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ply 2:5. Ad) PJERJ RESCISAO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMOVEL — DEVOLUGAO DE ARRAS Banco de Conhecimento! Jurisprudéncial Pesquisa Selocionada/ Direito Civil Tribunal de Justiga do Estado do Rio de Janeiro 0435330-68.2012.8.19.0001 - APELACAO - 12 Ementa DES. ODETE KNAACK DE SOUZA - Julgamento: 05/04/2016 - VIGESIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL APELAGAO CIVEL. ACAO DE RESCISAO CONTRATUAL COM PEDIDO DE DEVOLUCAO DE VALORES PAGOS £ REPARAGAO POR DANO MORAL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMOVEL. ACUSAGOES RECIPROCAS PELA NAO CONCRETIZAGAO DA COMPRA E VENDA. AUTOR QUE DEMONSTRA ESTAR PREPARADO PARA QUITAR SALDO DEVEDOR. AUSENCIA DE COMPROVAGAO DE QUE O IMOVEL ESTAVA LIVRE E DESEMBARACADO, COMO PREVISTO NO CONTRATO. DOCUMENTOS DOS AUTOS QUE DEMONSTRAM A CULPA DOS VENDEDORES, QUE NAO APRESENTARAM AS CERTIDOES € TERMO DE QUITACAO DO FINANCIAMENTO QUE INCIDIA SOBRE O IMOVEL. PRECAUCAO DO COMPRADOR EM NAO EFETUAR O PAGAMENTO DEVIDO A AUSENCIA DA DOCUMENTAGAO QUE DEMONSTRASSE ESTAR O IMOVEL SEM QUALQUER ONUS. DEVOLUGAO NA FORMA SIMPLES DOS VALORES QUE FORAM ADIANTADOS PELO COMPRADOR. PREVISAO NO CONTRATO DAS ARRAS PENITENCIAIS, CONFORME ESTABELECE O ARTIGO 420, DO CODIGO CIVIL. DEVOLUCAO’ EM DOBRO CORRETAMENTE FIXADA NA CONDENACAO. SUMULA N° 75, 13/83, DANO MORAL NAO CONFIGURADO, DESPROVIMENTO DE AMBOS OS RECURSOS. integra do Acérdao - Data de Julgamento: 05/04/2016 (*) Integra do Acérdao - Data de Julgamento: 31/05/2016 (*) 9026243-17.2012.8.19.0208 - APELACAO - 12 Ementa DES. JUAREZ FOLHES - Julgamento: 27/04/2016 - DECIMA QUARTA CAMARA CIVEL Apelaces Civeis. Direito Civil. Promessa de compra e venda de imével. Negécio no concluido. Alegacao de vicio de consentimento. Desconhecimento da condig&o do imével (alienado fiduciariamente e com débito fiscal), bem como do fato de 0 proprietério do imével ser réu em execucdo fiscal na Justica Federal. Agdo em face da imobiliéria, do corretor de imévels e dos proprietérios do imével. Pedido de devolugao das arras confirmatérias e indenizacao por danos morais. Sentenga de improcedéncia quanto ao corretor e de parcial procedéncia quanto aos demais réus, condenando-os & devoluc&o das arras e negando 0 pedido de dano moral Inconformismo da imobiliéria e dos proprietarios. Recursos improcedentes Responsabilidade solidéria da imobiliéria e dos vendedores. Imposiclo de transparéncia nas relacdes juridicas travadas. Impossibilidade de excluséo da responsabilidade da imobilidria, que deveria conhecer os riscos dos negécios em que atua norteando integralmente os clientes que se utilizam dos seus servicos Boa-fé que repele praticas comerciais desieais. No caso em tela, nem a imobilidria nem os proprietarios do imével comprovaram com adequacao e seriedade que a autora foi informada oportunamente sobre a existéncia das dividas fiscal e bancaria e que Ihe foram oferecidas garantias dignas de credibilidade em relacdo 8 liquidago dos débitos e afastamento de todo e qualquer risco. Bastava que a imobilidria apresentasse as certiddes de dnus reais devidamente atualizadas e também a informagdo de pendéncia executiva fiscal em curso em face dos alienantes, Os proprietérios por sua vez poderiam demonstrar a inexisténcia de risco ao negécio seja com a apresentagéo de plano escrito da liquidacéo dos débitos seja com a demonstracio de