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PREFERENCIAS E PRIVILÉGIOS NO CONCURSO DE CREDORES

O CÓDIGO CIVIL E A LEGISLAÇÃO FALIMENTAR BRASILEIRA

Antônio Augusto Gonçalves Tavares

1
SUMÁRIO

I. Introdução – Conceitos ............................................................ 1

II. Os privilégios no concurso de credores na lei civil brasileira ... 7

III. A classificação dos créditos na falência e na recuperação

judicial ....................................................................................... 9

Bibliografia ............................................................................. 43

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I – INTRODUÇÃO - CONCEITOS

Na lição de Liebmann (1968:141-2), ao concurso universal

de credores, que abrange todos os bens e todos os credores do

executado, se opõe o concurso especial, que se realiza sobre os

bens penhorados e se destina a satisfazer os credores

intervenientes

Em sede do direito obrigacional pátrio, o patrimônio do

devedor constitui garantia do credor, logo, a solvabilidade deste é

necessária para o êxito da execução forçada. Se o acervo de

bens de devedor for insuficiente ter-se-á declaração de

insolvência e, conseqüentemente, o concurso de credores para

efeito de rateio do fruto da sua realização. Caracterizado, nesse

cenário, o estado de insolvência, pois as dívidas excedem à

importância dos bens do devedor.

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São formas de concurso universal de credores a falência e

a insolvência civil, esta regulada nos artigos 748 e seguintes do

Código de Processo Civil, aquela na legislação especial

respectiva. Há concurso especial de credores quando, na

execução promovida por um, intervém outro credor, a fim de se

satisfazer com o produto dos mesmos bens penhorados pelo

primeiro.

A falência, segundo a lei brasileira respectiva (11.101/05)

se caracteriza quando o devedor empresário deixa de pagar de

seus débitos. Também se revela a falência na prática de atos

incompatíveis com a rotina empresarial normal. Em ambos os

casos, há presunção de insolvência do empresário.

A distinção, entre a insolvência e a falência consiste no

fato de que a falência somente ocorre contra devedor empresário,

e a sua característica é impontualidade no pagamento ou a

prática dos atos de falência antes referidos. A insolvência ocorre

contra devedor não empresário, sendo a sua característica a

insuficiência de bens para atender ao montante das obrigações.

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Tanto na insolvência, como na falência, dá-se a execução

coletiva, que tem o seu encerramento com o concurso universal

de bens, isto é, os bens do devedor são levados à hasta pública,

para satisfação dos créditos de toda a comunidade de credores

que se tenham habilitado no processo falimentar ou de

insolvência. Na execução singular procede-se à hasta pública

para satisfazer o crédito daquele credor que tenha promovido o

processo de execução.

Também nos casos de insolvência ela pode caracterizar-

se não só quando evidente que os bens do devedor são

insuficientes para acudir suas dívidas, mas também por

presunção, nos termos do artigo 750 do Código de Processo

Civil, que assim dispõe: Presume-se a insolvência quando: a) o

devedor não possuir outros bens livres e desembaraçados para

nomear à penhora; b) forem arrestados bens do devedor, com

fundamento no artigo 813,incisos I, II e III.

Assim, se o devedor civil somente possuir bens onerados,

não dispondo de outros para dá-los em garantia em processo de

execução que responda, presumir-se-á que esteja insolvente e,

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com essa simples presunção, pode o credor promover o

respectivo processo. Da mesma forma, a insolvência pode

caracterizar-se por simples presunção, quando os bens do

devedor forem arrestados nos seguintes casos previstos no artigo

813 do Código Processual: I) quando o devedor, sem domicílio

certo, intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixa

de pagar a obrigação no prazo estipulado; II) quando o devedor,

que se tem domicílio: a) Se ausenta ou tenta ausentar-se

furtivamente; b) Caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar

bens que possui; contrai, ou tenta contrair dívidas extraordinárias;

põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceiros; ou comete

outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução

ou lesar credores; III) quando o devedor, que possuir bens de

raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem

ficar com alguns livres e desembaraçados, equivalentes às

dívidas e IV) nos demais casos expressos em lei.

