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QUIMICA GERAL 2? edicao Pea Sa LSS ee QUIMICA GERAL Vol.1 JAMES E. BRADY GERARD E, HUN STON Tradugao de CRISTINA MARIA PEREIRA DOS SANTOS Engenhetra Quimica ROBERTO DE BARROS FARIA Quimico Professor ds Universidade Federal do Rio de Janeiro Professor da Universidade Federal Fluiniaense 2? edicao € FEDE oe STH 24 4 ores ae To be Gulia & Re BIB Sins TITU' Oc FOITORA TABELA DE NCMEROS E PESOS ATOMICOS Busexls no relate de 1977 a Comivie de Pesos Atémiso dy Unio tnernacon de Qufmice Pur © Api dh, heres & mass atérnn do sarbonoel2 Benen — simpon Nimere Som Actaio Ay 9 128 6 Ausino A 1 aga rr aut a same Bin ny SR Bere, he ania Begulo Be 7 an Iwate Bs ae angie ovo B ial et frome a 73304 Caine te Bre Site G a fps Caicos er wou) D Cute Caer) Gre a Hh aeas: Cenuto Ce 2 aun Cahee & DGS tet Caplin kr 30 teal Cen G S96 ire Go Ga Dips) = Dy BSD.) Ewing 9 ns Frere 8 Ie 3206 ts Eon Fe cara Fame Foim rnp Ferro Fe % Sue te Fur 1 taapiaos esr sre Prins Bsn Catotnn se Wstas Wel Sale eed Garmin 2 Rw to ' 5) eth iti be Po1aD tre Yoo 18a at Imo ¥ Bogs Uintine Ly 58S ae (ao renee M8 [ovts undo cago pale eot de rad ue se sue, ionvalte ds pe stir sto sores 41 Uniden 1W)0 pose atomic ae pole 6k expres se forma Fe Flomewo Sidon Nunem Fete ice u 3 goa eres Sites bare ta sagweso ME 228308.) Noemie or ee Neglinio Np kas inana a ine Shap anas Miaue Soo saa Mingle 3 tso4 Novels ko Gn Ossie % Woe te bun ee siren a 189988 Ub Mite Ga Paiaie Hon wy Poin me “toaoes fe Prucodtiio Fe (0 unaan Prats WKH (© Prone a G8 Tn Proctin Sh Bhoas9 fe Riso 13 Bepase eer ain & Go gi Rea S53 taaan to S35 Seo em Tinto la ine fo Ben Te a THe te 2 M0 wet Tato Th Esboase iis 1 Blt To ty $0 22% leer "te i Vaasa Tange MUS ‘omaenioy Ua) te 68) Cea ‘Ganienioy Nay) fot ant Vine Vy MOMS ta Xenotio Xe an eas ee te So as M2 te 1a) Constr vaies.a parr dee alr de po ates 28 ben ote ca atorancometsos ensue (Serna conpanto toa (ft Sete de ous do iestoro ds mane eles es | “eusopour vorpouiod year v Fag] ese [rare] era ig | ad | 2 Sopojiog obese eT | weeeST 41 | 0 cot {VIIA YIN WA WAI CONSTANTES FISICAS Niimere de Avogadro N = 6,022 045 x 1079 Base dos logaritmos naturals e = 2,718 28... Carga do elétron e = 1,6022X 107? Constante de Faraday = 96494 Clmol e~ = 96494"! Constante dos gases R = 83144 mol! K 8.3144 kPa dm? mol”! K~! 6,6262 X 10°" Js 3,141 593 2.90792 X 108 ms“? Constante de Plank PB Velocidade da luz no vieuo FATORES DE CONVERSAO. Frergia 1 cal = 4,184 5 (excatamente) 1) =1kgan? 6 | eV/molécula = 96,49 kJ mol" Pressio | atm = 760 mm Hig Tatum = 101325 Pa 1Pa=1Nm* Relugses wteis Inx = 2,303 loge K=*C+27315 devee ‘TABELAS IMPORT ANTES Acidos ¢ bases comuns, coneentradas 29 Configuragors eletronicas dos elementos 96 Eletronegativiéades dos elementos 139 Alguns ions polistmices comunt 12 Pressgo de vapor da dgua a virias temperaturas 239 Regres de nimeros de oxidarao 14 Regras de solubilidade loa Unidades SL 9 SUMARIO caPETULO CAPITULO. CAPITULO CAPITULO CAPITULO CAPITULO CAPITULO CAPITULO CAPITULO 9. CAPITULO 10. 7 8 APENDICE A. APENDICE B, APENDICE C. Inuodugao, 1 Estequiometsia: Aritmética Quimica, 35 . Estrutura Atdmica ¢ a Tabela Periddica, 65 |, Ligagao Quimica: Conceitos Gerais, 117 Ligagito Covalente ¢ Estratura Molecular, 151 ReagBes Quimicas em Solueo Aquosa, 185 = Gases, 225 Os Estados da Matéria ¢ as Forcas Quimicas Intermoteculares, 263 A Tabela Periddica Revisitada, 309 Propriedades das Solugses, 345 Matemética para a Quimica Geral, 387 Logeritmos Comuns, 397 Respostas dos Problemas Numéricos de Numeragfo Pas, 399 INDICE REMISSIVO, 405 _INTRODUCAO cea, O Ibe ‘orma que es resus podem 2 / QuiMICAGERAL © Auritio define citncia ‘came "econjunto ‘organizado co Centecimentot raletivor = tum deterrninado objeto, ‘execlatment op obtides meciance 2 observers), 3 fxperinesa aos fates © um) ‘métode proprio.” aw 0 METODO CIENTIFICO ‘Nunca, em toda a histéria ds humanidade, viuse o homem com tamanho poder de influenciar © meio em que vive, como hoje, sja ‘para melhor oa para pior. Isto tomou-se postivel, em grande parte, como resultado de um esforeo humano chamada ciéneia — um interewe nas obres da natuceza e um estudo das suasle’s. Durante um perfodo de tempo, & medida que a quantidade de fatos sobre a natureza crescia, a ciencia gradualmente evoluiu em um nimero de especialidades fortemente relacio- nadaa, tis como biologis, quimica © fisiea. A Quimica, asunto deste livro. trata da Composiggo cas substincias, a8 mansiras pelas quais suas propriedades se relacionam {com as suas composigdes ¢ 2 interagdo destas substincies, umas com as outras, para a produgfo de novos materias. ‘A intensidade com que a Quimica tem modificado a nossa civiizagao ¢ evidente por toda a parte, Ba parcela de nossas roupas, os automévels.e outros objetos de uso Cotto sio fettos de maleriass que simpiesmente ndo existiam na vizada do séeulo, Os remédios eriados nos laboratérios torraram 2s pessoas mais saudaveis e, através do cura de doengas, prolongaram sia vidas Recentemente, a compreensto de que ‘um omgaiismo vivo pode ser encarado como uma complexa “indGstria” quimice ‘provocou um forte interesse nas ciéncias bio\Gpicas, em especisl aa biologta e med Como resultado, 0 estudo da bioquimica tem trazido grandes avangos a0 nosso conhecimento sobre a natureza da vida. Hoje, os biogufmicos estso traba Ihando com of processos mais elementares ds herediteriedade, alterando quimice monte os genes © criande novas formas de vica. S6 recentemente, porém, € que 88 tomaram evidentes os problemas oriundos desse desenvolvimento tecnolégico. Um exemplo € 0 problema para o qual st tera dado bastante publicidade, que ¢ 0 des ajo de residuos quimicas perigosos. A solugo de tai problemas apresenta-se como um grande desafio para a quimica do Futuro Neste capitulo, considoraremos como a eigraia opera; veremos os maternis © 08 congeitos com os qusis os quimicos ¢ os estudantes de Quimica trabalham ¢ aprenderemos como © conceito de itomo tornou-se firmemente estabelecido. Intro- uzitemes, também, alguns dos jarges usados pelos quimices. F importante familia rlzarse com 4 terminologis quimica o que sem divida requeralguma memorizagio), uma vez que muitas das dificuldades que os estudantes encontram no estudo da aquimica devem se dincapacidade de “falar” a sa linguager. Muitos dos mais importantes avangos na cigncia, como as descobertas ds ra: ioatividade por Henri Beceuerel ¢ 2 da penicilina por Alaxander Fleming. ccorte- ram por sideate, Essas descobertas, porém, forem parcialmente acidentals, pois rna verdade as pesious envolvidas haviam aprendido a “pensar ciemtificemente”, estando, portanto, consclentes de que observavamn algo novo c interessante, Os progressos em quimica, astim como mas outrasciéncias, fo geralmente bem menos espetaculares do que as descobertas de Becguerel ou Fleming. Elas 0 acom- ppanhadas de muitas horas de trabalho cuidadoso que segue um caminho mais ou ‘menos sistematico na busca de respostat s questdes cientificas. Este caminko € cha: ‘mado de método ciemtifico, 0 método cientifiso nio & nada mais do que uma seqiiéneia formal de passos ue seguimos a0 atacarmos logicamente qualquer problema. Considere, por exemplo, tum técnico em eletrdnica tentando consertar um aparetho de televisdo defeituoso, Primeiramenie, cle localiza um componente defeituoso observando os reasTtados de lume série de testes. A seguir, ele substitut o componente ulm ¢,Finelmente ele liga © aparelho para verificar se © reparo foi feito corretamente, Osmécicos apticam 0 érodo cintttco quando les usar as estas {los mame de Inboretrio @ oF sintomas de um pecient® pare agnostcarer ume eng e sequirem 9 su sratamento per iferontes medicacies Wrsopugao / 3 Quando atacanos um problema em ciencta procedemos ds mesma forma. A primeira etapa no método cientifico chama-se observario. Este € 0 objetivo das experiéncias que voe8 2 os outros cientistas reaizan: nas laboratsrics. A‘, a natureza é observada em condigdes controladas de forma que os resultados das expeciéncias s0 reproduzives. As informeeses que vocé obtém so chamadas dados ¢ podem ser lassficadas. como qualitatvas ou qoantitaivas. As cbsorvagSes qualitativas nfo possuer niimetos associados a elas, Um exemplo € a observagio de que a adigao de Dicarbonalo de sOdi0 20 deido aoético (vinagre) provoca 0 aparecimento de mmuitas Doihas, & medida que as substincins reagem. Entretanta, ao meditmos a quantidade de bicarbonato de sédio necessiria para seagir com uma dada quantidade de icilo dcetico estaremos fazendo uma observagio quanttativa, ums vez que dela resulta uum dado numérico, Veremos que as medidas quantitativas sf0, gevalmente, mais leis para um Giemtista do que as observaybes quulitativas, una vez que as pinwicas fomecem mais informap6es. Apés adquirir ums grande quantidade de dados, & conveniente expressélos sob una forma concise. As covtelaydes que atizgem este objetivo cham leis s10, portanto, um meio bastante poderoso de se armazenar grandes quantidades de fatos experimentais. As leis posstilitam, também, predizer os resultados de slgumat experiéneias que nunca foram executadas. Por exemplo, sempre.se verifies que, quando os gases hidrogénio © oxigenio, ra mesma temperatura e pressdo, combi: name para formar 4gua, sZ0 necessirios dais volumes de hidrogénis para consamir completamente um volume de oxigénio. Se tivermas cinco metros ciicos de gis oxigenio, podemios prever que nezesstaremos de 10 mettos cibicos para a reagdo ser completa Pode-se expressar uma lei através de uma simples correlaggo verbal, tal como scima nos referimos & reagdo do hidiogenio com 9 oxigénio. Todavia, freqiente- mente . € mais itil ter-se uma le! expressa sob a forma de uma expresso matemitica Por exemple, sabe-se que a forgs de atzagfo entre duas particulas com carges opostas ‘iminui a mecida que sua distancia aumenia, Isto 6 dito com muito maior precisio pot meio da equaca0 ou lei de Coulomb: Fach? na qual F 6 a forge de aragde entre as duas partéculas com cargas oposias, 41 © ¢3 sfo as cargas das particuls,r a distincia de ssparagio e k a constante de proporcio- ralidade, Comumente, expressim.se as leis sob a forma de ums equayZo matematics Como jé se observou anterionmente, uma lel simplesmente correlacona grandes quantidades de informardo. As leis por si so ndo explicam por que 4 natureza com- portase de determinada maneira. Os cientistes, como quaisquer outros homens comuns (mesmo que & primsia vista nfo paregam como tal), nao se satisfazem com as simples correlagdes de fatos, ¢ procuram uma explicagio para as suas observagdes. Assim, a segunds etapa do método sientifice & a proposigio de explicagSes,tenta tives ou hipéteses, que possam ser testadas através de um experiment. Se confirma dhs por repetidas experiéncias, evoluem para o que s2 chama de teoria, Estas servem sempre de guia para novas experiéncias ¢ fo constantemente testadas, Quando una expergncla demonstia que umz teoria & incomreta, esta deve ser substituida por cutra ou, como € mas frequente, modificada de tal forma que todas as obsewvagbes experimentais possam ser explicadas. A eigrcia evolui, portanto, através de uma constant intemgfo de teoria ¢ experiéncis, Nio podemos esquecer que, raramente, se pode comprovar que uma teoria esti comteta, Normalmente, © miximo que pode ocorrer é no se encontrar uma experiencia que a cesaprove, Um cientisia deve estar sempre alento para nfo 4) aUIMICA GeRAL confundir teorla com fato experimental, Por muitas vezes, no passado, tomaramse {eoras ertbreas como fatos concreios reterdande-se, com iso, 0 propresse da ciénca 1.2 Nenhuma ciéncia pode progredir muito sem se valer de observades quantita- MEDIDAS tive. Isto significa que devemos fazer medias. Um processo de medida, eavolre, geriimente, # leitura de némeros em algum instramento; em conseqaencia, temse quase sempre alguma limitagdo no mimero de digitos que exprestam um determinado valor experimentalmente, Por exemple, considerese 2 medida do comprimento de uma pega de madeira, utizando-se duas réguas diferentes Fig. 1.1) a 4 a Cantimerae aod Camtirerror Figura 1.1 Medida do comprimento de tuma pega de madeira Tomandose a régua da Fig. 1.l¢, pode-se ler o comprimento da pera de ma: com fuss végua diferentes: deira como sendo igual a 3,2 centimetras (abreviadamente, 3,2 em}. Note que para (@) Comprimen se chegar a este miimero teve-se que estimar 0 segundo algarismo, isto é, decidiu-se tite se 0 comprimento era mais proximo de 3,204 de 3,3 em. Como se esti fazendo uma estimativa, existe sempre incerteza quanto ao segundo algarismo (2); quanto ao ter ceiro algarismo, 6 inteiramente deseonhecido, Portanto, para medidas nas quais se utiliza a régua da Fig. 11a, ndo se justifies a referencia a ndmeros com mais de dois alearismos. a digitos obtides como resultado de uma medida chamam-se algarismos signi fleativos, Ao se escrever um nimero que representa 0 resultado de uma medida, 4 menos que se digs o contririo, considerese que somente o ultimo algarismo da disvita 6 impreciso, Assim, para a medida ilustrada na Fig, 1.la, tem-se um ntimero com dois algarismos signficstivs. Na Fig, 1.15 yemos a mesma pecs de madeira sendo medida com uma régua subdividida por graduagées adicionais. Observase agora que ambos os digitos 3 ¢ 2 sfo conhecides com certeza e polese estimar o terceiro djgito. Uma estimativa de comprimento pode ser 3,24.cm, embora algumas pessoas possam achar que deve ser 3,23 em ou 3,25 cm. A medida 3,24 em contém t18s algarismos signifiativos, uma vez que 0 3 € © 2 sfo efetivamente conhecidos ¢ somente 0 4 posssi alguma incerteza, Os digitos a diteita do 4 nfo podem ser estimados usando-se « régua da Fig, 1.16 e, portanto, nfo sfo escritos ‘A importincla dos algarismos significativos é que eles indicam a preciséo das medidas. Ao determtinar 0 comprimenta da pega de madeira, foram obtidos dois valores diferentes, utiizando-se dois instrumentos de medida diferentes; intui-se que = 3.24 cm, Algumas ve205, a incertece nue meciie ‘nese juntamerte © valor mais confiével € aquele que tem maior nimero de algsrismos sgaifiestivos. com 9 valor de Como as leis © teorias basciamse nas quantidades medidas, a nossa contianga rela: ‘quartioade medica, como, ciona-se diretamente A qualidade dos dados em que se baseiam. eee Ao descutir as quantidades medidas, encontramse, freqiieatemente, as pale “ ras precisdo ¢ exatiddo. O termo precisio refere-se a qudo proximas duas medidas, inTRODUGAD / 5 de uma mesma quantidzde, esto uma da outrs. Por exemplo. repetindo-se uma medida usando-so 4 ségua da Fig, L.la esperase obter valores que diferem de aprox madamente 0,1 cm; pode-se, assim, considerar os comprimentos medidos com esta régua com uma incerteza de cerca de ¥ 0.1 cm. Repetindo-se as medides com a répua da Fig. 1.16 obtém-se valores que diferem de cerca de 0,01 em a incerters nas me- didas feitas neste caso estgo em torno de ¥ 0,01 em. Os valores abtidos com a segun- a régua possuem uma incerteza menor ¢ sfo considerados mais precisos. Em geral, {quanto mais algarismos signifieativos existirem em urna medida, maior seri « precisio essa medida, O valor 3,24 cm sugeie que se a medida for tepetia o resultado estard uns pouces centésimos de centimetros distante de 3,24 em, Por outro lado, um valor de 3,2.em implica que se a medida for feita novamente o resultado pode diferi de 3,201 tanto quanto uns poucos décimos de centimetres. O valor de 3,24 em, que [possui irés algarismos significativos, implica uma medida de maior preciso do que o valor de 3,2.cm. EXEMPLO 1.1 sOLUCAG Figura 1.2 Réqus nfo cabbrada lequadamente, ‘Todas a8 ‘medidas fetas com festa rua estarfo com am, tro de I em. Usando-se ama trena graduada em ééclmos de metto medu-se o somprimento de wma sal ¢ obtevese o valor dt 11,0 m. (a) Quantos algaramos sgnficativor exirtem nesta media? (6) 0 ‘que estar errade ao se designaro coniprimento como 11m aimpleynente? (@) Fxitlom tds agariomos sgnifieativns, Pade extumie que abo: os digitos & exquerda do virgule ao conheckes com certeza © soneate 0 zero 2 direita da vigula Incerto, Em outay palavns 0 eomprimento pode esar entre 10,9 me 11,1 m. {(b) Designando-e comprimerto como 11m isto implica que a medida possui ums incerters de pelo menos = I m (sto é, 0 comprimento esté entie 10'm ¢ 12 11), Stbe-se, porte, que a medida é mais eonfvel do que isto. Uma vez que go teve 0 trabalho de abtero tetceiz alas mo signifieativo nao se deve desperdici-loescrevendose apenas do, termo exatidio referese a quio proximo uma observagio experimental esté do valor verdadeiro. Geralmente, uma medida mais precisa é também uma medida ‘mais extts, No exemplo, o valor de 3,24 em ¢ mais preciso que 3,2¢m e, provavel- ‘mente, também esté mais proximo do comprimente verdadeiro, HA ocasides em que um numero pode ser preciso mas ngo exato, A régua apre- seniada na Fig, 1.2, por exemplo, nfo est calibrads adequadamente. A nio obser- vincia deste erro de calibracgo (e, portanto, a no correydo das medidas feitas com esta régua) conduziré a resultados com um erro de 1 cm, ainda que estes possim ser lidos com trés algarismos signifieativos na escala Algarismos sianificativos nos célculos Em quase todos 0s casos, utiizam-se 0s valores obtidos nas medigOes para cal- cular outres quantidades. Nestas situagéies, deve-se ter 0 cuidado de atribuir o nimero. 6 / QUIMICA GERAL adequado de algarismos signtficativos ao resultado computado. Isto ¢ particularmente importante quanco se utiliza uma calculadora eletronica para fazer os cdlculos, uma vez que estas, nermalmente, dio respostas com oito ou dez digitos. Geralmente, muitos destes digitos so destiturdos de significado, uma vez que nfo szo conside- radas como slgarismos significativos. Para se ter uma idéia dos problemas que podem surgi, suponha que se. quer calcular a drea de um retangulo cujos lados foram medi- dos com duas régaas diferentes e obtidos os valores de 6,2 ¢ 7,00.cm. Sabemos que a frea é 0 produto destes dois mlmeros, ou seja, 6,2em x 7,00em = 43.4.em". Quantos algarismos significativas devem.se usar na respesta? Consideremos © mimero de algarismos significativos em cada medida. (0 nimero 6,2 postui dois algarismos significativos, 0 que implica a existéncia de alguma incerteza no 2 (isto é, 0 comprimento real pode ser, na yerdade, 6,1 ov 63 cm). A confienga que se tem mo comprimento deste lado € de uma parte em 62 ‘ou cerca de 1,6%. ae x 100 = 1,6% Para o outro lado do reténgulo, 2 menor incerteza expresse pelo mimero 7,00 & 0,01 cam; assim, a incerteza percentual & de (0,01/7,00) x 100 0,14%. O gras de confianga no valor calculado para @ area do retangulo depende do grau de confanca das medidas des lados. Se um dos lacos posui um erro de pelo menos 1,6% é razoi- vel esperar que a area tambée possua um erro de mesma ordem de grandeza. Desigrando-s: a sirea como 43,4 cm? isto implica ums inverteza de uma parte fem 434, ou seja, 0.23%, Isto supera consideravelmente a confianga esperada para o valor da area de forma que 6 precise arredondsr! « resposta para 43 em! (0 que implica ura incesteza de 2,3%)- ‘A andlise necesséria pera se chegar 4 maneira correta de expressar 0 resultado 6 claramente tedioza © demorada, Felizmente, hé uma regra simples que pode ser seguida para se evitar uma andlise desta a cede célculo. Em geral, para maltiplicapso @ dividl, 0 produto ou 0 quociente ndo deve posiuir mais algarismos significativos do que 0 fator menos preciso utilizedo no célculo, No exemplo acina, o fator 6,2. em postui dois algerismos sgrificativos e o fator 7,00cm possul irés. A regra diz que a resposta nfo pode ter mais o que dois uma vez. que este € o nimero de algarismos significativos do fator menos preciso. Assim, deve-se arcedondar 2 resposta ealbulada de 43,4 cm? para 43 cm? Para a adiefo e a subtragdo, utiliza-se um procedimento ligeiramente diferente ppara determinar 0 miimero de algasiames signifcativos em uma resposta, Nesse cas, determinase 0 nameto de algarisinos signifcativos do resultado de um céleulo pelo riimero que tem menos casas decimals. Assim, na adic 4371 3025 306,87 + Quando se desea arrdondar um miimero mum certo ponto, despretam-se simplesmente r digitos que se soguem,e6 0 primeira deles for menor do que cinto. Assim, 6.2317 antedondase para 6.23, quando te deejam apenas duas ewas dscimeis. Sec primeizo dito a ser desprezato for maior do que 5 ou + for 0 proptio 5, eguide de nimezos diferentes d> 2or0, adicions- L an Gigito anterior, Assim, 6,236 ¢ 6.2351 aredondam-se pass 6,24. Finalmente, ve 0 afgite a ‘set desprezade for 0 § sozinho, ou seguide de 2erox, desprezarse o $ se o nGmero precedente for pare aliciona-se 1 s for impar. Assim, 6,165 arvedonda-se para 8,16 € 8,175 para 8,8. Arunidades totem of ‘mms par de operapdes mateméticasque os numeres, Se vosd no tive famitarieado cameste conceito, fia Apbndive A.1 20 fine! lure INTRODUGAO / 7 ddeve-se attedondar a resposta para 305.9. A razgo disto & que os dois digitos que seguem 0 5 no niimero 302,5 so completamente desconhecidos, isto €, podem ter qualquer valor de 0 a 9, Em conseqtiéncia, ox dois ultimos digitos na resposts 306,871 So tarabém completamente incertos. Seguindo-se a regra de escrever os niimeros de forma que somente aqueles digitos com significado real sejam incluidos, nfo se justifies eserever os dois ‘iltimos éigitos, devendo-se arredondar a rexposta pita 306.9, Para a adigao e a subtragGo tomse, entdo, a seguinte regres a incertees abso tata em wma soma ou diferenca neo pode ser menor que a Malar thcerteza adsoluta em qualquer wm dos termos wilizado no cdlculo, No exemplo, a incereza absolu- ta do nirnero 4,371 € + 0,001, enquanto que a incerteza de 302,5 & + 0,1. De esordo com a regra, 1 soma Gestes do's mimeros ngo pode ter uma incerteza menor que + 0,1: portanto, a soma 306,871 deve ser arredondada para 306.9 para expressar uma, ineerteza de 0,1 Em. alguns cilculos, empregam-se aumeros que vem de definigdes (iis como 1Odm — 1 m) ov que sfo 0 resultado direto de uma contagem (tal como 9 namero de pessoas em ums sala), Si os chamados nimeros exatos ¢ ndo contém i (sto ¢, exisiem exatamerte 3 pés em | jarda, ou o mimero de pessoas ¢ sempre um imero inteiro). Ao utilizar estes miimeros nos edlculos, considera-se que eles pos- suiem um rdmeco infiniio de algariamos significatives. Assim, a converséo de um comprimento de 4,27 m em decimetios fur-se de seguinte mania verte azzptx (1229) «27am L sapciews seneies Note que 0 nimero de algerismos signifivatives do produto ¢ determinado pelo nu sero de algarismos significativos do comprimento medido e que. ao fazzreste céleuto, cancelamse as unidades, metros, Esta andlise dimensional aparecers novamente em problemas futuros, A andlise dimensional encentra-se explicada em detalhes no Apen- dice A.1 no final do livro. EXEMPLO 1,2 soLugAo, Algumes vers, ume ‘aeuladora nes da poueos ‘agavisros spnificatwvos. ‘S¥ mutipiearmos 0500 or 6,00, uma cslevladora nbs dard 3 como ‘sposta em ver de 3,00. aga os sequintes vileulos ¢ dé 05 resultados com o némero de abarismos sgiticatives cometos Agama que todos os mimerossfo resultados de medidas (9) 3,182 8.05; (b) 29,3 + 213,87;66) 144.3 + 2,88 % 8.) (a) Uilizando uma esteuludora, teremice 3142 290 210599 05 Note que o numero 3,142 contém quatro alzarismos sgrificativos ¢ 0 ndmeno 805 comtém tes Una Yea que a respovta nfo deve conter mais slgarismos signticativos de que os encoatrados 10 fator com o menor aiimero de algarsmes sigifcativos, devemos arredardar © resutado para 0.390 {b) Observe que, neste caso, roremos que adisionar ap 7 um vil descend 29.39 4213.87 263.17 8 / QUIMICA GERAL 13 UNIDADES DE MEDIDA ‘A Grice coba que podemos dizer & que 0 valor da interogaeto na resposta deve ser no minim 7; portanto,a resposta dever! ter axedondada pera 1432 Muitos esudantes, nesta sitag2o, se equivocam ao eserever tim eto apéx 0 3 do aiimero 29,3 Geto 6 29,30). 