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E-book licenciado para Sergio da Conceição Filho milaborni@hotmail.

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ENERGIA SEM IMPOSTO
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e-book por seu próprio risco. O autor não será responsável por qualquer
prejuízo que possa ocorrer seguindo as orientações dadas neste livro.

Por mais benéfico e efetivo que seja o livro “Energia Sem Imposto", o leitor
deve estar ciente que esse programa é uma sugestão. O autor tem trabalhado
em todos os sentidos para ser o mais preciso e completo possível na criação
deste livro, contudo, devido à possíveis mudanças na legislação, não há
garanta que o conteúdo do livro seja preciso.
O autor não é responsável por eventuais gastos e/ou despesas que o leitor
possa ter.

Todos os Direitos Reservados por Energia Sem Imposto

ATENDIMENTO:
duvidas@energiasemimposto.com

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SUMÁRIO

Apresentação 4
Como surgiu a cobrança indevida de ICMS? 5
Porque essa cobrança é ilegal? 6
Como identificar a cobrança indevida? 7
É possível pedir reembolso? 7
De quanto será o reembolso? 8
Como solicito o reembolso? 8
Quem pode pedir o reembolso e a diminuição da tarifa? 9
O que fazer caso o titular tenha falecido? 10
- Pessoa física 11
- Pessoa jurídica 12
Como conseguir a segunda vida dos boletos antigos? 14
Reembolso para herdeiros do titular falecido 15
Reembolso para quem não tem laços familiares com o titular 16
- Pessoa física 17
- Pessoa jurídica 17
Como montar a ação judicial / processo? 18
Como funciona o Juizado Especial da Fazenda Pública? 19
- Núcleo de direito das Universidades 20
- Justiça gratuita 20
Conclusão 21
Modelos de declarações 23
Perguntas e respostas 26
Contato 31

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APRESENTAÇÃO

O objetivo deste Guia é esclarecer a você, leitor, como funciona


a cobrança indevida de impostos nas contas de energia elétrica.
Com uma linguagem fácil e acessível, este Guia traz todas as
informações que você precisa para saber como e onde fazer valer
os seus direitos de cidadão e deixar de ser uma vítima do sistema.

Mesmo que você não entenda uma vírgula da área jurídica, ao


terminar a leitura deste Guia, você estará preparado e munido de
conhecimento para solicitar o reembolso dos valores a título de ICMS
que você pagou indevidamente durante os últimos 5 anos e a
interrupção dessa cobrança indevida a partir da sua próxima fatura.

Obs.: As dicas a seguir são extremamente valiosas e ricas em detalhes


e você não iria receber tão facilmente nem nas melhores consultorias
jurídicas. Valorize o seu tempo, se dedique a esta leitura e se for
preciso, anote todas as informações que julgar necessário para
consultar depois.

Boa leitura!

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COMO SURGIU A COBRANÇA
INDEVIDA DE ICMS NAS CONTAS
DE ENERGIA?

Até 1987, a tributação da energia elétrica era realizada pela União


(Governo Brasileiro), e esse recurso servia exclusivamente para o
financiamento do próprio setor.
Mas, a Constituição Federal de 1988 trouxe o Imposto Sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Ministério das Minas
e Energia autorizou a cobrança do imposto em cima do consumo de
energia elétrica.

A partir daí as contas de energia ficaram até 40% mais caras, pois,
a cobrança não era realizada às Concessionárias e sim aos
consumidores.

Em 1995, início do Governo Fernando Henrique Cardoso, começaram


as privatizações (transferência do que é estatal para o domínio da
iniciativa privada) que tinham por objetivo melhorar a qualidade do
atendimento e fornecimento de energia elétrica do país. Porém, as
inconsistências na tributação continuaram e a prática ilegal se
consolidou; como os consumidores não faziam ideia de que estavam
sendo enganados, não houve reclamações.

Por isso, toda Concessionária, privada ou não, continua a emitir


boletos para seus clientes com ICMS ilegal embutido nas tarifas.
Ou seja, você acaba pagando uma conta que não é sua, e esse dinheiro,
que deveria estar com você, vai parar nos cofres da União.