O concurso de credores, portanto, é a execução coletiva

de credores contra devedor comum, tendo como epílogo, de

modo geral, a venda em hasta pública dos bens do devedor, para

solver os compromissos do falido ou do insolvente, na proporção

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em que o rateio o autorizar. Os saldos persistem em favor dos

credores, só se extinguindo após cinco anos do encerramento da

falência ou da insolvência, segundo as disposições legais

respectivas.

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II. OS PRIVILÉGIOS NO CUNCURSO DE CREDORES NA LEI

CIVIL BRASILEIRA

O concurso especial de credores do não empresário está

regulado nos artigos 709 a 713 do Código de Processo Civil, que

disciplinam a distribuição, pelo juiz, do produto da execução entre

os vários credores. Ocorre, pois, concurso especial de credores

recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo bem, sem que

haja declaração judicial da insolvência do executado.

Segundo o artigo 748 do Código de Processo Civil

brasileiro, Dá-se a insolvência toda vez que as dívidas excedem

à importância dos bens do devedor.

O Código Civil (artigo 1477, parágrafo único) preconiza,

entretanto, que não se considera insolvente o devedor por faltar

ao pagamento das obrigações garantidas por hipotecas

posteriores à primeira.

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O credor que primeiro efetuar a penhora sobre os bens de

seu devedor, adquirirá, por força do princípio da anterioridade, um

direito de prelação ou de preempção legal. Em conseqüência,

preferirá aos demais e subseqüentes credores penhorantes do

mesmo bem, recebendo em primeiro lugar o pagamento de seu

crédito.

Com efeito, o princípio da anterioridade da penhora,

contudo, não proíbe o credor, a quem não aproveita a mais

antiga, de fazer valer o direito de preferência do crédito, a ser

exercitado dentro da forma como decorre de sua qualidade

creditícia, como nos casos de crédito trabalhista, v.g.. O mesmo

Código de Processo Civil (artigo 711) prescreve que correndo

vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e entregue

consoante a ordem das respectivas prelações; não havendo título

legal à preferência, receberá em primeiro lugar o credor que

promoveu a execução, cabendo aos demais concorrentes direito

sobre a importância restante, observada a anterioridade de cada

penhora.

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Na execução contra devedor solvente, aplica-se o

princípio prior tempore potior jure, ou seja, aquele que chegou

primeiro no tempo, e obtiver a penhora, desfrutará de uma

situação privilegiada perante o direito, pois as penhoras ulteriores

não diminuirão a responsabilidade do bem pela dívida que o

executado tem perante ele. Por força deste preceito legal, a

preferência do credor que primeiro penhorou não prevalece sobre

credor que disponha de título legal de preferência, tal como a

Fazenda Pública ou a Previdência Social.

Na discussão entre os credores, poderão opor exceções.

Entre eles pode surgir ocasião de impugnação da situação

positiva do outro, diante de algum fator de nulidade ou de

anulabilidade do negócio ou da obrigação que gerou a

preferência. Não há porque, entretanto, privilegiar-se quem

aceitou garantia que já sabia onerada, ou permitir que seja

diminuída a garantia daqueles cujos direitos se constituíram numa

época em que outros ônus não gravam o imóvel. Pelo CPC

(artigo 768), o devedor também terá direito de impugnar dívidas

que lhe sejam apresentadas, opondo exceções no concurso

creditório instaurado no processo de insolvência.

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Os credores terão igual direito sobre os bens do devedor

comum, quando não houver título legal à preferência. São

credores comuns os que não têm crédito privilegiado ou real. Se

todos estiverem nessa classe, não há privilégios, nem

preferências entre eles, e todos concorrem, igualmente, na

proporção se seu crédito, ao direito de excutir o patrimônio do

devedor comum, salvo se houver, dentre eles, algum que possua

título legal à preferência, que terá, então, a prerrogativa de ser

pago preferencialmente com o produto dos bens do devedor, de

modo que somente depois de satisfeito o seu crédito é que os

outros credores serão pagos com o remanescente. O privilégio

creditório é o direito outorgado por lei a um credor para ser pago

com preferência a outro e o crédito quirografário é aquele sobre o

qual nenhuma preferência há.

Não há que se seguir, pois, nessa hipótese, a ordem do

Código Civil, que trata das diversas qualidades de crédito

privilegiados ou preferenciais.