0 digo que 1 regie a0 36 derconhecido, So se soubesse que seu valor era 2er0 este 2e10 jf teria sido ecto! (0) Em cileuos mistos como este, devemes tells multiptcaySes e divides antes das adkgze> e subinigdes 284% 83~—21,982 (Ge ustrmocumacateulalon) Ums vez que 8,3 comtém apenss dois algurioros signifeativos, devemos axtedondsr © produto para 21. Agor, fazemos a adie: 1443 + ue 1657 = 185 ‘As unidades sao parte integrante de qualquer medida. Por exemplo, a0 se dizer que ‘uma reagfo quimica foi squecida por um intervalo de “trés” isto & completamente sem sentido @ menos que uma unidade ov unidades (segundos, minvtos, horas, ete.) esteja associada com 0 niimero, Os quitnices, tradicionalmente, tém vsido o sistema iéirico em suas medigas. Em 1960, um érgio internacional chamado Conferéncia Geral de Pevos e Medidas adotou e recomendou ums versio modificada do antigo sistema métrico chamado Sistem Internacional de Unidades (adreviado Sl, do francés Le Systeme Intemational d'Unités) para uso mundial. Este sistem métrico SI possui sete unidades bdsicas dades na Tab, |.1. Todas a5 outras unidades neces sérias para medidas sio derivadas destas unidades bésicas por combinapoes apropria- das que dopendem das dimens®es da quantidade medida, Por exemplo, se desejtmos caleular a dea de un: tapete retangular devernos multiplicar o seu comprimento pela lirgura, A untiade para a érea € do mesmo modo o produto de duas unidades de comprimento. Uma vez que a uniade bésica 20 SI para comprimento é 0 metto(m), unidade formada no SI para érea é om” (metro quadado), Da mesma forma, a velocidade, que € uma raza de distancia por tempo, ¢ealealeda como a distincia percorrids dividida pelo tempo transcorrido, A unidade para velo cidade no SI€ portanto metro/segundo ou em simbotes ms ou ms"? Frequentemente, as unidades basicas ou as unidades formadas a partir destas so de um tamanho que as torram inconvenientes para medias ordinirias, Por exemplo, a unidade para volume no SI € o metro cibice, m’, ¢ 0 uso desta unidade vara expressar os volumes medidos em um laboratorio tornase desagradével. Um copo de igia corum, por exemplo, posul cerca de 0,00025 m*. O Sl esoive este problema mokificando as unidades com fatores decimais e prefixos, para obter ml: tiplos e submaltiplos de suas unidades, Uma lista completa dos prefixos utilizados zo SI encontra-se na Tab. 1.2. Bsteja certo de aprender aquelas que esto prifadas, pois sao as mals freqdentes neste liv, A Tab, 1.3 stra como estes multiplisadores IwTRODUCAO / 9 trabalham € como os prefixos associudos a eles sao usados para nomear as unidades modificadas, © Ex. | 3 mostra como se podem fazer as conversdes de uma unidede para outta facilmente, Tabola 1.1 As sete unidades bisices do St Cuuidede Pista Nome dz Uriliate Stato Mase Quilograma iy CComprimente Metro m Fempo Segunda : Corrente eétrica Ampére A Temperatura Kelvin x Intensidads laninoss Coasts a Quancidade de wbsténeia Mol nol Tabelo 1.2 0s dezesteis prefixos do SI Faor Prefico Simbolo Furor Prefbo.Sinbolo 10! ea E 10" deci a 10 10" conti ‘ 10" 10% mil ” 10" G1 micro “ 108 Mt nero " 10 k 10° pico p 10* 8 Lo! fomte ‘ 10 10 atte a Tabsla 1.3 Modificande o tamanho das unidades do $1 com prefixos Prefivo Fotorde Multipliapso — Femplon Simbolos Quite 1000 (0) 1 quilémetia = 2 000 metros (10? ma) km 1 quilograma = 2 000 grimas (107 g) ig Deck — 4/09") decfetto = 0.1 metro (10°* a) am Cent» 1/09 (10"*) 1eentimetto = 0.01 meiro (10°? m) em ins 148 000 (10°) 1 muuimetro = 0.001 mero (10°) am 1 milssegunde = 0,001 seguro (10-* 9 ne 1 miigrams = 001 grama (10? p) ng Mico. 1/2 000.000 (105) 1 mcxbemetro = 0,000 001 metso (10"* mi) sm 1 miesograma = 0,000 001 gram (10°* g) +8 Nano 1/1 600 0000000 (20-*) I nanémetro = 0,0000€0 003 metio(10°" m) xm | nenograma = 0,000 000.003 grama(10"* 8) 8 10 / Quimica ceRAL EXEMPLO 1.3 SOLUCAO Uma certa pesoa tee 172 em de altura. Expresse asus altura em decimetros Este € aa verdade um problema simples, mas iustra como se podem fazer as conversSes de nid ‘dei este tipo utandove o maéiodo da rezra de 6x. O primeito passo ¢ analsit 0 problema que {en = Idem Precisamot de uma forms para relacionar as unilades cm + dm, Olhunco a Tatelu 1.2 patemos rio ver uria maneita de fazer into duetaente, mas podemes escrever as relagies fen = 10m ov 10cm = Im tam = 10-'m ox 10dm= 1m [Note que estas relacdes fornecem um caminho de cm pars dm. Os centimeros podem ser cor vertidos pira metros usando-te 2 primers elacfo e os metros podem ser tanfarmacos em deci- metios urardove a segunda. Ao usdilas deveror eter stentor de unidedes serem cancelalas, luma ver que elas controlam os Tatores que af0 Formades. Asien, ie scm { ) v7 100 am 10a sams (18) inaan me Podemes também esctever on fatores de conversfo “agltinadon” ¢ obtermono mesmo realtado final uy, [0am vragen (EL) x (282) -inaen vom) * (me ; mara pari decimetios EXEMPLO 1.4 SOLUGAO Una rovisio de eperacbee lavimdtion com mimarce expresso em potdnoioe te 10 pote sr lencontrade mo Aplnice A. Calle 9 nlmero de ceatimetroseGbicos em 0,255 dectmetras cibios. Neste ctso nectsstamos de uma relgéo entre unidades cubicas, una vez que 0 problema pode ser reescrito como 0,225 am? =? «mn? A Tabela 1.2 nfo fornece ama forma de converse dicta de dm? para cm?, mas fornece ure meio de retcionsemioe dm com om 1am = 10° m Lom = 10°? m ara obtermos as reiSes entre as unidades cllbicas co:respondente: basta eleva:mos a0 cubo ambos os lades da equago day? = 10°" my? 1dmn? = 10°? me (em) = 10"? m? Lom? = 10-* mw InTRODUGAO / 11 [Estaspodem, agora, se usidas pata consteut os fatores de con verso para rs0Wer o problema, esses (HE) (20) Aguas vases. encontraro: ‘osimbola ce sen usado Ineorrotamante pers hsignar 0 contmetro civic, em we dec. EXEMPLO 1.5 SOLUGAO {8 montrmos 0 problema formas cbtermor 9 ‘nidede corets pars mapores, podemos aster ares dequa «resposte labor eserdcorrta As unldades SI estzo sendo aceitas Ientamente; entretanto, algumas unidades métricas antigas est4o desaparecerdo lentamente e so ainda utiizadas por muitos ciontistas experimontais. A existéncia de unidades antigas na literatura cientifica requer que estejemos a par de ambas. Consequentemente, as unidades SI sfo usadas neste livro, mas identificaremos também importantes unidades que nfo pertercem 20 SI nos momentos adequatlos. Em quimica é necessério medirse, sotinelramente, massa, comprimento ¢ yolu- ‘me. As unidades comuns do SI utlizacas para expresser estas quantidades sfo basta as no grama (simbolizado por g), no metro (m) e no decimetro chico (dm*) ou centimetro cébico(em’), respectivamente. O grama por si sé ¢ uma unidade de die ‘mensfo conveniente para a maioria des medidas de massa sobre as quais falaremos mais na Seg. 1.4) no laboratério, Na maioria das vezes, entrotanto, medimios os com: primentosem centimetios ou milimetros. 1m = 100 em = 1000 mm E conveniente lembrarmos que 1 cm = 10 mm, O litro (|), a atinga e ainda usada unidade de volume, é definido co SI como sendo exatamente igual 1 1000 cent{me- {ros cibicos(em’) ou um decimetio cabico. I litro = 1000 em* = 1 dm‘ ‘Uma vez que hd 1000 mililitros em. 1 litro, 28 grundezas miliitro e centimetzo cubico sfo identioas mL = Lem" ‘Um objeto esti-ze movendo 2 uma Velocidade de 14,2.cm s°*, Expresse esta velocidade em qui: Jometeos por hora (km A") Usemos 9 método da regrt de tr€s novamente Em primero lugar listemos as rlagBes que conte: cemos entre 8 unidades ten = tm Lik = 10? m 605 ~ Ima 50min = 1h ‘Agora, wuemce star relagSer pars constrar of fetores de convendfo que nos permitam cancelar ts unidader indssejveis. Nowo problema envolve x convendo das uridades “centimetios” em ‘quilémetios” “segursios® em “horas”, ea km 4a sn 12 / quiMicAGERAL wee (Fae) (Geel cae ee Note que a sesporta fol arredondadn pars tisalgarismossignifiat vor 1.4 MATERIA Notaelo ciontifies ‘Quando expressamos as medidas numa determinada unidade, freqientemente, encontramot atimeros muito grandes ou muito pequenos. Para evitarmos escrever uma grande quantidade de zeros, ¢ conveniente expressarms estas quantidades como © produto de um nimero entre 1 10 multiplicado por 10 elevado a alguma poten cia, A este tipo de representagfo chama.se notagio exponencial ou notagio cienti- fica, que se acha exposta em detaihes no Apéndice A. Por exemplo, vtilizando este potaglo, pode-se escrever 1 kg = 1 X 10° g.em ver de 1 k= 1 000 g. Escrevendo Ss mimeros sob esta forma, a real utilidade do sistema métrico torna-se evidente, pols a conversto de una unidade em outra simplesmnente envolve a troca do expoente 40 10, Por exemplo, 2,5 km = 2,5 X 10! m = 2,5 % 10% em = 2,5 x 10% mm Hi ocasioes em que a presenga de zeros dificulta a determinagfo de niimeco de algurismos signficativos de um nimero, O uso dz notagdo exponencial permite elk rinar qualquer problema que possa surgir. Por exemplo, vamos supor que se tenha medido 0 comprimento de um objeto com uma régua @ ¢e tenia encontrado 1,2m Ge comprimento. Este nimero possui dois algarismos significativos ¢ implica uma incerteza de cerca de uma parte em 12(0,1/1,2= 1/12). Podese também expressar este comprimento como 12COmm e, como c stimero ainda apresenta a mesma medida, deve possuir apenas dois algarismos sigaificativos, o 1 © 0 2. Utilizamse os dois zeros em 1200 apenas para localizar a virgula. Qualquer pessoa que ndo esteje 2 par desta experiéneis pode pensar que todos os quatio digitos sfo significaivos implicando, assim, uma incerteza de apenas uma parte em 1200, que ao é 0 que se deseja transmit. Escrevendo mimeros na notagdo exponencil, elimina-se esta ambigiidade Astra, eserevese 1200 mam como 1,2 X 10" mum; «primeira parte domimero expresse apenas dois algarismos sigificativos. Desejando-se especificer quatro lgarismos Senificatiror, ecreve-se o nirmex0 como 1,200 x 10° mm Resumindo, a nice ocasifo em que os 26108 sf0 censiderados como algarisros significativos ¢ quando nfo estfo presentes com a simples fnalidade de localizar « virgula. Assim, a quantidade 0,0072 ters apenas dois slgarismos sigrificativos, en- quanto que 0,007020 tem quatro, desde que estes estejam eseritos como 7,2 x 10°? € 7,020 X 10 > respectivamente, Neste dltimo exerapio, zero entre 0 7 €0.2 bem como 0 7270 mais A dreita so sigaifictivos, pois no sf necassiios pars posicionar a virguls, ‘Todas as coisas que podemos ver ou tovar, ejam livros, canctas,telefones, sendutches ‘ou pessoas, tem alguma coisa em comur. Elss so compostas de matéria, que ¢ defi- ‘rida como qualquer coisa que ocupa lugar no espaco e pessti massa, Ao enunciarmos cesta definigfo devemos ter sempre 0 cuidado de especificar o termo massa om vez de peso, mesmo embora estes termos sejam usados como se fossem sinonimos. Massa peso nfo sfo a mesma coisa. A massa de um corpo é uma medida da sua resistencia Figura 1.3, ‘Uma balnea tradicional de tos pratoe.Colocam- 1 semarea conkecidas nopritoda dita até 0 poateio fiar contaiaado, Osconteidos de ead pnito tém, entdo, o mesmo e006 portanto, Tambem possuem 2 mesma ms, INTRODUGAO / 13 4 uma mudanga de velocidade. Uma bola de pingue-pongue movendo-se a 30 kit ht (30 quildmetzos por hora), por exemplo, ¢ facilmente desviada por um sopro, mas tum caminhio de cimento a mesma velocidade, nfo. Obviamente, a massa de um eaminhfo de cimento ¢ consideravelmente maior que a da bola de pingue-pongue. © termo peso referese & fora com que um objeto ¢ atrafdo pela Terra. Forga ¢ ‘asst se elacionam uma com a outra pela equagio de Newton (lei de Newton). F=ma ‘onde £ = forga, m = massa ea ~ accleragfo. Para acelerar um corpo, deves car uma forga sobre ele. Quando um objeto cai, ele se acelera por cause da atragdo sravitacional da Terra. Um objeto em repouso, na terra ou ma lua, exerce uma orga (Geu peso, W) que € igual & sua massa m multiplicada pela aceleragao devida & gravi- dade g, isto é, ms Por exemplo, na superficie de terra g = 9.81 ms"? Assim, oma masta de um qui- lograme possi om peso (ou experimenta uma forya pare baixo na superficie da terra) de We mg = 160g x (2819) «961 BBS 951 bg me Por conveniéneia, 1 unidade formada no SI para forga ou peso, possuindo as éi- -mensbes de kg m s"?, é definida como o newton (N). Uma massa de um quilograma possui um peso de 9,81 N na superficie da terra. Uma forga de um newton & 0 que voc8 experimenta, aproximadimente, 20 segurar lum limo grende (ou um objeto de um pouco mais dé 100 g de massa para baixo representa a forga de um newton, ‘Na lua, a aceleragso gravitacional 6 de somente cerca de um sexto da que temos na terra, de forma que o mesmo objeto pesa cerca de um sexto na tua do que pe- saria na terra, embora sua massa seja a mesma em ambos of locals. Mesmo na terre, wh 14 / OUMICA GERAL enguém dizque tal “massar um objeto Figura 1.4 Uta balance anata moderna capa de reigdes com pr 0.0001 g. Dentro da piste superior da balanga os peas repousim ‘no mesmo Drago do travessio da balanga que suports o pnt Tarto ‘0s peses como praia estio bilanoeados por um tomtrapes fxade a0 eno brago da balangs do outro lado er tela ao prin ‘Quand um objeto € eplosado no pate so 2emovidas gia orate, até que o equifbrio sea eestabel Este métede, chamado de esazem sbstitucional, ‘mantées um peso conitante no trveseto da balangs © prodae, por ‘ene motivo, uma grande preciso ras medidas realaadas, 15 PROPRIEDADES. DA MATERIA sabese que 0 valor deg varia de local para local. Isto significa que uo se fazer medides muito precises 0 peso de um objeto também veria ligetramente de acordo com a sua localizagfo na terra, Por este motivo, especificese s massa de am objeto em vez do seu pese quando se deseja informar a quantidade de matéria no objeto, A determinagZo de massa (a trivial pesagem) 6 realizada mediante ¢ compare {40 dos pesor de dais abjetos, um de massa conhecida e outro de masse desconheci- Ga, Utilizase para isto um eparelho chamado balanga. A Fig. 1.3 é um eshogo de uma balanea tradicional de dois pratos. Coloca-se © cbjeto a ser pesado no prato es querdo da balanca; objetos de masses conhecidas s40 adicionados 20 outro prato, até que os dois pratos se equilibrom. Neste ponto, 0 conteiido dos dois pratos tem (0 mesmo peso €, como ambos estd0 sob a mesina aceleragde gravitacional, ambos 68 pratos contém mastas iguais. Em Quimica, como j4 foi mencionado previamente, geralmente, mede-se a masca em gramss. Apresenta-se na Fig. 1.4 uma moderna bulanga analitica de um sb prato. Para se usar esta balanga, coloca-se 0 objeto a ser pesndo no prato e ajustam-se os pesos intemamente, gitendo os botdes da parte dianteira da balanga até que se atinja 0 equilibrio. Embora este modemo sparelho parega ser muito diferente do seu ino ‘mais velho, ambos operam exatamentz pelo mesmo principio, isto é, em equilfbrio, ambos 0s lador do travessdo da balangi, sustentado por uma cunha, tém 0 mesmo peso. [As substincias so recorhecidas pelas suas caracteristicas ou propriedades. Por exem- plo, voo’ seonhece 0 seu livro de quimica pela sua forma e pelo que esti impresso nna capa, Mas na Fig. 1.5, como voce pode saber qual o material usado ma construgéo, daqueles objetos? As suas superiicies brihantes sugerem que sejam metilicos ¢ se vyoct aproximasse um ima poderia sentir se hi atragio entre esie e as objetos. Isto informaria se eles so feitos de ferro. Se voce os delxasse durante a noite na chura INTRODUGAG / 15 Figura 15) uals propredades woot varia para determinar de ‘que ess objetos so compostos? {Uma amostre de um auido pode ser idertticede pela 1s densidage, que é tune propredade intansive, ‘nas nfo pate rua massa 1 volume panne o les comagassem 4 enferruar voeé texia mais confianga em dizer que os objetos sap de ferro. Lustto, cor, magnetiamo ¢ tendéncia a eorroer sfo algumas das muitss proprie- dades usadas pura s seconhiecer ¢ classficar diferenies anostras de matéria, Estas rmesmas propriedades podem ser divididas em duas grandes categorias: propriedades extensivas que dependem do tamanto da amostra e propriedsdes intensivat que independem do tamanho da amos. Das cuss, as proptiedades intensivas sfo as mais titeis uma vez que uma substéncia® exibird sempre a mesma propriedade intensiva in dependente da quantidade sendo examinada, Exemplos de propriedades extensivas xo massa « volume — medida que a quantidade de uma substancia aumenta, sua mass e seu volume também aumentam, ‘Alguns exemplos de propriedades intensivas sfo ponto de fusfo e ponto de ebuliggo Uma outra propriedace intensiva é a densidade, que & definida come a ruxfo entre a massa de um objeto e seu volume. A ggua, par exemplo, possui uma densidade de 1 gem’ °. Isto significa que se nds tivermos Ig de dgua ela deverd ocupar um volume de 11cm. Se tivermos, poréms, 20 g de égua, veremos que ela ocupard um volume de 20 em?, mas a razdo entre & massa ¢ 0 volume éa igus, 20 g/20 cm", ainda sexd a mesma, ou seja, I gem™*, Vemos, assim, que a densidade & uma propriedade que nfo depende do tamanino da amos.r Noswalmente, quando uma substncia € aquecide ou resfriada o seu volume aumenia ou diminui, Isto significa que a sua densilade também muda, de forma que, pata um trabalho preciso, deve-se informer & temperatura correspondents 4 densi dade registrada, Por exemplo, 2 25°C (temperatura ambiente) a densidade da dgua ¢ na verdade 0,970 x cm"*, enquanto © 35°C sua densidade 6 de 0,9956 g em”> Para a maioria dos propSsitos podemos, enteetanto, tomar + censidade da Zgua co. ‘mo sendo igual 1,00 g cm” * Note que a proprisdade intensira, densidade, 6 calculada como a raxéo entre duas propriedaces extensivas, massa e volume. Posteriormente, em rossa discustd0 2 Substoncir 6 um termo undo egllentemente em quimica. Noemalmente, significa 0 material do qual um objeto £ formado, Por exemplo, umm cubo de gel ¢ formado da substinsia ‘gua, Objetos complexos,evidentemente, podem ser formados de multassubstincls 16 / ouiMica GeRaL sobre quimica, encontraremos mais algumas propriedades intensives definidas de ‘mancira similar, Os exemplos a seguir mostram como se calcula a densidade e como se pode usésla, EXEMPLO 1.6 Ao se pesar uma barra de shuminio obtevese como resultado 14,28, A medkla do sea vole Fomecen © valor de §,26 em. Qual éa densidad do alnminio® SOLUGAO Pam se caicuar a densidede, d, tomase simplesmente «razBo entre a masse do objeto €0 seu vohime, 26 "5.26 em? 2708 EXEMPLO 1.7 Una moods de cobre possui 3,14 de masta. A densitade do cobre igual 48,96 g cm™*. Qual «© wlume da mond? SOLUGAO A dersitace fomece uma rlacfo entse « mana de um objeto €.0 seu volume. Nese case, isto eso especitico nbo tem unidades fos informa que s¢ tivermos 1,00 em? de cole a sus masa rerd de 836g. E também nos diz ue se tivermos 8,96 de cobre o seu volume seni de 1,00 cn”, Podemos war a densdade ‘como um fator de conversto, de duas maneirss 5 ¢ de code 190 em? 1,00 on 1396 de cobre ‘Uma veo que é dada a massa do cobre, devemos multipista pelo segundo fetor a fim de emi ‘ar as unidades ramar. 1,00 em? auszaesones ( (© volume dt moeds 6 igual a 0,350 em? ‘Uma propriedade muito proxima da censidade & 0 peso especifico ou densida- de relativa que 6 definida como a razio entre s densidade de ums substincia ea den- Sidade de uma substaneia de rofer®reia tal como « égua. Sait esp, — Satin gia A sia utilidide 6 que nos permite calcular 1 densidade de uma substancia em virias uunidades simplesmente multiplicando seu peso espectfico pelt densidade da agua exptessa nas mesmas unidades. Desta forma, duas tabelas, uma contendo os pesos cespecificos das substincias e outra contendo a densidade da 4gua em varics unidedes, tomam o lugar de vérias tabelas que de outra fom seriama nevessériss pasa expressar as densidades das substancias em varias unidades diferentes, EXEMPLO 1,8 © henano, um solvente utudo em cola pléticas, posi un peso especifvo de 0,668, Qual a ensidade do hoxavo em gcm’* em kgm-?? A sgua pots uma densidade de 1,00 g om" * (00 1,00 % 10? kgm soLuGAo INTRODUCAO / 17 Por definigo Frexano esp. hexano = “texto, igus Ponaito, (p65 Hex300) digua ~Ahesana bm unidaes de grams por centinetovico yexqno ~ (0,568) x (1,00 gion? )=0.668 gers-* Note que nas unidades de gem”? es valores numésicus de densidade © peso expecttico sf0 08 -metmes. Nas unidades de quilograma por metro cable, Atyexano = (0658) X (1,00 » 10% kxam"*) = 6,68 > 10? ke me? 16 ELEMENTOS COMPOSTOS E MISTURAS Ne naterere, hd muitos ovens motea's ave 6 aproximan oe wr compostor pures. Priticamente tudo 4 uma mistora Em se falando das propriedades das substincias, deveros distinguir entre as ropriedades fisicas © as propriedades quimicas. Uma propriedade fisica pode ser especificaca sem referencia a qualquer outra substancia, Densidade, cor, magnetismo, massa e volume sfo todos exemplos de propriedades fisioas. Uma propriedade qui- rica, por outro lado, estabelece alguma intereedo entre substinclas quimices. Qua- do 9 ferro € exposto ao oxigenio e a igua ele se corroi ¢ produz uma nova substincia chameda 6xido de ferro (ferrugem). Esta é uma proptiedade quimica do ferro. Po demos dizer também, por exemplo, que 0 sddio é muito reativo em relagao 2 gua, A reatlvidade € uma propriedade quimica que se refere a tendércia de uma substan. cla Softer uma reapdo quimica particular. Todavia, dizer simplesmente que uma substancia € muito reativa, sem especificar ‘com que’ ow sob que condigdes, mio € particularmente Util. O s6dio, por exernplo, é muito reativo diante da égua, mas nfo 0 § com o gis héio. AAs tiés pilavras que formam 0 titulo desta sega0 esto muito perto da alms da Quimica, porque é com elementos, compostos ¢ misturas que se trabalha no labo- ratério. Nos devemes, portanto, entender 6 que s40 e como distinguir uns dos outros. Os elementos sfo as formas mais simples de matéria que podem existis sob as condigSes encontradas num laboratério quimico; sfo as formas mals simples de -matéria com as quals 0 quimico lida diretamente, Os elementos so como os alicer es de todas as substncias mais complexas com as quais se trabalha, desde 0 tal de Corinha até ax protetnas mais complenas. Todas estas substincias sfo composts por tum nimero limitado de elementos. Dos 106 clementos conhecidos atualmente, apenas um mimero muito pequeno tem interesse real para nbs Os elementos se combinam para formar os compostos. Um compost caracte- tiza-se por ter seus elementos constituintes sempre presentes nas mesmas proporcdes. Por exemplo, a gua compCe-se de dois elementos: hidragénio e oxigénio. Todas as amostras de 4gua pura contém estes dois elementos ne proporgio de uma parte em peso de hidrogénio para olto partes em peso de oxigenio (por exemplo, 1,0 gde hidrogenio para 80g de oxigénio), Da mesma forma quando o hidrogénio reage com 0 oxigtnio para produzir égua, as quantidades reletivas de hidrogénio ¢ oxigenio 18 / quinica GERAL Figura 1.6 Aparho de destitngso simples Fervensore a solugio de cloreia de soo no talfo 0 vapor é convertido em liquide. m0 vondenadbr. AchoneSa sgnitica aderancie ume siperticie, Abioreto significa tragar ‘que se combinam sio sempre as mesmas. Assim, sempre que 1,0 g de hidrogénio reage, obscrvirse 0 consumo de 8,0 g de oxigénio, mesmo que haja mais oxigénio disponivel. As misturas diferem dos clementos © dos compostos pelo fato de possuitem composigao variivel. Uma soluydo de cloreto de sbdio (sal de cozinha) em Agua § lama mistura de duas substincias. Sabemos que, dissolvendo quantidades variéveis de sal em dgua (ou em uma sijela de sopa), podemos obter volugdes de composicao 4s mals varladas. A maloria dos materiait encontrados na naturez2, ou preparados no laboratSrio, nfo sfo puros, mas, sim, misturas. im dos maiores problemas que ura 4uimico nermalmente eneontra é separar as misturas em seus componentes. Isto pode, usvalmente, ser felto por algum processo f{sico (um processo que ndo alters as caracteristicas quimicas dos componentes). Nossa solugio de cloreto de sédio, por exemplo, se deixada evapora formaré um res{duo sélido, Se se desejasie recuperar também 4 dgua, ter-se-la fervido a solugio num aparelho semelhante ao da Fig. 1.6 € coletado a dgua apds sua condensaeao a partir do vapor. Este processo 6 chamado destilacao, Este processo ¢ acidentelmente