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A EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRANSFORMANDO A CULTURA LOCAL.

Auricélia Gomes TAVARES1 (auriceliatavares@gmail.com)


Erilândia Laurentino BELÉM2 (erilandiabelem@gmail.com)

RESUMO
A educação ambiental é uma prática social necessária, portanto o objetivo deste trabalho é
promover através das oficinas de educação ambiental, oficinas de leituras, aulas de campo,
do plantio de mudas e de todas as etapas desse processo, uma conscientização sobre a
importância do reflorestamento aonde a inclusão social torna-se ativa, propondo ações que
visem à preservação da flora da localidade da Vila Esperança bem como sua arborização,
proporcionando a melhoria na qualidade de vida por meio da preservação e reestruturação
do meio ambiente e conseqüentemente a sua conservação utilizando plantas nativas da
região. Nesse processo a aprendizagem é mais significativa do o simples repasse de
informações tão comuns em sala de aula. Além disso, trata-se de um minucioso estudo
teórico do assunto abordado, baseado em pesquisas bibliográficas, vídeos educativos,
palestras sobre a importância da Educação Ambiental. Desta forma, a prática da educação
ambiental propõe aproximar os alunos e a comunidade local da problemática ambiental,
despertando nos mesmos o interesse em participarem como agentes transformadores
buscando soluções para determinados problemas e evitando que outros problemas venham
acontecer, e dessa forma contribuindo na formação de cidadãos conscientes, aptos para
decidirem e atuarem na realidade sócio-ambiental.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Ambiental, Meio Ambiente, Processos Pedagógicos,


Formação de Professores.

INTRODUÇÃO
A discussão acerca das práticas sociais, em um conjunto marcado pela degradação
ambiental e do seu ecossistema, cria uma vinculação com a produção de sentidos a respeito
da educação ambiental. O meio ambiente vem sofrendo muitas alterações por conseqüência
das ações humanas e tudo isso nos leva a uma perda de qualidade de vida, a crise
ambiental apresente-se a todos como um limite no real.
Diante de tantas modificações no meio ambiente surge então a necessidade de se
implantar a prática de educação ambiental dentro do projeto pedagógico, pois as mudanças
de atitudes no meio escolar passam por mudar a forma de agir, atuar não só dentro da
escola como também com a comunidade local.
A barreira que se coloca é a de se reformular uma educação ambiental que seja
dinâmica, inovadora e crítica. Assim a educação ocupa um espaço político uma vez que é

1
Bióloga formada pela Universidade Regional do Cariri – URCA, Especialista em Ensino de Biologia com
ênfase em Educação Ambiental pela Faculdade Vale do Salgado, Acadêmica do curso de Letras pela
Universidade Federal do Ceará – UFC.
2
Professora, Bióloga formada pela Universidade Regional do Cariri – URCA, Especialista em Ensino de
Biologia com ênfase em Educação Ambiental pela Faculdade Vale do Salgado.
2

agente de transformação social. O seu objetivo deve buscar uma visão de ação que
relaciona o homem, a natureza e o universo.
Segundo Rainha e Feital (2002) se a escola pretende estar em consonância com as
demandas atuais da sociedade é necessário, segundo os PCNs que trate de questões que
interferem na vida diária dos alunos, contribuindo para a formação de cidadão participativo,
plenamente reconhecido e consciente de seu papel na sociedade.
Segundo Ricardo e Zylbersztajn (2007) uma formação por competências torna-se
pertinente na medida em que ressalta questionamentos em relação ao que se ensinam para
quem se ensina e como se ensinam os conteúdos escolares. Reduzir essa abordagem a
uma mera definição implicaria restringir os objetivos educacionais a uma abstração. Nesse
sentido, a noção de competências poderia ser considerada ainda como um problema de
transposição didática e de pensar a escola para um tempo extra-escolar.
Isto é, uma perspectiva de formação por competências, a escola neste caso, teria
que pensar em suas escolhas didáticas para um tempo depois dela, pois o projeto da
relação didática estabelecida entre o professor, o aluno/alunos e o saber/saberes ensinados,
localizados em um espaço e um tempo bem definidos, que é a escola, teria que contemplar
também uma etapa posterior, na qual o aluno não contaria mais com a mediação do
professor, mas continuaria a manter relações com os saberes, o que se costuma chamar de
“continuar aprendendo” (RICARDO; ZYLBERSZTAJN, 2007).
Segundo a revista Eco Spy (s/d) é importante educar para evitar o imobilismo, a
inércia. Devem-se ensinar as pessoas a participar de programas de educação ambiental,
exercendo a verdadeira cidadania, visto que questão ambiental é bem complexa.
Por isso é importante que as nossas crianças, futuras gerenciadoras do planeta,
sejam desde já sensibilizadas para os problemas e entenda o quanto antes a importância de
conservarem o ambiente.
Diante do exposto o objetivo geral deste trabalho foi promover através das oficinas
de educação ambiental, oficinas de leituras, aulas de campo, do plantio de mudas e de
todas as etapas desse processo, uma conscientização sobre a importância do
reflorestamento, propondo ações que visem à preservação da flora da localidade da Vila
Esperança bem como sua arborização, mas também despertar em todos os cidadãos que lá
reside, o interesse de participar como agentes transformadores buscando soluções para
determinados problemas e evitando que outros venham acontecer.
Como um dos objetivos era despertar a sensibilidade de cada um dos participantes,
engajando-os na técnica de observação do seu ambiente, foram realizadas algumas visitas
a campo, na própria comunidade.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRANSFORMANDO O FAZER PEDAGÓGICO


