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1) Testículos:
Revestido por túnica albugínea (TAlb – tecido conjuntivo denso não modelado). Ela forma o
mediastino do testículo, do qual se originam os septos fibrosos que formam os lóbulos
testiculares, que estão ocupados por de 1 a 4 túbulos seminíferos contorcidos, que são as
estruturas responsáveis pela produção dos espermatozoides, e que possuem as células
intersticiais, produtoras de andrógenos. Após a TAlb, vem a túnica vaginal (serosa súpero
anterolateral, em suas camadas visceral e parietal).
Funções:
• Suporte, Proteção e Suprimento Nutricional dos Espermatozoides em
Desenvolvimento: evitam o contato do sangue, além de supri-los.
Fagocitose: fagocitam os corpos residuais
• Secreção: proteína ligante a andrógeno (ABP – controlado pelo FSH),
fluido testicular, pode converter testosterona em estradiol, produz
inibina (suprime a síntese e liberação de FSH hipofisário).
• Produção de Hormônio Antimulleriano (AHM): regressão dos ductos
paramesonéfricos
• Barreira Hematotesticular: o compartimento basal tem livre acesso às
substâncias do sangue. O compartimento adluminal não. Proteção
contra Ig e ação do sistema imune.
-LH age sobre as células intersticiais para produção de testosterona. FSH age nas células
de Sertoli para síntese e secreção de ABP. Plexo Venoso Pampiniforme abaixa a
temperatura.
-Tecido Intersticial ou Túnica Vascular: células arredondadas, poligonal, com núcleo central
e citoplasma eosinófilo, rica em gotículas de lipídios. Produção de andrógenos. Células de
Leydig.
Ovário
• Divide-se em:
o Córtex: Estroma de tecido conjuntivo com a presença dos folículos ovarianos
(primordial, primário, secundário e de Graaf).
o Medula: Tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos, linfáticos e fibras
nervosas.
o Limite entre as 2 regiões não é muito distinto.
o Epitélio Germinativo: células cúbicas de revestimento externo
o Túnica Albugínea: tecido conjuntivo denso não-modelado, pouco vascularizado
• Superfície coberta pelo epitélio germinativo (epitélio pavimentoso ou cúbico simples,
modificação do peritônio, derivado do epitélio mesotelial).
• Debaixo do epitélio germinativo, há a túnica albugínea (cápsula de tecido conjuntivo denso
não modelado, pouco vascularizado, com fibras colágenas orientadas paralelamente à
superfície do ovário).
Córtex do Ovário
• Estroma (tecido conjuntivo): Células do estroma (semelhantes à fibroblastos) + folículos
ovarianos em vários estágios de desenvolvimento.
Folículos Ovarianos
Medula do Ovário
o Constituída por fibroblastos frouxamente situados dentro de uma malha rica em colágeno
contendo fibras elásticas.
o Contém grandes vasos sanguíneos, vasos linfáticos e fibras nervosas. o Pré-menstrual:
Grupos de células intersticiais epitelioides que secretam estrógenos.
o Células do hilo: outro grupo de células epitelioides da medula do ovário – secretam
andrógenos.
Útero
o Órgão muscular robusto, dividido em 3 regiões:
o Corpo: Porção larga na qual se abrem os ovidutos;
o Fundo: Base arredondada situada em posição superior às aberturas de saída dos
ovidutos no corpo.
o Cérvix: porção circular estreita que faz saliência e se abre na vagina.
Vagina
Genitália Externa
-Grandes Lábios
Duas pregas de pele com grande quantidade de tecido adiposo e uma delgada camada de
músculo liso. Glândulas sudoríparas e sebáceas estão presentes nas superfícies interna e
externa.
-Pequenos Lábios
Duas pregas menores de pele destituída de folículos pilosos e de tecido adiposo. No
vestíbulo estão presentes glândulas secretoras pequenas (glândulas vestibulares menores) e
grandes (glândulas de Bartholin). -Clitóris
É coberto por epitélio pavimentoso estratificado e é constituído por dois corpos eréteis
contendo vasos sanguíneos e nervos sensitivos (Corpúsculo de Meissner e de Pacini).
Glândulas Mamárias
Secretam leite que contem: proteínas, lipídios, lactose, anticorpos, sais minerais e vitaminas.