utiizsdo para dessalinizar a gua do mar, Outro método de separar misturas, chamado cromatografia, faz uso das dife- rentes tendéncias que as substincias t8m de ser adsorvides na superficie de certo: ‘Slides. Por exemplo, na cromaiografia de camade finw (Fig. 1.7), pinga-se a amostr2 de uma mistura sobre um material, tal como silica gel, que tecobre finamente uma placa de vidro. Deixa-s, entio, um solvente ascender, pela cobertura de silica gol ¢ partir de um reservatério, A medida que o fluxo do solvemte passa pela gota, os dife- Fentes componentes da mistura moverie atcavés da silica gel com velocidades di forentes, serdo que os componentes mais fortemente adsorvidos pela silica movernse a Gots de wl Figura 17 Cromatograia de camada fina (CF), (a) Una solugdo contend uma mista égotejids proxima A extremiace de luna ples de vidio ceobert com silica gel ou alumin. (6) Applica é colocada com + emidade oi 3 rnanchs (gots)em ue tecipiente com solvente, que sobe ates Un eobertars por agf0 i capiaridude. A misturs & separada com as subsncias menos fertemente absowvidas pela ccbertura movendo-e mis rapidarnente WwrRoDUGAG / 19 Camads mute fra luring Geo € agua — ums misturs hhetropenes. (2) Antes ée agita (6) Depois de agtar. Destacaronta do slvente, Mancha ‘ofigine separada am virae ranches ' | | NH iene? es aragt ia i ‘mais lentamente. O resultado é uma separacio da gota original em um conjunto de ‘manchas, cada uma contendo (assim esperamos) um componente. Esta técnica é, hoje, largamente empregada pelos quimicos que sintetizam compostos novos. As misturas poilem ser descritas como sendo homogéneas ou heterogsneas Ue mistura homogénee é chamada de solugao ¢ possui propricdades uniformes em sex todo, Tomando-se uma porgio qualquer de smostra de uma solucao de cloreto de shdio, verifica-se que ela tem as mesmas propriedades (por exemplo, composi¢0) que qualquer outra porgfo da solugto. Diz-se, entfo, que ela consiste de uma Gnica fase, Define-se, assim, uma fase como qualquer porgao de um sistema que tem pro- priedades e composiydo uniformes. ‘Uma mistura heterogénea, tal como éleo + agua, no € uniforme (Fig, 18) Tomando-se uma determinada porgao éa mistura, ela teri as propriedades da agua, enquanto uma outra parte da mistura tem as propriedades do dleo, Esta mistura consiste de duas fases: 0 6leo e a gua. Ao sicudir a mistura de modo que 0 éleo = disperse através da dgus como pequenes gotfeulas (como metho de salad), todas as goticules de dleo tomadas como um conjunto constituirio ainda apenas uma Sinica fase, de ver que 0 Sleo de uma goticula tem as mesmas propriedades que 0 leo de outrs goticula. Acresventande-se um cubo de gelo a esta “bebida’’ teremos, entdo, tris fases: 0 gelo (um sOlido), agua (umn liquido) ¢ 0 dleo (um outro liquiéo) [Em todos estes exemplos, pode-se identificar a presenga de duas ou mais fases, dada a existéncia de uma frontetta entre elas, Uma caracteristica muito importante dos compostos puros é que eles sofrem mudanyas de fese (por exemplo, de s6lido para liquido ou de liquide para gas) 2 temperatura constante. O gelo, por exemplo, funde a uma temperatura de 0°C, per Imanecendo & temperstura constante enquanto « gua sofre a mudanga de estado sélido para liquido, Quando as misturas sofrem uma mudanga de fase, elas, ger: mente, 0 fazem dentro de uma fuixa de temperatura. Este fendmeno possibilita de- terminar, através de wm teste experimental, quando se obteve um composto puro. AAs relagdes entie 0s elementos, os compostos ¢ as misturas encontranrse esquemath 20 / QUIMICA GERAL Figura 19 Casaticaggo da matin, Ww AS LEIS DA CONSERVAGAO DA MASSA. EDAS PROPORCOES DEFINIDAS Tronstormardes poten Tronstormagden ulricas Nao causa surpresa que © inicio da historia da Quimica tenha side marcado por tearias incorretas sobre o que ceorre durante as reagSes quimicas. Ha muito que se observou, por exemplo, que, 20 se queimar uma quantidade de madeira, a cinza resultante era muito leve e fofa, Metais, quando aquecidos ao ar, também mudavara de sparéncia, O produto resuliante era menos denso que © metal original e, assim, pporecia mais leve, Estas observag6es lovaram a concluso de que “alguma cois: {que 08 quimicos alemaes Becher e Stahl chamaram flogistico, era perdida pelas substincias quando queimadas. Mesmo quando se verificou que os metais ganhavam peso quando aquecidos a0 ar, « teoria foi salva, concluindo-se que o flogistizo tinha simplesmente mass negatival A relutncia em abandonar a decadente teoria do {logistico demonstra uri compertamento humano genérieo. Hi dificuldade em aceitar as teoriat novas, po's fas mais yelhas tornam-se (do intensamente enralzadas que, com freqiiéncie, somos tentados a escorar uma teoria abilada, em vez de adotar ume nova, que daria methor ‘explicaggo a todos os fatos observados. Fol Antoine Lavolsler (1743-1794)', um quimico francés, quem finalmente levou # teoria do flogistico ao sbendono, reconduzindo a Quimica ao seu proprio curso. Ele demonstrov, por suus experiéncias, que 0 process de combustiio ocorria, pela reagdo das substancias com 0 oxigénio. Ele mosirou, também, através de cuid dosas medidas, que, se uma teagdo & conduzida em um revipiente fechado, de tal modo que nenhun dos produtor da reagfo excape, a massa total presente, apos a reagio er ovorrido, € # mesina que antes da reagdo. Estas observagdes formar 1s bases da lei da conservaeio da massa, que estabelece que senhuma quantidade ce masia 6 criada ou destraida em uma reagdo quimica* Ainds hoje, este é um dos ‘mais importantes principlos da Quitaica > Lavoisier foi uma vitima da Revolugd> Francesa, Ele foi guihotinado emt § de maio de 1794, “ Bingtein moserou que exicte ma telagfo entie massa @ enettia, F = me? onde ¢ € velocidade da iz. VaragSes de energia, que ocorem durante as rengdes quimnleas, orianto, so {amtém aompanhadas por vaiagdes de massa, todavia, a variegSes na massa sfo extrememente ‘equenas para ser éetecladas expecimentaimente, Por exemple, u variagdo de eneryia asociaca oma reagda de 2 8 de Ndrogenio com 16g de oxigénio # eyulvalente 4 uma varaygo de massa dd, eproximadimente, 10° g. As balangas analiticas mas sensiveis potem detectar apenas te- rencas de massa de 10°* a 10°” g, Conseqientemente, dentro da quimica usual, nfo hi nenium sumento oudecrescimento de mass observivel acompanhando gs ragBesquimicas. A defnigbo de composto # ema exprosie de lei es proporeBes defn isos 18 ATEORIA ATOMICA DE DALTON WTRODUCAO | 21 © tabalho Ge Lavoisier demonstrou claramente a importincia de medidas caidadosas, Apés 0 aparesimento de seu livro Traité Elémentaire de Chemie, publi- ead em 1789, muitos quimicos foram levads & investigar os aspectos quantitatvos ‘das reagoes quitnicas. Estas observagoes conduiram a uma outta importante le: da uimica, a lei das proporedes definidas. ‘A Tei das proporgdes definidas (também chamede lei da composigio definids) estabeleve que, em wma subsidneia quimica pura, os elementos esido sempre presentes em proporcoes misticas deftidas. Na substincia gua, por exemplo, arszso da massa de hidrogénio pura a de oxiginio é sempre 1/8, indepondente da origem da Agus. ‘Asim, 20 se decompor 9,0g de dgua, obtén-st sempre 1,0 g de hidrogenio e 8,0 g de onigénio. Ao % decompor 18,0 g de gua, obtémse 2.0 g de hidroginio e 16,0.g de oxiginio, Além disto, a0 so iuisturar 2,0.g de hidrogenio com 8,0.g de oxigenio e se inflamar = mistura, formam se 9,0 de égua e 1,0g de hidrogenio per- ‘manece sem teagir. Noramente, no produto, a relagao méssica de hidrogénio para oxigénio € ce 1/8. Assim, variando-so as quantidades de hidrogénio e oxiginio prs senies durante a teaza0, a composigio da agua produzda nao se altera. vercadeito pai da Quimica modema bem poderia sor considerado o inglés John Dalton (17661844), que propds sua teoria atbmica da matéria por volta de 1803. 0 conceito de atomo (do grego, aromos, que quer dizer indivisivel) nao surgiu com Dalton, Os filésofos gregos Leucipo e Deméerita sugeritam, por valta de 400 8500 4.C., que a matéria mo poderia ser indofinidamente dividida em partes cada vez ‘menores € que, a0 final deste processo, seriam encontradas particulas indivisives. Esta primeira proposta, todavia, ndo esiava baseada em resultados de experiéncias e ram pouco mais do que exercicios de imaginago. Com a teoria de Dalton foi difs- rente, porque esta se fundamentaya nas lels de coaservagdo da massa ¢ das propor- ‘96es definidas, leis estas derivadas de muitas observaces diretas. Pede.se expressar a teoria proposta por Dalton pelos seguintes postulados: 1. A matéria € composta de particulas indivisiveis chamadas dtomos. 2. Todos os étomos de um dado elemento tém as mesmat propriedades (por exemplo, tamanho, forma € massa), as quais diferem das propriedades de todos os outtos elementos. 3. Uma teagdo quimica consiste, simplesmente, num cearranjo dos étomos do lum conjunto de combinagses para outro. Entretanto, os atomos individuais permanecem intactos. Evidentemente, 0 teste de qualquer teoria consiste em como ela explica os fe- tos jd existentes ¢ se ela pode prever leis ainds mio descobertss, A teoria de Dalton mostrouse eficionte em ambos os aspectos, Primeiramente, ela considers a lei da conservacso da massa, Se uma 1990 quimica nfo é nada além do que redistribuir étomos e nenhum 4tomo é perdido do sistema, seguese que a massa total deve perrranecer constante quando 2 rea¢do ovorte, Em segundo lugar, ela explica 2 lei das proporedes definidas: Para tanto, ima- gine-se uma substincia formada de dois elementos, por exemplo A e R, nos quait cada molécula da substéncla € composta de um atomo de A e um stomo de. Def nese uma molécula como tan grupo de atoms firmemente ligados entre si, que se comportam ¢ podem ser reconhecidos coma uma particula individual (exatamendye como um carro é composto por muitas partes suficientemente unidas eatte si, de tel modo se identifica como un carro}. Suponhamos, também, que 4 massa do dtomo A 6 duas vezes a massa do étomo 2. Ento, em uma molécula desta substincia, a cor- tribuigo par a massa dada por A é o dobro que a dada por 2, ¢ «ruzs0 méssica de A para B, nesta molécula, € 2/1. Tomando-se uma grand: quintidade destas molé- zz / quimica GeRaL Figura 1.10 ‘Aisi das Proporgees smultplss Temos quatro rmoléeula le mordxido de arhono e quatro de tibnide de earbono, Cada lima dels contim o fe ftomox de carton deearbono, Observandy ainds as dierentes ‘moléculas, rotamos que as mass de oxigénio que ‘ombinadas com 0 carbon fera0 moa rato de snimorceinteirae (pasa 2) ones auctor 2® 2® °@s "Oe rh oP og, 2 @ @oe 2 @ Bee 2 @ @ea 2 @ @ee culas, teremos sempre niomeros iguais de atomos de A e de B; portanto, independen- temente do tamanho da amostra, ainda teremos sempre uma rezso missica (de A para B) de 2/1, Da mesma forma, a0 se seagis A com B para formar este composto, cada stomo de A combinar-se-4 com apenas um atomo de 8. Ao se mistura: 100 itomos de A com 110 atomos de B, apds a rexeAo ter ocorrido, restard0 10 étomos de 8 que nfo reagivam, A substincia AB terd ainda ¢ mesma coz80 méssica, A para 8, de 2 pare | ‘Terceiro, a teoria de Dalton predisse a lei das proporgses miltiples, Esta lei estabelece que, quando dois compostes diferentes Go formades pelos mesmos dois elementos, as masias de um elemento, ice reagem com a masa fixa do outro, encore sramse numa proporcto de pequenos nimero inteiros. Efetivamente, isto parece ‘bem mais complicado do que realmente é, Consideremos 03 dois compostos formados por carbono ¢ oxigénio, Em um deles (mondxido de carbono) encontrase 1,33 g de oxigénio combinado com 1,00 ¢ de carbono, enquanto que, no segundo (dibxido de carbono) existem 2,66 g de oxigénio combinados com 1,00 g de carbono. Ao exa ‘minat a razio das massas de oxigénio (1,33 g/2,66 g) que se combinam com a massa fixa de carbono (1,00), observamos uma Telaed0 de niimeros inteiros e pequenos: Isto esid de acordo com a teoria atOmica, pots se considera que o monéxide de car- bono contém 1m étomo de earbono ¢ wm de oxigénio, enquanto que 0 diéxido de carbono contém um étomo de carbono dois tomos de oxigénio. Em virtude do dioxide de carbono ter duas vezes mais stomos de oxigénio ligados 2 um tomo de carbono que 0 monéxide de carbono, o peso de oxignio em uma molécula de “ido de cerbono tem que ser duas ve2es 0 peso de oxigénio em uma moiécula de monoxico de carbono. EXEMPLO 1.9 (© nitrogénio forma wilt compostos diferentes com 0 oxigénio. Em um deles (ctumado wis hilriante), observare que 2,62 f de nittogtnio estio combinados com 1,50 g de oxigtno. Em outro (um dos principals poluentes do a), 0,65 g de nitrogénio esta combinado com 1,50 § de xin, Mostre que estes didos demonstram lei das propor«Ses miltpla. SOLUGAO EXEMPLO 1.10 SOLUGAO Alyumas posioes preferom escrver isto como 1.06 9 de thor = 0.487 0 de lancofre Nero ono, 9 snsl e iuel dave sido ‘came “equivatante a.” INTRODUCAS / 23 Em ambos 0s casos, tratse de uma masse de nitrogénio que se combina cout 1,50 ge oxgénio, Se estes dados se ajustam a lei das proporgdes mutipas, a razao das massas de utrogénio 9s dois compostes ¢ uma relagio de nimeros ineimse pequenos, Temes relagio 262 085 Dividindo- © nisierador e denominador por 0655, temor 400 “Yoo que na verdade, una relapdo de almeros intesos epequenos, 0 enxofte fonms dois compostos com 0 fldor. Em um dele, observase que 0,447 ¢ de enxotre {sti combinado com 1,06 de Nliore, no outto, 0438 g de enxofteesté combirado com 1,56 8 Ge for. Mose que estes dadasiustram a lei das proporvdes maltiias. [No podemos examinar 9 reno entre as masias de envofre imediatimente, porque at masas de Mor, com us quai esto combinadas, fo diferentes. Devemos, pertanto, calcula quanto de ‘motte x combinard coma mein massa de Tio} nos dos eompostos (0s dados co problema nos fornecsm as relardes entre ax massas de enxofie € for que se com bina pare formar cada composto. No primeiro composto podemos dizer que 1,06 g de flior ‘fo ecuiraientes a 0.447 g de enxofie (equivalente n0 sentido de que sempre que encontrarmos 1:06 g de Mlior em uma amostra deste compaso nds sabemios gue. também, enconiraremos 0447 € de enxofte), E conreniente exprescarmot este tipo de equivaléndia (ume eguivalénce ‘guimica) do segairte modo: 1106 gde dor ~ 0.487 g de emsotic ‘onde 0 simbolo ~ sigitia “equivalents Paro segundo composto poderios excrever 2 seguinteequivaléncia 1,86 efor ~ 0438 emrofre Pama fim de cdleuio, a equivaléncia implcada pelo sinal ~ represenia 9 mesmo que uma igual: dade, de tal yorte que esta espécie de relacio de equivaléncia pode ser usada para constnait 6: ‘ores de conversdo utilzados nos eflculos matendtces. Para o segundo composto, povemos ‘aleularo peso de enzoire que se combinaria com 1,96 g de flor ~ 0,298 gernotie _Agors, i comhecemas ot pews de ensoite que v combina com 4 mesma masta de Mtoe (106 8) estes dois compostos.O prOximo pass ¢ otservar aTaido destas muss, Isto ¢, oa4T — 0487/0,298 1.50 D8 100 0298 0298/9, ase €0 mesmo que 3/2, uma rasifo de rimerox intelowe pequenes © uso das equivalénclas quimicas nos ciloulos seré extensivamente encontrado nos capitulos posteriores. 0 leitor deve fazer, agora, um esforco especial para com- preender 0 conceit de “equivaléneia quimica” fazando cs problemas sobre as ieis das proporgbes definidas e das proporyOes maltiplas, que se encontram no final do capitulo, 28 | QUIMICA GERAL 19 PESOS ATOMICOS 0: cintisis que rabathan cca substincias que tém Imoléculas muito ‘arandes, ais come at proteinas, slgumas. veres, ‘eforansae ame Unificade de mess atbmica ‘como ten dation (= 1 danon. A teoria atémies de Dalton obteve tanto sucesso na explicaedo das leis ds Qui mica que foi aceita quase que lmediatamente. Unia yez que a chave para o sucesso da teoria foi o conceito de que cada elemento tinha uma massa atomica carccterist- ca, of quimicos passaram, eatfo, a tentar medias. Neste ponto é que surgia um sério problema. Derido aos seus pequenos tamanhos, nfo havia, certamente, nenhum meio de se determinar as massas dos Atoms individualmente, O que ertes cientistas podiara esperar era chegar a um conjunto de pesos aiOmicos relatos, (Note que os termos massa atdmica © peso atémico sf0 usados indistintamente.) Podemos determinar, por exemplo, que, em um composto formado por caibono ¢ oxigénio, 3,0.¢ de ca bono combinavam-se com 4,0 de oxigénio. Em outras palavras, 0 oxigénio cor~ ja com 4/3 (ou 1 4 ) vezes mais massa para o composto que 0 carbono. Se esta substdnela ¢ formada de moléculas, cada uma com um tomo de carbono ¢ um de oxigénio, segue-se entZ0 que cada éiomo Ue oxigénio deve pesar 1 1 vezes mais que uum tomo de carbono; assim, parece que estfo estabelecilas as massas relativas ‘destes dois elementos Os argumentos recém-presertados baseianrie em uma suposipio central d2 que 0 composto em discuisao ¢ formado por um tomo de carbono © am atomo de oxigenio. Se esta suposigao sobre o niimero de étemos de carbono ¢ oxigénio na ‘molécula foi falsa, chegaremos a pesos sclativos errados, Por causa deste tipo de d= ficuldade, nfo se desenvolveu uma tabela de pesos atomicos coerente antes de se criar tum método para a determinacao das formulas quimicas. Isto te eu somente 60 anos apts Dalton ter introduzido sua teoria, Na folha de guatde deste livro, encontra-se uima tabela completa de pesos sto micos, Esta ¢ uma.tahela de pesos atémicos relatives com as massas dos Atomos expresias nas chamadas unidades unificadas de massa atomica (u). A grandeza desta lunidade € escolhida de maneira arbitréria. Para entender isto, retornemos ¢ discussdo do composto entre carbona e oxigénio. Consideremos, por hora, que as moléculas a substancia s10, de fato, formadas 'omo de cathono ¢ um de oxigénio; ent, como foi mencionado, um étomo io pesa 1,33 vezes mais que um Stomio de earbono, Definindo-se a uridade {de massa atOmica como igual a rasta de um éiomo de carbono, atribuise entao a0 carbono um peso stdmico de 1,00 € 20 oxigénio um peso atdmico de 1.33 v Uma vez que ¢ mais conveniente que estes niimeros sejam inteiros (ou 9 mis apro- ximado possivel de nimeros inteitos), pode-se definit 1 u como ‘gual a um tereo da massa de um tomo de carbono. Dessa maneira, atribui-se ao carbono um peso atdmico de 3,00 u. O oxigénio, que ¢ 4/3 vezes mais pesado, teri um peso atomico ‘gual a 4,00 u, Assim, a grandeza da unidade unificada de massa atomica e, portanto, 0s valores que aparecern em uma tabsla de pesos atémicos séo, realmente, inteire mente arbitririos. Originalmente, uma u foi definida pelos quimicos como 1/16 da massa do oxi- génio natural, Dessa forma, 2 massa do quase todos os elementos tornava-se aprox madamente igual a nimeros inteires. Escolheu-se 0 oxigénio como palrd0 porque ele forma compostos com quase todos os elementos. Entretanto, como serd discutido no Cap. 3, nem todos os Stomos de um elemento tém exatamente 2 mesma massa © constatourse mais tarde que © oxigénio natural também era formado por uma mis tura de atomos de massis ligeiramente diferentes. Desde que a proporgéo relativa ilestes Atomos diferentes (chamados isétopes) pode, perfeitamente, variar em um periodo de tempo, toda a tabela de pesos at€micos podia, também, varias, pois a frendeza de uma u estava Daseada nessa mistura. Para evitar este problema, define-se, atualmente, a unidade unificada de massa atimica como 1/12 da massa de um ist topo particular do cerbono. 1.10 SIMBOLOS, FORMULAS E EQUAGOES INTRODUCAO / 25 Uma vor que 08 dtomot afo extremamente pequenos, «masse de uma u 6 ex cremamenie pequena. Um aiomo ée isotopo de referencia do carbono (chamado carbono-| 2} tem a massa de 1,992 x 10°? g. Uma unidade unificads da massa ato mica é 1/12 desta ov 1,660 » 10°?" g, O leitor pode escrever isto sob s forma: decimal, para ter uma nogs0 de quio realmente pequenos Seo 0s dtoros De certa forma, aprender quimica é como aprender uma lingua como 0 Grego (ou Russo, se woot por acaso souber Grego!). Podemos ccmparar os sfmbolos quimicos dos alementos um alfabeto, as férmulas quimicas que se eonstroem com oF sim bolos as palavras ¢ as equagGes quitmicas, as sentengas. Ao aprender qualquer Lingua ‘nova, cevemos comecar pelo alfabeto. No presente momento, hd um total de 106 elementos diferentes conhecidos Cade clemento é identificade por seu nome e pode, também, see representado por seu simbolo quimico, Normalmente, 0 simbolo lembra o nome do elemento, For exemplo, carbono = C, cloro = C1, nitrogénio = Ne rinco = Zn. Alguns elementos entretanto, tém simbolos que nifo se parcesm com seus romes, Em quase todos estes casos, os elementos jé eram conhecidos desde 0 comego da histéria da Quimica quando 0 latim era usido como lingua universal entre os ciemtistas. Por esta 13240, fs seus simbotos sfo derivados de scus nomes em latim, como, por exemplo, po- tissio (L. talium) = K, sodio (naertum) = Na, prata (argenrurn) = Ag, niercdsio (hydrargyrum) = Ha e cobre (cuprum) = Cu. Independentemente da origem do Himbolo, a primeira letrs do simbolo é sempre maitucula. Uma lista completa dos elementos com seus simbolos quimicos ¢ encontrada ta 2 capa deste Liv. Um composto quimico € representado simbolicamente por sue formula qui- mica, Assim, 1 gua € representada por HO, 0 didxido de carbono por COs, 0 me tano (gis natural) por CHy ¢ a aspitina por CoHl,O4.. As formulas qufonicas também ‘mostram a composi¢o das substincias, Os indices em uma formula indicam 0 nt ‘mero relstivo de dtomos de cada elemento que aparecem no composta (quando ro ha indice subscrito, subentendendose o fndice 1), A frnnula HzO descreve, entio, uma substancia que contém dois dtomos de hidrogénio para cada stom de oxigenio, Similarmente, o composi CH, contém um ttomo de carbon paracada quatro t0- mos de hidrogénio. Alguns compostos mais complexos tém suas fGrmalss escritas com perénteses, Por exemplo, o sulfato de amOnio (um fertlizante) possui a formula (NH,),SO4, 0 que especifies « presenca de duas unidades NHy (para um total de dois atomos de nitrogénio ¢ eito stomos de hidrogénio) mais um dtomo de enxofie @ quatto de oxigénio. Como se mostrari posteriormente, existem boas rezdes pare se escrever esta formula como (NH,)_S04 e ado NzHySO«, emhora ambas represen tem 0 mesmo nimero de &tomes. Existem certas substancias que formam ctistais com moléculas de égua, quando suas solugdes evaporam. Estes cristais so chamados hidratos. Por exempio, 0 sulfato de cobre (um fungicida empregido na agriculturs) forma cristais azvis contendo cinco moléculas de dgus para cada uma de sulfato de cobre (CuSOs), Escrevese suz formals como CuSO, . 