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A Educação Ambiental ainda é uma questão polêmica, mesmo sendo introduzido no


Brasil em 1988 como um tema transversal através dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) propostos pelo Ministério da Educação (MEC), observa-se que muitos professores
ainda sentem dificuldades em introduzi-lás nos currículos escolares do ensino fundamental.
A Educação Ambiental propõe aproximar as pessoas da sua realidade local e
possibilitar que revejam suas atitudes e percebam a relação existente entre o meio ambiente
e cultural onde vivem.
Kindel et al (2004), acrescenta que a Educação Ambiental pode ser definida “melhor
por seus princípios e atividades do que por conceitos e definições” apresentando
características para orientar a prática de educadores que desejam implantar a Educação
Ambiental, tais como: Permanência, Participação, Sensibilização, Contextualização,
Abrangência, Globalização, Transformação, Totalização, Transdisciplinaridade.
Os reflexos desse processo podem ser observados nas múltiplas faces das crises
sociais e ambientais e tem gerado reações sociais, em escala mundial, e despertado a
formação de uma consciência e sensibilidade novas em torno das questões ambientais,
Nacional e internacionalmente, embora de formas diferenciadas, essa consciência ecológica
cresceu e, gradualmente, foi se materializando no seio da opinião pública, nos movimentos
sociais, nos meios científicos, nas agências e políticas públicas, nos veículos de
comunicação social, nos organismos e bancos internacionais, nas organizações não-
governamentais e nas iniciativas empresariais, entre outros (LIMA, 1999).
Fritjof Capra (2006) evidencia que a proposta da educação ambiental é viabilizar um
processo que inclua homem e meio ambiente em uma perspectiva pluralista que facilite a
construção da imagem de pertencimento dos mesmos ao sistema planetário. Neste sentido,
as estratégias que são criadas dentro do sistema educacional, precisam levar em
consideração os fatores da diversidade encontrados nos vários níveis, e, de alguma forma
entender também o objeto específico, que é a própria escola.
A observação destas práticas facilmente mostrará um universo extremamente
heterogêneo onde, para além de um primeiro consenso em torno da valorização da natureza
como um Bem, há uma grande variação das intencionalidades sociais educativas,
metodologias pedagógicas e compreensões acerca do que seja a mudança ambiental
desejada (CARVALHO, 2001).
Por ocasião da Rio/92 foram produzidos três documentos importantes para a
validação da EA no âmbito internacional: Agenda 21 (elaborada pelos chefes de estado), o
Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global
(elaborado pelo Fórum Global, realizado paralelamente por ONGs de todo o mundo) e a
Carta Brasileira de Educação Ambiental (elaborada pela coordenação do MEC).
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Os princípios básicos são: enfoque humanista e participativo; concepção do meio


