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EMENTA
Estudar o comportamento mecânico dos solos, enfatizando em sua
resistência ao cisalhamento. Estudar as pressões e empuxos de terra.
Estudar a estabilidade de muros de arrimo e taludes.
UNID. C/H CONTEÚDO
Resistência ou Cisalhamento de Solos
Critérios de Ruptura. Curva Intrínseca de Ruptura. Parâmetros de Resistência
1 10
ao Cisalhamento. Ensaio de Cisalhamento Direto. Resistência ao
Cisalhamento das Areias e Argilas
Muros de arrimo:
3 08 Tipos. Critérios de projeto. Condições de estabilidade. Drenagem.
Metodologia de projeto.
AVALIAÇÃO
Avaliações parciais 5
Avaliação Regimental – 5
Observações
1.A disciplina Fundações I tem 40 horas totais; delas 28 horas são aulas
expositivas, 10 horas de aulas práticas, e 2 horas de práticas de laboratório.
Bibliografia
Básica: Complementar:
CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e ARMAS NOVOA, R.; HORTA
suas aplicações. 6 ed. vol. 2 e 3. Rio de MESTAS, E. Presas de tierra. La
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, Habana- Cuba: ISPJAE, 1987.
1998. VARGAS, M. Introdução à mecânica
Editores Técnicos. Fundações: teoria e dos solos. São Paulo: McGraw-Hill, 1978
prática. São Paulo: Pini, 1996.
Objetivos das disciplinas Fundações (I e II)
Estas disciplinas tem por objetivos a integração dos conhecimentos adquiridos pelos
alunos nas disciplinas de Desenho Técnico, Mecânica Aplicada, Resistência dos
Materiais , Mecânica dos Solos, Teoria de Estrutura e Fundações em problemas
práticos da Engenharia Civil como é a realização do projeto de:
Bibliografia
ORTIGÃO, J. A. R. Introdução à mecânica dos solos dos estados críticos.
(Capítulos II, III ,VIII, IX e X). 3. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 2007.
Introdução
O problema da determinação da resistência aos esforços cortantes dos solos
constitui um dos pontos fundamentais de toda mecânica dos solos.
Um trabalho excepcional sobre o assunto foi publicado em 1776 pelo físico francês
Coulomb. A proposta de Coloumb foi atribuir ao atrito entre as partículas de solos a
resistência ao cisalhamento do mesmo, e usar as leis da mecânica.
A mecânica nos diz que para um corpo, sobre o qual atua a força normal N ao deslizar sobre
uma superfície rugosa é necessário a aplicação de uma força proporcional a N
Onde:
Tan δ = Coeficiente de atrito.
Coeficiente de atrito Tan δ
FR=Tan (δ) × N
Plano BB/
N
H ≤ FR
Coulomb admitiu que os solos rompem por esforços cisalhantes ao longo de
planos de deslizamento e que é o mesmo mecanismo de atrito mostrado rege a
resistência ao cisalhamento dos solos.
Dada uma massa de solo e um plano potencial de ruptura (BB'), o esforço cortante
máximo susceptível de equilíbrio, e, portanto à resistência ao cisalhamento do solo
(τR), é proporcional ao valor tensão normal (σ) do plano BB', tendo-se:
F H 0 P
FR=Tan (δ) × N
N
Plano BB/
FR N Tan( ) H H ≤ FR
P
B
H F H 0
B/
H
P
Área: A
H
FR N Tan( ) H
B B/
Plano de ruptura
FR
Tan( ) N H
N
A A
Área: A
N H
R R Tan( ) Eq 1
A A
A constante de proporcionalidade entre τR e σ foi definida por Coulomb como ângulo
de atrito interno (φ) e admitida como uma constante do material.
Da equação 1 deduz-se que a resistência ao cisalhamento deve ser nula para σ = 0.
De fato, basta colocar na mão uma areia seca (pode-se considerar σ = 0) que esta
cairá entre os dedos. Para este material para σ = 0 se tem τR=0.
