You are on page 1of 10

1

DIREITOS HUMANOS
UD 01,
ASSUNTO 01
- INTRODUÇÃO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA PESSOA HUMANA
- FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS
- PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS
- POLÍCIA, DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS.

01 -INTRODUÇÃO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA PESSOA HUMANA

CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS


Conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser humano, que tem por
finalidade básica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteção contra o arbítrio do
poder estatal e o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da
personalidade humana. DIREITOS HUMANOS SÃO OS DIREITOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS DA PESSOA HUMANA.

02. FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS

Os direitos humanos possuem como fundamento a própria evolução da


sociedade nos campos religioso, cultural, econômico, político e jurídico.
Vejam-se importantes marcos nessas áreas:
a. campo religioso: O Cristianismo prega o amor fraternal, o respeito a
igualdade;
b. campo cultural: O Renascimento do século XVI coloca o homem como
“centro do universo” (antropocentrismo), portanto com os naturais direitos à vida, à
liberdade, à expressão (surgem as grandes obras de arte);
c. campo econômico: O Capitalismo, que consagra o direito à propriedade
privada;
d. campo político: A Revolução Francesa, que preconizava a igualdade, a
liberdade, a fraternidade etc.;

e. campo jurídico: O Direito Romano forneceu importantes bases para o atual


DIREITO em todo o mundo.

O reconhecimento dos direitos fundamentais do homem de forma explícita e


escrita deu-se com as chamadas “DECLARAÇÕES DE DIREITOS” ( a partir do século
XIII), entre as quais destacamos aquela que influenciou e influencia as constituições dos
países democráticos de todo o mundo: A “DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS
DO HOMEM”, aprovada em 10Dez48, em Assembléia Geral da ONU. contém ela trinta
artigos que tratam dos direitos fundamentais do homem, sendo que os vinte e um
primeiros tratam dos direitos e garantias individuais ( direito à vida, às liberdades, à
dignidade, à segurança pessoal, à propriedade, à intimidade, entre outros). Do art. 22 ao
28 proclama os direitos sociais, entre eles o direito ao trabalho, à cultura, à segurança
social, à educação etc. O art. 29 trata dos deveres da pessoa para com a comunidade e o
último estabelece que a declaração deve sempre ser interpretada em benefício dos
direitos e liberdade nela contidos.

1
2

03. PROTEÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS

Como vimos os Direitos Humanos são uma conquista social que se


perpetuou ao longo do tempo nas nações democráticas, precisando, portanto, de
instrumentos que os resguardem, a fim de que as pessoas se sintam seguras e em paz.
Daí a necessidade de leis que os declarem e os garantam. Nos países de regime
democrático como o Brasil tais direitos estão resguardados pela sua principal Lei a
CONSTITUIÇÃO.

04. POLÍCIA, DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

o PODER existe para garantir o exercício dos direitos das pessoas que
compõem a sociedade, do que se extrai a máxima segundo a qual nas democracias o
PODER EMANA DO POVO E EM SEU NOME É EXERCIDO.
A Tripartição do PODER, teoria política de Montesquieu, confere ao poder
executivo a missão de GOVERNAR (administrar) a nação, por intermédio da instituição de
Órgãos aptos a assegurar o exercício dos direitos e garantias fundamentais da pessoa
humana, visando sempre ao bem comum. Dessa forma, considerando que um dos
direitos básicos do ser humano, garantido na constituição da República Federativa do
Brasil, é o direito à SEGURANÇA, temos que a POLÍCIA é um dos instrumentos de que
se usa o poder executivo para proporcioná-la (a Segurança) ao povo.

CONCLUSÃO: A POLÍCIA NÃO ESCOLHE O QUE É MELHOR PARA O


POVO, DO QUAL EMANA TODO O PODER. ANTES, ATUA COMO SEU
INSTRUMENTO (DO POVO), SERVINDO-O, PARA QUE USUFRUA DE SEU DIREITO À
SEGURANÇA ENTRE OUTROS.

ASSUNTO 02 - CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


- 01- CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS,
- 02 - PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS,
- 03 - PRINCÍPIOS DO ESTADO DE DIREITO,
- 04 - REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ( “WRITS” CONSTITUCIONAIS)
- 05 - GARANTIAS DE ORDEM CRIMINAL, PRISÃO LEGAL
- 0 6 - A A T IV ID A D E P O L IC IA L E O P R IN C ÍP IO C O N S T IT U C IO N A L D A P R E S U N Ç Ã O D E IN O C Ê N C
- 07 - DIREITO À IMAGEM.
-
1. CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
A Constituição Federal, por inspiração da “DECLARAÇÃO UNIVERSAL
DOS DIREITOS DO HOMEM” consagrou os direitos fundamentais do homem (sinônimo
do termo Direitos Humanos), distribuindo-os em cinco classes:
a. direitos individuais (vida, propriedade, segurança, liberdade e igualdade -
art. 5º);
b. direitos coletivos ( direito à reunião, à associação - art. 5º);
c. direitos sociais ( educação, saúde, trabalho, cultura, lazer, etc - art. 6º a
11 e 193 e seguintes);
d. direito à nacionalidade (art. 12 e 13);
e. direitos políticos (eleger e ser eleito, art. 14 a 17).