titularidade de direito real sobre outros bens iméveis, no entanto, no o fizeram. Vendedores que, quando da celebragio do negécio, declararam inexistir dnus reais ou pessoais sobre o imével. Comprovada a culpa exclusiva dos apelantes pela inexecucao do contrato, impde-se a resciséo do pacto, com a devolucgo, 3 promitente compradora da quantia dada a titulo de sinal. Sentenca mantida. Precedentes desta Corte. APELACOES A QUE SE NEGA PROVIMENTO. Inteara do Acérd&o - Data de Julgamento: 27/04/2016 (*) 0008403-38.2014. DES. BENEDICTO ABICAIR - Julgamento: 02/03/2016 - SEXTA CAMARA CIVEL 19.0203 - APELACAO - 12 Ementa APELAGKO CiVEL. ACAO DE INDENIZATORIA. DEVOLUGAO DE ARRAS INADIMPLEMENTO —CONTRATUAL DE _AMBOS OS — CONTRATANTES DESAPROPRIACAO DO IMOVEL. RESOLUCAO DO CONTRATO. 1. Versa a controvérsia quanto a quem deu causa a inexecugéo do contrato particular de promessa de compra e venda, firmado entre o as partes, no ano de 2008, relativamente ao imével situado na Estrada da Ligacdo, n° 275, casa, Taquara, Rio de Janeiro/RJ, posteriormente desapropriado pelo Municipio do Rio de Janeiro, por meio do Decreto Municipal n° 37.430/2013. 2. Segundo consta nos autos, os autores reconvindos obtiveram aprovagao de um financiamento habitacional junto & instituigdo financeira, para aquisiggo de um imével no valor de R$275.000,00 (duzentos e setenta e cinco mil reais). 0 gerente da CEF foi ouvido pelo Juizo como testemunha dos autores, ocasiéo em que informou ter sido aprovado o financiamento pretendido pelos promitentes compradores, 0 qual somente no foi liberado em razSo da restricio apontada em nome de um dos promitentes vendedores. 3. Tais provas demonstram que 0 negécio juridico ficou realmente prejudicado, época dos fatos, por culpa das promitentes vendedoras, razio pela qual a promessa de compra e venda deveria ter sido desfeita, com a devolucao das arras pagas, em dobro, nos termos do que determina o art. 418 do Cédigo Civil. 4, No obstante, as arras no foram devolvidas, sendo que os promitentes compradores continuaram residindo no imével, durante aproximadamente cinco anos, sem nada pagar as promitentes vendedoras a titulo de contraprestacio. 5 Ou seja, restou suficientemente claro que ambas as partes agiram com desidia, sendo medida de rigor a resciséo do contrato, com a devolucao das arras pagas, em dobro, consoante supra mencionado, 6. Ndo hd que se falar em prescricéo & pretensdo de recebimento de tal quantia, vez que aplicavel ao caso a regra geral de prescrico decenal, prevista no art. 205 do Cédigo Civil, ante a auséncia de prazo menor fixado em lei para a hipdtese. 7, Por outro lado, é razodvel a pretensao das rés reconvintes quanto ao recebimento de uma taxa de ocupagéo pelo periodo em que os promitentes compradores permaneceram residindo no imével. Todavia, a referida quantia, somada ao que deveria ser ressarcido pelo débito de IPTU executado, deve ser compensada pelo valor que os autores tém direito a receber a titulo de indenizacao pelas benfeitorias realizadas no imével. 8 Descabida a pretenséo ao recebimento de indenizac3o por danos morais, porquanto o decreto expropriatorio ¢ datado de 15/07/2013, cinco anos apés a celebragéo do negécio juridico, o qual ndo estava maculado por qualquer vicio ou ilegalidade, n3o havendo prova nos autos de que os promitentes vendedores tenham tide acesso a informacdo privilegiada. 