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A lei outorga vantagem ao credor, pela natureza do

crédito, não só para reaver o bem, com exclusão dos demais

credores, como para preterir os concorrentes no recebimento do

crédito, são os títulos legais de preferência. Tais títulos

constituem os privilégios pessoais, especiais (artigo 964 Código

Civil) e gerais (artigo 965 Código Civil) e reais, como os direitos

reais de garantia sobre a coisa alheia.

O privilégio consistirá no direito pessoal de preferência, ou

seja, de o credor ser pago em primeiro lugar. Tanto o privilégio

geral, atinente a todos os bens do devedor, como o especial,

alusivo a certos bens do devedor, decorrem de lei.

Os direitos reais valem erga omnes, são jura excludendi

omnes alios; são direitos de soberania sobre a coisa. Enquanto

as obrigações são direitos relativos, os direitos reais são direitos

absolutos. Isto quer significar que o direito real produz eficácia

real, ou seja, faculta o proprietário usar, gozar e dispor da coisa,

e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a

possua ou detenha (artigo 1228 Código Civil). Portanto, o titular

de direito real sobre a coisa dispõe de um título legal que o

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habilita a ostentar a condição de credor real e, por isso,

preferencial. Apenas os direitos reais de garantia, como penhor,

hipoteca, anticrese, caução de títulos de crédito, é que constituem

títulos legais de preferência.

Os credores hipotecários ou privilegiados conservarão

seus direitos creditórios sobre: o preço do seguro da coisa

gravada com hipoteca ou privilégio, ou sobre indenização paga

pelo responsável pela sua perda ou deteriorização; o valor da

indenização decorrente de desapropriação do bem onerado com

hipoteca ou privilégio. Tal sub-rogação real está garantindo o

direito do credor hipotecário e/ou privilegiado, substituindo a coisa

dada em hipoteca ou privilégio.

A exoneração do devedor do seguro ou da indenização

acontece se o devedor do preço do seguro, ou do valor da

indenização, vier a pagá-lo diretamente ao proprietário, sem que

haja qualquer oposição dos credores hipotecários ou

privilegiados. Se opuserem, e o pagamento for feito à revelia

desses interessados, deverá o devedor pagar novamente,

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embora tenha direito regressivo contra o proprietário que recebeu

o pagamento para reembolsar-se.

Nos casos aqui tratados, a palavra preferência é utilizada

em sentidos vários, sendo que os títulos legais de preferência

são os privilégios e os direitos reais (artigo 958 Código Civil). Se

usada no sentido de atributo dos direitos reais, ela se refere à

determinada qualidade que os bens dados em garantia por

penhor, anticrese e hipoteca têm de ficar sujeitos, por vínculo

real, ao cumprimento da obrigação (artigo 1419 Código Civil).

Estes créditos terão preferência sobre o crédito pessoal, exceto

no que atinar à dívida proveniente de salário de trabalhador

agrícola, para ser pago pelo produto da colheita com que

concorreu com seu trabalho.

O crédito pessoal privilegiado (geral ou especial), por

conter o privilégio, terá preferência em relação ao crédito pessoal

simples. Já o crédito com privilégio especial, que recai sobre

coisa determinada (artigo 964 Código Civil) terá preferência sobre

o crédito com privilégio geral decorrente de origem da dívida

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(artigo 965 Código Civil), que, por sua vez, prefere os créditos

quirografários.

Credor privilegiado1, É aquele garantido por privilégio ou

preferência, em virtude de lei, em relação aos demais credores.

Credor privilegiado, como dito alhures, difere do credor

garantido, cuja garantia de natureza real decorre sempre de

convenção, ex: credor hipotecário, credor pignoratício (penhor).

O credor privilegiado é também chamado por alguns de

preferencial, pois possui o privilégio de ser pago

preferencialmente a outros credores, não se encontrando sujeito

a dividendos ou rateios, salvo quando ocorrem vários de sua

classe e somente sobre eles (ex: créditos fiscais da União

prevalecem sobre créditos dos Estados e Municípios)

Quirografários são os credores que não possuem qualquer

título de garantia ou preferência, em relação aos bens do

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conceito, segundo dicionário Jurídico De Plácido e Silva

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devedor. Esses podem investir sobre bens com garantia real

(anticrese, penhor, hipoteca), na exigência de seus créditos.