São glândulas tubo alveolares compostas constituídas por 15 a 20 lobos, separados por tecido
conjuntivo e adiposo. Cada lobo possui seu próprio ducto lactífero. Antes de chegar ao mamilo
cada ducto se dilata formando um seio lactífero (que armazena leite). Os ductos menores são
revestidos por epitélio colunar simples; o ducto e o seio lactífero são revestido por epitélio cúbico
estratificado e os ductos antes de se abrirem no mamilo são revestido por epitélio pavimentoso
queratinizado. A aréola é a parte circular pigmentada da mama, cuja borda contem glândulas
sudoríparas e sebáceas. O mamilo é coberto por epitélio pavimentoso estratificado, e é
constituído por tecido conjuntivo denso (rico em fibras elásticas) e fibras musculares lisas.
Anatomia Reprodutor
Aparelho Reprodutor Feminino
1) Mamas: formadas de tecido glandular e tecido fibroso de sustentação integrados a uma matriz
adiposa, junto com vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. As glândulas mamárias estão no
tecido subcutâneo sobre os músculos peitorais maior e menor. Papila mamária e aréola.
Localização: transversalmente da margem lateral do esterno até a linha axilar média e
verticalmente da 2ª à 6ª costela.
Fáscia Peitoral (músculo peitoral maior/serrátio anterior).
Espaço Retromamário (tecido conjuntivo frouxo, permite o movimento sobre a fáscia)
Processo Axilar ou Cauda de Spence
Ligamentos Suspensores da Mama (liga à derme da pele, e divide em lobos e lóbulos).
1 ducto lactífero para 1 lóbulo no parênquima. Seio lactífero. Alvéolos Mamários.
O reflexo de ejeção do leite é mediado por hormônios.
Glândulas sebáceas da aréola permitem a lubrificação.
Vascularização:
Ramos Mamários Mediais dos Ramos Perfurantes da Artéria Torácica Interna
Ramos Mamários Laterais da Artéria Torácica Lateral da Artéria Axilar
Ramos Mamários Laterais dos Ramos Cutâneos Laterais das Artérias Intercostais
Posteriores
Artéria Subclávia Drenagem
Venosa:
Veia Axilar e Veia Torácica Interna Drenagem
Linfática:
Ordem
PapilaAréolaLóbulosPlexo Linfático SubaoreolarLinfonodos Axilares e
Linfonodos Paraesternais; Linfonodos AxilaresLinfonodos ClavicularesTronco Linfático
Subclávio
Nervos da Mama:
Ramos Cutâneos Anteriores e Laterais dos 4° e 6° Nervos Intercostais
2) Ovários: mesovário do ligamento largo do útero, epitélio germinativo, ligamento suspensor
do ovário, ligamento útero-ovárico. Está localizado lateralmente entre o útero e parede lateral
da pelve.
3) Tubas Uterinas: cornos uterinos, mesossalpinge do ligamento largo do útero, infundíbulo,
óstio abdominal (abertura na cavidade peritoneal), fímbrias, fímbria ovárica fixada no pólo
superior do ovário, ampola (fertilização), istmo (entra no corno uterino) e intramural (parte
uterina), óstio uterino.
Vascularização:
Artérias Ováricas – da parte abdominal da aorta
Ramos Ascendentes das Artérias Uterinas da Artéria Ilíaca Interna Ramos
Ováricos e Tubáricos da Artéria Ovárica e Artéria Uterina
Drenagem:
Plexo Venoso Pampiniforme – no ligamento largo perto do ovário e da tuba uterina
Veia Ovárica Direita – VCI
Veia Ovárica Esquerda – Veia Renal Esquerda – VCI
Veias Tubáricas – Veias Ováricas- EVeia Renal Esquerda VCI. e D VCI Veias
Tubáricas – Plexo Venoso Uterino
4) Útero: órgão muscular oco, piriforme, com paredes espessas. Corpo repousa sobre a bexiga
urinária, e colo entre a bexiga urinária e o reto. Anterovertido em relação ao eixo da vagina
e Anterofletido em relação ao eixo do colo. Corpo do útero (fundo do útero – superiormente
aos óstios uterinos das tubas- e face anterior e posterior do útero), Istmo do útero, Colo do
útero (colágeno, músculo liso e elastina) – porção supravaginal, porção vaginal (óstio do
útero, fórnices da vagina – anterior, posterior, laterais direito e esquerdo), tecido conjuntivo
frouxo com a bexiga e escavação retouterina. Cavidade do útero, cornos do útero, canal do
colo do útero – óstio anatômico interno -, óstio uterino. Parede Uterina: perimétrio – serosa,
miométrio – muscular e endométrio – mucosa.
Ligamentos do útero
Ligamento útero-ovárico
Ligamento redondo do útero – anterior
Ligamento largo do útero
Ligamento cardinal
Sustentação dinâmica: diafragma da pelve.
Sustentação passiva: posição anterovertida e anterofletida.