9. Destarte, entendo que a sentenca deve ser parcialmente modificada para restar consignado que a devolucéo das arras pagas seja feita em dobro; e para determinar que 0 pagamento da indenizagio devida pelos promitentes compradores aos promitentes vendedores, a titulo de taxa de ocupacdo ¢ débito de IPTU, seja compensado com o que aqueles deveriam receber destes a titulo de indenizacao pelas benfeitorias realizadas no imével. 10. Parcial provimento do recurso interposto pelos autores reconvindos e desprovimento do recurso interposto pelas rés reconvintes. Onus de sucumbéncia na forma do art. 21, caput, do CPC. integra do Acérdao - Data de Julgamento: 02/03/2016 (*) 002463! 1011.8.19.0008 - APELACAO - 12 Ementa DES. MURILO KIELING - Julgamento: 09/12/2015 - VIGESIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR EMENTA: APELACAO CiVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AGO INDENIZATORIA, CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE UNIDADE IMOBILIARIA. RE QUE NAO ENCAMINHA A DOCUMENTACAO DA AUTORA, AO AGENTE FINANCEIRO PARA FINS DE OBTENGAO DO FINANCIAMENTO. IMOVEL QUE E VENDIDO A TERCEIRO. SENTENGA QUE CONDENA A RE POR DANOS MORAIS NO VALOR DE R$ 5,000,00 & A RESTITUIR O VALOR ADIANTADO PELA AUTORA PARA AQUISIGAO DO BEM NO IMPORTE DE R$ 3.000,00. Apelo da Ré. Preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela apelante afastada, uma vez que a taxa de assessoria foi paga 8 prépria empresa para posterior repasse. Portanto, 8 luz do que dispde o art. 7°, § Unico, do CDC, todos os fornecedores de produtos servigos que causarem prejuizo ao consumidor devergo responder solidariamente pela indenizaggo. Se ndo assistir razo 8 autora, ndo serd caso de extincio do proceso sem resolucko do mérito, mas sim de improcedéncia do pedido. Construtora nao fez prova de que cumpriu com sua obrigagSo de procurar obter 0 crédito @ favor da adquirente, énus que Ihe cabia & luz do que dispée o art. 333, II, do CPC, na medida em que relativo a fato que deveria ter sido praticado pela sociedade empresaria. Além disso, & luz de moderna orientagao doutrinaria, a prova deve ser carreada & parte que apresente melhores condicées de produzi-la, conforme a chamada "Teoria das Cargas Probatérias Dindmicas". Observe-se que tal teoria no se confunde inteiramente com a inverséo do énus da prova, tendo em vista que esta ndo é repassada por inteiro 8 parte contraria, que, apenas, fica incumbida de complementar a prova no interesse da elucidaco dos fatos. Ademais, se o valor que a autora requer que Ihe seja restituldo compreende a taxa de assessoria, que corresponde a servico que nao fol prestado, nada mais justo que a ré Ihe devolva tal valor. Lado outro, no se pode acolher a alegacdo da ré no sentido de que tem o direito de reter as arras pagas pela autora, simplesmente porque quem deu causa & resciséo do contrato foi a ré e ndo a adquirente. Portanto, denota-se que a parte ré prestou um servico defeituoso, na medida em que além de no ter encaminhado a documentagdo para a CEF avaliar 9 financiamento, alienou o imével prometido & autora para terceiro, O dano moral também ficou configurado, pois, inegavelmente, a autora teve frustrada sua legitima expectativa de adquirir um imével para fins de moradia, fato que por certo Ihe causou aborrecimentos que superam os do cotidiano. Nessa linha de raciocinio, embora, em regra, 0 mero inadimplemento contratual afaste 2 ocorréncia de dano moral, deve-se reconhecer a