ambiente em sua totalidade; pluralidade de idéias e concepções pedagógicas, na
perspectiva de inter, multi e transdisciplinaridade; vinculação entre a ética, a educação, o
trabalho e as práticas sociais; garantia de continuidade e permanência do processo
educativo; abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e
globais; reconhecimento e respeito à pluralidade e a diversidade individual e cultural
(ZANETI; SÁ, 2003).
Os processos pedagógicos relativos à educação ambiental caracterizam-se,
principalmente, na participação. A participação é um aprendizado, cabendo à educação
ambiental resgatar valores humanos como solidariedade, ética, respeito pela vida,
honestidade, responsabilidade, entre outros. Desta forma, irá favorecer uma participação
responsável nas decisões de melhoria da qualidade de vida, do meio natural, social e
cultural (DIB-FERREIRA, 2002).
As atividades de educação ambiental devem possibilitar aos educandos
oportunidades para desenvolver uma sensibilização aos problemas ambientais, propiciando
uma reflexão a respeito desses problemas e a busca de soluções. Essas atividades de
sensibilização devem ser um caminho para tornar as pessoas conscientes do quanto são
importantes as suas atitudes. Sensibilizar é cativar os participantes para que suas mentes
se tornem receptivas às informações a serem transmitidas (DIB-FERREIRA, 2002).
A Educação Ambiental potencializa as relações entre escola e comunidade, na
medida em que gera condições de articulação de práticas educativas que superam a
dinâmica interna da ação escolar e ampliam-se para o encontro com os desejos e
necessidades da vida além da escola. Os resultados da pesquisa revelam que, onde são
desenvolvidos projetos de Educação Ambiental com apelo à participação comunitária,
consegue-se instalar uma ação conseqüente, que gera rebatimentos nos saberes e fazeres
que a escola realize em seu dia-a-dia (TRAJBER; MENDONÇA, 2006).
Portanto, a avaliação de fatores que permitem compreender o processo participativo
é significativa para os trabalhos de Educação Ambiental porque determina, em última
análise, a capacidade de mobilização e ação coletiva dos projetos e de estímulo à
organização social em espaços coletivos ou entidade que atuam junto à escola e à
comunidade e que intervém em políticas públicas.
Em relação à abordagem específica da formação de professores, Brault (apud
SATO, 2001) nos lembra que são necessárias três dimensões para vencer as lacunas da
teoria e da prática: a cultural, a técnico-pedagógica e a crítica.
Na abordagem cultural, o conhecimento deve constituir-se de condições de
liberdade, e o professor deve estar preparado para sua função de mediador cultural, desde
que aceite que a escola seja o espaço da produção e da manifestação cultural, e não
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apenas a transmissão de conteúdos programáticos pré-estabelecidos. Na dimensão crítica,


os profissionais devem apresentar alto grau de coerência e consistência, sob a luz da ética e
da responsabilidade (BRAULT apud SATO, 2001).
Finalmente, a dimensão técnico-pedagógica caracteriza-se pelo esforço incessante
de renovação para se inventar estratégias didáticas sempre mais eficazes para o processo
do ensino-aprendizagem. É preciso lembrar, todavia, de que qualquer organização
pedagógica sofisticada, como o aparato tecnológico, por exemplo, constitui-se de meios (e
não metas finais) da educação, encontrando, sempre, um limite inevitável: a liberdade do
sujeito aprendiz (BRAULT apud SATO, 2001).
Nesse sentindo, Oliveira (2007) afirma que a escola, utilizando-se da política de
capacitação de recursos humanos, deve oferecer aos professores formação complementar
em todas as áreas, para que eles possam desenvolver um trabalho adequado junto os
alunos, principalmente na atualidade, visto que os problemas ambientais são tão freqüentes.
A participação e interesse dos professores neste processo são de fundamental
importância, pois essa vivência constante permite aos alunos perceberem que a construção
e a produção de conhecimentos são contínuas e que, para se entender as questões
ambientais, há necessidade de atualização constante. Torna-se necessário, então, que o
professor passe por novos processos de formação humana e capacitação profissional, para
que possam manter em alta seu vínculo de troca de experiências (OLIVEIRA, 2007).
Nesse sentido, o professor deve, sempre que possível, possibilitar a aplicação dos
conhecimentos à realidade local, para que o aluno se sinta potente, com uma contribuição a
dar, por pequena que seja, para que possa exercer sua cidadania desde cedo. E, a partir
daí, perceber como mesmo os pequenos gestos podem ultrapassar limites temporais e
espaciais; como, às vezes, um simples comportamento ou um fato local pode se multiplicar
ou se estender até atingir dimensões universais. Ou, ainda, como situações muito distantes
podem afetar seu cotidiano (BRASIL, 2001).
Como se pode verificar, na atualidade, as escolas possuem inúmeras
responsabilidades, assumiram até as obrigações que antes eram pertinentes a família.
Enfim, o professor atual vai além de um simples educador, passando a ser pai, mãe, tio,
amigo e psicólogo.

