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ASSESSORIA JURÍDICA

DIRETÓRIO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL


VALE DO ACARAÚ NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA

Instituído nos termos da Lei Federal n.o 7.395, de 31 de outubro de 1985. Dispõe sobre os órgãos de representação dos estudantes
de nível superior. http://wwwdiretoriodceuvarmf.blogspot.com/ - http://wwwdceuvarmf5g.blogspot.com/

http://dceuniversidadeuva.no.comunidades.net/index.php?pagina=1334796663

http://dceuniversidadeuva.no.comunidades.net/

http://www.scribd.com/doc/26490560/ACAO-CAUTELAR-Neila-Cabral-Cautelar-1

Rua Floriano Peixoto, 735, Sala 206 – Edifício ACI - Telefones: 085.3231.0380 – 8777.3861-

TELEFAX 85. 32458928

FORTALEZA-CEARÁ

EXCELENTÍSSIMO SENHORA DESEMBARGADORA RELATORA DA 4ª CÂMARA


CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ.

Relator: Sr (a) Desa. MARIA IRACEMA DO VALE HOLANDA.


Processo: 23448-48.2009.8.06.0000/0
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Numero Sproc: 2009.0028.5588-1/0

ALCEU SOARES DE SOUZA SANTOS, estudante universitário (a) do curso de


Licenciatura Plena em História da Universidade Estadual Vale do Acaraú – “tendo
ingressado através de concurso público vestibular”, por intermédio de seu(s)
procurador (es) judicial, ADVOGADO(S), adiante subscritos, com endereço para
todos os atos judiciais no escritório sede da ASSESSORIA JURÍDICA da
Associação Universitária DCEUVARMF, no endereço epigrafado, já qualificado
(a) nos autos do AGRAVO DE INSTRUMENTO(Processo n.o. 23448-
48.2009.8.06.0000/0 - Numero Sproc: 2009.0028.5588-1/0), também já qualificado
(a) perante a 2.a. Vara Cível da Comarca de Sobral/Ceará, vem oferecer CONTRA
RAZÕES ao recurso de agravo de instrumento:

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 1
2

Numero do Processo: 2706-83.2009.8.06.0167/0


MANDADO DE SEGURANÇA - Numero Sproc:
2009.0014.2574-3/0 - Impetrante: Alceu Soares de Souza
Santos. Rep. Jurídico: 3205 - CE GILBERTO
MARCELINO MIRANDA. Impetrado: REITOR
ANTONIO COLAÇO MARTINS. Órgão Julgador: 2ª
VARA DA COMARCA DE SOBRAL.

Isto posta requer-se digne Vossa Excelência em determinar a juntada aos sobreditos
autos dessas contra razões, para que este Egrégio Tribunal possa delas conhecer
na ocasião do julgamento de recurso e dar provimento mantendo a decisão do
julgador de primeiro grau.

Nestes termos, Pede deferimento.

Fortaleza, 3 de março de 2010.

-------------------------------------------------------------------------

Gilberto Marcelino Miranda

Bel. em Direito - Advogado

OAB 3.205/CE.

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 2
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ASSESSORIA JURÍDICA

DIRETÓRIO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL


VALE DO ACARAÚ NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA

Instituído nos termos da Lei Federal n.o 7.395, de 31 de outubro de 1985. Dispõe sobre os órgãos de representação dos estudantes
de nível superior. http://wwwdiretoriodceuvarmf.blogspot.com/ - http://wwwdceuvarmf5g.blogspot.com/

http://dceuniversidadeuva.no.comunidades.net/index.php?pagina=1334796663

http://dceuniversidadeuva.no.comunidades.net/

Rua Floriano Peixoto, 735, Sala 206 – Edifício ACI - Telefones: 085.3231.0380 – 8777.3861-

TELEFAX 85. 32458928

FORTALEZA-CEARÁ

EXCELENTÍSSIMO SENHORA DESEMBARGADORA RELATORA DA 4ª CÂMARA


CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ.

Relator: Sr (a) Desa. MARIA IRACEMA DO VALE HOLANDA.


Processo: 23448-48.2009.8.06.0000/0 - AGRAVO DE INSTRUMENTO
Numero Sproc: 2009.0028.5588-1/0.

CONTRA RAZÕES NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Senhor Desembargador Relator dos Autos e Senhores Desembargadores da Egrégia


Câmara Cível.

A Agravante, Universidade Estadual Vale do Acaraú, inconformada com a decisão de


fls. _____/______, dos autos de ação MANDAMENTAL: Processo Originário
da 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL, que deferiu o pedido do Agravado,
interpôs Agravo de Instrumento, postulando a reforma da referida decisão.

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 3
4

Entretanto, a r. decisão recorrida deve ser mantida, pois está totalmente dentro dos
parâmetros legais, conforme ficará devidamente comprovado, pelos fatos a seguir
exposto e juridicamente relevantes.

I – DOS FATOS.

O(a) Agravado(a) ingressou com ação de MANDADO DE SEGURANÇA perante o


Juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Sobral, requerendo antecipação dos efeitos
da tutela consistente no:

Processo: MANDADO DE SEGURANÇA. 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL. DOS


REQUERIMENTOS FINAIS. A(o) impetrante(s) através de seu(s) procurador(res) requer(em) à
Vossa Excelência...

1. ... uma decisão liminar , inaudita altera pars, ordenando que a UNIVERSIDADE ESTADUAL
VALE DO ACARAÚ, e ou a quem sua vezes fizer(INSTITUTO DOM JOSÉ, pessoa jurídica de direito
privado, que alega ser o representante administrativo da UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO
ACARAÚ, em Fortaleza, situado à Av. Deputado Oswaldo Studart, nº 487 - CEP: 60.411-260 –
Fortaleza/CE) que, e na pessoa do REITOR DA UVA, determine imediatamente a inclusão do
impetrante, na relação ativa dos rematriculados, com inclusão de seus nomes nos diários de classe,
liberação de históricos escolares atualizados, e expedição de declaração de matrículas, bem como e
inclusão de imediato, na participação das atividades acadêmicas e pedagógicas de seus respectivos
cursos até o julgamento do presente MANDADO DE SEGURANÇA, sem pagar encargos TAXAS OU
MENSALIDADES NA UNIVERSIDADE PÚBLICA UVA.

2. Após concessão da medida liminar, requer de Vossa. Excelência que se digne mandar notificar a
Autoridade Impetrada,a pessoa do REITOR DA UVA.

3. Requer-se ainda a NOTIFICAÇÃO do INSTITUTO DOM JOSÉ, pessoa jurídica de direito


privado, que alega ser o representante administrativo da UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO
ACARAÚ, em Fortaleza, situado à Av. Deputado Oswaldo Studart, nº 487 - CEP: 60.411-260 –
Fortaleza (CE) como LITISCONSORTIANTES NECESSÁRIOS, para que, no decênio legal, preste as
informações que tiver se assim lhe convier.

4. Após concessão da medida liminar, requer de Vossa. Excelência que seja fixada uma multa de R$
10.000,00(dez mil reais) dia, para cada evento de descumprimento da LIMINAR, ou seja, para cada
dia em que deixar de atender a liminar que favoreça a impetrante, e que se estenda a obrigação à
Universidade Estadual Vale do Acaraú e ao seu parceiro.

5. Prestadas às informações ou transcorrido, in albis, o prazo para prestá-las, sejam os autos


remetidos ao MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL para oferecimento de parecer, após o que seja
julgado procedente o presente writ of mandamus CONCEDENDO-SE AOS IMPETRANTES A
SEGURANÇA DEFINITIVA, reconhecendo seus direitos subjetivos de estudarem e serem

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 4
5

rematriculados em todos os semestres de seu respectivos cursos universitários, e concluído o


CURRÍCULO ACADÊMICO de seus respectivos cursos universitários, lhe sejam outorgados os graus
correspondentes com a respectiva outorga do diploma equivalente. sem pagar encargos TAXAS OU
MENSALIDADES NA UNIVERSIDADE PÚBLICA UVA, com base ainda na decisão da Súmula
Vinculante 12.

6. Requer-se que seja decretada, incidentalmente, a Inconstitucionalidade da cobrança de


mensalidades por parte da Universidade Estadual Vale do Acaraú, por contraria princípios
normativos vigentes na República Federativa do Brasil.

7. Requer-se que seja decretada, incidentalmente, a NÃO APLICABILIDADE DA lEI fEDERAL


N.O. 9870/1999, considerando que aquela norma legal só se aplica ÁS INSTITUIÇÕES
EDUCACIONAIS PRIVADAS, autorizadas nos termos dos princípios normativos vigentes na
República Federativa do Brasil.

O Douto magistrado do Processo Originário, MANDADO DE SEGURANÇA. 2ª


VARA DA COMARCA DE SOBRAL deferiu à liminar nos termos em que se
encontra nos autos do AGRAVO ás fls. ___/____.

A Agravante em sua peça vestibular que inicia o Agravo de Instrumento alega...


“porque o Magistrado singular concedeu a medida liminar. Sem
que o Impetrante demonstrasse militar em seu prol(...) liquidez e
certeza de direito...” Deixa claros seus comentários em torno da
inconsistência da aplicabilidade da SÚMULA VINCULANTE 12, nos casos em
questão.

PORÉM EM SUA PEÇA, ataca a DECISÃO quando esta se refere a SÚMULA


VINCULANTE 12 (...) e não ataca a DECISÃO quando esta se refere:

Nem fez menção a decisão judicial do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO


CEARÁ que decidiu pela Inconstitucionalidade do Decreto Estadual que abria

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 5
6

precedentes para a imoralidade reinante no cerne do comando superior da egrégia


Universidade Estadual Vale do Acaraú.

2008.0016.0515-8/0 - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE


Inteiro Teor Data Protocolo: 19/05/2008 - Data Distribuição: 19/05/2008. Órgão
Julgador: TRIBUNAL PLENO - Relator: Desa. MARIA IRACEMA DO VALE
HOLANDA - Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA).
COBRANÇA DE TAXA DE MATRÍCULA. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO
À CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA VINCULANTE
Nº 12 DO STF. 1. No caso, ADI contra ato normativo estadual que determinou que
a Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) teria personalidade
jurídica de direito privado, além de estar autorizada a cobrar receitas, taxas e
emolumentos, como forma de custeio aos seus cursos de extensão e graduação. 2. É
admissível controle concentrado de constitucionalidade de decretos que, possuindo
efeitos genéricos, impessoais e abstratos, possuam natureza jurídica de verdadeira
lei, caracterizando-se como decreto autônomo. Precedentes do STF. 3. A natureza
jurídica da UVA é de Pessoa Jurídica de Direito Público, conforme o art. 222 da
Constituição do Estado do Ceará. 4. É inconstitucional a cobrança de quaisquer
emolumentos, taxas ou outras espécies de encargos pelas universidades públicas
oficiais, mantidas pela Administração Pública Estadual. Nesse sentido,
recentemente o STF enunciou a Súmula Vinculante n. 12: "A cobrança de taxa de
matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da
Constituição Federal". 5. Em hipótese símile, estabeleceu o STF que "(...) atribuir a
uma entidade de direito privado, de maneira ampla, sem restrições ou limitações, a
gestão dos recursos financeiros do Estado destinados ao desenvolvimento da
educação, possibilitando ainda que a entidade exerça a gerência das verbas
públicas, externas ao seu patrimônio, legitimando-a a tomar decisões autônomas
sobre sua aplicação, a norma incide em inconstitucionalidade. De fato, somente é
possível ao Estado o desempenho eficaz de seu papel no que toca à educação se
estiver apto a determinar a forma de alocação dos recursos orçamentários de que
dispõe para tal atividade. Esta competência é exclusiva do Estado, não podendo ser
delegada a entidades de direito privado". (STF - ADI 1864, Relator p/ Acórdão:
Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, Dje publicado em 02-05-2008). -
Ação Direta julgada procedente. Decreto Estadual declarado inconstitucional,
conforme o pedido da inicial. - Precedentes do STF. Aplicação da Súmula
Vinculante n. 12. - Unânime.

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É oportuno frisar que o Estado do Ceará na Ação acima citada foi revel. Vejamos:

Por sinal participaram quando do julgamento da ADIN, Vossa Excelência Relator deste
AI, o Desembargador Raul Araújo Filho, e outros e foram votos favoráveis ao
julgamento da ADIN, pela inconstitucionalidade. Ver Certidão.

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Assim votaram os Desembargadores, expurgando o decreto do ordenamento jurídico,


via ADIN.