5H, 0. Aquecendo-se os eristais azuis, elimina-re a Sena resultando 0 CuSO, puro, quese branco, ‘As equagdes quimicas mostram as transformagoes quimicas que ocorrem du sante as reagses quimicas. Por exemplo, a equacio Zn +S—> ZnS descreve uma reagfo na qual 0 zinco (Zn) reage com o enxefte (S) pars produc sul- 26 / QUIMICA GERAL tornece une vsto do to “ants aepois” de Luma reae80 avimica Figura 1.11 ndrogénio cum o onigéno (doar) ausou a destrugio pelo Fogo do Hindenburg, um Airgrelalerafo cheis com ion. em Lakehurst, Nova Jersey em 1937, Trinta potion rorsram ete deste. feto de zinco (Zn$)*, uma substancia usads nas, paredes internas de ur tubo de imagem de televisto, As substincias do lado exquerdo da seta esto presentes antes ida teaggo comegar ¢ sfo conheeidas como os reagentes. As substincias do lado di reito da seta so formadas pela zea¢30 € sav chamadas de produtos (No exemplo acima s6 ha um produto.) A seta é lida como “reagem formando” ou, simplesmente, “forma(m)”, Lé-se esta equagéo assim: “zinco mais enxofre reagem, formando su: feto de zizco” ov “zinco mais enxofre formam sulfeto de zis 6 desejfvel (ou necessério) indicar se, em uma read qufmica, os reagentes e pro- utes so sblidos, Ifquidos ou gases, ou a2 esto dissolvidos em um solvente, como fa gua, Para isso, colocame as letras s = sOlido, |= 1iquide, g ~ gis, aq~ solugio aquosa (igus) entre paréntetes, seguindo as formulas das substincias, ma equa¢do. Por exemplo,a equay0 1e0", Algumas vezes, CaCO, (2) +H, (1) + CO, (g) — CalHCOads (a9) desereve uma seapfo entra earbonato de cileio sido (caetrio), Sgua no estado I Guido € didxido Ue carbono gus0s9, formando uma solugto aquoss de bicasbonate {bs calcio. Esta € a reagfo responsivel pela dissolusao do caledrio pelas guas de six petlicie que contém didxido de carboro, F uma das enusas da dureca da égua e da formag tio das gras de cali, Muitas equuagdes também contém coeficientes precedendo as formulas qué micas. Um exemplo é a reagGo do hidiogénio (H,) e oxigénio (03) mostrada ni Fig. 1.11 2H, + 0; — 2H:0 5 Dizcutese 2 nomenclatura des compostos quimicos no Cap, 4. Por ora, usamos este somes apenas como simples sStules uM ENERGIA Cobendose 2 velocidade eum euvtoméve! urine 9 ue energie ‘onsica de um faror oh quato. Um objeto stom eneraia otencia! x ae ‘Rpwteaete ecco elieliee 20 polis Figura 1.12, Ener poteucil exstemte ‘att oF objetos que se ‘am ou se repelem, Quindoa moa est esticada oneomprinidan Ep hs dua boas autmenta, intRODUGAO / 27 Interpretamos por esta equagZ0, que duas motgculas de hidrogenio reggern com ‘uma molécula de oxigénio (quando nenhum algarismo subserito, considers-se 0 coeficiente 1), formanco duas moléculas de H,0. Dizse que esti quarto esti balanceada, porque contém e mesmo ntimero de itomos de cada elemento em ambos os Tados da seta. Posterionmente, serdo discutidas as técnicas usidas para balancear asequagéer. Quando ocorre uma transformardo quimica, esta quate sempre vem acompa nnhada de uma absorgéo ou Hberagdo de eneigia. De fato, no Cap. 11 veremnos ue, ¢ ‘uma teagdo quimica particular € possivel. isto 6 determinado, em parte, pels trozs de energia que a acompanham. As trocas do energia também nos infozmam acerca da ratureza das substancias que reagemt e, 0 que também ¢ importante part 10s sobre a5 reagBes quimicas que servem para fornecer a energia que 08 nossos corpos © 2 nossa scciedade necessitam para funciona. Geralmente, define-se energla como sendo capacidade de realizar tabalio. Quando um objeto possui energia, ele pode afetar os outros objetos, relizando tra bhalho sobre eles. Um carro em movimento tem energie porque pode realizar trabalho sobre outro carro, fazendo-o percorrer verta distal, quando ocorte ume costo. © avi 0 dieo postuem enerpia porque eles podem ser queimados e o calor libe- rado pode ser aproveitade para realizar trabalho, Uma vee que enorgia pode ser transferida de um objeto para outro assim como trabalho, 2s unidedes de energia ¢ trabalho sfo as mesmas. Uim objeto pode ter energia de dots modos: como energia cinética ¢ como ener eit potencial. A energia cinética (Ec) esti associada com o movimento e é igual me. fade da massa do objeto, m, multiplicada pela sua velocidade, v, a0 quadrado. Ee = $m Vemos, assim, que a quintidade de trabalho que um corpo em movimento pode tealizar depende de sua massa ¢ da sua velocidade. Por exemple, um caminhe movendose a 30 km/h pode realizar mais “trabalho” na traseira de um carro do que uma bicieleta moverdo-se 2 mesma velocidade. Sahemos também que um caminho movendo se a 80 krn/h pode realizar mais “trabalho” do que win que estejaviajando apenas 5 km/h. A energia potencial (Ep) representa a energia que um corpo possui, em virtude da forca ateativa ou repulsiva que ele experimonta diante do outros objets. S10 ind nenhuma forga atrativa ou repulsiva, o corpo ndo possui energia potencial. Para verificar como a energia potencialé afetada por estas forcas, considerernos duas bolss conectadas por uma mola em espiral, como mostra a Fig, 1.12. Quando 4s bolas sao afastads, a mola fica esticade e a energia despencida na separayao cas bolas fice armazenada na mola esticada. Dizemos, portanto, que 4 energia potencial das duas bolas aumentou, Essa enorgia 6 liberada e convertida em energie cinética 10 euitice eam tenia Ep = Eroriapetencit ) ee PUNE f= =~ Moleestionts =: > Moe ‘comarimida | 28 / ouiMIcA GERAL ve liberarem as bolas para se moverem uma em dirego 4 outra, Neste caso, havie uma forga atretiva (a mola esticads) entre os dois oBjetos Usando-se este mesmo arranjo experimental, também se pode armazenar ener ea compriminde-se 1 mola e procuzindo-se uma fores rapulsiva entre as duss bolas Esta energia armazenada é liberada como energia cinética quando se liberam as bolas para se moverem, afastando-se ume da outra. Nao se deve esquecer estes tipos de modificaydes na energia potencial que acompanham as mudangas de posigSes relativas dos objetos. Isio sera ti na andlise de varies modificagSes fisicas e quimices, que sero tratadas em capitulos posteriores Como jé dissemos, a energia contida nas substincias quimices pode ser iberada através de uma reajo quimica, A madeira, por exemplo, pode reagir com o oxigério, presente 10 ar, no processo conhecido como combusto. Ao se formarem 0s pro- dutor de reagio, liberamse quantidades consideriveis de energia, Essa enersia ica esté, iniighmeate, presenie na madeira e no oxigénio ¢ € liberada 4 medide que & reapdo prossegue. Um processo no qual resulta liberacdo de energia, tal como & combustdo da madeira, chams-se exotérmico. Os processos que absonem energia, por outro lado, sfo denominados endotérmicos. Os fendmenos exotérmivos (come 0 da Fig. 1.11) aquecem 0 que esti er tomo ¢ os processos endotérmicos esfriam 0 ambiente ao seu reder. ‘A quantidade de energia liberada ou atsorvide em ume reacGo quiimice depem de de quantidade dos materiais que reagem. A queime de um f6sforo, por exemplo, libera apenas uma quantidade muito pequena de energia, enquanto que uma grande fogucira produz muito mais. A energia€, portanto, uma quantidade extensive. ‘A quantidade total de energia que um corpo possui € igual a soma de suas energias cinética ¢ potencial. Em um sistema isolado, tal como © noso universo, a energia total ¢ coastante. A energia nfo se cris nem se desirdi, pode-se, apenas, ‘ransformi-ia de um tipo em outro. Esta deciaragio € a chamada lei da conservacao da energia € é um outto exemplo das muitas leis ile conservaro que parecem gover as n0%0 mundo fisico, ‘A energia transfere-se de um corpo para outro por uma variedade de modos, sendo exemplos a luz, oom, aeletricidade e/ou o calor. Estas vérias formas de ener- sia podem ser convertidas uma om outra ¢ s40, portanto, em iltima anélise, equiva lentes. A unidade do SI para energia € 0 joule (3) e€ definida como | kg m*/s* utili- zando-se as unidaces bisicas do SI Fle representa a energia cinética possusda por um ‘objeto com massa de 2,0 kg vigjando a 1 my/s°. Ao fazer refexéncia is energias envol Vidis em resp6es quimicas, 6 Gtil usar o termo quilojoule (KJ). Um cuilojoule ¢ igual amil joules (1 kI= 1 000), ‘Todas as formas de energia, finelmente, terminam como calor e, quando os quimicos medem energia, ¢, em geral, sob a forma de calor. Por exemplo, podese rmedit 0 calor liberado durante a combustfo de um gis como 0 metano. A medida éa energia térmica envolve 0 conceito ce temperatura. E importante lembrar que calor néo é 0 mesmo que temperature. Calor ¢ energia, enquanto que temperatura a medida da intensidade de calor ou a falta deste. Em outra definigZo de tempera tura, diz que ela é ums quantidads intensiva, que define a direrdo ¢ a velocidade Ge escoamento do calor. Sabemos que o calor sempre fui da regio de temperatura mais alta pera a de temperatura mais baixa, da mesma forma que uma xfeara de café quente torna-se fria. Saberos, também, que volocidade de transferéncia do calor depende da diferenga de temperatura entre os dois objetos. Quando cesejamos aquecer alguma coise lentamente, colocamo-la em contsta com im objeto ligeira- ay, embrese de que Be = jm News can, Fo = xg) (1m) ov B= 1 Ag ma? = Um teamdmeto tpien de IuboratSrio, (zero hatin 6 conhocide como o zero absolute, 2 temperatura mats bolea possivel. Poeriormente, falaremos mais respeio dele INTRODUGAO | 29 mente mais quente; se desejamos aquecer rapidamente, colocame-lé em contata com uum objeto muito mais quente A mediggo da torperature sealizate, gerelmente, com um termbmetro (Fig. 1.13) que consiste em um tubo capller fino conectado a um. reservatoro de paredes finas cheio com algum liquido (em geral. mercirio). Quando temperatura sobe, © liquido se expande. 0 sou aumento de volume provoea a a:censto do liquido no capil ea altura dese guido no capliar ¢ proporcional & temperatura Durante a histérie da ciéncia ji forarn criadas virias escalas de temperatura. Os pontos de congelemento e ebuligfo da igua tém servido como terperaturas de referencia uteis na definisao de taisescalas. Em seu ponto de congelamento (que é também seu ponto de fusto), uma subs tncia pura como 2 dgua pode existir tanto somo sdlido (gelo) quanto como lt quido, em contato um com outo, d ment temperttura. Ao se adicionar calor + esta mistura, parte do s6lido se fundird, formando mais liquido, permanevendo 4 temperatura constante, enguanto o sélido extiver fundindo. Ao s cetirer calor da mistura, 0 liquide congela para produzit mais solido, uma ver mais sem variar a temperatura, Da mesma forma, no seu ponto de ebulicdo, um liquido puro pode existir em contato com seu vapor, a mesma temperatura, Nesse e200, a adigio de calor fax com que mais liquide se evapoce, sempre a uma temperatuta constant. A consténcia da temperatura durante essas mudangas de fase tornam estas tempe- raturas ideais, para servizem como pontos de calibrasio em uma eavala de tem peratura A escala Celsius de temperatura (antigamente chamaca escala centigrada) foi originalmente baseada na definigzo do 0°C como sendo o panto de congelamento da dgua e do 100°C como © ponte de ebuligo, ambos medidos em condigoes fepro- dutiveis, Hoje o SI define a escala de temperatura Celsius em termos da sua relacdo com a escala Kelvin de temperatura (discutide abaixo) mesmo embora o intervalo de 100 graus entre os pontos de congelamento e fusto da agua seja mantido. ‘A unidade de temperatura SI ¢ o Kelvin (K). O tamanho do grav na escala Kelvin € 0 mesmo que na etcals Celivs; a diferenga entre else é a loesizagao do Ponto zero, Na escala Kelvin, « sgua congela a 273,15K (note que no se usa 0 simbolo de grau, °, na escala Kelvin), sendo a relagio entre as escalas Celsius & Kelvin dada por "C= K~273,15 ‘A Fig, 1-14 ilustra as diferengas entre estas duas escalas de temperatura A defitigio original dz unidade de energia térmica chamada caloria(simbolo cal) fundamenta-se n0 conceito de temperatura. A caloria foi definida como a quan: tidade de calor necessirio para clevar a temperatura de 1 grama de gua, iniislmente 415°C, de 1°C”. A quiloeatoria (Keal), assim. como 0 quilojoule, é uma unidade de tamanho mais adequado pare expresser as trocas de enerpia que ocortem:nas,eugbes quimicas. A Caloria (eserita com C maitsculo) dor autrisionistas é © mesmo que 8 quilocaloria, Assim, quando lemos que um preto de pure de batatas comtém 230 Cal, estamos dizendo que 230 kcal de energia sfo liberadas quando © corpo metaboliza este alimento, Até rocentemente, quase (oda a literatura quimlea cientifica usava calor (ou quilocaloria) 20 se referir &s trocas de energie. Com a introduydo das unidades do SI, 7 € necessrio especiicar a wemperatuma da égua, porque a quantitage de calor reque- fide pare clevar a temperatura de 1g de dgua de 1°C varia lgegamente com a temperatura da ‘gun. Por exemplo, a 25°C (temperatura ambiente) necesits-t de 0,998 cal parase elevaratem- perturade I g de igua de 1°C. 30 / QuIMICAcERAL Congeiamento ‘da igue Figura 1.14 Comparacdo das etcolas le temperatura Comparagio das esclas de temperatura, Caisus Kevin © Joule (ou quilojoute) ¢ agora o preferido. A caloria ea quilocaloriasfo atuslmente efinides como miltiplos do joule ¢ do quilojoule. Ambas cs fatores de conversz0 fo exatos: Teal ~ 4,184) i keal = 4,184 kJ Uma propriedade intensiva da matéra associada com a energia é a capacidade calor fica espectfica (algumas vezes chamada caler especifico), a quantidade de calor | neoestdslo para eleva: a temperatura de 1 g da substincia de 1°C. A capacidade calo- rifica especifica da égua § 4,184 3 ¢-°C~'. A maioria das outras substAncias pot suem colores espectficos menores. O ferro, por exemplo, possui um calor especifico | de somente 04525 g ' C-*, Isto significa que se despende menos celor para se elevar a temperatura de 1g de ferro de 1°C do que para se conseguir 2 mesma varia fo de temperatura em 1 g de Agua. Isto significa também que uma dada quantidade | de calor elevard a temperatura de |g de ferro mais do que elevari a temperatura de | V ede érua O grande calor especifico da dgua 6 0 re9ponsivel pelo efeito moderador que 6 oceanos 1m sobre o cima, uma vez que eles se resiriam muito lentamente no inverno e se aquecem lentamente no verdo. O ar que se move sobre os cceanos nfo se resfrin demasiadamente no inverno nem se aquecs demasicdamente no verso, EXEMPLO 1.11 Quantos joules sfo necesséros para elevar a teraperatina de um prego de ferto, com uma massa de 7/05 6, da temperatura ambiente (25°C) a 100°C? A capacidade calorifica expecifica do ferro 6de 045231 °C"! SOLUCAO Para resolver este problema devemos multipticar a capasidide ealoritics especifice pela massa (@) ¢ pea variagdo de temperatura (°C) para eliminar estas uniades © ober joules como unidades de reeposta ‘apuchlade calorfieaespecifia x masa x variapao de temperatura = energiatermicn (ge) «per inTRoDugAo / 31 Ueilardo-se 01 dados Comnecidos (a variayJo de temperatura ¢ de 75°C), Note que a resposta foi arredondada pan doit als (= ) xowsarx oreo amor significa 1. Vood sabe por qui? Caso ‘ontririo,reveja ac regrac de nimetos iguificatvos pata multipicasdo INDICE DE QUESTOES E PROBLEMAS (Numero dos problemas em negrito). Mébodo dentition, L, 2 Medida 3,4 Alearsmossignifcativos 2,28, 26,31, 32.33, 34,35 Nota sientifiea 27,28, 29, 30, 31,32, 33 Uniladese converses 36, 37, 34, 9, 40, 41,42 ropredades da maséria 5, 5,9 Dersidade 6, 43,44, 8, 46, 47,48, 5D eso eipevifico 6,49, 50, SL Hlemeates, comportos e mistucs 7, 8,10 QUESTOES DE REVISAO LA Quala difereags entre taoria eI? 1.2 Por que é importante pure os centistas lear em com siderapdo 0 miner correto de algerismos significa. tivos, em suas medidas? 13 Qual u ciferenga entre exatiazo e precsto? 14 As unidades SI para maces volume sfo 6 quilogra: ima # © metro sibico, rexpectivamente, Por que #6 lsum, geralmente, as unidades gama = mililitro m0 laboratéio, em ves das undies ST? 15 Quil a diferenca entre propriedade extensiva ¢ nro Driedide intensive? Proponha exemplor que fo ‘erham sido mencionadot no texto 1.6 Qual a diferenca entre densiade © peso especifico’ (Quaisas suas unidades métricas comuns? 17 Enistem muitos exemplor de misturas homogtneas # beteroyéness no mando qve nos cerca. Clasfique: ‘gua do mar, at (no polufdo), névea, fuaca, lite homoyeneizado, café preto, uma moeda, um stndut- the de rewanto, 18 Identiique as fases existentes em uma vailia de cobre que sontenha dots pregos de feo, 300 em* de ‘gua e quatro pedazos de marmore, 19° Por que se us o term massa (em vex de peso) pars tapecificar quantdade de matéris em uin objeto? 1.10. Diterencie os termos elemento, comporto « mistura ‘Teoria atbmiea de Dalton 11.12 ‘esos atomtcos 18, 54, 62 Compass definida 17, §2,58, 9 Proporgées miltiplas 17, $3, 60, 61 Slonbotos,féxmolas e equaySes 12,14, 15,16, 19 Energia 20, 21, 22,23, $8, $6, 6,67, 68, 68, 10,71 Tennperatura 23, 57,63, 64 65,71, 72 Calor especifico 24, 67,73 1.11 Qual a preptiedade stémica mais importante na tec: sin atSiica de Dalton? 112 Diga as diferencas entre 0s terosdtomo + mola 113 Escteva os simbolos quimices dos seguintes elemen- (2 fer 0 ©) sé @ (0) potisso o (@ tesfora o © drome o 1.14. Deo nome de cada um dertes elementos: 1) As (f) Au (e) Cu (9) Gr os Ww @a @ Ni © Al (Bg 15 Quantorétomor de cad expe sto indicedos as sepsintes formula: @ KS (2) (HYPO. (b) NasCO, {e) NasAB(S:Os)e (© KFe(CNe 1.16 0 sesso € composto de sulfao de calc (C1S0,), 0 qui existe como um hidmto, contendo duus nol ‘ulas de dyua para cada CaSO,. Escteva a formals do hidsato, 32 | QUIMICA GERAL 1.17 _Defina, em palavas, a8 seuates lets: (2) Ate: da conservagdo de massa (b) Ale das proporeSes definicas (0) Ale: das proporeSes miltipias LIS Come € define » onidade uaifcads de masia sté- mkacorrentemente seta? 119. Das equagSes seguinies, quis que nfo estto balar- ceadee? (3) ZnCh, + NaOH > Zn(OH)s + NaCl (&) CaCO, + 2HCI— Coch, = CO, +HO (©) Fess + 2CO > 2Fe + 200; (€) NHWNO, > Ns + 21,0 1.20. Ein que a enorpia potencial iftre da energiacinétics* 1.21 Oaque se entende por endotérmico ¢ exotérmico’ 1.22 Se a encagls potencal de um objeto diminui & me ‘ida que ele st afasta de outro objeto, que especie de forga (atraliva OU repulsva) deve existir entce os dois? 1.23. Qual diferenga entre calor empersturs? 1.24 Quals sfo as uniates do calor espeifico? Qual 0 valor do calor eweerfice da gua? Por que ceeanos f grandes igos afetam a6 tempersturas das massas terrectzes vinta? PROBLEMAS DE REVISAO (0s problemas mais difces esto asinslatos com um astrieo) 1.28 Quartos algarimmns signifiatives existem 08 se- suintes mimeros: {,0370:0,000417;0,00309:100,1: 98,0010" 1.26 Faga os seguintes cileulos, anedondands 28 respor- tat pir © niimer conveniente de algasismos sgni- fcativs, Todos ot valores fo medidas () 24132 (b) 4025 « 18,2 (© 818 + 104.2 (d) 3.476 + 0,002 (6) 81.4 ~ 0,002 1.27 Exprese caca um dos seguntes ndmeros em notagao entific, Assuma que qusisquer digitos a diseita do ito digito diferente de zero nfo sf aigaismos sluniicatvos. (@) 1280 (©) 13 000 000 () 60 230 000 000 009 900 coo O00 (@) 214570 (e) 31.47 1.28 Exprese cada um dos seguintes nimeros em notaggo entific, (@) 0.000 40 (©) 0,000 009 000 3 (©) 0.002 146 (@) 0.000 0328 () 0,000 900 009 090 91 1.29 Hscreva os seguintes mimeros em notaggo decinal, (@) 3 10" (a) 34 x 107 (b) 2554 x 10° () 040825» 10 @ swt 1.30 0 comprimenta de uty peéaco de tera foi medio come igual a 3000 m. Usinéo notayto cienttien, expres 1 medide (2) com dois algatismo!significativos () com Uésalgarismos signiicativos (c)emem, com dois alarismos sgniicativos 1.3L Faca os soquintes cilcalos, expressando as respstas ent notcfo clentfica, aredondando para 0 niimero correte de algasimos signification Admita._que todos os valores sfo provenientes de medida fits. a) G2 x 10) x O14 x 109, fb) (1.025 % 10) > (14,8 10-4) fe) 0183,7) (84,7 » 109) id) 6274)» 0,33 « 10°) fo) @A2 x 107} x (3,211 x 107, 1.32 Faga o8 soguintescileuls, expressanto a respostas fem notagio clentifica, aredoadando para o aumero correto de algarinns significativos. Todos os valores ‘fo medidas, fa) (12,43 x 108 = (2,24 = 105) (b) 822 = 0028 fo) (35,4 » 10-9) + (247 x 10°) fd) G13 x 107) + @3 x10) [e) (0,74 10-9) + (825,3 «10 1.35 Faga os segulates cdlculos, expresando as respostas em notagéo cientifica, aredondando para 0 nimero comreto de algarismos sigifiativos. Todos os valores vim de medidas fitas, la) (047 > 20 + (1433 < 10%) Ib) (12,4 x 104) + G23 « 107) fe) 42,003 x 10%) ~ (6,25 « 104) fd) 118,45 — (0,033 x 105) fe) 1,00 + B75 «19° 1.34 Fags os seguintes céloulos,aredondando as respostas ‘part © niimero correto de algarismos sgnificaivos. ‘Todos os valores sfo medidas. (a) Gan, = 22) + (0,00224 » 814 005) (b) (62,7 = 149) + G74 ~ 0.00653) {e) .53 + 0,084) ~ (1498 * 0,040) (4) G24. 0,0033) 4+ 214.2 0,025) (e) at + 82,9) < (0,024 ~ 3,000) 1.35 Faga os seguintes cdlcubos, expresaando as respostas fem notagéo cienlifiea, artedondando para o numero conto de algarsmos sigifiestivos, Todos os valores fo medifas, (a) @ 3X 10° = Gd x 10°) + GAT » 10") (by (G,125 x 10") = G,12T x 10>] * (y72 = Le) le) [1498 + 2,49. 10°y] = 1275 Je) (2,588 x 10-4) ~ (0,u0255)] > [(102,3) + (0.257 = 10] (e) @,0on0225) + [o,omneta7 + (2.65 x 10-5) 1.36 Taga as epuintes comerses: (@) 140 mpamem (£322 km perso (©) 200mm param (gh 48m" para km rt (©) 185 cm" pars dm? (hy) km? parm m? (@) 18g pam hy (72K 4° params"? (@) tem? pam? —g) 25,331 pad 1.37. Complete o espazo em brauco com a unital coreta (a) 3,2 =32%0'm (b) 2 4.2 x 0 © 73 = 0,003 g (@) 128 —_~ 125 mm fe) 35 365. 107 can (8 088 40 cm? 1.48 © newton (N) é a unidade de forca do SI. Caleule @ peso (a forea exereda pela gravidade} de uma pessoa be 55,0 kg em pra superficie da Tera. (Use g gual 081 ms"?)) Se s pessoa é trantportada para a yu perfici da Lua, 0 que ocorre com os “quilogramas"” 08 “newtons” associados com ess pessoa? Aumen- ‘um, diminuem ou se mantém constantes? 139. Apée se decidir por um carro esporte, um Jove 0 resolve escolher entze um nove Smokebelsher de oie pasagsios, ae ciindses, que fat 12 km/l, © tum Yelho Pedbusper 1974, de oto silindror, 10 pusigeros (com transmissfo automitiea), culo pro petirio garanta consumir aperas 901/100 kx. (Qual o exo que © nosso amigo achara mais ecoro- ‘nico, em termos:do combustivel a ser consumido? 10 Um estudante comprou ain carro durante suas fia, © yelocimetro ¢ caibrado em quiidmettos por hora femh’). Ao dinigir por una now estrids, nota um, sal que fixa a velodidedelimite em 13ms? Qual a velocidade méxima que ele pode atings, em km h°*, sem se prevcupar em receber uma multa por excesa de velacdade? AL Apés receber uma multa por exceio de velocidace, ‘© motorista do problema anterior € informado pelo plcial que 0 posto da patnilia es: localzato "$90 000 em adianie, Voct nfo pode ear!" Como 9 oldmetzo do carro mede em quiiimetros (kr), ‘axe distancia deve ele percorrer, em tem, antes de ‘hegarno posto da putrulha? "1A2 No pals Ferdovin, of ferdes alimentamse de bat tus, O ferde recebe, em média, 142 thurbs moeda corrente em Ferd6via) por semana ¢ gasta,sproxima- damente, 1/14 do rendimento anual em batstas, Se 1 bataza’custe 2 thurbe por quilogeama, quantos quilogramas de batata um ferde médio conome perano? 143. Um bioco de magnésio continhs uma masss de 143 g-¢ um volume de 8,46 cm, Qual a densidade do magnéso? 1.44 Agua foi colocada dentro de urn ciindro graduado INTRODUCAO / 33 st6 que o volume medive 26,0 cm?. Um padago de rial de forma frepular, pesuido 50,8, foi colo ‘ado dent do siinero e yubmergu completamente. © nivel da sgua subi ate mateade 56,2 cm°. Qual sdensidade do metal? 14S 0 ‘titinio & um importante metal etratural, usado ‘macronares por cats de sus rsiténcie¢ sek “peso Jeve." Un efindso sSikto de ttialo de 2,48 om de Aiimetro ¢ 4,75 em de comprimento f01 pesado er- contrandose uma massa de 104,2. Calealea densi dace do titin. 1.46 0 chumbvo ¢ um metal rcoshecilamente “peiado” possul a dersidage de 11.35 en (a) Quala massade 12,0 om? de chumto? (b) Qual volume ocupado por 155 g Ue chumbo? 147. 0 sloroférmio, CHCl,, am liquide ssado antise mente como anestéice, post uma densidade de 1,492 en * (a) Qvale rolume de 10,00 g de CAC,” () Qual massade 10,00 em? de CHCL,? “LAa Um recipients que pode ser cepetidamente ocupado tom precisamente © meume volume de liquide ¢ ‘chamtde um piendmero. Um determinado picn’- sero, quando yazio « seco, pesou 28,236 g, Quando ‘cupatio com dgua 25°C, o plendmetro ex gus pe- sarum 34,914 g, Quando scupado com um liqudo de camparigéa desconhecids, corteido pesiram 33,485 g. A 25°C, adensidade da ova €0.9970 2 em” (2) Qualo volume do pienémetio? 0) Quala densidace do liquide desconhecido? 1.49 Suponha que voo# estea preparando uma tabela de detsiades para 100 substincias em que a densidade de cada substincia seja expressa em cinco grupos de Lnidades. Ousntos valores numéricos devem apareser nesta tabel? Quantos valores mumérco: serio neces: siribs pera expresmar ese mesma informasio, wando esos expecifio © a densidade ds gua em unidades diferentes? 1.50 A densidate dx égia 6 100 x 10" kg m"*. 0 ‘Alcoo! oop fice, vendido em dregarias como al- soot para masiggem, possul uma dersidade de 7,87 X 10 kgm? (2) Qualo peso especitio so dlcool isoproprice? (©) Qual a densitade do slccolisopropitico nas unidades eon? 1.51 Propllenoglicol, uma substincia vsada em anticon- sgelantes nfo-t3xicos ara sistemas de agua doce em barcos e acampamentos, possui um peso especifico de 1.04. A gun possui uma densdade de 1,00 x X 10? kg mr. Qual dovert sets masa do conteido de um tanque de 1,00 % 10! m? chelo com propi Tenegtcol? 