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PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA

TRABALHO DE
MÉTODOS DE
ELEMENTOS FINITOS
(PGMEC)

“ANÁLISE DE UMA VIGA CURVA


ENGASTADA-LIVRE COM
CARREGAMENTO NO PLANO
DE CURVATURA VIA ANSYS”

ALUNO(S):

GUILHERME ANTÔNIO BRIGIDA


MARIANNE CARVALHO DE ARAÚJO
RENNER EGALON PEREIRA
Prof.º NEIL, D.Sc.

Volta Redonda
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

GUILHERME ANTÔNIO BRIGIDA


MARIANNE CARVALHO DE ARAÚJO
RENNER EGALON PEREIRA

“ANÁLISE DE UMA VIGA CURVA ENGASTADA-LIVRE COM


CARREGAMENTO NO PLANO DE CURVATURA VIA ANSYS”

PROFESSOR: Prof.º NEIL, D.Sc.

Volta Redonda
2016
1
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3

2 OBJETIVOS......................................................................................................... 4

3 METODOLOGIA .................................................................................................. 5
3.1 Especificação do Problema .............................................................................. 5
3.2 Teoria de Vigas de Bernoulli-Euler ................................................................... 7
3.2.1 Tensão Normal de Flexão em Vigas ...................................................... 8
3.2.2 Tensão de Cisalhamento Transversal ................................................... 9
3.3 Função de Tensão de Airy (Airy Stress Function) .......................................... 10
3.4 Projeto Assistido por Computador .................................................................. 13
3.4.1 Introdução aos Elementos Finitos ........................................................ 13
3.4.2 ANSYS® Mechanical APDL Product Launcher 13.0v .......................... 14

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 15


4.1 Solução do Estado Plano de Tensões (2D) .................................................... 15
4.2 Solução Elemento Sólido (3D) ........................................................................ 32

5. CONCLUSÕES .................................................................................................. 38

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 39

7. ANEXOS ............................................................................................................ 40

2
1 INTRODUÇÃO

Uma barra ou viga curva é um elemento estrutural onde a localização do centroide


da seção transversal é dada por uma linha curva. Como exemplos típicos, podem-se
citar ganchos ou elos de correntes.
Tais vigas ou barras podem ser classificadas em duas formas dependendo da
localização da carga aplicada à elas. Uma viga curva sujeita a carregamentos no plano
de curvatura é mais familiar e é usada para ganchos, grampos, etc. O outro tipo de
viga curva é aquela sujeita a carregamentos fora do plano de curvatura, aplicada, por
exemplo, em juntas universais de veículos, garfos de motos e estruturas metálicas.
Para o caso de carga no plano, as forças são consideradas radiais, ou seja, apontam
para o centro de curvatura da viga, e, quando aplicadas, podem gerar tensões
circunferenciais, radiais e de cisalhamento. Para a determinação do estado tensional
de qualquer ponto ao longo da viga, utilizam as aproximações teóricas dadas pelas
teorias de viga de Bernoulli-Euler e a Função de Tensões de Airy. Percebe-se que as
tensões que agem em um determinado ponto da viga dependem, além da carga, das
posições angulares e radiais para este ponto, medidas em relação ao centro de
curvatura da viga.

3
2 OBJETIVOS

Avaliar o estado tensional de uma viga curva engastada-livre, com uma carga
no plano (radial) na extremidade livre, com seção transversal retangular e constante
ao longo do seu comprimento angular e geometria dada por um quarto de círculo
(posição angular varia de 0° a 90°), através de análises de estado plano de tensões
(2D) e elemento sólido (3D), as quais são realizadas por simulações via elementos
finitos utilizando o software Ansys Mechanical APDL Launcher 13.0v e comparadas
com os resultados teóricos previstos pelas teorias já citadas.

4
3 METODOLOGIA
3.1 Especificação do Problema

O problema considerado aqui é a análise de uma viga curva engastada-livre de


carregamento no plano de curvatura (radial) na extremidade livre, de seção retangular
constante e representada por um quarto de círculo. A análise não é axissimétrica pois
existem componentes de deslocamentos nas direções circunferencial, radial e axial.
A geometria pode ser descrita em coordenadas cilíndricas. A ilustração da viga pode
ser vista na Figura 1. Os dados de entrada são:

 Raio Externo da Viga (Re) = 120 mm


 Raio Interno da Viga (Ri) = 100 mm
 Raio Médio da Viga (Rm) = 110 mm
 Largura da Seção Transversal (t) = 4 mm
 Altura da Seção Transversal (h) = 20 mm
 Carga Radial Aplicada (F) = 100N

5
Figura 1 - Viga Curva Engastada-Livre com Carga Radial

A tensão circunferencial varia em função do ângulo θ e a tensão radial em


função do raio R. Para o caso 3D, é adicionada a tensão axial que varia em função da
direção axial z, de acordo com o sistema de referência da Figura 1.
Neste problema, serão analisadas as tensões em estado plano (2D), onde a
espessura é unitária, e, em estado triaxial (3D), onde a espessura é 4 mm.
O propósito é utilizar o método dos elementos finitos via ANSYS para analisar
o estado tensional da viga, dadas as condições de entrada, e comparar os resultados
numéricos com os teóricos. Concordâncias e divergências entre as soluções teórica e
numérica serão discutidas.
De acordo com as teorias, as tensões circunferenciais são sempre as maiores,
e portanto, os pontos críticos da viga são aqueles onde elas estão presentes sozinhas,
na parte superior e inferior da viga, respectivamente. Outros pontos merecem
destaque, como aqueles que se localizam em cima da linha neutra. Qualquer outro
ponto que não esses, gera um estado tensional combinado entre tensões normais
6
circunferenciais, radiais e cisalhantes. A figura 2 mostra alguns elementos tensionais
planos para viga em estudo, em alguns pontos específicos.

