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Abstract The emergence of AIDS as a social and Resumo O surgimento da AIDS como fenômeno
historical phenomenon has brought along with it social e histórico carregou consigo os espectros cons-
specters held in social imagination, aggravating truídos no imaginário social, recrudescendo o con-
the concept of plague, generating strong feelings ceito de peste, mobilizando sentimentos e precon-
and prejudice, becoming a stigma. Such factors ceitos, tornando-se ela mesma um grande estigma.
ultimately affect HIV bearers’ well being. Thus, Fatores que afetam de maneira fundamental o
this study aims to understand the dimension of bem-estar de pessoas vivendo com o HIV. E para
the problem of HIV bearers who have not seeked compreender a dimensão do problema das pessoas
treatment in the National Health System and the que vivem com o HIV que não procuraram os
reasons which make this search so difficult. The serviços do SUS para o acompanhamento de sua
adopted methodological approach was thematic saúde, propusemo-nos a realizar este estudo tendo
oral accounts. Five HIV bearers collaborated in como objetivo apreender os motivos que dificul-
this study. By using content analysis, we observed tam essa procura. O referencial metodológico ado-
that the study participants do not go to Health tado foi história oral temática. Os colaboradores
Units near their homes fearing to be identified, do estudo foram cinco pessoas portadoras do HIV.
especially since they know they will certainly meet Utilizando a análise de conteúdo, observamos que
people from their neighborhood at the health units os colaboradores não procuram as Unidades de
who do not know about their HIV diagnosis. Be- Saúde próximas às suas casas pelo medo de serem
cause of this fear, they anticipate they will suffer identificados, principalmente quando sabem que
discrimination and stigmatization – due to the nesses serviços irão encontrar pessoas de seu con-
Este artigo é um recorte da
dissertação de mestrado disease‘s social significance – and so, to protect vívio social para quem não foi revelado seu diag-
intitulada “A trajetória themselves, they choose a secrecy that keeps them nóstico de HIV. Devido a esse medo, antecipam
silenciosa de pessoas
from trusting anyone and from seeking health care, que vão sofrer de discriminação e estigmatização
portadoras do HIV contada
pela história oral” defendida thus increasing their personal suffering and vul- – em função da representação social da doença – e,
em 18 de dezembro de 2004. nerability to develop AIDS. assim, para se proteger, escolhem o segredo que os
1
Pontifícia Universidade
Key words Stigma, Health system, Nursing impede de confiar em alguém ou procurar cuida-
Católica do Paraná. Rua
Imaculada Conceição 1155, dos para a sua saúde, aumentando seu sofrimento
Prado Velho. 80215-901 pessoal e sua vulnerabilidade para adoecer de AIDS.
Curitiba PR.
Palavras-chave Estigma, Sistema de saúde,
mariarita.cassia@yahoo.com.br
2
Departamento de Enfermagem
Enfermagem da UFPR.
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Almeida, M.R.C.B. & Labronici, L. M.
são muito visíveis ou violentos, que chegam a fe- que ainda são objeto de estigma em muitas socieda-
rir a sua dignidade, o desequilíbrio resultante na des; (4) o fato de que muitas vezes se pensa que
interação pode ter um efeito arrasador naquele pessoas que vivem com o HIV e a AIDS são respon-
que recebe o papel de estigmatizado. sáveis por terem contraído a doença; (5) as crenças
Acrescente-se a este conceito novos entendi- religiosas ou morais que levam algumas pessoas a
mentos em relação ao estigma, como sendo não pensar que ter o HIV ou a AIDS é um resultado de
apenas uma construção social da realidade que uma falta moral (como promiscuidade ou as rela-
desvaloriza relacionamentos de um indivíduo pe- ções sexuais “desviantes”) e que merecem castigo.