1.52. 0 celopropano, um anestéscn muita eficar,contéon (0 elementos carbone © hidrogenio combinedos na relapSo do 1,0 g de hideeginio pure 6,0 g de exrbono, Se numadada umostrade ckloprepano consiatarae 2p de hidrogenio, quantos yramas de earbono 8 mostra contera? 38 / QUIMICA GeRAL 153 © cObre forma dols 6xidos. Em um dees, existe 1,25 4 de axigénio combinaso com 10 g de votre. No outro, existem 1,52 de oxigeato combinados fom 10g de sobre, Demonstre que estes dafos ils ‘tram 2 lei das proporg6es mint 1.54 se. unigade de masa acme fosse defini de tal forma que um item isolads de Mir pesosse 1 u, ‘uss seriam of pes0s atdmicos do carbone © do hidrogério? 1.55. Um cansiabto com a mans de 4500 kg mevimento-se 4 uma yelbcidade de 1,79 m/s, Caleule sua eneapic canética, em joules. 1,56 Calne a enert'a cinétca, em joules. de um ztleta, que pemm 6Skg, covtendo a uma Velocitade de 24m be? 1.57. O metal gitio tem a maior faixa liquida dentre os elementos, Ele furde a 30°C e fervea 1983°C, Qual 9 seu pento de fusfo ede ebulefo, en graus Kelvin? Dyas amostras de fidon (umm pis seftigerants tiie 4o em gelaceias ¢ concicionadares de ai) coram analisadas, Em uma amostr, 1,00 p de carbono es tava combinado com 6,33 g de Mlior e 11,67 g.de sora. Na segunda amestra, 200g de carbono exta- vam combinades com 12,56 g de fluor © 22.34 s de ‘loro. Quoie «fe as relayes em peeo de cxrbono part for, carbone para clero ¢ fldor pars clot, nests dduas amostras? Demonstie que estes dados ‘confi ‘mam a lel da composigio defini 1.59 Tris amostris de uma substdncia s6ida composts or elementos Xe ¥ foram preyandas. A primes ‘continha 4,31 g de X © 7,69 g de ¥; a segunda cor- Uinha 25.9% de « 64,1% de Y. Observouse que 718 g de X teaglu com ¥ para formar 2,00 ¢ da tere amostr, Diga como esies dados denonstian {Tei da composicdo defnida. No Ex. 1.9, ¢ primeiro composts (2,528 de N, 1,50 de ©} tem a férmula N,0 (a sutstincia é 0 sido nitsos). Sugita una possivel formula pasa o sefundo composto 1.61 Deis compostos sfo formads por féifaro ¢ oxigé- nie, Faquasto 150g de um composto continha 0,845 g de feforo, uma amatiza de 2.50 g de outs coinpoxo continsa 109g de f6sforo. Demonte {Que estes dados sf0 consstenter com a ll das pro pryoes mulipss. *1.62 Bm certo compoito, 6,92 g de X estayam combins- {doe com 0,684 g de carbono. Se 0 peso atdmico do ‘carbono 612,01 « » quatto dtomos de X estf0 com- binados conn’ um somo de carbono, calcule 0 peso atomico de X. 1.61, © tungsténio, usado como flamerto em lémpudas ‘létreas, tem um ponto de ebubedy de $927°C. Qual o seu ponte de ebuliio expresso am gras Kevin? 1.54 0 didxido dt carbone sélido (gelo seco) tem uma ‘erperatura de 195K. Qual & sua temperstura, ni scale Celsius? 1.65 Uma certa mata de ciguros desprende 7.0 mg de “akatrio” por cigar. Se uma famarte consome dois macos de cigaro por dia (tendo um mayo 20 ci: {arros), quantos quilogramas de aleatido se1i0 des: prendidos pelor cigartos em um ano? (Assiria Um ano de 365 dis) 1.56 Quantos joules 580 necessrios para elevar de 24°C 1 temperatura de $00 g de éeva Liguida? | 1.67 De quaato varied @ temperatura de 150 8 de Sue | liguida se ea perder 3301? De quanto vatiané 2 temperstura sea gua ganar 40,03? 168 Calcule a energie Cinética, em joules ¢ em quilo- Joules, de uma motocicleta, de 255 kg. viniando 280,0 kmh"? 1169 Un ouiomével de 10,5 megagramas esti visjando a SSkm\"', Qual sua enersia cinética em joules? Se tods exsa events fosse convertda em calor, que (quinticade de équs teria cua temperatura aimete tala de 10°C? 1.70 Um carro exja massa € de 1500ke derrapa durante uma freada, a uma velocidade de 60 m/s, Quantes joules de calor sf0 gerados pela tricep entre o car oslo? “1.71 Uma emtalagem cheia de miquims pesa 1400 ks. Fla é deslocads uma distanciz de 40 m por un he- ‘mem exercendo uma forga de $10 N. Quantos joules de trabalho foram realizados? (1 N=1kems-*) © nuftaleno (wsdo conte wages) tom um ponte de fisdo de 80°C © um ponto de ebulicae de 228°C. Suponta que esta substanca fet usada para detinir luma nova escala de temperatura na qual © pento de fusfo do naftaleno sea 0°N ¢ 0 ponto de ebulzio, 100°N. Quals sesiam os pontos de congelamento © de ebuligfo da dgua, em °N? Que equsefo geral se pederia usar para relaciosar at tempersturas em Pce'N? +173 Uma moeda de cobre que pest 3,14 ¢ aquecida a 100°C em deua fervente. Apés ser repidamente em vaugeda, € colocada em um cope de past vontea-_ 9 100g de Agua a 25,0°C. O cobre tem um calor cewpesifico de 0,385 Ig"! °C°", Qual seni a term Peratura Final da moeda © da dua? (Considere que lima quastidade desprezivelde calor €absorvida peo c0p0.) Sigestéo: A let da conservasdo de energi requer que @ nimae de Joes peries pelo net seg 0 ‘nimero de joules ganhos pela gua, 2 ESTEQUIOMETRIA: ARITMETICA QUIMICA AA proporsifo corretn de mistura arcombustivel para motor de umn carro ds conida pode ser to Impectante quanto # babsldads do piioto pasa se ganhia ums comida. As jubsténcis qulinas, ‘como © combustive! © 0 oxigénio do ar, sempre se combinar em proporwGes fase defialday. [Neste capitulo aptenderemos como estas proporgées so determinadas ¢utilzada, 38 / QuIMICA GeRAL 21 OMoL No Cap. 1, travamos contato com muitos dos conceitos basicos importantes em Quimica: idéias de dtomo ¢ peso atbmico, elementos ¢ compostos ¢ algumas das, principais leis quémicas. Quimicos, fisivos ¢ bi6logos desorvelverem estes idéias de tal modo que, hoje, pensam habituaimente em processos quimicos, fisicos e blolo- gicos que ocorrem entre dtomos e moléculas em uma escala atdmica, microsc6pica Todavia, nfo podemos ver 0s dtomos ou moléculas individualmente, e, 9 laborat®- to, € necessério trabalhar com um numero elevadissimo destas pequenas particulas. Neste capitulo veremos que existern meios de conduzir as reagses quimicas de forma ‘que as observagées em grande excala (macroscépica) possam ser facilmente tradu- zidas para a linguagem do mundo atomico. A relativa facilidade com que tudo isto pode ser feito ¢, realmente, fascinate Para so extudar, efetivamente, os compostes quimicos em laborat6rio & necos- sério ter um conhecimento dss relagies quantitativas que existem entre as quanti- dades das substincias que participam das reagdes quimicas. A Estequiometria (do Grego stoicheion = elemento ¢ meiron = medida) é 0 tetmo usado paca se refesir a todos 05 aspects quantitatives de composigdo ¢ reagéo quimica. Veremes, agora, como se determinam as formulas quimicas © como se utiizam as equagGes quimicas| no vélculo das quantidades exatas de reagentes que se devem misturar para que ‘corra uma reagao completa — uma reagdo onde no hd excesso de nenhum reagente, Sabemos que os étomos seagem para formar moléculas, mantendo entre si, razoes simples de nimeros inteiros. Os Stomtos de hidrogenio e oxigénio, por exem- plo, combinamse numa razio de 2 para 1a fim de formar fgua, HO; 0s étomos| de carbono e oxigénio combinam-se em uma reco de I para 1 a fim de formar 0 mondxido d= carbono, CO. Entretento, ¢ impossivel trabalhar com os atomos individualmente, devido as suas dimensOes minésculss. Assim, em qualquer labors térlo da vida real, devermos aumentér 0 tamanho destas quantidades alé o ponto fem que possamos veas e pesi-as. Um meio de se aumentar a reapdo é trabalhar com dizias, em vez de tomas, Iindividusis 1 ftomo deC +1 stomodeO — + 1 molécula de CO Idiizia deC +1 diziadeO +I diizia de CO (12 #tomos de ©) (12 dtomosde 0) (12 moléculas de CO) Note que a raztlo de 1 para 1 entre as dizias 6 a mesma razfo de 1 para I exigida ara cs dtomos. Isto sigaifica que, se tivermos algumma maneira de contar os étomos em dizias, poderemos tomar diizias deles na mesma razo em que os étomos indivi- uais reagem, a fim de estarmos certos de que haverd étomos suficientes de cada tipo ara reagir completamente, sem sobrar nenhum. Por exemplo, uma vez que 2 étomos de hidrogénio combinam-se com 1 tomo de oxigénio para formar uma molécula de gus, 2 dtomos de H+ 1 tome de O + I molécula de HO podemos dimensionar a reagio tomando 2 dizias de étomos de He 1 dizia de Ator mos de O, ou 6 ddzias de dtomos Ge He 3 dizias de stomos de O, ou qualquer outra combinagfo de dizias, desde que a razfo entre estas (H pars O) seja de 2 para | Isto forneceré sempre o mimero correto de Stomos individuais de {1 e O para reagie rem completamente, sem nenhum excesso de H ou O. Infelizmente, uma dazia de tomos ou moléculas ainda uma quantidade muito pequena para se trabalhar; os estuaenss que rem ifieuldades em aprender uimice, frequentemente, ‘fo aorerderam 2 ensar om termes de moles ‘ros problemas ESTEQUIOMETRIA: ARITMETICA QUIMICA | 97 deve-se, portanto, encontrar uma unidade maior ainda, A “duzia de quimico” che- ma-te mol (simbolo mol). Ele & composto de 6,022 x 10** objetos(posteriormente, ‘yeremos a origem deste niimero chamado nlimero de Avogadro). 1 diizia = 12 objetos 1 mol = 6,022 x 10°* objetos 0 raciocinio usado em relago & déizis aplicase, igualmente, a0 mol. O mol é, simplesmente, uma “caixa” maior. moldeC + ImoldsO + mol deCO (6.022« 10 (6,022 x 10° (6.022 « 10? Stomos deC) (tomes deO) —_moléculas de CO) ‘Ao tomarmos 1 mol de carbono ¢ um mol de oxigénio, temos mimerosigusis 4e étemos de earbono e oxigénio. © podemos constrair moléealas de CO em quenti- dade suficiente para encher nossa “caica” (mol) Um detalhe importante § que armesma relacdo de niumeros inteiros que s apl- 4 408 dtomos e molécules individuals também se aplica, exatamente, aos mimeres de mofer de itemos ¢ moléculss. Aumente-se tudo de um mesmo fator. Por exemplo, para se formar 0 tetracloreto de carbono, CCl, sabemos que 1 tomo de C +4 étomos de Cl 1 molécale de CCly Podemos, imediatemente, ampliar a relagfo para moles: 1 mol de € + 4 mol de C1 1 mol de CCl Repetindo esta idéia, verificaremes que a relugdo pela qual os moles das subs tincias reagem € a mesma relagdo pela qual 0s seus étomos e molécuias reagem. Esta idéia simples forma a base de todo o racioctnio quimico quantitativo. EXEMPLO 2.1 SOLUGAO, (Que rare molar de carhono pata clone deve ser escolhida para se preparar a substinsia CC), ‘henaclorometano),um solvente asado na fabricogao de explosivos A auto eatee on dtomos x0 C0, & 2éiomos tec _ 1 ‘Bitomes de ct 3 Pura se preparar C,Cl, 2 ranfo entre os dtomos de carbono ¢ os de cloro deve ser mantids em 1:3, A resdo molar fambém deve ser 1:3, Deven-te combinar carbone e cloro ume razdo de Amol de C para 3 moles de CL Fmoie simplifies A rarfio entre os étomos muma formula quimica, tal como 0C3Cie, estabelece tum némero de raz0es molares Gels na construgo de fatores de conversto que po- dem ser empregados na resolugdo de problemas, J4 vimos umz cestas e cue pode ser escrita como 1 mol dec 3moldecr ™ Ra] 38 / QUIMICA GERAL Hg outras mais, A formula do composto diz-nos que 1 moléeula de C,Cl, contém 2 itomos de C e que também contém 6 étomos de Cl, Podemos redimensonar ime- Gistamente para moles: | mol de CCI, contém 2 mol de Ce 6 mol de Cl. Ito Fomece duss equivalencies. 1 mol de C,Cl, ~ 2mol dec | 1 mol de C;Cl, ~ 6 mol de Cl Em outras palavras, toda ved que tvermes um mol de C,Cle teremos dois moles de carbono dentro dest: e, também, seis moles de cloro. Este ¢ o significado de ‘uma equivaléncia (~). Assim como no Cap. |, podemos usar estat equivaléncias para construir os fatores de conversdo, Linal de CsCly 2mol de C “FmoldeC °Y “Tynotde Cale ImoldeCsCle ,,, _6 mol deC ~omoldecr °Y TmotdeG Cig Os exemplos seguintes mostrardo como usi-los, EXEMPLO 2.2 SOLUGAD Quantos moles de carbon sfo necesrios pars se combinar com 4,87 moles Ge loro para omar a subrtincla CCI,” Usanos um dos fatores de corversfo que relaciona moles de carbono com moles de cloro nest ‘composto rescolhemos o fator que cance og meles de CL ImoldeC 4s7moldeCl x TRS 62 mol de C NNevessliumos de 1,62 mol de C, Note que estamos obrigados eserever tbs slgarisnossigaiice: 0s. Os miners na nazZo molar sfo mimeros exatos, uma vez que a razzo entre szomos éexata ‘of dlomos sempre s combinam numa rezio exats de ximeros inteiros quando eles forman compostos, EXEMPLO 23 SOLUGAO ‘Quantos moles de carbono estfo contigos em 2,65 mol de C,Cl,? Deste vez usaremos 2 equivalénsia, 1 mol de CCI, ~ 2 mel de C aque pode ser uaads pars consteuir um ftor de conversdo: 2 moldeC “Tmahieesez) ~ S80 matte c 2ssinatsecrer x ( Asim, 265 mot de C,Cl, contém 3,30 mol dec. Um mol de étomos ou moléculas ¢ grande o bastante para se trabalhar exper mentalmente. © mol, todavia, € uma unidade quimica, porque moles reagem nas ESTEQUIOMETRIA: ARITNETICA QUIMICA / 29 rmesmas relagdes que 0 dtomos ¢ moléculas, Deremos sinds encoutrar vm meio de transformar 0 mol em untidedes de leboratorio, isto é, em algo que se possa medit diretament> no laboratori. J4 foi dito antesiormente que um mol consiste em 6,022 s 107” objetos. Es colheu-se este nimero em particular poraue este nimero de dtomos de qualquec clemento fem um peso em gromas que & numericumente igual a seu peso aidmico,! Por exempio, os pesos atdmicos de Ce sio 12,011 we 15,9994 u, sspectivemente Portanto, Amol de © = 12,011 g deC 1 mol de O = 15,9994 g de 0 mol oe mercuri (20g) Um mol de quatro elementos Aifreates:cobre, fro, fhumbo e nereuo, Cas iamoateacontem 9 ‘mouno nimero de étomox Una abla ce pesos ‘nomnos nos a 0 numero te grams rum mole wslquerehemanc. O instrumento utilizado para medir os moles ¢ « blanca. Tomando-se 12,011 g de C e 15,9994 g de O, temse 1 mol de C ¢ I mol de 0, que podem procuzir exata- mente 1 mol de CO. De posse destas informagdes, vejamos alguns problernas simples relacionados a definieso de mol. " Hintoricamente, defitiuse a mel como. quantidade de um elemento con tras em gri- ‘mas numericarnente igual x seu peso atimico, Mais ttée, descobriuse,experinentamente, ve fitter 6022 10?) stomor em 1 mol de um elemento. Veremos em capitulos posteriores ‘come se pode mediro mimero de Avozadro, ‘D-imol, uma day gete unkades basieas do SI, € definido Formalmente como a qzantidade de substaneia de um sisterm que contenia tantas ntulaes elementares que o nhimezo de étomes fenistentes em 0,012 qulogramas ce cazbono 12 (um dos 1610p9s de casbor0). 0 sifieado total desta definigho toruarse- claso quando discutirmos estrutura atOmiza em matores Geta hes (Cap, 3); note que o SI ado define dcetumente 0 nimero exato de pariculss em wm mot, mas, em vez diso,espeefica um mérodo pelo qual poss set determiado. 40 | QUIMICA GERAL EXEMPLO24 SOLUGAO (Quanto moves de Si es contites em 305 gramay de Si? 0 nfo umn elemento wach pam ‘acer transistors, © problema ¢ converter xt unidades em gramay de Si pam moles de 8), wi €, 30,5 gde Sh = (2) mol dei. Sabemes, pela inbels de pesos atmos. que mol de & = 28.1 ¢ de 83 Pus converter g Sah moles, devemor uitipliar 30.64 51 por wm fatar que comtenha ax und de> Si no enor, sto 4 motde Si lade Resolvends © problem sess (Seigare 09 male Si ‘Assen, 30,5 g de = 1,99 mal de 8. EXEMPLO 25 SOLUGAO ‘Quantes gamas le Cu esto contisos um 2.58 males de Cu? ‘Da tebela le pesoy atimicon, J molde Cu = 6,3 ge Cu 0 fator de conversdo deve ter unidates mol Ue Ce no depominadot, ini 6 S35 edeco mol de [Kevelverda © problems (2S ede cu assmatdetn x (PSST) = r62 ecu EXEMPLO 26 SOLUGAO Quanto» moves de Ca so necesists pana eggs com 2.50 mol de Ci, par produni 0 compost” (CaCI, teloreio de ecto}, usido pura derete 9 elo que se actmalt nasrodovias no Invern, ‘Nosso problema: 2,99 mol de Cl ~ 1) mol de Ca Hela fbrmula, vore sade que 1 domo de Ca cembin- com 2 tomas de CI. Asin, Vitomode Ci ~ 2sto1os de C Saheae,eambén que | mol de Cae | mol de Cl comm 9 niesmo mlivees de stomos: portant para uamtet a rlagfo de 1 tomo de Ca para 2 dtomes de Cl tem-se que 1 mol de Cu combinwse som 2m de Cl | motde cs ~ 2am dec Areyposty ser 1.25 mol de Ca ESTEQUIOMETRIA ARITMETICAQUIMICA / 41 EXEMPLO 2.7 Quanto: gramar de Ca devern seagircom 41.5 5 de Cl para pfoduzir CaCl,” SOLUGAO Notio problema: 415g 4e C1 ~ Qhede Ce? De que qenntidades nevessitamos¢ unis conhecentas! Sabemos que Amol de Ca ~ 2 motde CL (or que?) Do mesmo modo, Tol deC1= 35,5 gde CL (absla de prsos stomivos) Amol de Ca 0,1 g de Ca) Agu! estéa solugso do probicma: sates (2M) ay nesave oe 280) space oss netarenx (B18) cans psec Scr apt oi (dase «(tte (SOLE) aga srsusnerx (32earer) * (Samar) * (Taare) ~ 9400 cnt cn per ons tel sop on Bod ate 0 ex mot Penieeeae arvaaa ss Neste iltimo exemplo, colocamos juntos uma série de fatores de conversfo. Para resolver o problema, aguparnos estes fatores, considerando as unidades que deve ser eliminadss por cancelamento, Assim, o primeiro fator deveria ter C1 no denominador e nos fornecen moles de Cl. O segundo fator deveria ter moles de C1 no denominador fornecendo-nos moles de Ca se pardssemos nesse ponto, Neces sitase, assim, que o tereeiro fator tenha moles de Ca no denominador. Paramos ai, pois as unidades j6 sfo as ds resposts, ¢ temos apenas que reslizar os edleulos para ‘obter 0 resultado correo, EXEMPLO 2.8 Quala massade um stoms de cielo? SOLUGAO 0 nimero de Avogadro nos fomese um melo de selacionsr © mundo sbmisrorcépito dos étomot f° moléealas com © murs macros-dpico do labotatéro. Podemos expresso prublen asi: 1 ftomo de Ca ~ (2) gdeCs 42 / Quimica GERAL “Tennoe a8 relegdes 1 mol de Ca = 40,1 ge Co 1 mol de Ca = 6,02 X 107 tomes de Ca (wando 3 algarismos sigifcativos) ‘Asohicfo para o problema pode, entio, ser dada por i x( Imoldeer } (ieee petal __} , (Mtg deCe ) bx 10 ** gue ca, aprrttaoescae) © eee | SEE 22 Asim como para os elementos, podemos, também, usar a balanga para melt PESO os moles dos compostos. 0 meio mais simples de obter a masse de | mol de ume MOLECULAR E substincia ¢ somar 08 pesos atomicos de todos os clamentos presentes no composto. PESO-FORMULA Se @ substincia ¢ composta de moléculas (por ex..CO,, 11,0 ov NH, ) chamames a soma dos pesos atbmicos de peso molecular. Assim, obtemos o peso molecular do CO da seguinte marcia: 1x 10u=12.0u 2% 16,00 = 32,0u total 44,00 ln ml de tis composton dienes Cada Similarmente, o peso molecular da HzO = 18,0. ¢ do NHy = 17,0.u. Obte conten ¢ memo simer mos a massa de 1 mol de uina subsidneia simplesmente eserevendo o seu peso mole Se Foriulas unlit, s femtor 0 némere de cular, sequido das unidades gramas. Assim, ‘tomos sj diferente de tie anor pasos A {iol de 10 = 18,08 rarfo disto¢ porque o cade nero de itamos por amobsiestas Atl formula umtiia$ siferente para cada Nos capftulos posteriores, encontraremos compostos que néo comiém molé somparto cculas distintas separadas. Com freqiiéneia, quando certos stomos teagem, gah ESTEQUIOMETRIA: ARITMETICA QUIMICA / 43 cou perder particulas carregadas negativamente, chantadas elétrons. Sédio e cloro reagem desta forma. Quando se forma o cloreto de souio, NaCI, a partir dos elemen- tos, cada étomo de Na perde um elétion ¢ cada dtomo de Cl ganha um. Uma vez, que Na e Cl sto eletsicamente neutros no inicio, estes Atomes adquirem ums carga ao se formar 0 NaC]. Excrevemos Na" (positivo porque o Na perdeu um elétron car regedo nogativamerte) © Cl (negative porque o C1 ganhou um elétror). Ot dromos cou grupos de dromos dotados de carga elétrice chament-se fons, Como @ NaC] séliéo € composto de fons Na” e CI’, dizemos que est» & um composto ionico. Exte item seri explorado posteriormente, nos Caps. 3 ¢ 4. No momento, & necestirio suber apenas que 0s compostos iOnicos nfo contém moléculas, Suas for imulas estabelesem somente a razio entre os diferentes dtomos a substancia. No CaCI, os dtomos encontram se nama proporedo de um para ura. No composto iénico CaCl, a relegao entre os étomos de Ca e Cl é de 1 pare 2. (Calma! Nesse ponto, nfo Se espera que vocé ji saiba que o CaCl, € iénico.) Em vez de falar de moléculas de NaCl ou CaCl,, usese o termo fSrmula unitéria para especificer o par de fons (Na" e C1) no NaCl ou 0 conjunto de tes fons no CaCI, Para os compostes idnicos, a soma dos pesos atOmicos dos elementos presen- tes em uma férmula unitiria chamase peso-f6rmula, Para o NaCl, este & 22,99 + 4 35,45 = 844, Um mol de NaCl conterd 58,44 g de NaCl (6,022 X 10%? formulas unitérias de NaC). E verdade, também, que 6,022 x 10%? formulas unitarias (1 mot) dde NaCl contém 6,022 x 10°? fonsNa* e 6,022 x 10°? fons C1~ © termo massa molar aplicase igualments a compostos idricas ¢ substincias moleculares; em qualquer dos casos estamos falando da massa (em gramas) de um mol da subitincia especificada, A composiczo da substincia, se em moléculas ou fons, nfo afeta o valoc da sua masse molar. EXEMPLO 2.9 SOLUGAO © tarbomto de clo, NaCO,, um produto quimice industrial muito impertente ¢ usado na ‘manuratura do vide. (@)_Quala massa de 0,250 mol de Na,CO,? (b) Quantos moles de NaCO, existem ent 132g de Na,CO,? Pata rapondermos a asat questéies precisamos do peso-%érmula do Na,CO,. Caleulrse isto @ partis dos pasos atémicos dos seus elementos: 2Ni 2x20 = 460 4c 1M 130 = 130 30 3x160 = 48, Tout 106.0 © peso-férmula ¢ 106: portanto | mol de Na,CO, = 106.0 ede Na.CO, Into pode ser usido pare contrur um fator de conversfo que rclacions grams de Na,CO, com mols, 0 que serd necesssio para respondemnos is questbes (4) Pars convertermos 0,260 mol de Na,CO, em gramas colocamos as unidades de forma que se cancelem, 166.0 ge Na,CO, Tmol de N56, oso moteenayen; x ( =16.5 pe Na,C0, () Novamente rrumamos as watdadesde fori se cancelarem. 