OS RESULTADOS EM PROL DA EDUCAÇÃO


No decorrer da realização das etapas do trabalho, educandos e vários educadores
(esses de diversas disciplinas e de diversos níveis de ensino) e a comunidade local
sentiram-se motivados a realizarem as atividades, sempre obedecendo a Política Nacional
de Educação Ambiental que trata do desenvolvimento de instrumentos e metodologias,
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objetivando a incorporação ambiental, de modo interdisciplinar, nas diversas modalidades e


níveis de ensino.
Um tronco de árvore que estava ao chão foi motivo para se fazer outra discussão
que é o crime que consiste em se derrubar uma árvore, as mesmas levam anos para
crescer e serve para purificar o ar que respiramos, sendo ressaltada a problemática do
desmatamento e das queimadas e as leis criadas para evitar os crimes ambientais.
Segundo Araújo e Melo (2008) algumas questões ambientais extrapolam as
fronteiras de um município, como são o caso do problema do desmatamento e das
queimadas, principais fatores de impacto sobre o meio ambiente.
A lei é uma forma utilizada para poder facilitar e reforçar iniciativas e ações de
mudança efetiva, e, a educação ambiental é digna de um considerável aparato legislativo, o
que inclui pareceres, resoluções e abordagens na Constituição Federal. Segundo o
Ministério do Meio Ambiente (2004) a Educação Ambiental, para cumprir a sua finalidade,
conforme definida na Constituição Federal, na Lei 9.795/99, que institui a Política Nacional
de Educação Ambiental e em seu Decreto regulamentador (4.281/02), deve proporcionar as
condições para o desenvolvimento das capacidades necessárias; para que grupos sociais,
em diferentes contextos sócio-ambientais do país, exerçam o controle social da gestão
ambiental pública. Isto posto, é necessário elucidar o caráter de uma educação ambiental
com este propósito e seus pressupostos.
Entende-se que o processo de conscientização e formação de novas atitudes é lento,
já que passa pela percepção do problema, motivação para enfrentá-lo e engajamento na
sua resolução (GOLDSCHMIDT, 2007).
A conscientização passa necessariamente pela educação, seja ela formal, não-
formal ou informal, e é a partir dela que se desenvolvem concepções de mundo e
constroem-se representações. É preciso reconhecer que vivemos numa sociedade na qual é
fundamental partir de uma boa formação e de um sólido conhecimento dos complexos
problemas e potencialidades ambientais para que se possa de alguma forma tentar reverter
o triste quadro em que se encontra nosso meio ambiente (GOLDSCHMIDT, 2007).
Segundo o mesmo autor, a conscientização sobre a necessidade de conservação e
defesa do meio ambiente para presentes e futuras gerações é incontestável. O
conhecimento da lei para entendimento dos deveres e prerrogativa dos cidadãos é
imprescindível. A importância de se começar a educação ambiental na infância é
inquestionável.
A Educação Ambiental (EA) é um processo de aprendizado que busca formar uma
consciência sobre a postura do homem em relação ao meio ambiente. Tem como objetivo
informar e sensibilizar as pessoas sobre os problemas ambientais e suas possíveis
soluções, buscando transformar os indivíduos em participantes das decisões de sua
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comunidade. Daí a importância de trabalhar desde cedo a Educação Ambiental no ensino