Neste caso a lei resistência é mostrada no gráfico seguinte:
τR R Tan( ) Eq 1
τR = Tan(φ)× σ
δ =φ
σ
Por outro lado Coulomb pode observar que em outros tipos de solos tal não
ocorria. A argila, por exemplo,não cairia entre os dedos, levando a concluir-se
que, mesmo sobre o esforço exterior nulo, a argila apresenta uma parcela de
resistência ao cisalhamento (coesão: c).
R c Eq 2
τR
τR = c
c σ
Em geral, segundo Coulomb, os solos apresentam coesão e atrito interno, pelo que
pode se considerar uma lei de resistência que seja uma combinação de 1 e 2.
R Tan( ) c Eq 3
τR
τR = Tan(φ)×σ + c
c
σ
Ensaio de Cisalhamento Direto
Características do ensaio
-Obrigado a cisalhar ao longo de um plano horizontal definido pela separação entre caixas.
-σn =P / A....... São aplicados pesos a amostra.
-τ = T /A ......imposto com deslocamentos com velocidade constante
- δh e δv .......Os deslocamentos verticais e horizontais são medidos
-Drenagem pelo topo e pela base . As pressões de poros na base (u b)e e no topo (u t)
iguais a zero.
- Caso o solo seja argiloso e o ensaio seja relativamente rápido pode-se considerar o
ensaio não drenado, no entanto não se pode medir a poro-pressão.
- O estado de tensão e deformação não são uniformes, particularmente nas bordas.
P
δv
T
T Peso
Superfície de Cisalhamento
Ensaio de
Cisalhamento Direto
τ = (T/A)
τ = (T/A) PC
PB
PA Coesão: C
Deslocamento : δh Ø
σ = P/A
σA σB σC
Resultados do Ensaio
Ângulo de Atrito: Ø
Exemplo #1
0,50m
Q= 20 kN/m2
NA 1,00m
Camada #1 2,50 m
Camada #2 3,50 m
1,00 m
1,0m Ponto #2
Figura #1
2,00 m
Tabela #1: Peso especifico das camadas
Camada #1 Camada #2
Seco Úmido Saturado Partículas Seco Úmido Saturado Partículas
γs γ γ sat Sólidas γ seco γ úmido γ saturado Sólidas
KN/m3 KN/m3 KN/m3 γg KN/m3 KN/m3 KN/m3 γg
KN/m3 KN/m3
14 16 18 27 11 13 14 26
50 30 50 28
100 58 100 45
200 115 200 85
Solução:
A) - Determine os parâmetros de resistência ao cisalhamento das camadas de solo
Ângulo de Atrito: Ø:
Coesão: C: τ = (T/A)
τC
Camada #2
τB
Ângulo de Atrito: Ø: τA
Coesão: C:
Coesão: C Ø σ = P/A
σA σB σC
Ângulo de Atrito: Ø
Camada #1
Tensões Normais Tensões Tangenciais Camada #1
(kPa) (kPa)
50 28 Ângulo de Atrito: Ø: 230
100 45
Coesão: C: 20 kN/m2
200 85
150
Tensão
kN/m2
100
50
0
0
Tensão Normal: kN/m2
Resolver na Sala de Aula
Camada #2
Tensões Normais Tensões Tangenciais Camada #1
(kPa) (kPa)
50 30
Ângulo de Atrito: Ø:?
100 58
200 115 Coesão: C: ? kN/m2
Camada #2
Fundamentação Teórica :
1,0m Ponto #2
Ângulo de
Atrito: Ø: 230
Figura #1 Coesão: C:
2,00 m
20 kN/m2
Solução:Calculo das Pressões efetivas
Camada #1 Camada #2
Seco Úmido Saturado Seco Úmido Saturado
γ s (kN/m3) γ (kN/m3) γ sat (kN/m3) γ seco(kN/m3) γ úmido (kN/m3) γ saturado (kN/m3)
14 16 18 11 13 14
Camada #1
NA 1,00m
2,50 m
Ângulo de
Camada #1 Atrito: Ø: 230
6,00m 0,50m Ponto #1
1,00 m
Coesão: C:
20 kN/m2
Camada #2 3,50 m
1,00 m
n
1,0m Ponto #2
/
Voi /
Vo ( i 1) i Z i
i 1
Figura #1 R Tan( ) / c
2,00 m
Critério de Resistência de Mohr
Este critério supõe que a tensão cisalhamento de ruptura corresponde á ruptura
do material ao inicio de seu comportamento inelástico, e função de uma
combinação de tensões critica de tensões normais e tangenciais .