Figura 2 - Estado Tensional de Pontos da Viga Curva

3.2 Teoria de Vigas de Bernoulli-Euler

A teoria de viga de Bernoulli-Euler é uma forma simplista da teoria linear da


elasticidade usada para calcular tensões e deformações de uma viga sob
carregamento estático ou dinâmico.
Tal teoria é baseada em algumas simplificações e considerações [1]:

1. O comprimento da viga é tido como muito maior que as outras


dimensões, cujo formato é um prisma reto;
2. A viga é feita de um material linear elástico;
3. O coeficiente de Poisson é negligenciado;
4. Planos perpendiculares à linha neutra permanecem planos e
perpendiculares depois da deformação;
5. O ângulo de rotação da viga é muito pequeno durante aplicação de uma
carga;
6. Os efeitos de momentos de inércia de rotação são desprezados;
7
7. A energia envolvida no cisalhamento é desprezada.
8. A viga é de material homogêneo (densidade constante)
9. A linha neutra da viga coincide com a linha do centroide da seção
transversal da viga.

3.2.1 Tensão Normal de Flexão em Vigas

Ao derivar as relações para as tensões normais de flexão em vigas, aventamos


as seguintes hipóteses [1]:

1. A viga é submetida a flexão pura; isso significa que a força de cisalhamento


(cortante) é zero e que nenhuma carga que cause torção ou cargas axiais
estão presentes;
2. O material obedece à lei de Hooke;
3. A viga é inicialmente reta, com secção transversal constante ao longo de seu
comprimento.
4. A viga tem um eixo de simetria no plano de flexão.

A tensão normal 𝜎 pode ser oriunda de um momento fletor 𝑀 ou de uma força


axial 𝐹, que pode ser trativa ou compressiva. No primeiro caso, para uma seção
retangular, ela é definida por: [1]

12 𝑀𝑐
𝜎= (1)
𝑡ℎ3

Onde,
𝜎 = Tensão Normal (MPa)
𝑀 = Momento (N.mm)
𝑐 = Distância da Linha Neutra a um Ponto da Seção Transversal (mm)
𝑡 = Largura da Seção Transversal (mm)
ℎ = Altura da Seção Transversal (mm)

8
A tensões normais devido a força axial serão desprezadas, visto que seu efeito
é muito pequeno quando comparado ao gerado pelas tensões de flexão.
As tensões de flexão em uma viga reta podem ser aproximadas para tensões
circunferenciais em uma viga curva. As tensões radiais para a viga curva, pela teoria
de Bernoulli-Euler, são nulas.
O momento gerado por uma força radial F numa viga curva é dado por:

𝑀 = 𝐹𝑅𝑀 𝑠𝑒𝑛(𝜃) (2)

Onde,
𝑀 = Momento (N.mm)
𝐹 = Carga (N)
𝑅𝑀 = Raio Médio da Viga Curva (mm)
𝜃 = Ângulo da Seção de Análise Medindo em Relação ao Eixo x – Radial (graus)

3.2.2 Tensão de Cisalhamento Transversal

A tensão de cisalhamento transversal para uma viga reta de seção retangular


constante é dada por: [1]

6𝐹 ℎ2
𝜏= ( − (𝑟 − 𝑅𝑀 )2 )
𝑡ℎ3 4 (3)

Onde,
𝜏 = Tensão de Cisalhamento Transversal (MPa)
𝐹 = Carga (N)
𝑟 = Posição Radial de Interesse da Viga Curva (mm)
𝑅𝑀 = Raio Médio da Viga Curva (mm)
𝑡 = Largura da Seção Transversal (mm)
ℎ = Altura da Seção Transversal (mm)

9
A figura 2 representa a seção transversal da viga com seu eixo de simetria.

Figura 3 – Ilustração da Seção Transversal da Viga Curva

3.3 Função de Tensão de Airy (Airy Stress Function)

Considere a viga curva engastada-livre da Figura 3, com uma carga radial (por
unidade de espessura) na extremidade livre (θ=0). Os raios interno e externo são
dados por a e b, respectivamente. A tensão varia com o ângulo θ e com o raio r. Tal
carga, no caso mais geral, gera tensões normais circunferenciais e radiais e tensões
de cisalhamento num dado elemento plano de tensões. [2]

10
Figura 4 – Viga Curva sob Carga Radial Cisalhante [2]

Para este problema temos as seguintes condições de contorno:

 O deslocamento para qualquer r e z em θ=π/2 é nulo;


 As superfícies definidas por r=a e r=b estão sob tração uniaxial;
 A superfície definida por θ=0 está sujeita a uma força P ao longo da
direção radial –r;
 A superfície definida por θ= π/2 está sujeita a uma força P ao longo da
direção circunferencial –θ e um momento fletor M ao longo da direção
axial z (direção da espessura). O momento é dado pelo produto vetorial
entre a carga P e o raio médio.