Os créditos privilegiados, tais como, trabalhistas,

tributários (nesta ordem de preferência), têm privilégio em relação

aos créditos com garantia real (anticrese, penhor, hipoteca), e,

por fim, os créditos quirografários (ex: documento de confissão de

dívida, nota promissória, cheque, etc.) são os últimos a serem

pagos, se ainda sobrar algum valor capaz de quitá-los.

A hipoteca devidamente registrada resguarda a

preferência do credor hipotecário em relação aos credores

quirografários, mas cede às preferências legais (créditos

trabalhistas, tributários), e não veda seja feita penhora por outro

credor, apenas exige a notificação do credor hipotecário da praça,

quando marcada a data de sua realização.

As garantias reais se traduzem na afetação de

determinados bens do devedor (ou de terceiros) ao pagamento

de certas dívidas, que podem satisfazer-se à custa desses bens

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com preferência, ou seja: o crédito real, porque direito real, é

título legal preferencial.

Privilégio e não preferência. O privilégio é decorrência da

lei, em favor de certos créditos, de que os alimentares, os fiscais

e os trabalhistas são os mais conhecidos e comuns. Preferência é

antecedência no tempo, antecedência essa que o registro público

confere, por exemplo, os créditos com garantia real. O direito real,

que pressupõe o registro público para sua constituição, é direito

preferencial. Se concorrerem aos mesmos bens, e por título igual,

dois ou mais credores da mesma classe especialmente

privilegiados, dá-se a hipótese de rateio prevista no artigo 962 do

Código Civil. Se for o caso de preferência conferida pela

antecedência do registro, como ocorre com os direitos reais, o

rateio proporcional ao valor dos respectivos créditos não se

verifica, porque um direito (o antecedente, e por isso preferente)

satisfaz-se por primeiro, só então permitindo que o outro venha a

se satisfazer, caso o bem dado em garantia suporte todos os

ônus.

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Se sobre o mesmo imóvel pender mais de uma hipoteca,

em favor do mesmo credor ou de credores diferentes, opera-se

hipótese de preferência do credor da primeira hipoteca para

satisfação total de seu crédito, e assim todos os outros credores

hipotecários, pela ordem de antecedência do registro da hipoteca,

que confere aos credores eficácia preferencial (artigo 1476 a

1478 do Código Civil). No caso de mais de uma hipoteca

registrada, conferindo direito real a credores diversos, não se dá

à hipótese do artigo sob comentário: ocorre a satisfação do

primeiro e, depois, a dos demais, sem rateio, até que, se

possível, todos sejam satisfeitos.

O privilégio especial é compreensivo de bens sujeitos, por

disposição legal, ao pagamento do crédito que visa favorecer. Já

o privilégio geral abrange os bens não sujeitos a crédito real ou

privilégio especial.

Terá privilégio especial o credor de custas e despesas

judiciais feitas com arrecadação e liquidação sobre a coisa

arrecadada e liquidada; despesas de salvamento sobre a coisa

salvada; benfeitorias necessárias ou úteis sobre o bem

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beneficiado por elas; materiais, dinheiro ou serviços de

edificações, reconstrução ou melhoramento de prédios, sejam

rústicos ou urbanos; sementes, instrumentos e serviços a cultura

ou à colheita sobre os frutos agrícolas; aluguéis sobre as alfaias e

utensílios de uso doméstico nos prédios rústicos ou urbanos;

direitos autorais sobre os exemplares da obra existentes na

massa do editor; dívida salarial, se trabalhador agrícola, sobre

produto da colheita para o qual concorreu com seu trabalho. Tais

credores terão, precipuamente, preferência a quaisquer outros

créditos com privilégio geral ou quirografário.

Vide, à guisa elucidativa, alguns exemplos do

entendimento Jurisprudencial dos Tribunais brasileiros sobre o

tema:

“EXECUÇÃO – INCIDENTE DE CONCURSO DE


CREDORES – DECISÃO – INTERPOSIÇÃO DE APELAÇÃO
– NÃO CABIMENTO – AGRAVO DE INSTRUMENTO –
FUNGIBILIDADE RECURSAL – APLICAÇÃO –
POSSIBILIDADE – MÉRITO – ARREMATANTE – Impostos
em débito que impediam o registro da carta de arrematação -
Pagamento efetuado pelo arrematante - Reembolso -
Impossibilidade - Necessidade de habilitação do crédito -
Imóvel - Garantia hipotecária - Penhora. A decisão que põe
fim a incidente de concurso de credores não se configura
como sentença, mas como decisão interlocutória, desafiando,
assim, agravo de instrumento. Não se caracteriza erro