Hoje, a única forma de impedir – ou melhor, interromper – essa


cobrança indevida é entrando na Justiça. E, para isso, as informações
a seguir serão imprescindíveis para te auxiliar.

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POR QUE ESSA
COBRANÇA É ILEGAL?

No cálculo do ICMS, o imposto que deveria ser cobrado dos


consumidores refere-se apenas aos gastos com a energia consumida.
Em vez disso, é calculado também o ICMS sobre as Redes de
Transmissão e de Distribuição. Isso significa que você está pagando
por uma tarifa que é de obrigação das Concessionárias, e não sua.

Além de que, como o próprio nome diz, o ICMS deve incidir sobre
mercadorias e serviços, não servindo para outros fins. A energia,
apesar de invisível, não deixa de ser um produto.

Para facilitar, enviamos junto a este Guia uma planilha bônus, que
explica como fazer a exclusão do ICMS da base de cálculo de maneira
rápida e fácil, já com a variação da taxa Selic* dos últimos 5 anos.
Experimente!

*A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica


de juros da economia no Brasil, utilizada no mercado entre bancos para
financiamento de operações.

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COMO IDENTIFICAR
A COBRANÇA INDEVIDA?

O modelo da conta de energia elétrica muda de acordo com cada


região, no entanto, todas são iguais quanto à discriminação do ICMS.
Pegue sua fatura e observe o quadro que especifica a “Base de
Cálculo do ICMS”.

Existem dois itens que não deveriam estar ali, pois não se enquadram
na categoria de mercadorias e serviços. São estes:

1) Transmissão ou TUST – Tarifas de Uso dos Sistemas de


Transmissão.

2) Distribuição ou TUSD – Tarifas de Uso dos Sistemas de


Distribuição.

É POSSÍVEL PEDIR
REEMBOLSO?

Sim. Todo consumidor de energia elétrica que teve de pagar o ICMS


calculado sobre TUST e TUSD, tem direito a solicitar o reembolso.
Os cálculos são feitos com base nos valores cobrados nos últimos
60 meses (5 anos), e atualizados até a data da solicitação.

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DE QUANTO SERÁ
O REEMBOLSO?

De até 40%. Isso muda conforme o gasto mensal de energia e a região


onde você mora. Veja uma simulação simples no quadro abaixo:

VALOR ATUAL VALOR CORRGIDO

Até R$ 110,00 R$ 75,00

Até R$ 180,00 R$ 126,00

Até R$ 300,00 R$ 210,00

COMO SOLICITO
O REEMBOLSO?

O consumidor deve entrar com uma ação simples na Justiça. Por não
ser um caso comum, já que a cobrança foi descoberta há pouco tempo,
você não vai encontrar tantas pessoas pleiteando esse direito judicial-
mente. Mas para a sorte da população, os tribunais de todo o país têm
sido favoráveis aos consumidores.

Desse modo, entre com uma ação judicial contra o Governo Estadual
para que seja revisado o tributo apurado mês a mês, possibilitando
uma imediata economia na conta de luz dentro de aproximadamente
70 dias a partir da distribuição da ação.

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A ação também permite que o consumidor recupere os valores pagos
indevidamente nos últimos anos. Esse dinheiro pode ser recebido
como compensação nas próximas contas de energia elétrica ou como
restituição dos valores devidamente corrigidos pela taxa Selic. Você é
quem decide!

QUEM PODE PEDIR O REEMBOLSO


E A DIMINUIÇÃO DA TARIFA?

Todos podem, incluindo não pagantes. Os documentos exigidos para


solicitar reembolso e redução da conta são menores quando o recla-
mante é o titular da conta, ou seja, quando é o nome dele que aparece
no boleto da cobrança.

Mesmo que você não seja o titular, mas faça o pagamento, dá para
solicitar os pedidos de redução e reembolso na Justiça. Nesse caso,
serão necessárias uma ou mais declarações assinadas pelas pessoas
envolvidas — que podem ser preenchidas à mão em papel sulfite A4
ou impressas — e reconhecidas em cartório. Ao final deste Guia, você
encontrará modelos para cada uma dessas declarações.