Tais condições implicam que:

𝜋
𝑢 (𝑟, , 𝑧) = 0 (4)
2

11
𝜎𝑟 (𝑎, 𝜃, 𝑧) = 𝜎𝑟 (𝑏, 𝜃, 𝑧) = 0 (5)

𝜏𝑟𝜃 (𝑎, 𝜃, 𝑧) = 𝜏𝑟𝜃 (𝑏, 𝜃, 𝑧) = 0 (6)

∫ 𝜏𝑟𝜃 (𝑟, 0, 𝑧)𝑑𝑟𝑑𝑧 = −𝑃


𝐴 (7)

A Função de Tensão de Airy para esse problema é dada por:

𝐵
𝜙 = (𝐴𝑟 3 + + 𝐶𝑟 + 𝐷𝑟 ln 𝑟) 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑟 (8)

Onde A, B, C e D são constantes desconhecidas, r e θ são as coordenadas


cilíndricas da viga curva.

As tensões normais circunferencial e radial e de cisalhamento são dadas por:

1 𝜕𝜙 1 𝜕 2 𝜙
𝜎𝑟 = + (9)
𝑟 𝜕𝑟 𝑟 2 𝜕𝑟 2

𝜕 2𝜙
𝜎𝜃 = 2 (10)
𝜕𝑟

𝜕 1 𝜕𝜙
𝜏𝑟𝜃 = − ( )
𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 (11)

12
Combinando as equações (8), (9), (10) e (11) e aplicando as condições de
contorno das equações (5), (6) e (7), determinam-se as constantes A, B, C e D e
consequentemente as formulações para as tensões radial, circunferencial e cisalhante
para a viga curva engastada-livre, para tensão plana:

𝑃 𝑎2 𝑏 2 𝑎2 + 𝑏 2
𝜎𝑟 = (𝑟 + 3 − ) 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑁 𝑟 𝑟 (12)

𝑃 𝑎2 𝑏 2 𝑎2 + 𝑏 2
𝜎𝜃 = (3𝑟 − 3 − ) 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑁 𝑟 𝑟 (13)

𝑃 𝑎2 𝑏 2 𝑎2 + 𝑏 2
𝜏𝑟𝜃 = − (𝑟 + 3 − ) 𝑐𝑜𝑠(𝜃)
𝑁 𝑟 𝑟 (14)

𝑏
𝑁 = 𝑎2 − 𝑏 2 + (𝑎2 + 𝑏 2 ) ln ( )
𝑎 (15)

3.4 Projeto Assistido por Computador

3.4.1 Introdução aos Elementos Finitos

Os componentes mecânicos podem na forma de barras simples, vigas, etc, ser


analisados de forma relativamente simples utilizando métodos básicos de mecânica
que fornecem resultados analíticos. Componentes reais, entretanto, raramente são
tão simples, e o projetista se vê forçado a adotar aproximações menos eficazes de
soluções analíticas, experimentação ou métodos numéricos. Existe uma imensidade
de métodos numéricos usados em aplicações de engenharia para as quais o
computador digital é muito útil. Em projeto mecânico, onde o software CAD (desenho
assistido por computador) é intensamente utilizado, o método se integra bem com o
CAD é a análise por elementos finitos (AEF) [3].

13
O método dos elementos finitos é resolvido como um problema unidirecional
simples, usando o elemento linear de barra. O corpo é dividido numa rede de
elementos e nós que descretiza uma região conhecida como malha. A densidade da
malha aumenta à medida que forem colocados mais elementos no interior de certa
localidade [3].

3.4.2 ANSYS® Mechanical APDL Product Launcher 13.0v

O software de elementos finitos ANSYS permite a engenheiros realizar as


seguintes tarefas:[7]

 Construir modelos em computador ou transferir arquivos CAD de estruturas,


produtos, componentes ou sistemas;
 Aplicar cargas de operação ou outras condições de projeto;
 Estudar respostas físicas, tais como níveis de tensão, distribuição de
temperatura ou campos eletromagnéticos;
 Otimizar um modelo já existente para reduzir custos de operação;
 Realizar testes de protótipos em ambientes onde seria impossível.

Este projeto utiliza o ANSYS Mechanical APDL Product Launcher 13.0v para
avaliar o estado tensional de uma viga curva engastada-livre com carga no plano da
curvatura. O modelo APDL para ANSYS permite que o usuário escreva um código
para a análise do problema, podendo editá-lo e acompanha-lo durante a execução da
análise. Este código pode ser corrigido pelo usuário a qualquer momento e isto facilita
o estudo.[7]

14
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Solução do Estado Plano de Tensões (2D)

A primeira análise realizada no ANSYS® Mechanical APDL Product Launcher


13.0v foi para o estado plano de tensões na viga curva engastada-livre.
A interface do programa é mostrada na figura 5.

Figura 5 – Visão Geral Ansys APDL Launcher 13.0v

O primeiro passo foi determinar que o estudo era de análise estrutural.

15
ANSYS Main Menu> Preferences> Structural> OK

Figura 6 – Escolha de Análise Estrutural

O elemento escolhido foi o PLANE182 (2-D 4-Node Structural Solid). Este


elemento é usado para modelamento 2D de estruturas sólidas. O elemento pode ser
usado tanto como um elemento plano (tensão plana, deformação plana ou
deformação plana generalizada) ou como um elemento axissimétrico. Ele possui
plasticidade, hiperelasticidade, grandes deflexões e ampla capacidade de
deformação. Elementos triangulares não são recomendados, trabalhando melhor com
elementos quadrangulares. Possui translações UX e UY como graus de liberdade e
Módulos de Young EX, EY e EZ e Coeficientes de Poisson PRXY, PRYZ, PRXZ como
propriedades requisitadas para o material.