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9

O Governador do Ceará foi pessoalmente intimado e não se manifestou:

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10

O Procurador Geral do Estado do Ceará foi pessoalmente intimado e não se manifestou.

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Por fim o TRIBUNAL DE JUSTIÇA do Ceará decidiu:

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12

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 12
13

A Universidade Estadual Vale do Acaraú, estar se comportando como uma


LITIGANTE DE MÁ FÉ.

A UVA ingressou com o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO (Processo: 23448-


48.2009.8.06.0000/0 - Numero Sproc: 2009.0028.5588-1/0, CONFORME SE VÊ
NO ESPELHO A SEGUIR) em: 16/09/2009 17:31.

ESTADO DO CEARÁ
PODER JUDICIÁRIO

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Dados Gerais
Numero do Processo: 23448-48.2009.8.06.0000/0 AGRAVO DE INSTRUMENTO
Numero Sproc: 2009.0028.5588-1/0
Competência: CAMARAS CIVEIS ISOLADAS Natureza: CÍVEL
Classe: DIVERSOS CIVEL Nº Antigo:
Nº de Volumes: 1 Data do Protocolo: 16/09/2009 17:31
Nº de Anexos: 0 Valor da Causa (R$): .00
Local de Origem: 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL
Nº Processo Relacionado:
( COMARCA DE SOBRAL )
Número de Origem:
Ação de Origem: MANDADO DE SEGURANÇA
Justiça Gratuita: NÃO
Documento de Origem: PETIÇÃO INICIAL
Localização: SERVIÇO DE RECURSOS (4ª CÂMARA CÍVEL) Remetido em: 12/01/2010 09:49 e Recebido
em: 14/01/2010 09:54

Partes
Nome
Agravante : UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
Rep. Jurídico : 4040 - CE JOSE CANDIDO LUSTOSA BITTENCOURT DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 6736 - CE EMMANUEL PINTO CARNEIRO
Rep. Jurídico : 10500 - CE REBECCA AYRES DE MOURA CHAVES DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 12897 - CE PAULO DE TARSO VIEIRA RAMOS
Rep. Jurídico : 16077 - CE RAPHAEL AYRES DE MOURA CHAVES
Rep. Jurídico : 18376 - CE ANTONIA CAMILY GOMES CRUZ
Rep. Jurídico : 18383 - CE SÉRGIO BRUNO ARAÚJO REBOUÇAS
Rep. Jurídico : 18701 - CE FRANCISCO MIRANDA PINHEIRO NETO
Rep. Jurídico : 19409 - CE DANIEL MAIA
Agravado : ALCEU SOARES DE SOUZA SANTOS
Rep. Jurídico : 3205 - CE GILBERTO MARCELINO MIRANDA

Distribuições
Data da distribuição: 17/09/2009 14:27
Órgão Julgador: 4ª CÂMARA CÍVEL
Relator: Exmo(a) Sr(a) Desa. MARIA IRACEMA DO VALE HOLANDA

Petições de Acompanhamento
Custas
Data Protocolo Volumes Observação
Pagas

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14

12/02/2010 OF. 56/2010 JUIZ DE DIREITO DA 2a VARA DE SOBRAL RK


NÃO 0
15:50 587888245 BR ( CORREIOS )
09/02/2010
NÃO 0 OF56/2010 JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL
14:37
21/01/2010
NÃO 0 FUNDAÇAO UNIVERCIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
15:11
28/09/2009
NÃO 0 FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE EST. VALE DO ACARAU
17:32

Movimentações

Data Fase Observação Inteiro


Teor
24/02/2010 09:16 DESPACHO PUBLICADO NO - DATA DA PUBLICAÇÃO: 23/02/2010
DIÁRIO DA JUSTIÇA
12/02/2010 15:50 ENTRADA DE PETIÇÃO DE Objeto da Petição: EM RESPOSTA AO
ACOMPANHAMENTO OF. 0059/10 - Observação: OF.
56/2010 JUIZ DE DIREITO DA 2a VARA
DE SOBRAL RK 587888245 BR
( CORREIOS )
09/02/2010 14:37 ENTRADA DE PETIÇÃO DE Objeto da Petição: PRESENTA
ACOMPANHAMENTO INFORMAÇAO (VIA FAX) - Observação:
OF56/2010 JUIZ DE DIREITO DA 2ª
VARA DA COMARCA DE SOBRAL
21/01/2010 15:11 ENTRADA DE PETIÇÃO DE Objeto da Petição: REQUER JUNTADA
ACOMPANHAMENTO DE DOCUMENTO - Observação:
FUNDAÇAO UNIVERCIDADE ESTADUAL
VALE DO ACARAU
07/01/2010 16:54 EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTO - TIPO DE DOCUMENTO: OFÍCIO
OF 0059/10 ao JUIZ DE DIREITO DA 2ª
VARA DA COMARCA DE SOBRAL
15/12/2009 16:26 REMESSA DOS AUTOS - DESTINO: Serviço de Atos
Processuais
25/11/2009 15:51 JUNTADA DE DOCUMENTO - TIPO DE DOCUMENTO: DESPACHO
Assim visando impulsionaro feito,
requisinten-se informações ao Juízo a
quo (CPC, Art. 527, IV), além da
intimação do agravado( CPC, Art. 527,
V)
09/10/2009 16:56 CONCLUSO AO RELATOR - TIPO DE CONCLUSÃO:
DESPACHO/DECISÃO
09/10/2009 16:51 JUNTADA DE PETIÇÃO DE - TIPO DE PETIÇÃO DE
ACOMPANHAMENTO ACOMPANHAMENTO: OUTRO TIPO
- ASSUNTO: REITERAR DISTRIBUIÇÃO
POR DEPENDENCIA - Observação:
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE EST. VALE
DO ACARAU
28/09/2009 17:32 ENTRADA DE PETIÇÃO DE Objeto da Petição: REITERAR
ACOMPANHAMENTO DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDENCIA -
Observação: FUNDAÇÃO
UNIVERSIDADE EST. VALE DO ACARAU
21/09/2009 15:02 CONCLUSO AO RELATOR - TIPO DE CONCLUSÃO:
DESPACHO/DECISÃO
17/09/2009 14:27 DISTRIBUIÇÃO POR SORTEIO DISTRIBUIÇÃO POR SORTEIO Motivo :
EQÜIDADE. -
17/09/2009 13:51 AUTUAÇÃO - DOCUMENTO ATUAL: PETIÇÃO
INICIAL
17/09/2009 13:50 PROCESSO APTO A SER
DISTRIBUÍDO
17/09/2009 13:50 EM CLASSIFICAÇÃO

16/09/200 PROTOCOLIZAD
9 17:31 A PETIÇÃO

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 14
15

Pediu o deferimento da LIMINAR para suspender a decisão do Magistrado da


SEGUNDA VARA DA COMARCA DE SOBRAL-CEARÁ.

O Desembargador no primeiro momento não deferiu à liminar.

Posteriormente, não tendo logrado êxito em derrubar a LIMINAR neste AI, a


UVA entra com um segundo pedido de AGRAVO DE INSTRUMENTO na
MODALIDADE SUSPENSÃO DE LIMINAR junto ao Presidente do Tribunal, em
18/01/2010 às 09h27min - PROTOCOLIZADA PETIÇÃO..

ESTADO DO CEARÁ
PODER JUDICIÁRIO

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Dados Gerais
Numero do Processo: 1424-89.2010.8.06.0000/0 SUSPENSÃO DE LIMINAR OU ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Competência: PRESIDENCIA TJ-CE Natureza: CÍVEL
Classe: ENCAMINHAMENTO Nº Antigo:
Nº de Volumes: 1 Data do Protocolo: 18/01/2010 09:27
Nº de Anexos: 0 Valor da Causa (R$): .00
Local de Origem: 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL
Nº Processo Relacionado:
( COMARCA DE SOBRAL )
Número de Origem: 2009.00142574-3
Ação de Origem: MANDADO DE SEGURANÇA
Justiça Gratuita: NÃO
Documento de Origem: PETIÇÃO INICIAL
Localização: CONSULTORIA JURÍDICA Remetido em: 01/02/2010 11:30 e Recebido em: 02/02/2010 17:06

Partes
Nome
Requerente : UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
Rep. Jurídico : 4040 - CE JOSE CANDIDO LUSTOSA BITTENCOURT DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 10500 - CE REBECCA AYRES DE MOURA CHAVES DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 12897 - CE PAULO DE TARSO VIEIRA RAMOS
Rep. Jurídico : 16077 - CE RAPHAEL AYRES DE MOURA CHAVES
Rep. Jurídico : 18376 - CE ANTONIA CAMILY GOMES CRUZ
Rep. Jurídico : 18383 - CE SÉRGIO BRUNO ARAÚJO REBOUÇAS
Rep. Jurídico : 18701 - CE FRANCISCO MIRANDA PINHEIRO NETO
Rep. Jurídico : 19409 - CE DANIEL MAIA
ESTAGIÁRIO - SARAH MARINHO
Requerido : PATRICIA NARA DE ANDRADE (2009.0014.2578-6)
Requerido : ANA PAULA SILVA LOPES (2009.0014.2575-1)

Requerido : ALCEU SOARES DE SOUZA SANTOS

Distribuições
Data da distribuição: 18/01/2010 14:43
Órgão Julgador: GABINETE DA PRESIDÊNCIA
Relator: Exmo(a) Sr(a) Des. ERNANI BARREIRA PORTO

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 15
16

Petições de Acompanhamento
Custas
Data Protocolo Volumes Observação
Pagas
19/01/2010
NÃO 0 UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
17:03

Movimentações

Data Fase Observação Inteiro


Teor
01/02/2010 CONCLUSO AO RELATOR - TIPO DE CONCLUSÃO: DESPACHO/DECISÃO
11:19
26/01/2010 JUNTADA DE PETIÇÃO DE - TIPO DE PETIÇÃO DE ACOMPANHAMENTO:
15:23 ACOMPANHAMENTO OUTRO TIPO
- ASSUNTO: REQUER JUNTADA DE
DOCUMENTO
26/01/2010 JUNTADA DE DOCUMENTO - TIPO DE DOCUMENTO: DESPACHO
14:18 R. HOJE. NOS AUTOS RESPECTIVOS. À
CONCLUSÃO
26/01/2010 RECEBIDOS OS AUTOS - DE QUEM: CONSULTORIA JURIDICA
14:17 - PROVENIENTE DE : OUTRAS ENTREGAS
19/01/2010 ENTRADA DE PETIÇÃO DE Objeto da Petição: REQ. JUNTADA DE
17:03 ACOMPANHAMENTO DOCUMENTO - Observação: UNIVERSIDADE
ESTADUAL VALE DO ACARAU
19/01/2010 CONCLUSO AO PRESIDENTE - TIPO DE CONCLUSÃO: DESPACHO/DECISÃO
15:56
18/01/2010 DISTRIBUIÇÃO POR
14:43 ENCAMINHAMENTO
18/01/2010 AUTUAÇÃO - DOCUMENTO ATUAL: PETIÇÃO INICIAL
14:26
18/01/2010 PROCESSO APTO A SER
14:25 DISTRIBUÍDO
18/01/2010 EM CLASSIFICAÇÃO
14:25
18/01/2010 PROTOCOLIZADA PETIÇÃO
09:27

Nesse mesmo sentido a UVA propôs:

Requerido: ALCEU SOARES DE SOUZA SANTOS (2009.0014.2574-3)

Numero do Processo: 2706-83.2009.8.06.0167/0 MANDADO DE SEGURANÇA


Numero Sproc: 2009.0014.2574-3/0
Data da distribuição: 19/05/2009 10:36
Órgão Julgador: 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL
Relator: 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL

Numero do Processo: 23448-48.2009.8.06.0000/0 AGRAVO DE INSTRUMENTO


Numero Sproc: 2009.0028.5588-1/0
Data da distribuição: 17/09/2009 14:27
Órgão Julgador: 4ª CÂMARA CÍVEL
Relator: Exmo(a) Sr(a) Desa. MARIA IRACEMA DO VALE HOLANDA

Numero do Processo: 1424-89.2010.8.06.0000/0 SUSPENSÃO DE LIMINAR OU ANTECIPAÇÃO DE


TUTELA
Competência: PRESIDENCIA TJ-CE

Data da distribuição: 18/01/2010 14:43


Órgão Julgador: GABINETE DA PRESIDÊNCIA
Relator: Exmo(a) Sr(a) Des. ERNANI BARREIRA PORTO