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O QUE FAZER CASO
O TITULAR TENHA FALECIDO?

Quando as contas continuam vindo em nome do titular falecido, é


possível ajuizar um pedido para receber o que foi cobrado a mais no
passado, beneficiando a família.

O primeiro passo é transferir a titularidade da conta para uma


terceira pessoa. Para isso, dirija-se até a empresa de energia elétrica
do seu estado munido dos documentos pessoais e da última conta de
energia do imóvel.

A partir daí, teremos duas ações diferentes na Justiça. A primeira será


o pedido de redução da tarifa cobrada nas contas futuras, que deve
ser feito pelo novo titular da conta; a outra será referente ao
reembolso que vai beneficiar a família do titular falecido.

Caso o novo titular deseje solicitar apenas a redução das próximas


tarifas, primeiramente ele deve entrar com o processo judicial para
solicitar a redução assim que pagar as duas primeiras contas de luz.
Com elas em mãos é possível montar o processo, que exige também
os seguintes documentos:

AÇÃO PARA REDUÇÃO


DA TARIFA — NOVOS TITULARES

(Declaração 06 ao final deste Guia)

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REDUÇÃO
DA TARIFA — PESSOA FÍSICA:

Duas faturas diferentes de cada um dos últimos 5 anos – podem


ser meses repetidos de um ano para o outro;

Xerox de documentos pessoais (RG e CPF);

Se for aposentado ou pensionista, os comprovantes respectivos


de recebimentos;

Se estiver desempregado, cópia da Carteira de Trabalho;

Se estiver trabalhando, os três últimos holerites.

11
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REDUÇÃO
DA TARIFA — PESSOA JURÍDICA:

Contrato Social mais recente;

Comprovante dos três últimos rendimentos da empresa;

Documentos pessoais (RG e CPF) do representante legal da


empresa.

AÇÃO PARA RESTITUIÇÃO


DE VALORES PAGOS (REEMBOLSO)
(Declaração 06 ao final deste Guia)

Nos casos de reembolso, lembre-se de que a Justiça permite o recebi-


mento dos últimos 5 anos, ou seja, seus direitos estão assegurados a
partir de 2012; o que foi pago antes disso não pode ser reavido.

Para isso, você vai precisar dos seguintes documentos:

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REEMBOLSO — PESSOA FÍSICA:

Duas faturas diferentes de cada um dos últimos 5 anos – podem


ser meses repetidos de um ano para o outro;

Xerox de documentos pessoais (RG e CPF);

Se for aposentado ou pensionista, os comprovantes respectivos


de recebimentos;

Se estiver desempregado, cópia da Carteira de Trabalho;

Se estiver trabalhando, os três últimos holerites.

REEMBOLSO — PESSOA JURÍDICA:

Duas faturas diferentes de cada um dos últimos 5 anos – podem


ser meses repetidos de um ano para o outro;

Contrato Social mais recente;

Comprovante dos três últimos rendimentos da empresa;

Documentos pessoais (RG e CPF) do representante legal


da empresa.

Se você jogou fora os boletos dos últimos anos, não se preocupe:


as empresas responsáveis pela cobrança de energia são obrigadas
a disponibilizar as contas antigas aos consumidores.

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COMO CONSEGUIR A SEGUNDA
VIA DOS BOLETOS ANTIGOS?

A segunda via de qualquer conta de energia referente aos últimos 5


anos deve ser solicitada diretamente à empresa de fornecimento de
energia. Existem duas formas de pedir esses boletos: pela internet ou
pessoalmente. Em ambos os casos, será necessário apresentar o
número da “Unidade Consumidora”, geralmente disponível no
cabeçalho da conta de energia. Com esse número em mãos, é possível
acessar o site da empresa e imprimir as contas antigas referentes aos
últimos 60 meses.