formal, sendo integrada ao currículo de forma a promover uma melhor aprendizagem e
despertar a sensibilização do alunado, contextualizando com a sua realidade na formação
do cidadão crítico e participativo (BRASIL, 2004).
Para que aconteça a Educação Ambiental no âmbito escolar e a interação meio
ambiente/comunidade/escola não é necessária a participação de políticos, mas para que
muitos problemas ambientais sejam resolvidos, é preciso sim que haja mudanças por parte
dos governantes, principalmente dentro da educação, ordenando mudanças e novas
abordagens de desenvolvimento, mas isto não se constituirá em solução de curto prazo, se
a juventude não receber um novo tipo de educação.
Segundo Goldschmidt, et. al. (2007), a questão ambiental, para a maioria da
população, ainda se resume nos grandes temas veiculados pela mídia como: camada de
ozônio, Amazônia, lixo, etc., que ajudam a difundir a consciência ecológica, mas ainda são
insuficientes para a criação de novas atitudes. Neste sentido, a educação precisa de novas
saídas pedagógicas, para que consiga dar conta dos problemas sócio-ambientais criados
pelos seres humanos durante muito tempo. E a Educação Ambiental, como saída
pedagógica se apresenta de diversas formas e por diversos conteúdos, permeando os
diversos meios sociais.
Segundo Maciel et. al. (2008), atualmente percebe-se que a sociedade está
compreendendo a importância de um ambiente ecologicamente equilibrado e que está
buscando uma aproximação maior com a natureza. A ação coletiva é um aprendizado que
só é possibilitado pela experiência, e quando ocorrem satisfatoriamente, as partes
envolvidas tornam-se mais íntimas, confiáveis e compreensíveis. A partir desta relação à
participação da comunidade na construção de um ambiente equilibrado se torna um
processo cada vez mais recíproco, continuo e progressivo.
Segundo Gomes et. al. (2005), a resolução dos problemas ambientais locais carrega
um valor altamente positivo, pois foge da tendência de desmobilizar a percepção dos
problemas globais, distanciados da realidade local, partindo do principio de que é
indispensável à participação do individuo enquanto cidadão na organização e gestão de seu
ambiente de vida cotidiana. Distanciando-se da mera consulta a população, pois envolve um
processo decisório que envolve participação, engajamento, mobilização, emancipação e
democratização, permitindo o desenvolvimento de uma visão crítica e da responsabilidade
social vital para a formação da cidadania, e o despertar para a conscientização e o
conhecimento dos problemas que envolvem a comunidade local.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O trabalho em Educação Ambiental institui um elemento articulador para


proporcionar novas atitudes perante o meio ambiente e a todos. As atividades desenvolvidas
na escola geraram um espaço promotor de conhecimento e de importância sobre a
educação ambiental atuando em paralelo nas ações sociais e ambientais.
No desenrolar de todas as etapas do trabalho foi comprovado que muitos dos
objetivos foram alcançados, o que foi verificado na mudança comportamental dos
envolvidos, bem como ma análise crítica do ambiente e a conscientização de cada um
passando a atuar nesses locais.
Portanto, a experiência vivida em sala de aula foi muito importante e bem-sucedida e
a análise de percepção ambiental complementou o trabalho, mas se deve agora orientar
como trabalhar os temas ainda deficitários com os alunos, seguindo a proposta
metodológica adotada anteriormente, visando ainda, transformar o cotidiano de alguns
moradores da vila Esperança, promovendo a inclusão social, associando a aprendizagem à
vida do aluno.
Os métodos utilizados possibilitaram a exploração máxima dos temas considerados
como sendo os mais importantes em educação ambiental na visão dos estudantes entre o 7º
e 8º ano do ensino fundamental, muito embora ficasse notavelmente visível e contraditória a
sua forma de pensar sobre a Educação Ambiental.
Apesar dessas limitações, esta pesquisa teve sua contribuição no aprimoramento do
pesquisador e no reconhecimento da teoria das representações sociais enquanto
instrumento de produção de conhecimento, associada a outros métodos, como a análise de
conteúdo.
Desse modo, vê-se grande responsabilidade do professor educador na
sistematização do ensino e aprendizagem atrelada a uma pedagogia motivadora, que
estimule o aluno e contribua para a reconstrução dialógica para os interesses coletivos, para
melhoria na qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável do meio ambiente.
Portanto é fundamental aumentar o fornecimento de informações, evidenciando que
é necessário estabelecer uma nova relação de amor e respeito à natureza, visto que a atual
destruição do ambiente comprova o mau tratamento que os seres humanos a ela têm dado.
Diante de tantas transformações é importante fazer com que todos entendam que
toda ação sobre o meio ambiente reflete sobre o próprio homem. Isso recebe o nome de
Consciência Ambiental, que deve ser o produto e o paradigma da Educação Ambiental.
Os resultados obtidos na aplicação desse trabalho trouxeram a conclusão de que
seriam necessárias mais pessoas inseridas na problemática ambiental para prosseguirem
na preservação ambiental, pondo em prática sua cidadania, contribuindo com a natureza e
com seus semelhantes.
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