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 16
17

ESTADO DO CEARÁ
PODER JUDICIÁRIO
Consulta Processual
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andamento deste processo via e-mail
Dados Gerais
Numero do Processo: 31137-46.2009.8.06.0000/0 SUSPENSÃO DE LIMINAR OU ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA
Competência: PRESIDENCIA TJ-CE Natureza: CÍVEL
Classe: ENCAMINHAMENTO Nº Antigo:
Nº de Volumes: 1 Data do Protocolo: 04/12/2009 10:05
Nº de Anexos: 0 Valor da Causa (R$): .00
Local de Origem: 2ª VARA DA COMARCA DE SOBRAL
Nº Processo Relacionado:
( COMARCA DE SOBRAL )
Número de Origem: 2008.00142558-1
Ação de Origem: MANDADO DE SEGURANÇA
Justiça Gratuita: NÃO
Documento de Origem: PETIÇÃO INICIAL
Localização: CONSULTORIA JURÍDICA Remetido em: 01/02/2010 11:30 e Recebido em: 02/02/2010 17:06

Partes
Nome
Requerente : UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
Rep. Jurídico : 4040 - CE JOSE CANDIDO LUSTOSA BITTENCOURT DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 10500 - CE REBECCA AYRES DE MOURA CHAVES DE ALBUQUERQUE
Rep. Jurídico : 12897 - CE PAULO DE TARSO VIEIRA RAMOS
Rep. Jurídico : 16077 - CE RAPHAEL AYRES DE MOURA CHAVES
Rep. Jurídico : 18376 - CE ANTONIA CAMILY GOMES CRUZ
Rep. Jurídico : 18383 - CE SÉRGIO BRUNO ARAÚJO REBOUÇAS
Rep. Jurídico : 18701 - CE FRANCISCO MIRANDA PINHEIRO NETO
Rep. Jurídico : 19409 - CE DANIEL MAIA
Requerido : THIAGO CAMPOS BESSA
Requerido : FRANCISCA VIVIANE CAMPOS TELES (2009.0014.2560-3)
Requerido : THIAGO MARQUES DOS SANTOS (2009.0014.2559-0)
Requerido : JOSE DIOGO JUNIOR (2009.0014.2565-4)
Requerido : FRANCISCA ALMIRA DE CASTRO FERREIRA (2009.0014.2566-2)
Requerido : GRAÇA XIMENES CARVALHO CAFE (2009.0014.2564-6)
Requerido : MARCIO LOBO LEITE BARBOSA (2009.0014.2563-8)
Requerido : EPIFANIO DE QUEIROZ LOURO NETO (2009.0014.2562-0)
Requerido : MARCIA REJANE LIMA SOUSA (2009.0014.2555-7)
Requerido : JUSCILENE SILVA DE OLIVEIRA (2009.0014.2554-9)
Requerido : GLAUCIANA CANDIDO FREITAS (2009.0014.2553-0)
Requerido : MARIA LUCIA DE SOUSA VASCONCELOS (2009.0014.2568-9)
Requerido : EVA INGRID UCHOA REIS (2009.0014.2570-0)
Requerido : MARIA HELENA RODRIGUES DE SALES (2009.0014.2580-8)
Requerido : GEORGE LUIZ ALMEIDA (2009.0014.2579-4)
Requerido : PATRICIA NARA DE ANDRADE (2009.0014.2578-6)
Requerido : ANA PAULA SILVA LOPES (2009.0014.2575-1)
Numero do Processo: 2707-68.2009.8.06.0167/0 MANDADO DE SEGURANÇA – SEGUNDA VARA DA
COMARCA DE SOBRAL-CE
Numero Sproc: 2009.0014.2575-1/0
Requerido : ALCEU SOARES DE SOUZA SANTOS
(2009.0014.2574-3)
Requerido : LUCILANI DA SILVA GONZAGA (2008.0019.1727-3)
Requerido : KLEITON LIMA SILVA (2008.0019.1727-3)
Requerido : REJANE SOARES SILVA (2008.0019.1727-3)
Requerido : VANESSA TEIXEIRA GOMES (2008.0019.1727-3)
Requerido : JOSE JULIANO MAIA DE SOUSA (2008.0019.1727-3)
Requerido : NORMA LIDUINA SOUZA PORTELA (2008.0019.1727-3)
Requerido : MARIA SUZANA DIAS DOS SANTOS (2009.00142572-7)
Requerido : CESAR AUGUSTO VENANCIO DA SILVA (2008.0019.1727-3)
Requerido : GLEICILENE LOPES DA SILVA (2008.0019.1727-3)
Requerido : RAFAELA VIEIRA SOARES (2008.0019.1727-3)

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 17
18

Requerido : MARIA ELISABETH FERREIRA DO NASCIMENTO


(2008.0019.1727-3)

Distribuições
Data da distribuição: 07/12/2009 15:06
Órgão Julgador: GABINETE DA PRESIDÊNCIA
Relator: Exmo(a) Sr(a) Des. ERNANI BARREIRA PORTO

Petições de Acompanhamento
Custas
Data Protocolo Volumes Observação
Pagas
19/01/2010
NÃO 0 UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
16:58
18/01/2010
NÃO 0 FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
09:16
15/12/2009
NÃO 0 THIAGO CAMPOS BESSA E OUTROS
14:02
15/12/2009
NÃO 0 THIAGO CAMPOS BESSA E OUTROS
13:55

Movimentações

Data Fase Observação Inteiro


Teor
01/02/2010 CONCLUSO AO RELATOR - TIPO DE CONCLUSÃO: DESPACHO/DECISÃO
11:19
26/01/2010 JUNTADA DE PETIÇÃO DE - TIPO DE PETIÇÃO DE ACOMPANHAMENTO:
17:32 ACOMPANHAMENTO OUTRO TIPO
- ASSUNTO: REQ. JUNTADA DE DOCUMENTO
26/01/2010 JUNTADA DE PETIÇÃO DE - TIPO DE PETIÇÃO DE ACOMPANHAMENTO:
17:31 ACOMPANHAMENTO OUTRO TIPO
- ASSUNTO: REQ. DESMEMBRAMENTO DO
FEITO
26/01/2010 JUNTADA DE PETIÇÃO DE - TIPO DE PETIÇÃO DE ACOMPANHAMENTO:
17:30 ACOMPANHAMENTO CONTRA-RAZÕES
26/01/2010 JUNTADA DE PETIÇÃO DE - TIPO DE PETIÇÃO DE ACOMPANHAMENTO:
17:16 ACOMPANHAMENTO CONTRA-RAZÕES
19/01/2010 ENTRADA DE PETIÇÃO DE Objeto da Petição: REQ. JUNTADA DE
16:58 ACOMPANHAMENTO DOCUMENTO - Observação: UNIVERSIDADE
ESTADUAL VALE DO ACARAU
18/01/2010 RECEBIDOS OS AUTOS - DE QUEM: requerente
09:32 - PROVENIENTE DE : CARGA/VISTA
18/01/2010 ENTRADA DE PETIÇÃO DE Objeto da Petição: REQ. DESMEMBRAMENTO
09:16 ACOMPANHAMENTO DO FEITO - Observação: FUNDAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
12/01/2010 AUTOS ENTREGUES COM - NOME DO DESTINATÁRIO: Dr. Paulo de
17:05 CARGA/VISTA AO ADVOGADO Tarso Vieira Ramos OAB-CE 12897
- FUNCIONARIO: PAULO
- NO. DAS FOLHAS: 518
- DATA INICIAL DO PRAZO: 11/01/2010
- DATA FINAL DO PRAZO: 18/01/2010
12/01/2010 DESPACHO PUBLICADO NO - DATA DA PUBLICAÇÃO: 11/01/2010
09:34 DIÁRIO DA JUSTIÇA lote 1280
21/12/2009 JUNTADA DE DOCUMENTO - TIPO DE DOCUMENTO: DESPACHO
12:53 DETERMINO AO SETOR COMPETENTE
PROCEDER À INTIMAÇÃO DO REQUERENTE
PARA QUE ESTE PROMOVA O
DESMEMBRAMENTO DESTES AUTOS A FIM DE
QUE CONSTE, EM CADA NOVO PROCESSO,
NÃO MAIS DO QUE (QUATRO) PARTES.
21/12/2009 RECEBIDOS OS AUTOS - DE QUEM: CONSULTORIA JURIDICA
12:52 - PROVENIENTE DE : OUTRAS ENTREGAS
15/12/2009 ENTRADA DE PETIÇÃO DE Objeto da Petição: CONTRA RAZOES AO
14:02 ACOMPANHAMENTO AGRAVO DE INSTRUMENTOS - Observação:
THIAGO CAMPOS BESSA E OUTROS

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19

15/12/2009 ENTRADA DE PETIÇÃO DE Objeto da Petição: APRESENTA CONTRA


13:55 ACOMPANHAMENTO RAZOES AO AGRAVO DE INSTRUMENTO -
Observação: THIAGO CAMPOS BESSA E
OUTROS
08/12/2009 CONCLUSO AO PRESIDENTE - TIPO DE CONCLUSÃO: DESPACHO/DECISÃO
13:56
07/12/2009 DISTRIBUIÇÃO POR
15:06 ENCAMINHAMENTO
07/12/2009 AUTUAÇÃO - DOCUMENTO ATUAL: PETIÇÃO INICIAL
08:37
07/12/2009 PROCESSO APTO A SER
08:34 DISTRIBUÍDO
07/12/2009 EM CLASSIFICAÇÃO
08:34
04/12/200 PROTOCOLIZADA PETIÇÃO
9 10:05

A UVA e a Litigância de Má-fé.

Quando uma das partes age com o que se convencionou qualificar de má-fé, não apenas
a parte-adversa é prejudicada. O maior prejudicado com procedimento ilegal do
litigante ímprobo e do intuito ilegal é o já assoberbado Poder Judiciário, com
sérios transtornos à administração da Justiça. E além do prejuízo imediato, com o
retardo do processo ensejando maior carga de trabalho aos atores e coadjuvantes
jurisdicionais, há um prejuízo mediato cujo potencial danoso é muito superior. É
que a litigância de fá-fé, configurando ato abusivo, quando resta impune repercute
na própria credibilidade da atividade jurisdicional. Em vista disto, é não somente
possível, mas até recomendável arbitrar condenação pela litigância de má-fé.

Por que a UVA é acusada de Má-fé processual.

Má-fé deriva do baixo latim malefatius, sendo empregada no meio jurídico para
exprimir o conhecimento de um vício (De Plácido e Silva, Vocabulário Jurídico,
editora Forense; verbete "Má-fé").

No direito processual, a matéria possui boa disciplina, exceto no tocante a possibilidade


de impor ex oficio a condenação. Decisões do Superior Tribunal de Justiça, na
esteira do pensamento do mestre Buzaid, salientam que a condenação como
litigante de má-fé pressupõe a existência de pedido da parte contrária (REsp
11.530-SP, 50.142-3-RS).

Esse problema foi resolvido com a nova redação do art.18, e seu § 2º, do CPC, com a
redação das recentes Leis nº 8.950, 8.951, 8.952, e 8.953. Nos Projetos,

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elaborados pela Comissão de Notáveis capitaneados pelo Ministro Sálvio de


Figueiredo, dentre dezenas de importantíssimas alterações no Estatuto Processual,
passou a haver expressa previsão legal possibilitando ao juiz condenar o litigante
de má-fé independente de pedido da parte contrária.

Humberto Theodoro Jr. em 1989 (Luiz R. Nuñes Padilla,"Litigância de Má-fé" in


Revista de Crítica Judiciária, editora Leud, 1989), salienta as conclusões da XI
Jornada Ibero-Americana de Direito Processual, cujo Relator foi o jurista Sérgio
Bermudes, sobre ser pouca a utilização (pelos magistrados) dos novos dispositivos
legais apenadores da litigância deletérica introduzidos em 1973, como uma das
causas de assoreamento do aparelho jurisdicional. Destacando algumas decisões a
respeito, recomendamos a penalização para desestimular a litigância temerária.
Pontifica-se ser inaceitável que um advogado:

"... sustente teses e invoque incidentes cuja inutilidade não lhe era lícito
ignorar, uma vez que, desaparecidos os rábulas, trata-se de BACHAREL em
CIÊNCIAS Jurídicas e Sociais, cursado em estabelecimento de ensino
superior, e com estágio forense obrigatório; se a advocacia inexperta,
argüindo fatos que não podia ou pretendia provar, ou eram
manifestadamente infundados, advir de mau conhecimento da lei, responde o
procurador e seu constituinte, civilmente obrigado pelos atos de seu patrono.

