Esta resolução estabelece diretrizes para o atendimento de alunos com altas habilidades/superdotação na rede estadual de ensino, incluindo critérios para identificação desses alunos, mecanismos de aceleração de estudos e responsabilidades das escolas no processo.
Esta resolução estabelece diretrizes para o atendimento de alunos com altas habilidades/superdotação na rede estadual de ensino, incluindo critérios para identificação desses alunos, mecanismos de aceleração de estudos e responsabilidades das escolas no processo.
Esta resolução estabelece diretrizes para o atendimento de alunos com altas habilidades/superdotação na rede estadual de ensino, incluindo critérios para identificação desses alunos, mecanismos de aceleração de estudos e responsabilidades das escolas no processo.
Dispe sobre o processo de acelerao de estudos para alunos com
altas habilidades/superdotao na rede estadual de ensino e d providncias correlatas
O Secretrio da Educao, vista do que lhe representou a
Coordenadora da Coordenadoria de Gesto da Educao Bsica CGEB, em conformidade com o disposto na Lei n 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educao Nacional - LDB, no Parecer CNE/CEB n 17/01, na Resoluo CNE/CEB n 2/01, na Deliberao CEE/CEB n 68/07, na Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva Inclusiva de 2008, na Resoluo CNE/CEB n 4/09, e na Resoluo SE n 11/08, alterada pela Resoluo SE n 31/08, e considerando: - a importncia que o atendimento a alunos com altas habilidades/superdotao representa na implementao da poltica publica voltada para a incluso educacional dos alunos das escolas da rede estadual de ensino; - a pluralidade de avanos contnuos de que se reveste o processo de acelerao de estudos, como mecanismo de flexibilizao de estratgias educacionais que respeita a diversidade de habilidades e ritmos de aprendizagem de alunos identificados como tendo altas habilidades/superdotao; e - a necessidade de estabelecer critrios e procedimentos operacionais que subsidiem as unidades escolares na identificao e atendimento desses alunos, bem como na adoo de mecanismos que lhes assegurem efetivas oportunidades de acelerao de estudos, Resolve: Artigo 1 - So considerados alunos com altas habilidades/superdotao, aqueles que apresentam potencial elevado e grande envolvimento com reas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas, tais como as reas intelectual, acadmica, psicomotora, de liderana e de criatividade, associados a um alto grau de motivao para a aprendizagem e para a realizao de tarefas em assuntos de seu interesse. Pargrafo nico - Os alunos com altas habilidades/superdotao devero ser matriculados em classes comuns do ensino fundamental ou mdio das escolas estaduais, ficando-lhes assegurado atendimento escolar adequado especificidade das necessidades educacionais que lhes forem apontadas pela avaliao pedaggica a ser realizada pela escola. Artigo 2 - Caber Diretoria de Ensino a coordenao geral do processo de atendimento e regularizao da vida escolar de alunos com altas habilidades/superdotao, acompanhando e orientando as respectivas unidades escolares na implementao das diretrizes contidas na presente resoluo. Artigo 3 - O atendimento ao aluno com altas habilidades/superdotao, dever se pautar: I rotineira e basicamente, pelo aprofundamento e/ou enriquecimento curricular que promovam, em horrio de aula ou em turno diverso, o desenvolvimento de atividades voltadas s potencialidades e interesses apresentados pelo aluno, articuladamente aos demais programas e projetos da Pasta ou, em interface com instituies de ensino superior e institutos voltados ao desenvolvimento e promoo da pesquisa, das artes e dos esportes; II - pelo entendimento de que: a) o processo de acelerao/avano de estudos no se constitui mero e usual mecanismo de abreviao do tempo de concluso de determinado ano ou etapa de estudos; b) a possibilidade de matrcula