Ligamentos Transversos ou Cardinais do Colo – da porção supravaginal do colo e das
paredes laterais do fórnice da vagina.
Ligamentos Retouterinos ou Uterossacrais – superiormente até o sacro
O colo do útero não é coberto por peritônio. Escavações vesicouterina e retouterina. A artéria
uterina cruza o ureter superiormente, próximo ao colo do útero.
5) Vagina: O óstio da vagina, o óstio externo da uretra e os ductos das glândulas vestibulares
maiores e menores se abrem no vestíbulo da vagina, fenda entre os lábios menores do
pudendo. Fica posterior à bexiga urinária e à uretra, anterior ao reto e na margem medial do
músculo levantador do ânus. Fórnice anterior, lateral e posterior (profundo e com íntima
relação com a escavação retouterina).
Esfíncteres:
Músculo pubovaginal
Músculo esfíncter externo da uretra
Músculo esfíncter uretrovaginal
Músculo Bulboesponjoso Vascularização:
Parte Superior – ramos descendentes das artérias uterinas
Parte média e inferior – artéria vaginal e artéria pudenda interna
Drenagem
Plexos venosos vaginaisPlexo venoso uterinoPlexo venoso uterovaginalveia
uterinaveia ilíaca interna Inervação:
¼ parte final da vagina com inervação somática
Nervo perineal profundo do nervo pudendo
Fibras simpáticas e viscerais. Não tem parassimpáticas.
Drenagem Linfática:
Os vaso linfáticos do ovário, unidos aos vasos da tuba uterinas e à maioria dos vasos] do
fundo do útero, seguem as veias ováricas para os linfonodos lombares (cavais/aórticos)
direitos e esquerdos.
6) Irrigação da Anatomia Externa
Artéria Labial Posterior
Artéria Dorsal do Clitóris
Artéria Profunda do Clitóris
Artéria Perineal
Artéria Pudenda Interna Clitoriana
Aparelho Reprodutor Masculino
Pênis: Órgão que conduz a saída da urina e do sêmen, pele fina e com pigmentação escura em
relação à pele adjacente, raiz, corpo e glande, três corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil:
dois corpos cavernosos (dorsalmente) e um corpo esponjoso (ventralmente), lembrando que
quando o pênis está flácido, sua parte dorsal está virada anteriormente. Corpos Cavernosos:
Fundidos no plano mediano, exceto posteriormente → Ramos do Pênis;
Internamente, o tecido dos corpos cavernosos é separado pelo septo do pênis, túnica
albugínea.
Revestimento fibroso que envolve externamente cada corpo cavernoso; Tecido
conjuntivo frouxo une a túnica albugínea à pele.
Fáscia Superficial do Pênis (Dartos): Abaixo da pele.
Fáscia Profunda do Pênis (De Buck): Superficialmente a túnica albugínea, continuação da
fáscia profunda do períneo, revestimento membranáceo forte que une corpos cavernosos e
corpo esponjoso.
Corpo Esponjoso:
Contém a parte esponjosa da uretra (intramural, prostática, membranácea e esponjosa),
bulbo: expansão posterior do corpo esponjoso.
Raiz do Pênis:
Parte fixa, formada pelos: ramos, bulbo (ramos e bulbo são massas de tecido erétil),
músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso, localizada no espaço superficial do períneo, entre
a membrana do períneo (superiormente) e a fáscia do períneo (inferiormente).
Corpo do Pênis:
Parte pendular livre, suspensa na sínfise púbica, não tem músculos (exceto algumas fibras
do músculo bulboesponjoso perto da raiz e músculo isquiocavernoso que circunda os ramos).
Glande do Pênis:
Coroa da glande; colo da glande (constrição que separa a glande do corpo do pênis).
Óstio ou Meato Externo da Uretra:
Abertura em fenda da parte esponjosa da uretra, próximo à extremidade da glande do pênis.
Prepúcio do Pênis:
Dupla camada de pele formada pela pele e fáscia superficial do pênis no colo da glande; cobre
a glande em homens não circuncidados.
Frênulo do Prepúcio:
Prega mediana que vai da camada profunda do prepúcio até a face uretral da glande do pênis.
Glândulas do Prepúcio (de Tyson):
Localizadas em volta da superfície interna da coroa e do prepúcio, secreção é um dos
componentes do esmegma (sebo, células epiteliais esfoliadas, etc.) Ligamento Fundiforme
do Pênis:
Circunda o pênis; se une a túnica Dartos para formar o septo do escroto.
Ligamento Suspensor:
Fixa os corpos eréteis do pênis à sínfise púbica.