2
3

2. PROTEÇÃO AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


A Proteção aos direitos fundamentais dá-se por meio do PODER
organizado, que tem na força das LEIS o seu sustentáculo. É o chamado “ESTADO
DEMOCRÁTICO DE DIREITO”.

3. PRINCÍPIOS DO ESTADO DE DIREITO (SÃO 3);


a. LEGALIDADE, segundo o qual ninguém é obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.
b. DIVISÃO DE PODERES, que preconiza a divisão do PODER
ABSOLUTO em três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, que são independentes,
mas harmônicos entre si, a fim de se assegurar o necessário equilíbrio democrático e
institucional.
c. ENUNCIADO E GARANTIA DOS DIREITOS INDIVIDUAIS, que ora
estudamos.

4. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - (“WRITS”CONSTITUCIONAIS)


A palavra remédio dá-nos a idéia de instrumento de cura de um mal que
nos aflige.
Os remédios constitucionais são instrumentos aptos à cura dos males que
afligem os homens em seus direitos fundamentais ( individuais, coletivos, sociais, de
nacionalidade e políticos). São, portanto, GARANTIAS CONSTITUCIONAIS dos direitos
fundamentais da pessoa humana.
A Constituição brasileira em seu artigo 5º estabeleceu sete remédios
Constitucionais (“WRITS”) são eles:
a) Direito de Petição ( inc. XXXIV): é a garantia de acesso do particular aos
órgãos públicos em geral, pedindo-lhes providências acerca de assuntos de seu interesse
(do particular)
Ex.: requerer Certidão Negativa de Débito de Impostos à Prefeitura de São
Paulo.
b) Habeas Corpus ( inc. LXVIII):
art. 5º, inciso LXVIII - “conceder -se-à “Habeas Corpus” sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”
O Habeas Corpus pode ser concedido pelo judiciário durante o sofrimento
da violência ou coação na liberdade de locomoção ( HC liberatório ou repressivo), ou
antes de suas ocorrências ( HC preventivo).
Exemplos de seu cabimento: Flagrante provocado, não concessão de
fiança quando a lei a prevê. E AÇÃO JUDICIAL gratuita e pode ser impetrada por
qualquer pessoa em seu favor ou de terceiro, sem necessidade de advogado.
OBS.: não cabe HC para prisões disciplinares militares ( art. 142, 2º da CF
e art. 647 do CPP).
c) Mandado de Segurança ( inc. LXIX).
art. 5º, inc. LXIX - “conceder-se-á Mandado de Segurança para proteger
direito liquido e certo, não amparado por HC ou por “Habeas Data”, quando o responsável
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do poder público”.
É um amplo remédio contra quaisquer atos ilegais ou abusivos do poder
público não atentatórios à liberdade individual, pois para isso existe o HC, nem i direito
que a pessoa tem de conhecer as informações e retificar dados dela disponíveis nos
Órgãos públicos ( pois nesse caso aplica-se o Habeas Data). Pode ser preventivo ou
repressivo.

3
4

Exemplos: ilegal apreensão de C.N.H. por policial de trânsito, demissão de


PM sem o devido processo legal, ilegal apreensão de peruas de lotação pela prefeitura de
São Paulo.
d) Mandado de Segurança Coletivo (inc. LXX), versa sobre o mesmo
conteúdo do M.S., podendo ser impetrado por partido político com representação no
Congresso Nacional e por entidade sindical em defesa dos seus associados.
e) Mandado de Injunção ( Inc. LXXI) é destinado a assegurar o exercício
dos direitos constitucionais, quando inexiste lei regulando o exercício desses direitos.
Ex.: antes da lei sobre gratuidade de Certidões de Nascimento e de óbito
aos pobres, estes poderiam impetrar Mandado de Injunção para garantir o exercício
desses direitos previstos no inciso LXXVI do artigo 5º da CF.
f) Habeas Data ( Inc. LXXII).
É um remédio destinado a assegurar a pessoa o conhecimento das
informações ou retificar informações dela disponíveis nos bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público ( ex. Serviço Central de Proteção ao Crédito).
Exemplos: pessoa quer saber o que dela consta nos arquivos do antigo
DOPS; em sua folha de antecedentes Criminais (vulgarmente conhecido como “DVC”).
g) Ação Popular ( inc. LXXIII)
Significa que qualquer cidadão pode invocar a ação do Poder Judiciário
contra ato lesivo aos interesses coletivos concernentes à moralidade administrativa, ao
meio ambiente, ao patrimônio público ou de que o Estado participe e do patrimônio
histórico e cultural.
Exemplo: São João Del Rey, cidade histórica mineira, foi tombada pelo
patrimônio histórico e cultural Brasileiro, portanto sua fachada não pode ser mudada nem
pelo prefeito, sob pena de alguém ingressar com Ação popular.