sua caracterizacio nos casos em que os prejuizos derivam de inadimplemento ligado & moradia do adquirente, ferindo a prépria dignidade humana. Juros de mora incidente sobre a verba reparatéria que deve fluir a partir da citacdo. Precedentes. RECURSO CONHECIDO E PACIALMENTE PROVIDO. Decisdo Monocritica - Data de Julgamento: 09/12/2015 (*) Inteara do Acérdio - Data de Julgamento: 03/02/2016 (*) 0021796-85,2009.8.19.0209 - APELACAO - 1? Ementa DES. CHERUBIN HELCIAS SCHWARTZ - Julgamento: 01/02/2016 - DECIMA ‘SEGUNDA CAMARA CIVEL APELACAO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMOVEL. RESCISAO CONTRATUAL. INADIMPLENCIA DOS PROMITENTES COMPRADORES . RESCISAO CONTRATUAL DECLARADA. RETORNO AO STATUS QUO ANTE. TAXA DE OCUPAGAO DEVIDA. MANUTENCAO DA SENTENCA. NEGADO SEGUIMENTO AO RECURSO. Recurso de apelacdo interposto em face da sentenca que declarou rescindido o contrato particular de promessa de compra e venda celebrado entre as partes, reconhecendo a culpa dos autores, ora apelantes. Condenou, entéo, 0 réu, ora apelado restituicao dos valores referentes as parcelas pagas pelos apelantes, autorizando a reteng&o apenas do valor pago a titulo de sinal e principio de pagamento, de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), valores a serem devidamente corrigidos monetariamente e acrescidos de juros legais a contar do desembolso, Quanto ao pedido reconvencional, julgou-se igualmente procedente em parte, recaindo sobre os apelantes a obrigagéo de pagar ao réu-reconvinte, ora apelado, um valor a titulo de disponibilizagdo do imével aos autores (taxa de ocupacéo), até a entrega das chaves em 08/10/2012, bem como arcarem com as despesas e reparo e manutencdo do imével, todos os valores a serem apurados em liquidacéo de sentenca. Apelo autoral . Relacdo juridica que sera resolvida pela aplicacao do artigo 418 do Cédigo Civil, pois o promitente comprador deu causa a no realizagéo do contrato de compra e venda, logo, cabivel a retencao do sinal pelos réus. Doutrina e precedentes TIRJ. Correta a sentenca ao determinar a retencSo do valor das arras, pelo vendedor, ora réu, com devolugio das demais parcelas pagas. O apelante deixou o imével durante o periodo em que esteve sua disposicio sem a devida manutencdo, encontrando-se em estado de ma- conservacéo, conforme se depreende do laudo pericial constante nos autos. Assim em razSo da resciséo contratual, deveré devolver o imével nas condigdes em que foi adquirido, arcando com as despesas de reparo e manutenc&o do imével, valores a serem apurados em liquidagao de sentenca, conforme bem langado na sentenca, ora atacada. Taxa de ocupacdo devida até a data da efetiva desocupacao do bem, ou seja, da entrega das chaves em 08/10/2012.Manutencao da sentenga, Recurso a que se nega seguimento, nos termos do artigo 557, caput, do CPC, Decisio Monocrética - Data de Julgamento: 01/02/2016 (*) 0046464-89,2014, DES, MURILO KIELING - Julgamento: 22/07/2015 - VIGESIMA TERCEIRA CAMARA, CIVEL CONSUMIDOR 19,0001 - APELACAO - 12 Ementa EMENTA: Apelacées Civeis. Direito do consumidor. Rito ordindrio, Agéo indenizatéria por danos morais e materiais, Contrato de promessa de compra e venda de imével. Aquisiclo de unidade imobilidria. Desfazimento da avenca por terem as Rés aumentado o valor do imével, apés as partes terem firmado ajuste que previa preco menor, Extrapolacao do limite que poderia ser financiado pelo programa éMinha Casa