16
Figura 7 – Geometria do Elemento PLANE182

Para selecionar o elemento, utilizou-se o seguinte caminho:


ANSYS Main Menu> Preprocessor> Element Type> Add/Edit/Delete> Add> Solid>
PLANE182> OK> Close
Logo após, pelo caminho ANSYS Main Menu> Preprocessor> Element Type>
Options> Element Behavior> Plane stress w/thk, foi escolhido tensão plana com
espessura. Em seguida, Preprocessor> Real Constants> Add/Edit/Delete > Add>
THK> 4, pois a viga tem 4mm de espessura.

Figura 8 – Escolha do ElementType PLANE182

17
O próximo passo foi definir as propriedades do material de análise, aço
estrutural, com módulo de elasticidade de 210 GPa e coeficiente de Poisson 0,30. O
material para o estudo foi considerado linear e isotrópico.
ANSYS Main Menu> Preprocessor> Material Props> Material Models>
Structural> Linear> Elastic> Isotropic

Figura 9 – Propriedades do Material

A seguir foi definida a geometria do modelo. Decidiu-se, de forma a agilizar e


simplificar a execução da geometria, definir diretamente a área, onde o programa
automaticamente engloba os pontos (KEYPOINTS), linhas retas (STRAIGHT LINES)
e arcos (ARCS). Para a definição de geometria, foram utilizados, como dados de
entrada, raio externo (120mm), raio interno (100mm), ângulo de início (0°) e ângulo
de fim (90°).
Utilizou-se o caminho,
ANSYS Main Menu> Preprocessor> Modeling> Create> Areas> Circle> By
Dimensions

18
Figura 10 – Execução da Geometria

Figura 11 – Geometria da Viga Curva

A partir da geometria, foi criada a malha. Foi escolhido realizar a malha por
linhas, para uma melhor comparação de resultados com a teoria, facilitando a extração
de resultados por nós.
Seguiu-se o caminho, ANSYS Main Menu> Preprocessor> Meshing> Mesh
Tool> Lines> Set>
Os dois arcos (100 e 120 mm) foram divididos de 3 em 3 graus (ANGSIZE=>3)
e as linhas retas (20 mm) divididas em 10 elementos (NDIV=>10).

19
Figura 12 – Malha (Arcos)

Figura 13 – Malha (Linhas)

Foi escolhido o perfil quadrangular e mapped. A malha também foi escolhida


considerando a limitação do programa e do computador.
ANSYS Main Menu> Preprocessor> Meshing> Mesh Tool> Mesh

20
Figura 14 – Malha do Modelo

Ao colocar as condições de contorno nos nós, por default, eles estão no sistema
cartesiano, logo, é preciso girar os nós para o sistema cilíndrico para aplicar as
constrains corretamente. A aplicação das condições de contorno precisaria ser feita
em coordenadas cilíndricas, uma vez que a força é radial. Assim, realizou-se o
seguinte procedimento para passar os nós para o sistema cilíndrico (GLOBAL
CYLINDRICAL).
Select> Entities> Nodes> Attached to> Areas, all> OK (selecionar todos os nós)
WorkPlane> Change Active CS to> Global Cylindrical (passar o plano de
trabalho para o sistema de coordenadas cilíndricas)
Preprocessor> Modeling> Move/Modify> Rotate Node CS> To Active CS> Pick
All > OK (girar os nós para o sistema de coordenadas cílindricas)
Feito isso, é possível aplicar as constrains. As condições de contorno são os
deslocamentos nulos (ALL DOF = 0) no engaste e o carregamento é dado por
uma força radial de -100N (na direção –r).

21
O engaste foi aplicado na linha 2 (L2) e o carregamento foi divido entre os nós da
linha 4 (L4) ao invés de ser totalemtente aplicado em um único nó, para tentar reduzir
o efeito de concentração de tensão do programa na região da carga. Assim, como
existiam 11 nós na L4 cada nó recebeu aproximadamente -9,1N de carga.

Figura 15 – Plotagem das Linhas

Para a aplicação do engaste, seguiram-se os seguintes passos.


Preprocessor> Loads> Analysis Type> New Analisis> Static> OK
Preprocessor> Loads> Define loads> Apply> Structural> Displacement> On
Lines> L2> Apply> ALL DOF> OK
A aplicação da força se baseou nos passos a seguir.
Preprocessor => Loads => Define Loads => Apply => Structural => Force/Moment
=> On Nodes> Box> Apply> FX> -9.0909> OK

22
Nós selecionados

Figura 16 – Aplicação da Carga

Figura 17 – Condições de Contorno/Carga

A solução é feita a partir de então.

Solution> Current LS> OK> Close

23
Após a solução é preciso gerar os resultados e compará-los às teorias. É feita a
seleção do sistema cilíndrico para que o resultado seja dado por tensões
circunferenciais e radiais. General Postproc> Options for Output> Gobal cylindrical>
OK
A primeira solução é escolhida para SY (tensão circunferencial), seguindo os
passos. General Postproc> Plot Results> Contour Plot> Nodal Solution> Stress> SY>
OK

Figura 18 – Tensão Circunferencial (2D)

As tabelas 1, 2, e 3 mostram os resultados das teorias de Airy e Bernoulli-Euller,


comparadas ao resultado via ANSYS. Esses resultados são plotados nas figuras 19,
20, 21 em gráficos para uma melhor interpretação.