rante o outro, mas, também, como processos O estigma e a discriminação relacionados ao
sociais profundamente enraizados nas relações de HIV e à AIDS, complementam Parker e Aggleton,
poder e dominação, criando e reforçando as desi- [favor complementar com número arábico refe-
gualdades sociais. Isso faz com que grupos se sin- rente à referência bibliográfica]podem ser perce-
tam superiores e outros, desvalorizados9. bidos e sentidos em dois níveis: o plano individu-
Dessa forma, é possível ver a estigmatização al, retratado pela vivência pessoal de atores soci-
desempenhando um papel chave na transforma- ais específicos e no plano social, que pode ser re-
ção da diferença em desigualdade, em relação a tratado como a experiência coletiva. Neste últi-
qualquer dos eixos da desigualdade estrutural mo, as leis, as regras, as políticas públicas e os
presente na diferença de classe, gênero, etnia ou procedimentos administrativos, decretados por
sexualidade, as quais têm maior relação com o muitos países com o fito de controlar as ações
HIV e à AIDS. Destaca-se, ainda, que a estigmati- dos indivíduos e segmentos da população afeta-
zação não ocorre de maneira abstrata; pelo con- dos pelo HIV e pela AIDS, têm demonstrado que
trário, ela faz parte de complexas lutas pelo poder essas medidas incrementam e reforçam o estigma
que estão no coração da vida social, ou seja, o às pessoas que vivem com a doença, bem como
estigma é empregado por atores sociais reais e àqueles que estão mais vulneráveis para contrair
identificáveis que buscam legitimar o seu status o vírus. Essas medidas incluem legislação para:
dominante dentro das estruturas de desigualda- (1) a testagem sistemática e obrigatória do HIV a
de social existente7. grupos e indivíduos; (2) a proibição de certas ocu-
Tais questões nos ajudam a compreender pações e formas de emprego para pessoas com HIV;
como a estigmatização faz as desigualdades pare- (3) o exame médico, o isolamento, a detenção e a
cerem aceitáveis, uma vez que ela instituiu uma imposição ao tratamento dos infectados; (4) as li-
hierarquia social entre os estigmatizados e não mitações das viagens internacionais e migrações; e
estigmatizados, criando e reforçando, de forma (5) a restrição de certos comportamentos tais como
sincrônica, a exclusão social9. o uso de drogas injetáveis e a prostituição 10:12.
Em relação ao HIV e à AIDS, é oportuno re- No caso de outras doenças infecciosas essas
lembrar que em 1987 Jonathan Mann chamou a respostas podem ser justificadas, continuam os
atenção para a existência de três fases da epidemia autores, mas no caso do HIV e da AIDS, por ser
da AIDS: a epidemia da infecção pelo HIV – uma uma doença que carrega consigo uma carga enor-
disseminação silenciosa e imperceptível do vírus; me de estigma, essas medidas dão lugar a repos-
a segunda, a própria epidemia da AIDS – mani- tas punitivas que discriminam ainda mais as pes-
festa pelo aparecimento dos sintomas de doença soas que vivem com o HIV e a AIDS, e podem
infecciosa, e a terceira, potencialmente a mais ex- levar os infectados e os que estão mais vulnerá-
plosiva, como a epidemia das respostas sociais, veis a uma maior clandestinidade.
culturais, econômicas e políticas à AIDS, caracte- No plano individual, como refere Zampiere,
rizada por reações carregadas de estigma, discri- a roupagem simbólica assumido pelo estigma
minação e por vezes negação e repulsa da coletivi- da AIDS passou a ser um dos grandes obstácu-
dade10. los que impedem as pessoas de revelarem seu
De Bruyn apud Programa Conjunto das Na- status sorológico pelo medo do abandono, do
ções Unidas sobre o VIH/SIDA10 identificou re- julgamento e de reações hostis ou negativas por
centemente cinco fatores que contribuem ao es- parte dos outros, o que pode impedir algumas
tigma relacionado com o HIV e à AIDS, que são: delas de ter acesso aos serviços de saúde e, por
(1) o fato de que o HIV/AIDS seja uma enfermidade conseguinte, melhorar a qualidade de suas vi-
que ameaça a vida; (2) o fato de que as pessoas das. Também resultam evidências de auto-estig-
tenham medo de contrair o HIV; (3) a associação matização ou de vergonha, o que pode conduzir
da doença a comportamentos (como relações sexu- à depressão, retraimento e a sentimentos auto-
ais entre homens e o consumo de drogas injetáveis) destrutivos. Estes sentimentos podem resultar
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surge a epidemia da AIDS, na qual foram os doença de âmbito social do que biológico. Daí
homossexuais as primeiras pessoas identifica- a necessidade de considerar a complexidade
das com a doença. Dessa maneira, a epidemia e deste fenômeno.