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grosseiro no manejo de apelação ao invés de agravo de
instrumento, pois o art. 713 do CPC, que trata do concurso de
credores, emprega a expressão "findo o debate, o juiz
proferirá sentença", o que suscita dúvida objetiva quanto ao
recurso cabível. Assim, respeitados os prazos legais, afigura-
se possível a aplicação do princípio da fungibilidade recursal
à hipótese. Se o arrematante, com o intuito de viabilizar o
registro do imóvel arrematado, efetua o pagamento dos
impostos em atraso, ocorre simples sub-rogação do crédito
(art. 905, III, do antigo CCB), tornando-se, assim, credor
quirografário do executado. A intervenção da união, suas
autarquias e empresas públicas em concurso de credores ou
de preferências não desloca a competência para a justiça
federal (Súmula 244/TFR). A hipoteca, devidamente
registrada, resguarda a preferência do credor hipotecário,
porém cede às preferências legais, e não veda seja feita
penhora do imóvel por outro credor, apenas exige a
notificação do credor hipotecário da praça, quando
marcada. No concurso de credores, o crédito trabalhista
prefere ao crédito hipotecário, bem como ao crédito
fiscal.” (TJDF, APC 20020150060003, DF, 4ª T.Cív., Rel.
Des. Sérgio Bittencourt, DJU 27.08.2003, p. 47)

“EMBARGOS DE TERCEIRO – CREDOR HIPOTECÁRIO –


PREFERÊNCIA ABSOLUTA DO CRÉDITO TRABALHISTA –
A existência prévia de hipoteca gravando bem imóvel de
devedor trabalhista não impede sua penhora e subseqüente
alienação forçada pela justiça do trabalho, desde que tenha
sido respeitado o disposto no inciso V do art. 686 do CPC,
cabendo ao credor hipotecário direito apenas ao valor que
eventualmente remanescer, na forma prevista na segunda
parte do art. 711 do CPC. A natureza "superprivilegiada" dos
créditos trabalhistas de natureza alimentar em relação a
todos os outros tipos de créditos prevalece inclusive sobre a
anterioridade do registro daquele direito real de garantia, de
natureza meramente privada e patrimonial (inteligência e
aplicação da orientação jurisprudencial nº 226 da SDI-
1/TST).” (TRT 3ª R., AP 802/03, 7ª T., Rel. Juiz José Roberto
Freire Pimenta, DJMG 08.04.2003, p. 17)

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“PENHORA SOBRE IMÓVEL GRAVADO COM HIPOTECA –
A natureza alimentar do crédito trabalhista conduz à sua
preferência em relação a qualquer outro, até mesmo aqueles
de natureza fiscal (art. 186 do CTN). Nesta esteira, tal crédito
especialíssimo indiscutivelmente prefere a obrigação com
garantia real, assegurando-se ao credor hipotecário o direito
de reserva sobre eventual saldo remanescente na execução
trabalhista.” (TRT 9ª R., Proc. 71070-2002-003-09-00-2
(21266-2003), Rel. Juiz Luiz Eduardo Gunther, DJPR
26.09.2003)

“EMBARGOS DE TERCEIRO – PENHORA SOBRE IMÓVEL


HIPOTECADO – CONSTRIÇÃO EFETIVADA APÓS
ARREMATAÇÃO EXTRAJUDICIAL – IMPOSSIBILIDADE –
Conquanto os credores trabalhistas gozem de preferência em
relação aos que detêm créditos de qualquer outra natureza e
os bens do executado gravados com cláusula de hipoteca
sejam passíveis de penhora, é inviável a manutenção do ato
constritivo se efetivado posteriormente à comprovação da
transferência da propriedade do imóvel para o credor
hipotecário através de processo de execução extrajudicial.
Agravo de petição conhecido e desprovido.” (TRT 9ª R., Proc.
71329-2001-002-09-00-8 (21253-2003), Rel. Juiz Altino
Pedrozo dos Santos, DJPR 26.09.2003)