24
Tabela 1 – Tensão Circunferencial (θ=90°)
Tensão Circunferencial (θ=90°)
Bernoulli-Euler Airy Stress Function ANSYS
Nó Posição Radial r (mm)
(MPa) (MPa) (MPa)
32 100 -41,25 -45,22 -47,61
41 102 -33,00 -35,41 -36,07
40 104 -24,75 -26,02 -26,13
39 106 -16,50 -17,01 -16,96
38 108 -8,25 -8,34 -8,31
37 110 0,00 0,00 -0,04
36 112 8,25 8,04 7,92
35 114 16,50 15,81 15,67
34 116 24,75 23,33 23,30
33 118 33,00 30,62 31,04
2 120 41,25 37,69 39,49

50,00

40,00

30,00
Tensão Cirncuferencial, MPa

20,00

10,00

0,00

-10,00

-20,00

-30,00

-40,00

-50,00
100 102 104 106 108 110 112 114 116 118 120
Posição Radial, mm

Bernoulli-Euler Airy Stress Function ANSYS 2D

Figura 19 – Tensão Circunfencial vs Raio (θ=90°)

25
Tabela 2 – Tensão Circunferencial (θ=60°)
Tensão Circunferencial (θ=60°)
Posição Radial r Bernoulli- Airy Stress ANSYS

(mm) Euler (MPa) Function (MPa) (MPa)
62 100 -35,72 -39,17 -38,58
260 102 -28,58 -30,67 -29,82
259 104 -21,43 -22,53 -21,96
258 106 -14,29 -14,73 -14,41
257 108 -7,14 -7,23 -7,16
256 110 0,00 0,00 -0,17
255 112 7,14 6,96 6,57
254 114 14,29 13,69 13,08
253 116 21,43 20,21 19,37
252 118 28,58 26,52 25,48
22 120 35,72 32,64 31,60

50,00

40,00
Tensão Cirncuferencial, MPa

30,00

20,00

10,00

0,00

-10,00

-20,00

-30,00

-40,00

-50,00
100 102 104 106 108 110 112 114 116 118 120
Posição Radial, mm

Bernoulli-Euler Airy Stress Function ANSYS 2D

Figura 20 – Tensão Circunferencial vs Raio (θ=60°)

26
50,00
40,00
Tensão Cirncuferencial, MPa
30,00
20,00
10,00
0,00
-10,00
-20,00
-30,00
-40,00
-50,00
100 102 104 106 108 110 112 114 116 118 120
Posição Radial, mm

Bernoulli-Euler Airy Stress Function ANSYS 2D

Figura 21 – Tensão Circunferencial vs Raio (θ=30°)

Tabela 3 – Tensão Circunferencial vs Raio (θ=30°)

Airy
Bernoull Ansys
Posição Stress
Nó i-Euler APDL
Radial r (mm) Function
(MPa) (MPA)
(MPa)
52 100 -20,63 -22,61 -22,27
170 102 -16,50 -17,71 -17,22
169 104 -12,38 -13,01 -12,68
168 106 -8,25 -8,50 -8,32
167 108 -4,13 -4,17 -4,13
166 110 0,00 0,00 -0,10
165 112 4,13 4,02 3,79
164 114 8,25 7,91 7,55
163 116 12,38 11,67 11,19
162 118 16,50 15,31 14,71
12 120 20,63 18,84 18,24
27
Percebe-se que existe uma grande similaridade entre os resultados teóricos e
via ANSYS. De acordo com os resultados, confirma-se a teoria que diz que a região
do engaste possui as máximas tensões de tração e compressão circunferenciais.
Há uma pequena concentração de tensão no resultado via ANSYS nas regiões
próximas das condições de contorno. Uma solução, para diminuir essa concentração,
seria diminuir a densidade de malha nessa região ou dividir as constrains entre uma
maior quantidade de nós.
É mostrado também, pela figura 18, que a curvatura tem influência significativa
não tensões circunferenciais nos arcos. Apesar da concentração de tensão mostrada,
há uma enorme similaridade entre os resultados teóricos e numéricos.
A tensão radial é plotada da seguinte forma no programa:
General Postproc> Plot Results> Contour Plot> Nodal Solution> Stress> SX>
OK

Figura 22 – Tensão Radial (2D)

28
Como já explicado para as tensões circunferenciais, existe uma concentração de
tensão nas regiões próximas das condições de contorno (engaste), o que não existe
na teoria. Desprezando tais nós que apresentam concentração de tensão, a viga
apresenta boa similaridade com os modelos teóricos, que previam que as tensões
radiais são muito pequenas (tendendo a zero) frente as tensões circunferenciais. Há
um desvio de aproximadamente 0,5MPa entre a teoria e resultados numéricos, mas
todos mostram as quão pequenas são essas tensões comparadas às circunferenciais.
A tabela 4 e figura 23 mostram a similaridade para um ângulo θ = 30°.