Suprimento arterial:
Ramos das artérias pudendas internas:
Artérias dorsais do pênis: seguem no sulco dorsal entre os corpos cavernosos. Irrigam tecido
fibroso ao redor dos corpos cavernosos, corpo esponjoso, parte esponjosa da uretra e pele do
pênis;
Artérias profundas do pênis: perfuram os ramos e seguem perto do centro dos corpos
cavernosos. Irrigam o tecido erétil dessas estruturas (principais vasos que participam da ereção
do pênis, elas emitem ramos que se abrem diretamente nos espaços cavernosos. E quando o
pênis está flácido encontram-se espiraladas, uma maneira de restringir o fluxo sanguíneo –
artérias helicinas);
Artérias do bulbo do pênis: irrigam a parte posterior do corpo esponjoso (bulbo), uretra e
glândula bulbouretral;
Ramos superficiais e profundas das artérias pudendas externas irrigam a pele do pênis,
fazendo anastomose com os ramos das artérias pudendas internas.
Drenagem venosa:
O sangue dos espaços cavernosos é drenado por um plexo venoso que se une à veia dorsal
profunda do pênis → plexo venoso prostático;
O sangue da pele e tela subcutânea drena para as veias dorsais superficiais → veia pudenda
externa superficial (parte do sangue também segue pela veia pudenda interna).
Drenagem linfática:
Pele: linfonodos inguinais superficiais;
Corpo esponjoso e glande: linfonodos inguinais profundos; Corpos
cavernosos e uretra: linfonodos ilíacos internos.
Inervação (s2-s4)
Inervação sensitiva e simpática: nervo pudendo → nervo dorsal do pênis (inerva a pele e
glande do pênis – local rico em terminações nervosas sensitivas);
Ramos do nervo ilioinguinal (pele e raiz do pênis);
Fibras parassimpáticas: nervos cavernosos (inervam as artérias helicinas do tecido erétil).
Escroto
- saco fibromuscular cutâneo;
- abriga testículos e estruturas associadas;
- situa-se posterointerior ao pênis e abaixo da sínfise púbica;
- pele fina e com mais pigmentação que a pele adjacente;
- glândulas sebáceas e sudoríparas; - poucos pelos;
Pregas transversais.
Rafe do escroto Crista
mediana;
Indica formação embrionária bilateral;
Contínuo com: rafe do pênis (anteriormente) e rafe do períneo (posteriormente).
Septo do escroto
Parte interna do escroto;
Profundo à rafe do escroto;
Divide o escroto em dois compartimentos, um para cada testículo;
Prolongamento da túnica Dartos. Suprimento arterial:
- artéria femoral → artérias pudendas externas → artérias escrotais anteriores (irrigam a face
anterior do escroto);
- ramos perineais superficiais das artérias pudendas internas → artérias escrotais posteriores
(irrigam a face posterior do escroto);
- artérias epigástricas inferiores → ramos das artérias cremastéricas. Drenagem venosa:
- veias escrotais acompanham as artérias (mesmos nomes); - drenam principalmente para as
veias pudendas externas.
Drenagem linfática:
Vasos linfáticos do escroto conduzem a linfa para os linfonodos inguinais superficiais.
Inervação:
Face anterior: plexo lombar
Nervo ilioinguinal → nervos escrotais anteriores
Nervo genitofemoral → ramo genital
- face posterior: plexo sacral
Ramos perineais superficiais do nervo pudendo e ramo perineal do nervo cutâneo femoral
posterior → nervos escrotais posteriores
- fibras simpáticas conduzidas por esses nervos auxiliam na termorregulação dos testículos:
No frio → estimula contração do músculo liso Dartos;
No calor → inibe a contração do músculo Dartos e estimula as glândulas sudoríparas.
Fisiologia Reprodutor
Aparelho Reprodutor Feminino
Um eixo hipotalâmico-hipofisário–gonadal comum regula a síntese dos hormônios sexuais.
O hormônio de liberação das gonadotropinas (GnRH) encontra-se no topo dessa hierarquia de três
níveis. O hipotálamo secreta o GnRH em pulsos, pulsos mais frequentes LH, pulsos menos
frequentes FSH. O GnRH segue o seu percurso pelo sistema porta hipotalâmico-hipofisário para
estimular as células gonadotrópicas da Adenohipófise. A estimulação das células gonadotrópicas
através de um receptor de superfície celular acoplado à proteína G aumenta a síntese e a secreção
de LH e de FSH que, em seu conjunto, são designados como gonadotropinas. A secreção pulsátil
do GnRH é crítica para o funcionamento apropriado do eixo hipotalâmico-hipofisário–reprodução.