Minha Vidaé da CEF. Renda da Autora que ndo era suficiente para anuir com as condicées do novo contrat. Sentenca de parcial procedéncia que condena as Rés em danos morais no valor de R$ 10,000,00 e a restituirem 92% do que foi pago pela autora em virtude de cldusula que prevé a retencdo de 8% do que foi pago em virtude da desisténcia do negécio, bem como rescinde contrato de promessa de compra e venda. Irresignacdo de ambas as partes. No caso, alega a Autora que celebrou contrato de promessa de compra e venda de imével com as Rés, j4 tendo pagado aproximadamente a metade do seu valor, Aduz que o prego do imével foi posteriormente aumentado, tornando invidvel a aquisic&o do imével. Sustenta que o bem poderia ser adquirido através do programa da CEF "Minha Casa Minha Vidaé, conforme informagao dada pelas Rés de fl. 40, sendo que o prego ajustado na promessa de compra e venda, em 05/09/2011, foi de R$ 157.410,00 (fl. 45). Desta forma, o prego do imével se enquadrava dentro do limite estabelecido pelo referido programa, que era de R$ 170.000,00 (fl. 89), tornando possivel o financiamento pela CEF. Sustenta que 0 valor da unidade ‘imobilidria dectarado pelas Rés ao agente financeiro, em 09/08/2012, ocasiéo da entrada no pedido de financiamento, foi de R$ 187.000,00 (fis. 86/87), € n&o no valor pactuado inicialmente. As Rés, em suas razBes na pega de bloqueio, sustentam que a Autora desistiu voluntariamente do negécio, no tendo, portant, praticado qualquer ato ilicito que enseje condenago neste feito. Compulsando os autos, verifica-se que a Autora comprova que 0 preco do imével ajustado inicialmente com as Rés foi de R$ 153.003,00 (fi 45) e que estas, depois de se prestarem a realizar a intermediagdo junto & CEF para a obtencdo do financiamento, passou o seu valor para R$ 187.000,00 (fi 86), com a retirada de vantagens previstas no contrato inicial. Em assim sendo, nao conseguiria mais financiar 0 imével pelo programa da CEF, visto que, uma de suas condicées, era a de que o preco do bem fosse de até R$ 170.000,00 (fl. 89), apés j4 ter pagado o valor de R$ 78,920,48 as empresas. Nao bastasse a comprovagao dos fatos alegados pela Autora através de documentos que instruem a inicial, as Rés nao impugnaram especificamente tal versio em sua contestacdo, presumindo-se verdadeiros. Assim, depreende-se que as Demandadas deram causa resciso do contrato, por elevarem o preco do imével sem justa causa, inviabilizando o seu financiamento pelo programa éMinha Casa Minha Vidaé. Nessa linha de raciocinio, deverdo as Rés restituirem a Autora todo o valor por ela pago para aquisico do bem, com juros e correo monetéria, Inclui-se nesta devolugdo a comissao de corretagem, visto que foram pagas para a compra do imével € a avenca foi desfeita por culpa das Rés. Cumpre lembrar ainda que, neste caso, as Rés se tornaram responsdveis pela devolucao ao intermediarem 0 pagamento da comisséo, conforme consta no contrato de promessa de compra e venda juntado aos autos (fl. 45). Todas as restituiges deverdo ser realizadas da forma simples, porquanto a hipétese nao se subsume ao disposto no art. 42, § Unico, do CDC, em razo de os pagamentos no terem sido indevidos. Durante a vigancia do contrato tinha a Demandante a obrigacao de pagar o que fora pactuado. O mero desfazimento do contrato no torna irregular o que fora pago anteriormente. Lado outro, a Autora pleiteia ser compensada por danos morais em