σ
Critério de Resistência de Mohr
σ1A
σ3 A σ3 A
τR
σ1A
σ1A
σ3R σ3A σ1R σ
Estado de Tensões
de um ponto
Nota: O critério de resistência de Mohr implica que não pode existir um estado de tensões
onde seu circulo de Mohr corte a linha de resistência intrínseca ou de ruptura do material
Critério de Resistência de Mohr- Coulomb
Este critério assim denominado por muitos autores é um caso particular do critério de Mohr,
supondo se na equação uma variação linear entre esses esforços o qual pode ser expressado
pela seguinte equação:
τ
φ R Tan( ) c
R Tan( ) c
C
σ
Critério de Resistência de Mohr- Coulomb DR 1A 3 A sen 2c cos
Linha de resistência intrínseca ou ruptura
σ1A
φ σ3 A σ3 A
τ
σ3A
σ3R σ1R σ
Circulo de Mohr de ruptura
de diâmetro igual a σDR
σDR
Nota: O critério de resistência de Mohr-Coulomb implica que não pode existir um estado
de tensões atuantes onde o diâmetro de seu circulo de Mohr seja maior que σDR
Pólo de plano do círculo de Mohr
O pólo do círculo de Mohr é uma construção gráfica auxiliar, que permite determinar o
ponto do círculo correspondente a uma faceta cuja direção seja conhecida, ou vice-versa.
Dado um círculo de Mohr, como o da figura , pode-se determinar como a técnica do pólo
as tensões e segundo uma faceta qualquer, da qual só se conhece a inclinação .
X .(KN/m2)
XZ
ZX
Z Z
X ZX
(KN/m2)
-
Pólo de plano do círculo de Mohr
X
XZ .(KN/m2)
ZX
Z Ponto 1
Z
Plano X
(KN/m2)
-
Pólo de plano do círculo de Mohr
O pólo será determinado na interseção dessa paralela com o círculo de Mohr, como
indicado no ponto 2.
.(KN/m2)
Ponto 2 Ponto 1
Pólo Plano X
(x , xz)
(KN/m2)
Pólo de plano do círculo de Mohr
.(KN/m2)
α ponto 3
Plano α Ponto 2
α Plano α
Pólo Ponto 1
Plano X
Uma vez determinado o pólo, toma-se muito fácil obter para qualquer faceta o ponto do
círculo de Mohr correspondente.
Para tanto traça-se, a partir do pólo, uma paralela à faceta (α) onde atuam as tensões e
cujo valor se deseja.
Essa paralela corta o círculo no ponto 3 da Figura , que fornece graficamente o valor das
tensões e .
