as instâncias, mas juízes e desembargadores podem apresentar entendimento
diverso. A garantia é a de que esses casos não mais poderão chegar à pauta do
Supremo...”.
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O presente recurso de agravo não deve ser recebido nem tão pouco conhecido, pelo fato
de o mesmo ser contra decisões jurisprudenciais da corte.
O presente recurso de agravo não deve ser conhecido e ao agravado deve-lhe ser
assegurado o direito de estudar em uma universidade pública, pois não existem
dúvidas que o impetrante é aluno da Universidade e não do IDJ.
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1968 - Por iniciativa do Cônego Francisco Sadoc de Araújo e, através da Lei Municipal Nº
214 de 23/10/1968, sancionada pelo Prefeito de Sobral, Jerônimo de Medeiros Prado, é
criada a Universidade Vale do Acaraú.
1984 - O Poder Executivo Estadual através da Lei Nº 10.933 de 10/10/1984 cria sob a
forma de Autarquia, a Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, vinculada a
Secretaria de Educação, dotada de personalidade jurídica de direito público e autonomia
administrativa, financeira, patrimonial, didática e disciplinar, com sede no Município de
Sobral e jurisdição em todo o Estado do Ceará. Com a criação da Autarquia são
encampadas as Faculdades de Ciências Contábeis, Enfermagem e Obstetrícia, Educação e
de Tecnologia, que compunham a antiga Fundação Universidade Vale do Acaraú, e a
Faculdade de Filosofia Dom José, pertencente à Diocese de Sobral.
1994 - A UVA é reconhecida pelo Conselho de Educação do Ceará através do Parecer nº.
318/94 de 08/03/1994, homologado pelo Governador Ciro Ferreira Gomes e sancionado
pela Portaria Ministerial nº. 821 de 31/05/1994 do Ministério da Educação e do Desporto,
publicada no Diário Oficial da União de 01/06/1994.
As fls ___/____a Universidade Estadual Vale do Acaraú alega que é uma fundação
estatal, com personalidade jurídica de direito privado.
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direito público.
http://www.camara.gov.br/internet/interacao/constituicoes/constituicao_ceara.pdf
As fls ___/_____a Universidade Estadual Vale do Acaraú alega que é POLO PASSIVO
no Mandado de Segurança impetrado pelo agravado no Juizo da Segunda Vara da
Comarca de Sobral.
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38
responsável).
PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
GABINETE DO GOVERNADOR
SPU-SEAD-GABGOV N.O.
09475142 0 – SECITECE-REITORIA UVA.
06246977.0 – SEAD-GABGOV;
05.392.930.6 – SEAD-GABGOV;
05.120088.0 – SEAD-GABGOV;
05.120087.2 – SEAD-GABGOV;
05.371.698.1- SEAD-GABGOV;
05.120086.4 – SEAD-GABGOV;
05.120089.9 – SEAD-GABGOV;
05.231.820.6 – SEAD-GABGOV;
05.393.169.6- SEAD-GABGOV;
05.231.947.4 – SEAD-GABGOV;
05.393.215.3- SEAD-GABGOV;
06.07.2738.1. SECITECE - SEAD – CE;
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39
05.393.212.9 – SEAD-GABGOV;
06.07.2740.3..........SECITECE – SEAD;
05.393.214.5 – SEAD-GABGOV;
0607.2739.0 - SECITECE - SEAD – CE;
05.393.213.7 – SEAD-GABGOV;
06.07.2737.3 – SECITECE...
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
CONSULTORIA JURÍDICA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE ESTUDOS, PARECERES E
PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
PARECER Nº 194/2009-CGEPD
INTERESSADO: UVA – UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
REFERÊNCIA: PROCESSOS NºS 23000.000044/2008-09
23001.000074/2007-16
23000.011967/2007-05
23000.012122/2007-29
ASSUNTO: REPRESENTAÇÃO FORMULADA PELA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS
MANTENEDORAS DE FACULDADES ISOLADAS E INTEGRADAS–ABRAFI,
DENUNCIANDO A ATUAÇÃO IRREGULAR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE
DO ACARAÚ-UVA, INSTITUIÇÃO PÚBLICA DO SISTEMA ESTADUAL DO CEARÁ,
RECONHECIDA COMO UNIVERSIDADE PELA PORTARIA MEC Nº 821, DE 31 DE
MAIO DE 1994, PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO.
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http://dceuniversidadeuva.no.comunidades.net/index.php?pagina=1334562108
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9.756, de 17.12.1998).