1 mol de Na, CO, 12 Bde NeCOS% 76 Ogle NaxCO; ) =125matses,c0, 44 / quinica GERAL 23 COMPOSICAO CENTESIMAL Um céicule muito simples ¢ também freqiente 6 0 eéleulo da composigio cen tesimal de um composto — isto ¢, a percentagem da massa total (também chamada pereentagem em masta) com que cada elemento contribu. O procedimento para etermiaar a composipdo centesinal encontre-se no Ex. 2.10, EXEMPLO 2.10 SOLUGAO ‘Qua a comporigio ecntesimal do clorofSrmio, CHCl, uma wubstinsia antigamente wsada anesésico? ‘Gotemasa mass total de mol de CHCA, @ partir do seu pese molecular (12,01 + 1,008 + 3 35,45)u= 119,37 « (2201 g + 008g + 3x 35459 = 119,378 sania de carbone “musa @ cia, *'? __1201gtec_ 7 acm GPE Gig, *10= tape sec w= HOO ESE x 100 =o,840n der 106.35 gaec1 *O= T7937 ade CHC, total = 100,06. Podemos realizar um célculo semelhante para determinar a massa de um. ‘mento em uma dada amostra de um composto. Isto estdilusirado no Ex. 2.11. EXEMPLO 2.11 SOLUCAO ‘Caleule a massa de fers0 (Fe) em uma amosins de 10,0 gde feerugem, FeO, Para resolvermos este protiema, devemos primsinmente calcular a fragfo de FeO, que # F ‘Da fOrmla, emse que unta fSrmala unitiia ée FeO, contém 2 diomos de Fe, Poranto, sa mosque | moi de Fe,0, contém 2 mol de Fe. Bo mesmo modo: A mol de e= 55,85 gde Fe I molde Fe,0, = 159.7 edeFe,0, (Lenbrese de que vocé pode caleular sempre a masia de 1 mol de uma substincia confecendo tax fcmula quimica!) Portento, 1 mol de Fe,0, (159,75 de Fe,0,) contém 2 mol de Fe (A117 de Fe). Assim, afragdo de Fe,0, que é Fe é U7 ge 159,7 gee Fe,0, Finalmente, a massa de Fe na amostra de 10(0¢ de Fe,O, ¢ igual massa da amostre multipi ‘cada pela fracdo da umostra que ¢ Fe, LI1,7 ede Fe 1397 ge F505 100.g.de-Fe50; x ~699gdeFe, ( ) 24 FORMULAS uimicas 25 FORMULA EMPIRICA ESTEQUIOMETRIA: ARITMETICAQUIMICA / 45 Uma formula nos fornece cert espéies de infarmagso que incluem compost ¢fo elementar, nimeros relativos de cada espécie de atomo presente, 0 mimero sfetivo de cide empécie de étomos em uma molécula da substincia ov a estrutura do compost. Fodemos classifica as fommulis de azordo com a quantidade de infor smac6es que elas nos fornecem, (Uma férnsle que simplesments fomece o némero reativo de Stomos de cada elemento presente em uma formule unitériachamase formula minima, Como ¢ obt+ da normalmente a partir dos resultados de algumas andlises experimentais, chamese, tamnbéen, formula empitica As fSrmulas NaC, HyO e CH, slo formulas empiricas ‘Ume formula que forrece 0 niimero efetivo de cade expécie de atomo em uma formula unitiria chama-se férmula molecular. H;O é ume formula molecular (tanto quanto uma férmula empirica), urna vee que ume moleula de égua contém 2 stomes de He | étomo de O. A fommula C,H, ¢ uma formula molecular de uma substania {etileno) que contém 2 dtomes de carbono e 4 itomos de hidrogénio, Note-se que a formula minima deste composte & CH, pois a rex carbon para hidroginio é 1:2, Uma substéncia cuje formula empirice sefe CH, pode ter ums formula mol cular CH,, CHa, C3Hg ¢ assim por diante, Férmulas moleculares para substancies ‘nica, naturalmente, nfo exstem, porque tis compostos nfo contém moldculas Um terceiro tipo de mala €a férmula estrutural, por exemplo, H o 4 neon H ficido acético (presente no vinagre) Em uma formula estrutura, o$ tragos entre os diferentes simbclos atdmicos re presentam as “ligagdes quimicas” que ligam os étomos entro ai, na molécula. Vol taremos a nos encontrar com elas no Cap. 4. Uma formule estrutural nos fornece informagdes sobre a maneira pela qual 0s dtomos esto igados ent si,em uma mo- Iéoula, e nos permite também escrever as fSrmules molecular ¢ empicica. Assim, para 0 Acido acético mostrado anteriormente, podemos também esctever sus for- ‘mula molecular (C; HO) ¢ sua formula empirica (CH; 0). A formula mais desejével, naturalmente, 6 a fSrmula esteutural, uma vex que ela também contém todas as informiagdes fomecidas pelos outios dots pos de for mula, Todavia, em Quimice, como em tudo na vida, nada nos vem de graga. Quanto isis informagdes uma formula fornece, tanto mais dificil seré chegar + ela experi rmentalmente. Veremos como se obtém as formulas empitica e molecular; todavla, 08 procedimentos empregados na determinacio das formulas estruturais ado serdo ‘ratados neste live. Uma vee que a formule minima informa os némeros relstivos de dtomos pre sentes em um compost, ela deve dar também 0 nimero relative de moles de coda slemento. Assim, para se obler a formula empirica para um composto devemos de- teminar 0 nimero de moles de cada um dos seus elementos que esto presentes em ‘uma amontra particular. Caleulase, ent, a razfo mais simples entre ntimeros intel ros Ge moles para se encontrar 0: subscritos. Os exemplos seguintes dustram como ssto € feito, r 40 / qutinica GenAL EXEMPLO 2.12 SOLUGAO ‘Ur amostia de um gs de cor castanta, um dos prnd © 5,344 de O. Qual a fSnmnula minans do eomposto? Poluentesdo at, coném 2,34 gel Frinciramente, caleulamos minero de moles de cada elemento presente, Sbemos que AmoldeN=149gdeN (Porque) AmoldeO=16,04¢0, (Por qu?) Ponanto, sasasers (lt) 2NaCl + H,0 + CO; Ficou estabelecido anterionnente que uma equacdo balanceada obedece & lei da conservago de massa, Para a equagdo que acabamos de balancear, ou pare qual- que: outta, existe um némero infinito de conjuntos de coeficientes que preenchem este requisito. Assim, as equaydes 4Na,CO, + HC1— NeCl + 1CO, + 11,0 5Na,CO; + 10HC1—> 10NaCl + 5CO, + 5H,0. ‘também estdo balanceadas. Na pritica, entretanto, utilizamos 0 menor conjunto possivel de ntimeros inteisos para os coeficientes, embora existam ocasides, como ‘Yeremos,em que outres escolhas sfo mais vantajosas. EXEMPLO 2.16 SOLUCAO Torre balanceada a seguinte equagio para a combusigo do cetano, CyHT,4, um components éa geal: Cyl, +0, —-C0, + 1,0 A inspegio ripida da equacia sugere que devemos ajustar 0s coefcientes presedendo 0 CO, © HO para balancear o Ce H, Podemos balancearo carbon colocando um & antes doCO,:pode- ‘mos bilascear © hilroginio colocando um 9 antes de H,0 (9H, contém 18 tomar de H ‘porque cada HO contim 2 dtomos H), fete dé CH + 0, —=800, + 91,0 ‘Agora, podemes trabalhar com 0 oxiginio. A dutta, existem 25 dtomos de 0 (2 x 8 +9 = 25). ‘A-esquerda, 05 étomos de O aparecem aos pares. Ist significa que deve haver 12} pares irole- culas de O,) para se obter 25 dtomos de O aesquerda,o que dé CyHy, + 124 0, —+ 8C0, + 91,0 Finalmente, podemos eliminar o coeficente fricionicin dobeando cada um doi coeficentes: 2C,M,, + 250, —+ 1600, + 18H,0 80 / QUIMICA GERAL 28 CALCULOS BASEADOS EM EQUACOES auimicas Podese interpretar uma equacdo quimica de virias maneiras. Considere, pot sxemplo, a oquagfo bulanceada para a combustao do eianol, C3H,OH, 0 dlcod usado para ser misturado com a gasolina. | GH,OH 4 30, —+ 20, + 31,0 No nfvel molecular, submicroscépico, podemos ver ests como uma reapdo entre moléoulas individuas, 1 motécula de C,He OH + 3 moléculas de 0; + 2moléculas de CO, + +3 molgeulas de H; 0 Podemos, porém, facilmente redimensionar estas quantidades para uma escala de boratério, uma vez que moles cesgem nas mesmas razSes que a8 moléculas individu I mol de C;HsOH + 3 mol ée 0, +2 mol de CO; +3 mol de H,0 © ponto shave & que 08 coeficientes nume reardo quimica fomecem as razbes quais os motes de uma substéneia reagem com ou formam os moles de cutra oeficientes nos fornecem ums quantidade de equivaléncies quimicas diferent que podem ser usedis para construicmos fatores de conversd0. Nesie exemplo, demos escrever seis destas equivaléncias: ImoldeC,HsOH ~ 3 mal deo; ImoldeC,H,OH ~ 2mol deCo, ImoldeC,HeOH ~ 3 mol de H,0 3moldeO; ~ 2mol deCO, 3.moldeQ; ~ 3 mol deH;0 2moldeCO, ~ 3 mol de HO Assim, a equapio balanceada fornece as relacdes quantitativas entre todas ox raat 168 € produtos. Observemos algans cileulos simples baseados nas reagSes para combustfo do etanol. EXEMPLO 2.17 SOLUGAO Quantos moles de onigénio stv necessities para queimar 1,80 mol dé C,H,OK, de acordo cos 1 egninte equayo balanceads? C,H, OH + 30, — 20, + 38,0 Os coefcientes da equayao fornecem a telagio 1 mol de C,H,0H ~ 3moldeO,, {que pode ser usada para um fator de conversio, Mantamos + nossa aritmética de forma que lidades mol de C, HOH se canceler, 1 $0 mal de est ORK (oe olde ; aH) =S40 moldeo, Nevessitunos de 5,40 mol de O,, ESTEQUIONETRIA: ARITMETICA QUIMICA / 51 EXEMPLO 2.18 Quantos mutesde CO, sett formatos w se quetar0,274 mol de C,H,0H SOLUGAO othandse agora para os coefcientes do C,H1,011 « do CO, , temas 1 mol de C,11,0H ~ 2 molde CO, Montamctentio a arimética de forma s obteros as usidades detjadat ra resposta, 0.274 mold, oHr { EXEMPLO 2.19 Quantos moles de igua seifo formados quando forem produzidos 3,66 mel de Ci combustd> do C,H,OH? SOLUGAO or coesicientecns equagio de combustza do'C, JOH nos dizem que 2 mel de CO, ~ 3 molde HO Fortanto, 3mol de 4,0 sana co;y (2meet 49 mol de H,0 [Na pritica, quando faemos uma reasio quits no Iaboratéro, gersimente, estamos rss unidades de latoratério — grames, Nés polemes jompre transforma gramas em moles 6 roles om gianias, x vernon as firmulas quimices das substinclas envolvidas Nés aprendemos {sto na Sedo 22. EXEMPLO 2.20 SOLUCAO ‘As superticies de auninio secéw-preparadas reagem com o oxigénio para formar wma camads dura de dxico,que protege o metal de posterior comrosdo, A reagio & 441 + 30, —=2al, 0, ‘Quantes pramas de 0, sa0 necessirios para remir com 0,300 mol de Al? NNosso problema pode ser simpiesmente descrito como 0.300 matde Al ~ 0) 400, Para reselvormos ito, primero convertemos moles de Al sm moles ¢e 0. Depois, podemor ‘ransformar moles de O em giamusde O,. De acordo com # equagio balareeade, 4molde Al ~ 3molde0,, Portento,o nimero de moles de ©, necessivio sed oon paid (3222) 0225 sito, ‘Para converter os miley de 0 cm guamas de O,, podomes us axclagio A motde 0, =320gde0, 3205400, astro x (2046202 )=ra0es0, 52 / QUIMICA GERAL CCombinando estas duas etapa, Seon) *( esto naeesr( EXEMPLO 2.21 SOLUGAO 29 CALCULOS com REAGENTES LIMITANTES. Depois de reapfo torminar restario 3 moles de H, |A partir da oquago quimiea do dltime exemplo,celeule 0 mimero de gramasde Al,0, ave 9 dom sor produsidos st 12,5 geO, reagiem completamente com alumin, Nowo problema 125 400, ~ (5 40.A1,0, [A solugéo para este problema requer que se estabsleya.a equivalncia quimica entre O, « Als0y, Esta espicie de equivaléncia § sempre tirada dos coeficentes na equagio balanceads, € express nas nossa Unidades quimicas, moles. Da equacio, 3mol 0, ~ 2mol de ALLO, Agora, presistmos dis celagdee que nos permitam trandormar as sas, em usidades quimicas, moles. Sfo ost A met de 0, =32.064e 0, L molde Al,0, = 102¢ de A1,, Fetes teés relagder poder, agora, ser aplicades como fatores de converséo, Devemos aru tudo de forms quo as unidades aproprialas se cancelem: ic (tmoldeos |, (2maldeatOe ), (102ede ALO, ) sasnmorx (sangieae )* (“Emaracee” )* (Tiara) 754% Ms Se, a0 realizar uma reacHo, so escolhidas quantidades arbitrarias de reagentes, 4 muito’ comam que um dos reagentes seja completamente consumido antes dot outros, Por exemplo, a0 misturar 5 mol de Hz com 1 mol de O3, apés 2 reagao gundo a equago 2H, + 0, —+ 2H.O apenas 2 mol de Hy terdo resgido, consumindo completamente I rhol de O, . Depoit que 0 O for consumido, nenhurma reaggo posterior poderd oco:ter ¢ nenhum pro duto posterior poderd ser formado. A quantidade de produto é, portanto, limitad pelo reagente que desaparece primeiro, Este reagente chama-se reagente limitante Os dois exemplos seguintes dlustram como podemos deierminar qual o reagent limitante e,entdo, calcular a quuntidade de produto formado. EXEMPLO 2.22 Zinco © enxofre reagem para formar sulfeto de zinco, uma substinsia wsada para recabsiras pa redosinternan dos tuts de imagem de TV. A equagdo para areagZo 6 zn + $ +208 Quantos gsamas de Zn$ podem ser formados quando 12,0 g de Zn reagem com 6.508 de S ‘Qual 0 eagente limtante? Quanto qual elemento permaneceri sem reagis? SOLUGAO 0,202 mo} de Snecoste de 0.202 mo!de Zn. Uma er que w teros 0,183 mot den, edo 0 Zn 278 conunido, forma que 2Zn 60 regen Hitanta, ESTEQUIOMETRIA: ARITMETICA QUINICA / 53 A equagto nes és relagfo de mobs, 1 imol de Zn ~ 1 mat des Pars determinarmos © reagents limitante, deverros, primeio, converter a quantidades de rea enter om moles: spines (AO EOEEY mott Vise qaere) a ee ssopset (ABMS) sana nates Em virtue de estes elomentes 29 combinarem em uma relagfo do moles de 1 para 1, 0,189 mol e Zn requer 0,183 mel de 8. Como poderoy ver, exinte mals § do que © necsssrio «todo o 2n pode reagit. 0 Zn é, poranto,o reagenie imtane, "A quantidade de proauto formado depence apenss ca quantidade de reagente limtante Apts o Zn ter-se consumido, mais nenhum ZnS poderd s formar, de forma que podemos usar 4 quantidade de Zn (0,183 mol) como a quantidade de ZnS que sera produrids, Pel equaclo, podemos eserever: A mot Zn ~ 1 mol de Zn$. Portanto, 0,163 mol de Zn formané 0,163 mol de ZnS. A massado produts & 0,183 motde ans x (SELES) — 173 ge 2a Para caleular a masta de enxofre que nfo regi, vamos, primeira, beast 9 mimeo de moles ie envofre que resgitam do stimero de molec de enrofie inisialmente dsponivis ‘moles de 8 que no regitam = (0,202 0.183) =0,019 mot de S Agora, convertemos para grams: nade oorsmeters (21ESES ) EXEMPLO 2.23 SOLUGAO Octileno, C,H, queita ao ar para formar CO. ¢ HO, de acorde om « equacdo C,H, + 30, —-200, + 24,0 (Quantos gramas de OD, serio formados 20 se inflamar uma mistum contends 1,93 ¢ de C,H, 5.925080; A relaggo entre C,H, 1 é,¢m moles, ©, ,mostrada pea equacio qui 1 mol de C,H, ~ 3 mol deo, Pararesolver 0 problema, devemot primairn converter at quaatidades dads para motos: Lol de Cy ssaaectt x ( 1 molde o, Soradeos x ( ) 01a tse, dons = 54 / QUIMICA GeRAL. 0,185 mot oe 0, necarsha | 400.9617 mo! de CH, Uma ver cus hi excesse ce CyH., 0 reearne Dimitanw 600, Yerliaremcs, agors, ve existe 0, suliciente para reagir com todo 0 C,H, (lternativamente, ppodemos ver seexist suficiente C11, para seair com todo 6 0) 3maléeo, Tmldee iy out matte» ( 0.207 mol 40, scissor con OCH, © citeulo mostia que é nectusitio 0,207 mol de O,, mas que ye dispde de apenas 0,185 mol 40 0. Portanto, 0, &o reagent lmutaate Voct, agora, usa o reagente imitante para calcults a quantitade de produto formada: Oats ao; x( AEBEEED:) , (4408480 Tees See ) ~ sa3eaeco, 2.10 RENDIMENTO TEORICO E RENDIMENTO CENTESIMAL, renatimento eedrico una ‘quantidede caleuiade: 0 rendimento rai 6 abtigo ‘medindo-s & ‘uantidede de produto uslmente Forma na experibacia, Hi ainda uma observagio interessante para este dltimo problema, Embore nfo declarado explicitamente, considerou-se que, mesmo sem oxigénio suficiente para consumir todo o C;Hg, este, ao reagir, converteuse completamente em CO, © HaO. Se isso ocorresse, um dos fatores da poluigo automotiva do ar setia remo vido. O que realmente ororre cuando um hidrocarboneto (neste caso, C,H, ) ests resente em excesso 6 que parte dele se converte em CO. No motor de combustio interna, a gasolina (que & composta de uma mistura de hidrocarbonetos) é queimad com um suprimento limitado de oxigénio, resultando em combustdo incompleta, que produz uma misture de CO, CO; © HzO. Algumas vezes, um conjunio de reagentes $ capaz de produzir mais do que um: Conjunto de produtos, dependendo das condigdes de teagio. No tltimo parigrafo, por exemplo, ressaltouse que a combustao de hidrocarbonetos com uma quant dade limitada de oxigenio fornece uma mistura de produtos. Geralmente, nao se quer a formacdo de subprodutos (produtos diferentes dos desejados), e duas quanti dades que interessam aos quimicos, sob estas crcunstancias, sf0 0 rendimento teorico ¢ 0 zendimento real, O rendimento tedrico de wm produta 4 0 rendimento maximo que se pode obter, caso os raeagentes déem somente aquele produto. No Ex. 2.23, ealeulamos 0 rendimento te6rieo de CO;, considerando que todo 0 Cy H« queimado converteu-« inteiramente em CO, ¢ Hs 0. © rendimento centesimal § uma medida da eficiéncia da reagio, podendo-se definit como rendimento real j Tendimento tebrico rendimento centesimal = » 100 onde o rendimento real é » quantidade de produto formado em uma dada experien-_ cia, Suponhamos, por excmplo, que, na teaca0 do Bx, 2.23, obtivemos apenas 3,48 5 de COs, ficando 0 restante do carbono como CO ou come carhono elementar O rendimento real foi de 3,48 g de COs. O sondimento teérico foi de 5.43.8 de €0z, de forms que o rendimeato eentesinsl de Cy deverd ser de m _ 34800, Tendimentocentesimal deCOs =-355 CO X 100 rendimento centesimal de CO; = 64,1% [ee L 2 CONCENTRA GAO MOLAR 4 concentrapéo moter & ln quonctiade inensive formed comoumerazao de uss quanteloder extonsvas: mote: 0 volume, ESTEQUIOMETRIA: ARITMETICA QUIMICA / 55 Em muitas reapdes qufmicas, tanto no leberatério como no mundo ao noso redor, um ou mais reagents estZo presentes em uma Soluyan, isto 6, esif0 dissolvigos ém algum fluide come a dgua, Nos nosios compos, por exemplo, 0 sangue disioWve 8 tutrientes ¢ transposts-os para nossas células, onde softtm uma complexa cadeia de reagties chamadas de metabolismo [No Cap. 1, aprendemos que as solurdes podem ter composindes varitveis. Isto significa que podem existir diferentes razces entre as quantidedes de solvente — mbstincis presente em maior proporeio ~ ¢ 0 soluto — a substancia presents em Menor proporedo. Usase 0 termo concentrario parn descrever as cuantidades rela tives de soluto e sohente em uma solugdo. Ums solugfo ma qual uma grande quane tidede de soluto esté dssolvida em um solvente & dita ter uma alta concentracéo de soluto. ‘Veremos mait adiante que hi uma variodade de formas de expressarmos a con- centraggo de uma solugdo, quantitatwamente. Uma dat mais dteis para descrever as uantidades especificas de um soluto dissolvido ¢ chamada de concentragio molar 4 molaridade. Fla é definida como a razfo do mimero de moles do soluto ra solu ‘80 dividi¢o pelo volume da solugdo, expresso em, dectmetros cibicos(itros). mol de soluto ‘dm de sclugao concentragao mola Ray ‘Uma solugio que conietha 1,00 mol de NaCl em 1,00 dm? de solucdo é uma solugéo 1,00 molar ou 1,00.M. Se contiver 2,00 mol de NeC! por dm, sera va so- Ingfo 2,00 Mf, Fagemos um céicule simples mostraado como s¢ pode calcular a mola Fidade de uma solucao, EXEMPLO 2.24 soLUGAO ‘Uns mostra de 2,00 g de ctisls de hidroxlao ce s6dio, NaOH, encontrada em um recipiente de Diabo Yerce® fo) dissolviéa em dgus pare produnir um volume total de exatamente 200 cr” 1 Solugdo, Qual a concentmagéo molar desta solugfo de hidréxido de s6tio? Para calcular « concentragio molar, devemos tomar a ranfo dos moles de soluto pan os deel ‘mettos ctbicos da solugSo. Asstt, convertemos primairamente at 2.00 de NaOH (o sasto) em ‘moles, Una ver queo peso-fSmnulade NaOH 40, SB a acc soe nan (Late © volume de sotucso ¢ 200 em?, que € 0 mesmo que 9,200 dm?, Foriarto, a concentragZo molar a solusfo & (09500 mol de Neu concentrapao molar = SOS TAS =0,250 movdm? A coneentrsgto molar § uma unidads de concentracio stil, porque, se souder ‘mos @ concentraggo molar de uma soluedo particular, podemos manipular um ni- mero desejado de moles do soluto medindo, simplesmente, em um recipiente, o vo lume sdequado. Por exemplo, suponhe que temos um frasco grande chelo com solugao de NOH 0,250/M. Suponha, também, que, em uma rexggo particular, neces sitamon de exatamente 0,250 mol de NaOH. 0 rétulo do frasco nos diz que cada dm? da solugfo contém 0,250 mol de NaOH, de forma que tudo 0 que temos de 58 / QUIMICA GERAL fazer 6 medir 1,00 din? da solugo para termos os necessirios 0,250 mol de NaOH. | Se necessitarmos de somente 0,125 mol de NaOH, precisaremos de somente 0,30) dm” a solugéo. Por outro lado, se necessitarmos de 0.500 mol de NaOH, precise: | remos de 2,00 dm? de soluefo. Os exemplos seguintes mosttam como usar a com centrayo molar em célevos simples. EXEMPLO 2.25 SOLUGKO As conversSox entie dm? © co cow meee | Sveti cine Quantos contitactros eibicos de solugdo de NaOH 0,250," serlo necessirios para fornecer 0,0200 mot de Nant? \Na resolugio de problems dese tipo, usmos a concentrapfo molar como um fator de conven sfo, Um rétulo de “NaGH 0,250 A” pode ser traduzido em dus raz5es 9,250moldeNsOH 1.00 dn* de sotusto ‘T00dm? dewingio 0.250 molds NaOH Se queremos o volume em ceatietros eGbicos es:as podem ser express como 0.250 molde NAOH 1000.cm? de solucto 1000 cm* desoiugio °Y ~0.280 mol de NaOH Retomande noseo problema, terios que 0.0200 mal de NaOH ~ (2) cm? de NaOH ‘As unidades nos indicam que lator de conversfo devenies uss. como materi (108582) «oy gant 0250 mol deNaOT ‘Assim, xe medirmos 80,0 em? desta solugfo,ertescontexfo ot des}ados 0,0200 mol de NaOH. 4 EXEMPLO 2.26 | sOLUCAO ‘Quantos gramas de NsOH existim em 50,0 em? de solusfo de NaOH 0,400,477 Desia ver quetemos encontrar ¢ mas de solulo em uma poryfo de yolugis, Comeparemas ex eontrande © avimeco de moles de NaOH nz solugao, para convertermes, entdc, para gramas Temos pimelt que taduar ¢ roTUo. 0,400 mot de NaOH NaOH 0,400. signitice O00 mel de NAOH OF 400M sieniics TaO9 ean de luda Entio, 10 mot de NaOH 1000 Sm de sorugt0 S002 aco ( ) 02a nt wo 0800 g de NaOH. ome ut mors ($40842§0H) Limel de-NaOW, Assim, 50,0 cin? desta solugto contéin 0/800 de NaOH. Algumas vezes, durante um trabalho de laborat6rio, énecessirio preparar uma solugo com uma concentragto especifica. Isto nfo & muito cific, coma mostra 0 exemplo seguinte ESTEQUIOMETRIA: ARITMETICA QUIMICA / 57 EXEMPLO 2.27 SOLUGAO ‘Quantos gramas de nitrato de prt, AgNO, , sfo nevessérios para prepurar $00 cm? de uma so Ingo de AgNO, 0,300 7 Este problema, na verdade, pergunta: “Ouuntos grumas de AgNO, existem em $00 om? deuma soluyfo de AgNO, 0,300 M19" So vos8 sabe a esposta,suberd quanto de soluto deve usar para fzer asoligio,Procedendo como antes, primeirsmente tradurimos orétul. 0,300 mole AgNO; [oOo em? de solngao AgNO, 0,200 signiticn 1150 mol de AgNO, (Como o peso-formula de AgNO, é 170, temos que 170g de AgNO, on aceang (2 )-t1seeeneo, Figure 2.4 ‘Um aldo yoluméttico te s00cn?. Na verdade, para preparar a solugGo descrita no Ex, 2.27, devemos disolver 08 25,5 g de AgNOs numa quantidade de agua suficiente para dar um volume fIna! de ‘exatamente 500 om?, A medigfo de volumes com esta precisfo & feita utilizando-se tum bald volumétrico (Fig. 2.1). 0 balfo contém o volume especificado quando std cheio até a marca gravada ao redor do pescogo. A Fig. 2.2 flustra a sequencia de ‘passos envolvidos na preparaglo de uma solueo. Para excerrar, na preparsgio da solugio no exemplo precedente, sjusti-se 0 volume da soluggo para um volume final de 500 cm’ . Nfo acicionamos simplesmente 500 cm? de 4gua ao nitreto de prata, uma vez.que isto daria um volume final um pouco maior do que 500 em? (ambos, o soluto ¢ o solvente, ocupam espago dentro do frasco). Se tivéssemos aficionado S00 cm? de égua, « concentrapdo serla un 59 | QUIMICA GERAL Figura 2.2 Preparagio de uma solugdo ‘contends uma rolaridade partial. (a) Pesase 0 ‘oluto, com presto dentro de um bald volumétrice 8) Adiciorace gu éesilada (2) Tamps-s 6 puco © agitase para ister hit @)Adicorae dun éestilada cuidadosamente até que © volume atinja 'matea gravada a0 redor do gargslo do frase. pouco menos do que os 0300 M desejades, pois 0 soluto estaria disperso em um vo- lume ligeiramente maior do que 0 esperado. INDICE DE QUESTOES E PROBLEMAS (Nimero dos problemas om megrite) Mol 1,22, 23,26, 27, 28, 29, 30, 31,32, 33 Bulanceamento de equagéee7,8,9,10 Relagdes molazes 16,17, 18, 19, 20, 21,34, 35,36 Gteals «partir de equagBes $8, 59, 60, 61, 62, 63, Nimero de Avogadro 37, 38,39, 40 64, 65,66, 87, 74,77, 78 Pesneférmula 2,24, 25 (Cilealos com seagentes tmttantes 11, 68,63, 71, 72,73 ‘Composigao contesunal 41,42, 43,44, 83 Rendimento tebico, endimento ceatesimal 12, 70, 75,76 Formulas empiieas 3,4, 5,6, 46, 47, 48, $0, 51, 82,83, $4.88 Concontrago molar 13, 14,15, 79,80, $1, 82, £3, 84, 8, FOmmulw mobealares 5,45, 56,57 186,37 QUESTOES DE REVISAO 2.1 Em que sentido estBo relacionados entee io mol, a zi © agrosa? 22 Por que se prefere o termo pero-iGrmuta para algu- ‘mas suostancis, em ver do pero molecular? 24 Raplique, poreterito, qual é a diferenga smi féem- Js estrutura,fSemula molocula e formula empitice, 24 Qual # formula empirica de cada uma das seguintes eines? (a) (SHS,0, fe) CalhOs (i FeiOs 1) Cables (o) Abc lg) HgeS0, (ai Cotte 2.3 © cttlenogiol, usido como anticorgeiante perma- rete, possu #seguunte formula etrutural: i id nn 26 Por que a f6rmula mais simples de uma substincia 6 chamada de frrula cmpicica? Qual a defisigfo no dictoniri da palavra empitice? 2.1 Qual a importante et que é obedecida por ums feausedo quimica balanceads? 2.8 Tome belanceads, por inspegdo, ss seguintes equa- ses: (a) 2n$ + HCl—+ Zac + HS (b) HCl = Cr CrCl, + Hip (c) Al+ FeO, ALOs + Fe ESTEQUIOMETRIA: ARITMETICA QUIMICA / 58 (d) Hy ~ Ba > HBr fe) NaSiOy ~ le = Nal + Na,5,0, 2.9 Tome balanceadas.as sepuintes equapses: (a) FeCl, + NayCO,— Fe,(CO,)y + NaCl (b) NIAC + BAO), + BaCly + NH + HO (€) CaO), + HYPO, CayPO): + HO (G) Fed COs) + TSO, — Fey(SO,)y + H:0 + COs fe) NasO = (HY:80, > Na,S0, + H.0 + NH, 2.10 Tome balanceadas as weguintes equaydes: (a) GiHy + 02> CO, + H,0. (b) GH,O, + O,—> CO, + H,0 (6) Ove + H.O > HPO, (a) FeS; +O, FeO, + $03 (e) NHy—O; > NO + 1,0 2.11 Que a0 entende pelo tomo raegente mitente? Dos- teva por escrito como se Hentifiea © reagente Uk mame. 2.12 Que s enfende por rendimento teérico de uma ada mistura reacioral? Qual o sigifiendo de ren- CHCl, + TO corobenreso ——_cbortl. pot ‘Quantes quilogramas de DDT podem ser produzides 4 partir de 1000 kg de clorobenzsno? 2.55 A aspirina (que muitos estudantes tomam apés tri boathir om peotlemas de Quimica) & preparada pela eiglo do dcide saietlco (C,H,O,) com anidrido esti (C,H,05), de acordo corn azeagton CHAO, + CHO, — CHO, + GH.O. (asprin) Quantos pramss de deido sliiico devem ser usados para preparar dois comprimidox de asprina, de 325mg cada un’? 266A dansti'nitraina, (CH), NNH, fol usada como ccombustivel do mddvio de descids lamar da Apolo, Junuunenie com 9 N,0, tfguido como oxidant: s produtos da reapao entre 0s dois, no motor co foguete, 0 H,0, CO, eN.. (a) Escreva 1 equsgd> quimica balanceada pars a reaydo () Calcwe a massa de NjO, requerida para queimar SO kg de dimetithidrazina 1.67 A fermentagfo do agicar produz dleoo! tice, undo» equagzo forse CHO, EE 20,4,0H + 2€0, ‘Qual a massa makima de écoot que pode ser obtida putir de S00 g de asicar? 