Caso prefira recuperar as suas antigas contas pessoalmente ou não


consiga fazê-lo online, vá até uma unidade física da empresa para
pedir orientações.

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REEMBOLSO PARA HERDEIROS
DO TITULAR FALECIDO
(Declaração 01 ao final deste Guia)

Caso o titular da conta venha a falecer, está previsto em lei que o


reembolso deve ser feito a todos os herdeiros, ou ao inventariante.
Em situações como esta, existem dois cenários:

1
Se os filhos decidirem deixar o reembolso para o consorte ou
outro familiar do titular falecido, devem preencher a declaração
01 ao final deste Guia. Ela deve ser apresentada com os docu-
mentos listados abaixo.

2
Caso todos os herdeiros (filhos e cônjuge) desejem dividir o
reembolso, devem apresentar a declaração 02 na entrega dos
documentos.

Os papéis necessários para conseguir o reembolso são:

Certidão de óbito do titular falecido;

Xerox de documentos pessoais (RG e CPF) das pessoas que vão


ficar com o reembolso;

Duas faturas diferentes de cada um dos últimos 5 anos – podem


ser meses repetidos de um ano para o outro;

Se forem aposentados ou pensionistas, os comprovantes


respectivos de recebimentos;

Se estiverem desempregados, cópia da CTPS;

Se estiverem trabalhando, os três últimos contracheques.

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REEMBOLSO PARA QUEM NÃO TEM
LAÇOS FAMILIARES COM O TITULAR
(Imóvel alugado – Declaração 02 para pessoa
física e/ou Declaração 03 para pessoa jurídica /
Imóvel comprado – Declaração 04 – todas ao
final deste Guia)

É bem comum que as pessoas continuem pagando contas com outro


titular e não se preocupem em fazer a mudança. Nesse caso, a troca
da titularidade deve ser feita imediatamente.

Depois disso, peça para o dono do imóvel preencher uma das três
declarações citadas acima, dependendo do caso em questão,
disponíveis ao final deste Guia (imóvel alugado pessoa física, imóvel
alugado pessoa jurídica ou imóvel comprado); logo depois o
documento deve ser reconhecido em cartório. Essa declaração prova
quem era o verdadeiro ocupante do imóvel — e, por isso, o pagador
das contas de luz —, lhe assegurando o direito de reembolso.

Obs.: No caso de “Reembolso para quem não tem laços familiares


com o titular”, independente da declaração utilizada, quem deve
preenche-la é o proprietário do imóvel que te alugou ou que te
vendeu, e não você.

Antes de ajuizar o processo, espere até pagar duas contas em nome


da nova titularidade. Uma vez respeitado este prazo, reúna os
seguintes documentos:

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REEMBOLSO PARA QUEM NÃO TEM
LAÇOS FAMILIARES – PESSOA FÍSICA:

Declaração 02 (em caso de aluguel) ou 04 (em caso de compra)


preenchida e reconhecida em cartório;

Duas primeiras contas de energia pagas com a nova titularidade;

Xerox de documentos pessoais (RG e CPF);

Se for aposentado ou pensionista, os comprovantes respectivos


de recebimentos;

Se estiver desempregado, cópia da Carteira de Trabalho;

Se estiver trabalhando, os três últimos holerites;

Duas faturas diferentes de cada um dos últimos 5 anos – podem


ser meses repetidos de um ano para o outro.

REEMBOLSO PARA QUEM NÃO TEM


LAÇOS FAMILIARES – PESSOA JURÍDICA:

Declaração 03 preenchida e reconhecida em cartório;

Duas primeiras contas de energia pagas com a nova titularidade;

Contrato Social mais recente;

Comprovante dos três últimos rendimentos da empresa;

Documentos pessoais (RG e CPF) do representante legal da


empresa;

Duas faturas diferentes de cada um dos últimos 5 anos – podem


ser meses repetidos de um ano para o outro.

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Em todos os casos, se você tiver menos do que cinco anos de contas
pagas, apresente as faturas do tempo correspondente ao
ressarcimento. Mas lembre-se de que só serão aceitas contas a
partir de 2012.