10,00
Tensão Radial, MPa

5,00

0,00

-5,00

-10,00
102 104 106 108 110 112 114 116 118
Posição Radial, mm

Bernoulli-Euler Airy Stress Function ANSYS APDL


Figura 23 – Tensão Radial vs Raio (θ=30°)

Tabela 4 - Tensão Radial vs Raio (θ=30°)

Tensão Radial (θ = 30°)


Posição radial Bernoulli- Airy Stress ANSYS
Nó mm Euler (MPa) Function (MPa) (MPa)
52 100 0,00 0,00 -0,91
170 102 0,00 -0,55 -0,25
169 104 0,00 -0,94 -0,52
168 106 0,00 -1,19 -0,69
167 108 0,00 -1,31 -0,78
166 110 0,00 -1,32 -0,78
165 112 0,00 -1,22 -0,72
164 114 0,00 -1,03 -0,59
163 116 0,00 -0,76 -0,41
162 118 0,00 -0,41 -0,17
12 120 0,00 0,00 0,50
29
A tensão de cisalhamento é encontrada pelo seguinte caminho:
General Postproc> Plot Results> Contour Plot> Nodal Solution> Stress> SXY>
OK

Figura 24 – Tensão Cisalhante (2D)

De acordo com os resultados, existe uma concentração de tensão nas regiões


próximas das condições de contorno (engaste), o que não existe na teoria.
Desprezando tais nós que apresentam concentração de tensão, a viga apresenta boa
similaridade com os modelos teóricos. A solução via ANSYS comparada com as
teóricas para o ângulo θ=0° é mostrada através da tabela 5 e figura 25.

30
Tabela 5 – Tensão Cisalhante vs Raio (θ=0°)
Tensão Cisalhante (θ=0°)
Bernoulli-
Posição Airy Stress ANSYS
Nó Euler
Radial r mm Function (MPa) (MPa)
(MPa)
42 100 0,00 0,00 0,39
80 102 0,68 0,78 0,68
79 104 1,20 1,34 1,19
78 106 1,58 1,69 1,45
77 108 1,80 1,86 1,56
76 110 1,88 1,86 1,56
75 112 1,80 1,73 1,46
74 114 1,58 1,46 1,27
73 116 1,20 1,07 0,96
72 118 0,68 0,58 0,48
1 120 0,00 0,00 0,20

10,00

5,00
Tensão Cisalhante, MPa

0,00

-5,00

-10,00
102 104 106 108 110 112 114 116 118
Posição Radial, mm

Bernoulli-Euler Airy Stress Function ANSYS APDL

Figura 25 – Tensão Cisalhante vs Raio (θ=0°)

31
4.2 Solução Elemento Sólido (3D)

Para realizar o estudo tridimensional numérico de uma viga curva engastada


escolheu-se o elemento 8 node 185. Este elemento é usado para fazer uma
modelagem de um caso tridimensional de uma estrutura sólida. O mesmo é definido
por oito nós, tendo três graus de liberdade. Esse elemento tem plasticidade,
hiperlasticidade, grandes deflexões, e ampla capacidade de deformação.
A geometria e a localização dos nós para este elemento é mostrada na figura
26. O elemento é definido por oito nós e possui propriedades ortotropicas.

Figura 26 - Geometria do elemento 8 node 185

Para selecionar o elemento 8 node 185 foi feito o mesmo procedimento descrito
acima no tópico sobre a solução do estado plano.
A próxima etapa é especificar as propriedades do material utilizado na viga
curva, o qual também estava descrito no tópico anterior.
Os outros procedimentos para obter o resultado são os mesmos mencionados
na modelagem 2-D somente alguns passos possuem alguns detalhes a mais como
por exemplo na criação da geometria. Após criar a área devemos extrudar a mesma
com comprimento de extrusão de 4mm (espessura) como mostrado na figura 27. Para
dar volume a figura plana foram feitos os seguintes procedimentos:
Preprocessor > Modeling > Operate > Extrude > Areas > Along normal

32
Figura 27 - Geometria 3-D

Outro passo que teve uma leve modificação foi selecionar o local onde seriam
aplicadas as condições de contorno. No caso 2-D a condição de engaste foi aplicado
em uma linha enquanto que no modelo 3-D essa mesma condição foi aplicada em
uma área.
A aplicação da força foi feita do mesmo modo que no modelo 2-D. A única
diferença é que no modelo 3-D a quantidade de nós foi selecionada na área,
totalizando 33 nós, com uma força radial de aproximadamente -3,03N em cada nó.

33
Figura 28 – Condições de Contorno/Cargas (3D)

Resolvendo no solution e plotando os resultados, tem-se as tensões


circunferenciais, radiais, cisalhantes e axiais mostradas nas figuras 29, 30, 31 e 32.

Figura 29 – Tensão Circunferencial (3D)

34
Figura 30 – Tensão Cisalhante (3D)

Figura 31 – Tensão Radial (3D)

35
Figura 32 – Tensão Axial (3D)

Pelos resultados apresentados, eliminando os pontos de concentração de


tensão, os resultados apresentam grande similaridade com os previstos pela teoria.
Verifica-se que a tensões são constantes ao longo da espessura (direção axial –z),
mostrando que as tensões em z são nulas. Além disso, os resultados para o modelo
3D são muito próximos aos resultados obtidos no modelo 2D.
As tensões radiais e cisalhantes são muito próximas a zero, muito menores que
as tensões circunferenciais. As tensões circunferenciais são máximas no engaste,
conforme previsto pelas teorias e pelo modelo 2D. As tensões normais são
compressivas e nulas na região dos arcos superior e inferior. As tensões de
cisalhamento são máximas na linha neutra, conforme previsto pela teoria.

A tabela 6 e a figura 33 fazem a comparação para as tensões circunferenciais


em θ=90°.