5. GARANTIAS DE ORDEM CRIMINAL ( ART. 5º DA CF)


Faremos a citação de alguns incisos sobre esse tema.
- inc. XXXIX “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal.” ( princípio da anterioridade da lei penal). significa que alguém só
pode responder por um crime se já houver uma lei anterior prevendo aquela conduta
como criminosa.
- inc. XLVII “não haverá penas “:
a) de caráter perpétuo (ex. prisão perpétua);
b) de trabalhos forçados (ex. quebrar pedras);
c) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
d) de banimento ( ex. abandonar em uma ilha deserta), e
e) cruéis ( ex. chibatadas, amputar mão).
- Inc. LVI “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos ( ex. confissão mediante tortura, escuta telefônica sem autorização judicial, busca
pessoal sem fundada suspeita, busca e apreensão sem as formalidades legais”.
Vale ainda lembrar outros dois incisos:
- inc LIV “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal”;
- inc LV “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes”

- INC LXI - PRISÃO LEGAL (ART 5º CF) - “ninguém será preso senão
em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade

4
5

judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime


propriamente militar, definidos em lei”;
- Inc LXIII “o preso será informado de sus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado”;
- Inc LXIV “o preso tem direito à identificação dos responsáveis
por sua prisão ou por seu interrogatório policial” ;
- Inc LXV “a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade
judiciária”;
- Inc LXVIII “HABEAS CORPUS” (já estudado )

6. ATIVIDADE POLICIAL E O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA ( ART 5º CF ).


- inc LVII “ninguém será considerado culpado até transito em julgado da
sentença penal condenatória”.

A importância de estudarmos esse princípio é lembrarmos que a prisão em


flagrante de alguém não implica na sua culpa, nem é garantia de sua
condenação. No processo atuarão três pessoas (juiz, promotor e advogado)
que não presenciaram a prisão e que se basearão tão somente no que
constar dos autos.
Isso implica que não basta o PM estar convencido da culpa do preso, mas
produzir as provas necessárias para convencer o juiz no futuro, pois até que
se prove o contrário, a pessoa é inocente.

7. DIREITO À IMAGEM E EXPOSIÇÃO INDEVIDA ( ART 5º )


- inc X “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente”.
A pessoa presa não e obrigada a posar ou dar entrevistas para a mídia. Quem
forçá-la incorrerá no crime de abuso de autoridade ou no artigo 232 do Estatuto da Criança
ou Adolescente, se o constrangimento for menor, além disso estará sujeito à obrigação de
indenização pelos danos materiais e morais à imagem.

ASSUNTO 03
- DECLARAÇÕES E TRATADOS INTERNACIONAIS
- RECEPÇÃO AOS TRATADOS INTERNACIONAIS.
- DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO.
- CÓDIGO DE CONDUTA PARA FUNCIONÁRIOS ENCARREGADOS DE
FAZER CUMPRIR A LEI).
- ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS.
- PROGRAMAS NACIONAL E ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS.

1. DECLARAÇÕES E TRATADOS INTERNACIONAIS.


O art 4º da Constituição Federal estipula que a República Federativa do
Brasil rege-se nas suas relações internacionais por princípios, entre os quais da
independência e da prevalência dos direitos humanos. Isso implica que o país, embora
desobrigado, buscará aderir a todas as iniciativas internacionais sobre a matéria.

RECEPÇÃO AOS TRATADOS INTERNACIONAIS


O marco inicial do processo de incorporação de tratados Internacionais de
direitos humanos pelo Direito Brasileiro foi a ratificação, em 1 de fevereiro de 1984, da
Convenção sobre a eliminação de todas as formas de Discriminação contra a Mulher.