suas conseqüências tornam-se um marco histó- Assinalam-se tais questões visto que, a Se-
rico na vida dos mesmos, tanto do ponto de cretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS),
vista individual como coletivo, causando uma ao organizar o modelo de intervenção da aten-
enorme devastação na vida afetiva e social deste ção ao HIV e à AIDS, definindo as Unidades de
segmento de pessoas. Saúde como a ‘única’ porta de entrada das pes-
É possível perceber, na pesquisa, a partir da soas acometidas pela infecção ao sistema de saú-
fala dos colaboradores, a força dos preceitos fa- de, e que a exemplo de tantas outras patologias,
miliares e das concepções religiosas que se inter- as pessoas portadoras do HIV recebam atendi-
põem nas vivências da homossexualidade e do mento na unidade mais próxima de sua residên-
HIV e da AIDS, e que revelam a necessidade de cia22, pode levá-las à clandestinidade. Isso por-
ocultação da orientação sexual, as culpas diante que elas têm receio de serem identificadas, prin-
da infecção, muitas vezes associadas à noção de cipalmente quando sabem que nesses serviços
pecado, causando-lhes intensos sofrimentos. irão encontrar pessoas de seu convívio social,
Nunca abri isto para os meus pais. [...] Não sei tais como familiares, amigos, vizinhos ou cole-
o que é mais difícil dizer que sou gay ou se tenho o gas de trabalho, para quem não foi revelado seu
HIV. (colaborador 1) diagnóstico de HIV. Devido a esse medo, anteci-
Um castigo de algo que eu fiz, mas não sei ao pam que vão sofrer de discriminação, estigmati-
certo o que é. Sei lá, devo ter pecado, e muito! [...] zação e marginalização – em função da repre-
Por ser gay e gostar de homens, acho que só pode se sentação social da doença – e, assim, escolhem o
isto. (colaborador 2) segredo para evitar problemas que não conse-
Para finalizar a análise desta categoria, argu- guem enfrentar, fato que influenciará negativa-
menta-se que administrar as inseguranças, as mente os cuidados de sua saúde. Acontecimen-
contradições e os temores em relação à vivência tos reais, que são assinalados nos depoimentos
dual homossexualidade/AIDS presentes nos re- destes colaboradores:
latos dos colaboradores parece ser uma questão Nunca falei que tinha o vírus, eles não sabem
mais premente do que aquelas que dizem respei- (os profissionais de saúde). Vou para tratar de
to à busca ou à afirmação de uma identidade outras coisas, mas para tratar o HIV não! Eu não
homossexual. Conviver com a ameaça de ser consigo dizer que tenho AIDS. [...] É porque acho
descoberto desponta nesta pesquisa como um que eles vão pensar que sou vagabunda e vão des-
problema para muitos homens, achado que vem cobrir que o F. (marido) usa drogas. Tenho medo
reforçar os estudos de Terto Jr.21:99, quando rela- de ser julgada, que fiquem bisbilhotando minha
ta que [...] são conhecidos casos de homens que vida. Sabe, tem uma porção de pessoas que eu co-
preferem morrer ou não buscar acompanhamen- nheço e que vão ao posto, e eu acho que eles vão
to médico adequado por medo de se expor e ser ficar sabendo, e eu não quero que ninguém saiba.
descoberto e ter de sofrer constrangimentos e acu- (colaboradora 2)
sações. Não quero ir ao posto de saúde perto da minha
casa, porque sou uma pessoa extremamente co-
nhecida e se eu for eles podem me identificar como
O sistema de saúde portador do vírus HIV. Eu tenho vontade de ir a
um serviço, mas não naquele que vão me identifi-
Na medida em que surgem questões que dizem car. (colaborador 5)
respeito à assistência às pessoas portadoras do O quarto colaborador mostrou em seu rela-
HIV e da AIDS, faz-se mister considerar o ide- to o modo como a profissional de saúde lhe aten-
ário do modelo de intervenção que procura co- deu, e a forma como a mesma reagiu quando
locar a AIDS na ‘ordem do dia’ como uma do- falou de sua sorologia. Ele relatou:
ença potencialmente controlável, a ser maneja- [...] ela me recebeu muito bem, foi super sim-
da em nível das Unidades de Saúde. Assim, ao pática, [...] me perguntou o que eu sentia, e disse
ser encarada como tantas outras patologias de que naquele momento eu estava bem, disse que
caráter evolutivo crônico, a idéia de que o acom- tinha ido apenas para receber informações sobre
panhamento clínico responderá satisfatoria- o tratamento do HIV, por que eu estava com o
mente a um problema de notória magnitude vírus. Foi muito engraçado, pois a moça mudou
parece falaciosa, pois a AIDS é muito mais uma da água para o vinho. Senti que ela se retraiu e
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Evidencia-se que a família, por escolha consci- corando-a no imaginário do mal, das pestes, do
ente dos colaboradores, não foi informada de sua sexo e da morte. Este sentido é o núcleo do estigma
sorologia. Fato que pode ser explicado, pois, se do qual as marcas físicas e o diagnóstico positivo
porventura um dos membros de uma família for constituem as manifestações perceptíveis do sinal
portador do HIV, este acontecimento pode ser um que desencadeia as condutas estigmatizantes.