Quando o GnRH é administrado de modo contínuo, a liberação de LH e de FSH pelos gonadótrofos
é suprimida, mais do que estimulada. O LH e o FSH exercem efeitos análogos, porém um tanto
diferentes, nos indivíduos do sexo masculino e feminino. Na mulher, o LH estimula as células da
teca a sintetizar o andrógeno androstenediona, que a seguir é aromatizado a estrona e estradiol
nas células da granulosa, sob a influência do FSH.
Tanto as células de Sertoli quanto as células da granulosa sintetizam e secretam as
proteínas reguladoras inibina A, inibina B e activina. As inibinas, que são secretadas pela gônada,
atuam sobre a adeno-hipófise, inibindo a liberação de FSH, enquanto a activina estimula a sua
liberação. Nem as inibinas nem a activina exercem qualquer efeito sobre a liberação de LH pela
Adenohipófise. No indivíduo do sexo feminino, a combinação de estradiol e de progesterona
suprime de modo sinérgico a secreção do GnRH, do LH e do FSH através de ações sobre o
hipotálamo e a hipófise.
INTEGRAÇÃO DO CONTROLE ENDÓCRINO: O CICLO MENSTRUAL
O ciclo menstrual feminino é governado pela atuação cíclica de hormônios, com uma
periodicidade aproximada de 28 dias (faixa normal de 24 a 35 dias). Esse ciclo começa no início da
puberdade e prossegue de modo ininterrupto (exceto durante a gravidez) até a menopausa. O início
do ciclo, o dia 1 do ciclo, é arbitrariamente definido como o primeiro dia da menstruação. A ovulação
ocorre na metade (aproximadamente no dia 14) de cada ciclo. A parte do ciclo menstrual antes da
ovulação é frequentemente denominada fase folicular ou proliferativa; durante essa fase, o
folículo ovariano em desenvolvimento produz a maioria dos hormônios gonadais, que estimulam a
proliferação celular do endométrio. Após a ovulação, o corpo lúteo produz progesterona, enquanto
o endométrio torna-se mais secretor do que proliferativo. Por conseguinte, a segunda metade do
ciclo menstrual é frequentemente denominada fase lútea ou secretora, dependendo do ponto de
referência ser o ovário ou o endométrio.
No início do ciclo menstrual, a produção de estrogênio e de inibina A é baixa. Em
consequência, a Adenohipófise secreta quantidades crescentes de FSH e de LH. Esses hormônios
estimulam a maturação de quatro a seis folículos, contendo, cada um deles, um óvulo cuja meiose
está interrompida no primeiro estágio. Os folículos em maturação secretam concentrações
crescentes de estrógeno, de inibina A e de inibina B. O estrógeno induz os folículos a aumentar a
expressão dos receptores de LH e de FSH sobre as células da teca e da granulosa,
respectivamente. A supra regulação dos receptores aumenta a resposta folicular às gonadotropinas
hipofisárias e propicia a secreção de quantidades crescentes de estrógeno por um folículo. O
aumento dos níveis plasmáticos de estrógeno e de inibina suprime a liberação de LH e de FSH pela
hipófise. Por sua vez, os níveis diminuídos de gonadotropinas induzem outros folículos a sofrer
atresia, de modo que, em geral, apenas um dos folículos amadurece. Ao mesmo tempo, os níveis
elevados de estrógeno estimulam o endométrio uterino a proliferar rapidamente na preparação para
a possível implantação de um ovo fertilizado.
À medida que o folículo dominante continua crescendo, ele passa a secretar níveis elevados
e persistentes de estrógeno. O consequente surto de LH e de FSH na metade do ciclo estimula o
folículo dominante a crescer e a aumentar a atividade de suas enzimas proteolíticas.
Os remanescentes celulares do folículo ovariano roto transformam-se no corpo lúteo. As
células do corpo lúteo secretam estrógeno e progesterona, e não apenas estrógeno. A presença de
progesterona na segunda metade do ciclo menstrual induz o endométrio a passar de seu estado
proliferativo para um estado secretor. Assim, o endométrio começa a sintetizar proteínas
necessárias para a implantação do óvulo fertilizado. O suprimento sangüíneo para o endométrio
também aumenta para fornecer quantidades aumentadas de nutrientes se houver gravidez. O corpo
lúteo tem um tempo de sobrevida de cerca de 14 dias. Caso não haja fertilização nem implantação
de um blastocisto viável dentro de 14 dias após a ovulação, o corpo lúteo sofre atresia, e a sua
produção de estrógeno e de progesterona cessa. Sem os efeitos tróficos do estrógeno e da
progesterona, o revestimento endometrial desprende-se, dando início à menstruação. Na ausência
de estrógeno e de progesterona, a inibição dos gonadótrofos é removida, e ocorre aumento na
produção de FSH e de LH. Isso estimula o desenvolvimento de novos folículos ovarianos e o início
de outro ciclo menstrual. Entretanto, se houver fertilização, a implantação no revestimento uterino
induz o blastocisto a secretar gonadotropina coriônica humana (hCG). A presença da hCG
estimula o corpo lúteo a permanecer viável e a continuar secretando progesterona.