COMO MONTAR A AÇÃO


JUDICIAL / PROCESSO?
Para fins jurídico-tributários, a energia elétrica
é considerada mercadoria nos exatos termos
do artigo 155, parágrafo 2º, alínea “b”
da Constituição Federal.

Como as ações são contra o Governo Estadual e não contra as


Concessionárias, os processos correm nas Varas de Fazenda Pública
do Juizado Especial. Lembre-se que existem dois Juizados Especiais,
os “Juizados de Pequenas Causas”: Juizado Especial Cível e Juizado
Especial da Fazenda Pública.

Neste caso, o processo deve ser ajuizado junto ao Juizado Especial


da Fazenda Pública, pois é quem trata de assuntos relacionados aos
Municípios, aos Estados e a União.

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COMO FUNCIONA O JUIZADO
ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA

É quem trata de assuntos relacionados aos municípios, aos Estados e à


União — e como dito anteriormente, o processo será contra o Governo
Estadual de onde você mora.

Além de muito mais rápidos para julgar os processos do que a Justiça


comum, os juizados não cobram do cidadão as despesas do processo,
não importando sua situação financeira.

Então, qualquer problema que você tiver com a prefeitura, Estado ou


Governo Federal deve ser cobrado no Juizado Especial do Brasil.
Os processos sempre serão gratuitos se o valor da indenização
solicitada por você for inferior a 60 salários mínimos. Acima desse
valor a Justiça continua sendo gratuita, mas será exigida a
contratação de um advogado.

Caso o montante que você irá receber a título de reembolso da conta


de luz for superior à 60 salários mínimos, mas você não tem condições
de arcar com os gastos de um advogado, é possível solicitar a
assessoria gratuita das seguintes formas:

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NÚCLEO DE DIREITO
DAS UNIVERSIDADES

É comum as Universidades criarem núcleos de direito para treinar os


estudantes de Direito. Esses grupos atendem à população de suas
cidades gratuitamente e estão sob a supervisão de
advogados/professores. São bastante acessíveis, e não atendem
apenas à população de baixa renda.

Não é preciso ter receio da falta de experiência destes estudantes,


pois além de serem orientados por professores, os Tribunais de
Justiça de todo o país têm dado causa favorável aos consumidores
nestes casos de cobrança indevida na conta de luz. As decisões já
estão consolidadas, basta ao interessado fazer o pedido judicialmente
e usufruis dos benefícios.

COMO FUNCIONA
A JUSTIÇA GRATUITA

Se, por algum motivo, o interessado recorrer à Justiça Comum para


solucionar o seu problema, terá de arcar com as custas do processo,
que não costumam ser baixas. Para ajuizar uma ação de Reembolso,
uma ação de Redução da Tarifa ou uma Ação de Redução e Reembolso
juntas, por exemplo, será preciso desembolsar cerca de R$ 2.400,00
reais.

Para fazer uso da gratuidade judiciária, você terá de apresentar uma


Declaração de Hipossuficiência de Renda (declaração 05 ao final
deste Guia). Trata-se de um documento em que você declara perante
a justiça que não tem condições financeiras de pagar às custas de uma
ação judicial.

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O Juiz, então, avaliará – mediante comprovação de renda – se cabe
à concessão ou não da Assistência Judiciária Gratuita (AJG).
Vale lembrar que o benefício pode ser requerido em qualquer tipo
de ação ajuizada perante à Justiça Comum.

Pronto! Com as informações acima, você será capaz de recorrer


à justiça para fazer valer os seus direitos!

Dê parabéns a si mesmo pela sua iniciativa!

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CONCLUSÃO

Correr atrás da justiça é um dever de todos os cidadãos, mas poucos


são aqueles que efetivamente procuram se informar. Agora que
concluiu a leitura deste texto, você tem todas as ferramentas para
ajuizar suas ações e recuperar o dinheiro cobrado indevidamente.
Ainda mais neste caso, em que a Justiça tem decidido a favor dos
consumidores de energia elétrica.