do aluno em ano mais avanado, compatvel com seu desempenho escolar e sua maturidade scio- emocional, no poder ultrapassar, em qualquer caso ou situao, 2 (dois) anos da sua idade ou do ano do segmento de ensino em que se encontre matriculado; c) a matrcula inicial do aluno no ensino fundamental, independentemente das avaliaes psicolgica e pedaggica realizadas, dever ocorrer sempre no 1 ano; d) a matrcula do aluno no 1 ano do ensino fundamental, com parecer conclusivo para matrcula em ano mais avanado, do mesmo segmento de ensino, resultar da aplicao, no 1 bimestre letivo, do mecanismo de reclassificao que colocar o aluno no ano recomendado por esse parecer; e) o aluno que no venha a concluir os estudos do ensino fundamental em razo de acelerao de estudos, com matrcula efetuada em qualquer srie do ensino mdio, no far jus certificao correspondente ao nvel de ensino no concludo. Artigo 4 - Tratando-se de aluno com altas habilidades/superdotao no campo acadmico, que apresentem grande facilidade e rapidez no domnio de conceitos e procedimentos em todas as reas do conhecimento (linguagens, matemtica, cincias da natureza e cincias humanas), a unidade escolar poder lhe oferecer oportunidades de vivncia de atividades de acelerao de estudos, desde que: I - os ndices de desempenho acadmico alcanados pelo aluno nas avaliaes escolares regulares, a que for rotineiramente submetido, destaquem-se pelo grau de excelncia alcanado; II - o atestado de avaliao psicolgica do aluno, realizada por profissionais com formao acadmica, experincia e/ou tradio na rea de identificao dos alunos, de que trata esta resoluo, comprove que, alm das altas habilidades/superdotao, o aluno possui maturidade emocional compatvel com a faixa etria da idade ou do ano/srie escolar inicialmente indicado; III- o parecer pedaggico emitido pela unidade escolar ateste o esgotamento e a ineficcia das oportunidades de enriquecimento curricular j vivenciadas pelo aluno, devidamente comprovados por relatrio elaborado a partir de portflio; IV- a avaliao psicolgica de maturidade psico-emocional ou multiprofissional processada pela Diretoria de Ensino seja ratificada pelos pais do aluno, ou por seus responsveis. Artigo 5 - A solicitao de acelerao de estudos de aluno dever ser formulada pelo pai ou responsvel, ou pelo prprio aluno quando maior de idade, mediante requerimento dirigido direo da unidade escolar, que se responsabilizar pelas orientaes complementares que se fizerem necessrias. Artigo 6 - Caber unidade escolar: I - prever em seu regimento interno e em seu projeto poltico-pedaggico as diretrizes operacionais da educao inclusiva; II - realizar a avaliao pedaggica, na conformidade das orientaes a serem divulgadas oportunamente por esta Pasta; III - assegurar do Conselho de Classe ou de Srie a emisso de parecer conclusivo a ser encaminhado Diretoria de Ensino para manifestao e aprovao dos Supervisores de Ensino, da prpria escola e do responsvel pela Educao Especial, com homologao do Dirigente Regional de Ensino; IV - matricular, no ano/srie indicado no parecer devidamente homologado pelo Dirigente Regional de Ensino, at o final do 1 bimestre, os alunos da prpria unidade escolar e, em qualquer poca do ano, os alunos transferidos de outras escolas, apresentando ou no documentao comprobatria de estudos anteriores; V - regularizar o registro de rematrcula do aluno com altas habilidades /superdotao junto ao Sistema de Cadastro de Alunos do Estado. Artigo 7 - Caber ao Grupo de Trabalho constitudo por representantes da CAPE/CAESP/CGEB e aos gestores das Diretorias de Ensino, quando necessrio, a anlise e a tomada de deciso dos casos no previstos na presente resoluo. Artigo 8 Caber Coordenadoria de Gesto da Educao Bsica CGEB baixar instrues complementares que se faam necessrias ao cumprimento do disposto na presente resoluo. Artigo 9 - Esta resoluo entra em vigor na data de sua publicao.