2.68 Sob condlgses aproprindss, acetiieno, C,H, © HCL ‘agen pars formar corte de nila, C,H,Cl. Esta substiaca ¢ usada para prodizg 0 plistico policlo- reto de vinih (PVC) foi considerada, rezentemente, ceurcinogénica. A equagfo para a reapfo é GH, + HCL —> GHC) Em uma dads instanca, 35,08 de C,H, #0 mist: rados com 51,0 gde HCI. (a) Qual oreagentelimitante? (6) Quantoseramas de C,H, Cl serio formador? (©) Quentos amas de reagente, em exceso, estario pds es completers rexgia? 2:69 O fosgénio, COCI,, ji fo! sao como gis de guern. Hie & venenos porqus, quanto inalado, reage co 4 gua nos pulmses, para produzir dcida clortdsio, HCI, que provoca graves danos pulmonares,levando, almente, # morte, A reagio quimica € COC}, ~ HO — CO, + 2H (4) Quanioy motes de HCI seido prowushdos pela veagso 0,430 mot de COci,? (©) Quintos gamas ‘de HCI serdo produzitos quando: 11.) gde CO, ferem formados? (©) Guantas moles de HCI serfo formados, s¢ 0,200 mol 4e COC, forem misturados com. 0,400 mol de HO? 2.70 Em uma experiéncis pica, um estudante eage ber zene, CyHg, COM DFMO, Bs, Como fim de pre pura’ bromobenzeno, CyHt,r- Este reaeo tam bém produx, come subprodato, ditromobenzeno, C,H,Br,, Com base ma equsgio eH, + Bey —> GH,Br + HBF 6 Qik gente dts ae cgayse aos arte poder ober, paindo Gr 15 9. berseno” (Rew nena treo) to) Nesta experi, 0. esudamte tere 2.08 4] Cliiery, Quam de Cyl delsou de tr converte en clive | (Gua flo rendered ett, ane secynane fa) able orendineno “271 Foin12, us oss coro ga eerie, 6 prorai pls eco tesinal pare esta ragto, BCC + 2SbF, —> 3CCLF, + 25HC, Freon 12 Se 150g de CCI, form mistuiadds com 1008 de Sor» fa) quantos gramas de CCP, poderio ser formados? fb) quantos gramas ¢ de qual reagente restarfo aps wr cosiado a reacdo? +272 acetileno, C,H, pode reagir com duas moléeules de Bx, para formar C,H, peas reapoes em série GH, + By — GH CaHiBry + By — CHB Se 5,00 de C,H, forem misturados com 40,0 ¢ de Br,, quais as massas de C,H,Br, © CJH,Br, a2 ‘se formato? Consider: que todo 0 C,H, reas +213 A prata escurece na presenga de sulfeto de hidsogt- hig (cheiro de ovo pode), em conssquencin da reayio 4ag + 2H:S +O, 2Ag8 + 21,0 sulle de (sulfeto de hidrogénio rata, preto) Quanto de Ag,8 poderd ser obtide de um misma 420,950 g de Ag, 0,140 gde H,Se 0,0800 g de 0,” +274 0 alvalade, piemento wado em tintas A base de chombo, éproduside poles oagSes 2Pb + ZHCHjO; ~ Op — 2POHICHOe &PDIOHIGHjO, + 2CO, — Pb,(OH),(CO,). + 2H,0 + 3°&(CH,0,), alwige fa). Partinda de 20.0. de Pb, quantos gramas de alvainde odetto ser prparados? ©) Quaatos gramas de CO, se1¥0 neversiios, © 140g oe 0, forem consumidos na prime reagio? Corsidere que todo o Pb, na primeira reayao, & completa rente convertido em produtos da segunda reap 12.5 Um quimico dosja sinttizar um certo composts aque fem um pose molecalar igual 8 100. A sintese equer sels etapas consecutivas, cada uma das quals dando 30% de rendimento (calculado em base molar). Se eb comegar com 30,0 g de maténa-prira com un peso molecular 80,0, quantos gramas de produto final serio obtidos? Quantos gramas de ma- ‘siapeima serfo necessérios para piodurir 10.0¢ o produto final? °2.76 Em uma reagdo ene metano, CH, € tlbr0, Cl quatio produtos podem ser’ forttados: CH, CHC, CHC, © CG,, Em dads situacio parti cular, 208g de CH, reagiram, produzindo $0 g de CHC, 25.52 de CHCl, © 59.0 de CHC,. Todo oC, reagiv fa) Quantos gramas de CCL, foram formados? 18) Baseandose no Cli, disponive, qual o rendimento twice de Cc? (©), Qual fo1¢ rendimerto centasimal de CC), {4} Quantos gramas de C1, reagican con ©\CH,” (Note 0 hidrogénio tembém combina com o Cl, para fommar fia) 177 Uma roche fosfitica, Cay (PO,)3) € tratada som 44cdo suifrico para preduzir fertlizance fostatado, Ca(PO,), + 2H,50, + 4,0 — CalHyPO4), + 26a80-2H,0 fertiizante fosfatado Quantos quilogramas de feito sutirieo sexo neces- sitios para reapir com 25 kg de roche fosfitica’ 278 Quantos quilopramas de amGaia podem er prod ‘ifor a partir de 650 kg do H, pela reagfo Ny} 9H, 2NHy! 299 Caleate a concertragao molar (molariande) das se- uintessolucdes {@) 0,250mol de NaCl om 0,400 dm? de solugion (b) 1,45 mol de stcarose em 345 em? de solugio ESTEQUIOMETRIA: ARITMETICA QUIMICA / 6 (©) 195g deH,S0, em £78 en? desaluao {@) 89,0 gde KOM on 05200 din? de solv 2.80 Caleule a concentracdo molar (molaridade) das se uintessolngies G@)_ 135 moles de NIL,CI env um volume total de 2.85 om () 0422 mols de AgNO, em um volume total de lem? (©) 309 ¥ 10-* mot dz KClem 10,9 em" de solugio (@) 480 ¥ 10"? g de NaHCO, em 28) em’ de solugio 2.81 Um linet (mmol) § 10°? mol. Suponha qve ila centfnetro cio de ama soligfo contoaha 025 mmol de NaCl, isto €, una conceatiagdo 460,250 mmol em"? (@) Caleule a concentrapo dena solugds na unidade mot dm? () Qual concentrags molar des sudo? () Qual a rolagla: numérica entre os vilores das concen: tagior expreseat em mol dm”? e mmolert*? 2.82. Saponita uma solugto de carbonate de litio, Li,COs, uma droga usada no tratarnento d> depresio, rotu- ada como 0,250 M- (a) Quintos moles de Li.CO, esto presentesem 250 em" dex solncio’ () Quantor gramas de L solagdo? (2) Quantos centinetios cibicos da solugso seefo noess séros para forneces 0,0300 nol de L,CO,” {@) Quumtos centimetos cabieos da solugao serao nocessi- ‘os para fornecer 0,0800 g de Li,CO,? 2,83 Unis glug foi conulids como KOH 0,378 N. (a) Quantos centimetros cUbisos deta solngg0 280 neces srios pera se ter 0,100 mol de KOH? fo) Quantos molts de KOH exitem em 45,0 cn” dessa solugio? {e) Quuntos centimetios eibicos dass solugzo sao neces: sirios perase obter 10,02de KOK? (4) Quantos guamas de KOM existem em cada centimetto ‘sien da solagto? 2.8 © acetate de calcio, Ca(C,H,0),,6 uma substin- ces usads juntameate com ¢ alcool matilico para fazer ¢ “calor enlatado” (combustivel sido vendito em latas usadss como forareins nos acampamentos) ‘Quantos grams de acetato de cdcio sero necessinos para preparar 2,00 din? de ama volugio 0,250 M? 2.85 Quantos grams de nitrate de potdssio, KNO,,sf0 necessirins para se preparar 250,0 cm” de unias0- Ingo 3,00 x 10? MP 2.86. A formula do sal de Epsom € MgSO, - 7H,0. Quas- tos grimas de sal de Epsom sao hecessrios para preparar S00 cm" da solugdo que pode ser rotulada conto "MgSO, 0,150 M" 2.87, © sitmato do preta (AgNO), em 20,00 cen? Ge v- Ingo, seagin com 0 cloreto'de widio de acordo comm asequinte equaszo: AgNO,ag)~ NaCltaq) —+AgC) ~ NaNO, (2) 0 AgCL {01 recothido, se © possdo dando 0.28678 ‘Qual foi a concentragd9 molar di solugéo orginal de AgNO,? {C0 existem em 620 cm? fa 3 ESTRUTURA ATOMICA E A TABELA PERIODICA Muito do nosso conkecimento actrea da estrutum Interna dos 4tomos tem mus crigens no fato de aque es itomos 56 slo capazes de perder certs quantidades espevficm de energla que podem parecer como juz de uma determinads cor. Num “laser”, muitos étomos petdem energia simul lareaments, produziads um fscha de lur muito intenso (intenso o sificiente pars perfurar ur tra recortando um panel de titinio que sera parte integsar- ro / QuIMIcA GERAL 31 ‘A NATUREZA ELETRICA DA MATERIA Figura 3.1 “Tubo de descarga em eds As tbrpadas tuorescontas ‘ondingres 80 tudor ce ‘escera am ger ‘omendo vapor de ‘mercirlo. Quando oeerre ‘adescarps. 0 mercirio leit iz @ asta faz om ‘que ume rubetincie foctoreconte na euserticie ‘interne de lade omiea we bewnce, A ‘eoria atémict, como proposta por Dalton, representou umia grande revolu- $40 no desenvolvimento da Quimica. Todos os eéleulos que o leitor sprendeu a exe- utar no capitulo anterior eatfo, de fato, baseados em sua idéie de que os itomos de cada eleraento tm uma massa atomica earacteristica. Ainda que a teoria de Dalton fenha justificado as relaedes de massa cbservadar nas reagGes quimicas, ea ndo fo: capaz de explicar por que as substincias reagem de forma como se observe. Podiest detcrminar, por exemplo, que um itomo de oxigénio era capaz de reagit com um maximo de apenss dois tomes de hidrogénio, mas ninguém entendia 0 porque Além disso, a medida que surgiam mais evidéncias, tomavase cada ver mats clare que a imagem simples de um diomo indivisivel ndo era mais suficiente para explicar {odos 0s Talos, ¢ foi por um processo fascinante de reunis pedagos de informagSes que nossa visto corrente do 4tomo se cesenvolveu. Neste capitulo, vetemos como nose conhecimento atual da estrutura atomica foi desenvolvido, e como uma com reenséo da estrutura atOmica pode ajudar a explicar eeorrelacionar muitas proprie dades quimieas efisicas dos clementes. Em 1834, um cientista inglés chamado Michael Faraday relatou os resultados de ex: periéneias, mostrando que uma transformago quimica padia ser causada pela pases Bem de dletricidade através de sotacées aquosas de compostos quimicos. Estis experiéncias demorstraram que a matéria possuia uma natureza eléiriea e conduziram G. 1. Stoney, 40 anos mais tarde, a propor a existéncia de pacticulas de eletricidade a que chamou de elétrons. Ao final do Séc. XIX, of fisicos comegaram a investigar a condi¢go da corrente clétrica em tubor de descarga em gis. ses tubos, feitos de vidro, eram totalmente vedados e com uma peya de metal (chamads eletrode) em cada extremidade (Fig. 3.1), Foi constatado que, quando uma alta voltagem era aplicada através dos eleto- dos ¢ 0 ar era parcialmente removido do tubo, podiase observar uma corrento elétrica — uma descarga elétrica — 0 0 ar residual dentro do tubo iluminavarse. (Os letreiros ¢ antincios luminosos seo versoes modernas dos tubos de descarga em gases ‘as quais 0 nednio ou outros gases so usidos em vez do ar.) Quando todo 0 gis ra virtualmente removido, nfo havia mais « produgSo de luz, mas a descarga eléiica contiruave. Observouse que, se fasse colocado entre os eletrodos um antepero co- brio com sulfeto de zineo fluorescente (semelhante Aquele encontrado em um tubo de imagem de TV) este brithava do lado que estava voltado pere o clotiodo negativo (© satodo). Isto demonstrava que a descarga se originava no citodo e flua para 0 eletrodo postivo (0 anodo). Esses “raics", como foram chamados, receberam 0 ‘nome de raios eatidicos, ESTRUTURA ATOMICAE A TASELAPERIODICA / 67 (+) 5 a ® Fauraa2 ‘Awuna propriedades dos Investigaydes postariores mostraram que os ralos catbdicos: soseatOticos @) Os sus eatbeteos sto rnormelmente caminham em linha reta: delinciam sombras; podem girar um pequeno moinho colocado em seu caminho, sugerindo que les sa formados por particulas; 4. aquecem uma folha metilica colocada entre os eletrodos;, 5. podem ser curvados por um campo elétrico ou magnético, numa direyao tal que se dedur serem 2s particulas eletricamente carregadas e que a carga 6 rnegativa (Fig. 3.2); 6. sfo sempre os mesmos, independente de aaureza do material que compde of eletrodos ou da expécie de gis residual do interior do tubo. sketletdos por um campo ciettcoe «) por um ‘campo magntico, Lin tubo de imager de um {slvisor modemo. Estas observagdes sugeriam que 0s raios cat6dicos eram formados de particules cenergéticas, carregadas negativamente, as quais faziam parte da constituigio de todas as substincias conhecides, Tals partfculas sg0 chamadas de part‘culay funda- rmentais ¢ as particulas dos raios catddicos sfo, na verdade, os elétrons descritos por Stoney, 'A descoterta de informagGo quantitativa sobre o elétron foi feita em 1897, quando J. J, Thomson, um outro cientists inglés, usou um tubo ge ratos catodicos bastante similar 20s atusis tubos de imagem de televisto para medir a razo entre a carga ¢ a massi de um elétron, Este dispositivo € mostrado, esquematicamente, na Fig. 3.3, Os elétrons produzidos no catodo sto acelerados para 0 anodo perfurado, Al- 68 / QuIMICA GERAL igura 3.3 Um tubo de ros at6dicos usado para medit a relagdo carge-massa 0 elton, A trajtbria de uma particule ‘arregada em movimento 4 strtada tonto por canpos elsticos como por campos magndtcos, 3.2 ACARGA NO ELETRON Buns eléirons passam através do ocficio ¢ prosseguem seu caminho, checando-se, em. ‘com i parede do tubo, recoberta com substincia fosforescente, ¢ produzindo um: ponto brilhante, Colecando-se placas, com cargas opostas, acima ¢ abaixo do tubo, © feixe € defletido em diregfo & placs positiva e chocase com a parede do tubo, A A quantidade de deflexdo que « particula softe & diretamente proporcional & carga, ito é, ums particula com carga negativa grande serd atraida pars a place pos tiva mais fortemente do que ums com carga pequena. A quantidade de deflexdo também inversamente proporcional 4 massa da particula, porque ums partie muito pesada, 20 passar entre as placas, ser menos afetada pela atragdo eletrostati do que uma particula de masse menor. Esta diferenga é semelhante & Forma com qi ‘uma brise afete a trajetdria de uma bola de futebol e usa bole de pingue-pongue, esta Altims muito mais leve, As influncias da carga e da massa sobre a quantiads de deflexfo podem ser combinadas dizendose que a deflexzo observada depende di facto ontre carga, e, ¢ a massa, m, das particulas, Esta é a razio carga-massa se bolizada por e/m. Se um campo magnética € gerado em Angulo reto 20 campo elétrico, como & ‘mostrado na Fig, 33, 08 elétrons sf0 defletidos na diregdo exatamente oposta& que @ causada pelas placas carregadas eletricamente. Na auséncia do campo elétrico, feixe de elétrons & curvada pelo campo magnético, de modo que colide com a super fivie do tubo, em C. Na prética, Thomson aplicou um campo magnético de intensidade conkecida através do tubo e verificau a deflexio do feixe de elstrons. Foi, entfo, aplicada carga as placas, aé o feixe retormar a seu ponto original de impacto, B. A partir das inten sidades dos campos elécrico e magnético, Thomson calculow a razdo canga-mass,e/m, para o elton igual a ~ 1,76 X 10 coulomby/grams. O coulomb (C) é a unidade de carga clétrice no SI. E a quantidade de carga que passa por um determinado ponto de um fio quando se tem uma corrente de 1 ampére (1A) fluindo por um segundo, Ema tenmos mais comuns, se estivermos usando ums limpsds ordiniria de 100 watts tle esterd usando uma corrente de 0,83 A. Levaré 1,2 segundos para que a carga de um coulomb paste através da lémpada. Um coulomb representa, portanto, um quintidade de carga relativimente grande ¢ os resuliados da experiéneia de Thomson indica que 0 elétron possui ume carga elétsica muito grande ov uma massa muite pequena. A carga no eletron fot determinada por meio de uma bela experiencia levada t efeito, em 1908, por R. A. Milikan, na Universidade de Chicago. Em seu aparelho, ustrado na Fig. 3.4, uma fina névoa de goticulas de 6leo foi aspergida sobre um par Figura 2.4 i xperifneia da gota de ee, de Miike Oe aioe X sf0 ume Forme se de ata energie podem srrancareiétrons das arcu: que os sbsorvrem, E por isto que time dose grande de ‘aie X¢ perigasa area ae 3,2 10°* ESTRUTUAA ATOMICA E A TABELA PERIODICA | 69 de placas metélicas poralelas. As gotfculas passavam através de um orificio na placa superior e 0 ar entre a5 placas er irradiado por raios X por um pequeno espaco de tempo Os elétrons arrancados dos étomos do gis pelos raios X eram captados pelas gotisulas de leo, o que thes dava, desia forma, uma carga negetiva, Millikan cons {alox que, mediante a aplicagéo de uma carga elétrica as placas (place superior po- sitiva placa inferior negativa), 2 queda das gotas carregadas negativamente posts ser tomadi mois lenta ou interrompida. 0 conhecimento da masse de uma gota (medida pela observagdo de sua velocidade de queda, na auséncia do campo elétrico) € quantidade de carga mas placas necessirias para manter a gota suspensa permitiram a Millikan calcular a quantidade de carga na gota. ‘ApOs realizar sua experiéncia inimeras vezes, Millikan observou que a quantida- de de carga nas gotas de leo era sempre um miltiplo de — 1,60% 10"! coulombs. Ele raciocinou que, como as goias de leo podiam adquirir um, dois, ués ou mais ‘tins passa porsegunde, elétrons, a carga total, em qualquer gota, devia ser um miltiplo da carga de um elé- vtraits do bulbo do.uma limpada elérrica de 100 Wattenquanto ale extd ‘aad 33 PARTICULAS POSITIVAS E O ESPECTRO- METRO DE MASSA tron isolado. Isto sugeria que carga do elétron era — 1,60 x 10-1? coulombs. Uma vex medida a carga do elétron, sua masst, 9,11 x 10°** g, foi obtida daa conhecida razio cargs-massa. Se vocé eserever este nimero na forma decimal comum, seré capaz de apreciar qudo inerivelmente pequeno é 0 elétron. As coisas ordindrias que enconteamos todo dia so eletricamente neutrat Portanto, uma vez que os eétrons cariegados neyativamente Fazem parte de todas as coisas, devem existir, também, em toda matéria, particulas cartegadas positive mente. A pesquisa por estas particulas positivas comegou com experitncias. que uusayam tubos de descaga em gusts com catodos perfurados, desenhados especial mente part isto. Quando uma corente elétrice passava pelo tubo, observavam-se fachos de juz provenientes dos fures na parte de tris do eletrodo negativo (Fig. 3.5). Estes foram chamados de “raios eanais". Durante uma descarga eléttice, os elétrons emitidos do eatodo colidem com os ‘tomos reutros do gis, arrancandohes elétions. On étomos, pela perda de elétrons, tornam-se fons cartegsdos positivamente (um fon € uma particala carregada eletr- camente que se forma quando elétrors so edisionados ov removidos de um dtomo ou de moléeula neutra). Estes fons positivos sfo atrafdos em diresfo 20 estodo Embora a maloria deles colidam com 0 catodo, alguns passam pelas perturagdes & emergem na parte de trés, onde sfo obserrados como os “raios canals”, Se aparede da parte de trés do tubo de descargi 6 coberta com ums substincia fosforescente, 70 / QUIMICA GERAL Figura 3.5 aios canais. fons postivos, que pasa staré dos orificios no catodo, apiresery come rainscanats or detefs du eletendo, \Véom-se pontos leminosoe quando oles colidem com Fofarescents, na extremitade do tubo. também podem ser vistos pontos luminosos onde estas pariiculas positivas c ‘same com a parede Um instrumento projetado para determinar a razao carga-massa de fons post vos chama-se espectrometro de massa (Fig. 3.6). O material em estado gesoso & i troduzido em A e ionizado — convertido em fons ~ por uma descurga elétrica atra os eletrodos B e C. Os ions positivos assim produzidos séo acelerados através rede em malha, £. A medida que eles passam através das fendas Fe G, formam feixe extreito, que & alimentado entre vs péios de wm poderoso imi. 0 campo m: tico age defletindo as particulas em trajet6ria circular, com o grau de curvatu determinado pela raz cargamasta dos (ons. Para fons coma mesma cargi, 05 ra do curvatura dependem de suas massas, sendo uma particula leve mais defletida uma outra mals pesida, Para os fons com a mesma massa, o grau de curvstura trajet6ria € ditetamente proporcional as suas cargas, Ajustando-se a intensidade campo magaético, os fons com qualquer razio ejmn desejada podem ser focalizad no detector #. Tons com alts razoes ¢/ sto mais deflesidos por exemplo, para enquanto aqueles com e/m menores so menos defietidos (por exemplo, para Q). ‘A medida de e/m para particules covela us soguintes informagdes: 1, 05 fons positivos sempre tém razGes ena muito menores que as dos elétro! Isto quer dizer que t8m massa muito maior que o elétron (isto 6, m¢ é mui frande) ou que possem cargas posttivas muito pequenas (Isto ¢, ¢ € queno), Uma vez que so fonmados a partir de tomas neuttos pela per do elétrons, a carga que transportam é igual A magnitude da carga do eléte ' 34 RADIO- ATIVIDADE No Cap, 24 dscutremos a ‘adoatvidade com mais cbr. 3.5 0 ATOMO NUCLEAR ESTRUTURA ATOMICAE A TABELAPERIODICA / 77 ou a um miltiplo inteiro desta, Portanto, a fim de terem uma saxo e/m ‘muito menor que a do elétvoa, suas massas devem ser muito maiores ‘A raat o/m & dependente da natureza do gifs introduzido no espectrémetio de massa, o que mostra que nem todos os fons positives tém # mesma razio e/m. Quando 9 hidrogénio, o mais leve de todos os gases, € colocado no espectr’ metro d> massa, a e/mm encontrede para o fon hidrogenio € +963 x 10°C g Este é a maior e/m observada para qualquer fon positivo. Assim, considerase que ‘© fon hidrogénio representa uma particala fundamental de carga positiva, 0 proton, ‘Um dtomo de hidrogénio neutro, portanto, € composto de um elétron ¢ um pro- ton. Se compararmos as ra7Ges cargismassa do proton ¢ do elétron, constataremos que © proton 1836 vez2s mais pesado que o elétion, Assim, quase toda a massa do étomo esti assoctada, de alguma forma, a sua carga positiva. Os aiomos que possuem massas maiores do que 0 hidrogénio contém mais do que um prSton e cada dtomo de um elemento particular posmai © mesmo nimeco deles. O niimero de protons num domo de um elemento ¢ chamedo 0 nimero ato- rico do elemento. Veremos mais tarde como se meitem os niimesos atdmicos. Em virtude de os fons serem formados, x partir de particulas noutras, pela digo ou perda de elétrons, cada um dos quais adicionando ou retirando 1,60 x x 10°! coulomb de carga, é corveniente expressar a5 cargas destas particulas em unidade desta dimensée, Por exemplo, o elétron teria 1 unidade de carga negativa "Nesta escala, temos, assim, uma carga de | —. Duas unidades de carge positiva seriam representadas por 2+, Comumente, indicamos a carga em um fon formado de um ‘tomo esctevende 0 niémero de unidades de caige positiva ou negativa com um fndize superior do lado cireito do simbolo cuimico, Assim, o fon He** ¢ formado do tomo de hélio pels perda de dois elétrons. O ion 0?~ & formado a partir de um éto- _mo de oxigénio pela adigdo de dois cletrons. Os dtomos de alguns elementos ndo so estavets. Eles emitem, espontaneamen- te, radiagées de varios tipos. Fste fendmeno, chamado radioatividade, foi descoberto por Henri Becquerel em 1896, As substincias radioativas emitem tr6s tipos impor- tantes de radiagao. 1, Radiago alfa, formeda de fons He?