36
Tabela 6 - Tensão Circunferencial vs Raio (θ=90°)

ANSYS
Bernoulli- Airy Stress ANSYS ANSYS
Posição Radial
Euler Function Nó 2D Nó 3D
r (mm)
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
100 -41,25 -45,22 32 -47,61 1153 -45,32
102 -33,00 -35,41 41 -36,07 1162 -32,85
104 -24,75 -26,02 40 -26,13 1161 -24,26
106 -16,50 -17,01 39 -16,96 1160 -15,98
108 -8,25 -8,34 38 -8,31 1159 -8,03
110 0,00 0,00 37 -0,04 1158 -0,36
112 8,25 8,04 36 7,92 1157 7,06
114 16,50 15,81 35 15,67 1156 14,24
116 24,75 23,33 34 23,30 1155 21,26
118 33,00 30,62 33 31,04 1154 28,38
120 41,25 37,69 2 39,49 1058 39,17

50,00

40,00

30,00
Tensão Cirncuferencial, MPa

20,00

10,00

0,00

-10,00

-20,00

-30,00

-40,00

-50,00
100 102 104 106 108 110 112 114 116 118 120
Posição Radial, mm

Bernoulli-Euler Airy Stress Function ANSYS 2D ANSYS 3D

Figura 33 – Tensão Circunferencial vs Raio (θ=90°)

37
5. CONCLUSÕES

De acordo com os resultados e análises realizadas no presente trabalho, conclui-


se que os resultados obtidos via Ansys® Mechanical APDL Product Launcher 13.0v
se assemelham aos previsto pelas teorias de Bernoulli-Euler e da Função de Tensão
de Airy. Os modelos apresentaram pontos de concentração de tensão próximos às
regiões de engaste e aplicação de carga. Para minimizar esse feito na região da carga,
a força foi igualmente dividida entre os nós da linha (modelo 2D) e área (modelo 3D)
ao invés de ser aplicado em um único nó. Uma solução viável para a região de engaste
seria reduzir a densidade de malha, porém, mesmo com a concentração de tensão
nessa região, os resultados foram satisfatórios.
Como previsto, as tensões circunferenciais se comportam de maneira não-linear
em relação à posição radial. Tais tensões são as maiores para a viga, e, seus valores
máximos, se localizam na região superior e inferior do engaste. As tensões radiais
foram compressivas, conforme a teoria, com perfil parabólico. As tensões radiais e de
cisalhamento são muito pequenas quando comparadas às circunferenciais, validadas
pelas teorias. A tensão em –z no caso 3D é nula, mostrando que o estado tensional é
puramente plano.
As máximas tensões radiais se localizam nos pontos em cima da linha neutra da
viga, fato que é validado pela teoria de vigas.
As máximas tensões de cisalhamento ocorrem nos pontos em cima da linha
neutra da viga, fato que é validado pela teoria de vigas. Para θ=0°, o modelo 2D gerou
uma solução de 1,56 MPa para a tensão de cisalhamento em r=110 mm. Já as teorias
de Bernoulli-Euler e Airy mostram os resultados de 1,86 MPa e 1,88 MPa,
respectivamente, mostrando a proximidade dos resultados.
As máximas tensões circunferenciais compressivas para os modelos 2D e 3D
foram -47,61 MPa e -45,32 MPa, respectivamente. A teoria de Bernoulli-Euler previa
-41,25 MPa e a de Airy, -45,22 MPa, mostrando a proximidade dos resultados.
As máximas tensões circunferenciais trativas para os modelos 2D e 3D foram
39,49 MPa e 39,17 MPA, respectivamente. A teoria de Bernoulli-Euler previa
41,25MPa e a de Airy 37,69 MPa mostrando a proximidade dos resultados.
Foi comprovado pelos modelos que a curvatura tem influência significativa nas
tensões circunferenciais na região dos arcos.

38
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Resistência Dos Materiais - 7ª Ed. - Hibbeler, R. C.


[2] https://personal.egr.uri.edu/taggart/courses/.../Chapter_8.pptx
[3] Elementos de Máquinas de Shigley - Projeto de Engenharia Mecânica - 8ª Ed. -
2011
[4]
[5] nptel.ac.in/courses/105106049/lecnotes/mainch10.html
[6] Ansel C. Ugural - Mechanical Design, 4th edition
[7] http://www.mece.ualberta.ca/tutorials/ansys/AT/APDL/APDL.html
[7] ANSYS Mechanical APDL Basic Analysis Guide. Release 15.0. ANSYS, Inc. November
2013.
[8] FINITE ELEMENT ANALYSIS USING ANSYS® 11.0, SRINIVAS P., SAMBANA K.C.,
DATTI R.K..
[9] FINITE ELEMENT ANALYSIS OF COMPOSITE MATERIALS USING ANSYS®, 2th
EDITION, E. J. BARBERO
[10]https://confluence.cornell.edu/display/SIMULATION/ANSYS++3D+Curved+Beam
+-+Problem+Specification
[11] http://rfrith.uaa.alaska.edu/CE631/Frith_CE631_TermPaper.html
[12] https://www.princeton.edu/~dynaflow/femgv/manuals/preansy/node35.htm
[13] https://www.sharcnet.ca/Software/Ansys/
[14] http://www.ansys.stuba.sk/html/elem_55/chapter2/ES2-3.htm