Fisiologia Reprodutor
Aparelho Reprodutor Masculino
1) Testículos: função endócrina e produção de gametas. A migração testicular acontece no
1/3 final da gestação, devido a ação hormonal da testosterona. Criptoquirdismo. Ectopia
Testicularatividade genética comprometida, com predisposição a Sertolioma. O tratamento
hormonal com LH e FSH pode gerar o processo de descida. Hérnia Inguinal. O testículo é
formado por parênquima (túbulos contorcidos seminíferos e pelo tecido intersticial -células
de Leydig-), por uma estrutura conjuntivo fibrosa (túnica albugínea -septos interlobulares e
mediastino testicular-, túnica vaginal –parietal e visceral.).
2) Fases do Desenvolvimento Reprodutivo: células de sustentação + gonócito. Impúbere
Pré-púberePúberePós-púbereAdulto. Em um gráfico de relação com o número de
células de sustentação e células produtoras de espermatozoides, a puberdade começa com
a inversão das curvas, na qual o número de células de Sertoli torna-se menor em relação às
espermatogônias. Células de Sertoli só se multiplicam até a puberdade, daí elas se
distribuem pelo túbulo seminífero em alongamento.
3) Eixo Hipotalâmico-Hipofisário-Gonadal: GHRHAdenohipófiseFSHCélula de
SertoliInibina e ABP. AdenohipófiseLHCélulas de LeydigTestosterona (picos
diários). ABP + Testosterona vão para os túbulos seminíferos.
4) Espermatogênese: fases proliferativa (mitose da espermatogônia), fase meiótica
(espermatócito primário virando espermatócito secundário) e fase da diferenciação
(espermatócito secundário virando espermátides).
5) Epidídimo: atua sobre ação da di-hidrotestosterona, maturação espermática, seleção
espermática anormal, transporte, armazenamento e plasma epididimário.
6) Glândulas Sexuais Acessórias: Vesícula Seminal (produção de prostaglandinas, estimula
a contratilidade do miométrio de forma ascendente), Próstata (PSA – liquefaz o sêmen,
enzima proteolítica), Bulbouretrais (lubrifica o canal uretral) e Glândula Ampolar.
7) Mecanismo de Ereção: produção de NO ativa Guanilato Ciclase e produz GMPc, o que
provoca o aumento do fluxo sanguíneo e gera a ereção. Uma enzima chamada
fosfodiesterase (PDE) é a responsável pela degradação do GMPc em GTP, diminuindo o
fluxo sanguíneo e a ereção peniana. O Viagra atua degradando a PDE.
8) Bolsa Escrotal: termorregulação.
Na mulher,
O gene FoxL2, em conjunto com o ESR1 e 2, bloqueia a atividade do SOX9, levando
ao desenvolvimento do ovário.
Farmacologia
Anticoncepcionais Orais
HORMÔNIOS E ANÁLOGOS HORMONAIS:
CONTRACEPÇÃO
O desenvolvimento de contraceptivos seguros e eficazes para mulheres revolucionou as
práticas sexuais. As duas classes de contraceptivos orais amplamente utilizados são as
associações de estrógeno/progestina e a contracepção com progestina apenas. O
desenvolvimento da contracepção masculina constitui uma área ativa de pesquisa, e as
abordagens atuais para essa terapia são discutidas de modo sucinto no final da seção.
Contracepção com Associações de Estrógeno-Progestina
A contracepção com associações de estrógeno-progestina suprime a secreção de GnRH, de
LH e de FSH e o desenvolvimento folicular, inibindo consequentemente a ovulação. A
associação de um estrógeno e de uma progestina constitui a maneira mais potente conhecida
de suprimir a secreção de GnRH, de LH e de FSH. A co-administração de estrógeno e de
progestina também pode inibir a gravidez através de vários mecanismos secundários, incluindo
alterações no peristaltismo das tubas, na receptividade endometrial e na secreção de muco
cervical. Essas últimas ações poderiam, em seu conjunto, inibir o transporte apropriado do óvulo
e dos espermatozóides, mesmo se tivesse ocorrido a ovulação. Esses mecanismos, em
combinação, explicam a eficácia de >99% da contracepção oral de combinação.
