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Aterro Sanitário

Técnico de Segurança e Saúde do


Trabalho
Disciplina: Proteção ao meio ambiente
Prof(a): Talita S. bastos
2009/01
Aterro Sanitário
• Definição:Técnica de disposição de resíduos
sólidos no solo, sem causar danos ou riscos à
saúde pública e à segurança, minimizando os
impactos ambientais (IPT, 1995).
• Método que utiliza princípios de engenharia para
confinar resíduos sólidos à menor área possível e
reduzí-los ao menor volume possível, cobrindo-os
com uma camada de terra na conclusão da
jornada de trabalho ou a intervalos menores, se
necessário (IPT, 1995).
Aterro Sanitário- Configurações
• Os aterros sanitários apresentam em geral a
seguinte configuração: setor de preparação,
setor de execução e setor concluído. Alguns
aterros desenvolvem esses setores
concomitante em várias áreas, outros de
menor porte desenvolvem cada setor de cada
vez.
Aterro Sanitário-Configurações
• Na preparação da área são realizados,
basicamente, a impermeabilização e o
nivelamento do terreno, as obras de
drenagem para captação do chorume (ou
percolado) para conduzí-lo ao tratamento,
além das vias de circulação. As áreas
limítrofes do aterro devem apresentar uma
cerca viva para evitar ou diminuir a
proliferação de odores e a poluição visual.
Aterro SanitárioCerca Viva
• ARBORIZAÇÃO EM TORNO DA ÁREA DE
DISPOSIÇÃO FORMANDO A "CERCA VIVA"
• O plantio de uma "cerca viva", com árvores de
grande porte nas áreas limítrofes do aterro
sanitário, tem como objetivo diminuir os odores
transportados pelo ar e a poluição visual.
• Em muitos casos as espécies plantadas são
eucaliptos, devido ao seu crescimento rápido e
ao seu grande porte.
Aterro Sanitário Cerca Viva
Aterro Sanitário- Configurações
• Na execução os resíduos são separados de
acordo com suas características e depositados
separadamente. Antes de ser depositado
todo o resíduo é pesado, com a finalidade de
acompanhamento da quantidade de suporte
do aterro. Os resíduos que produzem material
percolado são geralmente revestidos por uma
camada selante.
Aterro sanitárioSeparação dos Res.
• ZONEAMENTO DAS ÁREAS DE DISPOSIÇÃO DOS
RESÍDUOS DE ACORDO COM SUAS CARACTERÍSTICAS
• Em um aterro sanitário os resíduos devem ser
depositados de acordo com suas características e
potencial poluidor.
• Nesse sentido, o zoneamento das áreas de deposição
em um aterro sanitário, geralmente segue a
configuração apresentada na figura a seguir, ou seja, o
resíduos domiciliares são dispostos em locais
diferentes dos entulhos e dos resíduos de varrição e
podas, entre outros.
Aterro Sanitário- Separação dos Res.
Aterro sanitário-Revestimento
• IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE (FUNDAÇÃO) DO
ATERRO SANITÁRIO E COBERTURA COM CAMADA
SELANTE
• A base do aterro deve ser impermeabilizada com
material adequado, que impossibilite a passagem do
chorume ou percolado para o solo e subsolo.
Geralmente são usadas diferentes camadas de argila,
solo compactado e/ou material sintético especial.
• Os resíduos depositados são em muitos casos
separados em camadas ou células, revestidas por
cobertura selante de solo ou argila.
Aterro Sanitário- Revestimento
Aterro Sanitário- Revestimento
• As fotos a seguir ilustram um aterro sanitário
em fase de preparação, com alguns trabalhos
de impermeabilização do solo.
Aterro Sanitário- Revestimento
Aterro sanitário-Configurações
• Atingida a capacidade de disposição de resíduos
em um setor do aterro, esse é revegetado, com
os resíduos sendo então depositados em outro
setor. Ao longo dos trabalhos de disposição e
mesmo após a conclusão de um setor do aterro,
os gases produzidos pela decomposição do lixo
devem ser queimados e os percolados devem
ser captados. Em complemento, também devem
ser realizadas obras de drenagem das águas
pluviais.
Aterro Sanitário-Chorume
• COLETA E TRATAMENTO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS
PERCOLADOS (CHORUME)
• Os locais de deposição dos resíduos domiciliares
