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Módulo
Pequenos Contos
Grandes Histórias
Caros(as) alunos(as),
Olá cursistas!
Em nossa última aula, procuraremos trabalhar a prática da Contação
de Histórias!
Passaremos a apresentar fragmentos de textos de Literatura Infantil
e, posteriormente, propor alguns questionamentos e atividades que poderão
ser trabalhados por vocês. As atividades servirão para você entender como
poderá explorar o texto para posteriormente poder ou Contar a História ou
trabalhar a mesma em sala de aula.
Passemos à leitura então?
Bom trabalho a todos!!!!
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A Arte de Contar Histórias - Curso Livre - UNIGRAN / 2015
Alguns Textos
CONVERSA DE ORELHÃO
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A Arte de Contar Histórias - Curso Livre - UNIGRAN / 2015
Uma mulher fez fila atrás do homem que estava atrás das mocinhas
que estavam atrás do homem que estava danado da vida com aquele
batepapo de Barbuda que não acabava nunca mais. E estava mesmo tão
danado, que não resistiu e cutucou Barbuda com força. Ela se zangou
também:
- Pera aí, Maria, pera aí, tem um fulano aqui criando caso comigo.
Virou pro homem:
- O senhor quer fazer o favor de me deixar falar em paz nesse
telefone?!
O homem acabou de perder um restinho de paciência que tinha
guardado:
- Mas será que a senhora pensa que é só a senhora que quer falar?
Olha a fila, olha a fila! Barbuda apontou o telefone:
- A menina tá com um problema.
- Não é só ela, não: eu tô assim de problema.
- Ela é uma menina fechada, conheço ela desde que nasceu, é
uma menina que fala pouco e ...
- Imagina se falasse muito.
- E agora ela tá desabafando. Isso é raro. O senhor não vai querer
que eu desligue no meio do desabafo, não é?
- O que eu vou querer é que a senhora acabe com essa conversa
de uma vez!
- Acabar como se o senhor não me deixa falar descansada?
- Olha, se a senhora bota outra ficha nessa orelha ...
Mas Barbuda já tinha se virado de novo pro telefone:
- Maria? Fala, filhinha, que pior é esse que eu não sei?
- É que ela dá aula com o pé em cima do cachorro.
- Em cima de quê? Fala mais alto.
- Do cachorro.
- Do quê?
- Dum CACHORRO que vai pra baixo da mesa quando ela começa
a dar aula. Ela diz que ele gosta.
- Gosta de quê?
- Dela botar o pé em cima dele.
- Sei. Mas e daí?
- É que a mesa é pequena. E o cachorro é enorme. E se esparrama
todo. E acaba sempre sobrando um pedaço dele debaixo da minha
cadeira. Eu não posso mexer o pé que, pronto: já esbarro nele. E é só um
esbarrãozinho de nada que ele já levanta num pulo e começa a latir com
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Questionário
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Questionário
O REI E O POVO
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qualquer coisa. Mas diga ao povo para acordar, pular da cama, calçar os
sapatos e vir correndo para cá falar comigo. Estou com tanta pressa que
ele nem precisa escovar os dentes ...
Eu não disse que o Primeiro-ministro tinha paciência? Ele explicou
com muita calma:
- Majestade, o povo não é uma pessoa, porque são muitas.
- Como assim?
- O senhor sabe o que é exército, não sabe? Não é uma pessoa.
São todos os soldados juntos. Ninguém pode dar uma cutucada no ombro
do exército, não é mesmo? Nem do povo ...
Aí o Rei entendeu. Mas insistiu:
- É, mas se eu quiser falar com o exército, chamo meus generais e
chefes guerreiros e dá no mesmo. Agora, quero falar com o povo.
O Primeiro-ministro pensou um pouco e teve uma ideia:
- Temos algumas pessoas do povo aqui no castelo. Os soldados,
por exemplo. Os cozinheiros, as arrumadeiras, os mensageiros, os arautos,
os jardineiros, todo o pessoal das cavalariças, enfim, a criadagem inteira.
Vou mandar que eles se reúnam no pátio.
E assim foi feito.
MACHADO, Ana Maria. História meio ao contrário. 2. ed. São
Paulo, Ática, 1969. p. 16-7.
Questionário
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Era uma vez um rei que tinha uma filha. Não tinha duas, tinha uma,
e como só tinha essa gostava dela mais do que de qualquer outra.
A princesa também gostava muito do pai mais do que de qualquer
outro, até o dia em que chegou o príncipe. Aí ela gostou do príncipe mais
do que de qualquer outro.
O pai, que não tinha outra para gostar, achou logo que o príncipe
não servia. Mandou investigar e descobriu que o rapaz não tinha acabado
os estudos, não tinha posição, e o reino dele era pobre. Era bonzinho,
disseram, mas enfim, não era nenhum marido ideal para uma filha de quem
o pai gosta mais do que de qualquer outra.
O rei então chamou a fada, madrinha da princesa. Pensaram,
pensaram, e chegaram à conclusão de que o jeito melhor era botar a moça
para dormir. Quem sabe, no sono, sonhava com outro e se esquecia dele.
Dito e feito, deram uma bebida mágica para a jovem, que adormeceu
na hora sem nem dizer boa-noite.
COLASANTI, Marina. Uma ideia toda azul. Rio de Janeiro, Nórdica,
1979. p. 53-4.
Questionário
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MISTÉRIOS DO PASSADO
Questionário
CLASSIFICADOS POÉTICOS
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Questionário
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