Professional Documents
Culture Documents
Módulo 1
Contabilidade Nacional
Macroeconomia
CONTABILIDADE NACIONAL
O PRODUTO AGREGADO
Esta é uma medida básica da atividade econômica. O Produto Agregado é dado pela
soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma economia em um dado período de
tempo.
II - Setor Secundário – constituído pela produção do setor industrial e tendo como principais
subsetores: indústria extrativa mineral (petróleo, ouro, minério de ferro, etc.), indústria da
construção civil (prédios, estradas, barragens, etc.), indústria de transformação (mecânica,
eletrônica, têxtil, etc.) e serviços industriais de utilidade pública (energia elétrica, saneamento,
etc.);
III - Setor Terciário – constituído pelo setor de serviços, tendo como principais subsetores:
transportes e comunicações, intermediação financeira, setor governo (exceto empresas
estatais), comércio, saúde e educação (privadas), turismo e lazer, etc.
Para que a definição acima se verifique algumas observações devem ser feitas, dentre
elas destaca-se: a soma de bens e serviços de naturezas tão distintas só poderá ser verificada
se o sistema de medida for unificado, o que significa dizer que deverá existir uma unidade
padrão de contagem, unidades monetárias, em segundo lugar verifica-se a possibilidade de um
bem ou serviço ser somado mais de uma vez pelo fato de não ser final e sim intermediário,
surge então a idéia do cálculo do valor adicionado e finalmente o caráter temporal da produção
empregada, uma vez que a atividade produtiva representa um fluxo que se processa ao longo
do tempo, isto é, o produto é medido dentro de um intervalo, geralmente o ano civil.
Como encontrar uma unidade de medida para o produto que possa absorver em si
mesma a vasta variedade de bens e serviços produzidos por uma economia? Ou ainda, Como
medir todos os produtos produzidos em uma economia? Resposta: Através de seu sistema de
preços.
O Valor Adicionado é o valor do produto de uma empresa menos o custo dos produtos
intermediários comprados de seus provedores externos. O exemplo a seguir elucidará este
conceito.
Suponha a existência de uma economia bastante simples, composta apenas por 03
empresas: uma fazenda, um moinho e uma padaria. Suponhamos que também que a fazenda
não compre bens intermediários de outras empresas. De acordo com as informações
existentes, a fazenda produz trigo e vende toda sua produção para o moinho por R$ 700,00.
No moinho, esse trigo é processado, transformado em farinha, sendo toda a sua produção
vendida à padaria por R$ 1.000,00. Na padaria essa farinha é transformada em pães, sendo
que toda a produção desse bem é vendida aos consumidores por R$ 1.400,00. A partir daí
pode-se calcular o valor adicionado dessa economia:
1. Produção de trigo
(fazenda) R$ 700,00
2. Produção de farinha
(moinho) R$ 1.000,00
3. Produção de pão
(padaria) R$ 1.400,00
Valor Adicionado - - R$
O valor final é o único necessário para se calcular o Produto Agregado, ou seja, não
se deve somar o valor de todas as transações requeridas na segunda coluna. No entanto, se o
objetivo é calcular o Produto Nacional via valor adicionado, deve-se somar os valores
adicionados de cada etapa de produção, como se observa na terceira coluna.
(ESAF/AFPS-2002) Considere uma economia hipotética que só produza um bem final: pão.
Suponha as seguintes atividades e transações num determinado período de tempo:
- O setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor T;
- O setor T produziu trigo no valor de 1500 e vendeu uma parcela equivalente a 1000 para o
setor F e estocou o restante;
- O setor F produziu farinha no valor de 1300;
- O setor P produziu pães no valor de 1600 e vendeu-os aos consumidores finais.
Como foi visto até agora, o Produto Agregado é medido em termos monetários e
considera-se o período no tempo em que o bem/ serviço é produzido. Este é o Produto
Agregado Nominal.
Sabe-se, no entanto, que ano a ano o Produto Nominal pode variar ou devido a um
aumento de preços, ou aumento da quantidade produzida ou devido a ambos. Deve-se
detectar a parte do aumento que corresponde ao aumento da quantidade de bens produzidos e
a parte do aumento que corresponde a uma variação de preços.