*, chamades particulas alfe (part cules @, 2, Radivgdo beta, que consiste de elétions, neste caso, chamados rarticulas ‘beta (partisulas fi. 3. Radiagao gama (raios 7), altamente energética, corsistindo de ondas de luz altamente penetraniese semethantes aos raios X. © fendmeno de radioatwidade fornece, ainda, mais uma evidencia de que os items nfo sfo particulas indasirutfveis e que eles contém partes ainds mais simples. Um dos pascos mais significativos no desenvolvimento do nosso conhecimento sobre a estrutura do dtomo fol dado por Emest Ruthertord, em 1911. Anteriormen- 18, pensava-se que o tomo tivesse, aproximadamente, uma densidade uniforme em todo ele, com 0s elétrons embebidos em uma esfera de carga positiva, formando um conjunto muito parecido com as passas em um pudim. Com esta viséo mal defnida do Stomo em mente Rutherford atribuiu a um dos seus estudantes a tarefa de medir 72 | QUIMICA GERAL Figura 3.7 G) Purticnlas @ eipalhades por mz fous de metal (6) berexto das parrfouks ‘ayem irtude das ropubsesentreas particules ‘a careeidis positivamente 0s nlcleos também cearregados posivimnente 3.6. O NEUTRON (Cade deamo de um docs sternenco possul 0 -esryo tiero atomic, ‘ms 09 numero de néuirons pode vera. o espalhamento das particulas alfa que se projetassem de encontio 4 uma folha f de ouro. A partir dos resultados de suas experiéncias anteriores, Rutherford esper que as particulas @ passassem através da folhs, virtualmente, sem serem perturbad 0 que era consistente com uma distribuipgo mais ou menos uniforme das car positives e negativas. Apesar disto, ele sugeriu que o estudante verificasse se nenht particula « era espalhada pare angulos grandes ¢ ele ficou surpreso ao saber que al mas eram, Na verCade, ele verificau que algumas particulas a pereortiam a trajet exatamente oposta, em direggo a fonte, 0 que significava que elas haviem encontx tlgama ccia positiva e de massa extremamente grande (Fig. 3.7), ‘A tmica manera pela qual Rutherford pode explicar por que & maior parte particulas é pastavam facilmente através da folha, mas umas pouzas eran Sv 2 angulos extremamente grandes, foi coneluir que 0 stomo possufa um niicleo por sitivo, muito pequeno e exiremamente denso, que continha todos os protons e prati camente toda a massa do dtomo, Uma vez que 0 nécleo contém a carga posit tno dtomo, segue que os elétron: deve estar distribuidos em algum lugar éo volume restante do tomo, B ifici imaginar qudo extremamente pequeno um niicleo é. Seu didmeira 6 de aproximadamente 10°! em e pode ser comparsdo com 0 atomo exjo Mie uae. unr eran mans be mee tered empacotada neste pequeno nicleo, « densidade do material nuclear € enorme — em tomo de 10! gem”?, Para 20 ter ums idéia de quio grande esta densidade &, ima gine se todos os nticleos de um carregamento de petréleo, de un dos maiores super tanques do mundo, pudessem ser confinados de forma que eles se tocassem, eet ocupariam aproximedamente somente 0,004em? — cerea de um décimo do vo lume de uma gots ce dgua — mas eles tertam uma massa acima de 180 gigegramas 8 10 kel! Rutherford hevia observado que apenas cerca de metade da massa nuclear podia set Jjustificada pelos protons. Sugeriu, portanto, que particulas de carga zero © de mass aproximadamente igual i dos protons também estavam presentes nos ndcleos. A existincia destas partioulas foi confinmada, em 1932, por um cientista inglés, J Chadwick, que bombardeou berilio com particulas a ¢ descobriu que exam emitidat particulas no carregadas, altamente energéticas. Estes pasticulas, chamadas néutrons ‘ém uma masa ligeiramente maior que a do proton. ‘As propriedades dos trés maiores particular encontradas em um tomo este descrites na Tab. 3,1, Em resumo, um dtomo ¢ composto de um niclee derso que contém protons © néutrons, Estas particulas fomecem, aproximadamente, toda « 37 ISOTOPOS O nimaro stbmicos Ieqiemtamonce omitide #0 we rawcticar um istope, doit o smeoro axomico Yomace 3 mesma Jnformayio. Assim, 40to 0 "3C como 9 °C resentar 0 carbone: 12. ESTRUTURA ATOMICAE A TASELAPERIODICA / 73 massa do dtomo. O nUecleo estd rodeado de algum modo pelos elétrons do atemo, que estdo distribuidos de alguma forma por todo o volume testante do étomo. Tabels 3.1 Algumas propriodados dae particulas subatOmicas esse Corea Cees Unifeadar de Masia Gromas _‘aamies ju) Coutomis Préton Ler te 1007276 3,602 <0" Niwtron Lay 10-# 7008685 0 0 Ejétron BEI pgg0nsEs> = 1602 = 10 L No Cap. 1, obsexvamos que, contrariumnente & hipotese original de Dalton, nem todos os tomas do mesmo elemento tém masses idénticas. Kelertmo-nos a estas Giferentes espécies de itomos como is6topos. A existéncia de isotopos é um fend- ‘meno comum, € @ maloria dos elementos ocorre, naturalmente, como mistura de is6topos, ‘Como veremos a seguir, ax propriedades de um elemento sfo determinadas quese que inteiramente pelo numero e pela distribulgdo dos seus elétrons. Portanto, 60 mimero aidmico (ou mimers de protons) que serve, indiretamente, para distin- (guir 0 dtomo de tim elemento do dtomo de outro, wma vez que o ruimero ce elétrons deve ser igual 4o niemero de protons ent umm étomp eletricamente neutro, Em otras rralavras, um simero atomico de um stomo identifica que elemento ele é. Qualquer Giferenga de massa existente entre dtomos do mesmo elemento deve, enti, origi- narse de diferentes nimeros de neutrons. Determinado isstopo de um elemento ¢ identificado mediante especificago do seu nimero atbmico, Z, ¢ do seu nimero de masse, A.O niimero de massa é a soma do niémero de pidtons @ néutions no dtomo, O nimero de néutzons presentes pode set obtido pela diferenca A — Z. Indicamos um stomo simbolicamente escrevendo 6 niimero de massa como indice superior ¢ 0 nlimero atémico como éndice inferior. Ambos precedendo o simbolo atomic: a Zz Por exemplo, ura étomo de carbone (nimero atdmico = 6) que coatena seis néu- trons terd um simbolo '}C. E este ishtopo do carbono, casualmenie, que serve como hase da escala cortente de pesos atémicos, isto é, « massa de um atomo de '3C & definida exatamente como 12 unidades unificadas de massa atémnica (0). © fato dos atomos de um dado elemento poderem diferir do numero de néu- trons que eles contém tem sido aproveitado na pritica. Um exemplo é a datagio arqueolégice. Isétopos radioativos, tal como '*C, softem transformagdes nucleares, que 05 levam a se transformar em outros elementos. Atomos de carbone 14, por exemplo, so| instaveis e, durante um periodo de tempo, emitem uma particula beta transformando-se em um étomo estével de '$N, Esta transformagZo gradual dos 4to- mos de "{C em uma amosira pelt emissfo de particulas beta & chamada de decai- mento radioativo desse isotopo. Pelo conhecimento da velocidade deste decaimento 74 / Quimica GERAL Maite muito preci das aes dot itepos © Get suas aburdinces relntives i ats usados 9 especirometre ae mass | ¢ pelas abundincias relativas de '*C e 1?C (um isbtopo nfo radioativo do carboro| ‘nos materials fosseis ¢ nos organismos vivos ¢ que Se pode estimar a idade de ‘si (Outta aplicagdo dos isbtopos radinativos 6 feita na quimioterapa. O tratarten do cancer da uzeoide, por exemplo, ¢ efetuzdo através da administrapao cuidados de doses controladas de ‘1 radiostivo, que se concentrs na plindula da tiredid onde a radiagdo produzida pelo '*"1 causa a deatruigo das eélulas cancerosas. Nes caso, fuze uso da tendéncia natucal do corpo em concenttar iodo (tanto radioatv ‘como no radioativo) na glandula da tiredide. Como observamos acima, quase todos os elementos encontrados na naturezt ocorter como misturas de sotopos. Por exemplo, o elemento cobre contém 0s topos $3Cu e $5Cu, cujas messas foram acuradimente determinadas, sendo, fee | tivamonte, 62,9298 » 64,9278 u, Suas cbundincias relativas 20 69 09% e 30.91 © peso alOmico observado do cobre, 63,35, € obtido como ume media das m isotdpicas ponderada, de acordo com es abundéncias relativas de cada isOtopo, cor forme mostiado no Ex. 3.1 EXEMPLO 3.1 SOLUCAO Usando 06 dados fornscidos no parigrafo anterio, caleule + massa atSmica média do col A quantidade de massa com que cada inétopo contibul para a manta at@mics média igual 19 ‘produto de sua massa multiplicado por sua ebundincie fracioral (abundéneia petcentual divi por 100), Seu 62,9298 x 0.6909 = 43,484 j Cu 64492784 x 0,309 = 2007 a total 6550 38 ALEIPERIO- DICAEA TABELA PERIODICA Pare concluis, observemas a distingo entre 0 ntimoro de massa de um isGtopa €-a.sua musi real, O niimero de masse € simplesmente « contagem total do numera de prétone mais 0 de néutrons,e nfo é exatamente igual 3 massa do stomo, Os cientsta, em 1800, é haviam acumulado uma quantidade signifcativa de informasses relotivas & propriedades Fsieas © quimicas dos elementos conhocidos, Este conhecimtento, todarie, consista, em grande parte, de fatosisolados, no rela cionades entre si, e necessitavam ser correlacionados de alguma forma, pata que seu significado global puseise ser comproendido. As primeirsstentatirar de classificagie dos elementos tiveram apenas sucesso limitado, SO er 1868 ¢ que fol imaginada a tabela periddica, que deu origem a usada atualmente. Essa tabela tesultou do esforge de dois quimicos, um rusio, Dmitri Mendelosy, « um alerdo, Fuliue Lothar Meyer, que trabalharem independentemente ¢ estabeleveram tabelas similares mais ou me fos na mesma época. Mendeleev apresentou os resultados de seu trabalho a Sociedade Russa de Quimica no comeyo do 1859, enquanto a tabela de Meyer 26 epareceu ex dezembro desve mesmo ano, de forma que, geralmente, se asibui a tabela periods a Mendelee, Mendeleey foi um professor de quimics e, enquanto preparava um lvto did tico para seus alunos, descobriv que, se arumasse o7 clementos na ordem do att mento dos pesos atomicos (os nimeros atomicos ainda nfo eram conhecidos), elementos com propriedades semethantes ororriam em intervales peidticos. O genic de Mendeleev estava presente no fato dele dividic esta lista de elementos em sie ESTRUTURA ATOMICAE ATABELAPERIODICA / 75 Grupo | | Gupettt | Grupety | Grupav Grupo vi | Grupo vil | Grune Vit) a alee fla hae DE i 3 Na23 | Mg24 [alors | Si 28 pars cso | | 4 K39 [caso |—a4a [tise [vst crs2 | mins fe 6 | Rb 8s | sraz vt BB Zoo | Mo 96, Ru 104, Rh 104 | Pd 105, Ag 100 7) iag toa} edtt2 [in iia | sara | sh12? | Tete | a oiy pay jar feet = = = =| | ga] [- i = = = [of = aaiso |tate2 [wis | — 0s 195, F517 | Figura 3.8 Tabela pevidicn Mepdebey (1871). Os nimaros que aparscern jntamente com os sinibolos slo os seus ses de Linas e empilhé-las, com os elementos de propriedades semelhuintes arrimados ‘m colunas verticais chamadas grupos (Fig. 3.8). Mendelecy insistia em colocar os elementos em colunas, mesmo que isto implicasse deixar alguns espagos em branco na tabela. Ele interpretou que os elementos que a preencheriam ainda ndo havin sido descobertos. Ele também precisou inverter a ordem crescente de pesos atomicas do telirio ¢ iodo, cujos pesos atOmicos, em 1869, pensava-se ser 128 € 127 4, Bles forim colocados na tabela em ordem inversa (de acordo com os pesos atomicos) porque suas propriedades impunham que © tehirio fosse colocado no Grupo VI e 0 iodo no Grupo VI Uma vantagem da tabela de Mendeleoy 6 que, por ela, foi possivel predizet as propriededes dos elementos que faltavam, pois 0s elementos agcupados em ums mes ma coluna tinham que ter propriedades similares. Por exemplo, 9 germinio, que se situa abaixo do silicio e acima do estanko, no Grupo IV, nao tinha sido descoberto ‘quando Mendeleey construiu sua tabela. Portanto, aparccia um espago vazio nesta posicdo, Com base a sua posicdo na tabela, Mendeleev previsse que 2s propriedades ido germinio, que ele chamou “ecasilicio”, deveriam ser intetmediinas entre as do siliclo ¢ a8 do estanho. A Tab. 3.2 mostra qudo préximas estdo as propriedades que foram encontredes para 0 germinio, quando este foi descoberto, em 1886, das propriedades anteristas por Mendeleev ‘A nevessidade de inverter a ordem com base 10s pesos atdmicos dos elementos ina fabela, como ocorreu com 0 telério ¢ 0 iodo na tabela periodica, repetiu-se apos 1 descoberta dos gases nobres. Verificouse que 0 peso atémico do argonio (39,9 u) ‘era maior que o do potisio (39,1 u); todavia com base nas propriedades quimicas. © potassio pertencia, claramente, a9 Grupo I (egundo 0 argonto), enquan- to que o aigénio tinka que ser incluido em outro grupo, junto com os demas gases nobies. Estas inversées nifo representam, na verdade, nenhum problema, e 0 arranjo correto ¢ obtido quando os elementos sdo colovados na ordem orescente de numeros r eee 76 / QUIMICAGERAL Tebela 3.2 Propriedades previstas para o ot Prevists pow ——Aceitar Propriesades suc Estanto Frasilicio —etuaimente pore cs) © germanio Peso atémico (u) 28 ue n nso Densidate (gem *) 233 1.28 58 33 Ponto ds fasz0 (°C) m0. m Alto oer Forma fica ‘Niowetalcines Metal branco Metal cinza Metal cinza temperature ambiente Rengses com cides ‘Acido — no reage Atacado lentamente Atacade muito reage com cides edie ‘Atvals ~teaggo por dcidosedlcalis_lentamente pore alesis, feta feilos-edlealis concentrador 4 4 4 4 Formula do cloreto sic, sna, esc, Gee, Densiladedoctoreto 1,50 223 19 4,88 Ponto de ebuliciodo 576 na 100 a4 cloreta CC) atimicot em vez de pesos atimicos. Isto nos leva ao enuncisd® moderno de petibdiea: errumando-se os elementos quiinicos em ordem crescente de ruleneros a ‘micos, obseria-te uma repeticto periddica de propriedades fisicas e quimicat. Asi € a carge nuclear que se ascocia £0 mimero atémico « ao nimero de elétrons no ite ‘mo ncutro, que Sf0 importantes paca se determinar a seqincia na qual 0s element aparecem pa tabela peri6dica, sendo os responséveis pelas suas propriedades. ‘A tabela periédica atuslmente em uso (algumas vezes chamada de f “longa” da tabele peribdica) ¢ mostrada na Fig. 3.9. Vemos que, como 4 tabela Mendeleev, ela ¢ formada por um nimero de colunas verticais, chamadas grupos, cada um contendo uma familia de elementos. Estes grupos sfo identificados por um omens ice” 7° —algarismo romano ¢ uma letra, A ou B, Os grupos de IA até VILA e 0 grupo O sf essvert wmehoncesentve designades, coletivamente, como elementos representatives, enquinto Os grupos ‘h-de mesma forma IB até VIB © 0 grupo VIII (na verdade, composto por t12s pequenss colunat ave os membros de va centro da tabels) censtituem os elementos de transigio. Exister siniaidades ent ‘mame fami: ds @ «as propriedades dos elementos dos grupos A eB: entretanto, estas sfo, normalmen gsreeenee muito fracas. Finalmente, vemos que existem dua linhas longas de elementos eolosados Gitamente abaixo da parte principal da tabela, Estes elementos, chamados element de transipfo interna, reaimente se situa no corpo ¢a tabela, mas sf0 colocados a Xo para econornizar espago. Os elementos da primeira destaslinhas, de 58 até 7 que se situam na tabela em seguida a0 lantanio, s4o coletivamente chamados ‘dios ou terrasraras. A segunda linha, com os elementos de 90 até 103, fies eat ee fetinio (Z = 89) «0 elemento 104, Os slementos neta sre so corominads Sete de ‘As linhas horizontais da tabela periddica 580 chamadas pet(odos e sfo de {a8 por néimeros em arabieos. Os elementos hidroginio e hélio 0 ot membros ESTRUTURA ATOMICA EA TABELAPERIODICA / 77 3 Periodos ne wink va _va_ ia ee ep ET ele Lie cae Slade abelama tie v8 vB ve viB——— 16s ful | | a EAE elele Se el le tel | Sele See ee a ala eels RS, & STALE elas SLE ll As Figura 3, A tsernatabelaperidicn des somento=, A mairia dos elementos primeizo periado, of que vio do litio a0 nedinio so conheciddos como 08 elementos do segundo periodo, assim por diante. ‘Certas famflias de elementos so caracterizadas por nomes bem como pelo ainero do grupo. Por exemplo, os elementos do Grupo IA sio freqiientemente cha mados metais alcalinos, uma ver que os scus compostes so cfustices ou “alealinos”” Qs elementos do Grupo IIA sfo chamados de metais alcalinos terrosos, estes element tos encontram-se nos minerais e alguns dos tous eompostos também sf0 edusticas 0 elemente do Grupo VILA sd0 chamnados de halogénios, um nome derivado do tego, significando “formador de sal”, Finalmente, os elementos do Grupo O so ‘5 gises nobres (sfo também chamados, slgumas vezes, de gases inertes), uma ver que tem uma capacidade extremameate lirmitada de reagir quimicamen'e. Gs elementos também podem ser classificados, de uma manciza mais ample, como metais, nfo-metais © metalbides, O leiter, provavelmenie, esté familiarizado com & maioria das propriedades fisicas que servem pata identificar os metais elevada condutividade elétrica, brilho, geralmente pontos de fusdo elevedos, ductlidade (capacidade de ser estirado om fins} e maleabifidade (capacidade de ser forjado em fothas finas). Os ndo-metals, por outro ado, so maus condutores de cletricisade, fo possuem 0 brilho caracteristico dos metais e, quando solides, so quebradigos Os metaldides tém propriedades intermadidrias entre ex dos metais e as dos no metals, Por exemplo, eles s0 usados como semicondutores de cletricidade, Veremos sais respeito desis propredades no Cap. 9. ‘Na tabela periédics, os elementos 8 exquerda si0 metas ¢ 08 da direita so no- rmetais. A linha cheia quebrada tragada do boro 0 astatfnio represeats, aproxima damente, 0 limite entre o comportamente metélico ¢ 9 nfo-metalico, com os ele mentos sitvados imediatamente 30 lado da linha, tendo, geralmente, propriedades de metaloide. O hidiogénio, no topo do Grupo 1A, € 0 Unica elemento que realmente se exclui desta divisio, uma vez que apresenta apenas 0 comportamento ngo-metd- lico, sob condigdes niormais. interessante notar, entretanto, que, em pressbes extreramente elevadus, 0 hidrogénio apresenta propricdades metélicas similares as dos outros membros do seu grupo, 73 | auiMica GeRAL. 3.9 RADIAGAO ELETRO- MAGNETICA bw EO ESPECTRO ‘ATOMICO © Gerossos othes 56 so | sansivei a uma banda muito treta de comprimentos ‘onde da iz Figura 3.10 © Froprieddes de uma onda, A tabela periédica ¢, provavelmente, a ferramenta mais itil que o¢ quimices tem a sua disposiggo, Veremos como ela pode ser usada pare correlacionar muitss das informagiies tedrieas e experimentais da Quimica que 6 leitor levari consiga a0 termimar este curso, Do ponto de vista do desenvolvimento da teoria relativa estrutura co atomo, a tabela periodica representa uma compilagso de dados exper ‘mantais que devem ser explicados. Uma leoria bem-sucedida deve, de alguma forna, explicar 0 modo pelo qual a tabela ostd estrutureda. Por exemplo, ela deve explicat or que exisiem apenas dois elementos no perfodo 1, por que existem olt0 ern cada um dos periodos 2 e 3 e assim por diante. Deve, também, explicar por que os ele ‘mentos de um dado grupo exibem propriedades similares. ‘Quando os tomes se combinam durante as reagSes quimicas, sé0 os eletrons que envolvem 8 niieleos que interagem, pois apenas as partes externas dos stom flcam em contato umas com as outras, Portanto, 15 propriedades qutmicas dos ele rmentos so determinadas pels forma como os elétrons nesses atomios estéo arrumadoh, Chamaniot iste de estrutura eleieénica do stomo, O aiicleo serve, prineipalmente pra determinar 0 nimero de elétrons que dever esiar presentes para se ter ditomo neutro. A chave que permitiu a deducdo de estrutura eletronica dos ele tos foi uma anilise da luz que os itomos emitem quando so energizados aquece do-0s em uma chama ou passando-se uma descarga elétsica através deles. Antes discatirmos isto, aprenderemos 0 que é z luz, ‘A luz, em tosas as suas formas (roios X, luz visivel, radiagio ultraviolete infravermelha e ondas de radio e televisio), ¢ chamada de radiacdo eletroma; Ela viaje através do espaco 2 uma velocidade constante c chamada velocicade da 3,00 x 108 mis. Estas ondas sao caracterizadas pela sua intensidade ou ampli pelo seu comprimento de onda, » (Fig. 3.10), que ¢ a distancia entre plcos cons utivos (ou vales) na onda, e pela sua freqiiéncia, v, que é 0 nimero de picos pastam por um dado ponto por segundo. O comprimento de onda o a freqik relacionarnse entre si pela equaggo hewee bal comprimento de onda & especificada em unidades de comprimento que malmente dependem da regifo do espectro no qual aradiagéo ocorre (ver Fig. 31 Os radios fatka-cidadao, por exemplo, emitem ondas com comprimentos de cerca II metros. A radiacao eletromagnética na parte visivel do espectro possui c mento de onda muito menor, que so geralments dados em nandmetros. O espe visivel (Estampa 3a) estende-se desde 400 nm até cerca de 800 nm. A unidade freqiiéncia no SIé 0 Hertz (Hz), onde 1 Hz = 1 (segundo)! e se escreve 1s"! Figura 3.141 Ons EXEMPLO 3.2 Uma sstagio de radioanador transite na feqiéncia de 14,2 MHz (megahertz). Qual é 0 com SOLUGAO, EXEMPLO 3.3, SOLUGAO Opeetivo nano, do St, sigilies "5 10°7," EXEMPLO 3.4 ESTRUTURA ATOMICA E A TABELAPERIODICA / 78 ca Trevunce ace ene 2 e primento dus ondas de rio geradas pelo trarsmisior? ‘Uma ver que destjamos calcularo comprimento de onda, resolvamosa Eq. 3.1 para. A Yelocidage aa luz pode set expressa como 3,00 K 10" ms‘ & LreqWnda pote ser excita come ¥ = 14.2. LO" Hz ou 14,2 X 10" s-' (embrese que mega signiia x 10°), Suosttui: ose estes valores temas 3.00% 10° me* 1 =m Qual 9 comprimento de onda, em aandmeros, da luz verde que tem 2 frequineia de 6,67 x x10" He? Novamente resolvemios 4 Fa. 3. para k (. x10) fv), Usando 00 « 10 ms ey 0.67 x © temos 3,00 » 10% mae" y= £450 10° m 57x Lote Uma vez que 1 am=10-" m, Lan A = 480% 10-70% ( ) ome = 480.0 ‘Qui é 2 fequencia da radiaggo infravermelha que tem um comprimento ds onda de 1,25 x 10° nm? 80 / QUIMICA GERAL SOLUGAO Frimeiramente, seylvennoy a Eq. 3.1 para v (~ ofA) Se usarmos ¢ = 3,00 % 10% ms, deve mos exprosar 0 comprimento de onds em metros. 10m A= 15 107 am ( ) Ta = 1255 10-6 m “Agora, podemoszesolvr para freqiincia 3.00 x 10" aes 125K 10° ae = 240% 1014 st ‘A fequencia é 240 x 10!* Hr, Figure 3.12, Produgio de um expectio contin, Se a luz solar, ou a luz de ume limpada incandescente, for colimada, passindo ot uma fenda, em un feixe esticito e, posteiormente, atravessar um prisma, 10 chocarse com tm anteparo, observa-se um arco-ins (Fig. 3.12). Este espectio é com- posto de luz visivel de todos os comprimentos de onda e & chamado espectro timuo (ver Estampa 3a). Todavia, se a fone de luz ¢ umn tubo de descarga costéndo sum 4s, tal como 0 hidrogénio, 0 espectro projetado no antepazo consiste em um ‘nimero de finhas conforme mostrado na Fig. 3.13. Estas linkus fo a imagem da fenda, © 0 espectro ¢ chamado Je espectro de massa atdmica ou espectro de linhas, Um tipieo espectro de linha € mosirado na estampa 1b. Obviamente,a luz vsivelent tica pelo hidropénio nfo contém radiapao de todos os comprimentos de onda, como a luz Solar, mas, apenas, alguns poucos comprimeatos de onda. Os especteos de inks produzides pelos elementos, quando forgados a emiti uz, sdo todos similares, ainda {que distintos. Os comprimentor de onda dat linkas so caracteristicos de um ele imenio particular e podem ser usados para ideatificar novos elementos. O expecta atémico também pode ser usado para identificar a composigio dis misturas, Por exemplo, vor mesmo jé deve ter asistido 2 filmes de crime na TV. em que una mmancha na roupa da vitims de um scidente pode ser analisada quanto aos clemento que contém, bem como quanto as quantidades relatives de cada um; ito ¢ Feito mediante 0 uso do espectio atmico. Os resultados podem ser comparados a uma anilse similar de uma mancha semelhante encontrada em um carro suspeito, Se ot resultados coincidirem, exist, certamente, forte evidencia de que 0 suspelto ¢ autor do acident. ra 3.13 Deespectro de tia do étogénio. Somente as quatro linbas que tiveram seus comprimentos de ona Fornecklos ocortem napatevisivel do oo ESTRUTURA ATOMICAE A TABELA PERIODICA / 81 © espectto atdmico de certos elementos § também usado na moderna ilu nagdo de alta intensidade das ruase averidas.O s6dio, por exemplo, emite luz intensa com comprimento de onda de 589 nm, que € amarela, As Timpadas a vapor de s6dio de alta ¢ baixa pressfo fo usadas na iluminagfo, porque a msior parte da ensrpia fornecida para a lampada aparece como luz vsiel e, relativamente, pouea evergls € perdida como calor. Provavelmente vocé ja viu exemplos desta iluminacdo amarelo- ‘A existéncia do espectro de linhas desconcettou os fisicos por multos anos. Em 1885, Balmer encontrou uma equacgo matemdtica relativamente simples que podia ser usada pare ealeular ot comprimentes de onda de todas as linhas a0 espectro visivel do nidrogeni 32] ‘em que \ 6 0 comprimento de onda en é um inteiro que pode ter o: valores 3, 4, 5, 6, .., % Pela escolha de um determinado valor para rt, o comprimento de ona de ‘uma Linka do espectro pode ser calculado. Assim, quando m = 3, = 109 678 cnr 15233 em” A= 6,365 % 109 cm = 656,35. nm Da mesma forma, quando » = 4, 5 e 6, ealculamos 2 como sendo 486.3, 432.4 410,3 nm, respectivamente. Estes valores, como se pole observar na Fig, 3.13, so iguais aos comprimentos de Onda das linbas na porgdo visvel do espectro do hidro- ginio, Todas as linhas relacionadas pele Eq. 3.2 constituem o que chemamos ée série de Baier. © especto do hidrogenio da Fig, 3.13 mostra somente as inhas que aparece ra regito visivel do especira. O hidregénio também emite luz nas regides do infraver- | 82) ouica GERAL Figura 3.14 o,Séiier de tinhas ie expectio do htrogénio. Tabels 3.3 ‘Stries de linhas do espectro do hidragénio. Stries e mu Tyman 1 2,3,4, Baler 2 a4, Pasehen 3 45,6, Brackett 4 BOP eve et Prune 5 67,8, melho ¢ do uliravioleta. Os comprimentos de onda dessas outras séries de sjustam-se 4 equagfo geral (chamada equagéo de Ryéberg) 4 = 109 678 co G& =.) ne mat em que m © mz sf0 inteitos que podem assumir os valores 1, 2,3, .., .°, com condigio de qué seja sempre maior que 1. Assim, quinéo my ~ I, 08 valo deny podem ser 2, 3,4, ..., © € sdo obtidas as linhas ds séré de Lyman, Quan ty = Zen: = 3,4,5,..., %, temosa série de Balmer. Estas e outrasséries enca ‘ramse resumides na Fig, 3.14 6 na Tab. 3.3. EXEMPLO 3.5 SOLUCAO CCaleule © eomprimanto de onda da terceiea lish da sie de Brackett para o hidrogénio. A cequagdo de Rydborg fornece 0 reefpreco do compriniento de onda: 1 1 rea 618 om (~ x Para a serie de Brackett (Tab. 3.3),m, ‘ituindo,tereros A tetceealinhs da

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