devem ser preparados com obras de drenagem para
coleta dos efluentes líquidos percolados (chorume).
Em certos casos é realizado o tratamento desse
chorume em estações próprias para essa finalidade.
Em outros casos o chorume é reintroduzido na massa
de lixo, fato que acelera a decomposição do lixo.
• A figura a seguir ilustra esquematicamente o processo
de coleta e tratamento dos percolados.
Aterro Sanitário-Chorume
Aterro Sanitário- Chorume
• A foto a seguir ilustra a coleta de chorume ou
percolado para direcioná-los a estação de
tratamento.
Aterro Sanitário- Gases
• Os gases produzidos pela decomposição dos
resíduos devem ser captados por tubulações
próprias e queimados. Essas tubulações
geralmente são feitas de tambores ou tubos
de concreto ou metal, com furos em suas
laterais.
Aterro Sanitário- Gases
• figura a seguir ilustra a formação de captação
de gases em um aterro sanitário.
Aterro Sanitário-Gases
• As fotos a seguir ilustram obras de instalações
das tubulações de captação de gases em
aterros sanitários
Aterro Sanitário- Configurações
• Os setores concluídos devem ser objeto de
contínuo e permanente monitoramento para
avaliar as obras de captação dos percolados e as
obras de drenagem das águas superficiais, avaliar
o sistema de queima dos gases e a eficiência dos
trabalhos de revegetação. Nesse sentido,
segundo IPT (1995), as seguintes técnicas de
monitoramento são geralmente utilizadas:
piezometria, poços de monitoramento,
inclinômetro, marcos superficiais e controle da
vazão.
Aterro Sanitário- Monitoramento
• MONITORAMENTO DO COMPORTAMENTO DA
MASSA DO ATERRO SANITÁRIO DE ACORDO COM O
PROJETO
• As áreas de um aterro sanitário que já estão concluídas
devem ser continuamente monitoradas para avaliar as
obras de drenagem para coleta e tratamento dos
percolados e das tubulações de captação de gases.
• Além disso o monitoramento deve analisar se há
ocorrência de contaminação do solo ou da águas
subterrâneas, por meio de medições realizadas em
poços de monitoramento a jusante e montante do
aterro.
Aterro Sanitário- Monitoramento
• A figura a seguir ilustra um esquema de
monitoramento de um aterro sanitário.
Aterro Sanitário- Monitoramento
• * PZ- Piezemomêtro é um poço de pequeno
diâmetro para medição da profundidade do
nível de águas subterrâneas.
Aterro Sanitário
Aterro Sanitário- Formas de
Aterramento
• Método da Trincheira ou Vala
• Método da Área
• Método da Rampa
Aterro Sanitário- Formas de Deposição
dos Resíduos
• Método da Célula- impermeabilização
• Método do Sanduíche
• Método da Descarga- sem impermeabilização
Aterro Sanitário- Aspectos
Operacionais
• Nos aspectos operacionais de um aterro
sanitário estão envolvidos os seguintes fatores:
• Tráfego
• Espalhamento de Materiais
• Ruídos e Odores
• Proliferação de Vetores
• Frente de Operação
• Manutenção das Estruturas
• Monitoramento Ambiental
Aterro Sanitário- Aspectos
Operacionais
• Esses fatores devem ser continuamente
monitorados, pois eles podem mudar de
situação conforme o desenvolvimento do
aterro.
• A figura a seguir esquematiza os aspectos
operacionais do aterro sanitário com critérios
de área, recebimento dos resíduos, inspeções,
manejo adequado e cobertura diária.
Aterro Sanitário- Aspectos
Operacionais
Aterro Sanitário- Disposição Final
• São quatro as alternativas possíveis de saída do
fluxograma, ou seja, remediação de lixão,
transformação de lixão em aterro sanitário,
estudos para viabilização de áreas para instalação
de aterro sanitário e projeto de aterro sanitário
em áreas novas.
• As tabelas a seguir apresentam a concepção
básica de cada alternativa no estabelecimento
das diretrizes para a disposição de resíduo,
segundo IPT (1995).
Aterro Sanitário- Disposição Final
REMEDIAÇÃO DE LIXÃO
Compreende o processo que objetiva reduzir, o máximo possível, os impactos
negativos causados pela disposição inadequada do lixo urbano no solo, considerando-
se a decisão de terminar a operação no local.