"Saliente-se... que desde o nascimento do Direito, na antiga Roma, antes


mesmo de se conceber os recursos, praticava-se penalizar o litigante de má-
fé: o demandado "na actio judicati" podia articular em sua defesa a
"revocatio in duplum" (...) mas se sujeitava, no simples caso de
sucumbência, à condenação dobrada ("duplum")..." (Luiz R. Nuñes Padilla,
"Litigância de má-fé" in Revista de Crítica Judiciária, L

Doutos Desembargadores, se já existe um AGRAVO DE INSTRUMENTO com um


objeto jurídico especifico não poderia enquanto esgotadas as vias judiciais
previstas, a UVA interpor outro AGRAVO DE INSTRUMENTO induzindo o
Presidente do TJCE à possibilidade de erros judiciais futuros. Pois o objetivo da
UVA é derrubar a decisão do MM Juiz da 2.a. Vara da Comarca de Sobral. Não

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21

conseguiu no primeiro AGRAVO interpôs um segundo AGRAVO junto a


Presidência do TJCE.

Assim, Reputa-se que a UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ é


litigante de má-fé.

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


Art. 17 - Reputa-se litigante de má-fé aquele que: (Alterado pela L-006.771-
1980)
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
(Acrescentado pela Lei Federal n.o. 9.668-1998)

Doutos Desembargadores, o presente recurso de agravo não deve ser recebido nem tão
pouco conhecido.

Da Legalidade do Processo de Agravo de Instrumento.

DA LEGISLAÇÃO VIGENTE:

O presente AGRAVO DE INSTRUMENTO não pode prosperar, pois:

"Art. 557 - O relator negará seguimento a recurso manifestamente


inadmissível, improcedente, prejudicado ou contrário à súmula do
respectivo tribunal ou tribunal superior. LEI Nº 9.139, DE 30 DE
NOVEMBRO DE 1995.

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. FUNDAÇÃO


UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA). COBRANÇA DE TAXA
DE MATRÍCULA. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO À CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.
APLICAÇÃO DA SÚMULA VINCULANTE Nº 12 DO STF. Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 2008.0016.0515-8/0, Tribunal Pleno. Requerente:
Procuradoria-Geral da Justiça do Estado do Ceará. Requerido: Presidente da
Assembléia Legislativa do Estado do Ceará. Requerido: Governador do Estado do
Ceará. Relatora: Desa. Maria Iracema do Vale Holanda.

O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará decidiu, nos termos que segue (é a base da
decisão do Magistrado da 2.a. Vara Cível da Comarca de Sobral):

Relator: Desa. MARIA IRACEMA DO VALE HOLANDA - Órgão Julgador: TRIBUNAL


PLENO - REQUERENTE: PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARA -
REQUERIDO: PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARA -

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REQUERIDO: ESTADO DO CEARÁ - ESTADO DO CEARÁ - PODER JUDICIÁRIO -


TRIBUNAL DE JUSTIÇA; Gabinete da Desa. Maria Iracema do Vale Holanda. Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 2008.0016.0515-8/0, Tribunal Pleno. Requerente: Procuradoria-Geral da
Justiça do Estado do Ceará. Requerido: Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará.
Requerido: Governador do Estado do Ceará. Relatora: Desa. Maria Iracema do Vale Holanda -
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE
ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA). COBRANÇA DE TAXA DE MATRÍCULA.
IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO À CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA
VINCULANTE Nº 12 DO STF.

1. No caso, ADI contra ato normativo estadual que determinou que a Fundação Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA) teria personalidade jurídica de direito privado, além de estar
autorizada a cobrar receitas, taxas e emolumentos, como forma de custeio aos seus cursos de
extensão e graduação.

2. É admissível controle concentrado de constitucionalidade de decretos que, possuindo efeitos


genéricos, impessoais e abstratos, possuam natureza jurídica de verdadeira lei, caracterizando-se
como decreto autônomo. Precedentes do STF.

3. A natureza jurídica da UVA é de Pessoa Jurídica de Direito Público, conforme o art. 222 da
Constituição do Estado do Ceará.

4. É inconstitucional a cobrança de quaisquer emolumentos, taxas ou outras espécies de encargos


pelas universidades públicas oficiais, mantidas pela Administração Pública Estadual. Nesse
sentido, recentemente o STF enunciou a Súmula Vinculante n. 12: "A cobrança de taxa de
matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal".

5. Em hipótese símile, estabeleceu o STF que "(...) atribuir a uma entidade de direito privado, de
maneira ampla, sem restrições ou limitações, a gestão dos recursos financeiros do Estado
destinados ao desenvolvimento da educação, possibilitando ainda que a entidade exerça a
gerência das verbas públicas, externas ao seu patrimônio, legitimando-a a tomar decisões
autônomas sobre sua aplicação, a norma incide em inconstitucionalidade. De fato, somente é
possível ao Estado o desempenho eficaz de seu papel no que toca à educação se estiver apto a
determinar a forma de alocação dos recursos orçamentários de que dispõe para tal atividade. Esta
competência é exclusiva do Estado, não podendo ser delegada a entidades de direito privado".
(STF - ADI 1864, Relator p/ Acórdão: Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, Dje
publicado em 02-05-2008).

- Ação Direta julgada procedente. Decreto Estadual declarado inconstitucional, conforme o


pedido da inicial.

- Precedentes do STF. Aplicação da Súmula Vinculante n. 12.

- Unânime.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Ação Direta de Inconstitucionalidade nº.


2008.0016.0515-8/0, do Estado do Ceará, em que é requerente a PROCURADORIA-GERAL DE
JUSTIÇA, e como requeridos o GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ e a ASSEMBLEIA

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LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ. A C O R D A o Tribunal Pleno desta Corte de


Justiça do Estado do Ceará, por unanimidade, em julgar PROCEDENTE a ação, declarando a
inconstitucionalidade do Decreto Estadual n. 27.828/05, em seus arts. 1º, e art. 19, VIII, nos
termos do pedido inicial.

Fortaleza, ___ de __________ de 2009.

PRESIDENTE ________________________________________

RELATORA _________________________________________

PROCURADOR (A) ___________________________________

RELATÓRIO

Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, ajuizada pela douta Procuradoria-Geral de


Justiça do Estado do Ceará, em que se impugnam os arts. 1˚ e 19, VIII, do Decreto Estadual n˚
27.828, de julho de 2005. Transcrevo a epígrafe do ato normativo e seus dispositivos impugnados:

Decreto 27.828, de 04 de julho de 2005.

Dispõe sobre a aprovação do Estatuto da Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA
e da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, e dá outras providências.

Art. 1˚. A Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, criada pela Lei n˚ 12.077-A
de 1˚ de março de 1993, é uma entidade da administração indireta do Estado do Ceará, sem fins
lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado, com duração por tempo indeterminado,
sede e foro na Cidade de Sobral, do Estado do Ceará, que reger-se-á PE la legislação pertinente e
por este Estatuto.

(...)

Art. 19. Constituem receitas da Fundação:

VIII - receitas de taxas, emolumentos e custeio de cursos de graduação e extensão.

Argumenta à requerente serem tais dispositivos inconstitucionais, em razão do princípio


insculpido na Carta Magna da gratuidade do ensino público e de sua extensão, além da
impossibilidade de uma fundação estadual se constituir sob a personalidade jurídica de direito
privado.

Despacho desta Relatora às fls. 22/24, ocasião em que indeferi o pedido liminar, pela falta dos
requisitos autorizadores de sua concessão (fumus boni juris e periculum in mora). No mesmo ato
processual, determinei a notificação do Governador do Estado e da Assembléia Legislativa do
Estado do Ceará, para prestarem informações, além da citação do Procurador-Geral do Estado,
para seu pronunciamento como curador da norma impugnada.

Informações da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, fls. 31/33, em que tão somente foi
feito uma suma desta ADI, porém sem qualquer conteúdo, e em que foi requerido "a intervenção

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do Poder Executivo Estadual, o qual certamente apresentará as necessárias informações ao


julgamento desta ADIn" (fl. 33).

O Governador foi pessoalmente notificado, como se pode constatar à fl. 27 e verso. Certidão à fl.
42, atestando a inexistência de informações por parte do Chefe do Executivo Estadual. Outra
citação à fl. 44, circunstância em que foi citado o Procurador-Geral do Estado, com o propósito de
defender a norma estadual impugnada (certidão no verso da fl. 44, comprovando a efetividade do
procedimento citatório). Certidão de decorrência de prazo da PGE à fl. 45, em que nada foi
manifestado pela PGE.

Parecer de mérito da Procuradoria Geral de Justiça às fls. 48/56, em que foi postulado pela
procedência da ADI, no dia 03 de março de 2009.

É o relatório, remetida cópia a todos os Desembargadores, de acordo com o art. 115 do


Regimento Interno desta Corte de Justiça.

VOTO

Assiste razão ao Ministério Público Estadual. O ato normativo impugnado é inconstitucional,


devendo ser expurgado do ordenamento jurídico estadual.

Resumo a questão: No caso, Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra ato normativo
estadual que determinou que a Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) teria
personalidade jurídica de direito privado, além de estar autorizada a cobrar receitas, taxas e
emolumentos, como forma de custeio aos seus cursos de extensão e graduação.

A presente ADI divide-se em três partes: na primeira, será feita a análise da possibilidade de
controle judicial concentrado contra Decreto, quando tal ato normativo caracterizar-se, em sua
essência, como primário, de efeitos gerais, impessoais e abstratos; na segunda parte, será
comparado o ato normativo impugnado com o art. 222 da Constituição do Estado do Ceará,
impondo natureza jurídica de fundação de direito público a todas as instituições educacionais de
nível superior do Estado do Ceará; finalmente, serão apontados os precedentes do STF que
originaram a Súmula Vinculante n. 12, de agosto de 2008, que estabelece ser a cobrança de taxas
e demais emolumentos nas universidades públicas inconstitucional.

Em tópicos, apresento meu voto:

I - É admissível controle concentrado de constitucionalidade de decretos que, possuindo efeitos


genéricos, impessoais e abstratos, possuam natureza jurídica de verdadeira lei, caracterizando-se
como decreto autônomo. Precedentes do STF.

De início, cumpre definir a natureza jurídica do decreto atacado mediante esta ação direta de
inconstitucionalidade. Em síntese, o STF definiu o seguinte: se o ato normativo possuir essência
de lei, de ato normativo primário, a inovar o ordenamento jurídico, é admissível seu controle de
constitucionalidade pelo sistema abstrato. Ou seja, o que importa não é o rótulo, o epíteto do ato
normativo impugnado, e sim sua real natureza, os efeitos jurídicos que a norma atacada traz ao
ordenamento jurídico.

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Nesse sentido, é o que ensina o Professor de Direito Constitucional e Ministro do Supremo,


GILMAR FERREIRA MENDES, em sua obra Curso de Direito Constitucional, em que
transcrevo as partes que importam:

"Devemos entender como leis e atos normativos (...) passíveis de ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade (pg. 1159):

(...)

8. Também outros atos do Poder Executivo com força normativa, como... [“o] Decreto que
assuma perfil autônomo ou exorbite flagrantemente do âmbito do Poder Regulamentar” (obra
citada, pg. 1162, Ed. Saraiva 2009, 4ª Ed.).

É da jurisprudência do Supremo Tribunal que só constitui ato normativo idôneo a submeter-se ao


controle abstrato da ação direta aquele dotado de um coeficiente mínimo de abstração ou, pelo
menos, de generalidade. Neste caso, temos um ato normativo, formalmente apresentando-se como
um decreto, mas que possui uma natureza jurídica, em essência, de uma lei, de um ato normativo
primário, uma vez inovar no ordenamento jurídico.

Cito um precedente do STF, extraídas as partes que interessam:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DE DISPOSITIVOS DO


REGULAMENTO DO ICMS (DECRETO Nº 2.736, DE 05.12.1996) DO ESTADO DO
PARANÁ. (¿) 3. Assim, o Decreto nº 2.736, de 05.12.1996, o Regulamento do ICMS, no Estado
do Paraná, ao menos nesses pontos, não é meramente regulamentar, pois, no campo referido,
desfrutam de certa autonomia, uma vez observadas as normas constitucionais e complementares.
4. Em situações como essa, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ainda que sem enfrentar,
expressamente, a questão, tem, implicitamente, admitido a propositura de A.D.I., para
impugnação de normas de Decretos. Precedentes. Admissão da A.D.I. também no caso presente.
(STF - ADI 2155 MC, Relator: Min. SYDNEY SANCHES, Tribunal Pleno, DJ 01-06-2001).