“PENHORA SOBRE BEM HIPOTECADO – PRIVILÉGIO DO


CRÉDITO TRABALHISTA – Na execução trabalhista, não
constitui empecilho à penhora e à alienação judicial o
gravame hipotecário que recai sobre o bem, dado o caráter
superprivilegiado do crédito desta natureza que se sobrepõe
em preferência, inclusive, ao crédito tributário (art. 186, CTN).
Permanece, contudo, o direito de seqüela sobre o bem assim
onerado, pelo que cabe ao credor hipotecário o crédito
remanescente resultante da alienação do bem em hasta
pública.” (TRT 3ª R., AP 2117/02, 1ª T., Relª Juíza Maria
Laura Franco Lima de Faria, DJMG 05.07.2002)

“PROCESSUAL – EXECUÇÃO FISCAL – MASSA FALIDA –


BENS PENHORADOS – DINHEIRO OBTIDO COM A
ARREMATAÇÃO – ENTREGA AO JUÍZO UNIVERSAL –
CREDORES PRIVILEGIADOS – A decretação da falência

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não paralisa o processo de execução fiscal, nem desconstitui
a penhora. A execução continuará a se desenvolver, até a
alienação dos bens penhorados. II - Os créditos fiscais não
estão sujeitos a habilitação no juízo falimentar, mas não se
livram de classificação, para disputa de preferência com
créditos trabalhistas (Decreto-Lei nº 7.661/45, Art. 126). III -
Na execução fiscal contra falido, o dinheiro resultante da
alienação de bens penhorados deve ser entregue ao juízo da
falência para que se incorpore ao monte e seja distribuído,
observadas as preferências e as forças da massa." (RESP
188.148/RS, Corte Especial, Rel. Min. Humberto). (STJ,
RESP 295749 – RS, 1ª T., Rel. Min. Humberto Gomes de
Barros, DJU 25.02.2004, p. 97)

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III – A CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS NA FALÊNCIA E NA

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Como exposto, o fenômeno da falência somente atingirá

aquele devedor empresário. E, de acordo com a Lei 11.101/05

(Lei de Falência e Recuperação de Empresas), a ordem das

preferências divide-se em duas categorias, a saber: os créditos

extra concursais e os créditos concursais.

Os créditos extra concursais são os relativos à

administração da massa falida e são pagos com precedência

sobre todos os demais. Entre esses estão à remuneração do

administrador, despesas com arrecadação, cestas judiciais,

tributos de responsabilidade da massa falida, salários pagos pela

massa etc. (artigo 84).

Os créditos concursais, que são aqueles pré-existentes à

quebra, e que são também chamados créditos do falido, serão

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pagos após os extra concursais e seguirão a seguinte ordem de

preferência, tratada no artigo 83:

a) Créditos trabalhistas – (limitados a 150 salários mínimos

pelo credor) e créditos referentes a acidente do trabalho.

Nos trabalhistas, o que exceder da quantia do limite passa

para a classe dos créditos quirografários;

b) Crédito com garantia real – como no penhor ou na

hipoteca, até o limite do valor do bem gravado;

c) Crédito tributários – exceto multas tributarias;

d) Créditos com privilégio especial sobre determinados

bens – como o crédito sobre a coisa salvada por despesas

do salvamento, e outros, inclusive os previstos no art. 964

do Código Civil;

e) Créditos com privilégio geral – como os previstos no art.

965 do Código Civil, como as debêntures etc.;

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f) Créditos quirografários – São os créditos comuns ou

simples, sem garantia legal ou convencional, como

duplicatas, notas promissórias, cheques etc. Passam

também para esta classe os saldos dos créditos não

cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao

seu pagamento, bem como os saldos de débitos

trabalhistas acima de 150 salários mínimos;

g) Créditos subquirografários – artigo 83, VII, e VIII, no

direito anterior a ordem das preferências parava nos

créditos quirografários, que constituíam a última classe. A

nova lei, porém criou mais duas classes, abaixo dos

quirografários. Pode-se dizer que são créditos aviltados,

que antes figuravam entre os privilegiados, ou no mínimo

entre os quirografários, mas destas classes foram alijados,

sendo somente pagos depois de satisfeitos os

quirografários. Primeiro recebem o nome de

subquirografários-A, depois os subquirografários-B2.

2
a. Subquirografários-A (art. 83, VII). Multas contratuais e panos pecuniárias põem
infração de leis penais ou administrativas, inclusive multas tributárias.

b. Subquirografários-B Os créditos subordinados, previstos em lei ou em contrato


(art. 83., VIII, "a"), e os créditos dos sócios e dos administradores sem vinculo
empregatício (art. 83, VIII, "b").