PA - -
PA - -
Ou seja:
PA - -
Produto nominal = Σ Pi x Qi
Pela fórmula acima, verifica-se que o Produto Agregado Nominal pode aumentar ou
diminuir em função tanto dos preços quanto das quantidades produzidas dos bens e serviços
finais.
Na economia, de um ano para outro alguns preços sobem, outros baixam, outros
permanecem constantes. Dado que existem milhões de bens e serviços que participam da
evolução dos preços de uma economia, deve-se recorrer a uma unidade de nível médio de
preços, utilizando para isso uma média ponderada dos preços dos bens e serviços produzidos.
Dado que o IPC mede o custo de uma ‘cesta típica‘ de bens comprados pelos
consumidores (custo de vida), ele nos dá uma boa idéia de como variam os preços dos bens
em geral. Por isso o IPC é um dos índices mais utilizados para medir a taxa de variação do
nível geral de preços (inflação). Além do IPC, utiliza-se no Brasil outros índices de preço, tais
como: preços por atacado, preços da construção etc...
Pr oduto No min al
Pr oduto Re al = x 100
Deflator
Fonte: Bacen
O PN per capita é obtido dividindo-se o PNB pela população, deste modo temos:
PN
PN PER CAPITA =
População
Renda Agregada
Despesa Agregada
• Serviços.
• Novas edificações;
• Novos equipamentos;
• Variação nos estoques de bens mantidos pelas empresas.
Depreciação
É a parcela dos bens de capital consumida a cada período produtivo. Assim nem toda a
produção de bens de capital corresponde a um novo investimento. Uma parcela desta
produção destina-se a repor o que foi depreciado.
Então: IB = IL + Depreciação
O setor público oferece uma série de serviços à sociedade, tais como defesa, saúde, justiça,
educação e ainda constrói estradas, parques etc. Estas despesas são computadas nas
seguintes categorias:
Exemplo: No dispêndio total com Coca-cola, parte é valor importado na forma de matérias-
primas não produzidas no país e sim no exterior, logo não faz parte da renda nacional.
Y = C + I + G + (X - M)
onde C = consumo agregado; I = investimento agregado; e G = os gastos do governo. Com
base nestas informações, podemos afirmar que:
Ótica do Produto
PIB
Produção (+)
Impostos sobre Produtos (+)
PIB
FBFK
Variação de Estoques
Ótica da Renda
PIB
S: Poupaça Privada
Sp = Yp – C
S = Ip
Em uma EFSG, o investimento é integralmente financiado pela poupança.
Yn = C + I + G
Yn = C + S + RGL
Logo: S + RLG = I + G
A poupança do Governo é: Sg = RLG – G
Assim, S + Sg = I
Reescrevendo S + Sg = I, temos:
S = I + (G – RLG)
PIB xPNB
• PIB: Refere-se à produção cuja renda é gerada internamente. Inclui a renda ganha
pelos estrangeiros que moram no país, mas não inclui a parcela ganha pelos brasileiros
que vivem no exterior.
• PNB: Refere-se à produção cuja renda total foi recebida pelos brasileiros, tanto no país
como no exterior, mas não inclui o montante ganho pelos estrangeiros que moram no
país.
Assim, quando se refere a Produto Interno inclui-se a Renda Líquida Enviada ao Exterior
(RLEE):
Y = C + I + G + Xnf – Mnf
Reescrevendo,
Definindo:
S + (G –RLG) + (Xnf – Mnf) + RLEE –TUR = I,
Em uma EASG, o investimento doméstico é financiado pela poupança privada (S), pela
poupança do governo (G –RLG) e pela poupança externa [(Xnf – Mnf) + RLEE –TUR].
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
I. PIB x PNB
A diferença entre o produto interno e o produto nacional e/ou entre a renda interna e
a renda nacional reside na renda líquida enviada ao exterior é:
c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma queda no produto
agregado real.
d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da economia.
e) o produto interno bruto pode ser menor do que o produto nacional bruto.