virtude da frustrac3o sofrida por ndo ter conseguido adquirir a unidade imobilidria sub judice Sustenta ainda que nao poderé mais comprar outro em razéo da insuficiéncia de renda, tendo em vista o aumento consideravel dos iméveis na cidade. No entanto, no pede, na inicial, a condenac3o das Rés para venderem o imével nas condigdes iniciaimente pactuadas, 0 que era possivel fazer neste processo. Assim, 0 motivo que daria ensejo & condenaco pelo dano imaterial, qual seja, a frustracdo de nao poder adquirir sua casa prépria, n&o subsiste. Lado outro, a recusa das Rés de devolver a integralidade do que fora pago, nao dé causa a condenacao por danos morais, sendo hipétese de mero inadimplemento contratual. Aplica-se, nesta questo, a simula de n.° 75 do TJRJ. Por fim, a condenacdo das Rés, nos pedidos que foram julgados procedentes, deveré ser feita na forma solidaria de acordo com 0 que dispée o art. 7°, § Unico do CDC. RECURSOS CONHECIDOS E DADO PARCIAL PROVIMENTO AO DA PARTE AUTORA, a fim de que as Rés sejam condenadas solidariamente a restituirem in totum os valores pagos por ela para a aquisicao do imével sub judice E DAR PARCIAL PROVIMENTO AO DA PARTE RE, a fim de afastar a condenac&o por danos morais, bem como a devoluco em dobro da comisséo de corretagem, que deverd ser realizada na forma simples. Ante a sucumbéncia reciproca, custas pro rata e honorérios compensados, mantendo-se os demais termos da sentenca. integra do Acérdao - Data de Julgamento: 22/07/2015 (*) integra do Acérdao - Data de Julgamento: 11/11/2015 (*) 100635: 1011.8.19.0002 - APELACAO - 12 Ementa DES. MAURO MARTINS - Juigamento: 11/11/2015 - DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL APELAGAO CiVEL. DEMANDA DE COBRANCA. INSTRUMENTO PARTICULAR DE COMPRA E VENDA DE IMOVEL. CLAUSULA CONTRATUAL EXPRESSA ACERCA DA OBRIGAGAO DOS VENDEDORES/REUS DE APRESENTAREM AS CERTIDOES E DOCUMENTOS DE PRAXE NO LAPSO TEMPORAL PACTUADO. DESCUMPRIMENTO. CARACTERIZAGAO DO INADIMPLEMENTO ABSOLUTO DA OBRIGAGAO. PEDIDO DE DEVOLUGAO EM DOBRO DO SINAL ADIMPLIDO NA FORMA DO ART. 418 DO CODIGO CIVIL, SENTENCA DE PROCEDENCIA DO PEDIDO. MANUTENCAO, 1 Cuida-se de aco na qual se postula a condenacdo da parte ré a restituir valor que ihe foi entregue a titulo de arras, em contrato de promessa de compra e venda de imével subscrito pelas partes litigantes. 2. Apelaco oposta contra sentenca de procedéncia do pedido. Alegacdo de cerceamento de defesa. Rejeicao. Prova testemunhal que n&o se mostra imprescindivel para 0 deslinde da controvérsia Observa-se que 0 debate gravita em torno da rescisdo de pacto firmado entre as partes, matéria cuja comprovacéo é documental, tanto que a deciséo combatida analisou as provas carreadas aos autos, por ambas as partes, na forma do art. 368 do CPC, Nada obstante, o Magistrado, como destinatario da prova e condutor do processo tem o dever legal de elidir atos protelatérios e inuteis a instrucdo Rejeicao da preliminar. 3. Demonstrac&o de descumprimento do pactuado. Parte ré que junta aos autos certides emitidas em data posterior & acordada. 