O estrógeno utilizado nos contraceptivos com associações de estrógeno-progestina consiste
em etinil estradiol ou mestranol. O uso de estrógenos “sem oposição” promove o crescimento
endometrial, e os estudos preliminares dos anticoncepcionais com predomínio de estrógeno
estabeleceram que esses agentes aumentam o risco de câncer endometrial. Devido a esse
achado, o estrógeno é sempre administrado concomitantemente com uma progestina para
limitar a extensão do crescimento endometrial.
São utilizadas numerosas progestinas nos contraceptivos de estrógeno-progestina, e todas
são potentes agonistas dos receptores de progesterona. A progestina ideal deveria possuir
apenas atividade nos receptores de progesterona; entretanto, quase todas as progestinas
atualmente disponíveis também exibem alguma reatividade cruzada androgênica. As
progestinas variam quanto à sua atividade androgênica. Numa base molar, o norgestrel e o
levonorgestrel são os que apresentam maior atividade androgênica, enquanto a noretindrona
e o acetato de noretindrona possuem atividade androgênica mais baixa. As denominadas
progestinas de terceira geração — etinodiol, norgestimato, gestodeno e desogestrel —
exibem reatividade cruzada ainda menor com os receptores de andrógeno. A drospirenona é
uma progestina sintética que também possui atividade antiandrogênica. Os contraceptivos com
associações de estrógeno-progestina estão disponíveis em três sistemas de liberação: anel
vaginal, adesivos transdérmicos e comprimidos orais. O anel vaginal consiste em um cilindro de
silicone contendo etinil estradiol e uma progestina, o etonogestrel. Os esteróides são liberados
com cinética de ordem zero. O anel é aplicado na vagina, onde permanece por 21 dias. A seguir,
é removido, e, 7 dias depois, coloca-se um novo anel. Durante os 7 dias após a remoção do
anel vaginal, pode ocorrer menstruação. O anticoncepcional transdérmico consiste em uma
matriz que libera continuamente etinil estradiol e uma progestina sintética, a norelgestromina.
O adesivo transdérmico é trocado semanalmente, durante 3 semanas. Na quarta semana, o
adesivo não é utilizado, e pode ocorrer menstruação. Os esquemas clássicos de
anticoncepcionais orais combinados consistem em sua administração durante 21 dias, seguidos
de 7 dias de pílula placebo. O período de 7 dias com placebo remove a estimulação hormonal
exógena, simulando a involução fisiológica do corpo lúteo que ocorre no final de um ciclo
menstrual normal. A ausência de estrógeno e de progestina induz a descamação do endométrio,
resultando em menstruação. Como a administração de progestina durante todo o ciclo inibe o
crescimento proliferativo do endométrio, a maioria das mulheres tem períodos menstruais menos
intensos quando fazem uso de anticoncepcionais orais combinados, e, com frequência, o ciclo
menstrual torna-se mais regular. A formulação do ciclo 21-7 teve por objetivo simular um ciclo
de 28 dias; todavia, é relativamente arbitrário. Dispõe-se de uma formulação com ciclo mais
longo de etinil estradiol e levonorgestrel, em que a associação é administrada durante 84 dias,
seguidos de 7 dias de placebo. Essa formulação, que possui eficácia contraceptiva igual, reduz
para quatro o número total de ciclos menstruais por ano. Dispõe-se também de formulações que
contêm 24 pílulas de hormônios diárias, com 4 dias de placebo. Uma vantagem dessa
formulação é que a ovulação não tende a ocorrer se a mulher esquecer de iniciar o novo ciclo
durante 3 ou 4 dias. As formulações de anticoncepcionais orais combinados consistem em
esquemas hormonais monofásico, bifásico ou trifásico. A formulação padrão, que é utilizada pela
maioria das mulheres, consiste numa dose constante (monofásica) de estrógeno e de progestina
durante 21 dias. As preparações bifásicas mantêm uma dose constante de estrógeno durante
todo o ciclo, enquanto a quantidade de progestina é inicialmente baixa, porém aumenta durante
a segunda metade do ciclo. As formulações trifásicas incorporam um aumento da progestina na
segunda metade do ciclo e um aumento da dose de estrógeno na metade do ciclo, com a
finalidade de evitar a ocorrência de sangramento inesperado. A principal vantagem da
administração bifásica ou trifásica é a de que a quantidade total de progestina administrada a
cada mês é reduzida. Com efeito, a tendência geral nesses últimos anos tem sido diminuir as
quantidades de estrógeno e progestina ao menor nível necessário para inibir a ovulação.
