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do sculo XX *
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A construo da imagem
O esquecimento
32. 1923. Precisamente nesse ano duas negras entram em cena: uma
de Armando Vianna, outra de Tarsila do Amaral [Figura 10].[29] A
histria j conhecida: Armando expe a sua na 31 Exposio Geral da
ENBA, ela recebe a Medalha de Prata, incorporada ao acervo do Museu
Mariano Procpio, em data ainda indeterminada, e por l esquecida.
Quanto negra de Tarsila, produzida em Paris, exibida com entusiasmo
por Fernand Lger aos seus alunos, reproduzida na capa de poemas escritos
por Blaise Cendrars, tornou-se rapidamente smbolo de ruptura
absoluta;[30] antes dela nada mais existira no Brasil.
33. Uma pequena nota da historiadora Aracy Amaral, em seu livro
sobre Tarsila, reconhece a tradio anterior apenas para demonstrar a
ruptura proporcionada pela obra da artista paulista.
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[2] CARNEIRO, Jos Maria. Armando Vianna: sua vida, sua obra.
Prefcio Jorge Cabicieri. Rio de Janeiro: Arte Hoje, 1988.
[3] LIMA, Heloisa Pires. A presena negra nas telas: visita s exposies
do circuito da Academia Imperial de Belas Artes na dcada de
1880. 19&20, Rio de Janeiro, v. III, n. 1, jan. 2008. Disponvel em:
<http://www.dezenovevinte.net/obras/obras_negros.htm>.
[6] Sobre essa temtica Brocos tambm pintou Cena de Macumba (s.d.,
leo sobre tela, 45 x 34 cm), quadro pouco citado, pertencente a uma
coleo particular.
[9] GUSTAVO DALLARA: Tarefa pesada, 1913. leo sobre tela, 120
x 90 cm. MNBA
[35] Sobre isso ver a recente tese defendida por Maros Hill, Quem so
os mulatos? Sua imagem na pintura modernista brasileira entre 1916 e
1934. Belo Horizonte, 2008 (EBA-UFMG). Como tambm o livro de
Roberto Conduru, Arte afro-brasileira. Belo Horizonte: C/Arte, 2007.