4. Alegac&o de anuéncia da autora em postergar 0 lapso temporal ajustado. Tese que vai de encontro com a notificaco extrajudicial realizada aos recorrentes. Certidao apresentada nos autos em data posterior a notificacdo, a demonstrar a total extemporaneidade no cumprimento da obrigac&o. 5. No mérito, tem-se por correta a sentenca impugnada ante a prova do efetivo pagamento realizado pela autora e impossibilidade da concretizaco do contrato definitivo por desidia da parte ré. 6, RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO, na forma do art. 557, caput, do CPC, Decisio Monocrética - Data de Julgamento: 11/11/2015 (*) 0313161 DES. CAMILO RIBEIRO RULIERE - Julgamento: 20/10/2015 - PRIMEIRA CAMARA CIVEL, 009. 19.0001 - APELACAO - 12 Ementa Aco de Rescisio de Negécio Juridico c/c Devolugdo de Arras em Dobro. Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda - Pagamento de sinal e principio de pagamento - Estipulago no sentido de que o saldo remanescente seria efetuado no ato da assinatura da competente Escritura Publica, em até 90 dias, mediante a entrega do imével vazio de pessoas e coisas. Fatos incontroversos. Responsabilidade exclusiva da vendedora pela nao concluséo da compra ¢ venda - Imével que no foi desocupado pela locataria. Inexisténcia de falha na prestaco do servico por parte da empresa que intermediou a transacao Importéncia referente ao sinal e principio de pagamento que, em obediéncia ao disposto no artigo 418 do Cédigo Civil deverd ser restituida, em dobro, ao promitente comprador. Mantenca da Sentenca combatida - Desprovimento da Apelacao. inteara do Acérdao - Data de Julgamento: 20/10/2015 (*) 9149290-04,2011,8,19,0001 - APELACAO - 18 Ementa DES. PAULO SERGIO PRESTES - Julgamento: 14/10/2015 - SEGUNDA CAMARA. CIVEL APELACOES CiVEIS. ACAO DE RESCISAO DE CONTRATO C.C, REINTEGRACAO DE POSSE E ACAO DE OBRIGACAO DE FAZER C.C. INDENIZATORIA. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMOVEL. ARRAS CELEBRADAS NA FORMA DO DISPOSTO NO ART. 420, DO CODIGO CIVIL. ARRAS PENITENCIAIS. DIREITO DE ARREPENDIMENTO EXERCIDO PELA PROMITENTE VENDEDORA. DEVOLUCAO EM DOBRO DAS ARRAS PENITENCIAIS A PROMITENTE COMPRADORA, ORA APELANTE. TAXA DE OCUPACAO DEVIDA, TENDO EM VISTA QUE A PROMITENTE VENDEDORA NOTIFICOU A PROMITENTE COMPRADORA QUANTO AO ARREPENDIMENTO E PARA DESOCUPACAO DO IMOVEL. AUSENCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA. SUCUMBENCIA RECIPROCA CARACTERIZADA. PROVIMENTO PARCIAL DOS RECURSOS. inteara do Acérdao - Data de Julgamento: 14/10/2015 (*) inteara do Acérdo - Data de Julgamento: 11/11/2015 923675-80.201: DES. GILBERTO GUARINO - Julgamento: 12/08/2015 - DECIMA QUARTA CAMARA CIVEL 19.0202 - APELACAO - 12 Ementa APELACAO CIVEL. DIREITO CIVIL. PROMESSA DE VENDA E COMPRA DE IMOVEL RESIDENCIAL. CORRETAGEM. NEGOCIO JURIDICO FRUSTRADO. ACAO DE PROCEDIMENTO COMUM SUMARIO. PEDIDO DE RESTITUIGAO EM DOBRO DE ARRAS —_CONFIRMATORIAS, EM CUMULAGAO —SUCESSIVA COM RESPONSABILIDADE CIVIL (DANOS MATERIAL £ MORAL). LITISCONSORCIO PASSIVO ESTABELECIDO ENTRE O PROMITENTE VENDEDOR (1° REU), CUJO NOME ESTAVA INCLUIDO EM CADASTRO DE PROTECAO AO CREDITO, E O CORRETOR DE IMOVEIS (2° REU). FINANCIAMENTO — IMOBILIARIO INVIABILIZADO, SENTENGA JULGANDO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO EM FACE DO 2° LITISCONSORTE E IMPROCEDENTE EM FACE DO 1° RESTITUICAQ SIMPLES DO SINAL E INICIO DE PAGAMENTO. VERBA COMPENSATORIA DE R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS). IRRESIGNAGAO TAO SOMENTE DA DEMANDANTE (PROMISSARIA COMPRADORA), QUE PRETENDE VER RECONHECIDA A RESPONSABILIDADE SOLIDARIA ENTRE OS LITISCONSORTES, CONDENANDO-OS A REPETIGAO DOBRADA DAS ARRAS E DAS DESPESAS QUE SUPORTOU (DANOS MATERIAIS E MORAIS). CONTRATO DE CORRETAGEM. NEGOCIO JURIDICO QUE SE CATRACTERIZA