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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Introdução aos conversores CC-CC isolados

INEP Prof. Marcelo L. Heldwein, Dr. sc. ETH


E-mail: heldwein@inep.ufsc.br

INEP
Tópicos

• Princípios de transformadores utilizados em alta frequência


• Conversor Flyback
– Modo de condução descontínua
– Modo de condução contínua
– Necessidade de grampeamento da tensão sobre o interruptor

INEP 2
Power Semiconductors
Transformadores em alta frequência

INEP

INEP
Conceito básico de isolamento elétrico de alta frequência

• Dados,
– Frequência de operação: fp = 1/Tp
– Número de espiras do primário: N1
– Amplitude de tensão: U1

d 1
• E sabendo-se que pela Lei da Indução u1 
dt

• O valor de pico do fluxo concatenado em um núcleo com caminho


retangular, sem valor CC, é

1
ˆ1  U1TP  N1Bˆ AE
4

INEP 4
Conceito básico de isolamento elétrico de alta frequência

1 U1 1
• Logo, AE  TP 
4 N1BS fP

• Aonde,
– BS: limite de saturação
– AE: Área transversal do núcleo magnético

• Faixa de frequência de operação típica de conversores CC-CC isolados:


– fp = 50 kHz ... 500 kHz

INEP 5
Princípio de operação dos conversores CC-CC isolados

• Através dos comandos de transistores de potência se alimenta um


transformador com uma tensão pulsada (livre de nível CC) para que não
ocorra saturação do núcleo magnético

• Altera-se a razão cíclica (razão relativa de tempo em condução dos


transistores de potência) para controlar a transferência de energia ou a
relação de tensão

INEP 6
Power Semiconductors
Conversor Flyback

INEP

INEP
Derivação da estrutura do conversor Flyback

+
U1 L + U2 Conversor buck-boost

a)

U1 + N1 N1 + U2

b)

U1 + U2
N1 N2 +
INEP 8
Derivação da estrutura do conversor Flyback

U1 + L + U2

a)

U1 + N1 N1 + U2

b)

U1 + U2
N1 N2 +
INEP 9
U1 + L + U2

Derivação da estrutura do conversor Flyback


a)

U1 + N1 N1 + U2

b)

U1 + U2
N1 N2 +

c)

+
U2
INEP U1
+ 10
U1 + N1 N1 + U2

Derivação da estrutura do conversor


b)
Flyback

U1 + U2
N1 N2 +

c)

+
U2
+
U1
d)

INEP 11
U1 + U2
N1 N2 +

Derivação da estrutura do conversor


c)
Flyback

+
U2 Conversor Flyback
+
U1
d)

INEP 12
Etapas de operação (Modo de condução descontínua)

1ª etapa: Interruptor conduzindo 2ª etapa: Interruptor bloqueado


uD
i1 N1 : N 2 N1 : N 2 i2

D2

N + N +
U1 U1  2 U2 R U2  1 U2 U2 R
N1 N2
L1 L2 L1 L2
U1 U1

uT

a) b)

3ª etapa: ocorre quando a corrente no secundário zera e nenhum


semicondutor conduz.

INEP 13
Operação no MCD
uD2
i1 N1 : N 2 i2 Io

D2

+
uP uS R U2 s1

L1 L2 t
U1
t=0 D1TP TP
i1
T1 Iˆ1
uT a)
S1
t
i2  i2  2
N
N1
Iˆ1
Io
i1 N1 : N 2 i2
+ +
t
L1 U2 N1 D2TP D3TP
uP , uS 
N2
U1 U1

b) t

N1
 U2 
N2
i2  i2  2
N
INEP i1
N1 U2  U1 
N2 14

+ u N1
U1 U1

Operação no MCDb) t

N1
 U2 
N2
i2  i2  2
N
N2
i1
N1 U2  U1 
+ + uD2 N1

U 2  U 2 
N1 U2
L1
N2

U1 t

c) N1
U1  U2 
N2
uT
U1
i1 i2
+ t

U 2

L1
 i1N1  i2 N2
+
U1
t
d) t=0 D1TP TP

e)

INEP 15
Equacionamento do MCD com trafo ideal
N
Iˆ1  1
• Correntes no transformador: N2

i1 Iˆ1 i2

t
t=0 D1TP TP
U
• Valor de pico da corrente: Iˆ1  1 D1TP
L1

1 U12 2 U 22
• Potência entregue : P2  D1 TP ; P2 
2 L1 R

INEP 16
Equacionamento do MCD com trafo ideal

• Potência entregue : 1 U12 2 ; U 22


P2  D1 TP P2 
2 L1 R

U2 1 R
• Igualando-se as potências:  D1 TP
U1 2 L1

• Com isto, o ganho de tensão depende da carga do conversor

INEP 17
Equacionamento do MCD com trafo ideal

• Para se garantir que a operação é no MCD, deve-se ter que


D2  (1  D1)

• No limiar entre MCC-MCD e pela relação das correntes, tem-se que


2
N N
Iˆ1 1 L1 22
N 2 ˆ N1 N1 U1 N 2
D2TP   I1  D1TP
U2 N2 U 2 U 2 N1
L2

• Com isto, deve-se garantir que

N1 D1 U1

N 2 1  D1 U 2

INEP 18
Equacionamento do MCD com trafo ideal

• A tensão sobre o interruptor do primário depende também da relação de


tensões, pois a tensão na 2ª etapa é somada à tensão do secundário
refletida ao primário
• Com isto, a máxima tensão sobre o interruptor é

N1
U T1 , m  U1  U 2
N2

• Substituindo-se a razão-cíclica, tem-se


1
U T1 , m  U1
1  D1

• Obs.: com razão-cíclica elevada, a desmagnetização deve ocorrer de


forma rápida (U2/N2=dΦ/dt) e isto leva a um aumento da tensão no trafo.