5
6

A partir dessa ratificação, inúmeros outros relevantes instrumentos


internacionais de proteção dos direitos foram também incorporados pelos Direito brasileiro,
sob a égide da Constituição federal de 1988. Assim, a partir da carta de 1988, importantes
tratados internacionais de direitos humanos foram ratificados pelo Brasil, entre eles:
a) A Convenção Internacional para prevenir e punir a tortura, em 20 de julho de 1989;
b) A Convenção contra a tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes,
em 28 de setembro de 1989;
c) A Convenção sobre os Direitos Humanos da Criança, em 24 de setembro de 1992;
d) O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, em 24 de janeiro de 1992;
e) O Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e culturais, em 25 de janeiro de
1992;
f) A Convenção Americana de Direitos Humanos, em 25 de setembro de 1992; e
g) A Convenção Interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a
mulher, em 27 de novembro de 1995.

No Brasil, a ratificação de um tratado internacional deve obedecer o


que dispõe o artigo 49, inciso I, CF/88:
1) assinatura do Presidente da República como signatário;
2) aprovação pelo Congresso Nacional através de decreto Legislativo; e
3) Presidente da República edita Decreto Presidencial promulgando o Tratado.

Como marco histórico dos Direitos Humanos, encontramos a Declaração


dos Direitos do Homem e do Cidadão (França, 27/08/1789), pois seu texto visava a todas
as pessoas e não somente aos franceses, voltado ao individualismo, buscando proteger o
Homem contra o Estado. Elencando como direitos individuais a liberdade, a propriedade e
a segurança.

Verificamos ainda o código de conduta para funcionários encarregados de


Fazer Cumprir a lei ( ONU, 17/12/1979) – este código de conduta, que se compõe de 08
(oito) artigos, declara que os que tem essas atribuições respeitarão e protegerão a
dignidade humana, manterão e defenderão os direitos humanos de todas as pessoas.

ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGs)

Como diz o nome, são entidades desvinculadas do Poder Público, formadas


por pessoas que se dedicam a uma causa comum. No campo dos direitos Humanos, tem
destacada atuação no Brasil a Anistia Internacional e American Watch.

PROGRAMAS NACIONAL E ESTADUAL DE DIREITOS HUMANOS

O Programa Nacional de Direitos Humanos (1997), deu origem, em São


Paulo, ao Programa Estadual de Direitos Humanos (1997).
Esse contém 303 parágrafos dispostos em itens e subitens, que tratam de saúde,
habitação, Educação, Homossexuais, direitos da Mulher, dos negros etc. Merece destaque
os vinte e quatro parágrafos do item “Segurança do Cidadão e medidas contra a violência,
onde estão previstos: a integração das operações e sistemas de informação e comunicação
das PM e PC; valorização do CONSEG e incentivo à Polícia Comunitária, onde o policial
não apenas aja como mantenedor da Ordem Pública, mas principalmente atue na defesa e
garantia da cidadania e da dignidade da pessoa humana ( veja-se a inspiração dada pelo
código de Conduta dos Funcionários encarregados de fazer cumprir a lei); o incentivo à
criação de um fundo de obtenção de recursos para investimentos na área de Segurança

6
7

Pública; buscar a admissão e a promoção de policiais que respeitem os direitos humanos,


dar continuidade ao PROAR e rever os Regulamentos Disciplinares das policias, entre
outros.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM

ARTIGO 1. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade


e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros
com espírito de fraternidade.
ARTIGO 2. Todos podem invocar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta DECLARACÃO, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça,
cor, sexo, língua, religião, opinião política, seja de qualquer natureza, origem nacional ou
social, riqueza, nascimento, seja qualquer outra condição. Não será tão pouco feita
qualquer distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou
território a quem pertença uma pessoa, que se trate de um território independente, sob
tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
ARTIGO 3. Todos tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
ARTIGO 4. Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a
escravidão e o tráfico escravo serão proibidos em todas as suas formas.
ARTIGO 5. Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou
castigo cruel, desumano ou degradante.
ARTIGO 6. Todos tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecidos
como pessoa perante a Lei.
ARTIGO 7. Todos são iguais perante a Lei e têm direito, sem qualquer
distinção, a igual proteção da Lei. Todos tem direito a igual proteção contra qualquer
discriminação que viola a presente DECLARAÇÃO e contra qualquer incitamento a tal
discriminação.
ARTIGO 8. Todos tem direito a receber dos tribunais nacionais
competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe
sejam reconhecidos pela Constituição ou pela Lei.
ARTIGO 9. Ninguém arbitrariamente preso, detido ou exilado.
ARTIGO 10. Todos tem direito a plena igualdade, a uma audiência justa e
pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e
deveres ou do fundamente de qualquer acusação criminal contra ele.
ARTIGO 11. Todas as pessoas acusadas de ato delituoso tem o direito de
ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a