PELA APROXIMACAO INTERMEDIADA DE DOIS OU MAIS POTENCIAIS CONTRAENTES, COLIMANDO Z CONCLUSAO DZ AVENCA. INSTITUTO QUE NAO SE CONFUNDE COM 0 MANDATO, NEM COM A PRESTACAO DE SERVIGOS, A COMISSAO, A AGENCIAMENTO, NEM QUALQUER OUTRO" CONTRATO QUE ESTABELECA VINCULO DE _SUBORDINACAO. INEXISTENCIA DE SOLIDARIEDADE ENTRE O PROFISSIONAL LIBERAL (CORRETOR) E © PROMITENTE VENDEDOR. PRECEDENTES DESTA E. CORTE DE JUSTIGA. ARRAS CONFIRMATORIAS. PREVISAO CONTRATUAL DE DEVOLUGAO NA FORMA SIMPLES. ARTS. 417 A 420 DO CODIGO CIVIL. NORMAS DISPOSITIVAS. RESTITUICAO QUE SE IMPOE AO 1° APELADO. INEXISTENCIA DE RELACAO DE CONSUMO. INAPLICABILIDADE DOS ARTIGOS 7°, 14, 18 E 42, PARAGRAFO UNICO, DO CODIGO DE PROTEGAO E DEFESA DO CONSUMIDOR. DESPESAS COM CERTIDOES CARTORARIAS. RESTITUIGAO SIMPLES ATRIBUIDA AQ 1° RECORRIDO, QUE DEU CAUSA A RESCISAO DO NEGOCIO JURIDICO. DESPESAS COM A COMPRA DE MATERIAIS DE CONSTRUCAO. MERA LIBERALIDADE DA APELANTE, IMPOSSIBILIDADE DE RESSARCIMENTO, PORQUANTO A AVENCA AINDA NAO ESTAVA PERFEITA, DANO MORAL NAO CONFIGURADO. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL | QUE NAO GEROU DECORRENCIAS EXTRAPATRIMONIAIS, VISTA A HIGIDEZ DA DIGNIDADE DA PESSOA ENVOLVIDA, QUE SEQUER FICOU' SEM MORADIA, CONTINUANDO A RESIDIR EM IMOVEL ALUGADO. INCIDENCIA DA PRIMEIRA PARTE DA SUMULA N.° 75-TIRJ. RESSALVA DA CONDENACAO DO 2° RECORRENTE POR CONTA DA AUSENCIA DE APELO SEU E PROIBICAO DA REFORMATIO IN PEJUS. CONSECTARIOS DA SUCUMBENCIA. INCIDENCIA DO ART. 21, CAPUT, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO integra do Acérdao - Data de Julgamento: 12/08/2015 (*) integra do Acérdo - Data de Julgamento: 07/10/2015 9066287-52.2014.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 12 Ementa DES. LINDOLPHO MORAIS MARINHO - Julgamento: 15/07/2015 - DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL, PROCESSUAL_CIVIL. DEMANDA VISANDO REPARACAO POR DANOS MORAIS. DETERMINACAO DE EMENDA DA INICIAL PARA ADEQUAGAO DO VALOR DA CAUSA AO VALOR DO CONTRATO. PRETENSAO AUTORAL QUE SE AMOLDA AS HIPOTESES PREVISTAS NO INCISO V DO ARTIGO 259 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, Ao contrério do afirmado pela apelante, a alienacao do imével que Ihe foi prometido vende a terceira pessoa, ndo enseja a rescisao do contato de promessa de compra e venda, mas o seu inadimplemento. Por outro lado, antes de apreciar © pedido de devoluco em dobro das arras, deve 0 magistrado deciarar a resciséo do contrato e apurar quem Ihe deu causa. Assim, correta a deciséo agravada que cortigiu de oficio 0 valor da causa, para R$ 510.000,00, considerando o valor do contrato (R$ 470.000,00) e da indenizacao por danos morais (R$ 40.000,00) Decisio Monocratica - Data de Julgamento: 15/07/2015 (*) integra do Acérdao - Data de Julgamento: 25/08/2015 (*) integra do Acérdao - Data de Julgamento: 10/12/2015 Diretoria Geral de Comunicagao e de Difusdo do Conhecimento (DGCOM) Departamento de Gesto e Disseminago do Conhecimento (DECCO) Elaborado pela Equipe do Servigo de Pesquisa e Andlise de Jurisprudéncia da Revista do Direito (SEPE)) dda Divisio de Gesto de Acervos Jurisprudenciais (DUR) Disponibilizado pela Equipe do Servico de Captagdo e Estruturacio do Conhecimento (SEESC) da Divisio de Organizagio de Acervos do Conhecimento (DICAC) Data da atualizacao: 13.06.2016 Para sugestées, elogios e criticas: jurisprudencia@tir.jus.br

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