TRANSFORMAÇÃO DE LIXÃO EM ATERRO SANITÁRIO

Alternativa mais avançada que a anterior, tratando-se de processo que possibilita


a recuperação gradual de área degradada pelo lixo, desde que haja espaço
suficiente para dispor o lixo durante um longo prazo no futuro.
Aterro Sanitário- Destino Final

ESTUDOS PARA A VIABILIZAÇÃO DE ÁREAS PARA INSTALAÇÃO DE ATERRO


SANITÁRIO
Compreendem uma seqüência de atividades para a identificação e análise da
aptidão de áreas para a instalação de aterros.

PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO EM ÁREAS NOVAS


Refere-se ao conjunto de critérios, dados e elementos que devem ser
considerados na concepção da instalação de um aterro.
Aterro Sanitário - Estudo para relações
de Locais
• Os estudos para seleção de locais para disposição
de resíduos deve envolver uma equipe
multidisciplinar para considerar, desde
parâmetros relacionados ao meio físico e ao meio
biológico, até aspectos sociais, econômicos e
imobiliários.
• Nesse sentido, Cunha e Consoni (1995) definem 5
etapas que devem ser realizadas em estudos para
seleção de locais de disposição, que são as
seguintes:
Aterro Sanitário- Estudos para
disposição de locais
• Diagnóstico da situação atual dos resíduos
sólidos na região de estudo e prognóstico da
situação futura;
• Estudo geológico-geotécnico e ambiental para
seleção de áreas;
• Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo
Relatório de Impacto Ambiental (Rima);
• Projeto de viabilidade técnica e econômica do
aterro; e,
• Estudo e definição de órgão gestor do
empreendimento.
Aterro Sanitário- Fundamentos
• Garantia da estabilidade dos locais usados
para disposição de resíduos.
• Verificação da migração de contaminantes a
partir dos locais de disposição de resíduos.
Aterro Sanitário- Objetivos
• Proteção do meio ambiente a partir do uso de
técnicas e métodos para selecionar área
adequada para disposição dos resíduos, de
acordo com sua periculosidade e
características intrínsecas.
• Determinar critérios para seleção de áreas, de
acordo com as características e possibilidades
sócio-econômicas do município.
Referências Bibliográficas
• ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Resíduos Sólidos: classificação, NBR 10.004. Rio de Janeiro, 1987. 63p.

• 2 - BERNADES JR., C.; SABAGG, M.A.F. & FERRARI, A.A.P. Aspectos tecnológicos de projetos de aterros de resíduos sólidos. In RESID'99, 1999, São
Paulo. Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 30 set. 1999. p.51-68

• 3 - CAMINHOS DA TERRA, OS. O fim dos catadores mirins. ano 08, nº 06, ed. 86, junho 1999, p.12.

• 4 - CAMINHOS DA TERRA, OS. Lixo dentro da Lei. ano 08, nº 06, ed. 86, junho 1999, p.18.

• 5 - CUNHA, M.A. & CONSONI, A.J. Os estudos do meio físico na disposição de resíduos. In: BITAR, O.Y. (Coord.). Curso de geologia aplicada ao meio
ambiente. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), 1995. cap. 4.6, p.217-227.

• 6 - HEITZMANN JR., J. F. Alteração no composição do solo nas proximidades de depósitos de resíduos domésticos na bacia do Rio Piracicaba, São
paulo, Brasil. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE). Síntese de Tese. 1999. 66p.

• 7 - INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (IPT). Lixo Municipal: manual de gerenciamento integrado. São Paulo:
IPT/CEMPRE. 1995. 278p.

• 8 - KELLER, E.A. Environmental geology. 8ª ed. Upper Saddle River: Prentice-Hall Inc., 2000. 562p.

• 9 - MURCK, B.W.; SKINNER, B.J. & PORTER, S.C. Environmental geology. New York: John Wiley & Sons Inc., 1996. 535p.

• 10 - PHILIPPI JR., A. Agenda 21 e resíduos sólidos. In RESID'99, 1999, São Paulo. Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 30 set. 1999.
p.15-25

• 11 - PROIN/CAPES e UNESP/IGCE. Material Didático: arquivos de transparências (CD). Rio Claro: Departamento de Geologia Aplicada, 1999.

• 12 - TRESSOLDI, M. & CONSONI, A.J. Disposição de Resíduos. In: OLIVEIRA, A.M.S. & BRITO, S.N.A. (Eds.). Geologia de Engenharia. São Paulo:
Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 1998. Cap. 21, p. 343 a 360.

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