7
8

Lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas as garantias necessárias
à sua defesa. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no
momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não
será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, será aplicável
ao ato delituoso.
ARTIGO 12. Ninguém será sujeito a interferência a sua privada, na sua
família, no seu lar ou na sua correspondência, nem ataque a sua honra e reputação.
Todos têm direito à proteção da Lei contra tais interferências ou ataques.
ARTIGO 13. Todos tem direito à liberdade de locomoção e resistência
dentro das fronteiras de cada Estado. Todos têm direito de deixar qualquer país, inclusive
o próprio, e a este regressar.
ARTIGO 14. Todas as vítimas de perseguição têm o direito de procurar e
de gozar asilo em outros países, este direito não pode ser invocado em caso de
perseguição legitimamente motivadas por crimes de direito comum ou por atos contrários
aos propósitos ou princípios das Nações Unidas.
ARTIGO 15. Todos têm direitos de uma nacionalidade. Ninguém
arbitrariamente privada de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
ARTIGO 16. Os homens e mulheres maiores de idade, sem qualquer
restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm direito de contrair matrimônio e fundar
uma família. Ambos tem direitos iguais no casamento, em sua duração e em sua
dissolução. Casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos
nubentes. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à
proteção da sociedade e do Estado.
ARTIGO 17. Todos têm direito à propriedade, só ou em sociedade com
outro. Ninguém será arbitrariamente privado da sua propriedade.
ARTIGO 18. Todos têm direito de liberdade de pensamento, consciência
e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
observância, isolado ou coletivamente, em público ou em particular.
ARTIGO 19. Todos têm direito à liberdade de opinião e expressão; esse
direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões, e de procurar, receber e
transmitir informações e idéias por quaisquer meios independentemente de fronteiras.
ARTIGO 20. Todos têm direito à liberdade de reunião e associação
pacíficas. Ninguém pode ser obrigado parte de uma associação.

8
9

ARTIGO 21. Todos têm o direito de tomar parte no governo de seu país,
diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. Todos têm igual
de acesso ao serviço público do seu país. A vontade do povo será a base da autoridade
do governo; esta vontade será expressa em eleição periódicas e legítimas, por sufrágio
universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
ARTIGO 22. Todos, como membros da sociedade, tem direito à seguida
de sociedade social e à realização , pelo esforço nacional, pela cooperação internacional
e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos,
sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua
personalidade.
ARTIGO 23. Todos têm direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a
condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. Todos, sem
qualquer distinção, têm direito a igual remuneração por igual trabalho. Todos que
trabalham têm direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim
como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se
acrescentarão , se necessário, outros ,meios de proteção social. Todos têm direito a
organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.
ARTIGO 24. Todo têm direito a repouso e lazer, inclusive a limitação
razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
ARTIGO 25. Todos têm direito a um padrão de vida capaz de assegurar a
si e a sua família saúde e bem–estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação,
cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de
desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de
subsistências em circunstâncias fora do seu controle. A maternidade e a infância têm
direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do
matrimônio, gozaram da mesma proteção social.
ARTIGO 26. Todos têm direito à educação. A educação será gratuita,
pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A educação elementar será
obrigatória. A educação técnico profissional será acessível a todos, bem como a
educação superior, essa baseada no mérito. A educação será orientada no sentido do
pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos
direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. Promoverá a compreensão, a
tolerância e a amizade entre todas as Nações e grupos raciais e ou religiosos, coadjuvará

9
10

as atividades das Nações Unidas pela manutenção da paz. Os pais têm prioridade de
direito na escolha dos gêneros de educação que será ministrada a seus filhos.
ARTIGO 27. Todos têm direito de participar livremente da vida cultural da
comunidade, de usufruir das artes e de participar do progresso científico de seus
benefícios. Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de
qualquer produção científica, literária ou artística de qual seja autor.
ARTIGO 28. Todos têm direito a uma ordem social e internacional, em
que os direitos e liberdade estabelecidos na presente DECLARAÇÃO possam ser
plenamente realizados.
ARTIGO 29. Todos têm deveres para com a comunidade, em que o livre
e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. No exercícios do seu direitos e
liberdades, todas as pessoas estará sujeitas apenas a limitações determinadas pela Lei,
exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e
liberdades dos outros de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e
do bem-estar de uma sociedade democrática. Esses direitos e liberdade não podem, em
hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações
Unidas.
ARTIGO 30. Nada da presente DECLARAÇÃO pode ser interpretado com
o reconhecimento a qualquer estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer
atividade ou prática qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e
liberdades aqui estabelecidos.

10

You might also like