25
h) Por fim, os subordinados são os créditos também

nominados dependentes, acostados ou adjetos, em que

originalmente há um devedor efetivo e um devedor

potencial. A segunda obrigação só é exigível no

inadimplemento da primeira, como ocorre na fiança ou na

garantia hipotecária dada por terceiro. Há também créditos

subordinados derivados em lei, como a responsabilidade

pela evicção.

Na lei revogada (Decreto-Lei 7661/45, artigo 102, caput), a

totalidade dos créditos trabalhistas tinham tratamento privilegiado

nos termos do artigo 499 § 1º da Consolidação das Leis do

Trabalho. Na lei vigente somente o crédito até o limite de 150

(cento e cinqüenta) salários por trabalhador será privilegiado, o

excedente será classificado como crédito quirografário nos

termos do artigo 83, VI da Lei nº 11.101/05, abaixo dos créditos

com garantiras reais até o limite do valor do bem gravado, que

em sua maioria serão as intituições financeiras. Na hipótese de

cessão de crédito por parte do crédito trabalhista, o cessionário

perderá o privilégio e ingressará como credor quirografário nos

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termos do artigo 83 § 4º da Lei nº 11.101/05, o que também não

era disciplinado na lei anterior.

Os créditos decorrentes de serviços prestados à massa

falida, inclusive a remuneração do síndico, gozam dos privilégios

próprios dos trabalhistas (STF, súmula 219). O verbete sumular

referido vale apenas para os processos ainda submetidos à Lei

de Falência; para aqueles que estão sendo conduzidos com base

na LF, o pagamento devido em decorrência de serviços prestados

à massa e a remuneração devida ao administrador judicial (o

equivalente ao síndico, na sistemática da Lei de Falência de 1945

recentemente revogada) são considerados créditos extra

concursais, devendo ser pagos com precedência sobre credores,

inclusive os trabalhistas (LF atual, artigo 84).

No procedimento recuperação judicial, os pagamentos aos

credores trabalhistas e aos titulares de créditos derivados de

indenização por acidentes de trabalho não poderão prever prazo

superior a um ano e os créditos vencidos nos três meses que

antecederam ao pedido de recuperação judicial, até o valor de

cinco salários mínimos por trabalhador deverá ser pago no prazo

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máximo de 30 (trinta) dias do pedido de recuperação, o que

demonstra que os créditos trabalhistas não ingressam no

processo de recuperação judicial, os quais também não

ingressavam no revogado instituto da concordata preventiva ou

suspensiva.

Depois do julgamento de todos os créditos, o administrador

escolhido para o procedimento de recuperação judicial,

apresentará o quadro geral de credores com a seguinte ordem de

gradação: os créditos derivados da legislação do trabalho,

limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e

os decorrentes de acidentes de trabalho; créditos com garantia

real até o limite do valor do bem gravado; créditos tributários,

independentemente da sua natureza e tempo de constituição,

excetuadas as multas tributárias; créditos com privilégio especial

do artigo 964 do Código Civil, aqueles a cujos titulares a lei

confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;

créditos com privilégio geral contido no artigo 965 do Código Civil;

os previstos no artigo 67 da Lei nº 11.101/05; os créditos

quirografários assim definidos: os saldos dos créditos não

cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu

28
pagamento, os saldos dos créditos derivados da legislação do

trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput

deste artigo, as multas contratuais e as penas pecuniárias por

infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas

tributárias; os créditos dos sócios e dos administradores sem

vínculo empregatício.

Quanto ao inciso II é possível fazer uma interpretação

equivocada, ao afirmar que as instituições financeiras estão, a

partir de agora, totalmente garantidas. Ocorre que o privilégio que

as escoram limita-se ao valor do bem oferecido em garantia real

(hipoteca, penhor, alienação fiduciária etc.), cujo valor será

conhecido somente com a sua alienação, após arrecadado.

Conforme autoriza o artigo 111, o bem poderá ser

alienado ou adjudicado pelos próprios credores imediatamente

após a arrecadação, não sendo mais necessário se esperar a

formação do quadro de credores, evitando-se a natural

depreciação e conseqüente desvalorização, prejudicial a todos.