Reúna seus documentos, utilize os nossos modelos de declarações ao


final deste Guia e exija os seus direitos a partir de hoje. E o melhor:
gratuitamente!

Ao final deste Guia você irá encontrar uma sessão exclusiva de


Perguntas e Respostas para esclarecer possíveis dúvidas que surgiram
no meio do caminho. Confira!

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MODELOS DE DECLARAÇÕES

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MODELOS DE DECLARAÇÕES

01 MODELO DE DECLARAÇÃO DE HERDEIROS


PARA UM OU MAIS BENEFICIÁRIOS
www.energiasemimposto.com/declaracao01.pdf

02 MODELO DE DECLARAÇÃO DE IMÓVEL


ALUGADO PARA PESSOA FÍSICA
www.energiasemimposto.com/declaracao02.pdf

03 MODELO DECLARAÇÃO DE IMÓVEL


ALUGADO PARA PESSOA JURÍDICA
www.energiasemimposto.com/declaracao03.pdf

04 MODELO DE DECLARAÇÃO DE IMÓVEL


COMPRADO
www.energiasemimposto.com/declaracao04.pdf

05 MODELO DE DECLARAÇÃO DE
HIPOSSUFICIÊNCIA DE RENDA
www.energiasemimposto.com/declaracao05.pdf

Abaixo, você encontra um modelo de petição para ajuizamento


das ações sobre as quais falamos neste Guia. Para utilizá-lo, basta
substituir o que está em vermelho pelas informações referentes
ao seu caso.

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O mesmo modelo de petição pode ser usado tanto para a ação de
reembolso quanto para a de redução da tarifa, pois o pedido da ação
é sempre o mesmo; o que muda são os documentos que devem ser
reunidos para cada caso, conforme falamos anteriormente.

06 MODELO DE DECLARAÇÃO PARA AÇÃO


DE REEMBOLSO E/OU REDUÇÃO DA TARIFA
www.energiasemimposto.com/declaracao06.pdf

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

01 O REEMBOLSO E A REDUÇÃO DAS TARIFAS PODEM


SER FEITOS EM TODOS OS ESTADOS BRASILEIROS?
Sim, em todos os Estados do Brasil e também no Distrito Federal — SEM exceção.

02 QUAIS SÃO AS FORMAS DE REEMBOLSO?

Ao final da ação, o dinheiro é depositado na sua conta. Ou, se você preferir,


pode receber em créditos que serão descontados em suas próximas faturas.

03 NÃO ENCONTRO PIS/PASEP E CONFINS


NA MESMA CONTA, O QUE FAZER?

Você nunca vai encontrar os três tributos juntos. Na sua conta vão aparecer
PIS e COFINS ou PASEP e COFINS. Os valores apontados em cada fatura são
referentes a apenas dois desses tributos, nunca os três juntos. Essa dúvida
geralmente aparece na hora de preencher as planilhas.

04 NOS ÚLTIMOS ANOS MOREI EM LUGARES DIFERENTES.


POSSO SOLICITAR O REEMBOLSO?

Para garantir o reembolso, deve ser aberto um processo para cada um dos
endereços em que você morou nos últimos cinco anos (antes desse período
não é preciso reunir os documentos). Já para garantir a redução da tarifa
das próximas contas de luz, o caminho é bem mais curto: basta ter a conta
de energia em seu nome. Caso isso ainda não tenha sido feito, siga as
instruções do texto sobre como trocar a titularidade. O desconto nas
próximas contas vai te acompanhar por toda a vida, por isso aconselhamos
que você entre com esse processo na Justiça sem demora.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

05 QUAL A PRECISÃO DAS PLANILHAS?


Os resultados são bem aproximados. Há diferença entre as alíquotas cobradas
por cada Estado, porém, os valores preenchidos na planilha — enviada como
bônus deste Guia — chega a resultados muito próximos do que o consumidor
de energia tem direito ao reembolso e à redução das tarifas futuras.