Conheço, portanto, da presente Ação Direta de Inconstitucionalidade.

II - Natureza Jurídica da UVA - Personalidade Jurídica de Direito Público, conforme o art. 222 da
Constituição do Estado do Ceará.

Assim dispõe o art. 222 da Constituição do Estado do Ceará:

Art. 222. As instituições educacionais de nível superior, criadas e mantidas pelo Poder Público
estadual, ADOTARÃO A NATUREZA JURÍDICA DE FUNDAÇÃO DE DIREITO PÚBLICO.

Transcrevo agora o texto do Decreto Estadual n. 27.828/2005, em seu art. 1º: ...

Art. 1˚. A Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, criada pela Lei n˚ 12.077-A
de 1˚ de março de 1993, é uma entidade da administração indireta do Estado do Ceará, sem fins
lucrativos, COM PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, com duração por
tempo indeterminado, sede e foro na Cidade de Sobral, do Estado do Ceará, que reger-se-á pela
legislação pertinente e por este Estatuto.

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Comparando os dois dispositivos, de uma simples leitura, percebe-se a incompatibilidade


explícita do decreto com a norma constitucional. A Constituição Cearense impõe que todas as
instituições de ensino superior do Estado possuam personalidade jurídica de Direito Público. A
norma, portanto, desrespeitou a Constituição cearense, devendo ser expurgada do ordenamento
jurídico, declarando-se sua inconstitucionalidade.

III - Impossibilidade de cobrança de taxas, emolumentos ou quaisquer outras espécies de


encargos, de acordo com o estabelecido na Súmula Vinculante n. 12 do STF e demais precedentes
aplicáveis.

Finalmente, extraio a redação do art. 19, VIII, do Decreto Estadual atacado:

Art. 19. Constituem receitas da Fundação:

VIII - receitas de taxas, emolumentos e custeio de cursos de graduação e extensão.

Isto significa que fica autorizado à UVA, por meio deste decreto, realizar a cobrança por seus
serviços.

A Constituição Federal, a seu turno, estabelece justamente o contrário, em seu art. 206, in verbis:

Art. 206 - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

O direito fundamental à educação e ao ensino, de acordo com a Carta Magna Federal e a


Constituição cearense, configurou não apenas um direito de todos, mas um dever da
Administração Pública. Tais normas constitucionais passaram a estabelecer o pleno
desenvolvimento da pessoa humana, seu preparo à cidadania e sua qualificação ao trabalho.

E, para tanto, exige-se, consoante doutrina o constitucionalista JOSÉ AFONSO DA SILVA, "que
o Poder Público organize os sistemas de ensino público, para cumprir com o seu dever
constitucional para com a educação, mediante prestações estatais que garantam, no mínimo, os
serviços consignados no art. 208" (in Comentário Contextual à Constituição., 3ª ed., São Paulo,
Ed. Malheiros, 2007, p. 785).

As normas constitucionais que tratam da educação, acrescenta o Professor paulista, "tem, ainda, o
significado jurídico de elevar a educação à categoria de serviço público essencial que ao Poder
Público impende possibilitar a todos" (obra citada, pág. 785).

A propósito, o STF, recentemente, enunciou a Súmula Vinculante n. 12, assim redigida:

SÚMULA VINCULANTE N. 12: "A cobrança de taxa de matrícula nas Universidades Públicas
viola o disposto no artigo 206, inciso IV, da Constituição Federal".

Tal súmula teve como precedente o Recurso Extraordinário n. 500171, em que o Ministro Relator,
Ricardo Lewandowski, afirmou que o direito à educação é uma das formas de realização concreta
do ideal democrático, para quem a política pública mais eficiente para alcançar esse ideal é a
promoção do ensino gratuito, da educação básica até a universidade.

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27

Na mesma sessão plenária, de 13 de agosto de 2008, os Ministros do STF julgaram os Recursos


Extraordinários (REs) 542422, 536744, 536754, 526512, 543163, 510378, 542594, 510735,
511222, 542646, 562779, também sobre o tema. E, com tais precedentes, editaram a mencionada
súmula vinculante n. 12.

Do precedente que deu origem a súmula, cito os seguintes trechos do voto do Ministro Ricardo
Lewandowski:

"a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais, conforme se lê no caput do art. 206,
IV, configura um princípio. Um princípio que não encontra qualquer limitação, no tocante aos
distintos graus de formação acadêmica.

(...) "O que não se mostra factível, do ponto de vista constitucional, é que as universidades
públicas, integralmente mantidas pelo Estado, criem obstáculos de natureza financeira para o
acesso dos estudantes aos cursos que ministram, ainda que de pequena expressão econômica, a
pretexto de subsidiar alunos carentes, como ocorre no caso dos autos".

Ainda no mesmo RE 500171, extraio partes do voto do Min. CARLOS ALBERTO MENEZES
DIREITO, que complementou as colocações feitas pelo Min. Lewandowski:

"Senhor Presidente, Senhores Ministros, esta questão é recorrente. Quem trabalha na área de
educação sabe perfeitamente bem que de tempos em tempos procura-se impor a possibilidade de
cobrança de taxas nas universidades públicas. E a alegação é sempre aquela da carência de
recursos do Estado para a manutenção de um ensino de qualidade. E, em seguida, a alegação
substantiva de que as vagas nas universidades públicas são preenchidas, em grande parte, por
pessoas que não deixam de ter recursos para freqüentar as universidades particulares. Essa é,
como disse e insisto, uma alegação recorrente. (fl. 1032) (...) Com todo respeito àqueles que
entendem dessa maneira, eu não consigo enxergar de que modo seja possível vencer o comando
constitucional, que é expresso no princípio de que a gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais é uma regra da Constituição brasileira. Não há como esta Suprema
Corte, pelo menos na minha avaliação, (...) admitir exceção a esse princípio. Se se quer fazer a
cobrança de taxas de matrícula nas universidades oficiais, que se mude a Constituição e que se
autorize expressamente a cobrança de taxas nos estabelecimentos oficiais. “O que não me parece
possível é, por via de interpretação, quebrar a estrutura do princípio” (fl. 1033).

É exatamente o caso dos autos.

Finalmente, em caso análogo, decidiu o Plenário do STF o seguinte, extraídas e realçadas as


partes que importam: RECURSOS PÚBLICOS FINANCEIROS DESTINADOS À
EDUCAÇÃO. GESTÃO EXCLUSIVA PELO ESTADO. AÇÃO DIRETA JULGADA
PARCIALMENTE PROCEDENTE. (¿) 5. Por fim, ao atribuir a uma entidade de direito privado,
de maneira ampla, sem restrições ou limitações, a gestão dos recursos financeiros do Estado
destinados ao desenvolvimento da educação, possibilitando ainda que a entidade exerça a
gerência das verbas públicas, externas ao seu patrimônio, legitimando-a a tomar decisões
autônomas sobre sua aplicação, a norma incide em inconstitucionalidade. De fato, somente é
possível ao Estado o desempenho eficaz de seu papel no que toca à educação se estiver apto a
determinar a forma de alocação dos recursos orçamentários de que dispõe para tal atividade. Esta
competência é exclusiva do Estado, não podendo ser delegada a entidades de direito privado.
(STF - ADI 1864, Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Relator(a) p/ Acórdão: Min.
JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 08/08/2007, DJe-078 DIVULG 30-04-2008

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28

PUBLIC 02-05-2008 EMENT VOL-02317-01 PP-00089) Por tudo isso, a procedência da Ação
Direta de Inconstitucionalidade, conseqüente declaração de nulidade dos arts. 1º, e art. 19, VIII,
ambos do Decreto Estadual n. n. 27.828/05, é medida que se impõe.

DISPOSITIVO.

Do exposto, com base nos fundamentos acima expendidos, e especialmente em razão da


jurisprudência fixada nos precedentes do eg. Supremo Tribunal Federal, além de sua súmula
vinculante n. 12, voto no sentido da PROCEDÊNCIA DA AÇÃO, por violação do art. 222 da
Constituição do Estado do Ceará, e que repercutem no art. 206, IV, da Carta Magna Federal. Em
conseqüência, devem ser expurgados do ordenamento jurídico cearense os arts. 1º, e art. 19, VIII,
do Decreto Estadual n. 27.828/05, nos termos do pedido inicial da Procuradoria Geral de Justiça
do Estado. É como voto. Fortaleza, ___ de __________ de 2009. DESEMBARGADORA
MARIA IRACEMA DO VALE HOLANDA

Do texto subscrito da legislação pertinente ao AGRAVO DE INSTRUMENTO que não


pode prosperar...

LEI Nº 9.139 - DE 30 DE NOVEMBRO DE 1995 - DOU DE 30/11/95

Altera dispositivos da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de


Processo Civil, que tratam do agravo de instrumento.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Os arts. 522, 523, 524, 525, 526, 527, 528 e 529 do Código de Processo Civil, Livro I,
Título X, Capítulo III, passam a vigorar, sob o título "Do Agravo", com a seguinte redação:

"Art. 522 - Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias,
retido nos autos ou por instrumento.

Parágrafo único - O agravo retido independe de preparo.

Art. 523 - Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal dele
conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação.

§ 1º - Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas


razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal.
§ 2º - Interposto o agravo, o juiz poderá reformar sua decisão, após ouvida a parte
contrária, em 5 (cinco) dias.
§ 3º - Das decisões interlocutórias proferidas em audiência admitir-se-á interposição
oral do agravo retido, a constar do respectivo termo, expostas sucintamente as
razões que justifiquem o pedido de nova decisão.
§ 4º - Será sempre retido o agravo das decisões posteriores à sentença, salvo caso
de inadmissão da apelação.

Art. 524 - O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente,


através de petição com os seguintes requisitos:

I - a exposição do fato e do direito;


II - as razões do pedido de reforma da decisão;
III - o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo.

Art. 525 - A petição de agravo de instrumento será instruída:

I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva


intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do
agravado;

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29

II - facultativamente, com outras peças que o agravante entender úteis.

§ 1º - Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas


e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela que será publicada pelos
tribunais.
§ 2º - No prazo do recurso, a petição será protocolada no tribunal, ou postada no
correio sob registro com aviso de recebimento, ou, ainda, interposta por outra forma
prevista na lei local.

Art. 526 - O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá juntada, aos autos do
processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua
interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso.
Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)

Art. 527 - Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e distribuído incontinenti, se


não for caso de indeferimento liminar (art. 557), o relator:

I - poderá requisitar informações ao juiz da causa, que as prestará no prazo de 10


(dez) dias;
II - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso (art. 558), comunicando ao juiz tal
decisão;
III - intimará o agravado, na mesma oportunidade, por ofício dirigido ao seu
advogado, sob registro e com aviso de recebimento, para que responda no prazo de
10 (dez) dias, facultando-lhe juntar cópias das peças que entender convenientes;
nas comarcas sede de tribunal, a intimação far-se-á pelo órgão oficial;
IV - ultimadas as providências dos incisos anteriores, mandará ouvir o Ministério
Público, se for o caso, no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único - Na sua resposta, o agravado observará o disposto no § 2º do art.


525.

Art. 528 - Em prazo não superior a 30 (trinta) dias da intimação do agravado, o


relator pedirá dia para julgamento.

Art. 529 - Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator


considerará prejudicado o agravo."

Art. 2º Os arts. 557 e 558 do Código de Processo Civilpassam a vigorar com a seguinte
redação:

"Art. 557 - O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível,


improcedente, prejudicado ou contrário à súmula do respectivo tribunal ou tribunal
superior.

Parágrafo único - Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 5 (cinco) dias,


ao órgão competente para o julgamento do recurso. Interposto o agravo a que se
refere este parágrafo, o relator pedirá dia.

Art. 558 - O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de prisão civil,
adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea e em
outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo
relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o
pronunciamento definitivo da turma ou câmara.

Parágrafo único - Aplicar-se-á o disposto neste artigo às hipóteses do art. 520."

Art. 3º Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após a sua publicação.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 30 de novembro de 1995; 174º da Independência e 107º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

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30

DA JURISPRUDÊNCIA.

A CAMARA CÍVEL DEVE MANTER A DECISÃO DO JUIZ DE PRIMEIRO


GRAU.

Colamos aos autos o entendimento do STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.


Vejamos:

SÚMULA VINCULANTE 12.