Entretanto, não existe nenhuma diferença claramente estabelecida nos efeitos adversos ou na
eficácia clínica da terapia monofásica, em comparação com a bifásica ou a trifásica. Em geral,
prefere-se a menor dose efetiva de etinil estradiol, visto que se acredita que o estrógeno em
baixa dose tem a capacidade de reduzir o risco de trombose venosa profunda (ver adiante).
Vários estudos foram conduzidos para avaliar os efeitos adversos do uso prolongado de
contraceptivos. Esses estudos mostraram que a incidência de trombose venosa profunda e
de embolia pulmonar aumentam com a contracepção oral combinada; todavia, essas
complicações ocorrem tão raramente que o número absoluto de eventos adversos é baixo. Os
estudos conduzidos não conseguiram demonstrar nenhum aumento (ou redução) na incidência
de câncer de mama. O uso dos anticoncepcionais orais está associado a um aumento na
incidência de doença da vesícula biliar, visto que os estrógenos aumentam a concentração
biliar de colesterol em relação com a dos sais biliares, e a conseqüente redução na solubilidade
do colesterol promove a formação de cálculos vesiculares. Os anticoncepcionais orais não
devem ser administrados a mulheres com mais de 35 anos de idade que fumam, visto que a
administração de contraceptivos a essa população está associada a um aumento na incidência
de eventos cardiovasculares trombóticos.
Estudos recentes enfocaram mais os benefícios do que os efeitos adversos dos
anticoncepcionais orais. Os modernos anticoncepcionais orais combinados reduzem a
incidência de câncer endometrial, provavelmente pelo fato de a administração concomitante de
progestina inibir o crescimento endometrial. Além disso, a administração exógena de uma
associação de estrógeno/progestina diminui a incidência de câncer ovariano, provavelmente ao
diminuir os níveis circulantes de gonadotropinas. De modo global, o consenso é o de que os
anticoncepcionais possuem efeitos clínicos mais benéficos de queprejudiciais.
Contracepção só com Progestinas
Em situações nas quais o estrógeno pode estar contra-indicado, pode-se justificar o uso
contínuo de progestinas orais em baixas doses. Nos Estados Unidos, os dois anticoncepcionais
orais só com progestina disponíveis, comumente designados como “minipílula”, são o
norgestrel e a noretindrona. A contracepção oral só com progestinas impede a ocorrência de
ovulação 70 a 80% das vezes, provavelmente porque as progestinas alteram a freqüência dos
pulsos de GnRH e diminuem a responsividade da adeno-hipófise ao GnRH. A despeito da
freqüência relativamente alta de ovulação, essa forma de contracepção tem uma eficácia de 96
a 98%, sugerindo que certos mecanismos secundários também atuam, como alterações no
muco cervical, na receptividade do endométrio e no peristaltismo das tubas. Como a
progesterona inibe a proliferação do endométrio e promove a sua secreção, é também possível
que um ovo seja incapaz de se implantar em um endométrio continuamente exposto à
progestina. As mulheres que tomam esses fármacos tipicamente não menstruam, porém é
comum a ocorrência de sangramento inesperado e de períodos menstruais irregulares e de
pouca intensidade durante o primeiro ano de administração. Os contraceptivos só com
progestinas também estão disponíveis em formas injetáveis e implantes. O acetato de
medroxiprogesterona pode ser administrado por via parenteral a cada 3 meses. Essa forma
de dosagem mostra-se particularmente efetiva para mulheres que têm dificuldade em se lembrar
de tomar um medicamento diariamente (pílula) ou semanalmente (adesivo transdérmico).
Dispõe-se também de um implante de silicone que libera etonogestrel; essa forma mostra-se
efetiva por um período de 3 anos. O implante é tipicamente inserido na face dorsal do antebraço.
Contracepção de Emergência (da Manhã Seguinte)
A contracepção de emergência refere-se à administração de medicações para impedir a
gravidez após falha de um contraceptivo de barreira (ruptura de preservativo) ou uma relação
sexual desprotegida recente (incluindo estupro). Historicamente, os comprimidos de
estrógenoprogestina eram administrados para contracepção de emergência. Estudos clínicos
recentes demonstraram que o contraceptivo de emergência mais eficaz com menos efeitos
adversos é o levonorgestrel oral de 0,75 mg, administrado o mais rápido possível após a
exposição e repetido dentro de 12 horas. O esquema é mais efetivo se for administrado dentro
de 120 horas após a exposição. O levonorgestrel é uma potente progestina capaz de bloquear
o surto de LH, interrompendo a ovulação normal, e de produzir alterações endometriais que
impedem a implantação.