06 ONDE ENCONTRO O JUIZADO ESPECIAL?


Ele está presente em grande parte das cidades brasileiras. Entretanto,
nos municípios muito pequenos, é possível que o Juizado Especial
fique na região mais próxima. Uma pesquisa simples na internet pode
responder onde se localiza o juizado mais próximo. Se preferir, é possível
saber também ligando, ou indo até a Comarca de Justiça que você conhece.

07 QUAL SETOR DEVO PROCURAR NO JUIZADO ESPECIAL?


A ação deve ser impetrada no Juizado Especial da Fazenda Pública para valores
de até 60 salários mínimos. Caso você não se sinta seguro para redigir a petição,
procure o Posto de Redução a Termo desses juizados. Lá, um servidor da Justiça
irá lhe auxiliar.

08 COMO NOMEAR UMA TERCEIRA PESSOA PARA


DAR ENTRADA NO PROCESSO?

Isso é possível por meio de uma procuração reconhecida em cartório em nome


dessa terceira pessoa, ficando o restante dos documentos em seu nome.
Seu procurador ficará limitado a agir de acordo com os interesses reconhecidos
pela procuração, seja para pedir o reembolso, a diminuição das próximas contas,
ou as duas ao mesmo tempo.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

09 QUANTO TEMPO DEMORA O JULGAMENTO


DOS PROCESSOS?
Em média, entre dois e três meses para a diminuição das tarifas.
O reembolso leva um pouco mais de tempo, variando de acordo
com cada estado.

10 O QUE SIGNIFICAM TUSD E TUST?

TUSD é a sigla para distribuição e TUST para transmissão.


Portanto, de acordo com cada estado, vai aparecer uma ou outra
descrição na sua conta de energia indicando os impostos indevidos
— ou TUSD/TUST ou distribuição/transmissão.

11 O PROCESSO É CONTRA A EMPRESA DE ENERGIA


OU CONTRA O ESTADO?
Contra o estado, pois é ele quem arrecada esses impostos. Logo, é o estado
quem fica indevidamente com o seu dinheiro.

12 QUEM PODE PEDIR A RESTITUIÇÃO?

Pessoa física ou jurídica que paga a conta de energia pode pleitear a restituição
do ICMS pago indevidamente sobre TUST e TUSD.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

13 O QUE FAZER EM CASO DE MORTE DO ANTIGO


TITULAR DA CONTA?
Os herdeiros ou o inventariante podem pedir reembolso em nome
do titular falecido, reunindo a certidão de óbito e os demais
documentos exigidos.

14 QUAL A IDADE PERMITIDA PARA ENTRAR


COM O PROCESSO?
Mínimo de 18 anos, sem limite máximo de idade.

15 QUAL O VALOR DE CADA AÇÃO?


Não há valor mínimo ou máximo estabelecido. Todos podem
cobrar seus direitos.

16 COMO PEDIR REEMBOLSO E DIMINUIÇÃO DA TARIFA?


Os dois pedidos são feitos juntos com o preenchimento de uma única petição,
cujo modelo foi enviado para o seu e-mail. Por mais que você tenha feito
o pagamento de apenas dois meses de conta de energia sob a nova
titularidade, o mesmo processo que pede a diminuição do valor da sua
tarifa é o que seguirá com o processo de reembolso.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

17 É NECESSÁRIO ENTRAR COM UMA AÇÃO NA JUSTIÇA?

A ação se torna obrigatória para quem deseja reaver os valores pagos


ilegalmente, visto que o estado não irá devolver caso não seja provocado.
O mesmo vale para a redução do preço das tarifas futuras.

18 EU CONSIGO O RESSARCIMENTO DE QUANTOS ANOS?

A lei só permite o ressarcimento dos últimos cinco anos, ainda que você tenha
sido enganado há muito mais tempo. Portanto, mesmo que sua titularidade
tenha mais de 20 anos, por exemplo, não há nada o que fazer com
os anos anteriores.

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CONTATO

Para dúvidas e sugestões, por favor entre em contato com a nossa


equipe de suporte enviando um e-mail para
duvidas@energiasemimposto.com

Respondemos em até 48h úteis e teremos o maior prazer


em atendê-lo.

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