Desde o final de 2007, o Supremo Tribunal Federal – STF vem editando enunciados para as
chamadas Súmulas Vinculantes, cuja previsão legal é a Emenda Constitucional nº 45/04, que
prevê, em seu art. 103-A, caput, a possibilidade de uma súmula ter eficácia vinculante sobre
decisões futuras. De acordo com a legislação apontada, "o Supremo Tribunal Federal poderá,
de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após
reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei".
O objetivo é tentar assegurar o princípio da igualdade, evitando que uma mesma norma seja
interpretada de formas distintas para situações fáticas idênticas, criando distorções inaceitáveis,
bem como "desafogar" o STF do atoleiro de processos em que se encontra, gerado pela
repetição exaustiva de casos cujo desfecho decisório já é de notório conhecimento. Claro que
existem argumentações que vão contra a criação e aplicação de Súmulas Vinculantes (que são
de competência exclusiva do STF), porém, há que se esclarecer que elas visam a nortear os
julgamentos de casos semelhantes, reduzindo o volume de processos no Judiciário. Trata-se,
como dito, de uma tentativa de "desafogar" a Suprema Corte, observando-se que para aprová-
las, revê-las ou cancelá-las, dois requisitos estampados na EC nº 45/04 devem ser
cuidadosamente observados: (1) quórum mínimo de dois terços dos membros do tribunal; (2)
somente matéria constitucional, depois de reiteradas decisões, poderá ser objeto da súmula
vinculante, ficando afastadas questões de outra natureza.

Súmula Vinculante 12 A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas


viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.
Fonte de Publicação DJe nº 157/2008, p. 1, em 22/8/2008.
DO de 22/8/2008, p. 1.
Legislação
Constituição Federal de 1988, art. 206, IV.
Precedentes
RE 500171
RE 542422
RE 536744
RE 536754
RE 526512
RE 543163
RE 510378
RE 542594
RE 510735

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RE 511222
RE 542646
RE 562779

Súmula Vinculante 12

http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=12.NUME.%20E
%20S.FLSV.&base=baseSumulasVinculantes - http://www.youtube.com/stf

A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola


o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.

Data de Aprovação
Sessão Plenária de 13/08/2008

Fonte de Publicação
DJe nº 157/2008, p. 1, em 22/8/2008.
DOU de 22/8/2008, p. 1.

Referência Legislativa
Constituição Federal de 1988, art. 206, IV.

Precedentes
RE 500171
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

RE 542422
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

RE 536744
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

RE 536754
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

RE 526512
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

RE 543163
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

RE 510378
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

RE 542594
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

RE 510735
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

RE 511222
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

RE 542646
Publicação: DJe nº 202/2008, em 24/10/2008

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RE 562779
Publicação: DJe nº 38/2009, em 27/02/2009

RELEVÂNCIA DA SÚMULA:

(...) “Reconhecida a Repercussão Geral, todos os recursos sobre o mesmo tema são
sobrestados, ou seja, não podem subir ao Supremo e ficam nos tribunais de origem
aguardando a decisão da corte. A decisão do STF no julgamento do recurso vale para
todas as instâncias, mas juízes e desembargadores podem apresentar entendimento
diverso. A garantia é a de que esses casos não mais poderão chegar à pauta do
Supremo...”.

A UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ está obrigada a obedecer a


SÚMULA VINCULANTE...

Esse outro instrumento processual obriga as instâncias inferiores da justiça e os órgãos


da administração pública a seguirem o conteúdo de decisões reiteradas pelo STF
que tratem de temas semelhantes. “O filtro inibe a proliferação de recursos
repetitivos e agiliza a aplicação da justiça.”

No Estado do Ceará o TRIBUNAL DE JUSTIÇA tomou a seguinte decisão: DECISÃO


do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ a que se refere: AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE
ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA). COBRANÇA DE TAXA DE
MATRÍCULA. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO À CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA VINCULANTE Nº 12 DO STF.

Data Protocolo: 19/05/2008


Data Distribuição: 19/05/2008
Órgão Julgador: TRIBUNAL PLENO
Relator: Desa. MARIA IRACEMA DO VALE HOLANDA
Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE
ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA). COBRANÇA DE TAXA DE MATRÍCULA.
IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO À CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. APLICAÇÃO DA
SÚMULA VINCULANTE Nº 12 DO STF. 1. No caso, ADI contra ato normativo estadual que
determinou que a Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) teria
personalidade jurídica de direito privado, além de estar autorizada a cobrar receitas, taxas e
emolumentos, como forma de custeio aos seus cursos de extensão e graduação. 2. É
admissível controle concentrado de constitucionalidade de decretos que, possuindo efeitos
genéricos, impessoais e abstratos, possuam natureza jurídica de verdadeira lei,
caracterizando-se como decreto autônomo. Precedentes do STF. 3. A natureza jurídica da
UVA é de Pessoa Jurídica de Direito Público, conforme o art. 222 da Constituição do Estado

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33

do Ceará. 4. É inconstitucional a cobrança de quaisquer emolumentos, taxas ou outras


espécies de encargos pelas universidades públicas oficiais, mantidas pela Administração
Pública Estadual. Nesse sentido, recentemente o STF enunciou a Súmula Vinculante n. 12: "A
cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da
Constituição Federal". 5. Em hipótese símile, estabeleceu o STF que "(...) atribuir a uma
entidade de direito privado, de maneira ampla, sem restrições ou limitações, a gestão dos
recursos financeiros do Estado destinados ao desenvolvimento da educação, possibilitando
ainda que a entidade exerça a gerência das verbas públicas, externas ao seu patrimônio,
legitimando-a a tomar decisões autônomas sobre sua aplicação, a norma incide em
inconstitucionalidade. De fato, somente é possível ao Estado o desempenho eficaz de seu
papel no que toca à educação se estiver apto a determinar a forma de alocação dos recursos
orçamentários de que dispõe para tal atividade. Esta competência é exclusiva do Estado, não
podendo ser delegada a entidades de direito privado". (STF - ADI 1864, Relator p/ Acórdão:
Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, Dje publicado em 02-05-2008). - Ação Direta
julgada procedente. Decreto Estadual declarado inconstitucional, conforme o pedido da
inicial. - Precedentes do STF. Aplicação da Súmula Vinculante n. 12. - Unânime.

Ressalte-se que a decisão judicial do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO


CEARÁ que decidiu pela Inconstitucionalidade do Decreto Estadual que abria
precedentes para a imoralidade reinante no cerne do comando superior da egrégia
Universidade Estadual Vale do Acaraú, considerou às cobranças ilegais.

Vejamos os termos daquela decisão judicial:

2008.0016.0515-8/0 - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Inteiro Teor


Data Protocolo: 19/05/2008 - Data Distribuição: 19/05/2008. Órgão Julgador: TRIBUNAL
PLENO - Relator: Desa. MARIA IRACEMA DO VALE HOLANDA - Ementa: AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE
ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA). COBRANÇA DE TAXA DE MATRÍCULA.
IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO À CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. APLICAÇÃO
DA SÚMULA VINCULANTE Nº 12 DO STF. 1. No caso, ADI contra ato normativo
estadual que determinou que a Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
teria personalidade jurídica de direito privado, além de estar autorizada a cobrar receitas,
taxas e emolumentos, como forma de custeio aos seus cursos de extensão e graduação. 2.
É admissível controle concentrado de constitucionalidade de decretos que, possuindo
efeitos genéricos, impessoais e abstratos, possuam natureza jurídica de verdadeira lei,
caracterizando-se como decreto autônomo. Precedentes do STF. 3. A natureza jurídica da
UVA é de Pessoa Jurídica de Direito Público, conforme o art. 222 da Constituição do
Estado do Ceará. 4. É inconstitucional a cobrança de quaisquer emolumentos, taxas ou
outras espécies de encargos pelas universidades públicas oficiais, mantidas pela

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Administração Pública Estadual. Nesse sentido, recentemente o STF enunciou a Súmula


Vinculante n. 12: "A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o
disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal". 5. Em hipótese símile, estabeleceu o
STF que "(...) atribuir a uma entidade de direito privado, de maneira ampla, sem restrições
ou limitações, a gestão dos recursos financeiros do Estado destinados ao desenvolvimento
da educação, possibilitando ainda que a entidade exerça a gerência das verbas públicas,
externas ao seu patrimônio, legitimando-a a tomar decisões autônomas sobre sua
aplicação, a norma incide em inconstitucionalidade. De fato, somente é possível ao Estado
o desempenho eficaz de seu papel no que toca à educação se estiver apto a determinar a
forma de alocação dos recursos orçamentários de que dispõe para tal atividade. Esta
competência é exclusiva do Estado, não podendo ser delegada a entidades de direito
privado". (STF - ADI 1864, Relator p/ Acórdão: Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal
Pleno, Dje publicado em 02-05-2008). - Ação Direta julgada procedente. Decreto Estadual
declarado inconstitucional, conforme o pedido da inicial. - Precedentes do STF. Aplicação
da Súmula Vinculante n. 12. - Unânime.

O presente recurso de agravo não deve ser recebido nem tão pouco conhecido, pelo fato
de o mesmo ser contra decisões jurisprudenciais da corte.

O presente recurso de agravo não deve ser conhecido e ao agravado deve-lhe ser
assegurado o direito de estudar em uma universidade pública, pois não existem
dúvidas que o impetrante é aluno da Universidade e não do IDJ.

DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA UVA.

A Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) é uma universidade pública sediada na


cidade de Sobral, interior do Ceará. Tendo como objetivo promover o desenvolvimento
do ensino superior na região norte do estado, onde age como centro para difusão de
conhecimentos, ocupando assim a colocação de segunda maior universidade estadual do
Ceará. A UVA se torna Universidade(antes era uma Fundação que mantinha escolas
isoladas) após... seu reconhecimento no ano de: 1994 - A UVA é reconhecida pelo
Conselho de Educação do Ceará através do Parecer nº. 318/94 de 08/03/1994,
homologado pelo Governador Ciro Ferreira Gomes e sancionado pela Portaria
Ministerial nº. 821 de 31/05/1994 do Ministério da Educação e do Desporto, publicada
no Diário Oficial da União de 01/06/1994. Assim, o MEC ja decidiu anteriormente
como veremos a frente, que na UVA não se aplica as disposições do artigo 242 da
constituição federal. Vejamos a história:

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1968 - Por iniciativa do Cônego Francisco Sadoc de Araújo e, através da Lei Municipal Nº
214 de 23/10/1968, sancionada pelo Prefeito de Sobral, Jerônimo de Medeiros Prado, é
criada a Universidade Vale do Acaraú.

1984 - O Poder Executivo Estadual através da Lei Nº 10.933 de 10/10/1984 cria sob a
forma de Autarquia, a Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, vinculada a
Secretaria de Educação, dotada de personalidade jurídica de direito público e autonomia
administrativa, financeira, patrimonial, didática e disciplinar, com sede no Município de
Sobral e jurisdição em todo o Estado do Ceará. Com a criação da Autarquia são
encampadas as Faculdades de Ciências Contábeis, Enfermagem e Obstetrícia, Educação e
de Tecnologia, que compunham a antiga Fundação Universidade Vale do Acaraú, e a
Faculdade de Filosofia Dom José, pertencente à Diocese de Sobral.

1993 - A Universidade Estadual Vale do Acaraú é transformada em Fundação


Universidade Estadual Vale do Acaraú, vinculada à então Secretaria da Ciência e
Tecnologia, através da Lei Nº 12.077-A de 01/03/1993, publicada no Diário Oficial do
Estado - DOE de 22/04/1993. A Lei nº. 13.714 de 20/12/2005 alterou a denominação da
Secretaria da Ciência e Tecnologia para Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação
Superior (SECITECE).

1994 - A UVA é reconhecida pelo Conselho de Educação do Ceará através do Parecer nº.
318/94 de 08/03/1994, homologado pelo Governador Ciro Ferreira Gomes e sancionado
pela Portaria Ministerial nº. 821 de 31/05/1994 do Ministério da Educação e do Desporto,
publicada no Diário Oficial da União de 01/06/1994.

A natureza jurídica da UVA é de Pessoa Jurídica de Direito Público, conforme o art.


222 da Constituição do Estado do Ceará.

As fls ___/____a Universidade Estadual Vale do Acaraú alega que é uma fundação
estatal, com personalidade jurídica de direito privado.

A UVA é uma fundação de direito público nos termos da Constituição do Estado do


Ceará(art. (222 da Constituição do Estado do Ceará, impondo natureza jurídica de fundação de
direito público a todas as instituições educacionais de nível superior do Estado do Ceará).