39
7. ANEXOS

A. LOGFILE Viga Curva 2D

/GO
!*
/COM,
/COM,Preferences for GUI filtering have been set to display:
/COM, Structural
!*
/PREP7
!*
ET,1,PLANE182
!*
KEYOPT,1,1,0
KEYOPT,1,3,3
KEYOPT,1,6,0
!*
!*
R,1,4,
!*
!*
MPTEMP,,,,,,,,
MPTEMP,1,0
MPDATA,EX,1,,210000
MPDATA,PRXY,1,,0.3
PCIRC,120,100,0,90,
FLST,5,2,4,ORDE,2
FITEM,5,2
FITEM,5,4
CM,_Y,LINE
LSEL, , , ,P51X
CM,_Y1,LINE
CMSEL,,_Y
!*
LESIZE,_Y1, , ,10, , , , ,1
!*
FLST,5,2,4,ORDE,2
FITEM,5,1
FITEM,5,3
CM,_Y,LINE
LSEL, , , ,P51X
CM,_Y1,LINE
CMSEL,,_Y
!*
LESIZE,_Y1, ,3,7, , , , ,1
!*
MSHAPE,0,2D
40
MSHKEY,1
!*
CM,_Y,AREA
ASEL, , , , 1
CM,_Y1,AREA
CHKMSH,'AREA'
CMSEL,S,_Y
!*
AMESH,_Y1
!*
CMDELE,_Y
CMDELE,_Y1
CMDELE,_Y2
!*
NSLA,S,1
FLST,2,248,1,ORDE,2
FITEM,2,1
FITEM,2,-248
CSYS,1
NROTAT,P51X
FLST,2,1,4,ORDE,1
FITEM,2,2
!*
FLST,2,8,1,ORDE,3
FITEM,2,2
FITEM,2,32
FITEM,2,-38
!*
NPLOT
FLST,2,1,4,ORDE,1
FITEM,2,2
!*
/GO
DL,P51X, ,ALL,0
FLST,2,11,1,ORDE,4
FITEM,2,1
FITEM,2,42
FITEM,2,72
FITEM,2,-80
!*
/GO
F,P51X,FX,-9.09090909090909090909090909090
FINISH
/SOL
/STATUS,SOLU
SOLVE
FINISH
/POST1
!*
RSYS,1

41
AVPRIN,0
AVRES,2,
/EFACET,1
LAYER,0
FORCE,TOTAL
!*
!*
/DSCALE,ALL,1.0
/EFACET,1
PLNSOL, S,Y, 0,1.0

B. LOGFILE Viga Curva 3D

/PREP7
/GO
PCIRC,120,100,0,90,
!*
ET,1,SOLID185
!*
!*
MPTEMP,,,,,,,,
MPTEMP,1,0
MPDATA,EX,1,,2.1e5
MPDATA,PRXY,1,,0.3
ESIZE,2,0,
/UI,MESH,OFF
!*
VOFFST,1,4, ,
/VIEW,1,1,1,1
/ANG,1
/REP,FAST
/VIEW,1,1,2,3
/ANG,1
/REP,FAST
/VIEW,1,1
/ANG,1
/REP,FAST
/VIEW,1,,,1
/ANG,1
/REP,FAST
/VIEW,1,1,2,3
/ANG,1
/REP,FAST
/VIEW,1,,,1
/ANG,1
/REP,FAST
FLST,5,2,4,ORDE,2
FITEM,5,5

42
FITEM,5,7
CM,_Y,LINE
LSEL, , , ,P51X
CM,_Y1,LINE
CMSEL,,_Y
!*
LESIZE,_Y1, ,3, , , , , ,1
!*
/VIEW,1,1,2,3
/ANG,1
/REP,FAST
/VIEW,1,,,1
/ANG,1
/REP,FAST
FLST,5,2,4,ORDE,2
FITEM,5,6
FITEM,5,8
CM,_Y,LINE
LSEL, , , ,P51X
CM,_Y1,LINE
CMSEL,,_Y
!*
LESIZE,_Y1, , ,10, , , , ,1
!*
MSHAPE,0,3D
MSHKEY,1
!*
CM,_Y,VOLU
VSEL, , , , 1
CM,_Y1,VOLU
CHKMSH,'VOLU'
CMSEL,S,_Y
!*
VMESH,_Y1
!*
CMDELE,_Y
CMDELE,_Y1
CMDELE,_Y2
!*
ESIZE,0,0,
CM,_Y,VOLU
VSEL, , , , 1
CM,_Y1,VOLU
CHKMSH,'VOLU'
CMSEL,S,_Y
!*
VMESH,_Y1
!*
CMDELE,_Y
CMDELE,_Y1

43
CMDELE,_Y2
!*
/VIEW,1,1,2,3
/ANG,1
/REP,FAST
/VIEW,1,,,1
/ANG,1
/REP,FAST
NSLV,S,1
CSYS,1
FLST,2,1364,1,ORDE,2
FITEM,2,1
FITEM,2,-1364
NROTAT,P51X
!*
ANTYPE,0
/VIEW,1,1,2,3
/ANG,1
/REP,FAST
FLST,2,1,5,ORDE,1
FITEM,2,4
!*
/GO
/GO
DA,P51X,ALL,
NPLOT
/VIEW,1,,,1
/ANG,1
/REP,FAST
FLST,2,33,1,ORDE,12
FITEM,2,1
FITEM,2,107
FITEM,2,202
FITEM,2,-210
FITEM,2,1057
FITEM,2,1163
FITEM,2,1258
FITEM,2,-1266
FITEM,2,2114
FITEM,2,2219
FITEM,2,2314
FITEM,2,-2322
!*
/GO
F,P51X,FX,-3.03030303030303030303030303030
FINISH
/SOL
/STATUS,SOLU
SOLVE
FINISH

44
/POST1
!*
RSYS,1
AVPRIN,0
AVRES,2,
/EFACET,1
LAYER,0
FORCE,TOTAL
!*
!*
/DSCALE,ALL,1.0
/EFACET,1
PLNSOL, S,Y, 0,1.0

45

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