Critério de Resistência de Mohr- Coulomb DR 1A 3 A sen 2c cos
σ3A
σ3R σ1R σ
σ1A
σ3 A σ3 A
σDA
φ
τ
Plano de ruptura
τR C αR
σ3R σ1R σ
Pólo
σ1A
σ3 A σ3 A
σ1A
Estado de Tensões de um ponto
RESUMO Coeficiente de segurança ao cisalhamento num ponto (CS)
O coeficiente de segurança de um ponto pode ser definido em função de:
-Tensão normal (σ/nA )e cisalhante (τA)que atuam num plano que passa pelo ponto;
R
CS
A σn A
R C Tan nA
/
Onde
Plano
τA: tensão cisalhante atuante no plano;
τnA
τR: tensão cisalhante de ruptura; Ponto
σ nA: tensão normal atuante no plano
DR 1A 3 A sen 2c cos
Problema: 1
σ1A:50 KN / m2
Ponto 1
σ3 A: 20 KN /m2 σ3 A
Dados do Solo
σ1A
Ângulo de Atrito:φ = 300
Solução Coesão: C = 20 KN / m2
DR
CS Estado de Tensões
DA do ponto 1
DR 1A 3 A sen 2c cos
Problema: 1
τZX: 10 KN / m2 σZ
σX
Dados do Solo
τZX στZZ: 50 KN/m2
Ângulo de Atrito:φ = 300
Solução Coesão: C = 20 KN / m2
DR X Z Z
2
CS 1,3 X XZ
2
DA 2 2
σX
.(KN/m2)
τZX στZZ: 50 KN/m2
Plano X
(x , xz)
Plano Principal Menor
(KN/m2)
- Pólo
Plano Principal Maio
Exemplo 4: Se o estado de tensões do ponto 1 fosse de ruptura Qual seria o valores dos
parâmetros de resistência a cortante do solo do solo? Qual seria as direções dos planos
de ruptura do ponto. Usar o o pólo de plano
.(KN/m2)
σX
H K0 V/ NA 1,00m
Camada #1 2,50 m
K0 (1 sen ) 6,00m
1,00 m
0,50m Ponto #1
Camada #2 3,50 m
1,00 m
1,0m Ponto #2
Figura #1
2,00 m
Solução:Calculo das Pressões efetivas
Camada #1 Camada #2
Seco Úmido Saturado Seco Úmido Saturado
γ s (kN/m3) γ (kN/m3) γ sat (kN/m3) γ seco(kN/m3) γ úmido (kN/m3) γ saturado (kN/m3)
14 16 18 11 13 14
Camada #1 Ângulo de Atrito: Ø: 300
0,50m
Q= 20 kN/m2 Coesão: C: 1,5 kkN/m2
Camada #2
NA 1,00m
2,50 m
Ângulo de
Camada #1 Atrito: Ø: 230
6,00m 0,50m Ponto #1
1,00 m
Coesão: C:
20 kN/m2
Camada #2 3,50 m
1,00 m
n
1,0m Ponto #2
/
Voi /
Vo ( i 1) i Z i
i 1
Figura #1 R Tan( ) / c
2,00 m
Problema: 1
τZX: 10 KN / m2 σZ
σX
Dados do Solo
τZX στZZ: 50 KN/m2
Ângulo de Atrito:φ = 300
Solução Coesão: C = 20 KN / m2
DR X Z Z
2
CS 1,3 X XZ
2
DA 2 2
σX
.(KN/m2)
τZX στZZ: 50 KN/m2
Plano X
(x , xz)
Plano Principal Menor
(KN/m2)
- Pólo
Plano Principal
Maior
Exemplo 3: Se o estado de tensões do ponto 1 fosse de ruptura Qual seria o valores dos
parâmetros de resistência a cortante do solo ? Qual seria as direções dos planos de
ruptura do ponto. Usar o o pólo de plano
.(KN/m2)
σX
Determine o coeficiente de segurança à ruptura do solo nos pontos(1 e 2) mostrados na figura 1.1. Considere que o
muro no apresenta deslocamento horizontal.
Nota Considere que a pressão Horizontal (σH) é igual a:
K0 (1 sen ) H K0 V/
Camada #1 Ângulo de Atrito: Ø: 300 Coesão: C: 1,5 kkN/m2 0,50m
Q= 20 kN/m2
Camada #2
DR 2,50 m
CS Camada #1
DA 6,00m
1,00 m
0,50m Ponto #1
X Z Z
2
1,3 X XZ
2
Camada #2 3,50 m
2 2 1,00 m
Camada #1 Camada #2
Figura #1
Seco Úmido Saturado Seco 2,00 m Úmido Saturado
γ s (kN/m3) γ (kN/m3) γ sat (kN/m3) γ seco(kN/m3) γ úmido (kN/m3) γ saturado (kN/m3)
14 16 18 11 13 14