Art. 222. As instituições educacionais de nível superior, criadas e mantidas

pelo Poder Público estadual, adotarão a natureza jurídica de fundação de

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36

direito público.

http://www.camara.gov.br/internet/interacao/constituicoes/constituicao_ceara.pdf

Assim se manifestou o Juiz Federal da SEGUNDA VARA DA JUSTIÇA FEDERAL


NO CEARÁ, no caso UVA x Estudantes:
“Anoto, ademais, que o art. 5º da Lei Estadual nº 12.077-A/93 efetivamente transformou em fundação
de direito público, dentre outras entidades, a Fundação Universidade Vale do Acaraú. Postas as
premissas fáticas e jurídicas anteriores, resta evidente que o Decreto Estadual nº 27.828/2005 violou
as normas constitucionais e legais a que devia reverência, na medida em passou a tratar a Fundação
Universidade Vale do Acaraú em instituição de ensino de direito privado. O conflito normativo ora
exposto não se circunscreveu apenas ao âmbito estreito dos interesses do Estado do Ceará, mas, ao
contrário, findou por atingir um número não calculado de discentes matriculados em cursos de
graduação e de extensão da UVA, e dos Institutos e Faculdades a ela conveniadas, na medida em que
passaram a ficar sujeitos à cobrança de taxas, emolumentos e demais custeios... Toda a controvérsia
doutrinária e jurisprudencial acerca do caráter gratuito obrigatório do ensino superior em
estabelecimentos oficiais de ensino foi sepultada com a edição da Súmula Vinculante nº 12 do
Supremo Tribunal Federal, que determina: "Súmula 12. A cobrança de taxa de matrícula nas
universidades públicas viola o disposto no art. 206, inciso IV, da Constituição Federal" 7. Ora, a
extensa prova documental carreada aos autos pelos integrantes do Ministério Público Federal e do
Ministério Público Estadual é robusta no sentido de que todos os alunos matriculados nos cursos de
graduação e de extensão da Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú têm sido objeto de
cobrança de taxas, emolumentos e demais custeios. A cobrança tem ocorrido quer na situação em que
os cursos sejam ministrados diretamente pela UVA, quer mediante convênio com os Institutos e
Faculdades conveniadas que figuram nesta Ação Civil Público como litisconsorte passivos. Impõe-se a
afirmação, neste ponto, de que boa parte do corpo docente da UVA é composta por Professores
Estatutários da Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú. Diante de tais constatações, força é
convir que é ilícita a cobrança de taxas e/ou de mensalidades de alunos dos referidos cursos. ” - .
Processo n.o. 2009.81.00.008102-3 – Juiz da 2.a. Vara da Justiça Federal no Ceará.
http://www.siespe.com.br/material/uva_decisao.pdf

DA PASSIVIDADE REITORAL NOS AUTOS ORIGINÁRIO DO MANDADO DE


SEGURANÇA.

As fls ___/_____a Universidade Estadual Vale do Acaraú alega que é POLO PASSIVO
no Mandado de Segurança impetrado pelo agravado no Juizo da Segunda Vara da
Comarca de Sobral.

Na petição que originou o Processo MANDADO DE SEGURANÇA. 2ª VARA DA


COMARCA DE SOBRAL, assim se requereu:

MANDADO DE SEGURANÇA - COM PEDIDO DE DEFERIMENTO DE LIMINAR EM CARÁTER


DE URGÊNCIA. Contra ato ilegal do Magnífico Reitor da Universidade Estadual Vale do Acaraú –

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Senhor Antônio Colaço Martins, autoridade coatora, e como LITISCONSORTE NECESSÁRIO o


Senhor Pedro Henrique Antero, presidente do INSTITUTO DOM JOSÉ DE EDUCAÇÃO E
CULTURA, representante administrativo da gestão da UVA em Fortaleza, PRINCÍPIO DA Súmula
Vinculante nº 12 - A cobrança de taxa de matrícula nas Universidades Públicas viola o disposto no
artigo 206, inciso IV, da Constituição Federal MANDADO DE SEGURANÇA - COM PEDIDO DE
DEFERIMENTO DE LIMINAR EM CARÁTER DE URGÊNCIA. Contra ato ilegal do Magnífico
Reitor da Universidade Estadual Vale do Acaraú(fundação de direito público, conforme definição
prevista nos termos do artigo 222 da Constituição Estadual do Ceará., com sede/escritório nesta
capital à RUA TENENTE BENÉVOLO, 1251, MEIRELES, CEP 60160040 – FORTALEZA – CEARÁ
– TELEFONE: 85.3270.4450) – Senhor Antônio Colaço Martins, autoridade coatora, DO ABUSO
DE PODER DAS AUTORIDADES IMPETRADAS E POR CONSEQUÊNCIA Á VIOLAÇÃO DE
DIREITO LIQUÍDO E CERTO DA IMPETRANTE. (...) Para os fins do “mandamus”, se justifica a
conduta “ilegal” da instituição educacional de direito público, UVA, nos termos e em face da
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ(devidamente qualificada)... ter determinado ao
seu parceiro de convênio institucional(convênio este para administração de cursos universitários da
UVA, e não das entidades conveniadas - pois não são escolas superiores autorizadas pelo
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, conforme documentos do CONSELHO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO/MEC) que indefira à rematrícula do aluno universitário citado nesta exordial...
“...POR INADIMPLÊNCIA NAS MENSALIDADES DOS CURSOS, COBRADAS PELOS SEUS
PARCEIROS, DOS ALUNOS APROVADOS EM CONCURSO VESTIBULAR DA UVA, E QUE
FREQUENTAM OS CURSOS UNIVERSITÁRIOS DA UVA, FORA DE SOBRAL, QUE SÃO
ADMINISTRADOS PELAS ONGS, QUE ALEGAM NÃO RECEBER DO ESTADO, E TEM QUE
COBRAR DOS ALUNOS DA UVA, PARA MANTER OS CURSOS FORA DE SOBRAL, E QUE A
UNIVERSIDADE NÃO RECEBE OS VALORES PAGOS PELOS ALUNOS, E QUE ESTES FICAM
RETIDOS NAS ONGS, POIS ESTES SÃO DEVIDOS EM FACE DAS DESPESAS DOS PARCEIROS,
PARA GERIR O CURSO UNIVERSITÁRIO PÚBLICO MANTIDO POR UMA UNIVERSIDADE
PÚBLICA, E AUTORIZADO PELO ESTADO DO CEARÁ PARA SER MANTIDO PELA
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACAARAÚ E NÃO PELOS PARCEIROS DA
UNIVERSIDADE” DA SUPOSTA BASE LEGAL ARGUIDA PELA UNIVERSIDADE PARA
DETERMINAR: QUE INDEFIRA, CANCELE, À REMATRÍCULA DA IMPETRANTE.
... A UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ, avoca à lei federal n.o. 9.870/1999 como
base legal para sua deliberação. QUE É ILEGAL. A PERGUNTA JURÍDICA é: “Aplica-se a lei
federal 9870/99 em instituições públicas de ensino”? - Resposta: Não. UNIVERSIDADE PÚBLICA
NÃO PODE: Promover... “O desligamento do aluno por inadimplência...” Nem tão... podem proibir
a liberação de documentos... e devem... “Os estabelecimentos de ensino fundamental, médio e
superior deverão expedir, a qualquer tempo, os documentos de transferência de seus alunos,
independentemente de sua adimplência ou da adoção de procedimentos legais de cobranças judiciais.
(Renumerado pela Medida Provisória nº 2.173-24, 23.8.2001). Portanto senhor Juiz: (...) Não se
aplica a UVA - subordinada a administração da SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E
EDUCAÇÃO SUPERIOR DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ), Fundação Universitária de
direito público, mantenedora da Universidade Pública – UVA, os preceitos estabelecidos no § 1o do
artigo 1o da Lei Federal 9.870/99(Art. 1o O valor das anuidades ou das semestralidades escolares do
ensino pré-escolar, fundamental, médio e superior, será contratado, nos termos desta Lei, no ato da

ASSEJUR.EXPR324340-4545-AITJCE 37
38

matrícula ou da sua renovação, entre o estabelecimento de ensino e o aluno, o pai do aluno ou o

responsável).

SUSTENTAMOS que o MANDADO DE SEGURANÇA - COM PEDIDO DE


DEFERIMENTO DE LIMINAR EM CARÁTER DE URGÊNCIA, é contra ato ilegal
do Magnífico Reitor da Universidade Estadual Vale do Acaraú – Senhor Antônio
Colaço Martins, autoridade coatora, e como LITISCONSORTE NECESSÁRIO o
Senhor Pedro Henrique Antero, presidente do INSTITUTO DOM JOSÉ DE
EDUCAÇÃO E CULTURA, representante administrativo da gestão da UVA em
Fortaleza. O (a) agravado (a) é aluno da Universidade Estadual Vale do Acaraú, não é
aluno do INSTITUTO DOM JOSÉ, que não é ESCOLA DE ENSINO SUPERIOR.

DA OMISSÃO DOS GOVERNOS DO ESTADO DO CEARÁ NOS PERÍODOS DE


2004 a 2010.

Doutos Desembargadores, diversos processos administrativos coletivos junto a


SECITECE, denunciaram esta irregularidade mais o GOVERNO DO CEARÁ
AMPLIOU SUA MIOPIA, e assim já exauriu (...) TODAS ÀS FASES
ADMINISTRATIVAS de chance dos pedidos dos alunos de se matricularem na
UNIVERSIDADE PÚBLICA - UVA.

PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
GABINETE DO GOVERNADOR
SPU-SEAD-GABGOV N.O.
09475142 0 – SECITECE-REITORIA UVA.
06246977.0 – SEAD-GABGOV;
05.392.930.6 – SEAD-GABGOV;
05.120088.0 – SEAD-GABGOV;
05.120087.2 – SEAD-GABGOV;
05.371.698.1- SEAD-GABGOV;
05.120086.4 – SEAD-GABGOV;
05.120089.9 – SEAD-GABGOV;
05.231.820.6 – SEAD-GABGOV;
05.393.169.6- SEAD-GABGOV;
05.231.947.4 – SEAD-GABGOV;
05.393.215.3- SEAD-GABGOV;
06.07.2738.1. SECITECE - SEAD – CE;

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39

05.393.212.9 – SEAD-GABGOV;
06.07.2740.3..........SECITECE – SEAD;
05.393.214.5 – SEAD-GABGOV;
0607.2739.0 - SECITECE - SEAD – CE;
05.393.213.7 – SEAD-GABGOV;
06.07.2737.3 – SECITECE...

MEC x DCEUVARMF x UNIVERSIDADE.

A Associação DCEUVARMF em nome do colegiado de associados formulou consulta


ao MEC sobre a questão de uma UNIVERSIDADE PÚBLICA, especificamente a
UVA, cobrar. O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO já se manifestou em relação à
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ nos termos que segue:

(...)O MEC JÁ CONSIDEROU ILEGAL ESSE ARGUMENTO DA UVA, EM QUE ELA


PODE NA ORA QUE LHE PROVER AUTORIZAR FORA DA SEDE CURSOS
UNIVERSITÁRIOS SEUS COM INSTITUTOS QUE NÃO SÃO UNIVERSIDADES OU
FACULDADES REGULARES JUNTO AO MEC.

O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO se manifestou em relação à UNIVERSIDADE


ESTADUAL VALE DO ACARAÚ nos termos do Processo que segue:

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
CONSULTORIA JURÍDICA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO-GERAL DE ESTUDOS, PARECERES E
PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
PARECER Nº 194/2009-CGEPD
INTERESSADO: UVA – UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
REFERÊNCIA: PROCESSOS NºS 23000.000044/2008-09
23001.000074/2007-16
23000.011967/2007-05
23000.012122/2007-29
ASSUNTO: REPRESENTAÇÃO FORMULADA PELA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS
MANTENEDORAS DE FACULDADES ISOLADAS E INTEGRADAS–ABRAFI,
DENUNCIANDO A ATUAÇÃO IRREGULAR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE
DO ACARAÚ-UVA, INSTITUIÇÃO PÚBLICA DO SISTEMA ESTADUAL DO CEARÁ,
RECONHECIDA COMO UNIVERSIDADE PELA PORTARIA MEC Nº 821, DE 31 DE
MAIO DE 1994, PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO.