Ressalte-se Senhor Desembargador que além das ponderações elencadas nas razões
acima, o TRIBUNAL DE JUSTIÇA PLENO decidiu não conhecer dos Embargos
de Declaração propostos pelo Governo do Ceará. Mantendo, pois, a decisão de
DECLARAR INCONSTITUCIONALIDADE DO DECRETO ESTADUAL que
autorizava a UVA cobrar e por este fundamento decidiu o magistrado de
PRIMEIRO GRAU. A CAMARA CÍVEL DEVE MANTER A DECISÃO DO
JUIZ DE PRIMEIRO GRAU, pois se aplica as universidades públicas estaduais a
SÚMULA VINCULANTE 12. É esse o entendimento do SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL e o entendimento do COLEGIADO PLENO que Vossa
Excelência faz parte.
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42
aluno (a) não “... Pode fazer porque está devendo mensalidades a universidade pública
UVA através de instituto(s) (i) legal”. O (a) aluno (a) está na universidade estudando... Como
dizem na universidade... “sem pagar e na marra”. Sempre, e principalmente hoje, preenchem os requisitos
indicados no edital do concurso vestibular de origem, posto que o mérito da questão resida, aí sim, no fato
Concessão vênia, doutos desembargadores julgadores, a vedação da rematrícula do (a) impetrante no seu
curso para o qual foram aprovadas não merece prosperar porquanto eivado de ilegalidade, porque põe à
deriva direito líquido e certo albergado na magna carta em vigor. Da ofensa aos preceitos constitucionais
- conforme já asseverado fartamente alhures, a conduta da autoridade coatora viola a dignidade da pessoa
humana que é princípio fundamental da nação. Somado a isso, a carta constitucional, em seu artigo 6.º se
reconhece que a educação é um direito social assegurados a todos os cidadãos e que incumbem ao estado,
conforme se vê do art. 205 do pergaminho constitucional, in verbis: “a educação, direito de todos e dever
do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Destarte, se assim é, não pode a impetrada, universidade UVA, como concessionária de serviço público,
impedir que o (a) impetrante, faça as sua(s) re-matrícula(s) no seu curso de origem, para o qual foi
aprovada, sob o argumento de que estes estão devendo ao instituto que foram autorizados de forma ilegal
a subdelegar a responsabilidade pública da UVA. Desse modo, portanto, cerceando o direito do (a)
impetrante, está violando um dos direitos integrantes da cidadania. Portanto, por tudo já exposto é
plenamente possível a viabilidade jurídica da efetivação das rematrículas em tela,
vedando-se, conseqüentemente, qualquer tipo de sanção didático-pedagógica,
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restrição com os olhos do constituinte, não do legislador. Somado a isso, o supremo tribunal federal
proclamou que a educação é o direito social constitucionalmente assegurado quando
proclamou a legitimidade do ministério público para questionar em juízo os abusos na
cobrança de mensalidades escolares. Destarte, a educação é bem constitucionalmente protegida
com o dever do estado e obrigação de todos (cf, art. 205), por isso que a retribuição pecuniária envolve
"segmento de extrema delicadeza e de conteúdo social tal que, acima de tudo, recomenda-se o abrigo
estatal", conforme recurso extraordinário - 163231 rel. Min. Maurício Corrêa, plenário, DJ-29/6/2001.
Concessão vênia, a atitude da autoridade coatora, conforme narrado supra, viola princípios de índole
constitucional, o que, por si só, é capaz de gerar a nulidade da presente proibição de efetivação de
rematrícula. Pontifica CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO: “violar um princípio é muito mais
grave que transgredir uma norma. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico
mandamento obrigatório, mas a todo sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou de
inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra
todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e
corrosão de sua estrutura mestra. Isto porque, com ofendê-lo, abatem-se as vigas que o sustém e alui-se
toda a estrutura neles esforçadas"- (in breves anotações à CF/88, organização CEPAM, ed. Atlas, 1990,
pág. 20). Ressalte-se ainda neste contexto, imprescindível e conclusiva é a análise de JOSÉ SOUTO
MAIOR BORGES, pois para ele no tocante aos princípios fundamentais, a CF é rigidíssima. Não podem,
a teor do art. 60, § 4º, ser abolidos senão por via revolucionária e, pois, extra constitucional.
Esse,dispositivo expressamente prescreve: não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente
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no mundo dos fatos". (in princípios constitucionais brasileiros, pág. 184). Logo, indubitavelmente, os
princípios, ora ventilados, são auto-executáveis, de eficácia plena, imediata, pois não têm seu alcance
reduzido, por nenhuma lei infraconstitucional (e, portanto, não é de eficácia contida), bem como não é de
eficácia limitada, pois não depende de lei ordinária integrativa para sua eficácia. Desta forma, a proibição
dos acadêmicos darem continuidade aos estudos, em virtude de tão-somente não preencherem os
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DECISÃO EM ANEXO I.
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DECISÃO EM ANEXO I .
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