29
Assim, o crédito bancário pode ser muito superior ao valor

do bem ofertado em garantia real, cujo resíduo em pecúnia será

classificado como quirografário, só que na ordem de classificação

antes até mesmo do resíduo trabalhista, de acordo com a alínea

b, do inciso VI, do artigo 83. É esse privilégio especial que tem

sido criticado.

O argumento fundamental dos bancos é que havendo

maior garantia de recuperação por parte das instituições

financeiras, o risco, por evidente, será menor, trazendo como

conseqüência o barateamento dos encargos financeiros. Outra

justificativa é a de que o sistema financeiro promove a

produtividade através dos empréstimos.

A seguir, o inciso III cuida dos créditos tributários, de

qualquer natureza e tempo de constituição, inclusive das

autarquias. As multas tributárias estão excluídas dessa

classificação inicial, passando a fazer parte do rol dos créditos

quirografários, juntamente com as multas penais e

administrativas.

30
Para facilitar a reativação do falido, criou-se o já referido

crédito extraconcursal, dividido em duas espécies: a) crédito

extraconcursal por fornecimento de produtos e serviços durante a

fase de recuperação judicial convolada em falência (parágrafo

único, do artigo 67) e b) crédito por quantias fornecidas à massa

pelos credores (artigo 84, II). Significa que terceiros confiaram na

plena recuperabilidade da empresa, razão pela qual essas duas

espécies de crédito estão em primeiro lugar na classificação,

superando o trabalhista e o acidentário. Prosseguindo, eis o

inciso IV, que elenca, em suas alíneas a até c, alguns créditos

com privilégio especial.

O inciso V disciplina os créditos com privilégio geral já

mencionados.

Os créditos quirografários são tratados no inciso VI,

compreendendo aqueles sem qualquer garantia; os saldos das

instituições financeiras superiores à garantia real e os trabalhistas

acima dos 150 salários mínimos, nessa ordem.

31
Encerrando o quadro de credores, o inciso VII criou a

figura do crédito subordinado, que corresponde àquele

pertencente aos sócios ou administradores, ou seja, o pro labore

(retirada) ou a parte dos lucros que lhes cabe nos resultados da

empresa falida, pendentes na data da quebra.

O legislador poderia ter impedido o possível conflito a ser

gerado entre a Súmula 307 do STJ e a ordem de classificação de

créditos tratada pelo artigo 83 da Lei. A súmula assim se enuncia:

A restituição de adiantamento de contrato de câmbio, na falência,

deve ser atendida antes de qualquer crédito. A sua publicação

deu-se no DJU, Seção I, 15/12/2004, p. 153, ou seja, antes da

promulgação e publicação da lei falencial em destaque. Ora, a

disposição sumulada contraria frontalmente as disposições do

artigo 83 da Lei, ou é o artigo 83 que colide com a súmula 307.

Afinal, como ficam os créditos extra concursais, os

créditos derivados da relação de trabalho e acidentários e os

créditos com garantia real? É certo que os créditos relativos a

contrato de câmbio (Resolução Bacen 63, de 21.8.1967) são

objeto de pedido de restituição, razão pela qual deveriam ser

32
classificados como créditos com privilégio especial, nos termos da

alínea b, do inciso IV, do art. 83 (os assim definidos em leis civis

e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei), com

pagamento posterior àqueles super protegidos.

Contudo, parece que os críticos estão com a razão,

quando se insurgem contra os privilégios creditórios outorgados

às instituições financeiras. Pela comentada súmula o pedido de

restituição de valores provenientes de contrato de câmbio está

amparado em primeiríssimo lugar no quadro geral de credores,

desbancando créditos extra-concursais, trabalhistas, acidentários

e com garantia real.

Caso se entenda que a súmula 307 perdeu o seu efeito

em razão do posterior art. 83, é só reclassificar o crédito oriundo

de contrato de câmbio na classe daqueles com privilégio especial.

O resto permanece na mesma ordem.

O novo diploma visou, em nosso entendimento,

modernizar os procedimentos de falências ao introduzir a

recuperação de empresas, judicial ou extrajudicial. A tentativa do

33
legislador, com as inovações, foi trazer ao ordenamento uma lei

apta a evitar o fim de uma empresa, pois, o encerramento de uma

empresa acarreta diversos transtornos à sociedade.

34
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