elemento desagregador que põe em risco o papel Como os colaboradores desta pesquisa não
da mesma como instância de controle sobre os revelaram sua sorologia a público e não portam os
comportamentos, instalando-se a desordem. estigmas denunciados pelo corpo, como manchas
A representação social que agrega a AIDS a na pele, emagrecimento, queda de cabelo – na me-
um aspecto físico deteriorado e, conseqüente- dida em que são estes sinais físicos e o sentido atri-
mente, ao ideário da morte no qual encontra buído a eles que provocam reações – ,salvo os de
rebôo no tipo de imagem edificada pelos meios culpa de caráter que não podem ser visíveis, conse-
de comunicação e reforçado pelas ciências bio- guem por meio da estratégia de dissimulação, men-
médicas, tem como postulado responsabilizar a tira, isolamento e silêncio encobrir as marcas estig-
pessoa por sua debilidade física e emocional, de matizantes para que não venham a ser conhecidas
tal sorte que a pessoa que se descobre portadora pelos ‘normais’ e se manterem na posição de desa-
do HIV ou doente de AIDS acaba carregando creditáveis. Mas, para sustentarem esta caracterís-
consigo, em seu imaginário, uma imagem este- tica precisam a todo o momento manipular a in-
reotipada, na qual parece prevalecer Thánatos, formação sobre seu defeito para que não se trans-
ou seja, a morte, ao invés de Eros, vida, minando forme em sinal de estigma. Por conseguinte, as ati-
a cada dia de sua existência seus sonhos, seus tudes de negação, isolamento e ocultação da doen-
projetos e seu poder vital25. ça se desenham como forma de se proteger e evitar
Outro fato importante que suscita o senti- a ‘execração pública’, que se traduz no plano das
mento de medo dos colaboradores está relacio- relações por meio de atitudes preconceituosas, dis-
nado à forma de ingresso das pessoas portado- criminatórias, culpabilizantes e excludentes, respos-
ras do HIV ao sistema de saúde de Curitiba. Em tas provocadas pelo estigma.
tese, o novo modelo de assistência estaria possi- Assim, o fato de a SMS estabelecer como es-
bilitando a expansão da oferta e contribuindo para tratégia a descentralização da assistência às Uni-
melhorar a qualidade de assistência a elas. O que dades Básicas de Saúde coloca um empecilho na
se verifica nesta pesquisa é que elas rejeitam a ló- vida daqueles que não querem ter a identidade de
gica de ingresso do sistema manifestado pela ne- soropositivo conhecida pelas pessoas de seu con-
gação em integrá-lo, ou seja, ele não está sendo vívio social. E para se proteger da rejeição, do pre-
legitimado justamente pela população que o mo- conceito e da discriminação, preferem não se ex-
delo objetiva cuidar. Verifica-se que o modelo de por, muitas vezes impedindo-os de confiar em
assistência não está dando condições para que a alguém ou procurar cuidados para a sua saúde,
pessoa tenha uma sensação de proteção e conti- aumentando a sua vulnerabilidade para adoecer
nência com a instituição que lhe atende26. de AIDS.
A observância e análise em relação aos moti- Importante registrar que os resultados que
vos que dificultam os colaboradores a buscar os emergiram desta investigação não têm nenhuma
serviços de saúde, quando analisados sob o pris- pretensão de buscar a verdade, visto que as ver-
ma de um depoimento individual, distinguem-se dades são sempre versões. Procurou-se trazer evi-
dos demais, uma vez que a trajetória de cada pes- dências, lembrando que a análise final é fruto de
soa, em si, é polissêmica. No entanto, como pre- um momento, de um encontro e de um recorte
ceitua o método da história oral, a importância feito na trajetória de vida de pessoas anônimas
do testemunho oral pode estar não em seu apego que vivem com o HIV ou a AIDS, não podendo
aos fatos, mas na verdade simbólica e no imagi- ser creditada como incontestável ou definitiva,
nário, e, como local de expressão da sociedade e pois como a própria História se modifica e se
uma das forças reguladoras da vida coletiva, aca- transforma. Lembra-nos Minayo16 que em se tra-
ba explicando as atitudes individuais. tando de ciência, as afirmações podem superar con-
Os motivos que interferem na procura aos ser- clusões prévias a elas e podem ser superadas por
viços de saúde referidos pelos colaboradores pare- outras afirmações futuras [...], mas se mostram
cem ter sua gênese e explicação no modo como se úteis à medida que podem contribuir para dimi-
deu o processo de simbolização da AIDS a fim de nuir a vulnerabilidade das pessoas em relação ao
decifrá-la e como foi significada, quando lhe de- sofrimento imposto pela vivência de uma doença
ram um sentido profundamente depreciativo, an- estigmatizante.
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Colaboradores
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Aprovado em 23/06/2006
Versão final apresentada em 9/08/2006