INEP 19
Etapas de operação (Modo de condução contínua)

uD
i1 N1 : N 2 N1 : N 2 i2

D2

N2 + N1 +
U1 U1  U2 R U2  U2 U2 R
N1 N2
L1 L2 L1 L2
U1 U1

uT

a) b)

Interruptor conduzindo Interruptor bloqueado

INEP 20
Formas de onda (Modo de condução contínua)
s1

t
i1 0 D1TP TP

t
i2

Io
t
uP
U1

N1
 U2 
N2
INEP 21
Equacionamento do MCC com trafo ideal

• O equacionamento no MCC é análogo ao do conversor Buck-boost


s1
U 2 D1
• O ganho de tensão é dado por  t
0 D1TP U1 TP 1  D1
i1
U2 N 2 D1
• Ou seja, 
U1 N1 1  D1
t
i2

Io
t
uP
U1

N1
 U2 
N2
INEP 22


i1 1 P P

Equacionamento do MCC com trafo ideal


t
i21
s
• O fluxo magnético no transformador é
t
i1 0 D1TP TP
Io
t
uP
U1 t
i2
t
Io
N
 U2  1 t
N2
uP
 U1 i N  i N
1 1 2 2

t
t
0 D1TP TP N1
 U2 
N2
INEP 23
 i N i N
Equacionamento do MCC com trafo ideal t
is21
• O fluxo magnético no transformador é t
0 D1TP TP Io
i1
t
uP
U1
t
i2
t

N1 Io
 U2 
N2 t
uP
 U1 i1N1  i2 N2

tt
0 D1TP TP
N1
 U2 
Fluxo magnético médio é maior que zero!N=>
2 Necessidade de entreferro

INEP 
24
 i1N1  i2 N2
t
i1 0 D1TP TP
“Transformador” Flyback
t
• Este componente

magnético deve armazenar energia, isto quer dizer que
i2 como um transformador convencional
não opera

Io
i1 1 4 t 
uP +
U2
N1 UN2 uS
1

Ew -
 3
d dB
2 3 , uS
dt dt
U1 t + 4

N2
N
 U2  1
N2
a) b)
  i1N1  i2 N2

t
0 D1TP TP
INEP
Trafo não ideal

• Considera-se agora uma indutância de dispersão no transformador


i1, i2
i1 L1
Iˆ1
i1
U1
(1   ) L1 U2  U2  1
+ N
N2 L1
i2
U1
iT1 D2
t=0 D1TP tf
T1 uT1
uT1
a) UT1,m
uL1
u
L1

UT1,m  U1 (1   ) L1 U2

i1 i2 0
INEP b) 26
Trafo não ideal

• Esta indutância causa uma sobretensão no primário do transformador e


deve-se limitar a tensão máxima sobre o transistor (UT1,m)
i1, i2
L1
• Assim, i1

di1 U T1 , m  (U1  U 2 ) (1   ) L1 U2  U2  1


N

+
N2
dt L1 U1
i2

iT1 D2
t=0
T1 uT1
uT1
a)
uL1
L1

UT1,m  U1 (1   ) L1 U2

i1 i2 0
INEP b) 27
Trafo não ideal

• As formas de onda são alteradas


i1, i2
i1 L1
Iˆ1
i1 Iˆ2
i2  i2  2
N
U1
(1   ) L1 U2  U2  1
N N1
U2
+
N2 L1
i2 (1   ) L1
U1
iT1 D2 t
t=0 D1TP tf TP
T1 uT1
N1 Iˆ
a)
uT1 U1  U2   L1  1
UT1,m N2 tf
uL1 N1
U1  U2 
uL1 N2
L1
U1

UT1,m  U1 (1   ) L1 U2

i2
t
i1 0 TP
b) c)

INEP 28
Trafo não ideal

• Considera-se então
U B1  UT1 , m

• E a energia despendida a cada período de comutação é

1ˆ 1 ˆ2 UT1 , m
WB1  U T1 , m I1 f  I1 L1
2 2 UT1 , m  (U1  U 2 )
• Reescrevendo
1 ˆ2 1
WB1  I1 L1
2 U  U 2
(1  1 )
UT1 , m

Esta energia deve ser gasta para manter a tensão sobre o transistor controlada!

INEP 29
Grampeamento de sobretensões

• Alternativas conceituais para grampear a tensão sobre o transistor


N1 : N 2 N1 : N 2

+ +
U2 U B2 U2

U1 U B1  UT1,m U1

a) c)

N1 : N 2 N1 : N 2

+ +
RB1 U2 U B2 RB2 U2
+

U1 U1

+
U B1
b) d)

INEP 30
Grampeamento de sobretensões

• Topologia alternativa: Flyback de dois interruptores

T11 D12

N1 N2
+
U1

D21 T22

INEP 31

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