O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO se manifestou dizendo (PARECER Nº 194/2009-


CGEPD “ NESSE CONTEXTO, É INDUVIDOSO QUE A ATUAÇÃO DA UVA FORA DE

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SEDE CONSTITUI IRREGULARIDADE E CONTRARIA A REGRA DE COMPETÊNCIA


ESTABELECIDA PELA LDB, ESTANDO A RECLAMAR, PARA FAZER CESSAR ESSA
ATUAÇÃO, PARA PRESERVAR AS COMPETÊNCIAS DOS SISTEMAS DE ENSINO E PARA
HOMENAGEAR O PRINCÍPIO FEDERATIVO, MEDIDAS DE CORREÇÃO, SEJAM ELAS
ADMINISTRATIVAS OU JUDICIAIS, SEM PREJUÍZO DO CUMPRIMENTO DA
GRATUIDADE DO ENSINO NOS ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS, ASSEGURADA PELO
ART. 206, IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
INCUMBEM, EM PRIMEIRO PLANO, AO MEC, PODER PÚBLICO EM MATÉRIA DE
EDUCAÇÃO NACIONAL (LEI Nº 9.131/95) E GUARDIÃO DA LDB. EM SEGUNDO PLANO,
AOS ÓRGÃOS DOS SISTEMAS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO ALCANÇADOS PELA
ATUAÇÃO IRREGULAR DA UVA. EM QUALQUER DOS CASOS, TANTO O MEC, QUANTO
OS ÓRGÃOS DOS SISTEMAS ESTADUAIS PODEM DEFLAGRAR ESSAS MEDIDAS COM A
COLABORAÇÃO DE ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS DE CONTROLE E/OU DO MINISTÉRIO
PÚBLICO...”) que competia a cada aluno individualmente buscar seus direitos no Poder
Judiciário, por conta da violação PROMOVIDA PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL
VALE DO ACARAÚ.
Essas informações estão publicadas no site do MEC e no endereço:
REFERENCIAS: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/pces222_09.pdfUENTO C
http://www.siespe.com.br/material/parecer1942009.pdf

CÓPIA INTEGRAL DO DOC. CITADO: PARECER Nº 194/2009-CGEPD

http://dceuniversidadeuva.no.comunidades.net/index.php?pagina=1334562108

ROGAMOS que a Câmara leve em consideração as regras processuais para a


Legalidade do Processo de Agravo de Instrumento.

Diversos desembargadores do TJCE decidiram de forma monocrática pela


ILEGALIDADE DE COBRANÇA DE TAXAS E MENSALIDADES NA UVA,
esta deve ser a JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO TRIBUNAL.

O presente AGRAVO DE INSTRUMENTO não pode prosperar, pois:

Art. 557. O relator negará seguimento a recurso manifestamente

inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula

ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo

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41

Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. (Redação dada pela Lei nº

9.756, de 17.12.1998).

Ressalte-se Senhor Desembargador que além das ponderações elencadas nas razões
acima, o TRIBUNAL DE JUSTIÇA PLENO decidiu não conhecer dos Embargos
de Declaração propostos pelo Governo do Ceará. Mantendo, pois, a decisão de
DECLARAR INCONSTITUCIONALIDADE DO DECRETO ESTADUAL que
autorizava a UVA cobrar e por este fundamento decidiu o magistrado de
PRIMEIRO GRAU. A CAMARA CÍVEL DEVE MANTER A DECISÃO DO
JUIZ DE PRIMEIRO GRAU, pois se aplica as universidades públicas estaduais a
SÚMULA VINCULANTE 12. É esse o entendimento do SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL e o entendimento do COLEGIADO PLENO que Vossa
Excelência faz parte.

A Câmara Cível douto magistrado, deve refletir e levar em consideração que o


presente recurso de agravo não deve ser conhecido e ao agravado deve-lhe
ser assegurado o direito de estudar em uma universidade pública, pois não
existem dúvidas que o impetrante é aluno da Universidade e não dos
Institutos parceiros da UVA. A Universidade Estadual Vale do Acaraú
(UVA) é uma universidade pública sediada na cidade de Sobral, interior do
Ceará. Tendo como objetivo promover o desenvolvimento do ensino superior
na região norte do estado, onde age como centro para difusão de
conhecimentos, ocupando assim a colocação de segunda maior universidade
estadual do Ceará. A natureza jurídica da UVA é de Pessoa Jurídica de
Direito Público, conforme o art. 222 da Constituição do Estado do Ceará.

Senhor Desembargador, recentemente a UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO


ACARAU dentro dos mesmos objetivos interpôs contra decisão do magistrado da
segunda vara da comarca de Sobral, Agravo de Instrumento no Processo:
2009.0028.5612-8/0. AGRAVO DE INSTRUMENTO. A desembargadora relatora
decidiu nos termos da DECISÃO EM ANEXO I.

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Finalmente... (...) Pelas ponderações elencadas é que retornamos a pedir e

rogamos pelo indeferimento dos pedidos da agravante no presente agravo


de instrumento.
É ilegal e abusivo o indeferimento de rematrículas em curso superior público, ao fundamento de que o (a)

aluno (a) não “... Pode fazer porque está devendo mensalidades a universidade pública
UVA através de instituto(s) (i) legal”. O (a) aluno (a) está na universidade estudando... Como
dizem na universidade... “sem pagar e na marra”. Sempre, e principalmente hoje, preenchem os requisitos
indicados no edital do concurso vestibular de origem, posto que o mérito da questão resida, aí sim, no fato

de está devendo mensalidades em uma universidade pública estadual. Em assim agindo, a


autoridade coatora estará cometendo ato de improbidade a ser apurada em processo próprio em outra
esfera de competência, alheia ao MS. O Reitor está descriminando o (a) impetrante e, portanto, violando
preceito constitucional basilar. Noutras palavras: está agindo completamente ao arrepio da lei

fundamental e das normas do Conselho Estadual de Educação do Estado do Ceará. Assevere-se,


ainda, que a proibição de re-matrículas da impetrante fere o princípio da continuidade,
prevista no artigo 22 do CODECON. Ei-lo: art. 22 - os órgãos públicos, por si ou suas
empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de
empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e,
quanto aos essenciais, contínuos. (grifou-se). Dessa forma, a autoridade coatora (concessionária
de serviço público), e a educação é uma concessão pública, de natureza essencial, não pode se desviar
dessa função.

Concessão vênia, doutos desembargadores julgadores, a vedação da rematrícula do (a) impetrante no seu
curso para o qual foram aprovadas não merece prosperar porquanto eivado de ilegalidade, porque põe à
deriva direito líquido e certo albergado na magna carta em vigor. Da ofensa aos preceitos constitucionais
- conforme já asseverado fartamente alhures, a conduta da autoridade coatora viola a dignidade da pessoa
humana que é princípio fundamental da nação. Somado a isso, a carta constitucional, em seu artigo 6.º se
reconhece que a educação é um direito social assegurados a todos os cidadãos e que incumbem ao estado,
conforme se vê do art. 205 do pergaminho constitucional, in verbis: “a educação, direito de todos e dever
do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Destarte, se assim é, não pode a impetrada, universidade UVA, como concessionária de serviço público,
impedir que o (a) impetrante, faça as sua(s) re-matrícula(s) no seu curso de origem, para o qual foi
aprovada, sob o argumento de que estes estão devendo ao instituto que foram autorizados de forma ilegal
a subdelegar a responsabilidade pública da UVA. Desse modo, portanto, cerceando o direito do (a)

impetrante, está violando um dos direitos integrantes da cidadania. Portanto, por tudo já exposto é
plenamente possível a viabilidade jurídica da efetivação das rematrículas em tela,
vedando-se, conseqüentemente, qualquer tipo de sanção didático-pedagógica,

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garantindo-se, inclusive, às rematrículas futuras, nos exatos termos do art. 205 da


carta magna, até o final de todo o curso universitário, sem pagar a universidade
pública. Em sendo assim, a matéria em discussão repousa na prevalência de dois valores
constitucionalmente assegurados: o direito à educação, dever do estado e da família e promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade (art. 205). Por conseguinte, tem o (a) impetrante direito
assegurado pelo acesso constitucional à educação superior na rede pública, porquanto é dever do estado
promover o bem de todos, sem preconceitos de qualquer natureza e de quaisquer outras formas de
discriminação, bem como também deve franquear o ensino a todos os cidadãos, com base na igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola, garantindo a gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais. Se a lei tenta frustrar o acesso à educação através de privilégios ao delegado de
serviço público que acaba por inviabilizar o direito constitucionalmente assegurado, deve ler-se a

restrição com os olhos do constituinte, não do legislador. Somado a isso, o supremo tribunal federal
proclamou que a educação é o direito social constitucionalmente assegurado quando
proclamou a legitimidade do ministério público para questionar em juízo os abusos na
cobrança de mensalidades escolares. Destarte, a educação é bem constitucionalmente protegida
com o dever do estado e obrigação de todos (cf, art. 205), por isso que a retribuição pecuniária envolve
"segmento de extrema delicadeza e de conteúdo social tal que, acima de tudo, recomenda-se o abrigo
estatal", conforme recurso extraordinário - 163231 rel. Min. Maurício Corrêa, plenário, DJ-29/6/2001.
Concessão vênia, a atitude da autoridade coatora, conforme narrado supra, viola princípios de índole
constitucional, o que, por si só, é capaz de gerar a nulidade da presente proibição de efetivação de
rematrícula. Pontifica CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO: “violar um princípio é muito mais
grave que transgredir uma norma. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico
mandamento obrigatório, mas a todo sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou de
inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra
todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e
corrosão de sua estrutura mestra. Isto porque, com ofendê-lo, abatem-se as vigas que o sustém e alui-se
toda a estrutura neles esforçadas"- (in breves anotações à CF/88, organização CEPAM, ed. Atlas, 1990,
pág. 20). Ressalte-se ainda neste contexto, imprescindível e conclusiva é a análise de JOSÉ SOUTO
MAIOR BORGES, pois para ele no tocante aos princípios fundamentais, a CF é rigidíssima. Não podem,
a teor do art. 60, § 4º, ser abolidos senão por via revolucionária e, pois, extra constitucional.
Esse,dispositivo expressamente prescreve: não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente

a abolir: I - A FORMA FEDERATIVA DOS ESTADOS; II - O VOTO DIREITO,


SECRETO, UNIVERSAL E PERIÓDICO; III - A SEPARAÇÃO DOS PODERES; IV -
OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS.” (GRIFOS NOSSOS). (PRÓ-DOGMÁTICA:
POR UMA HIERARQUIZAÇÃO DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS, REVISTA TRIMESTRAL
DE DIREITO PÚBLICO, VOL. 1, 1993, MALHEIROS EDITORES, PÁG. 145). Aliás, como bem
demonstra LUÍS BARROSO em recente trabalho: “somente há sentido em inscrever na constituição
princípios dotados de eficácia jurídica e aptos a se tornarem efetivos, isto é, "a operarem concretamente

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44

no mundo dos fatos". (in princípios constitucionais brasileiros, pág. 184). Logo, indubitavelmente, os
princípios, ora ventilados, são auto-executáveis, de eficácia plena, imediata, pois não têm seu alcance
reduzido, por nenhuma lei infraconstitucional (e, portanto, não é de eficácia contida), bem como não é de
eficácia limitada, pois não depende de lei ordinária integrativa para sua eficácia. Desta forma, a proibição
dos acadêmicos darem continuidade aos estudos, em virtude de tão-somente não preencherem os

requisitos de imposição de pagar mensalidades em uma universidade pública – que não


foi autorizada por lei, constitui-se em um comportamento indevido, já que o(s)
impetrante(s) não consegue(m) se rematricular no(s) seu(s) curso(s) para o qual (is) foi
(ram) aprovado(s) no(s) vestibular (es), quando da data para tal fim. A situação do
(os) impetrante(s) é similar a de muitos alunos que eLstão cursando, atualmente, o
ensino superior na universidade pública uva.

DOUTOS DESEMBARGADORES DA CAMARA CÍVIEL...

Diante da exaustiva exposição, requer-se junto ao senhor Desembargador Relator, e senhores


Desembargadores Reunidos em Câmara Cível, demonstrar que estes institutos estão (estavam?) se
beneficiando de um Decreto Estadual (agora não podem mais), pois a UVA por força do Decreto
Estadual (podia cobrar, mais delegava poderes aos institutos para que estes cobrassem). Os institutos são
pessoas (institutos) ligadas ao ciclo pessoal do Magnífico Reitor da UVA, onde se encontra por trás o
senhor Deputado José Teodoro, mentor desta engenharia... “tudo pela educação”.

Assim, requer-se as Vossa Excelências, considerarem improcedente os argumentos do AGRAVO DE


INSTRUMENTO, e no mérito garantir a liminar e seus efeitos nos termos exarados pelo Magistrado da
2.o Vara de Justiça da Comarca de Sobral.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Fortaleza, 3 de março de 2010.

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DECISÃO EM ANEXO I.

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DECISÃO EM ANEXO I .

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